Atuação da EPE na cogeração de energia com o uso de biomassa
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- João Victor Cunha Fagundes
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1 Atuação da EPE na cogeração de energia com o uso de biomassa Ricardo C. Furtado Superintendente de Meio Ambiente Empresa de Pesquisa Energética Brasília, março de 2010
2 Projeção da oferta de biomassa da cana-de-açúcar O bagaço é subproduto da produção de açúcar e etanol Espera-se aumento significativo na demanda e na produção de etanol no horizonte decenal Tendência de aumento da utilização de bagaço e palha para a geração de energia a ser exportada para a rede Ano Cana-de- açúcar (Mt) Bagaço (Mt) Palha e ponta (Mt) 2010 (*) 685,44 185,07 106, ,48 250,96 144, ,25 306,52 175,96 Acréscimo (Mt) ,8 138,4 79,5 Fonte: EPE. Resultados preliminares PDE
3 Potencial técnico de geração (exportação) Bagaço de cana , , , , , ,8 MWméd 4.000, , Energia Bagaço (MWmed) Gráfico 1 Potencial técnico de exportação de energia elétrica a partir de bagaço para o SIN, Fonte: EPE. Resultados preliminares PDE
4 Análise espacial da expansão da cana-de-açúcar Áreas de Expansão da Cana-de-Açúcar (Localização e capacidade instalada das usinas planejadas) Área 3 Área Significativa 2 vegetação nativa Área Vegetação sensível nativa (áreas reduzida, drenadas com para o Pantanal predomínio e de de recarga agropecuária do aquífero Área Guarani) Área 1 futura cana/agropecuária: 27% Vegetação Área futura nativa cana/agropecuária: muito reduzida16% Área futura cana/agropecuária: 33%
5 Análise espacial da expansão da cana-de-açúcar Área 1 Área 2 Área 3 Outras áreas Capacidade planejada (%) 34,68 34,77 7,95 22,58 Localização Sudoeste de SP (Pontal do Paranapanema) Noroeste do PR Sudeste de MS Noroeste de SP Oeste de MG (Triângulo Mineiro) Sul de GO Nordeste de MS Área de cana atual (ha) Área de cana / agrícola (% atual) Área de cana / agropecuária (% futura) 29,31% 27,36% 3,43% 33,0 % 27,4% 15,7% MS, MT e GO que se encontram nos limites da Bacia do Alto Paraguai Norte do ES e Sul da BA Região de Campos (RJ) Zona da Mata na Região NE Expansão pontual em regiões do MT, GO, MG, TO, MA, PI e RS Vegetação nativa 10,85% 26,81% 33,79% Limitações Disponibilidade hídrica superficial Existência de APAs Baixa cobertura vegetal nativa MS principalmente excelente SP e PR principalmente confortável a preocupante MS e PR crítica (pontual). Fonte: EPE. Resultados preliminares PDE Demanda hídrica elevada em função da utilização agroindustrial MS, sudoeste de GO e parte de MG principalmente excelente SP e demais áreas de MG e GO muito críticos, críticos e preocupantes Excelente e confortável (pontual) Região de recarga do aquífero Guarani e drenagem para a Bacia do Paraguai (Pantanal) Excelente Região NE principalmente crítica ou muito crítica. RS principalmente preocupante, crítica ou muito crítica
6 Análise espacial da expansão do plantio de soja - Biodiesel Situação Atual Plantas Produtivas acompanham áreas de plantio de soja (insumo de 75% da produção) Centro-Oeste = maior produtor (40%) Usinas de Biodiesel Áreas Legalmente Protegidas Sudeste = maior consumidor (44%) Produção (toneladas):
7 Emissões de Gases de Efeito Estufa evitadas pelo uso de biocombustíveis Queima de Biomassa - convenciona-se que o CO 2 emitido foi absorvido da atmosfera durante a fotossíntese Geração termelétrica a biomassa evita emissões de CO 2 ao deslocar despacho de termelétricas a combustível fóssil. Mt.CO Ano Emissões -setor de transportes Emissões evitadas - Álcool Hidratado Emissões evitadas - Álcool Anidro Emissões evitadas -Biodiesel Gráfico 2 Emissões evitadas pelo uso de biocombustíveis líquidos no setor de transportes Fonte: EPE. Resultados preliminares PDE
8 Objetivo: Leilões de Energia Atender a demanda de Energia Elétrica do ACR Ambiente de Contratação Regulada, garantindo a modicidade tarifária. Tipos de Leilão: LEN Leilão de Energia Nova: A-1, A-3 e A-5 LFA Leilão de Fontes Alternativas LER Leilão de Energia Reserva Leilões Específicos (UHE Santo Antônio, UHE Jirau, UHE Belo Monte, etc) O Papel da EPE: Cadastrar e habilitar tecnicamente: Empreendimentos hidrelétricos, UHE e PCH Empreendimentos termelétricos, UTE Fontes alternativas Ampliação ou repotenciação de empreendimento existente Importação de energia elétrica.
9 Leilões de Energia Etapas do Cadastramento Preenchimento online da ficha de dados do empreendimento Entrega dos documentos necessários à Habilitação Técnica dos empreendimentos O Papel da Superintendência de Meio Ambiente - SMA Análise dos seguintes documentos - Compatibilidade com o projeto Licença Ambiental - Validade - Condicionantes Estudos Ambientais DRDH Declaração de Reserva de Disponibilidade Hídrica (PCH e UHE) Outorgas de Uso de Água (demais fontes). Memorial Descritivo
10 Leilões de Energia Fluxograma da Análise da SMA: Entrega de documentos Complementação dos documentos Análise dos documentos (SMA) Sim Há prazo para a complementação dos documentos? Não Não Documentação Ok? Sim Não habilitado Habilitação Técnica Ofício de não habilitação Ofício de habilitação
11 Leilões realizados para empreendimentos de fontes alternativas Leilão de Fontes Alternativas 18 de junho de 2007 Leilão de Energia Reserva (Biomassa) 14 de agosto de 2008 Leilão de Energia Reserva (Eólica) 14 de dezembro de 2009 Leilões de Energia Leilões de Fontes Alternativas previstos para 2010 Leilão de Sistemas Isolados (Biomassa) 09 de abril de 2010 Leilão de Energia Reserva (Fontes Alternativas) previsto para o 1º semestre
12 Leilão de Fontes Alternativas 18 de junho de 2007 Fontes Cadastradas Biomassa PCH Eólica Energia Comercializada: 644 MW Leilões de Energia - Resultados Empreendimento nº Potência (MW) PCH 6 102,0 UTE (Biomassa) ,9 Total ,9
13 Leilões de Energia - Resultados Leilão de Energia Reserva (Biomassa) 14 de agosto de 2008 Combustíveis Cadastrados: Bagaço de Cana Cama de Frango Capim Elefante Cavaco de Madeira Energia Comercializada: 2,4 GW Estado Nº de Empreendimentos Potência (MW) Goiás 8 633,5 Minas Gerais 3 175,0 Mato Grosso do Sul 5 474,7 Mato Grosso 1 72,7 Piauí 1 30,0 São Paulo ,5 Total ,4
14 Leilões de Energia Dificuldades Falta de padronização dos dados apresentados nas LP de cada estado Algumas não informam a potência licenciada Dificuldade de identificação da área licenciada (localização geográfica, coordenadas) Licenças emitidas sem estudo ambiental (EIA/Rima, RAS) procedimentos internos dos órgãos ambientais Outorga de uso da água Para plantas de cogeração, dificuldade de identificar a vazão outorgada especificamente para a geração de energia.
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