Piso salarial regional tem aumento de até 9,76%

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1 Piso salarial regional tem aumento de até 9,76% Piso salarial regional tem aumento de atã 9,76% O governador Josà Serra anunciou nesta terã a-feira, 25 de marã o, no Palà cio dos Bandeirantes, os novos valores do Piso Salarial Regional e encaminhou à Assemblà ia Legislativa, o Projeto de Lei (PL) que institui o reajuste. As trãªs faixas salariais devem passar dos atuais R$ 410,00, R$ 450,00 e R$ 490,00 para R$ 450,00, R$ 475,00 e R$ 505,00, respectivamente. A expectativa do Governo do Estado à que a proposta seja aprovada rapidamente para que os novos valores passem a vigorar a partir de maio. â œeste à o salã rio mã nimo paulista. Ninguà m, em Sà o Paulo, poderã ganhar menos do que o piso salarial estabelecid pelas autoridades estaduais, pelo Governo e aprovado pela Assemblà ia Legislativa. E as Delegacias Regionais do Trabalho terã o a competãªncia da fiscalizaã à oâ, afirmou o governador. A primeira faixa teve reajuste maior (9,76%) porque nele estã o incluã das as ocupaã ões com menor remuneraã à o e qualificaã à o, como trabalhadores domã sticos. As ocupaã ões incluã das nesta faixa formam o maior conjunto de assalariados beneficiados diretamente com a medida. O Piso Salarial Regional foi criado em agosto de 2007, quando o governador Josà Serra sancionou a lei n⺠/2007. As trãªs faixas salariais foram estabelecidas de acordo com grupos de ocupaã à o de trabalhadores â ao todo sã o 105 ocupaã ões. O Piso à voltado para trabalhadores da iniciativa privada que nã o possuem piso salarial definido por lei federal, convenã à o ou acordo coletivo de trabalho. Estima-se que cerca de um milhã o de pessoas tenham sido beneficiadas em todo o Estado. Em comparaã à o com os valores anteriores (R$ 410, R$ 450 e R$ 490), os reajustes foram, respectivamente, de 9,76%, 5,56%, e 3,06%. Entre julho de 2007, mãªs anterior à vigãªncia do Piso Salarial paulista, e fevereiro de 2008, a inflaã à o acumulada pelo IPC (à ndice de Preà os ao Consumidor) da Fipe alcanã ou a taxa de 2,40%. Desta forma, todas as faixas tiveram reajuste superior à inflaã à o. Atà abril desse ano, mãªs anterior à data prevista para vigãªncia dos novos valores, a inflaã à o nã o deverã superar o menor reajuste previsto pelo projeto. â œestamos proporcionando mais renda para a populaã à o de Sà o Paulo. E de uma maneira responsã vel. Isso nã o à gasto de Governo, nem estabelece condiã à o impossã vel para as empresas. A economia paulista tem produtividade mã dia acima da economia brasileira, portanto, podemos ter um salã rio mã nimo maior que o salã rio mã nimo nacionalâ, ressaltou Serra. Para chegar ao piso paulista, tã cnicos da Secretaria do Emprego e Relaà ões do Trabalho realizaram estudo da massa salarial, dividido por ocupaã à o e regiã o administrativa do Estado. Tambà m analisaram as ocupaã ões que se enquadravam na lei, o salã rio mã nimo definido pelo Governo Federal e o custo de vida no Estado. Alà m disso, realizaram cã lculos para definir valores que fossem viã veis aos empregadores, para garantir que os trabalhadores beneficiados nã o fossem empurrados para a informalidade. Â

2 Faixa Reajuste Diferenà a do mã nimo federal Atual Nova Nominal % R$ 410 R$ 450 9,76% R$ 35 Portal Hortolandia

3 8,43% R$ 450 R$ 475 5,56% R$ 60 14,46% R$ 490 R$ 505 3,06% R$ 90 21,69% Â

4 A Lei Complementar Federal n⺠103/2000 autoriza os Estados a instituir pisos regionais. Essa mesma lei impede que a medida seja aplicada a servidores pãºblicos municipais. O piso tambã m nã o vale para os servidores estaduais, que jã tãªm hoje piso salarial de R$ 510, superior à maior faixa do piso regional. Alà m de beneficiar com remuneraã à o acima do salã rio mã nimo nacional os trabalhadores nã o protegidos por lei federal, convenã à o ou acordo coletivo de trabalho, outro objetivo à difundir a informaã à o sobre a existãªncia dos novos pisos, estimulando a reivindicaã à o dos valores na negociaã à o individual ou coletiva, mesmo que nã o exista contrato de trabalho formal (carteira assinada). O Piso visa tambã m incorporar especificidades do mercado de trabalho paulista - como no Estado de Sà o Paulo as condiã ões da demanda de mã o-de-obra e de custo de vida levam, de um modo geral, a salã rios superiores à mã dia nacional, isso tambã m justifica remuneraã ões mã nimas estaduais superiore ao salã rio mã nimo.â De acordo com o secretã rio estadual do Emprego e Relaà ões do Trabalho, Guilherme Afif Domingos, os trabalhadores das categorias enquadradas no piso paulista que ganham acima do valor fixado pelo Estado terã o reajustes salariais com base no salã rio mã nimo nacional. Segundo estudos preliminares, hã indicaã ões de que a fixaã à o do piso estadual para estas ocupaã ões gerou impacto sobre as remuneraã ões. O salã rio mã dio dos empregados domã sticos mensalistas da regiã o metropolitana de Sà o Paulo, antes da medida adotada em 2007, era R$ 448,00; no perã odo apã³s a instituiã à o do piso regional, o rendimento passou para R$ 486,00, o que equivale a um aumento real de 8,6%. Um dos fatores para esse reajuste Ã, justamente, a implementaã à o do piso. Faixas salariais e grupos de ocupaã ões Grupo 1: R$ 450,00 Trabalhadores domã sticos, serventes, trabalhadores agropecuã rios e florestais, pescadores, contã nuos, mensageiros e trabalhadores de serviã os de limpeza e conservaã à o, trabalhadores de serviã os de manutenã à o de à reas verdes e de logradouros pãºblicos, auxiliares de serviã os gerais de escritã³rio, empregados nã o-especializados do comã rcio, da indãºstria e de serviã os administrativos, cumins, "barboys", lavadeiros, ascensoristas, "motoboys", trabalhadores de movimentaã à o e manipulaã à o de mercadorias e materiais e trabalhadores nã o-especializados de minas e pedreiras. Grupo 2: R$ 475,00 Operadores de mã quinas e implementos agrã colas e florestais, de mã quinas da construã à o civil, de mineraã à o e de cortar e lavrar madeira, classificadores de correspondãªncia e carteiros, tintureiros, barbeiros, cabeleireiros, manicures e pedicures, dedetizadores, vendedores, trabalhadores de costura e estofadores, pedreiros, trabalhadores de preparaã à o de alimentos e bebidas, de fabricaã à o e confecã à o de papel e papelã o, trabalhadores em serviã os de proteã à o e seguranã a pessoal e patrimonial, trabalhadores de serviã os de turismo e hospedagem, garã ons,

5 cobradores de transportes coletivos, "barmen", pintores, encanadores, soldadores, chapeadores, montadores de estruturas metã licas, vidreiros e ceramistas, fiandeiros, tecelãµes, tingidores, trabalhadores de curtimento, joalheiros, ourives, operadores de mã quinas de escritã³rio, secretã rios, datilã³grafos, digitadores, telefonistas, operadores de telefone e de "telemarketing", atendentes e comissã rios de serviã os de transporte de passageiros, trabalhadores de redes de energia e de telecomunicaã ões, mestres e contramestres, marceneiros, trabalhadores em usinagem de metais, ajustadores mecã nicos, montadores de mã quinas, operadores de instalaã ões de processamento quã mico e supervisores de produã à o e manutenã à o industrial. Grupo 3: R$ 505,00 Administradores agropecuã rios e florestais, trabalhadores de serviã os de higiene e saãºde, chefes de serviã os de transportes e de comunicaã ões, supervisores de compras e de vendas, agentes tã cnicos em vendas e representantes comerciais, operadores de estaã à o de rã dio e de estaã à o de televisã o, de equipamentos de sonorizaã à o e de projeã à o cinematogrã fica e tã cnicos em eletrã nica.