RELATO DE EXPERIÊNCIA DO
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- Mafalda Palma Lisboa
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1 RELATO DE EXPERIÊNCIA DO TRABALHO EM SAÚDE NA TRAGÉDIA EM SANTA MARIA-RS Paula Thais Avila do Nascimento Médica de Família e Comunidade PMF Carlos A.S. Garcia Jr. Consultor Política Nacional de Humanização (PNH)
2 PAPEL DA APS EM SITUAÇÕES DE DESASTRES Recomendações sobre a atuação das equipes de Atenção Básica em situações de desastres (DAB, 2012): - Ajudar na identificação das populações expostas aos riscos, na área de abrangência; - Trabalhar na mobilização e sensibilização das famílias/moradores das áreas de risco; - Deslocar profissionais para as áreas dos desastres para trabalhar em articulação com a RUE e Vigilância à Saúde para assegurar a execução de ações de saúde às populações afetadas; - Identificar comprometimentos da infraestrutura/equipamentos;
3 PAPEL DA APS EM SITUAÇÕES DE DESASTRES Qual é o papel da APS? Princípios da APS: - Primeiro contato - Longitudinalidade - Integralidade - Coordenação do Cuidado
4 O INCÊNDIO DA BOATE KISS
5 SANTA MARIA-RS Localizada na região central do RS, há aproximadamente 400 km de Porto Alegre População: hab (IBGE, 2011) Majoritariamente jovem (18%: 20-29) Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) Base da Aeronáutica
6 SANTA MARIA REDE DE SAÚDE 15 unidades básicas de saúde (UBS) 16 unidades de Programa de Saúde da Família (PSF) - 18% cobertura 2 Pronto-atendimentos e 1 UPA 4 CAPS (infantil, AD e II) e 1 ambulatório municipal de saúde mental 3 hospitais públicos (HUSM, Hosp. da Brigada e Hgu) 2 hospitais privados (Casa de Saúde e Caridade)
7 O DESASTRE DE SANTA MARIA Desastre: incêndio na boate Kiss no dia 27/01/ corpos levados para o Centro Desportivo Municipal Mais de 140 feridos para os hospitais da região
8
9 SANTA MARIA CENTRO DESPORTIVO MUNICIPAL Dia 01 27/01/13 Reconhecimento das vítimas Velórios coletivos Atendimento clínico e psicossocial aos familiares e amigos das vítimas Reuniões entre núcleos profissionais para afinar trabalho
10 SANTA MARIA CENTRO DESPORTIVO MUNICIPAL
11 SANTA MARIA CENTRO DESPORTIVO MUNICIPAL
12 SANTA MARIA CENTRO DESPORTIVO MUNICIPAL
13 SANTA MARIA CENTRO DESPORTIVO MUNICIPAL
14 SANTA MARIA HOSPITAIS E PAS Dia 01 27/01/13 Vítimas internadas passam a ser transferidas para hospitais em POA (FAB) Atendimento médico de urgência para vítimas sobreviventes nos prontoatendimentos do município
15 SANTA MARIA CENTRO DESPORTIVO MUNICIPAL Dia 02 28/01/13 Finalizado reconhecimentos Chegada de corpos Continuação dos velórios coletivos Atendimento clínico para familiares e amigos das vítimas
16 SANTA MARIA CEMITÉRIOS Dia 02 28/01/13 Atendimento médico e psicossocial para familiares e amigos durante enterros das vítimas fatais
17 SANTA MARIA CAPS 2 Dia 02 28/01/13 Oferta de atendimento médico e psicossocial para as vítimas sobreviventes assintomáticas, familiares e amigos das vítimas Organização do espaço e fluxos de atendimento
18 SANTA MARIA CAPS 2
19 SANTA MARIA DIA 03 29/01/13 Manutenção do atendimento médico de urgência para vítimas sobreviventes sintomáticas Manutenção das transferências hospitalares Mais vítimas fatais velórios, enterros, suporte às famílias
20 DIA 03 29/01/13 Comitê Gestor: Criação de Grupos de Trabalho (GT) 1) Equipe de Regulação 2) Equipe de apoio para velório, enterro e missa de 7º dia 3) Equipe de apoio às UPAS e SAMU 4) Equipe de apoio aos Hospitais 5) Equipe de apoio às UBS 6) Equipe de Cuidado ao Cuidador 7) Equipe de Acolhimento 24 horas (CAPS2)
21 A PARTIR DO DIA 04 30/01/13 Organização do trabalhos dos voluntários Realização de escalas (co-organizadas em parceria com CRP até meados de fev/13) Atendimentos individuais no CAPS, visitas domiciliares, discussões de caso Mapeamento da rede para articulações intersetoriais (AS, defesa civil, etc). Articulação com residência multiprofissional
22 POTENCIALIDADES DO TRABALHO REALIZADO Trabalho interdisciplinar e colaborativo Grande número de envolvidos, disponíveis e implicados com o trabalho Envolvimento das três esferas de poder Colaboração de experts em situações de desastres Ações intersetoriais
23 FRAGILIDADES DO TRABALHO REALIZADO Município despreparado para o enfrentamento de situações de desastres (férias coletivas, fragilidades da rede de atenção à saúde) Atenção à saúde centralizada em nível secundário e terciário (baixa cobertura da ESF, coordenação saúde mental, prioridade do atendimento hospitalar)
24 O QUE UMA APS FORTE TERIA A OFERECER? Organização das ações a curto, médio e longo prazos; Atendimento descentralizado e de fácil acesso; Vínculo e responsabilização; Garantia de cuidado longitudinal para vítimas e famílias; Coordenação do cuidado, minimizando intervenções excessivas e desnecessárias
25 Contato : pepa_nasc@hotmail.com carlosgarciajunior@hotmail.com
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