PARECER ÚNICO SUPRAM-TM/AP PROTOCOLO Nº 04849/2008 Indexado ao(s) Processo(s) Licenciamento Ambiental nº 10359/2005/001/2007 LOC

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1 PARECER ÚNICO SUPRAM-TM/AP PROTOCOLO Nº 04849/2008 Indexado ao(s) Processo(s) Licenciamento Ambiental nº 10359/2005/001/2007 LOC Deferimento Outorga Protocolo nº /2008 Autorização Superficial Cadastro efetivado Empreendimento: ISRAEL ROSALIN E OUTROS / Sítio Juá CPF: Município: Patos de Minas/MG Unidade de Conservação : - Bacia Hidrográfica: Rio Paranaíba Sub Bacia: Ribeirão da Mata Atividades objeto do licenciamento: Código DN 74/04 Descrição Classe G Viveiro de produção de mudas 4 Medidas mitigadoras: SIM NÃO Medidas compensatórias: SIM NÃO Condicionantes: SIM NÃO Automonitoramento: SIM NÃO Responsável Técnico pelos Estudos Técnicos Apresentados Registro de classe Arnaldo Freitas de Oliveira Júnior Crea/MG: Processos no Sistema Integrado de Informações Ambientais - SIAM SITUAÇÃO Relatório de vistoria/auto de fiscalização: 068/2007 DATA: 04/05/2007 Data: 05/03/2008 Equipe Interdisciplinar: Amilton Alves Filho Registro de classe Assinatura Cristiane Oliveira de Paula Alexssandre Pinto de Carvalho Kamila Borges Alves Junia Gontijo Cunha

2 1. INTRODUÇÃO Os empreendedores Israel Rosalin e Outros requereram junto a SUPRAM - Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba, Licença de Operação de natureza Corretiva (LOC) para o empreendimento Sítio Juá, localizado no município de Patos de Minas/MG, através do preenchimento do FCEI, e conseqüente obtenção do FOBI, em 30/10/2006. Em 15/02/2007 o processo foi formalizado, conforme verificado nos documentos constantes nos autos. A vistoria ao empreendimento foi efetuada dia 04/05/2007. O Sitio Juá está localizado na zona rural do município de Patos de Minas, Km 01(trevo final da Av. Marabá, estrada de chão por 300 metros, à esquerda). 2. DIAGNÓSTICO AMBIENTAL 2.1. CARACTERIZAÇÃO DO EMPREENDIMENTO Conforme documentação apresentada a propriedade possui 12,00 hectares e a atividade principal desenvolvida no imóvel é a produção de mudas (viveiro) com de mudas/ano, a qual encontra-se em operação desde 1997 classificando-se, de acordo com a DN COPAM nº 74/04 (G ), como classe 04. De acordo com o Relatório de Controle Ambiental (RCA) o viveiro possui em suas dependências escritório, banheiros, barracão de transplantio, barração de semeadura de hortaliças, 02 (duas) casas de bomba, depósitos de defensivos, barracão de lavação de bandejas e 32 estufas de 8x 53 m destinadas para produção de tomates, e outras hortaliças, 66 estufas de 3,20x40 m destinadas para produção de café, 03 (três) caminhões para transporte de mudas e outros materiais e um rodolúvio. Dessa forma, a área ocupada com estufas somam m² e as áreas com benfeitorias 9,0 hectares. O solo predominante no imóvel é o Latossolo Vermelho amarelo (LV). Trata-se de um solo que são formados pelo processo denominado latolização que consiste basicamente na remoção da sílica e das bases do perfil ( Ca, Mg e K), após transformação dos minerais primários constituintes. São solos minerais, não hidromorficos, profundos, apresentam estrutura granular muito pequena são macios quando secos e altamente friáveis quando úmidos.

3 Conforme RCA apresentado o sítio Juá possui um total de 40 funcionários fixos, sendo que no imóvel, residem apenas 02(dois) funcionários, os demais funcionários e suas respectivas famílias residem na cidade de Patos de Minas/MG. O clima da área de influência do empreendimento, segundo a classificação de Koppen, é o Cwa, isto é, clima mesotérmico, caracterizado por verões quentes e úmidos. A precipitação média anual está em 1.474,4 mm. O período seco dura cerca de 4 meses, coincidindo com a época mais fria do ano (maio a agosto). A temperatura média anual é de cerca de 21,1 º C e a média do mês mais quente é superior a 27,8 ºC. As altitudes predominantes na região, na qual está situado o sítio Juá, são da ordem de 900 a metros. O viveiro de mudas realiza suas atividades no sítio Juá e tem como principal atividade a produção de mudas de café, tomate-industria, hortaliças e eucalipto, ornamentais, cultivadas em estufas em área de 9,0 hectares da propriedade. Os insumos utilizados no imóvel compreendem tubetes, substrato, fertilizantes defensivos agrícolas, sementes, germinadores e mudas. As sementes de tomate são comprados de empresas devidamente registradas no Ministério da Agricultura com atestado de qualidade quanto a porcentagem de germinação e umidade Todos os insumos são guardados em depósito próprio com área interna de aproximadamente 5,0 m² e possui local para alocar EPI, preparação de caldas e área de escape. Em todo o galpão, há prateleiras para armazenamento dos produtos. O piso é revestido por cimento e pequeno declive para coleta de material líquido, caso ocorra escorrimento de produtos. O projeto de irrigação do viveiro é constituído por 01(um) conjunto de microaspersão do tipo NAAN, para os 6 (seis) blocos de estufas para mudas de café e espécies florestais e caixa d água para litros e 02 (dois) conjuntos de miicroaspersão do tipo NAAN, para os 8 (oitos) blocos de estufas para mudas de tomate industria e hortaliças e reservatório de água de chuva com capacidade para litros cada. Os dois sistemas de irrigação são interligados. Na microaspersão os emissores são, normalmente, posicionados a cada duas plantas, não havendo problemas de interferência dos troncos com a aspersão subcopa. Os emissores de maiores vazões apresentam menos problemas de entupimento e tempos de irrigação menores.

4 No processo de semeadura ocorre a geração de efluentes líquidos. Existe uma tubulação que encaminha o resíduo liquido para caixa de contenção e armazenamento. Trata-se da água utilizada no semeio e de substrato em excesso na bandeja. Nas caixas de retenção a água é reutilizada no processo de fertirrigação do viveiro. A propriedade conta com 02 (dois) poços artesianos com 170 metros de profundidade, no entanto ambos encontram-se desativados e sem uso algum, devido a baixa vazão. Em razão do exposto o empreendedor deverá apresentar documento comprobatório do tamponamento dos poços tubulares, de acordo com Lei Estadual nº /00 e nota técnica nº 01/2006 do Instituto Mineiro de Gestão das Águas (IGAM), conforme listado como condicionante deste parecer. Conforme RCA os efluentes sanitários são gerados por três banheiros e são direcionados para uma fossa séptica. O lixo doméstico gerado é proveniente da casa destinada ao morador e irrigador do viveiro, além do escritório. Atualmente o lixo é constituído basicamente por: plásticos, papeis, alumínio e vidros, sendo encontrados em maiores quantidades os lixos de constituição orgânica. São encontrados também sacos plásticos para mudas, tubetes e embalagens de substrato, os quais são vendidos para reciclagem. Conforme RCA e PCA o óleo lubrificante da frota da empresa é vendido para a Petrolube- Industria de Lubrificantes Ltda (Rodovia Br 040 Km 461- Sete Lagoas/MG), devidamente licenciada pelo órgão ambiental competente, para reciclagem, atendendo aos dispositivos da Resolução CONAMA 362/2005, de modo a evitar danos a saúde e ao meio ambiente. Em relação a sucatas e ferragens existentes o empreendedor vende as mesmas para a empresa FERPEL LTDA (Rua Vicente D Napoli, 59, B.Santo Antônio- Patos de Minas/MG) devidamente regularizada junto ao órgão ambiental competente. O viveiro está localizado a 15 Km da cidade de Patos de Minas/MG e não há geração significativa de ruídos na área. Vale ressaltar que o viveiro valoriza possui o sistema ISO 9001.

5 RESERVA LEGAL (RL) A propriedade em análise (matrícula nº ), com área total de 12,00 hectares, possui Reserva Legal de 2,4 hectares, não inferior aos 20% do total exigido por lei, compensada na matrícula nº , localizada no município de Presidente Olegário/MG. Trata-se de um imóvel que possui como vegetação predominante cerrado, campo e campo-cerrado, ressaltando que o mesmo está localizado dentro da mesma bacia hidrográfica (Bacia do Rio Paranaíba). Vale ressaltar, que está reserva foi averbada no ano de 2006 pelo Instituto Estadual de Florestas (IEF) AUTORIZAÇÃO PARA EXPLORAÇÃO FLORESTAL Não há previsão para supressão de vegetação INTERVENÇÃO EM ÁREA DE PRESERVAÇÃO PERMANENTE No imóvel em questão não há área de preservação permanente UTILIZAÇÃO DE RECURSOS HÍDRICOS Há 01 (uma) captação em corpo d água para atender a demanda hídrica de consumo humano e para irrigação do viveiro de produção de mudas devidamente cadastrada junto ao IGAM, conforme certidão de registro de uso n o /2008 com validade de três anos, sendo o uso do recurso hídrico considerado insignificante de acordo com a Deliberação Normativa CERH- MG nº 09 de 2004 e, nos termos do art 18 1º da Lei nº 3.199/1999. Tal captação de água é feita na propriedade da Sr a Gilda Teixeira Rodrigues, Fazenda Mata dos Fernandes, vizinha ao sitio Juá (viveiro), a qual deu em servidão aos proprietários do Viveiro o direito de fazer uso do recurso hídrico, conforme escritura publica de servidão IMPACTOS IDENTIFICADOS 1- Lixo doméstico; 2- Embalagens de defensivos agrícolas; 3- Tubetes,plásticos e bandejas ; 4- Água oriunda de lavação de bandeja; 5- Substratos e descarte de mudas. 6- Desinfecção no interior das estufas.

6 2.3. MEDIDAS MITIGADORAS 1- O lixo doméstico deverá ser totalmente segregado, a parte orgânica deve ser utilizada na produção de adubo orgânico, e, com relação a parte inorgânica, o empreendedor deve dar o adequado fim. 2- Após a utilização dos defensivos agrícolas deve ser realizada a operação de tríplice lavagem das embalagens de agrotóxicos, devendo ser inutilizadas e posteriormente encaminhadas à central de recebimento de embalagens vazias credenciadas. A água residual, resultante da tríplice lavagem das embalagens de agrotóxicos, deverá ser descartada na pulverização dentro do viveiro. 3- As embalagens plásticas (tubetes,plásticos e bandejas) são reutilizadas no processo produtivo do viveiro. Aquelas embalagens que não servem mais para o uso são vendidas para reciclagem ou dado como parte de pagamento de novas aquisições de tubetes e bandejas plásticas. 4- As bandejas que recebem a semeadura após o seu uso passam por um processo de lavagem mecânica e desinfecção. Conforme PCA a água proveniente desta lavagem é aspergida através de um sistema de irrigação na plantação de casuarinas. No entanto, este efluente deve estar dentro dos padrões de lançamentos estabelecidos pela COPAM 10/1986 e CONAMA 357/ Durante a produção de mudas dentro do viveiro os substratos residuais e o descarte de mudas são compostados e utilizados posteriormente no processo de produção de mudas ornamentais. 6- O interior das estufas, após a retirada de um lote de mudas, é totalmente desinfectado. Assim, o empreendedor deverá realizar esta desinfecção conforme recomendação agronômica e acompanhado de responsável técnico CONTROLE PROCESSUAL O processo encontra-se formalizado e instruído corretamente no tocante à legalidade processual, haja vista a apresentação dos documentos necessários e exigidos pela legislação ambiental em vigor, conforme enquadramento no disposto da Deliberação Normativa nº 74/2004.

7 Da mesma forma, o local e o tipo de empreendimento encontra-se de acordo com as normas, leis e regulamentos municipais, conforme Declaração da Prefeitura Municipal de Patos de Minas/MG. 3. CONCLUSÃO Nos estudos apresentados foram contempladas informações satisfatórias à análise do processo de Licenciamento Ambiental do empreendimento em epígrafe. Ressalta-se que as medidas mitigadoras e compensatórias apresentadas no RCA e PCA deverão ser atendidas. A equipe interdisciplinar de análise deste processo, do ponto de vista técnico e jurídico, opina pelo deferimento da concessão da Licença de Operação Corretiva para o empreendimento Sítio Juá de propriedade do Srº Israel Rosalin e Outros, localizado no município de Patos de Minas - MG, desde que atendidas as medidas mitigadoras de impactos ambientais descritas neste parecer e no PCA apresentado, aliadas às condicionantes listadas no anexo único, ouvida a Unidade Regional Colegiada do Conselho Estadual de Política Ambiental do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba. Ressalta-se que a Licença Ambiental em apreço não dispensa nem substitui a obtenção pelo requerente de outras licenças legalmente exigíveis. Ressalta-se ainda que as revalidações das licenças ambientais, tais como as de outorga, deverão ser efetuadas 90 (noventa) dias antes de seu vencimento. Opina-se, que as observações acima constem do Certificado de Licenciamento Ambiental. Data: 05/03/2008 Equipe Interdisciplinar: Registro de classe Assinatura Amilton Alves Filho Cristiane Oliveira de Paula Alexssandre Pinto de Carvalho Kamila Borges Alves Junia Gontijo Cunha

8 ANEXO I Processo COPAM Nº: 10359/2005/001/2007 Empreendimento: ISRAEL ROSALIN E OUTROS CPF: Atividade: Viveiro de produção de mudas Endereço: Estrada Patos de Minas - Sumaré Km 03. Localização: 18º e 46º Município: Patos de Minas MG Referência: CONDICIONANTES DA LICENÇA Classe/Porte: 3 / M VALIDADE: 6 anos ITEM DESCRIÇÃO PRAZO* Implantação e/ou adequação da coleta seletiva do lixo doméstico, conforme proposto no PCA; Utilizar os agrotóxicos, adubos e substratos de acordo com a recomendação agronômica e acompanhado por técnico habilitado. Apresentar documento comprobatório do tamponamento dos poços tubulares conforme Lei Estadual nº /00 e nota técnica nº 01/2006 do Instituto Mineiro de Gestão das Águas (IGAM). Canalizar a água proveniente da lavagem das bandejas e tubetes até o tanque de armazenagem. Aplicar os efluentes da lavagem das bandejas e tubetes dentro dos padrões da Resolução CONAMA 357/2005 e COPAM 10/1986. Executar o Programa de Automonitoramento conforme definido pela SUPRAM-TM/AP no Anexo II 120 dias Sempre que fizer uso destes insumos. 60 dias 30 dias Durante a vigência da licença. Durante a vigência da LOC * Contados a partir da concessão da licença.

9 ANEXO II Processo COPAM Nº: 10359/2005/001/2007 Classe/Porte: 3 / M Empreendimento: Israel Rosalin e Outros CPF: Atividade: Viveiro de produção de Mudas Endereço: Estrada Patos de Minas - Sumaré Km 03. Localização: 18º S e 46º W Município: Patos de Minas MG. Referência: AUTOMONITORAMENTO ITENS DESCRIÇÃO PERIDIOCIDADE 1 2 O uso de EPI S (Equipamento de Proteção Individual) O empreendedor deverá apresentar comprovante de destinação dado às embalagens vazias de agrotóxicos de acordo com a Lei Federal n de 06/06/00. Durante o uso de produtos tóxicos ou atividades perigosas à saúde. Anual Monitorar o sistema de tratamento de efluentes sanitários. Manejar corretamente o sistema de irrigação Monitorar a água proveniente da lavagem das bandejas e tubetes antes de ser fertirrigado observando os seguintes parâmetros: ph, DBO,DQO, Cu, Zn, nitratos, fósforo e cloretos Realizar analise química do solo na área em que está sendo aplicado a água proveniente da lavagem das bandejas e tubetes observando os seguintes parâmetros: ph, Ca, Mg, K, H, Al, Cu, Zn, N, P, Na, Cl, saturação por base, CTC total, CTC efetiva e saturação por alumínio. Semestralmente Quando fizer uso do sistema Anualmente Anualmente

10 Importante: OS PARÂMETROS E FREQUÊNCIAS ESPECIFICADOS PARA O PROGRAMA DE AUTOMONITORAMENTO PODERÃO SOFRER ALTERAÇÕES A CRITÉRIO DA ÁREA TÉCNICA DO SUPRAM-TMAP, FACE AO DESEMPENHO APRESENTADO PELOS SISTEMAS DE TRATAMENTO DE EFLUENTES. A COMPROVAÇÃO DO ATENDIMENTO AOS ITENS DESTE PROGRAMA DEVERÁ ESTAR ACOMPANHADA DA ANOTAÇÃO DE RESPONSABILIDADE TÉCNICA - ART, EMITIDA PELO(S) RESPONSÁVEL (EIS) TÉCNICO(S), DEVIDAMENTE HABILITADO(S); QUALQUER MUDANÇA PROMOVIDA NO EMPREENDIMENTO, QUE VENHA A ALTERAR A CONDIÇÃO ORIGINAL DO PROJETO DAS INSTALAÇÕES E CAUSAR INTERFERÊNCIA NESTE PROGRAMA DEVERÁ SER PREVIAMENTE INFORMADA E APROVADA PELO ÓRGÃO AMBIENTAL.