EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR: UTILIZAÇÃO DA PRAIA DE SANTOS COMO AMBIENTE DE APRENDIZADO.
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- Emanuel Gabeira Barbosa
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1 EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR: UTILIZAÇÃO DA PRAIA DE SANTOS COMO AMBIENTE DE APRENDIZADO. Francisco Finardi do Nascimento O Brasil tem km de extensão litorânea, sendo que 7 km pertencem à cidade de Santos no Litoral Paulista, pois temos o privilégio de poder contar com uma excelente extensão de areia e o mar calmo na maioria dos dias. O presente estudo tem como objetivo verificar com qual frequência os professores utilizam a praia para ministrar aulas de Educação Física Escolar - EFE e procurar saber qual a opinião deles sobre o assunto, ou seja, se eles acham que a praia faz parte ou não desta atividade. A pesquisa foi direcionada a professores de Educação Física de escolas particulares. Afinal, a praia é a realidade de nossos alunos como é o rio ou a montanha para os alunos do campo. Você como professor, já se perguntou quantos alunos sabem nadar? O quanto podemos aprender neste ambiente (praia)? Quantos esportes posso praticar? Quantos posso aprender e ensinar? Quantas experiências os alunos terão? Participaram da pesquisa 28 professores de Educação Física de 15 colégios particulares de Santos onde pude constatar que uma boa parte da população escolar não tem aulas na praia devido a alguns fatores que inibem esta prática. Palavras-chave: Educação - Educação Física Escolar - Praia - Psicopedagogia. INTRODUÇÃO Os objetivos e as propostas educacionais da Educação Física Escolar EFE modificaram-se durante o último século e continuam sendo influenciadas e modificadas. Uma delas é a utilização de um ambiente diferenciado da quadra (praia) para a prática de aulas. Afinal, moramos em uma cidade com aproximadamente 7 km de extensão de praia. Pergunto: os professores de EFE utilizam a praia para ministrar aulas de EFE? Os que não utilizam, qual o motivo? Para responder a estas e outras perguntas, venho buscando respostas sobre EFE nos colégios particulares de Santos. Constatei que existem alguns fatores que inibem esta prática. Por exemplo: responsabilidade voltada para a escola, deslocamento dos alunos e clima. Todavia, as
2 causas mais frequentes da não utilização são: super proteção dos pais, segurança excessiva e proibição dos diretores. Porém temos muitas vantagens como: promover o condicionamento físico, troca de experiências (professor/aluno e aluno/professor), variações de terreno e uma aula repleta de informações. Para colégios que possuem ou não quadra, a praia é excelente, pois mais de 15 esportes e jogos podem ser praticados. No entanto, apenas uma minoria da população escolar é beneficiada com aulas na quadra e também ao ar livre e com isso enriquecem ainda mais suas vivências. REVISÃO DE LITERATURA A escola que conhecemos hoje é, na verdade, produto dos séculos XVII a XIX, quando começou a florescer a ideia da necessidade de educação pública obrigatória para todas as pessoas. (BARBOSA, 2001, p.24) Barbosa cita Carvalho (1991) que afirma que a falta de consciência crítica impede o conjunto do professorado de Educação Física de compreender as insanidades pseudofilosóficas da intelectualidade, que enevoam e impossibilitam uma certa intimidade com os saberes próprios nas mais diversas áreas do conhecimento humano. Costa (2001) cita: somos os únicos a nos preocupar com as condições meteorológicas. Só podemos ministrar aulas na praia se o tempo estiver favorável. Não podemos desviar nossos focos para outras coisas e não prestar atenção na nossa quadra natural. Cada um tem um perfil, um interesse, uma experiência de vida. E por que não aproveitá-los e transformar este perfil em realidade. Diante desses fatos, posso constatar que há tempos o mais importante para as pessoas era o valor e a aparência, por isso, esqueciam-se do seu bem estar e das opções que podiam encontrar na própria natureza. A praia tem o tipo de terreno diferenciado da quadra da escola e o próprio ambiente faz com que os alunos apreciem melhor a aula de educação física uma vez que estão diante da energia que emana do sol e da brisa que vem do mar.
3 GRÁFICO 1: VOCÊ UTILIZA A PRAIA PARA DAR AULAS DE EFE? 57,14% 42,86% SIM NÃO SIM NÃO 0% 0% 17% GRÁFICO 2: CASO AFIRMATIVO DA FREQÜÊNCIA 51% A VZ S SPA SEA SEPA 1S 1M O A VZ - às vezes; S sempre; SPA - sempre que os pais autorizam; SEA - sempre que a escola autoriza; SEPA - sempre que a escola e os pais (as mães) autorizam; 1S - 1x por semana; 1M - 1x por mês e O outros. CONSIDERAÇÕES Pude contar com 28 profissionais e uma média de 2 professores por colégio. Após responderem o questionário, obtive os seguintes resultados: dos 28 participantes, 42,86% professores levam seus alunos à praia e 57,14% não levam ou não tem o costume de levar. O índice de respostas foi o seguinte: 6±51% responderam às vezes (AVZ), 2±17% sempre que os pais autorizam (SPA), 1± sempre (S) sempre que a escola autoriza (SEA) sempre que a escola e os pais autorizam (SEPA) outros (O), 0% 1X por semana e 1X por mês. Porém, não ficamos somente nas desvantagens temos muitas vantagens como por exemplo, uma aula muito prazerosa e repleta de novas informações. Pude observar que no período da pesquisa, conforme ia falando com alguns professores e coordenadores, a grande maioria das escolas que antes não iam para a praia, estavam promovendo aulas na praia pelo menos uma vez ao mês - acredito que seja um bom sinal. Vamos ver daqui a alguns anos se a visão destes professores mudará e acredito que após esta pesquisa, muitas coisas irão mudar nas aulas de Educação Física das escolas particulares de Santos.
4 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1. ALMEIDA, A. C. P. C. O futuro das atividades físicas de lazer e recreação ligadas à natureza e a educação ambiental. Santa Catarina: UFSC, p. 2. ARAUJO, P. Educação Física: esportes de aventura Está aula é o máximo! Disponível em Acesso em: 10 set Educação Física: Surfe - O mar vira quadro-negro - Disponível em Acesso em: 10 set BARBOSA, C L A Educação Física Escolar: as representações sociais Rio de Janeiro: Shape, BARBANTI, V. J. Dicionário da Educação Física e Esportes São Paulo, Manole: CAPARROZ, F. E. Entre a educação física na escola e a educação física da escola. 2 ed. Campinas: Autores Associados, DALBEN, A. Educação do Corpo e Vida ao Ar Livre: natureza e educação física em São Paulo ( ) f. Dissertação (Mestrado em Educação Física) Faculdade de Educação Física, Universidade Estadual de Campinas, Campinas, A praia como ambiente da educação física: As colônias de férias no Estado de São Paulo. In: V Seminário do Seminário do Centro de Memória da Educação Física e II Encontro do GTT Memórias da Educação Física e do Esporte CBCE, 2008, Belo Horizonte. Resumos do V Seminário do Seminário do Centro de Memória da Educação Física e II Encontro do GTT Memórias da Educação Física e do Esporte CBCE. Belo Horizonte : UFMG, Técnicas e práticas corporais na natureza: Um capítulo da história da educação do corpo. In: XXIV Simpósio Nacional de História, 2007, São Leopoldo. Anais - XXIV Simpósio Nacional de História, v DALBEN, A. ; DANAILOF, K. Natureza urbana: parques infantis e escola ao ar livre em São Paulo ( ). Revista Brasileira de Ciências do Esporte, DAOLIO, J Da Cultura Corporal 9º ed. Campinas, SP: Papirus, DARIDO, S C Educação Física na Escola: questões e reflexões Rio de Janeiro,RJ:Guanabara, DIAS, C. A. G. Lazer e esportes na natureza face à educação ambiental: entre o possível e o necessário. In: V semninário O lazer em debate, 2004, Rio de Janeiro. V seminário o lazer em debate, Esportes na natureza e Educação Física escolar. In: VIII Encontro Fluminense de Educação Física escolar, 2004, Niterói. Educação Física e cultura, v. 8. p DIAS, C. A. G. ; ALVES JUNIOR, E. D. Geografia da ação: os esportes na natureza e o território carioca. In: IX Seminário o Lazer em Debate, 2008, São Paulo. Seminário o Lazer em Debate, v GOULART, I. B. A educação na perspectiva construtivista: reflexões de uma equipe interdisciplinar. 3 ed. Petrópolis: Vozes, LAMES, C. M. O esporte-lazer na cidade do Rio de Janeiro: Uma abordagem dimensória. The FIEP Bulletin, Foz do Iguaçu, v. 75, n. 2, ISSN/ISBN:
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