CONSELHO DE REGULAÇÃO E MELHORES PRÁTICAS DA ATIVIDADE DE DISTRIBUIÇÃO DE PRODUTOS DE INVESTIMENTO NO VAREJO
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- Eliana Branco Delgado
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1 CONSELHO DE REGULAÇÃO E MELHORES PRÁTICAS DA ATIVIDADE DE DISTRIBUIÇÃO DE PRODUTOS DE INVESTIMENTO NO VAREJO DIRETRIZES PARA ENVIO DE INFORMAÇÕES À BASE DE DADOS DATA VIGÊNCIA: 17/12/2014 CAPÍTULO I - OBJETIVO Art. 1º - As presentes Diretrizes têm por objetivo fixar as regras para o envio de informações relativas à atividade de Distribuição de Produtos no Varejo que compõem a Base de Dados da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais ( ANBIMA ). Parágrafo único Estas Diretrizes complementam o Capítulo VI do Código ANBIMA de Regulação e Melhores Práticas para a Atividade de Distribuição de Produtos de Investimento no Varejo ( Código ). CAPÍTULO II PRINCÍPIOS GERAIS Art. 2º - A Atividade de Distribuição de Produtos de Investimento no Varejo, nos termos do Artigo 7º do Código, visa: I. O correto cumprimento dos Objetivos e Princípios Gerais do Código, principalmente no que tange à padronização dos procedimentos, qualidade e disponibilidade das informações, bem como à promoção e divulgação das mesmas de forma transparente ao mercado e aos investidores; II. Dotar a indústria de Varejo de regras operacionais para o envio e atualização de informações junto à Base de Dados. Art. 3º - O envio e atualização de informações à Base de Dados da ANBIMA ( Base de Dados ) pelas Instituições Participantes devem observar os seguintes princípios: I. Exatidão As informações devem estar corretas; II. Pontualidade As informações devem ser enviadas dentro dos prazos estipulados; III. Regularidade As informações devem ser enviadas na periodicidade devida;
2 IV. Integridade Todas as informações requeridas devem ser enviadas, não havendo lacunas na Base de Dados. CAPÍTULO III PARTICIPAÇÃO E ENVIO DE INFORMAÇÕES Art. 4º - Para participação na Base de Dados, as Instituições Participantes devem observar aos seguintes critérios: I. Instituições que possuam a partir de 50 (cinquenta) agências bancárias ativas no país, devem, obrigatoriamente, enviar as informações para compor a Base de Dados. II. Instituições que possuam menos de 50 (cinquenta) agências bancárias ativas no país, bem como as instituições não bancárias aderentes ao código, podem, voluntariamente, enviar informações para compor a Base de Dados. III. A participação voluntária de que trata o inciso II deste artigo pode ser encerrada pela Instituição Participante, mediante notificação prévia enviada à ANBIMA. IV. A despeito da notificação prévia de que trata o inciso III deste artigo, as Instituições Participantes devem dar continuidade ao envio mensal de informações até o fechamento do ano vigente. 1º. O número de agências bancárias descritos nos incisos I e II deste artigo terão como base as informações oficiais divulgadas no site do Banco Central do Brasil, com referência em dezembro do ano anterior. 2º. As informações de que tratam os incisos I e II deste artigo devem contemplar todas as Instituições Participantes do conglomerado ou grupo financeiro que distribuam produtos de investimento no varejo. Art. 5º - O envio de informações para compor a Base de Dados pode ser feito por Instituição Participante individual ou consolidado por conglomerado ou grupo financeiro, de modo a assegurar a estratégia de negócios adotada por cada instituição. Art. 6º - A instituição participante deverá enviar as informações impreterivelmente até o 15º (décimo quinto) dia útil de cada mês.
3 Art. 7º - A estatística da indústria de Varejo será publicada trimestralmente, nos meses de fevereiro, maio, agosto e novembro, sendo tal divulgação de forma consolidada. CAPÍTULO IV PRÁTICAS GERAIS Art. 8º - A base de dados compreende os fundos de investimento regulados pela ICVM 409/04 ( Fundos 409 ), Fundos Mútuos de Privatização FGTS ( FMP ),produtos de tesouraria, Demais Produtos e Poupança dos clientes segmentados como Varejo e Varejo Alta Renda 1º - O número de clientes e os recursos investidos em cotas de Fundos 409 e FMPs deverão ser informados obedecendo à Classificação ANBIMA de Fundos de Investimento, nas seguintes categorias: (i) Curto Prazo; (ii) Referenciado DI; (iii) Renda Fixa; (iv) Multimercados; (v) Ações; (vi) FMPs e; (vii) outros (Cambial e Dívida Externa). 2º - O Fundo 157, criado pelo Decreto Lei nº 157, de , que compreende o número de clientes e patrimônio líquido de cotistas provenientes do fundo, deverão ser obrigatoriamente informados, obedecendo à classificação ANBIMA como fundos de Ações 157 no segmento Varejo. 3º - Caso seja possível a identificação do cliente no Fundo 157, este deve ser caracterizado como cliente de fundos de ações. 4º - Para os Produtos de Tesouraria, deverão ser informados os ativos e número de clientes dos produtos originados nas tesourarias e classificados nas seguintes categorias: (i) CDB/RDB; (ii) Operações Compromissadas; (iii) LCA Letra de Crédito do Agronegócio; (iv) LH Letra Hipotecária; (v) LCI Letra de Crédito Imobiliário; (vi) LF Letra Financeira e; (vii) Outros. 5º - Para os Demais Produtos deverão ser informados o número de clientes e os valores em custódia dos ativos classificados nas seguintes categorias: (i) Ações; (ii) ETFs; (iii) Ativos do Tesouro Direto; (iv) Produtos Estruturados (FIDCs Fundos de Investimento em Direito Creditório, FIPs Fundos de Investimento em Participações e FIIs - Fundos Imobiliários) e; (v) Debêntures). 6º - Para a poupança deverão ser informados o número de clientes e os saldos da poupança
4 Art. 9º - As Instituições Participantes devem, para cada categoria de ativo nos termos do artigo 8º, informar a Unidade Federativa ( UF ) de domicílio do cliente. 1º - A UF de domicílio deve ser apurada conforme o endereço de correspondência do cliente, e para os casos em que o cliente possua mais de uma conta em diferentes UFs, deverá prevalecer o endereço com maior volume de recursos. 2º - Para os casos em que não seja possível a identificação da UF do cliente, deverá ser utilizado a UF da agência. 3º - A consolidação da UF por região geográfica será feita pela ANBIMA. Art Para cada uma das informações listadas no artigo 8º, deverão ser fornecidos os valores aplicados nos ativos e a quantidade de clientes referentes à posição do último dia útil do mês. Parágrafo único Cada cliente, nos termos do caput deste artigo, corresponde a um CPF, sendo que o cliente que aplica em mais de uma categoria de Fundos 409, FMP e demais produtos deverá ser informado o número de vezes que ele se repete (dupla contagem). CAPÍTULO IV PROCEDIMENTOS OPERACIONAIS E METODOLOGIAS Art As Instituições Participantes deverão ter processo formalizado dos procedimentos operacionais e das metodologias utilizados para apuração das informações que serão enviadas para a Base de Dados, de modo a permitir o cumprimento das regras dessas Diretrizes. 1º - Qualquer alteração, que impacte nos valores já enviados, nos procedimentos operacionais e nas metodologias utilizadas pela Instituição Participante para apuração das informações que serão enviadas para a Base de Dados, deverá ser comunicada à ANBIMA até o próximo envio das informações. 2º - Deverá ser imediatamente comunicado à ANBIMA quaisquer correções realizadas pela Instituição Participante que impliquem em mudanças na série histórica da Base de Dados. CAPÍTULO V - MONITORAMENTO DA BASE DE DADOS
5 Art A Área de Supervisão da ANBIMA supervisionará o disposto nestas Diretrizes e poderá: I enviar comunicação à Instituição Participante solicitando as modificações que entender necessárias nas informações enviadas à Base de Dados; II submeter os casos em que haja indícios de descumprimento das regras estabelecidas nestas Diretrizes à Comissão de Acompanhamento; III solicitar novas informações para compor a Base de Dados e alterar os procedimentos e processos de envio, buscando seu aperfeiçoamento. IV Aplicar a multa definida nos artigos 13º e 33º do Código.
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