Anais IV Seminário de Iniciação Científica Curso de Ciências Contábeis da FSG
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- Tânia Gil Leveck
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1 AUDITORIA INTERNA COMO FERRAMENTA DE CONTROLE DE INFORMAÇÕES GERENCIAIS NO SETOR FINANCEIRO DE UMA PRESTADORA DE SERVIÇOS EDUCACIONAIS DE CAXIAS DO SUL Renato Guerra 1 Odir Berlatto e Catherine Chiappin Dutra 2 INTRODUÇÃO Esta pesquisa tem como tema central a auditoria interna como ferramenta de controle de informações gerenciais no setor financeiro de uma prestadora de serviços educacionais. Desse modo, a questão de pesquisa que se quer responder neste estudo é o seguinte: quais procedimentos devem ser observados na implantação da auditoria interna como ferramenta de controle gerencial no setor financeiro de uma prestadora de serviços educacionais? Assim, seu objetivo geral é analisar os procedimentos que devem ser observados na implantação da auditoria interna como ferramenta de controle gerencial no setor financeiro de uma prestadora de serviços educacionais. Como específicos enquadram-se: conceituar a Auditoria Interna; verificar metodologia de auditoria interna na prestação de serviços educacionais; identificar vantagens e desvantagens da auditoria interna voltada ao setor financeiro; descrever procedimentos adotados pela empresa no setor financeiro e propor uma metodologia de implantação da auditoria interna no setor financeiro da empresa de prestação de serviços educacionais. Esta proposta se justifica através da finalidade de abordar pressupostos de auditoria interna voltada como ferramenta de controle para o setor financeiro na prestação de serviços educacionais, e com isso Crepaldi (2009, p. 26) afirma que a auditoria interna constitui o conjunto de procedimentos que tem por objetivo examinar a integridade, adequação e eficácia dos controles internos e das informações físicas, contábeis, financeiras e operacionais da entidade. Com isso, uma auditoria interna seria capaz de analisar e apontar as principais falhas de processos no financeiro contas a receber e contas a pagar, relacionando por exemplo, o faturamento com os respectivos recebimentos, e as entradas de notas ficais com os seus respectivos pagamentos de seus fornecedores. Sendo assim, a cada encerramento de 1 Aluno do Curso de Ciências Contábeis da FSG. 2 Professores Orientadores do Projeto, Trabalho ou TCC.
2 exercício pode-se ter saldos realmente confiáveis e que assumam a realidade que os números da empresa refletem nela própria, com uma inadimplência atualizada e eficaz e a verificação de saldos de todas as contas a pagar. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA A proposta está fundamentada a partir de Crepaldi, Sá, Almeida, Franco e Marra. Nesse sentido, a discussão teórica aborda a auditoria, a auditoria e controles internos. A auditoria pode ser definida, de uma forma mais simples e de linguagem clara, como a listagem, estudo e avaliação de procedimentos, acontecimentos, operações e processos de trabalho, bem como o levantamento de dados das demonstrações financeiras de uma organização. A auditoria de demonstrações contábeis é o conjunto de atos e fatos técnicos que possuem como objetivo elaborar um parecer sobre a sua adequação ou não aos Princípios Fundamentais de Contabilidade e se essas demonstrações encontram-se convenientes com a legislação específica. A principal classificação da auditoria está dividida em externa e interna. Segundo Crepaldi (2009), a auditoria externa envolve o conjunto de procedimentos técnicos que visam à emissão de parecer sobre a adequação com que estes representam a posição patrimonial e financeira. De acordo com Crepaldi (2009, p. 26), a auditoria interna constitui o conjunto de procedimentos que tem por objetivo examinar a integridade, adequação e eficácia dos controles internos e das informações físicas, contábeis, financeiras e operacionais da entidade. A legislação que instituiu a prática de auditoria interna no Brasil foi a Resolução CFC Nº 780/95, aprovando a Norma Brasileira de Contabilidade Técnica 12 (NBC T 12). Em 2003, essa norma foi revogada pela Resolução CFC Nº 986/2003, continuando a sua denominação original de NBC T 12, e no ano de 2011, a Resolução CFC Nº 1.329/11, alterou a sigla da norma de auditoria interna de NBC T 12 para NBC TI 01, mas não alterando a Resolução 986/2003 que aprova a Auditoria Interna No Brasil. Nela contém conceito, objetivos, planejamento, papéis de trabalho, entre outros assuntos referentes à auditoria interna. Ainda nesse contexto, Sá (2009, p. 469) fundamenta que:
3 A auditoria interna é um órgão de controle que, possuindo máxima liberdade, deve acompanhar os comportamentos da atividade empresarial ou institucional, visando, basicamente a confiabilidade interna dos sistemas de controle, [...] dos registros contábeis, [...] dos informes e a avaliação da eficácia das funções patrimoniais. Almeida (2010, p. 42) define controle interno de uma organização como o conjunto de procedimentos, métodos ou rotinas com os objetivos de proteger os ativos, produzir dados contábeis confiáveis e ajudar a administração na condução ordenada dos negócios da empresa. Sendo assim, quando é realizado um trabalho de auditoria contábil, o auditor irá analisar como se encontram os controles da empresa. Quanto melhor for o controle, maior será a segurança para a realização das atividades. Agora, quanto menor for o controle, uma maior atenção será exigida na execução das tarefas (CREPALDI, 2009). Por isso, ao autor ainda enfatiza que devem ser observados o plano ou estrutura organizacional, os sistemas administrativos, as politicas administrativas e além do mais, a eficiência do pessoal que se encontra na empresa. Cabe a administração da empresa estabelecer os métodos que deverão ser tomados para se obter um sistema de controles internos, visando sempre verificar se os seus colaboradores irão seguir, cumprir e se adaptar aos mesmos. A importância de se ter um controle interno bem estruturado é desenvolvida por Crepaldi (2009, p. 358), que diz: Pode-se entender a importância do controle interno a partir do momento em que se verifica que é ele que pode garantir a continuidade do fluxo de operações com as quais convivem as empresas. Nesse contexto, a contabilidade dos resultados gerados por tal fluxo assume vital importância para os empresários que se utilizam dela para a tomada de suas decisões. Com isso, pode-se entender que toda empresa possui controles internos, sendo que em algumas eles são adequados e em outras não. A diferenciação entre uma e outra pode ser feita ao analisar-se a eficiência dos binômios operações/informações x custos/benefícios. METODOLOGIA Quanto à metodologia, trata-se de uma pesquisa exploratória, uma vez que Gil (apud BEUREN, 2009) destaca que esse tipo de pesquisa é desenvolvido com intuito de proporcionar uma visão geral acerca de determinado fato. Portanto, a pesquisa exploratória é
4 realizada, sobretudo, quando o tema escolhido é pouco explorado e torna-se difícil formular hipóteses precisas e operacionalizáveis. Levando em conta que os instrumentos que serão utilizados para a coleta de dados são entrevista, observação e análise de documentos, o método de pesquisa foi definido como estudo de caso. Sendo assim Gil (1999, p. 73) salienta a importância do estudo de caso em Trabalhos de Conclusão de Curso (TCC): O estudo de caso é caracterizado pelo estudo profundo e exaustivo de um ou de poucos objetos, de maneira a permitir conhecimentos amplos e detalhados do mesmo, tarefa praticamente impossível mediante a outros tipos de delineamentos considerados. Para Yin (apud BEUREN, 2009, p. 84) o estudo de caso: Permite uma investigação para se preservar as características holísticas e significativas dos eventos da vida real tais como ciclo de vidas individuais, processos organizacionais, administrativos, mudanças ocorridas em regiões urbanas, relações internacionais e a maturação de alguns setores. Em relação à abordagem utilizada definiu-se pela qualitativa, uma vez que nela a postura do pesquisador é captar a perspectiva dos entrevistados, sem partir de um modelo preestabelecido e que os estudos de casos são uma estratégia especialmente adequada para trabalhos, porque geralmente as pesquisas são focalizadas em ambientes definidos em poucas organizações (ROESCH, 2005). Segundo Gil (2007), a coleta de dados no estudo de caso é mais complexa porque, diferentemente da maior parte das pesquisas, utiliza mais de uma técnica no processo de coleta de dados, sendo fundamental para garantir a qualidade dos dados obtidos. Em virtude disso, serão aplicadas entrevistas, observações do participante, bem como pesquisa em documentos. Quando se conclui a coleta de dados, o próximo passo a ser desenvolvido, na pesquisa qualitativa, é a análise dos dados. Nesse cenário, o pesquisador deve se deparar com uma quantidade considerável de dados, por não apresentar uma categorização prévia de alternativas para as respostas, tendo em vista o objetivo de entender e capturar as perspectivas dos respondentes. Estes, por sua vez, se materializam em forma de textos, os quais precisam
5 ser organizados e interpretados, e procurar relacionar o conteúdo entre eles. O conjunto dessas técnicas denomina-se análise de conteúdo (ROESCH, 2005). REFERÊNCIAS UTILIZADAS ALMEIDA, Marcelo Cavalcanti. Auditoria: um curso moderno e completo. 7. ed. São Paulo: Atlas, BERLATTO, Odir (Org.). Manual para elaboração e normatização de trabalhos acadêmicos do curso de ciências contábeis. Caxias do Sul: FSG, Disponível em: < Acesso em: 15 mar BEUREN, Ilse Maria (Org.). Como Elaborar Trabalhos Monográficos em Contabilidade: teoria e prática. 3. ed. São Paulo: Atlas, CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE. Normas Brasileiras de Contabilidade NBC TI 01 Da Auditoria Interna. Brasília: CFC, Disponível em < Acesso em: 12 de mai CREPALDI, Silvio Aparecido. Auditoria Contábil: teoria e prática. 5. ed. São Paulo: Atlas, FRANCO, Hilário; MARRA, Ernesto. Auditoria Contábil: normas de auditoria, procedimentos e papéis de trabalho, programas de auditoria e relatórios de auditoria. 4. ed. São Paulo: Atlas, GIL, Antonio Carlos. Métodos e Técnicas de Pesquisa Social. 5. ed. São Paulo: Atlas, GIL, Antonio Carlos. Como elaborar Projetos de Pesquisa. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2007 ROESCH, S.M.A. Projetos de Estágio e de Pesquisa em Administração. 3. ed. São Paulo: Atlas, SÁ, Antônio Lopes. Curso de Auditoria. 10. ed. São Paulo: Atlas, Palavras-chave: Auditoria. Auditoria Interna. Controle. Controles Internos.
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