Vacinação em populações especiais: imunodeficientes, grávidas, recém nascidos prematuros, viajantes e profissionais de saúde.
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- Luiz Fernando de Oliveira Schmidt
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1 Vacinação em populações especiais: imunodeficientes, grávidas, recém nascidos prematuros, viajantes e profissionais de saúde CRIE/IPEC Fiocruz
2 Impacto dos programas de vacinação Fonte: CDC/James Hicks phil.cdc.gov/phil/details.asp?pid=3265 Fonte: OMS
3 Vacinação em populações especiais Vacinas especiais disponíveis nos Centros de Referência para Imunobiológicos Especiais (CRIE) 1 Programação vacinal: o História clínica (incluindo doenças na infância, alergias, doenças atuais) o História vacinal o Status imunológico atual o Exames laboratoriais (marcadores de hepatites) 1.
4 Vacinação em populações especiais Considerações gerais: o Benefício o Segurança o Resposta vacinal o Esquema padrão x modificado
5 Vacinação em imunodeficientes Princípios básicos A atualização vacinal deve fazer parte da rotina ambulatorial dos paciente imunodeficientes e de seus contactantes domicilares. Avaliar o melhor momento para vacinar o paciente. Grupo heterogêneo duração (temporária x permanente) gravidade comprometimento de vias específicas de defesa (celular, humoral, complemento, fagocitose). As vacinas inativadas não possuem restrições para os indivíduos imunodeficientes. Resposta vacinal pode estar comprometida => poucos estudos. Esquemas modificados Hepatite B As vacinas atenuadas só devem ser utilizadas quando o benefício for considerado superior aos riscos impostos pela vacina.
6 Vacinação em imunodeficientes Recomendações atualizadas CDC, pneumo Utilização de PnC em adultos imunodeficientes, asplenia, fístula liquórica, implante de cóclea. PnC Pn23 (8 semanas) Pn23 PnC (1 ano) CDC, 2012 dtpa 1 dose para todos os adultos CDC, 2011 HPV quadrivalente Mulheres: 9 aos 26 anos Homens: 9 aos 21 anos Homens com imunodeficiência: até os 26 anos CDC, 2011 meningo conjugada (quadrivalente) Deficiência de complemento, asplenia => MCV4 2 doses com intervalo de 8 semanas, seguido de reforço a cada 5 anos.
7 Vacinação em gestantes Princípios básicos A atualização vacinal deve fazer parte do pré-natal. Deve ser avaliado o melhor momento para vacinar. Considerar vacinação durante a gestação: Susceptibilidade da gestante Probabilidade de exposição à doença for elevada Infecção representa um risco para a mãe ou feto A vacina é pouco provável de causar danos Vacinas inativadas podem ser usadas. Vacinas atenuadas estão contra-indicadas => risco teórico. Até o momento, não existem evidências de potencial teratogênico.
8 Recomendação MS/BR Recomendação internacional (CDC, 2013) Vacinação em gestantes Rotina: gripe, dt (reforço: 5 anos após a última dose), hepatite B (NT N o 39/2009) Rotina: gripe, dtpa (em cada gestação, independente da história de vacinação prévia idealmente entre 27 e 36 semana de gestação). Recomendado em situações especiais: Hepatite A, Hepatite B. Pode ser usada (caso indicada): meningo tetravalente, polio inativada, raiva. Pode ser usada (caso benefício > risco): febre amarela. Dados insuficientes para recomendação específica: pneumo23, pneumo conjugada. Não recomendada: HPV. Contra-indicada: MMR, varicela, BCG.
9 Vacinação em recém-nascidos prematuros Princípios básicos A resposta vacinal está relacionada com a idade pós-natal e não com a idade gestacional. Nos prematuros, a concentração de anticorpos maternos é menor e consequentemente persiste por um período menor. Como regra geral, os recém-nascidos prematuros estáveis, independente do peso, devem ser vacinados na mesma idade cronológica e com o mesmo esquema das crianças nascidas a termo (exceção vacina BCG e hepatite B).
10 Vacinação em recém-nascidos prematuros Recomendação MS/BR Hepatite B: mínimo de 4 doses (0, 1, 2 e 6 meses) BCG: não deve ser aplicada em recém-nascidos < 2.000g Polio inativada para os recém-nascidos internados Para os prematuros extremos: DTPa primeira dose Hib 2 semanas após Recomendação internacional (Plotkin, 2012) Primeira dose de Hepatite B com 1 mês de vida ou na alta hospitalar mães HbsAg negativas. Rotavírus: Idade cronológica: 6 a 14 semanas e 6 dias para a 1ª dose Clinicamente estável Fora do ambiente hospitalar Rotavírus (SBIm): Não utilizar em ambiente hospitalar
11 Vacinação em viajantes Princípios básicos As vacinas são elementos essenciais, mas não exclusivos na prevenção de doenças em viajantes. Não é possível avaliar com segurança a indicação de vacinas baseada apenas no roteiro da viagem. As vacinas são indicadas para as pessoas e não para os lugares.
12 Vacinação em viajantes Vacinas & Viagens: Vacinas exigidas = Regulamento Sanitário Internacional Vacinas recomendadas
13 Vacinação em viajantes Vacinas recomendadas Vacinas de rotina: atualização (faixa etária e risco ocupacional) Vacinas específicas Indivíduo (doenças crônicas, susceptibilidade a doenças imunopreveníveis). Roteiro (distribuição de doenças infecciosas, surtos/epidemias, desastres naturais). Atividade (contato com animais, confinamento, aglomerações, equipes de resgate, turismo sexual). Estilo da viagem e do viajante
14 Vacinação em profissionais de saúde Princípios básicos Atualização vacinal de acordo com a faixa etária, história clínica e vacinal Risco ocupacional
15 Vacinação em profissionais de saúde Recomendação MS/BR Recomendadas: Hepatite B, gripe, varicela Rotina: dt, MMR Recomendação internacional (CDC, 2013) Recomendadas: Hepatite B, gripe, MMR*, varicela, dtpa (1 dose), meningo (microbiologistas expostos) * nascidos a partir de 1957 (inclusive) sem evidencia de imunidade ou vacinação prévia
16 Vacinação em populações especiais Bibliografia recomendada: Manual dos Centros de Referência para Imunobiológicos Especiais. Disponível em: Epidemiology and prevention of vaccine-preventable diseases. Disponível em: General Recommendations on Immunization [Internet]. Recuperado de:
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