REQUISITOS PARA PRODUTOS ELETROELETRÔNICOS AMBIENTALMENTE CORRETOS
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- Leila Martinho Figueiredo
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1 REQUISITOS PARA PRODUTOS ELETROELETRÔNICOS AMBIENTALMENTE CORRETOS Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação MCTI Centro de Tecnologia da Informação Renato Archer CTI Campinas SP - Brasil
2 Modelo industrial linear Extração Destruição da natureza Produção Substâncias tóxicas Distribuição Preços irreais Consumo Ilimitado extração produção Distribuição consumo descarte Descarte Substâncias perigosas para a saúde humana e meio ambiente Consumo ilimitado Recursos limitados Sistema em crise
3 Resíduo eletrônico no mundo 50 milhões de toneladas/ano 5% de todo o lixo produzido no mundo obs. Brasil é o terceiro mercado mundial para eletroeletrônicos
4 Mudança do modelo industrial
5 Mudança do modelo industrial
6 Mudança do modelo industrial
7 Mudança do modelo industrial
8 Mudança do modelo industrial Logistica reversa Desmontagem e Triagem Re-Uso Reciclagem Descarte
9 Sustentabilidade Global Sustentabilidade Habilidade da geração atual atender às suas necessidades, sem comprometer a capacidade de atender às necessidades das gerações futuras O Desafio Como manter o equilíbrio? Sociedade desenvolvimento social Economia crescimento econômico Ambiental preservação do planeta Ações para a sustentabilidade Ações Praticas Sociedade consumo consciente Economia empreendimentos ambientalmente corretos Ambiental produtos e processos verdes
10 Evolução dos requisitos Ambientais no mundo PNRS Política Nacional de Resíduos Sólidos (Agosto/2010) IN001 Requisitos de Sustentabilidade nas Compras Governamentais RoHS Restriction of Certain Hazardous Substances (Julho/2006) WEEE Waste of Electrical and Electronic Equipment (Agosto/2005) Evolução dos requisitos Ambientais no Mercado Global Brasil 2010 PNRS /IN
11 Introdução Diretivas RoHS Restriction of Hazardous Substances Diretiva 2002/95/EC do Parlamento Europeu e do Conselho, de 27 de janeiro de 2003, sobre a Restrição do Uso de certas Substâncias Perigosas em Equipamentos Elétricos e Eletrônicos (EEE). Esta Diretiva restringe o uso de substâncias nocivas em EEE.
12 Diretiva RoHS Substâncias proibidas em valores máximos de concentração em materiais homogêneos: Chumbo (0,1%) Mercúrio (0,1%) Cádmio (0,01%) Cromo hexavalente (0,1%) Bifenilas polibromadas (PBB) (0,1%) Éteres difenílicos polibromados (PBDE) (0,1%) 12
13 Substâncias e seus riscos Substâncias Meio Ambiente Saúde Chumbo (Pb) Efeito cumulativo e toxicológico em plantas, animais e micro organismos Afeta o sistema nervoso e cardiovascular Cádmio (Cd) Biocumulativo, tóxico e resistente a decomposição Cancerígeno, causa desmineralização óssea Cromo Hexavalente (Cr VI) Facilmente absorvido por organismos, altamente tóxico Genotóxico e alérgico Mercúrio (Hg) Acumulado por organismos vivos Causa danos cerebrais Bromobifenilas Solúvel, biocumulativo e resistem a decomposição Cancerígeno e neurotóxico 13
14 Introdução Diretivas WEEE Waste Electrical and Electronic Equipment Diretiva 2002/96/EC do Parlamento Europeu e do Conselho, de 27 de janeiro de 2003, sobre Resíduos de Equipamentos Elétricos e Eletrônicos (REEE). Esta Diretiva abrange o tratamento e reciclagem deste tipo de equipamentos. Ela foi criada para encorajar a reutilização e reciclagem de REEE e reduzir a quantidade a ser descartada. A Diretriz WEEE exige que os fabricantes paguem ao menos pela coleta de seus produtos no fim de sua vida útil, estabelecendo pontos centrais e cumprindo as metas de reutilização, reciclagem e recuperação. 14
15 WEEE RoHS Melhor Introdução Hierarquia dos Resíduos Eliminar Reduzir Reutilizar Reciclar Dispor Pior 15
16 Política Nacional de Resíduos Sólidos Lei n , de 2 de agosto de 2010 Reúne: princípios, objetivos, instrumentos, diretrizes, metas e ações A gestão integrada e o gerenciamento ambientalmente adequado de resíduos sólidos Decreto n 7.404, de 23 de dezembro de 2010 Regulamenta a Lei n /2010 que institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos, cria o Comitê Interministerial da Política Nacional de Resíduos Sólidos e o Comitê Orientador para a Implantação dos Sistemas de Logística Reversa.
17 Objetivos Não geração, redução, reutilização, reciclagem e tratamento dos resíduos sólidos, bem como disposição final ambientalmente adequada dos rejeitos; Redução do volume e da periculosidade dos resíduos perigosos; Prioridade, nas aquisições e contratações governamentais, para: a) produtos reciclados e recicláveis; b) bens, serviços e obras que considerem critérios compatíveis com padrões de consumo social e ambientalmente sustentáveis; Integração dos catadores de materiais reutilizáveis e recicláveis nas ações que envolvam a responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos; Estímulo à rotulagem ambiental e ao consumo sustentável.
18 Eliminação dos lixões Exigência a partir de 02/08/2014 Art.54. A disposição final ambientalmente adequada dos rejeitos deverá ser implantada em até 4 anos após a data de publicação desta Lei. Disposição final ambientalmente adequada: distribuição ordenada de rejeitos em aterros, observando normas operacionais específicas de modo a evitar danos ou riscos à saúde pública e à segurança e a minimizar os impactos ambientais adversos.
19 Pilares da Política Nacional de Resíduos Sólidos Responsabilidade Compartilhada Acordos Setoriais Logística Reversa
20 Estrutura da logística reversa Sociedade Reuso Remanufatura Produtos Armazenagem Triagem Coleta Reciclagem Materiais Disposição final Indústria
21 Garantia da qualidade do processo Lei 12305/2010: obrigatoriedade de estruturação e implementação de sistemas de logística reversa para a cadeia produtiva de produtos eletroeletrônicos e seus componentes. Instrumentos para a garantia da qualidade: Rotulagem ambiental Certificação Requisitos (normas)
22 Rotulagem ambiental Rotulagem ambiental é a certificação de produtos adequados ao uso e que apresentam menor impacto no meio ambiente em relação a outros produtos comparáveis, disponíveis no mercado (IBICT, 2005). Objetivos: despertar no consumidor e no setor privado a consciência e entendimento dos propósitos de um programa de rotulagem; crescimento da consciência e entendimento dos aspectos ambientais de um produto que recebe o rótulo ambiental; influenciar na escolha do consumidor ou no comportamento do fabricante.
23 Certificação Certificação compulsória Regulamentada por lei ou portaria de um órgão regulamentador, como por exemplo, o Inmetro, sendo que os produtos sujeitos a esse tipo de certificação, apenas podem ser comercializados se certificados. Certificação voluntária Não possui qualquer obrigatoriedade, porém a empresa assume voluntariamente o compromisso de alcançá-la e mantê-la. Por exemplo, as certificações de gestão da qualidade (ABNT NBR ISO 9000) e de gestão ambiental (ABNT NBR ISO 14000) são voluntárias.
24 Responsabilidades do produtor WEEE RoHS ErP IEC Lei dos resíduos sólidos Instrução MPOG Tipo de documento Categoria Metas quantitativas estabelecidas Usar materiais e recursos otimizados e ambientalmente corretos Usar materiais que não contenham substâncias perigosas Diretiva européia Reciclabilidade (% em peso) Diretiva européia Eliminação de substancias perigosas Diretiva européia Eletromédicos Norma Técnica Eletromédicos Legislação Brasileira Eletroeletrônicos Instrução Normativa Bens e Serviços Atendimento a diretiva RoHS X X X X Prover marcação apropriada X X X X Prover informação para recicladores, usuários e órgãos do Estado Tratar dos REEE usando técnicas adequadas de coleta, recuperação e reciclagem Financiar coleta no fim do ciclo-de-vida e ser responsável pelo lixo histórico X X X X X X X X X X X X 24
25 O que é um sistema de gestão de substâncias perigosas baseada nos requisitos da ABNT/IECQ QC ? 1. Apresenta requisitos suplementares a ISO 9001 com foco no processo produtivo e não somente no produto (documento que pode servir de base para certificação). 2. Demonstra estratégia para projeto e produção de produtos ambientalmente corretos e o compromisso com requisitos legais e necessidades dos clientes. 3. Inclui diretrizes para: a) Gerenciamento do controle de substâncias perigosas/restritas; b) Requisitos para o estabelecimento de processos de identificação e controle de qualquer introdução de substâncias perigosas nos produtos. 25
26 2002 Introdução Histórico 2005 No âmbito do IECQ: 12 certificadoras credenciadas certificados emitidos
27 ABNT IECQ QC Requisitos 27
28 Aplicação QC A intenção desta Especificação é para o uso de: Fabricantes, fornecedores, reparadores e mantenedores de produtos, para desenvolver processos de identificação, controle, quantificação e relato de quantidades de substâncias perigosas em produtos fabricados ou fornecidos por eles e; Clientes e usuários dos produtos, para conhecer a condição de um produto livre de substâncias perigosas (LSP), e para entender os processos pelos quais isso é determinado. 28
29 1 Escopo QC No caso de substâncias perigosas eventualmente serem introduzidas nos produtos, esta especificação define os requisitos para implementação de processos para ensaiar, analisar ou de outro modo determinar o conteúdo de substâncias perigosas e fazer com que estas informações sejam disponíveis ao cliente. Os requisitos desta especificação estão em adição aqueles contidos na norma ABNT NBR ISO
30 4 Sistema de Gestão da Qualidade 4.1 Requisitos gerais Relação com a ABNT NBR ISO 9001 A intenção deste documento é que o processo de gerenciamento dos LSP seja congruente com os elementos da ABNT NBR ISO Terceirização Quando a organização escolhe terceirizar qualquer processo que afeta características de produtos LSP e aceita dentro de suas operações o produto de processos externos às suas próprias operações, a organização deve assegurar o gerenciamento e o controle sobre tais processos. 30
31 5 Responsabilidade da Direção 5.1 Comprometimento da Direção 5.2 Foco no cliente 5.3 Política para LSP 5.4 Planejamento 5.5 Responsabilidade, autoridade e comunicação 5.6 Análise crítica pela direção 31
32 6 Gestão de Recursos 6.1 Provisão de recursos 6.2 Recursos Humanos 6.3 Infraestrutura 32
33 7 Realização do Produto 7.1 Planej. da realização de produtos e processos LSP 7.2 Processos relacionados a clientes 7.3 Projeto e Desenvolvimento 7.4 Aquisição de produtos LSP 7.5 Produção e prestação de serviço 7.6 Controle de equipamento de monitoramento e medição usados em processos LSP 33
34 8 Medição, análise e melhoria 8.1 Generalidades 8.2 Monitoramento e medição dos processos LSP 8.3 Controle de produto LSP não conforme 8.4 Análise de dados LSP 34
35 Objetivos Contribuir para a integração dos vários agentes (Indústrias, Governo, Centros de P&D e Universidades), visando apoiar a sustentabilidade do setor eletroeletrônico; Apoiar a adequação do complexo eletrônico às normas ambientais e a outros requisitos igualmente importantes (ecodesign, manufatura limpa e reciclagem); Criar infra-estrutura para o desenvolvimento de tecnologias ambientalmente conscientes visando atender às necessidades do Brasil por tecnologias sustentáveis (inovação, qualificação e gestão); Apoiar o desenvolvimento de empreendimentos sociais, geração de emprego, renda e inclusão social, associados ao ciclo de vida de produtos eletroeletrônicos.
36 Tecnologias para Sustentabilidade Projeto ambientalmente correto (Ecodesign) Redução dos impactos ambientais do ciclo de vida dos produtos sem comprometer a competitividade Manufatura + limpa (RoHS) Restrição a substâncias perigosas Gestão de resíduos eletroeletrônicos (WEEE / PNRS) Logística reversa, reciclagem dos resíduos eletroeletrônicos Gestão Integrada
37 Programa Ambientronic Obrigado! José Rocha Andrade da Silva
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