Jessica Erlany Souza Silva

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1 Universidade Federal de Pernambuco Centro Acadêmico do Agreste Curso de Design Jessica Erlany Souza Silva Upcycling como estratégia de sustentabilidade e valorização de produto aplicado à confecção de pequeno porte do APL de confecções de Pernambuco. Caruaru, 2017

2 Jessica Erlany Souza Silva Upcycling como estratégia de sustentabilidade e valorização de produto aplicado à confecção de pequeno porte do APL de confecções de Pernambuco. Projeto de graduação apresentado como requisito final para à obtenção do título de Bacharel do Curso de graduação em Design, da Universidade Federal de Pernambuco, Campos do Agreste. Orientador: Prof. Danielle S. Simões Borgiani Caruaru, 2017

3 Catalogação na fonte: Bibliotecária Marcela Porfírio CRB/ S586u Silva, Jessica Erlany Souza. Upcycling como estratégia de sustentabilidade e valorização de produto aplicado à confecção de pequeno porte do APL de confecções de Pernambuco. / Jessica Erlany Souza Silva f. ; il. : 30 cm. Orientadora: Danielle S. Simões Borgiani. Monografia (Trabalho de Conclusão de Curso) Universidade Federal de Pernambuco, CAA, Design, Inclui Referências. 1. Moda. 2. Sustentabilidade. 3. Desenho (Projetos). I. Borgiani, Danielle S. Simões (Orientadora). II. Título. 740 CDD (23. ed.) UFPE (CAA )

4 JESSICA ERLANY SOUZA SILVA UPCYCLING COMO ESTRATÉGIA DE SUSTENTABILIDADE E VALORIZAÇÃO DE PRODUTO APLICADO À CONFECÇÃO DE PEQUENO PORTE DO APL DE CONFECÇÕES DE PERNAMBUCO Trabalho de Conclusão de Curso apresentada ao Curso de Design do Centro Acadêmico do Agreste da Universidade Federal de Pernambuco para a obtenção do grau/título de bacharel/licenciado em Design. Aprovado em: _12 /_12 /_2017_. BANCA EXAMINADORA Profº. Dr. Danielle S. Simões Borgiani (Orientador) Universidade Federal de Pernambuco Profº. Iracema Tatiana Ribeiro Leite Justo (Examinador Interno) Universidade Federal de Pernambuco Profº. Camila Brito Vasconcelos (Examinador Externo) Universidade Federal de Pernambuco

5 DEDICATÓRIA À minha mãe, Andrea. Pessoa com quem amo partilhar as minhas conquistas. Agradeço pela paciência a cada semestre, por ter me ajudado a continuar e pelo seu cuidado ao sempre pedir para me alimentar e dormir direito (rs). Obrigada, mãe.

6 AGRADECIMENTOS À Deus, sem Ele nada seria possível. À Prof. Danielle Simões Borgiani, que muito me ensinou através de suas orientações. Aos meus pais, a eles sou grata por todo esforço em prol da minha formação. À minha família, por todo amor e apoio. Aos meus amigos, por sempre estarem ao meu lado e pela contribuição na realização desse trabalho. À empresa que serviu de teste para o presente estudo, obrigada aos proprietários por terem confiado em nós. À Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), por esses quatro anos.

7 RESUMO A indústria da moda é apontada como uma das grandes responsáveis pelos impactos negativos acometidos à natureza. Aquecimento global, poluição de rios, contaminação do solo, escassez de matéria-prima natural e entre outros problemas são diretamente associados a este setor. Dentro da indústria da moda as confecções de vestuário são sinalizadas como graves produtoras de resíduos sólidos, posto que por diversas vezes as sobras de tecidos sejam descartadas na natureza, pela falta de uma gestão para desviar esses materiais do descarte. O presente estudo trata-se de uma pesquisa aplicada e desenvolvida em uma confecção de pequeno porte situada na cidade de Caruaru, interior de Pernambuco, que tem como objetivo apresentar uma proposta de upcycling para minimizar o impacto do descarte de retalhos de tecidos gerados pela confecção através da reutilização dessas sobras para a produção de um novo produto, a fim de minimizar a geração de resíduos sólidos e de agregar valor à linha de produção da confecção. Palavras chave: Sustentabilidade. Upcycling. Gestão de Design.

8 ABSTRACT The fashion industry is identified as one of the main responsible for the negative impacts on nature. Global warming, river pollution, soil contamination, scarcity of natural raw materials and other problems are directly associated with this sector. Within the fashion industry garments are signaled as serious producers of solid waste, since in many cases the leftovers of fabrics are discarded in nature due to the lack of management to divert these materials from the disposal. The present study is an applied and developed research in a small confection located in the city of Caruaru, in the interior of Pernambuco, whose objective is to present a proposal of upcycling to minimize the impact of the discarding of fabric flakes generated by the confection through the reuse of these leftovers for the production of a new product, in order to minimize the generation of solid waste and to add value to the confectionery production line. Key-words: Sustainability. Upcycling. management Design.

9 LISTA DE FIGURAS FIGURA 1. Esquema das 3 dimensões da sustentabilidade, 18 FIGURA 2. Esquema do ciclo da indústria da moda, 24 FIGURA 3. Sapato concebido através de upcycling da marca Insecta Shoes, 28 FIGURA 4. Vestido produzido através de upcycling da marca Reformation, 29 FIGURA 5. Funil de decisões proposto por Baxter, 35 FIGURA 6. Máquina de corte a disco utilizada pela empresa Teste, 36 FIGURA 7. Modelagem de uma peça utilizada pela empresa Teste, 37 FIGURA 8. Corte da peça, 37 FIGURA 9. Retalhos obtidos após o corte da peça, 37 FIGURA 10. Vestuários, Acessórios e Utilitários feitos de retalhos de malha, 39 FIGURA 11. Geração de alternativas, 40 FIGURA 12. Formação da emenda de fios malha, 41 FIGURA 13. Fios cortados no sentido da trama e do urdume do tecido, 41 FIGURA 14. Tipos de fixações para os fios, 42 FIGURA 15. Tipos amarrações para os colares, 42 FIGURA 16. Maxi colar feito com os retalhos de malha da empresa Teste, 43 FIGURA 17. Gargantilha feita com os retalhos de malhas da empresa Teste, 43 FIGURA 18. Camisa de malha com aplicação de bolso estampado, 44 FIGURA 19. Suporte para plantas feito a partir de upcycling de roupas usadas, 46 FIGURA 20. Confecção de um suporte para vasos de plantas, 47 FIGURA 21. Exemplo de peça da marca Comas, 48 FIGURA 22. Diretrizes de upcycling, 49

10 LISTA DE SIGLAS SEBRAE Serviço de Brasileiro de Apoio a Micro e Pequenas Empresas ONUBR Organização da Nações Unidas no Brasil ABNT Associação Brasileira de Normas Técnicas ABIT Associação Brasileira da Indústria Têxtil IEMI Instituto de Estudos e Marketing Industrial

11 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO, Pergunta de pesquisa, Objetivo geral, Objetivos específicos, Justificativa, FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA, Sustentabilidade, Impacto ambiental advindo do descarte têxtil de confecções, Upcycling na indústria da moda, Gestão de design de produtos de moda, PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS, Metodologia da pesquisa, Método escolhido, Coleta de dados, Metodologia projetual, APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DE RESULTADOS, A coleta de dados e as primeiras impressões da empresa, Funil de decisões aplicado na empresa, Diretrizes para upcycling, CONSIDERAÇÕES FINAIS, 50 REFERÊNCIAS, 52 ANEXO A- MODELO DO QUESTIONÁRIO APLICADO NA EMPRESA TESTE, 55

12 11 1. INTRODUÇÃO A começar pela Revolução Industrial no final século XVIII e no início do século XIX, passou-se a ser estabelecida uma economia baseada na industrialização centrada nos espaços urbanos e sustentada pelo consumo elevado de recursos naturais e energia. Considerando a quantidade de habitantes na terra e seu rápido crescimento a maneira artesanal e limitada de se fabricar produtos perdeu seu espaço para as grandes indústrias. Essa modernização modificou o cenário consumidor e ambiental, uma vez que a capacidade de se produzir passou a ser rápida e em escalas descomunais. A partir de então o mercado passou a consumir mais e também a exigir mais diversificação dos produtos, e para atender a essa demanda o setor industrial constatou que seriam necessárias quantidades cada vez mais elevadas de matérias-primas para a fabricação dos produtos, porém tudo isso resultou em percas e prejuízos para o meio ambiente. Antes das reflexões sobre sustentabilidade e degradação ambiental tinha-se a ideia de que os bens naturais eram inacabáveis, porém com os acontecimentos das últimas décadas derivados dos impactos da intervenção humana, as questões da sustentabilidade ambiental são inevitáveis. Diversos impactos negativos que o planeta tem sofrido podem ser associados ao setor industrial, esses impactos ao longo do tempo têm acarretado a degradação ambiental que não se limita apenas na poluição, mas: [...] inclui todos os casos de prejuízos a saúde, à segurança, ao bem estar das populações, às atividades sociais e econômicas, à biosfera e às condições estéticas ou sanitárias do meio ambiente. Inclui também tanto a degradação do ambiente (patrimônio) natural quanto o cultural. A degradação ambiental é causada pelo ser humano, já que consideramos que os processos naturais apenas causam mudanças, não degradam o ambiente. A degradação pode ser definida também como uma alteração adversa (negativa) da qualidade ambiental. (LEMOS, 2008, apud NUNES, 2012, p.14). Com isso, se pode ter conhecimento da amplitude desse fenômeno e suas consequências para o meio ambiente e a vida humana. Juras (2015) afirma que as indústrias são responsáveis pelo lançamento de 300 a 400 milhões de toneladas de

13 12 metais pesados, solventes e outros resíduos no meio ambiente sem tratamento para o descarte. Mudanças climáticas, diminuição dos recursos naturais e exploração demasiada são consequências das perturbações ambientais que podem ser associadas às ações negativas das indústrias, essas também são grandes responsáveis pela emissão de gases poluentes como o CO2 através da queima da do petróleo utilizado em muitos de seus processos e juntamente com a escassez dos recursos hídricos. A indústria têxtil faz parte do setor industrial e contribui profundamente com a degradação ambiental, confirma Fletcher & Grose (2011, p.23): O material usado na confecção de vestuário está associado a todo tipo de impacto sore a sustentabilidade: mudanças climáticas; efeitos adversos sobre a água e seus ciclos; poluição química; perda da biodiversidade; uso excessivo ou inadequado de recursos não renováveis; geração de resíduos; efeitos negativos sobre a saúde humana; e efeitos sociais nocivos para as comunidades produtoras. Todos os materiais afetam de alguma forma os sistemas ecológicos e sociais, mas esses impactos diferem de uma fibra para outra quanto ao tipo e à escala. É pertinente expor a questão da geração de resíduos sólidos que se apresentam como um grave problema proeminente da indústria têxtil, principalmente das confecções de vestuário, nosso objeto de estudo. A geração de resíduos é diversamente comum e ocorre cotidianamente nessas indústrias, esses materiais são considerados desnecessários ou inúteis e por isso são descartados. O desprezo dos insumos gerados pelas confecções tem levantado questionamentos em relação às diligências para se solucionar esse problema, pois é inatacável que a degradação ambiental já não pode mais ser ignorada. O interesse pela consciência ambiental em meio ao setor da industrial têxtil tem se intensificado devido ao aumento da poluição e isso tem modificado esse território de diferentes maneiras, pois os impactos negativos acometidos a natureza expuseram os limites do planeta, com isso se viu a necessidade de um desenvolvimento sustentável. No cenário da indústria da moda a implementação de métodos sustentáveis tem modificado a maneira de se produzir artigos de moda, uma vez que esse setor

14 13 promove intervenções degradantes ao meio ambiente. Diante desse contexto diversos designers de moda têm se dedicado a criação de produtos através de materiais de upcycling 1, isto é, produtos feitos a partir de materiais que já existentes, dispensando a necessidade de se obter mais matérias-primas da natureza para a fabricação de novas peças de vestuário. O upcycling se apresenta como uma estratégia eficiente para sanar os resíduos gerados pelas confecções, isso demonstra as possibilidades que podem surgir na junção do design e sustentabilidade para se obter soluções que tenham um impacto menos negativo sobre o meio ambiente, melhorando também a qualidade de vida da população, transformando o mercado consumidor e atribuindo mudanças na sociedade. O designer tem um papel fundamental na busca por soluções conscientes: [...] quanto mais os designers tiverem conhecimento dos desafios do desenvolvimento sustentável, perceberem as emergentes e novas demandas coerentes com seus objetivos, e estiverem aptos a transformá-las em produtos, serviços e sistemas mais atrativos, eles poderão, indiretamente, provocar algumas mudanças sociais. (VEZOLLI, 2010, p.48). Diante das questões apresentadas, é necessário se levantar reflexões sobre a relação entre as empresas de moda e a gestão de design, posto que a gestão de design seja capaz de gerenciar e impulsionar esse setor, e ainda traçar soluções para as dificuldades que as empresas produtoras de moda enfrentam. É preciso também se ter conhecimento sobre como a gestão de design de produtos de moda pode validar o upcycling como uma estratégia de sustentabilidade e valor dentro do mercado da moda, sobretudo nas confecções. Na visão de Emídio & Menezes (2009), o design deve estar presente em todo o processo criativo de um produto, passando por todas as suas etapas, desde a determinação do mercado em que o produto será inserido, na sua produção, venda e após o seu descarte. A gestão do design de produtos de moda é o programa que dirige o design para todas essas etapas, fazendo com que os objetivos de determinado projeto sejam alcançados, a gestão do design envolve o desdobramento do design dentro da empresa para auxiliá-la a desenvolver sua estratégia. (MOZOTA, 2011, p. 95). 1 Upcycling: é o processo de transformar resíduos ou produtos que seriam descartados em novos materiais ou produtos com atributos de maior valor, uso ou qualidade.

15 14 Não obstante do que foi abordado de impacto ambiental e descarte de produtos têxteis, várias confecções no APL de confecções de Pernambuco passam pela mesma realidade. Dados mais recentes realizados pelo SEBRAE (2012) apontam aproximadamente 18,8 mil empresas distribuídas pelos 10 municípios que compõem o Polo de Confecções de Pernambuco: (Agrestina, brejo da madre de Deus, Caruaru, Cupira, Riacho das Almas, Santa Cruz do Capibaribe, Surubim, Taquaritinga do Norte, Toritama e Vertentes), sendo que 77,2% das empresas do Polo encontram-se nos três principais municípios da região: Caruaru, Santa Cruz do Capibaribe e Toritama. Com uma produção diversificada e volume de produção de 900 milhões peças ao ano, é possível se ter compreensão da quantidade de resíduos que são gerados pelas confecções do APL de Pernambuco, para mais, grande parte desses resíduos são direcionados ao descarte sem passar por qualquer tratamento ou sistema de reciclagem. Além da poluição provocada por esse modelo de produção de artigos da moda, há ainda a carência de gestão de design no processo, o que minimizaria este impacto e aprimoraria a empresa em produtividade, lucros e conscientização ambiental. Essas reflexões e abordagens teóricas, construídas ao longo da formação em design de moda, nos levaram a pergunta de pesquisa Pergunta de pesquisa Como minimizar o impacto ambiental do descarte têxtil em uma confecção através da gestão do design, utilizando como ferramenta o upcycling? 1.2. Objetivo geral Propor diretrizes para minimizar o impacto ambiental produzido por insumos têxteis descartados por uma empresa do APL de confecções de Pernambuco utilizando o upcycling como estratégia e ferramenta de valor Objetivos específicos Estudar sustentabilidade; Pesquisar sobre impacto ambiental advindo do descarte têxtil de confecções;

16 15 Estudar upcycling na indústria da moda; Definir Gestão do design de produtos de moda; Elaborar produto advindo do upcycling como exemplo para reaproveitamento de material descartado. Organizar diretrizes para empresas de confecção reaproveitarem melhor os materiais têxteis; 1.4. Justificativa Considerando a necessidade urgente de um alinhamento da moda com práticas mais sustentáveis e por ter uma aplicação prática numa confecção estudada no APL, esta pesquisa apresenta uma contribuição prática e reaplicável a outras confecções do mesmo porte, favorecendo assim uma nova postura para confecções que adotarem a prática. A contribuição teórica desse trabalho está no conhecimento e informação que foi gerado a partir da interação do design de moda e da sustentabilidade por meio do upcycling. As reflexões que foram levantadas trazem mais compreensões sobre o tema upcycling que por sua manifestação recente, ainda não possui muitas informações na literatura. Levamos em consideração os impactos ambientais advindo do descarte de resíduos têxteis das confecções e percebemos a relevância da aplicação do upcycling como estratégia sustentável para minimizar esse problema. Outra questão levantada é o fator econômico, pois o upcycling vem despontando em uma ótima oportunidade econômica para diversas empresas, visto que um dos requisitos do upcycling é que os produtos gerados a partir dessa ferramenta possam ter um valor superior ao produto que lhe serviu de matéria-prima. Deste modo, o upcycling ainda vem contribuindo com a geração de novos empregos, pois abre portas dentro das confecções para um novo setor de produção. Esse trabalho serve como base para outros estudos no que diz respeito ao design de moda e estratégias sustentáveis, sugere que essa interdisciplinaridade possa ser um dos caminhos para minimizar a adversidade de problemas que o planeta tem enfrentado devido aos impactos advindos da indústria da moda. Além disso, a pesquisa desperta para a relevância do comportamento que os

17 16 consumidores vêm adquirindo, uma vez que esse mercado gradativamente vem optando por produtos de moda com baixo impacto ambiental e marcas que possuam responsabilidade ambiental. Por fim, esse estudo aponta para reflexões sobre as práticas da indústria da moda diante do futuro do planeta.

18 17 2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA Os argumentos a seguir apresentam o embasamento teórico obtido para que fosse permissível o alcance do objetivo geral desse trabalho. Deste modo, foi necessário primeiramente refletir sobre as ações negativas das interferências humanas sobre o meio ambiente e a importância da sustentabilidade nesse cenário. Subsequentemente descrevemos os setores da indústria têxtil e seus respectivos impactos na natureza, sobretudo as confecções, responsáveis pela elevada produção de resíduos sólidos. Sequencialmente apresentamos o upcycling para a compreensão do seu papel estratégico na solução dos os resíduos provenientes das confecções. Por fim, destacamos a gestão de design de produtos de moda para se compreender o papel do design e a importância da gestão na criação de produtos sustentáveis Sustentabilidade A preocupação com o impacto das ações humanas sobre o meio ambiente tem se tornado um tema cada vez mais presente, desde que se foi percebido o quanto o estilo de vida que o ser humano alcançou tem prejudicado a capacidade de regeneração da natureza gerando o esgotamento de diversos recursos naturais. Diante de todas as mudanças que o planeta tem sofrido a questão da sustentabilidade foi colocada em pauta. A expressão sustentabilidade ambiental na afirmação de Manzini (2008), trata-se de um requisito que determina que as ações dos seres humanos não interfiram o ciclo de regeneração da natureza além dos seus limites, e que, além disso, não privem as gerações futuras de utilizarem os recursos naturais para atenderem suas necessidades. Com o conhecimento de que o comportamento que a humanidade adquiriu se tornou insustentável expondo assim as limitações do planeta, a questão ambiental passou a ser analisada, com isso foi inserido o conceito de desenvolvimento sustentável, que se refere: [...] às condições sistêmicas de desenvolvimento produtivo e social, a nível global e local: (a) dentro dos limites da resiliência ambiental, ou seja, segundo a capacidade do planeta absorver e de se regenerar frente aos efeitos dos impactos ambientais causados pela ação humana; (b) sem que se comprometa a capacidade das futuras gerações em satisfazerem suas próprias necessidades, isto é a

19 18 manutenção do capital natural que será transmitido às futuras gerações; e (c) tendo como base a distribuição equânime dos recursos, segundo o princípio de que todos têm o mesmo direito de acesso ao espaço ambiental. (VEZZOLI, 2010, p. 19) A intenção disso é prover um processo de mudança onde a natureza não perca a capacidade de se recuperar dos impactos causados pela humanidade, mas que o seu processo de renovação não afete também a qualidade de vida das gerações futuras, lhes permitindo a capacidade de atender suas necessidades com o uso dos recursos naturais. Porém, isso demanda uma relação harmoniosa entre a satisfação das necessitadas humanas e a existência e qualidade dos recursos naturais. Na visão de Vezzoli (2010), o desenvolvimento sustentável é segmentado em três dimensões: dimensão ambiental, socioética e a econômica e política. A dimensão ambiental requer que as ações humanas e seus impactos negativos não ultrapassem os limites da capacidade de regeneração do ecossistema. A dimensão socioética trata-se de uma questão de melhoria de vida para cada indivíduo, onde cada um possui direitos iguais, e que a distribuição dos recursos naturais seja feita de forma justa, possibilitando as gerações futuras de satisfazerem suas necessidades. Já a dimensão econômica e política visa a busca por soluções economicamente viáveis para o ecossistema. Deste modo, pode ser entendido que a sustentabilidade do planeta abrange muitos outros segmentos que vão além da resiliência da natureza (Figura 1). Figura 1. Esquema das 3 dimensões da sustentabilidade. Fonte: Própria (2017) Direcionamentos sustentáveis vêm sendo estabelecidos a partir da consciência de que o planeta tem sido prejudicado e que a ininterrupção da vida na

20 19 Terra depende da qualidade do meio ambiente, pois há muito tempo o impacto das atividades humanas tem afetado a regeneração do ecossistema. De acordo com Guarnieri (2011), extração desenfreada dos recursos naturais, além de provocarem o aumento da escala de produção, estimula a exploração do meio ambiente elevando assim a geração de resíduos. Isso significa que há uma reação em cadeia que se inicia nas ações extrativistas dos bens naturais e termina num enorme engendro de resíduos, onde a natureza confere seus melhores recursos e os mesmos lhe são devolvidos em forma de detritos. Em consonância com Ferreira & Ferreira (2008), a rápida urbanização verificada em todo o planeta trouxe um grande aumento no consumo de energia além do acúmulo de lixo que é gerado a partir do consumo inconsciente por parte do ser humano, ocasionando sérios problemas ao meio ambiente. O crescimento populacional, as práticas de degradação humana e a grande demanda dos recursos hídricos são fatores que elementares da crise da água. Por um longo tempo as ações degradadoras do homem foram justificadas pela ideia de que os meios naturais eram infindáveis, porém essa crença foi subjugada quando o planeta começou a responder aos acometimentos sofridos. Numerosas calamidades podem ser apontadas como consequências da interferência humana, o aquecimento global, tardança na renovação da camada de ozônio, mudanças climáticas, retardação do ciclo de renovação da natureza, escassez dos recursos hídricos, chuva ácida e o desaparecimento de diversas espécies, são algumas respostas notórias de que o planeta possui limitações e que o mesmo não acompanha o ritmo desenfreado imposto pela humanidade. O bem-estar e a saúde humana estão diretamente relacionados à qualidade do meio ambiente, pois diversas doenças são ocasionadas pelo consumo de água poluída, inalação de gazes tóxicos e pela ingestão de alimentos contaminados pelos detritos rejeitados no solo. Em vista disso, a degradação ambiental deixou de ser uma preocupação limitada aos cientistas e passou a interferir as decisões da população a nível global.

21 Impacto ambiental advindo do descarte têxtil de confecções Antes do surgimento das indústrias os produtos eram construídos em oficinas dentro de uma pequena escala e de maneira artesanal, apesar de já causarem impactos na natureza, os efeitos negativos dessas oficinas eram significativamente inferiores em relação aos impactos que o planeta começou a sofrer a partir do surgimento das indústrias. A produção passou a ser rápida e em grande escala, isso promoveu o uso de novas tecnologias que dependiam de um uso maior de energia, água e outros recursos, também possibilitou a obtenção de uma infinidade de agentes químicos. Hoje o setor industrial é um dos principais responsáveis pela geração de resíduos nocivos ao meio ambiente. Bortoluzzi, Moro & Kohl (2011) caracterizam o resíduo industrial como um dos maiores culpados pelas agressões letais acometidas ao ecossistema, pois neles estão incluídos produtos químicos, solventes e metais. A indústria da moda faz parte do grupo dos grandes poluidores da atualidade, esse setor vem impactando o planeta através do uso imoderado dos recursos naturais renováveis e não renováveis e também por meio da geração de resíduos sólidos, líquidos e gasosos liberados no meio ambiente. A indústria da moda envolve muitos segmentos que partem da indústria têxtil e ainda engloba o setor das lavanderias e das confecções, ondem são realizados os produtos finais. A indústria têxtil é um setor que vem se desenvolvendo a cada ano, com isso sua produção vem se tornando cada vez mais intensa, no entanto isso significa que com o crescimento das indústrias há também o desdobramento de substratos agressivos ao meio ambiente. O setor têxtil possui um dos processos de maior geração de poluentes, pois, são utilizados diversos agentes químicos em seus procedimentos. De acordo com Santos & Fernandes (2012), em todas as fases da produção têxtil, como fiação, tecelagem, beneficiamento e confecção de vestuário muitos são os resíduos e impactos causados ao meio ambiente. Além desses fatores ainda existem os impactos que são derivados da comercialização dos produtos de moda. Dias Júnior (2013), afirma que a cadeia do setor têxtil tem seu processo iniciado pela escolha da matéria-prima que passará pelo processo de transformação para que resulte em

22 21 produtos passíveis para o consumo, esse processamento se inicia desde o cultivo de fibras naturais. Segundo dados da Organização das Nações Unidas no Brasil, ONUBR (2017), até 2050, pelo menos um em cada quatro habitantes do mundo viverá num país onde a falta de água doce será permanente ou recorrente. Essa informação é preocupante, pois a indústria têxtil utiliza um enorme volume de água em seus processamentos. O tingimento têxtil é um grave problema, pois nessa fase há uma elevada produção de efluentes contaminados. Na opinião de Beltrame (2000), o grande problema dos efluentes têxteis é a diversidade de componentes que eles recebem, pois isso dificulta o seu reconhecimento, porque para ser possível executar o processo de tratamento de um efluente é necessário identificá-lo. As lavanderias também utilizam um elevado volume de água em seus processos e em diversos casos essa água é devolvida aos rios sem receber tratamento algum e com uma altíssima carga poluidora. As lavanderias são importantes agentes poluidores. Brito (2013), aponta que grande parte das lavanderias industriais localizadas nos países em desenvolvimento são ineficientes se tratando das questões ecológicas de seu empreendimento. Essa ineficiência gera poluição hídrica, sólida e atmosférica. As indústrias desse setor são normalmente localizadas próximas aos rios, o que facilita o uso abusivo da água e a liberação de efluentes contaminados diretamente nos rios. Essas atividades comprometem a água e a torna inutilizável para o consumo, além disso, dizimam espécies de animais e plantas. Muitas lavanderias já introduziram medidas para minimizar o impacto de seus procedimentos através da adoção de tecnologias que após sua utilização a água é despoluída antes de ser devolvida aos rios. Essas empresas conseguem manter um ciclo de reuso da água e isso faz com que elas não necessitem retirar mais água da natureza. Tais ações são ricamente válidas, porém inúmeras empresas em todo mundo ainda permanecem com suas práticas irresponsáveis. Com isso, é perceptível que muito ainda precisa ser feito para se solucionar os aspectos químicos que são despejados nos rios pelas indústrias têxteis.

23 22 As emissões tóxicas no ar provocadas pelas indústrias são uma grande preocupação, esse tipo de poluição é o principal responsável pelas mudanças climáticas no planeta e por diversas doenças respiratórias. A indústria têxtil também tem culpabilidade na geração de poluição do ar e do solo: [...] do ar devido à queima de óleos e lenhas nas caldeiras que liberam dióxido de enxofre e gás carbônico, gerando respectivamente chuva ácida e efeito estufa. E do solo por meio das infiltrações de água contaminada (TONIOLLO, ZANCAN & WUST, 2015, p.3). Além dos efluentes líquidos e gasosos, há ainda é a geração de resíduos sólidos provenientes da indústria têxtil, Segundo a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT, 2004), a norma NBR 1004:2004 discorre sobre: [...] resíduos sólidos são definidos como resíduos nos estados, sólido e semi-sólido, que resultam de atividades de origem industriais, domésticas, hospitalar, comercial, agrícola, de serviços e de varrição. Ficam incluídos nesta definição os lodos provenientes de sistemas de tratamento de água, aqueles gerados em equipamentos e instalações de controle de poluição, bem como determinados líquidos cujas particularidades tornem inviável o seu lançamento na rede pública de esgotos ou corpos de água. (ABNT, 2004, p.1) Dentro da Indústria da moda, as confecções tem a geração de resíduos sólidos como consequência dos seus processos de produção. Esses resíduos são conhecidos como retalhos, (retalhos são tidos como as sobras de tecidos gerados na produção de peças de vestuário dentro das confecções). Os retalhos são vistos como importantes aspectos poluentes, pelo fato de que em diversos casos há um grande desperdício desse material e não há um gerenciamento adequado para o seu descarte, portanto os mesmos são descartados na natureza de maneira imprópria. Além disso, os retalhos são caracterizados pela diversidade dos seus tamanhos, pois, por serem resultado dos espaços que sobram entre as peças encaixadas na superfície do tecido, geralmente essas sobras tem um espaço pequeno e por isso não são utilizadas para a confecção de outras peças, deste modo os retalhos são facilmente descartados. Um dos problemas do descarte das sobras de tecido está relacionado aos seus tipos de composição. No dizer de Kuasne (2008), os tecidos são gerados de fibras têxteis, essas fibras podem ser de origem natural, quando retiradas da

24 23 natureza ou de origem artificial, quando manufaturadas podendo vir de polímeros naturais ou sintéticos. O processo de decomposição das fibras naturais é rápido se comparado aos das fibras não naturais, principalmente quando essas contém petróleo em sua composição, isso faz com que não consigam se decompuser de maneira natural no meio ambiente. Nas confecções o setor em que se pode encontrar a maior sobra de tecidos é o de corte das peças, isso ocorre principalmente, quando não há um preparo técnico de encaixe de modelagem, essa técnica faz com que os moldes das roupas sejam organizados nos tecidos de maneira estratégica para que haja o mínimo de desperdício de tecido após serem cortadas. Porém, quando se há um baixo aproveitamento nessa fase tudo o que sobra é na maior parte dos casos destinado aos aterros, onde permanecem até sua deterioração, o que pode levar bastante tempo, pois, o período de decomposição de um tecido é lento, principalmente quando ele não é composto por fibras naturais, como as fibras extraídas dos vegetais. De acordo com Milan, Vittorazzi & Reis (2010), a indústria de confecção de vestuário é a principal produtora de bens finais do setor têxtil, porém seu produto final possui um ciclo comercial imensamente curto, devido a fatores culturais influenciados pelas tendências. Segundo dados da Associação Brasileira da Indústria têxtil, ABIT (2016), O Brasil possui 32 mil empresas formais do ramo de confecção, sendo o maior parque produtivo de confecção do mundo e o quinto maior produtor têxtil do planeta, representado 16,7% dos empregos e 5,7% do faturamento da indústria de transformação. A indústria têxtil tem quase duzentos anos no Brasil e ainda é a última cadeia têxtil completa do ocidente. O Brasil é uma grande potência do setor têxtil, esse mercado possui grande valor econômico e social para o país, porém a falta responsabilidade ambiental da parte das empresas resulta em um alto índice de degradação ambiental. O aumento da fabricação de produtos têxteis acarreta no aumento do consumo, consequentemente o descarte também cresce. Desse modo as empresas enfrentam um enorme problema, tendo que permanecerem no mercado e lidarem

25 24 com a geração de resíduos, mas lamentavelmente inumeráveis empresas não possuem essa preocupação. Um dos problemas relacionados ao grande volume de refugos nos aterros além das sobras de tecidos das confecções é o aumento do descarte de peças de vestuário. A extração desmedida dos recursos leva a uma alta fabricação de produtos de moda, com isso há um aumento gradativo do consumo e por consequência o rápido descarte de roupas. Essa grande extração juntamente com a mão de obra muito barata é a causa do baixo custo que as peças de vestuário têm atingido isso resulta no baixo valor comercial dessas mercadorias e por cadeia também promove a obsolescência dos produtos de moda (Figura 2). Figura 2. Esquema do ciclo da indústria da moda Fonte: Própria (2017) A descoberta da proporção e relevância dos efeitos negativos provocados pela indústria da moda vem sendo foco de pesquisa para designers e outros profissionais desse setor, que cada vez mais buscam por soluções e melhorias a fim de minimizar cada tipo de impacto proveniente dos processos da produção de peças de vestuário, desde a feitura dos materiais têxteis utilizados, até o descarte das peças de vestuário. Essas ações demonstram que a forma de se produzir produtos

26 25 de moda está sendo modificada e que essas práticas tenderão a serem mais comuns Upcycling na indústria da moda Com o mundo caminhando para uma mudança comportamental social, econômica e ambiental, onde a consciência sustentável legitima essa modificação, estratégias para a conservação do ecossistema se fazem necessárias para diminuir os impactos das ações humanas na natureza. O descarte inadequado de insumos, como roupas e tecidos é fonte de uma diversidade de perturbações na natureza, pois copiosa parte desses materiais pode levar centenas de anos para se deteriorar no ambiente. Durante sua sobrevivência na natureza, esses insumos contaminam diretamente solos e mares e quanto maior for o período de sua decomposição, maior é o prejuízo causado ao meio ambiente. A preocupação com a destinação dos resíduos sólidos gerados pela indústria têxtil é um dos fatores que tem modificado o cenário da indústria da moda, aos poucos essa vem encontrando saídas para efetuar melhorias nos produtos de moda a fim de se consolidar um design limpo e consciente para as peças de vestuário. Existem diversas medidas para minimizar os efeitos provocados pelo descarte de insumos sólidos na natureza, a reutilização, a restauração e a reciclagem interceptam recursos destinados aos aterros sanitários e os conduzem de volta ao processo industrial como matérias-primas. (FLETCHER & GROSE, 2011, p.63). Na moda, a reutilização nada mais é do que reusar uma roupa no estado em que ela se encontra, ou seja, sem que ela passe por transformações novas. A restauração se trata do reparo de roupas que se encontram desgastadas pelo tempo de uso, esse processo requer a utilização de alguns materiais e processos para que a roupa seja concertada como: tingimentos, costuras, remendos e reposições de zíperes e botões, somente após esses processos a roupa estará pronta para ser utilizada novamente. O processo da reciclagem de roupas e tecidos requer uma atividade mais complexa, pois o produto ou material necessita passar por processos químicos e físicos para que as fibras do tecido sejam recuperadas e posteriormente possam ser reintroduzidas no ciclo de produção e consumo. Na reciclagem os tecidos são

27 26 triturados para que possam ser direcionados ao processo da fiação, onde esses pequenos pedaços de tecidos são enrolados e transformados em fios, só após esses processos os fios estão prontos para o processo da tecelagem e finalmente se tornarem novos tecidos. O processo da reciclagem demanda de muita energia e são necessários diversos recursos para a obtenção dos resultados, além disso, os materiais reciclados adquirem qualidade inferior ao que eram originalmente. Diante das alternativas disponíveis, na visão de Paoliello & Souza (2015), o upcycling é um conceito que tem se tornado significativo em meio às estratégias de sustentabilidade, o mesmo significa a utilização de determinado material no fim do ciclo de vida útil ou resíduos de um produto, para desenvolver novos produtos de maior valor, uso ou qualidade sem despender mais energia para a recuperação de matéria-prima. Desta forma o material não necessita passar pelos processos químicos e físicos da reciclagem, o material permanece com sua aparência anterior, mas com a forma de um novo produto. Como afirma a revista Silmaq (2017), o termo upcycling para o reuso de materiais descartados foi utilizado pela primeira vez pelo ambientalista Reine Pilz em 1994, desde então esse conceito tem ganhado mais destaque a cada ano. Na indústria da moda o upcycling é apresentado como um caminho alternativo para peças de vestuário que atingiram o fim de seu ciclo de vida útil e também para materiais têxteis acumulados em estoques. O resultado deste processo é a concepção de peças que desafiam a tendência geral de diminuir o valor de materiais já usados (FLETCHER & GROSE, 2011, p.69). Com isso, essas peças são um indício de que o upcycling é um verdadeiro produtor de valor. Essa nova visão dispensa a necessidade de se extrair matéria prima da natureza para se fabricar novos produtos, visto que o upcycling gera um ciclo tal qual no momento em que determinado produto chega ao final do seu período de vida útil ele não é direcionado ao descarte, mas servirá de matéria prima para a fabricação de um novo produto que subsequentemente será introduzido no mercado para ser consumido novamente. Por conseguinte, esse ciclo que vincula a produção e o descarte de um produto demonstra que o upcycling faz muito mais do que retirar resíduos da natureza, ele modifica a forma de se projetar produtos de moda, posto que seja preciso fazer design com os materiais encontrados e não mais com materiais

28 27 fabricados especificamente para determinado produto. O upcycling também modifica a maneira de se consumir, pois expõe ao consumidor a origem dos materiais utilizados para a fabricação do produto, uma vez que os materiais reutilizados não são mascaram o produto, mas ostentam sua estética original, desta forma o consumidor tem o conhecimento que está adquirindo um produto ecologicamente responsável. Compreender a importância dessa nova tendência requer um distanciamento do modo que sempre foi utilizado na fabricação de peças de vestuário, pois a indústria da moda utiliza tecidos novos e que acompanham as tendências em suas coleções. O upcycling propõe uma solução sustentável para que as empresas possam lidar com o acúmulo de peças e materiais em desuso, além de gerar renda e novos empregos. Desse modo o upcycling pode se desdobrar de diferentes formas. Produtos de moda feitos a partir materiais usados podem ser feitos em pequena escala e com o valor de exclusividade, pois a estética da peça (cor e estampa) vai depender dos materiais encontrados e não do que o mercado têxtil disponibiliza. Apesar de ser considerado um termo muito recente, o upcycling tem se tornado uma prática mundial em diferentes setores, diversas empresas do ramo da moda já aderiram a essa estratégia. Essas empresas provam que é possível atribuir um status novo a diversos materiais que todos os dias são desmerecidamente descartados na natureza. A marca brasileira Insecta Shoes é um exemplo de como o upcycling pode ser uma ferramenta sustentável para evitar o descarte de materiais têxteis no ambiente. A mesma transforma roupas e tecidos usados em sapatos e mochilas. Através dessa estratégia a empresa prolonga a vida útil desses materiais e reduz a quantidade de insumos descartados no ambiente, fazendo com que roupas usadas adquiram um novo valor em um novo produto. A empresa adquire sua sustentabilidade financeira através de materiais que são injustamente nominados como lixo (Figura 3).

29 28 Figura 3. Sapato concebido através de upcycling da marca Insecta Shoes Fonte: Elle (2016) A Reformation é uma marca estadunidense que tem como objetivo produzir moda com baixo impacto ambiental. Todos os tecidos utilizados na fabricação das peças possuem três possíveis históricos: eles podem vir de sobras de tecidos desprezados pelas fábricas, roupas vintage desconstruídas ou tecidos sustentáveis conhecidos como eco-friendly. A empresa executa os processos das suas peças levando em consideração a busca pelo mínimo de impacto na natureza. A criadora da marca, Yael Aflalo tem como desígnio modificar a maneira que o designer de moda vem projetando, ela observou que existe um alto índice de desperdício de materiais têxteis e as condições de trabalho nas fábricas de países com a China, também a inquietaram. Tudo isso contribuiu para que ela fundasse uma marca com consciência e valor ambiental. A Reformation é mais um exemplo de empresas do ramo da moda que encontraram certo equilíbrio entre o processo da produção e descarte de materiais que possuem potencial para serem reconduzidos ao mercado novamente (Figura 4).

30 29 Figura 4. Vestido produzido através de upcycling da marca Reformation Fonte: Vogue (2017) Visto isso, o upcycling propõe a utilização de materiais já existentes para a fabricação de novos produtos de moda, isso requer uma mudança da parte dos designers, pois enxergar o valor e a qualidade de um material prestes a ser descartado exige um olhar inovador. O aumento do consumo mundial tem fomentado a produção de novos produtos de moda, isso resulta no alto índice de resíduos sólidos (os retalhos) da parte das confecções e o enorme descarte de peças de vestuário devido superprodução do mercado da moda, isso resulta na diversidade de tipos de perturbação que o planeta tem sofrido. Segundo dados do Instituto de Estudos e Marketing Industrial, IEMI (2017), a produção física na indústria de vestuário avançou 17,9% em março de 2017, em relação ao mês de março de 2016 houve alta de 7,2 %. Considerando-se apenas os artigos fabricados dentro de padrões industriais de produção, esse percentual tende a subir com o aumento do poder aquisitivo da população.

31 30 O design de moda em quanto projeto e solução de problemas tem como escopo a interrupção desse grande desperdício, porém a função do design vai além de solucionar o lixo das confecções e dos consumidores, há uma relação mais abrangente, que tem início no projeto de design juntamente com o upcycling, parte para o desenvolvimento de um novo produto e chega ao mercado consumidor. O designer então pensa e existe na interação entre os consumidores e os produtos. O upcycling como uma nova estratégia no âmbito da moda, cria um novo grupo de consumidores, pois conforme dito, o mesmo expõe aos usuários a matériaprima do produto a ser vendido, ou seja, o upcycling não maquia o produto. Consumidores de produtos que possuem certa responsabilidade ambiental tendem a adquirir um olhar diferente para os produtos, e o designer precisa estar atento a esses grupos que vêm surgindo juntamente com as preocupações relacionadas à sustentabilidade do planeta. Para a realização dos produtos provenientes do upcycling se faz necessário um gerenciamento adequado e um olhar criativo para a criação de produtos de moda com baixo impacto ambiental Gestão de design de produtos de moda A gestão de design é aplicada como uma ferramenta que conduz os processos de uma empresa e integra o design nos seus setores, esse tipo de gestão é definido como a: implementação do design como um programa formal de atividades dentro de uma corporação por meio da comunicação da relevância do design para as metas corporativas de longo prazo e da coordenação dos recursos de design em todos os níveis da atividade corporativa para atingir os seus objetivos. (MOZOTA, 2011, p. 95) Ainda sobre a definição de gestão de design o termo é usado para relatar uma série de atividades de gestão ligadas ao design e a estratégia da empresa, permitindo ver e gerenciar as questões ligadas ao uso do projeto, da intenção e da criatividade como alavancas competitivas (WOLFF, 2010, p. 48). A gestão do design gera a comunicação do design com os setores de uma empresa e dirige estrategicamente o caminhar de um projeto para que o mesmo atinja seus objetivos e não se perca entre uma etapa e outra. Esse tipo de gestão é

32 31 uma atividade intrínseca do design, portanto a única pessoa que pode tornar claras as instruções para equipe é o gerente sênior ou diretor de design em suas interpretações cotidianas de uma política de design (MOZOTA, 2011, p. 95). Diante das crescentes demandas do mercado consumidor, o designer tem se empenhado para atender as exigências desse mercado. Na área do design de moda, as empresas cada vez mais têm buscado a gestão para aperfeiçoar os processos dos seus produtos, diante disso a gestão de design torna-se crucial para que as empresas de moda desenvolvam seus produtos de maneira estratégica e eficiente, pois, a concepção de um produto de moda envolve a articulação de determinantes, antropológicos, ergonômicos, sociais, tecnológicos e econômicos, tendo ainda que atender as necessidades e desejos do mercado consumidor (MONTEMEZZO, 2003, p. 52). Dito isso, a concepção de um produto de moda é manifestamente ampla, e a gestão de design é uma ferramenta oportuna para esse processo, pois a mesma compreende a operação em todos os seus níveis. A sustentabilidade incorporada à gestão de design é uma tendência que vem crescendo em meio às empresas do ramo da moda, pois essas empresas têm passado a se preocupar com os impactos negativos que suas práticas provocam na natureza. Outra questão é que esse setor vem percebendo que uma postura responsável gera diferenciação dentro do mercado e isso cria uma nova relação com os consumidores, pois esses podem perceber nos produtos as ações de responsabilidade ambiental das empresas. Sabe-se que o ciclo de vida útil de um produto de moda é muito curto, quando se levado em consideração a quantidade de matérias-primas e processos que são necessários até sua concepção, nota-se então que existe um baixo aproveitamento desses materiais quando são direcionados ao descarte. Outro fator que merece destaque é a geração de resíduos que ocorre dentro das confecções de vestuário, esse setor toneladas de retalhos anualmente e por diversas vezes esses materiais são direcionados a locais inadequados, isso resulta no aumento de insumos descartados no meio ambiente. Diante dessas questões diversas empresas vêm buscando meios para solucionar a sua imensa geração de resíduos, e o upcycling vem se tornando uma solução econômica, inteligente e sustentável para esse impasse. Com isso a gestão

33 32 de design é a ferramenta decisiva para se empregar o upcycling dentro de uma empresa de moda, e é incumbida ao designer a tomada de decisões sobre como e onde os insumos serão utilizados para se obter novos produtos. A gestão de design também impulsiona a empresa a evitar o desperdício de materiais e a desviar esses insumos do descarte através do reuso.

34 33 3. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS A seguir será apresentado como delineamos esta pesquisa para concebe-la e executa-la seguindo normas de pesquisa. Esta pesquisa embora seja analítica, também se propôs a apresentar um projeto resultante da aplicação da análise de forma prática e este serve como demonstrativo de uma alternativa para desenvolvimento de upcycling e sustentabilidade. Dividimos o item 3.1 para apresentar a metodologia da pesquisa e o 3.2 para apresentar a metodologia projetual Metodologia da pesquisa Método escolhido O método é dedutivo, pois a pesquisa combina conhecimentos gerais sobre sustentabilidade, upcycling e gestão do design a contextos específicos, neste caso, empresa de confecção do APL de Pernambuco, sediada em Caruaru. Pesquisa se refere a atividade básica da ciência na sua indagação e construção da realidade. É a pesquisa que alimenta a atividade de ensino e a atualiza frente à realidade do mundo (MINAYO, 1994, p. 17). A seguir, apresentamos a delimitação da pesquisa conforme esquematizado por Silva & Menezes (2005). É uma pesquisa aplicada. Pois a mesma objetiva gerar conhecimentos para a aplicação prática e dirigida à solução de problemas específicos (SILVA & MENEZES, 2005, p. 20), que neste contexto é a questão de como aplicar o upcycling em uma confecção de vestuário da região do Agreste pernambucano, como uma alternativa para minimizar ou até mesmo solucionar o descarte das sobras de tecidos que a confecção produz. A pesquisa é Experimental. Pois este tipo de pesquisa consiste em determinar um objeto de estudo, selecionar as variáveis que seriam capazes de influenciá-lo, definir as formas de controle e de observação dos efeitos que a variável produz no objeto (GIL, 1991, p. 51), que neste contexto, se trata da aplicação do upcycling de maneira experimental em uma confecção de vestuário localizada na região do Agreste pernambucano, com a finalidade de se observar os efeitos que o processo upcycling produz em uma confecção. É também Pesquisa de

35 34 Ação, pois esse tipo de pesquisa de acordo com Gil (1991) é executada com uma combinação bem próxima entre uma ação planejada em prol da resolução de um problema social. Nessa pesquisa os pesquisadores e participantes da questão estão envolvidos de forma participativa. Neste caso, a pesquisa conta com a participação de uma confecção de vestuário da região do Agreste pernambucano para se obter dados sobre como ocorre o descarte dos materiais têxteis da empresa. E ainda Pesquisa Bibliográfica, por ser uma pesquisa desenvolvida a partir de material já elaborado, constituído principalmente de livros e artigos científicos (GIL, 1991, p.50) Coleta de dados A coleta de dados foi realizada por meio uma entrevista semiestruturada aplicada na empresa Teste 2, com isso foi possível reunir as informações necessárias para a realização da pesquisa. A entrevista serviu para se constatar um perfil bastante comum em muitas confecções da região do Agreste pernambucano que é a forma que essas empresas lidam com o estoque e o descarte dos materiais têxteis de suas produções. Disponível no anexo A. A pesquisa foi conduzida no ambiente fabril, tendo como objeto do estudo uma confecção de pequeno porte do segmento de vestuário feminino situada na cidade de Caruaru-PE. A empresa atua no mercado há 10 anos no setor atacadista e varejista, seus principais produtos são vestidos e blusas, tendo como a malha o tecido predominante em sua produção, os tecidos utilizados pela confecção são bastante coloridos e estampados. A confecção realiza o processo de corte e modelagem das peças e terceiriza somente a costura Metodologia projetual Para o desenvolvimento do produto de upcycling dentro da linha de produção da confecção, foi utilizado o funil de decisões desenvolvido por Mike Baxter, o funil de decisões é uma forma de visualizar as variações do risco e incerteza, ao longo do processo de desenvolvimento do novo produto. (BAXTER, 2000, p. 9). 2 Teste: nome fictício da empresa a fim de preservar sua identidade.

36 35 Esse método divide o projeto de desenvolvimento de um novo produto em seis etapas nas quais os riscos de fracasso do novo produto são gradativamente reduzidos. Essas divisões expõem as alternativas disponíveis para as tomadas de decisões durante o processo de desenvolvimento do produto (Figura 5). Figura 5. Funil de decisões proposto por Baxter. Fonte: Baxter (2000)

37 36 4. Apresentação e discussão de resultados Para chegar aos resultados, conforme mencionado na metodologia, após a coleta de dados na empresa, utilizamos o funil de decisões de Baxter (2000) para desenvolvimento do produto de upcycling A coleta de dados e as primeiras impressões da empresa A confecção realiza o processo de corte e modelagem das peças e terceiriza somente a costura. O corte das peças é realizado manualmente com um instrumento corte a disco (Figura 6). Figura 6. Máquina de corte a disco utilizada pela empresa Teste Fonte: Própria (2017) Foi realizada uma visita na empresa onde a proprietária demonstrou o processo de corte de uma peça e em seguida foi feita a verificação das sobras do tecido, foi constatado que há um baixo aproveitamento do material, pois as partes não ocupadas pelos moldes não são suficientemente grandes para o encaixe de outras peças, no fim isso resulta em uma grande geração de resíduos (Figuras 7, 8 e 9).

38 37 Figura 7. Modelagem de uma peça utilizada pela empresa Teste Fonte: Própria (2017) Figura 8. Corte da peça Fonte: Própria (2017) Figura 9. Retalhos obtidos após o corte da peça Fonte: Própria (2017)

39 38 Através de uma média percebida na entrevista semiestruturada e confirmada pela empresária, para 30 kg de tecido sobram 4 kg de retalhos ou cortes pequenos não aproveitados que são descartados no lixo. A partir destes dados, teve início a etapa dos resultados, pois conhecemos ali a matéria prima do novo produto que viria a ser desenvolvido. Inicialmente, malha estampada em pedados diversos. A proprietária reconhece que as ações de sua empresa resultam em sérios prejuízos financeiros e ambientais, porém desconhece alternativas adequadas e viáveis para solucionar a geração de resíduos que ocorre em sua empresa Funil de decisões aplicado na empresa A confecção mantém seu mix de produtos há certo tempo, e a empresa já identifica os produtos que são mais consumidos pelos seus clientes, diante disso o estudo de Baxter foi utilizado para que se pudesse o diminuir o risco e a incerteza do novo produto dentro da linha de produção da confecção, pois o mesmo, além de resultar na minimização dos resíduos descartados no lixo, tem como objetivo ainda ser fonte de lucro para a empresa. A seguir apresentamos o quadro utilizado para representar as etapas do funil de decisões: INOVAR: SIM OU NÃO? Sim, identificamos a necessidade de inovação para minimizar o descarte de resíduos gerados pela empresa. Estratégia de negócio- upcycling de retalhos TODAS AS OPORTUNIDADES DE INOVAÇÃO.Por reaproveitamento de tecidos de descarte para vestuário;.por reaproveitamento de tecidos de descarte para acessórios;.por reaproveitamento de tecidos de descarte para utilitários.

40 39 TODOS OS PRODUTOS POSSÍVEIS Realizamos a pesquisa de similares através de sistemas de busca na internet a partir de palavras-chave relacionadas ao aproveitamento e uso de retalhos e fios de malha para a construção de novos produtos. Esses produtos variam entre reaproveitamento de tecidos de malha para vestuários, acessórios e utilitários (Figura 10). Figura 10. Vestuários, Acessórios e Utilitários feitos de retalhos de malha Fonte: Pinterest (2017) Dentre essas possibilidades foi definido o seguimento de acessórios para aplicar na empresa Teste. O acessório preferível foi um colar, porque esse produto pode ser facilmente introduzido na linha de produção da empresa, se tratando de um acessório de moda. Para a produção do acessório, foram definidos conceitos, configurações e detalhes, para que se pudéssemos aproveitar ao máximo os retalhos. Outro requisito foi o de se projetar um acessório que pudesse ser confeccionado unicamente com as sobras dos tecidos de malha.

41 40 TODOS OS CONCEITOS POSSÍVEIS Sustentabilidade, Inovação e Moda. TODAS AS CONFIGURAÇÕES POSSÍVEIS Foram testadas quatro configurações de colares (Figura 11). Esses experimentos foram necessários para se identificar qual a configuração mais adequada para a realização do acessório. A primeira alternativa foi resultado de um macramê feito com um tear manual circular, a segunda foi realizada por meio de laçadas, a quarta foi feita através de um trança única com malha sem estampa combinada com fios da malha estampada e a última alternativa feita com tranças triplas fixadas através de pequenos pontos costurados manualmente. Figura 11. Geração de alternativas Fonte: Própria (2017)

42 41 TODOS OS DETALHES POSSÍVEIS Verificamos que com os fios feitos a partir dos retalhos é possível se produzir muitos objetos, porém muitos dos retalhos são pequenos e não formam um fio extenso, porém, observamos que é possível fazer emendas nos fios de modo rápido e sem necessitar de costura (Figura 12). Através de amarrações nas extremidades dos fios obtivemos emendas quase imperceptíveis e fios mais longos: Figura 12. Formação da emenda de fios malha Fonte: Própria (2017) A empresa utiliza malha liganete estampada em sua produção, observamos que esse tecido apresenta uma grande elasticidade e resistência. Na fase de produção dos fios percebemos que esse tecido pode quando esticado no sentido da trama ele forma um fio estampado e brilhante, mas quando esticado no sentido do urdume seu fio se apresenta fosco e esbranquiçado, isso porque ele se retrai do lado avesso do tecido. Com isso, pudemos obter fios coloridos e brilhantes e outros branqueados e foscos (Figura13). Figura 13. Fios cortados no sentido da trama e do urdume do tecido Fonte: Própria (2017)

43 42 Realizamos três formas de fixação para os fios que compõem os acessórios: nó, laço e trança (Figura 14). Foi observado que o nó apresenta um acabamento grosseiro, o laço não permite resistência aos fios, mas que a trança além de apresentar um melhor acabamento, concede mais resistência ao fio: Figura 14. Tipos de fixações para os fios Fonte: própria (2017) Testamos ainda três formas de amarrações para o colar: nó, laço e trança (Figura 15). Esses testes nos permitiram observar os acabamentos mais práticos e atrativos para o a realização do colar: Figura 15. Tipos amarrações para os colares Fonte: Própria (2017) NOVO PRODUTO

44 43 Após reduzir o risco e a incerteza do novo produto, apresentamos as duas configurações finais de colares que desenvolvemos: um maxi colar (Figura 16) e uma gargantilha (Figura 17). Percebemos que esses modelos apresentam praticidade, estética atrativa e valorizam os retalhos. Figura 16. Maxi colar feito com os retalhos de malha da empresa Teste Fonte: Própria (2017) Figura 17. Gargantilha feita com os retalhos de malhas da empresa Teste Fonte. Própria (2017)

45 Diretrizes para upcycling Sem embargo das alternativas de produtos feitos a partir de sobras de tecidos de malha que já foram salientadas, é objetivo dessa pesquisa também apresentar diretrizes para a empresa Teste tratar os seus retalhos como upcycling. Faz-se necessário refletir de que outras maneiras o upcycling pode minimizar o descarte de insumos dentro da confecção, além da produção dos acessórios gerados a partir dos retalhos. A seguir, apresentaremos algumas diretrizes que partiram da bagagem teórica deste trabalho, acrescida da vivência prática na empresa e que podem ser replicadas em outras empresas, mesmo com descarte de matéria prima diferente. A primeira proposta é em relação às escolhas de tecidos que a confecção adquire, percebemos que a introdução de tecidos de malha sem estampa para a produção das peças poderia agregar mais valor aos acessórios de upcycling que foram propostos, pois, na execução dos acessórios notamos que a combinação de tecidos estampados com tecidos sem estampas gera uma composição mais harmônica. Desse modo as sobras dos tecidos sem estampa serviriam para compor os acessórios, conforme foi feito no modelo desse estudo. Em justaposição a isso os retalhos estampados poderiam servir de ornamento para as peças de vestuário feitas de tecidos sem estampa, como no exemplo a seguir (Figura 18). Figura 18. Camisa de malha com aplicação de bolso estampado Fonte: Moda Masculina (2014)

46 45 Percebemos que o uso de tecidos estampados para ornamentação de peças sem estampa agrega um valor maior à peça, pois são detalhes facilmente reconhecidos pelos consumidores, essa seria ainda uma inovação dentro da linha de produção, a empresa poderia diferenciar os seus produtos sem encarecer a sua produtividade, uma vez que as sobras dos tecidos sem estampa e as dos estampados seriam reaproveitas. Desta forma, essa diretriz propõe um reaproveitamento total dos insumos, onde ora os retalhos seriam detalhes de peças de roupa, ora acessórios. Sugerimos assim, um maior planejamento na aquisição de materiais, uma vez que o olhar acerca da sustentabilidade deve estar desde o início do processo e não apenas na correção de processos mal planejados. Visualizamos nesta diretriz o planejamento do Design como diferencial para minimizar o impacto. A segunda diretriz poderia apoiar a fabricação dos colares na linha de produção da empresa Teste, pois se trata de uma parceria entre a confecção e uma cooperativa situada na própria cidade de Caruaru, ou nos municípios vizinhos, essa associação se daria por meio da contratação de uma mão de obra terceirizada, na qual a confecção direcionaria seus resíduos para a cooperativa e lá seriam realizados os processos da produção dos colares, como o corte dos retalhos, emendas dos fios, montagem das peças e acabamentos. A concepção desse acessório requer unicamente o trabalho artesanal, portanto não é necessária a introdução de maquinários na produção, apenas a utilização de simples instrumentos como uma tesoura, agulha e linha. Isso torna a produção mais sustentável, uma vez que para manipular essas ferramentas não se faz necessário o consumo de energia elétrica. Se tratando ainda do valor do upcycling incutido a esse produto, é possível se observar oportunidades de novos empregados, conforme foi abordado nessa pesquisa, pois a contratação de uma cooperativa ofereceria oportunidades de emprego para muitas pessoas, tudo isso é soma para um resultado que visa solidificar um produto de moda feito a partir de upcycling, que além de irem desacordo com as tradicionais práticas de descarte de insumos têxteis que é comumente realizado no meio das confecções, essa nova prática pode ainda apoiar a formação de novos empregos por meio da cooperação. Em resumo, estamos falando de design social, pois envolvimento com comunidades carentes, ongs ou associações a fim de gerar renda para eles seria

47 46 uma ação social da empresa que ainda teria os acessórios para venda e retorno do investimento. O Design Social também é uma diretriz que estamos propondo neste trabalho. E ele ainda pode abrir margem para uma terceira diretriz, o Design Colaborativo, pois a medida que as associações desenvolvem os acessórios e solicitam outros materiais complementares, elas estão influindo diretamente no design que será pensado nas peças de base na empresa, visando os retalhos/insumos, assim como já demos alternativa na diretriz 1. A quarta diretriz é direcionada aos consumidores, pois o rápido descarte que os produtos de moda sofrem após serem consumidos é uma questão relevante para essa pesquisa, como já mencionado, e isso nos levou a propor diretrizes também para o upcycling das peças de vestuário adquiridas pelos consumidores da empresa teste, a intenção disso é minimizar o impacto que as peças de vestuário produzem ao meio ambiente, promovendo o desvio desses produtos do descarte. Vemos nessa prática uma grande oportunidade para que os consumidores também distanciem o olhar das práticas comuns de descarte de peças de vestuário e passem a visualizar possibilidades de produtos novos em seus resíduos. Os fios de malha podem ser considerados matéria-prima para a criação de muitos produtos, como suportes para plantas, por exemplo, (Figura 19). Esses fios podem ser facilmente obtidos a partir de roupas de malha que seriam direcionadas para o descarte. Figura 19. Suporte para plantas feito a partir de upcycling de roupas usadas Fonte: dcoração.com (2015)

48 47 Esse utilitário dispensa grandes dificuldades na sua execução, sendo preciso somente uma peça de roupa de malha usada e uma tesoura. Sua elaboração consiste em cortar a peça de vestuário em tiras para se obtiver os fios, e a partir daí são formados nós para que o vaso da planta fique bem preso (Figura 20). Por ser um produto de simples configuração e de grande utilidade, esse pode ser facilmente adotado pelos consumidores, esse é apenas um dos meios de se prolongar a vida útil do material de uma peça de vestuário através do upcycling. Figura 20. Confecção de um suporte para vasos de plantas Fonte: Madame Criativa (2013) Definimos essa ação como Design para Educação e Comunicação, pois se propõe a gerar informação e comunicação para as pessoas através de uma tag ou site da empresa da qual ela demonstre como ela pode ser transformadora do lixo que ela também produz através de alternativas simples. A empresa nessa perspectiva assume o papel de corresponsável com o descarte da peça de vestuário, orientando o cliente em como ele ainda pode aproveita-la. E gera mais valor ao produto adquirido, pois ele ganha mais um uso, além de ser vestimenta enquanto o cliente quiser usá-lo. Outra oportunidade de Design para Educação e Comunicação é o fato de que os consumidores estão cada vez mais engajados e atentos às questões socioambientais, por isso as mídias digitais podem ser ferramentas para a disseminação de conteúdos sobre responsabilidade social e ambiental ou ainda para afirmar as práticas responsáveis das empresas diante dos seus clientes. Entende-se

49 48 então que a divulgação desses conteúdos pode levar educação através da informação e também contribuir para um reforço positivo da imagem da empresa. Um exemplo disso é a Comas, marca brasileira de vestuários sustentáveis, a empresa faz uso de peças usadas do vestuário masculino para a produção de peças femininas (Figura 21). Figura 21. Exemplo de peça da marca Comas Fonte: Comas (2017) Em seu site comercial a Comas dedica um espaço para informar seus clientes e visitantes sobre a definição de upcycling, isso gera um alinhamento de informações entre a marca e os consumidores, pois ela consegue levar os mesmos a compreenderem o conceito que ela utiliza para a realização dos seus produtos, pois quando o consumidor tem o conhecimento sobre o assunto que embasa a marca, ele consegue compreender e perceber os valores que os produtos carregam. Diante de tudo que foi apresentado, é notável que as diretrizes de upcycling possam ser norteadas por diferentes áreas do design (Figura 22).

50 49 Figura 22. Diretrizes de upcycling Fonte: Própria (2017) Essas diretrizes foram geradas com base nesta empresa analisada, porém elas podem ser utilizadas por outras empresas e também sofrer adaptações de acordo com necessidades e características de determinada empresa.

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