Melhor Prática vencedora: Aspectos Ambientais (Capital) Cidade Limpa

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1 1 Melhor Prática vencedora: Aspectos Ambientais (Capital) Cidade Limpa DESTINOS: São Paulo / SP INSTITUIÇÃO PROMOTORA: Emurb - Empresa Municipal de Urbanização da Prefeitura de São Paulo (SP) RESPONSÁVEL: Regina Monteiro O projeto Cidade Limpa é uma estratégia de ordenação dos elementos que compõem a paisagem urbana da cidade de São Paulo. A implantação do projeto cidade limpa, provocou uma visível transformação nas ruas, avenidas, fachadas, espaços livres, praças, e a sensação de bem estar decorrente da ordenação da paisagem foi sentida por todos. A sua força inovadora decorre da originalidade de sua concepção e a necessidade de ordenar os elementos que compõem a paisagem urbana de maneira a melhorar a qualidade de vida da população paulistana. A paisagem poluída da cidade de São Paulo foi gerada em função da desordem dos elementos inseridos aleatoriamente no ambiente urbano, das dimensões exageradas das peças publicitárias e do excesso de mensagens e informações visuais que colocam em risco o objetivo da mensagem e contribuíram para o estresse. Este projeto demonstra o processo de transformação da paisagem em função da rigorosa aplicação da lei. A implantação desta política pública ocorreu em um tempo recorde de seis meses, o que causou uma forte repercussão não só dentro do país como também em várias outras cidades e países do mundo. A sua estratégia foi desenvolvida para a ordenação da paisagem urbana do município de São Paulo de maneira que a desordem dos elementos inseridos aleatoriamente no ambiente urbano fossem banidos do para dar espaço a um novo desenho de paisagem. A Lei /06 conhecida como Cidade Limpa enfrentou muitos desafios internos e externos desde a sua concepção, aprovação na Câmara Municipal de São Paulo, a aprovação, o convencimento da população de São Paulo quanto à sua aplicabilidade e a transformação da vontade política do Prefeito da cidade de São Paulo em ações eficazes para o cumprimento

2 2 das regras estabelecidas pela lei e a sua respectiva fiscalização. O conceito do projeto Cidade Limpa não se inspirou e não pode utilizar nenhum programa anteriormente proposto para cidades mundiais em função das peculiaridades próprias da cidade de São Paulo, como a extensão de seu território, de 1509 km 2, seus onze milhões de habitantes e suas características de metrópole mundial de país em desenvolvimento. O desafio de transformar a vontade da população em combater a poluição visual, recuperar o desenho das edificações escondido atrás das grandes peças de publicidade articulado com o desenho da cidade, e ordenar os elementos que compõem a paisagem urbana de maneira a melhorar a sua qualidade de vida em ação, resultou em um texto de lei aprovada com 57 artigos que proíbem a veiculação da mídia exterior nos lotes urbanos - em suas paredes, empenas cegas, coberturas dos edifícios, peças de front e back ligths e outdoors-, bem como a publicidade em veículos e tudo o que for visível de logradouro público. Desta maneira, a mídia exterior passa a ser veiculada apenas nos espaços públicos, de maneira ordenada no mobiliário urbano e regrada pelo poder público. Este é um desafio de mudança de paradigma que envolve todo o setor de publicidade e propaganda nacional e estrangeiro. A inovação da proposta com a proibição da propaganda e a diminuição nas dimensões dos anúncios indicativos de todos os estabelecimentos comerciais provocou também uma necessidade de diálogo, um canal de comunicação entre o poder público e os segmentos de negócios e comércio da cidade. O diálogo com a sociedade representada por Associações, Sindicatos, Fundações, Franchisings e outros, resultou num apoio importantíssimo para a adesão e a aprovação do projeto pela população paulistana. A repercussão mundial do impacto visual causado na paisagem da cidade em função da aplicação da citada lei, tem exigido da equipe responsável participações em congressos, concursos, eventos e prêmios como o prêmio Brit Insurance Design of the Year na categoria Graphics Design no Museu do Design de Londres em 2008 e a participação na Urban Best Practices Area na World Expo Shanghai Finalmente, o maior desafio do projeto Cidade Limpa foi a conquista do apoio e a aprovação da população. Constituem objetivos da ordenação da paisagem do Município de São Paulo, de acordo com a Lei Municipal nº /06, o atendimento ao interesse público em consonância com os direitos fundamentais da pessoa humana e as necessidades de conforto ambiental, com a melhoria da qualidade de vida urbana, assegurando, dentre outros, os seguintes: o bem-estar estético, cultural e ambiental da população; a segurança das edificações e da população; a valorização do ambiente natural e construído; a segurança; a fluidez e o conforto nos

3 3 deslocamentos de veículos e pedestres; a percepção e a compreensão dos elementos referenciais da paisagem; a preservação e a visualização das características peculiares dos logradouros e das fachadas; a preservação e a visualização dos elementos naturais tomados em seu conjunto e em suas peculiaridades ambientais nativas; o fácil e rápido acesso aos serviços de emergência, tais como bombeiros, ambulâncias e polícia; e o equilíbrio de interesses dos diversos agentes atuantes na cidade para a promoção da melhoria da paisagem do Município. A Lei também dispõe acerca das diretrizes a serem observadas na colocação dos elementos que compõem a paisagem urbana: o livre acesso de pessoas e bens à infraestrutura urbana; a priorização da sinalização de interesse público; o combate à poluição visual; bem como à degradação ambiental; a proteção; preservação e recuperação do patrimônio cultural, histórico, artístico, paisagístico, de consagração popular, bem como do meio ambiente natural ou construído da cidade; a compatibilização das modalidades de anúncios com os locais onde possam ser veiculados; a implantação de sistema de fiscalização efetivo, ágil, moderno, planejado e permanente. O artigo 5º da Lei Municipal nº /06 coloca que as estratégias para a implantação da política da paisagem urbana são as seguintes: a elaboração de normas e programas específicos para os distintos setores da Cidade, considerando a diversidade da paisagem nas várias regiões que a compõem; o disciplinamento dos elementos presentes nas áreas públicas, considerando as normas de ocupação das áreas privadas e a volumetria das edificações que, no conjunto, são formadoras da paisagem urbana; a criação de novos padrões, mais restritivos, de comunicação institucional, informativa ou indicativa, o estabelecimento de normas e diretrizes para a implantação dos elementos componentes da paisagem urbana e a correspondente veiculação de publicidade, a criação de mecanismos eficazes de fiscalização sobre as diversas intervenções na paisagem urbana. Com relação às diretrizes previstas, como a definição dos elementos que compõem a paisagem urbana; o combate à poluição visual e a degradação ambiental; as expectativas foram excedidas em virtude do curto espaço de tempo em que a política foi implantada. Os canais de comunicação criados entre o poder público e os segmentos de negócios e comércio da cidade e a sociedade civil, bem como a ação da Comissão de Proteção a Paisagem Urbana-CPPU, têm auxiliado no desenvolvimento de ações que visam o aumento dos resultados positivos do Projeto Cidade Limpa. Esses resultados positivos dizem respeito às seguintes diretrizes e estratégias previstas: o livre acesso de pessoas e bens à infraestrutura urbana; a priorização da sinalização de interesse público com vistas a não confundir

4 4 motoristas na condução de veículos e garantir a livre e segura locomoção de pedestres; a proteção, preservação e recuperação do patrimônio cultural, histórico, artístico, paisagístico, de consagração popular, bem como do meio ambiente natural ou construído da cidade; a compatibilização das modalidades de anúncios com os locais onde possam ser veiculados; a implantação de sistema de fiscalização efetivo, ágil, moderno, planejado e permanente; a elaboração de normas e programas específicos para os distintos setores da Cidade, considerando a diversidade da paisagem nas várias regiões que a compõem; o disciplinamento dos elementos presentes nas áreas públicas, considerando as normas de ocupação das áreas privadas e a volumetria das edificações que, no conjunto, são formadoras da paisagem urbana; a criação de novos padrões, mais restritivos, de comunicação institucional, informativa ou indicativa; a adoção de parâmetros de dimensões, posicionamento, quantidade e interferência mais adequados à sinalização de trânsito aos elementos construídos e à vegetação, considerando a capacidade de suporte da região; o estabelecimento de normas e diretrizes para a implantação dos elementos componentes da paisagem urbana e a correspondente veiculação de publicidade e a criação de mecanismos eficazes de fiscalização sobre as diversas intervenções na paisagem urbana. Contatos: RESPONSÁVEL: Regina Monteiro Diretora de Paisagem Urbana da Empresa Municipal de Urbanização da Prefeitura de São Paulo (SP) TELEFONES: (11) / 2622 ENDEREÇO ELETRÔNICO: rmonteiro@emurb.com.br SÍTIO ELETRÔNICO: Fotos: Av. Marginal Pinheiros - Antes e Depois

5 5 Escola Enio Voz Antes e Depois R. Vieira de Moraes Antes e Depois Av. Aratãs Moema Antes e depois

6 6 Stand do Projeto Cidade Limpa na World Expo Shanghai 2010 Ladeira Porto Geral Antes e Depois