como Indicador de Competitividade
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- João Henrique Fidalgo de Caminha
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1 Licenciatura em Gestão Aulas Práticas II PARTE A Taxa de Câmbio Real Organização e Condução da Política Económica como Indicador de Competitividade Curso de Política Económica e Actividade Empresarial Augusto Mateus (2011)
2 O OBJECTIVO COMPREENDER A UTILIZAÇÃO DA TAXA DE CÂMBIO REAL COMO INDICADOR DE COMPETITIVIDADE O estudo da taxa de câmbio real como indicador de competitividade será desenvolvido nas aulas práticas através da elaboração de um pequeno relatório (cálculos que permitem elaborar gráficos que ilustram a evolução da competitividade preço e custo de um determinado país em relação da alguns dos seus concorrentes e comentários explicativos e conclusivos sobre os resultados, apresentados num número limitado de slides num "power point"). O relatório visa permitir aos alunos construir e medir a evolução da competitividade de uma dada economia de forma compreensiva considerando o papel da evolução da taxa de câmbio nominal (apreciação vs depreciação) e da evolução dos custos suportados (conjugação do custo trabalho e da produtividade) e dos preços praticados (cada economia aproxima-se de modo diferente das situações-limite de poder impor preços - "price-maker" - ou de ter de aceitar preços - "price-taker").
3 A INFORMAÇÃO A UTILIZAR (I) O estudo será desenvolvido com base em cálculos regularmente publicados pela DG EcFin da Comissão Europeia, a partir da base de dados AMECO, relativos à Taxas de Câmbio Efectivas Nominais e Reais em termos anuais (por razões técnicas o período de referência para os cálculos toma o ano de 1999 como ano base, o que não significa que nesse anos se tenham, necessariamente, taxas de câmbio de equilíbrio). A Taxa de Câmbio Efectiva Nominal (TCEN) é calculada como uma média geométrica das taxas de câmbio bilaterais de cada país, em relação às moedas dos seus concorrentes, ponderada pelo peso relativo no comércio bilateral ("double export weights"), isto é, considerando o peso do concorrente na mercado doméstico de "transaccionáveis" (via importações) e o peso do mercado de cada concorrente no total das exportações de cada país considerado. A Taxa de Câmbio Efectiva Real (TCER) resulta da combinação da TCEN com deflatores (indíces de variação anual) de preços e custos para determinar um indicador de preço ou custo relativo para cada economia considerada no "espaço" de todas as economias consideradas.
4 A INFORMAÇÃO A UTILIZAR (II) As Taxas de Câmbio Efectivas Reais são calculadas a partir de 5 diferentes deflatores relativos a preços e custos - (1) Preços do PIB, (2) Preços do Consumo (IPC ou IHPC) e (3) Preços das exportações de bens e serviços, do lado dos preços e (4) Custos em Trabalho p/unidade Produzida (CTUP) para o conjunto da economia e (5) CTUP na Indústria Transformadora, do lado dos custos. Os cálculos da DG EcFin, com relatórios trimestrais, permitem uma análise alargada da competitividade preço e custo de uma dada economia (o título da publicação exprime essa realidade - "Price and cost competitiveness report") A informação de base, relativa a 36 países industrializados (os 27 da União Europeia (a Bélgica e o Luxemburgo são tomados em conjunto) e os Estados Unidos, o Canadá, o Japão, a Suíça, a Noruega, a Austrália, a Nova Zelândia, o México e a Turquia). Os dados mais recentes (20 Novembro de 2010) estão nas folhas TCEN-36 e TCER-36, respectivamente para as taxas nominais e reais.
5 ORIENTAÇÃO PARA O TRABALHO A DESENVOLVER (I) Cada aluno deve escolher pelo menos 3 países de entre os 36 (sendo pelo menos dois da zona euro); Para cada país deve ser organizada a informação ou calculados os indicadores que permitam: Apresentar a evolução da TCEN para os 15 anos terminados em 2009, tomando como ano base o ano de 1999; Apresentar a evolução de 4 TCER, para o mesmo período e com o mesmo ano base, com base nos deflatores do PIB e dos CTUP da economia, por um lado, e com base nos deflatores dos preços de exportação e dos CTUP da indústria transformadora, por outro lado. Esta separação visa permitir uma análise quer do conjunto da economia (primeiro par), quer do "sector transaccionável", mais exposto à concorrência internacional (segundo par); Apresentar a evolução de um indicador capaz de aproximar a rendibilidade do "sector transaccionável" construido a partir da comparação da evolução dos custos (CTUP) e dos preços adequados (mesmo ano base);
6 ORIENTAÇÃO DOS TRABALHO DA DESENVOLVER (II) Com base na informação e nos cálculos indicados, o aluno deve proceder de seguida à sua representação gráfica da forma que entender mais adequada (no final apresentam-se alguns gráficos que constituem "fonte de inspiração" suficiente); Realizados os gráficos que sistematizam informação e resultados, cada aluno deve proceder à respectiva interpretação. Duas notas são especialmente úteis para a interpretação dos resultados: Uma depreciação - valor inferior a (apreciação - valor superior a 100) da taxa de câmbio real evidencia um ganho (perda) de competitividade da economia em causa; O factor principal na evolução da TCER pode ser a TCEN ou o CTUP ou deflator de preços considerado (as duas variáveis ter evoluções convergentes ou divergentes), pelo que importa saber decompor a evolução da TCER em evolução da TCEN e do CTUP ou deflator em causa (ex: CTUP = (TCER / TCEN) * 100);
7 ORIENTAÇÃO DOS TRABALHO DA DESENVOLVER (III) Concluída a interpretação dos resultados convirá sistematizar as conclusões, que podem ser mais afirmativas ou mais interrogativas, mas que devem: Permitir uma hierarquização dos desempenhos competitivos dos países estudados (do melhor ao pior); Permitir uma identificação clara do principal factor em acção nesse desempenho; Permitir uma comparação do desempenho do "sector transaccionável" e do conjunto da economia e uma identificação dos factores que podem explicar eventuais divergências nesses dois desempenhos; Permitir uma explicação para a existência de TCEN com evoluções diferentes para economias com a mesma moeda (euro); Permitir um análise do comportamento do "transaccionável", seja em termos de evolução de rendibilidade, seja em termos de maior capacidade de ajustamento competitivo pelos CTUP ou pelos preços de exportação.
8 EVOLUÇÃO DA TAXA DE CÂMBIO REAL ( ) CTUP Sectores Concorrenciados (referencial UE-15, 1999=100)
9 EVOLUÇÃO DA TAXA DE CÂMBIO REAL ( ) Deflator Preços de Exportação (referencial UE-15, 1999=100)
10 RENDIBILIDADE DO SECTOR EXPORTADOR ( ) PREÇOS VS. CUSTOS (referencial UE-15, 1999=100)
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