EDUCAÇÃO INFANTIL. * Título de um livro de Madalena Freire
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- Sarah Sampaio Schmidt
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1 EDUCAÇÃO INFANTIL * Título de um livro de Madalena Freire
2 DE QUE EDUCAÇÃO FALAMOS? Educação bancária x Educação progressista, construtivista O ato de educar éum constante processo de libertaçãoda humanidade. O humano e o mundo não estão isolados um do outro, mas em relação(freire 1994).
3 A educação progressista pretende formar o homem para o trabalho. Se o trabalho fosse integrado à escola, também seria possível superar a dicotomia entre cultura erudita e cultura popular. A teoria progressiva parte do pressuposto que não existe educação neutra. Não estarmos atentos a esse fato pode nos levar a sucumbir àideologia. Construtivismo traz a idéia de que nada, a rigor, está pronto, acabado, e de que, especificamente, o conhecimento não é dado, em nenhuma instância, como algo terminado. Ele se constitui pela interação do indivíduo com o meio físico e social, com o simbolismo humano, com o mundo das relações sociais; e se constitui por força de sua ação e não por qualquer dotação prévia, na bagagem hereditária ou no meio, de tal modo que podemos afirmar que antes da ação não há psiquismo nem consciência e, muito menos, pensamento."
4 A humanização é a vocação do ser (Freire: 1988). Há uma profunda crença nos seres humanos, em suas possibilidades. A educação é um ato de (inter) comunicação e comunhão, em que educadores e educandos convivem, e sentem-se atuantes no processo. (Freire: 1988, p.64). A educação e o conhecimento são processos de busca, em que a criatividade, a transformação e o saber, em que se inventa e reinventa estão presentes. Essa educação é um ato de problematização dos seres sobre o mundo, é práxis que implica a ação e a reflexão dos homens sobre o mundo para transformálo (Freire: 1988, p.67). Dessa forma, os envolvidos comprometem-se com a mudança. Nessa concepção a escola é um local de apreensão crítica do conhecimento significativo através do dialogo. A escola deve estimular o aluno a perguntar, a criticar, a criar, onde se propõe a construção do conhecimento coletivo, articulando o saber popular e o saber crítico, científico, mediados pelas experiências no mundo (Freire 2000b, p.83).
5 A educação infantil é um espaço onde há mais que brincadeira e cuidado. Élocal de criança enquanto cidadã (Kramer 1994), sujeito social e histórico, criador de cultura. Esta concepção de infância implica uma escola infantil que possibilite local de criação e apropriação do conhecimento. Na educação infantil a criança tem lugar para dar expressão ao seu modo de ser. Não é uma pré-escola, lugar para um dia ser! Na infância, a cidadania precisa ser uma realidade. (Arroyo 1994, p.21) Isso implica a organização de um projeto educativo em que a criança possa viver plenamente sua infância, em que tudo o que vivenciar, aprender, seja para seu presente, seja importante para ela enquanto criança e não sópara o amanhã (Freire,1989, p.50).
6 Deve-se situar a criança no seu contexto social, ambiental, cultural, no contexto das interações que estabelece com os adultos, crianças, espaços, coisas e seres àsua volta, modo integrado. As crianças precisam crescer no exercício desta capacidade de pensar, de indagar-se e de indagar, de duvidar, de experimentar hipóteses de ação, de programar e de não apenas seguir os programas a elas, mais do que propostos, impostos. As crianças precisam de ter asseguradoo direito de aprender a decidir, o que se faz decidindo (Freire: 2000a, p ). A escola infantil éum espaço em que a criança começa aprender que conhecer éum processo prazeroso, que envolve a criatividade a espontaneidade. E a vida cotidiana tem espaço na escola como elemento que guiaráo processo de conhecimento. O importante éque a criança perceba que o ato de estudar édifícil, éexigente, mas égostoso desde o começo (Freire: 2000b, p.95).
7 A escola necessita propiciar desde cedo a criança aprender a não separar o cognitivo do afetivo, concebendo estas duas dimensões como uma unidade dialética. Assim a criança vai tendo a compreensão desde o início da sua escolaridade que aprender é bonito pela própria dificuldade que apresenta, pelo trabalho que demanda. Tem que se aprender a viver a tensão entre o prazer e a disciplina no ato de educar, sem que a disciplina de modo algum martirize, sem que o conhecer de modo algum se torne desprazeroso, mas nem por isso simplificado, nem por isso lhe seja negado o direito de aprender.
8 Logo, não cabe aqui a mecanização, automação! Ousemos querer de nossas crianças muito mais do que decifrar e desenhar letras! Isso tem muito mais a ver com o Ego dos pais!!!
9 Ao nascer 01 mês 02 meses 06 meses 15 meses 24 meses
10 As estratégias pedagógicas utilizadas pelo educador no processo ensino-aprendizagem são estímulos que levam à reorganização do sistema nervoso em desenvolvimento, o que produz as mudanças comportamentais. O educador está cotidianamente atuando nas transformações neurobiológicas cerebrais que levam à aprendizagem. Desde o começo do século XX, convencionou-se que os alunos devem aprender a ler e a escrever a partir dos sete anos. Nessa fase, o cérebro da criança já desenvolveu habilidades como o poder de concentração e a coordenação visual e motora, a percepção auditiva, a aquisição das noções de espaço e tempo, a capacidade de simbolização entre outras. Está preparado, portanto, para absorver uma carga maior de ensinamento dentro da sala de aula.
11 Segundo os especialistas, existe uma hora propícia para a criança desenvolver cada habilidade. Esses períodos foram batizados de janelas de oportunidades. Na área da alfabetização, os pesquisadores ainda não chegaram a um acordo. Mas, estudos no âmbito da neurociência demonstram que por volta dos 6 anos de idade as crianças possuem todo o equipamento neurológico adequado para aprender a ler e escrever. Esses dados são corroborados pela evidência inversa: quanto mais tarde o aluno se alfabetiza, pior é a qualidade de sua alfabetização. (João Batista Araujo e Oliveira, especialista em alfabetização e autor do livro Reforma na Educação, Editora Instituto Alfa e Beto).
12 REFERENCIAL CURRICULAR NACIONAL PARA A EDUCAÇÃO INFANTIL - MEC
13 Ampliar as possibilidades expressivas do próprio movimento, utilizando gestos diversos e o ritmo corporal nas suas brincadeiras, danças, jogos e demais situações de interação; Explorar diferentes qualidades e dinâmicas do movimento, como força, velocidade, resistência e flexibilidade, conhecendo gradativamente os limites e as potencialidades de seu corpo; Controlar gradualmente o próprio movimento, aperfeiçoando seus recursos de deslocamento e ajustando seus habilidades motoras para utilização em jogos, brincadeiras, danças e demais situações; Utilizar os movimentos de preensão, encaixe, lançamento etc., para ampliar suas possibilidades de manuseio dos diferentes materiais e objetos; Apropriar-se progressivamente da imagem global de seu corpo, conhecendo e identificando seus segmentos e elementos e desenvolvendo cada vez mais uma atitude de interesse e cuidado com o próprio corpo.
14 Explorar e identificar elementos da música para se expressar, interagir com os outros e ampliar seu conhecimento do mundo; Perceber e expressar sensações, sentimentos e pensamentos, por meio de improvisações, composições e interpretações musicais.
15 Interessar-se pelas próprias produções, pelas de outras crianças e pelas diversas obras artísticas (regionais, nacionais ou internacionais) com as quais entrem em contato, ampliando seu conhecimento do mundo e da cultura; Produzir trabalhos de arte, utilizando a linguagem do desenho, da pintura, da modelagem, da colagem, da construção, desenvolvendo o gosto, o cuidado e o respeito pelo processo de produção e criação.
16 Ampliar gradativamente suas possibilidades de comunicação e expressão, interessando-se por conhecer vários gêneros orais e escritos e participando de diversas situações de intercâmbio social nas quais possa contar suas vivências, ouvir as de outras pessoas, elaborar e responder perguntas; Familiarizar-se com a escrita por meio do manuseio de livros, revistas e outros portadores de texto e da vivência de diversas situações nas quais seu uso se faça necessário; Escutar textos lidos, apreciando a leitura feita pelo professor; Interessar-se por escrever palavras e textos ainda que não de forma convencional; Reconhecer seu nome escrito, sabendo identificá-lo nas diversas situações do cotidiano; Escolher os livros para ler e apreciar.
17 Interessar-se e demonstrar curiosidade pelo mundo social e natural, formulando perguntas, imaginando soluções para compreendê-lo, manifestando opiniões próprias sobre os acontecimentos, buscando informações e confrontando idéias; Estabelecer algumas relações entre o modo de vida característico de seu grupo social e de outros grupos; Estabelecer algumas relações entre o meio ambiente e as formas de vida que ali se estabelecem, valorizando sua importância para a preservação das espécies e para a qualidade da vida humana.
18 Reconhecer e valorizar os números, as operações numéricas, as contagens orais e as noções espaciais como ferramentas necessárias no seu cotidiano; Comunicar idéias matemáticas, hipóteses, processos utilizados e resultados encontrados em situações-problema relativas a quantidades, espaço físico e medida, utilizando a linguagem oral e a linguagem matemática; Ter confiança em suas próprias estratégias e na sua capacidade para lidar com situações matemáticas novas, utilizando seus conhecimentos prévios.
19 Estimulação familiar (desenhar, contar história, conversar, ouvir músicas, rimas, brincadeiras diversas, passeios diversos, produções de arte individuais e grupais presentear, expor) Presença da família na vida escolar da criança União e respeito entre escola e família (ambos tem autoridade e competência e a criança precisa perceber a cumplicidade entre elas) Autonomia da criança Limites/disciplina Questões gestacionais Auto-conhecimento dos pais Questões familiares
20 Transtornos da aprendizagem, transtornos das habilidades motoras e transtornos da comunicação (linguagem) Transtorno do déficit de atenção-hiperatividade Transtornos de Conduta Transtornos Depressivos na Infância Transtornos Globais do Desenvolvimento (Autismo Infantil) Transtornos de Tique Transtornos da Excreção Transtornos de Ansiedade na Infância Transtorno da Ansiedade de Separação Fobias específicas e Fobia social
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24 BIBLIOGRAFIA 1. ABRAMOVAY, Mirian e KRAMER, Sonia. O rei estánu : Um debate sobre as funções da pré-escola. Caderno Cedes, n 9, Centro de Estudos e Educação e Sociedade. Educação pré-escolar. Desafios e Alternativos. Papiros, ARROYO, Miguel Gonsales. O significado da infância. In: Revista do professor educação infantil. São Paulo, FREIRE, Paulo e FAUNDEZ, Antonio. Por uma pedagogia da pergunta.3a ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, FREIRE, Paulo. Pedagogia do oprimido.18ªed. São Paulo: Paz e Terra, Professora sim, tia não cartas a quem ousa ensinar. 4a.ed. São Paulo/SP: Olho D Água, Pedagogia da autonomia: Saberes necessários a prática educativa. 12ªed. São Paulo: Paz e Terra, Pedagogia da indignação Cartas pedagógicas e outros escritos. São Paulo: Editora UNESP, 2000a. 8.. A educação na cidade. São Paulo, Cortez, 2000b. 9. FREIRE, Madalena. A paixão de conhecer o mundo.7ªed. São Paulo: Paz e Terra, 1989.
25 10. KRAMER, Sônia. Currículo de Educação Infantil e a Formação dos Profissionais de Creches e Pré-escolas: questões teóricas e polêmicas. In: Por uma política de formação do profissional de Educação Infantil. MEC/SEF/COEDI. Brasília DF VIEIRA PINTO, Álvaro. Sete lições sobre educação de adultos. 5ª ed. São Paulo: Cortez, CORTELINI, Caroline Machado; GRABAUSKA, Claiton José; SCHAPPO, Andréia Alves; VIEIRA3, Marines dos Anjos; WENDLING1, Cléria Maria; TAUCHEN1, Gionara: Pedagogia Freireana Revendo Alternativas Para A Educação Infantil ( 13. BRASIL. MEC Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil, REVISTA VIVER MENTE & CÉREBRO Edição Especial: Como o Cérebro Aprende Editora Duetto, nº PAPALIA, OLDS E FELDMAN Desenvolvimento Humano 8ªed. SP: Artmed, LENT, R. Cem Bilhões de Neurônios Ateneu, BRAZELTON E SPARROW 3 a 6 anos Momentos Decisivos do Desenvolvimento Infantil SP: Artmed, 2003
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