Adaptação às Alterações Climáticas em Portugal: Estratégias e Perspetivas
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- Samuel da Mota Lopes
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1 Adaptação às Alterações Climáticas em Portugal: Estratégias e Perspetivas Carlos Borrego Myriam Lopes e Sandra Rafael Seminário ADAPTAÇÃO ÀS ALTERAÇÕES CLIMÁTICAS LIPOR, 28 Setembro 2015 Instituto do Ambiente e Desenvolvimento
2 Alterações Climáticas A evidência científica é fundamental para a decisão política. Nas últimas duas décadas o IPCC tem tido um papel determinante para consolidar o conhecimento científico.
3 Alterações Climáticas estratégias Alterações Climáticas Causas das AC Impactes das AC Mitigação Respostas às AC Adaptação
4 Política Portuguesa Portugal assinou e ratificou a UNFCCC e o PQ (1998 e 2005) Meta portuguesa: aumentar em 27% ( Gg CO 2e ) as suas emissões de GEE até , relativamente a % ,3%
5 Política Portuguesa Mitigação Cumprir Quioto: Programa Nacional para as Alterações Climáticas (PNAC) - congrega um conjunto de políticas e medidas de aplicação sectorial através das quais se visa o cumprimento do Protocolo de Quioto ( Plano Nacional de Atribuição de Licenças de Emissão para o período (PNALE II) - define as condições a que ficam sujeitas as instalações abrangidas pelo Comércio Europeu de Licenças de Emissão de gases com efeito de estufa (CELE); Fundo Português de Carbono - é o instrumento financeiro do Estado para o investimento em carbono e, assim, contribuir para o cumprimento de Quioto.
6 Política Portuguesa Mitigação período pós 2012, o Conselho de Ministros determinou a realização dos seguintes instrumentos de política: Roteiro Nacional de Baixo Carbono (RNBC) - estabelece as políticas a prosseguir e as metas nacionais a alcançar em termos de emissões de gases com efeito de estufa. O RNBC é baseado em cenários prospetivos de emissões de gases com efeito de estufa para 2030 e Programa Nacional para as Alterações Climáticas para o período (PNAC 2020) - estabelece políticas, medidas e instrumentos com o objetivo de dar resposta à limitação de emissões de gases com efeito de estufa para os sectores não cobertos pelo Comércio Europeu de Licenças de Emissão, prevendo as responsabilidades sectoriais, o financiamento e os mecanismos de monitorização e controlo. Planos Sectoriais de Baixo Carbono - a realizar por cada um dos Ministérios para as áreas da sua competência.
7 Política Portuguesa Mitigação Políticas e medidas implementadas: Comércio Europeu de Licenças de Emissão (CELE); Regulação sobre emissões e consumos energéticos de certos equipamentos; Acordos voluntários; Taxas sobre energia, carbono e emissões ; Instrumentos financeiros para desenvolvimento e implementação de tecnologias eficientes e energias renováveis; Investimentos em I&D.
8 No entanto, ainda que as políticas e esforços destinados a reduzir as emissões se venham a revelar eficazes, algumas alterações climáticas são inevitáveis, pelo que se tornam necessárias estratégias e medidas de adaptação ao seu impacto.
9 Política Portuguesa
10 Política Portuguesa ENAAC Estratégia Nacional de Adaptação às AC (dá continuidade à ENAAC , RCM 24/2010, 1 de abril) Objetivos: I. Melhorar o nível de conhecimento sobre as alterações climáticas - promover o conhecimento sobre as alterações climáticas e avaliar os seus potenciais riscos, impactes e consequências, incluindo os relacionados com eventos meteorológicos extremos. II. Implementar medidas de adaptação - priorizar a implementação de medidas de adaptação que moderem futuros impactes negativos e/ou ajudem a aproveitar oportunidades. Abrange o financiamento das medidas, a capacitação dos atores e monitorização das ações. III. Promover a integração da adaptação em políticas sectoriais - monitorizar a componente da adaptação às alterações climáticas ( mainstreaming ) nas políticas públicas e sectoriais relevantes, incluindo as políticas de ordenamento do território e desenvolvimento urbano sustentável e os seus instrumentos de planeamento e gestão territorial.
11 Política Portuguesa ENAAC Estratégia Nacional de Adaptação às AC Áreas Temáticas e Setores Prioritários Áreas Temáticas
12 Cidades o grande desafio A luta contra as alterações climáticas será ganha ou perdida nas áreas urbanas. Isto era antes do automóvel A vasta maioria da população europeia vive e trabalha nas cidades, consumindo um valor estimado de 80% da energia utilizada na UE. As administrações locais, sendo as entidades mais próximas das populações, são as mais indicadas para abordar as matérias climáticas de forma global...
13 Cidades aumento da resiliência ilha de calor arrefecer a cidade
14 Medidas de adaptação estratégias Infraestruturas cinzentas - Intervenções físicas ou de engenharia - Têm como objetivo o controlo da ameaça ou a prevenção dos seus efeitos Infraestruturas verdes e azuis (nature based solutions) - Aumento da resiliência utilizando as funções e serviços dos ecossistemas - Melhor custo-eficácia que as infraestruturas cinzentas Opções não estruturais - Desenho e implementação de políticas, estratégias e processos (ex: integração da adaptação no planeamento territorial urbano)
15 Medidas de adaptação estratégias Tema Medidas gerais de ordenamento do território Aumentar, melhorar e diversificar os espaços verdes Medida Introduzir critérios climáticos e energéticos no ordenamento do território Reservar áreas da cidade para utilização por transportes públicos, peões e ciclistas Criar vias cicláveis na cidade Reduzir o acesso de automóveis particulares a áreas específicas da cidade Promover a utilização de transportes públicos Aumentar o número e a área de espaços verdes Promover a criação de infraestruturas verdes (telhados e paredes verdes) Aumentar número de árvores nas ruas da cidade, adequadamente escolhidas
16 Nível local exemplo 1 Arrefecer a cidade expansão do parque da cidade Objetivo Quantificar o efeito do aumento da área de um Parque de Cidade na redução do efeito da ilha de calor urbana.
17 Nível local exemplo 1 Expansão do Parque de Cidade de uma área de 68,4 ha para 123 ha, através da conversão de parcelas de terreno adjacentes (áreas industriais e comerciais, áreas seminaturais e sem uso). Simulação numérica Período de estudo: 31 julho e 1 agosto 2003 (onda de calor)
18 Nível local exemplo 1 Arrefecer a cidade expansão do parque da cidade Diminuição máxima de temperatura de -2,3º C. Temperaturas mais baixas durante todo o período de estudo para o cenário de expansão do parque. Aumento da velocidade média do vento de 0,5 m.s -1, maioritariamente devido ao aumento das velocidades mais baixas.
19 Nível local exemplo 2 Aumentar o conforto humano na avenida - plantação de árvores as opções central traffic lane square Rambla
20 Nível local exemplo 2 Aumentar o conforto qualidade do ar plano vertical Conc. PM10 µg.m -3 plano horizontal A acumulação de PM10 no lado N da Avenida resulta da recirculação do escoamento entre edifícios
21 Nível local exemplo 2 Aumentar o conforto humano na avenida - plantação de árvores resultados da modelação Vel. vento (m.s -1 ) cenário base (sem árvores) central traffic lane square rambla
22 Nível local exemplo 2 Aumentar o conforto humano na avenida - plantação de árvores resultados da modelação Vel. vento (m.s -1 ) cenário base (sem árvores) central traffic lane Redução significativa da velocidade do vento obtida com a plantação de árvores, especialmente para a tipologia central traffic line
23 As alterações climáticas são uma inquietante ameaça à espécie humana, mas representam também uma oportunidade de repensar as nossas opções e hábitos de vida! Tendência não é destino está nas nossas mãos fazer melhor! A. Einstein
24 Instituto do Ambiente e Desenvolvimento Obrigado! Carlos Borrego /08/2003 Aveiro :: cidade & universidade
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