ENTENDENDO OS REQUISITOS DE VERIFICAÇÃO DE INVENTÁRIOS DE GASES DE EFEITO ESTUFA
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- Jessica Ribeiro Fartaria
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1 ENTENDENDO OS REQUISITOS DE VERIFICAÇÃO DE INVENTÁRIOS DE GASES DE EFEITO ESTUFA UMA DISCUSSÃO SOBRE A ESTRUTURA DA NORMA ISO E SUA APLICAÇÃO GLOBAL PARA INVENTÁRIOS E PROJETOS DE GEE Agosto de 2011 AUTORES Fabian Peres Gonçalves Gerente de Negócios da SGS ICS, Programa Brasileiro de Mudança Climática Stephen Pao Gerente Global de Desenvolvimento de Negócios de Sustentabilidade da SGS
2 RESUMO Este documento dá uma introdução aos requisitos da especificação de Inventários de Gases de Efeito Estufa. Não se pretende ser uma explicação completa das normas de validação e verificação, requisitos relacionados, ou regulamentações de implementação. Ao invés disso, busca promover a compreensão da norma e permitir às organizações estabelecer o sistema, processos e projetos, necessários para quantificar e gerenciar gases de efeito estufa. CONTEÚDO I. Sumário Executivo 1 II. Inventário de Gases de Efeito Estufa 3 III. Inventário de Gases de Efeito Estufa Normas 5 IV. Solução Global para Inventários de Gases de Efeito Estufa 8 V. Verificação de GEE e Gestão de Energia 9 VI. Conclusão 9 I. SUMÁRIO EXECUTIVO O aquecimento global está se tornando cada vez mais aparente. Nos últimos dez anos, de 2001 à 2010, as temperaturas globais subiram 0.46 C em relação à média entre 1961 e Este aumento está 0.03 C acima da média entre 2000 e 2009, é o valor mais alto já registrado para um período de 10 anos, de acordo com a Organização Mundial de Meteorologia, que é a voz de autoridade do Sistema das Nações Unidas sobre Tempo, Clima e Água. Os dados de 2010 confirmam a tendência de aquecimento significativo da Terra em longo prazo, reiterou o Secretário-Geral do WMO Michel Jarraud, Os dez anos mais quentes já registrados ocorreram a partir de A Norma ISO 14064:2006 e o Protocolo de Gases de Efeito Estufa (GEE) foram lançados como solução para a falta de clareza e consistência em uma variedade de abordagens por governos e organizações para prestar contas a respeito das emissões e remoções de GEE. A Organização Internacional de Normalização (ISO) é uma organização global com sede em Genebra, na Suíça, com 163 países-membros e Normas ISO atualmente que proporcionam benefícios tecnológicos, econômicos e sociais. O Dr. Chan Kook Weng, do grupo de trabalho da ISO que desenvolveu a norma ISO 14064, explica, a meta da ISO é fornecer um conjunto de requisitos não-ambíguos e verificáveis ou especificações para organizações de apoio e proponentes de projetos de redução de emissões de GEE. A ISO proporcionará clareza e consistência entre aqueles que relatam as emissões de GEE e as partes interessadas. A ISO 14064:2006 é dividida em três partes: ISO Especificação com orientações em grau organizacional para quantificação e reporte das emissões e remoções de GEE. ISO Especificação com orientações em grau de projetos para quantificação, monitoramento e relatório de reduções da emissões de GEE e aumento de remoções. ISO Especificação com orientações para validação e verificação de declarações de GEE que buscam verificar os inventários desenvolvidos pela ISO e validar e confirmar projetos desenvolvidos pela ISO
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4 II. INVENTÁRIO DE GASES DE EFEITO ESTUFA O QUE SÃO GASES DE EFEITO ESTUFA? Uma variedade de componentes químicos que agem como gases de efeito estufa podem ser encontrados na atmosfera do planeta. Estes gases permitem que a luz do sol entre livremente na atmosfera e então bloqueiem a radiação infravermelha (calor) que reflete de volta da superfície da Terra. Os gases de efeito estufa (algumas vezes abreviados por GEE) que são mais abundantes na atmosfera do planeta incluem: vapor d água, dióxido de carbono, metano, óxido nítrico e ozônio. Enquanto alguns GEE são decorrentes de processos naturais, outros são cada vez mais resultantes diretos das atividades humanas. Estes incluem principalmente: Dióxido de Carbono (CO ² ) o dióxido de carbono é responsável por mais de 60% dos efeitos intensificados de efeito estufa e entra na atmosfera devido à queima de combustíveis fósseis (petróleo, gás natural e carvão), resíduos sólidos, árvores e produtos madeireiros, bem como resultado de outras reações químicas (por exemplo: fabricação de cimento). Estima-se um aumento na atmosfera relativo ao nível de dióxido de carbono da ordem de mais de dez por cento a cada vinte anos. Se continuada, a concentração dióxido de carbono poderá aumentar até o dobro, ou o triplo, dos níveis préindustriais no século XXI. Metano (CH4): O metano ainda chama pouca atenção nas percepções públicas de GEE, uma vez que manchetes se concentram nas emissões de CO ². No entanto, o metano é responsável por um quinto do aumento dos efeitos estufa e está na categoria 23 em potencial de aquecimento global (GWP). Isto significa que o metano possui 23 vezes o efeito que CO ² tem em capturar o calor na atmosfera; logo, uma tonelada de metano na atmosfera equivale a 23 toneladas de CO ². O metano possui um papel crucial no aquecimento global e ainda há muitas incógnitas científicas sobre esse gás. Óxido Nítrico (N ² O): Os níveis de óxido nítrico estão aumentando numa taxa de 0.2 a 0.3% ao ano, com um aumento geral de dezessete por cento nas taxas atmosféricas desde A liberação natural de óxido nítrico dos oceanos do mundo corresponde à maioria das emissões, enquanto os efeitos humanos incluem: conversão do uso de terras, queima de combustíveis fósseis, queima de biomassa e fertilização do solo. Óxido nítrico tem categoria 310 em GWP e suas emissões são difíceis de mensurar com precisão, o que significa que pesquisas extensas ainda precisam ser feitas para este GEE. Hidrofluorcarbonetos (HFCs), Perfluorcarbonetos (PFCs) e Hexafluoreto Sulfúrico (SF 6): estes são poderosos gases de efeito estufa que são resultantes de uma variedade de processos industriais. Gases fluoretados são usados às vezes para substâncias redutoras da camada de ozônio (isto é: CFCs, HCFCs, e halogênicos). Estes gases são tipicamente liberados na atmosfera em quantidades menores; no entanto, eles são gases de efeito estufa potentes. Por exemplo, o índice de GWP de alguns deles pode ser tão alto quanto 920. Além de ter um GWP alto, eles também possuem vida atmosférica extremamente longa, resultando num acúmulo essencialmente irreversível na atmosfera Terrestre. COMO FUNCIONAM OS INVENTÁRIOS DE GASES DE EFEITO ESTUFA? Inventários de efeito estufa são inventários de emissões das quantidades de GEE liberados na atmosfera ou retirados dela. Eles incluem também quaisquer informações de histórico sobre as atividades diretamente atribuídas às alterações dos níveis de GEE. Os inventários se concentram nas emissões de GEE naturais e naquelas geradas por seres humanos (antropogênicas) e incluem não apenas emissões de categorias-fonte, mas também por sumidouros de carbono (também chamadas de sequestro de carbono). Os índices de potencial do aquecimento global, ou GWP, serão caracterizados nos inventários e usados para combinar as emissões de vários GEE em um único valor de peso das emissões. Governos, criadores de políticas, empresas, o público e grupos com interesses especiais fazem uso de inventários de GEE para entender as emissões-fonte, rastrear tendências e desenvolver estratégias para políticas de redução de GEE. Organismos regulatórios e as maiores corporações contam com os inventários para rastrear registros de conformidade e manter taxas admissíveis de emissão. O Painel Intergovernamental sobre Mudança Climática (IPCC) publica metodologias internacionalmente aceitas para inventários que servem como base para todos os inventários de GEE, assegurando que eles são comparáveis e compreensíveis. O Painel Intergovernamental sobre Mudança Climática (IPCC) lidera um organismo internacional com a tarefa de produzir inventários para a avaliação de mudanças climáticas. O IPCC foi estabelecido pelo Programa Ambiental das Nações Unidas (PANU) e a Organização Meteorológica Mundial (WMO), e é endossado pela Assembléia Geral das Nações Unidas. Ele é um organismo científico com um mandato para proporcionar ao mundo uma visão científica clara sobre o estado atual de conhecimento sobre mudanças climáticas e seus impactos ambientais e sócio-econômicos em potencial. Exemplos-chave de inventários de GEE incluem: Todos os países do Anexo I do Protocolo de Kyoto devem produzir um relatório anual sobre as emissões e sumidouros de GEE (de acordo com a Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança Climática). Exige-se que governos nacionais, pelo UNFCCC, ou Protocolo de Kyoto, devam submeter inventários anuais de todas as emissões de GEE geradas 3
5 por fatores humanos das fontes e remoções de poços. Para inventários nacionais, o Protocolo de Kyoto inclui requisitos adicionais: um inventário de reporte e uma análise anual de inventários para a determinação da conformidade com os Artigos 5 e 8 do Protocolo. O Mecanismo de Desenvolvimento Limpo do Protocolo de Kyoto possui desenvolvedores de projeto que preparam inventários, como parte das linhas de base de seus projetos. Inventários de gases de efeito estufa preparados por corporações e outras entidades para rastrear o progresso em direção ao atendimento das metas de redução de emissões. Projetos científicos (por exemplo, Projeto Vulcan um inventário abrangente Norte-Americano de emissões de gases de efeito estufa oriundo da queima de combustíveis fósseis) que investigam a troca de carbono líquido total. QUAL É O FUTURO DOS NÍVEIS DE EMISSÃO DE GASES DE EFEITO ESTUFA? O futuro dos níveis de emissão de GEE é incerto e há mais de quarenta cenários globais futuros existentes, projetando tanto o aumento quanto a queda dos GEE. Contudo, no geral, Moira et al, em seu documento de 2001, que analisa a literatura sobre GEE, entitulado Cenários e Implicações da Mitigação das Emissões de Gases de Efeito Estufa, apresentou que a intervenção governamental é a chave para os níveis de GEE. É provável que níveis baixos de intervenção governamental conduzam a níveis crescentes de GEE, enquanto níveis mais altos de intervenção governamental provavelmente garantirão a queda dos níveis de GEE. Muitos outros fatores afetam as estimativas das emissões futuras com um progresso no desenvolvimento sócioeconômico em países em desenvolvimento que são de suma importância. Países em desenvolvimento ainda respondem por níveis relativamente baixos de emissões, ao contrário dos níveis de emissões combinadas dos EUA e UE que contribuem com mais de 50% de todas as emissões de GEE em todo o mundo. Fatores tecnológicos, disponibilidade de recursos de combustíveis fósseis, crescimento populacional, mudanças no uso de terras e as alterações globais no uso de energia (por exemplo: práticas de deslocamento, habitação, uso de eletricidade e reciclagem) terão um impacto significativo sobre os níveis de emissões de GEE. Dos seis cenários elaborados do IPCC SRES, os modelos sugerem que, até 2100, o aumento da concentração de CO ² na atmosfera poderá variar entre 90 e 250% em comparação com o ano de A pergunta que também foi feita é o que constitui um nível seguro para a concentração de GEE na atmosfera pela Comissão Regulamentar Nuclear (NRC). Todavia, esta pergunta é difícil de responder com precisão, uma vez que ela conta com julgamentos de valor do que seria risco aceitável para o bem-estar humano. O que não está em questão, no entanto, é a visão científica atual, defendida pela NRC e demais institutos, de que são as atividades humanas as maiores responsáveis pelo aumento observado da temperatura média global ( aquecimento global ) desde meados do século XX, juntamente com a visão comumente defendida de que se espera que o aquecimento antropogênico (provocados pela atividade humana) do clima continue a aumentar ao longo e após o século XXI. 4
6 III. INVENTÁRIO DE GASES DE EFEITO ESTUFA NORMAS A NORMA ISO 14064: BUSCA A norma ISO é uma das mais novas da família ISO de normas internacionais e se concentra na gestão ambiental. A ISO é dividida em três partes individuais que agem como normas únicas ou podem ser combinadas para atender requisitos específicos de contabilização e verificação de GEE. A norma ISO fornece uma estrutura de princípios e abordagens normalizadas para o preparo e produção de inventários de GEE. Isto dá a governos e indústria um conjunto integrado de ferramentas contáveis e verificáveis de boas práticas na quantificação e reportagem das emissões e de suas reduções. A norma também facilita o desenvolvimento e implementação de projetos de GEE, por meio da disponibilização de informações pertinentes de requisitos voluntários ou obrigatórios de projetos de GEE à empresas. O propósito geral é aumentar a consistência e transparência da contabilização e reportagem de GEE por meio do auxílio a programas de apoio concentrados na redução das emissões de gases de efeito estufa e sua comercialização. Normas ISO de Mudança Climática Escopo Norma de Referência Organização Projetos Validação e Verificação ISO Parte 1 Especificação e orientação a organizações para quantificação e elaboração de relatórios de emissões e remoções de gases de efeito estufa ISO Parte 2 Especificação e orientação a projetos para quantificação, monitoramento e elaboração de relatórios das reduções de emissões ou da melhoria das remoções de gases de efeito estufa ISO Parte 3 Especificação e orientação para validação e verificação de declarações relativas a gases de efeito estufa Acreditação ISO Gases de efeito estufa: especificações para os organismos de validação e verificação de gases de efeito estufa para uso em acreditação ou outras formas de reconhecimento. Fonte: ISO (Organização Internacional para Padronização) A NORMA ISO 14064: PROCESSO DE DESENVOLVIMENTO O desenvolvimento da norma ISO 14064, completado em Março de 2006, incluiu a opinião de mais de 175 especialistas, representantes de 45 países, e foi realizada em um período de quatro anos. A norma reconheceu a falta de padrões internacionais e a consistência no reporte da questão ambiental representada pela mudança climática. Para superar isto, a ISO formou um grupo de trabalho para definir como quantificar e relatar as emissões de GEE de uma organização. Ele se concentrou também em como os relatórios de GEE poderiam ser verificados, bem como tecnicamente rigorosos, mas permanecendo neutros quanto à política. Isto foi uma importante inclusão, uma vez que a norma poderia então ser aplicável, independente de políticas de mudança climática deste ou daquele determinado país (ou sua participação no Protocolo de Kyoto das NU). Em agosto de 2006, o Instituto Nacional Americano de Normas aprovou a ISO como uma Norma Nacional Americana, e com isso, junto com a reputação de neutralidade política da ISO 14064, significa que a norma é compatível com muitos outros programas de GEE em todo o mundo. DESENVOLVIMENTO DAS NORMAS ISO E ISO ISO TC 207 Gestão Ambiental Grupo de Trabalho 5 responsável pelo desenvolvimento da norma ISO Grupo de Trabalho 6 responsável pelo desenvolvimento da norma ISO
7 A NORMA ISO 14064: ESTRUTURA DAS PARTES 1, 2 e 3 ISO Parte 1 Projeto e Desenvolvimento de Inventários de GEE de organizações ISO PARTE 2 Projeto e Implementação de projetos de GEE Documentação do inventário de GEE e Relatórios Documentação do inventário de GEE e Relatórios Declaração de GEE Verificação Nível de confiança consistente com os requisitos do usuário pretendido Declaração de GEE Validação e/ou Verificação Processo de Verificação ISO Parte 3 Processo de Validação e Verificação ISO Especificações para os organismos de validação e verificação Fonte: ISO (Organização Internacional para Padronização) A NORMA ISO 14064: ESTRUTURA DA PARTE 1 A ISO Parte 1 fornece um modelo às organizações para que estabeleçam um processo de quantificação das emissões de GEE para o inventário. O modelo oferece à organização um modo de demonstrar sua integridade ambiental com clareza e consistência, tanto para usuários quanto para partes interessadas. Isto permite à organização aumentar sua credibilidade ao ser vista como transparente em todos os aspectos da reportagem de GEE, enquanto auxilia na identificação e rastreamento de quaisquer metas de desempenho ou progresso estabelecidas, e assegura estratégias de GEE ao reduzir emissões e minimizar riscos corporativos. A Norma ISO 14064: Parte 1 Organizações A norma inclui as seguintes cláusulas: 1. Escopo 2. Termos e Definições 3. Princípios 4. Projeto e Desenvolvimento de Inventários de GEE 4.1 Limites Organizacionais 4.2 Limites Operacionais 4.3 Quantificação das Emissões e Remoções de GEE 5. Componentes de um Inventário de GEE 5.1 Emissões e Remoções de GEE 5.2 Atividades Organizacionais para reduzir as Emissões ou aumentar as Remoções de GEE 5.3 Inventário de GEE do Ano Base 5.4 Avaliação e Redução de Incertezas 6. Gestão da Qualidade do Inventário de GEE 6.1 Gestão de Informações sobre GEE 6.2 Retenção de Documentos e Manutenção de Registros 7. Relatório de GEE 7.1 Propósito do Relatório de GEE 7.2 Planejamento do Relatório de GEE 7.3 Conteúdo do Relatório de GEE 8. Papel das Organizações nas Atividades de Verificação 8.1 Geral 8.2 Preparando-se para a Verificação 8.3 Gestão da Verificação Anexo A Consolidação dos dados em nível de instalação para grau organizacional Anexo B Exemplos de outras emissões indiretas de gases de efeito estufa Anexo C Potencial de Aquecimento Global dos Gases de Efeito Estufa 6
8 A NORMA ISO 14064: ESTRUTURA DA PARTE 2 A ISO Parte 2 auxilia organizações, governos, proponentes de projetos e partes interessadas em todos os aspectos de projetos de GEE ou atividades com base em projetos. Esta norma facilita o monitoramento dos cenários de linha de base de projetos de acordo com o desempenho de projetos e assegura que todo o reporte seja validado e confirmado. A norma se aplica a projetos de MDL/JI dentro do contexto do Protocolo de Kyoto, projetos de MDL/JI dentro do contexto de programas de comércio de emissões (EU ETS) e outros projetos de GEE dentro do contexto de programas de comércio de emissões em diferentes países. A NORMA ISO 14064: PARTE 2 PROJETOS A Norma Iso 14064: Projetos A norma inclui as seguintes cláusulas: 1. Escopo 2. Termos e Definições 3. Princípios 4. Introdução aos Projetos de GEE 5. Requisitos para Projetos de GEE 5.1 Requisitos Gerais 5.2 Descrição do Projeto 5.3 Identificação das Fontes, Poços e Reservatórios de GEE pertinentes ao Projeto 5.4 Determinação do Cenário-Base 5.5 Identificação das Fontes, Poços e Reservatórios de GEE para o Cenário-Base 5.6 Seleção das Fontes, Poços e Reservatórios de GEE para Monitoramento e Estimativa das Emissões e Remoções de GEE 5.7 Quantificação das Emissões e Remoções de GEE 5.8 Quantificação das Reduções de Emissões e Aumento das Remoções 5.9 Gestão da Qualidade de Dados 5.10 Monitoramento do Projeto de GEE 5.11 Documentação do Projeto de GEE 5.12 Validação e/ou Confirmação do Projeto de GEE 5.13 Reporte do Projeto de GEE Anexo A Orientações sobre o Uso desta Parte da ISO Anexo B Potencial de Aquecimento Global dos Gases de Efeito Estufa Consulta as Partes Interessadas Comunicação com as partes interessadas ISO Parte 2 Requisitos gerais do processo de auditoria Programa de GEE aplicável Requisitos adicionais, critérios, regras e políticas O proponente deveria considerar essas relações para planejar e implementar o projetos de GEE Norma Relevante Critérios reconhecidos, regras, metodologias, equipamentos Mercados para unidades de GEE Legislação Relevante Guia de Boas Práticas Critérios reconhecidos, metodologias, ferramentas e orientações Fonte: ISO (Organização Internacional para Padronização) A NORMA ISO 14064: ESTRUTURA DA PARTE 3 A ISO Parte 3 oferece um processo para a verificação das declarações de GEE, tais como o relatório do inventário de GEE de uma organização. A base para isto vem de boas práticas encontradas nos setores de contabilidade financeira e auditoria ambiental. As práticas de verificação a partir de esquemas emergentes de GEE, tais como o Mecanismo de Desenvolvimento Limpo do Protocolo de Kyoto, também ajudaram a formas os princípios para auxiliar em quaisquer interpretações necessárias ao conduzir uma verificação de GEE pela ISO A Norma ISO 14064: Parte 3 Validação E Confirmação A norma inclui as seguintes cláusulas: 1. Escopo 2. Termos e Definições 3. Princípios 4. Requisitos de Validação e Confirmação 4.1 Validadores ou Verificadores 4.2 Processo de Validação e Confirmação 4.3 Nível de Garantia, Objetivos, Critérios e Escopo de Validação ou Confirmação 4.4 Abordagem de Validação ou Confirmação 4.5 Avaliação do Sistema de 7
9 Informações sobre GEE e seus Controles 4.6 Avaliação dos Dados e Informações sobre GEE 4.7 Avaliação de acordo com os Critérios de Validação ou Confirmação 4.8 Avaliação da Declaração de GEE 4.9 Declaração de Validação e Confirmação 4.10 Registros de Validação e Confirmação 4.11 Fatos descobertos após a Validação e Confirmação Anexo A Orientações sobre o Uso desta Parte da ISO IV. Solução Global para Inventários de Gases de Efeito Estufa COMO FUNCIONA O PROCESSO DE VERIFICAÇÃO DO INVENTÁRIO DE GEE? A ISO e o processo de verificação do Protocolo de GEE consistem nos seguintes passos: Passo A A SGS lhe providencia uma proposta com base no porte e natureza da sua organização. Após o aceite sua organização poderá prosseguir à auditoria. Passo B Você poderá solicitar à SGS que realize uma pré-auditoria (favor notar: a SGS pode prover uma préauditoria única que pode ser realizada independentemente de quaisquer atividades de verificação) para receber uma indicação da prontidão do sistema de sua organização para a auditoria. Este estágio é opcional, ainda que ele geralmente é útil na identificação de fragilidades no seu sistema e na construção de confiança antes da auditoria formal. Passo C A primeira parte da auditoria formal é o Estágio 1 Análise Documental e Estratégica & Avaliação de Riscos. Isso nos permite avaliar a conformidade de seu sistema documentado com os requisitos da norma. Só então somo capazes de entender melhor a natureza de sua organização e planejar o restante da auditoria da forma mais eficaz possível. Inicialmente, examinamos os elementos-chave do sistema para definir a abordagem de verificação no Estágio 2. Você receberá um relatório das constatações após este estágio com a identificação de quaisquer pontos de preocupação ou não-conformidades observadas, para que você possa tomar ações imediatas, se necessário. Passo D Este é o Estágio 2 do processo de auditoria. A auditoria inclui entrevistas com você, seus colegas e uma verificação de seus registros. A observação de suas práticas de trabalho determina quão conformes são seus processos reais dentro da norma e dentro do seu próprio sistema de documentação. Ao final deste estágio, apresentaremos as constatações da auditoria, que são classificadas como a seguir: solicitação de esclarecimento, solicitação de ação corretiva, ou solicitação de ações posteriores. Esta classificação, juntamente com outras observações, farão parte do relatório completo para o Estágio 2. Assim que você tiver tratado os pontos destacados, a fim de encerrar todas as constatações, uma revisão técnica da auditoria será conduzida então por um gerente de certificação autorizado pela SGS para confirmar a emissão da declaração. verification PROCESSes Etapa A Assinatura do Contrato Etapa C Auditoria Estágio 1 Etapa D Auditoria Estágio 2 Emissão da Declaração na conclusão da auditoria bem sucedida Etapa B Pré Auditoria Opcional Ações e Encerramento de não conformidades idendificadas 8
10 V. VERIFICAÇÃO DE GEE E GESTÃO DE ENERGIA COMO INVENTÁRIO E VERIFICAÇÃO DE GEE PODEM AUXILIAR NA GESTÃO DA EFICIÊNCIA E DESEMPENHO ENERGÉTICO? A norma ISO proporciona uma abordagem padronizada e princípios para qualificar um inventário de GEE em apoio a um sistema de gestão de energia. A gestão das emissões de GEE, tanto voluntária quanto obrigatória, e a preparação e implementação de um sistema de gestão de energia estratégico (por meio da ISO 50001) contam com um preciso relatório dentro do processo de auditoria. A introdução ao inventário de GEE e sistema de gestão de energia permite às organizações concentrarem-se não apenas nas reduções das emissões, mas também na identificação de perigos e quantificação das fontes de emissão de energia, tais como eletricidade, calor, vapor e combustíveis (fósseis e/ou renováveis). Isto leva a uma quantificação clara das emissões de GEE relacionadas com as atividades da empresa, diretas e indiretas, e a implementação eficaz da melhoria da eficiência, bem como a redução das emissões de GEE. VII. CONCLUSÃO A norma ISO e o Protocolo de GEE combinam os benefícios de uma ferramenta de gestão de negócios e processos com a transparência e credibilidade dos inventários de GEE quanto à reportagem. Clientes globais exigem cada vez mais prestação de contas sobre a redução das emissões de GEE, podem encontrar na ISO 14064, e no seu desenvolvimento independente, como uma fonte crível e confiável de informações. O processo de verificação fornece assistência às organizações para o estabelecimento, implementação ou aprimoramento do sistema de inventários de GEE e, a aplicação global da norma ISO contribui para uma maior competitividade e um impacto positivo sobre a mudança climática. 9
11 SOBRE OS AUTORES Fabian Peres Gonçalves Gerente de Negócios da SGS ICS, Programa Brasileiro de Mudança Climática Fabian Gonçalves é Auditor Líder e Coordenador Técnico do Programa Brasileiro de Mudança Climática da SGS. Fabian Gonçalves possui mais de cinco anos de experiência em projetos relacionados com mudança climática, com envolvimento no projeto do Protocolo de Kyoto com base no Mecanismos de Desenvolvimento Limpos, diversos projetos voluntários, bem como avaliações tanto nacionais quanto internacionais. Fabian Gonçalves atualmente atua como Gerente de Desenvolvimento de Negócios da SGS. Fabian Gonçalves é formado pela Universidade Oswaldo Cruz em Engenharia Química. fabian.goncalves@sgs.com Para mais informações, visite ou envie um para sustainable-development@sgs.com Stephen Pao Gerente Global de Desenvolvimento de Negócios de Sustentabilidade da SGS Stephen Pao ocupa o cargo de Gerente Global de Desenvolvimento de Negócios do Departamento de Certificação de Sistemas e Serviços da SGS. Stephen Pao atualmente está envolvido com o Desenvolvimento de Novos Produtos de Sustentabilidade. Stephen Pao liderou o apoio regional e global, técnico e de acreditação, bem como o desenvolvimento de novos negócios em Sistemas de Gestão Ambiental, Sistemas de Gestão Integrados e Sistemas de Gestão da Segurança para a SGS Taiwan Ltda. nos últimos 10 anos. Stephen Pao é formado pela Northwestern University, com Mestrado em Engenharia Ambiental. SOBRE A SGS A SGS é a empresa líder mundial em inspeções, verificações, testes e certificações. Reconhecida como referência global de qualidade e integridade, empregamos mais de pessoas e operamos uma rede de mais de escritórios e laboratórios em todo o mundo. Olhamos além das expectativas de clientes e da sociedade, a fim de prestar serviços de liderança ao mercado onde quer que sejam necessários. Ser parceiro da SGS abre portas para a realização de processos ainda melhores, pessoas cada vez mais habilidosas e talentosas, cadeias de fornecimento consistentes e conformes e relações mais sustentáveis com clientes, o que proporciona vantagens competitivas rentáveis. Nós temos uma história de realização e execução bem sucedida de projetos internacionais complexos de larga escala. Com presença em todas as regiões ao redor do planeta, nosso pessoal fala o idioma e entende a cultura do mercado local, além de operar globalmente de forma consistente, confiável e eficaz. A SGS é o organismo independente líder em ajudar organizações a melhorar seu desempenho relacionando com o desenvolvimento sustentável. Somos o líder global em certificação de Sistemas de Gestão Ambiental (ISO 14001) e verificação de mudança climática e o organismo de certificação com maior númer ode acreditações. NOTA DE DIREITOS AUTORAIS As informações contidas neste documento representam a visão atual da SGS SA sobre os assuntos discutidos a partir da data de publicação. Devido ao fato da SGS ter de responder às condições mutáveis do mercado, isso não deve ser interpretado como um compromisso da parte da SGS, e a SGS não pode garantir a precisão de quaisquer informações apresentadas após a data da publicação. Este Guia Técnico é meramente informativo. A SGS não dá qualquer garantia, expressa, sugerida ou estatutária, quanto às informações contidas neste documento. Atender a todas as leis aplicáveis de direitos autorais é responsabilidade do usuário. Nenhuma das partes deste documento pode ser reproduzida, mantida ou introduzida em um sistema de recuperação, ou transmitida de qualquer forma ou por quaisquer meios (eletrônicos, mecânicos, fotocópias, gravações ou de outras formas), ou para quaisquer fins, sem autorização expressa por escrito da SGS. A SGS poderá ter patentes, aplicações de patentes, marcas registradas, direitos autorais, ou outros direitos de propriedade intelectual que cubram o tema deste documento. Exceto se expressamente indicado em qualquer acordo de licença por escrito por parte da SGS, o fornecimento deste documento não dá qualquer licença sobre estas patentes, marcas registradas, direitos autorais ou outras propriedades intelectuais. QUALQUER REPRODUÇÃO, ADAPTAÇÃO OU TRADUÇÃO DESTE DOCUMENTO SEM AUTORIZAÇÃO PRÉVIA POR ESCRITO É PROIBIDA, EXCETO SE PERMITIDO PELAS LEIS DE DIREITOS AUTORAIS. SGS SA TODOS OS DIREITOS RESERVADOS. 10
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