Dia do Voluntário da U.Porto: Formar para o voluntariado Conclusões dos Workshops
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- Mateus Covalski Minho
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1 Dia do Voluntário da U.Porto: Formar para o voluntariado Conclusões dos Workshops Workshop1 Voluntariado na área social e humanitária nacional Dinamizadores: Vo.U Associação de Voluntariado Universitário / NEV Núcleo de Estudantes Voluntários da FEP Workshop2 Voluntariado na área social e humanitária internacional Dinamizadores: GasPorto- Grupo de Acção Social do Porto Workshop3 Voluntariado no domínio da educação Dinamizadores: VET- Voluntariado Estudantil Tutorial / GIVE-Grupo de Intervenção, Voluntariado e Envolvimento da FPCEUP Workshop4 Voluntariado para a promoção da cultura e da ciência e do Desporto Dinamizadores: Voluntariado nos Museus da U.Porto / Voluntariado em Actividades Culturais U.Porto / Voluntariado Desportivo U.Porto Workshop5 Voluntariado na área da cooperação para o desenvolvimento e sustentabilidade Dinamizadores: EpDAH-Engenharia para o Desenvolvimento e Assistência Humanitária 1
2 Workshop 1 - Voluntariado na área social e humanitária nacional No Workshop subordinado ao tema "Voluntariado Nacional", após uma breve apresentação dos presentes e de uma discussão sobre o público-alvo do projecto, surgiu a ideia de se criar um projecto transversal a todas as instituições actuais da U.Porto e às várias áreas de voluntariado existentes. Começando por estruturar um projecto de voluntariado, modo a que o workshop fosse prático: - Organizar uma bolsa de voluntários com o nome "Voluntariado em Cadeia" Pensar o "Voluntariado em cadeia", um projecto em que o usufruto de voluntariado é compensado com a prestação de voluntariado a outros, numa área em que nos sentimos úteis. Tendo como objectivo praticar o voluntariado, recebendo e dando em troca a outras pessoas e fomentar-se o voluntariado para que aqueles que usufruem de voluntariado percebessem que também eles são úteis e prestáveis e existe uma opção infinita de expansão de abrangência de áreas e localizações geográficas. - Iniciar o projecto com organizações da U.Porto e criação de embaixadores em locais do grande porto. - Voltar a discutir o tema e o seu desenvolvimento para que, ainda este ano, possa ser apresentado à Comissão de Voluntariado da U.Porto. Workshop2 Voluntariado na área social e humanitária internacional Participaram 14 pessoas no workshop, as quais, salvo algumas excepções, sem experiência de voluntariado, quer nacional, quer internacional. Objectivos O Workshop teve como objectivo proporcionar um espaço de reflexão e debate sobre o nosso papel, como país desenvolvido, na execução de projectos de desenvolvimento, especificamente de forma voluntária e em contexto internacional, dada a disparidade na distribuição de recursos do mundo actual. Conteúdos Compreender a dimensão deste conceito é compreender as duas partes que o compõem de forma integrada. Por um lado, o voluntariado, como um serviço gratuito, em prol do outro, com deveres 2
3 e direitos, encarado como um compromisso responsável. Por outro, a vontade e a necessidade de o fazer além fronteiras e, no caso específico de Portugal, nos países que nos são mais próximos, PALOP e Timor-Leste. Através de uma actividade com todo o grupo, de distribuição da riqueza (representada por cadeiras) e da população (representada pelos participantes) mundiais pelos diferentes continentes, foi possível perceber as fortes disparidades na distribuição da riqueza pela população. Como integrantes dos considerados países desenvolvidos, somos chamados a agir, no auxílio aos que mais precisam. Este apoio pode ser realizado de diversas formas, desde a ajuda humanitária de emergência, à Cooperação para o Desenvolvimento ou a Educação para o Desenvolvimento, individualmente ou em organizações. Para compreender esta actuação e os factores a ter em conta neste projectos, foi proposto o esboço de projectos de voluntariado, mediante a apresentação de cenários de intervenção (HIV/Sida em Moçambique, Tuberculose em Timor- Leste, Subnutrição em Moçambique, Falta de formação nos professores em Cabo Verde). Partindo das reflexões sobre as propostas dos grupos, chegamos a um conjunto de características que são cruciais na qualidade dos projectos: Motivação dos voluntários ( Porque quero enquadrar um projecto de voluntariado internacional? Apenas realização pessoal ou vontade de ser mais útil aos que mais precisam? ), Sustentabilidade (Prolongação do projecto no tempo, mesmo quando já não estivermos no terreno utilização de recursos locais) Respeito pela Comunidade Local (Qualquer decisão deverá ter em conta a opinião da população e o respeito pelas suas crenças, tradições, costumes ) e Empowerment (Dotar as populações de conhecimentos e recursos que lhes permitam também pensar e agir no processo de desenvolvimento da sua vida e da sua comunidade). Conclusões e Recomendações O dinamismo do workshop, através da realização de actividades em pequenos grupos, favoreceu a interacção dos intervenientes. Também as diferentes idades e experiências foram importantes para a discussão e obtenção de diferentes perspectivas sobre uma mesma realidade. O forte envolvimento dos/as participantes neste tema demonstra uma vontade forte de todos na envolvência nos projectos internacionais e parece ter suscitado o interesse e a proactividade de alguns dos participantes que, no final do workshop, solicitaram informações mais práticas, nomeadamente os próximos passos a dar no envolvimento neste tipo de projectos. Workshop3 Voluntariado no domínio da educação A Escola é uma instituição antiga, com tempos e espaços reconhecíveis. No seu interior vamos encontrar diversidades cognitivas modos de pensar o mundo sociais e culturais que exigem uma forte capacidade de tradução e de cuidado no modo como se pode pensar o voluntariado em 3
4 contextos escolares. É por estas especificidades que estes contextos se distinguem de outros com uma já longa tradição de presença de voluntários/as, o que significa que a própria escola também vive um processo de aprendizagem de acolhimento e reconhecimento dos/as voluntários. Quem são as pessoas voluntárias? Quem procura este tipo de voluntariado tem várias motivações. Por um lado, aquelas inerentes, cuidado social com o outro e de participação cívica, mas igualmente motivações que nascem da consciência de ganhos que a experiência pode ter. Muitas das pessoas voluntárias envolvidas em projectos de voluntariado em contextos educativos encontram-se já em formação em áreas educacionais e esta é uma forma de também contactarem com contextos que poderão fazer parte do seu futuro profissional. Em contextos educativos as pessoas voluntárias terão que ser capazes de mobilizar saberes de natureza diversa, desde académicos àqueles que decorrem da experiência. Por outro lado, e dada a natureza do contexto já assinalada requer-se a capacidade de lidar com o inesperado. O/A voluntário/a em educação é uma figura híbrida: não é uma figura adulta com as restantes figuras adultas da escola, mas também não é completamente exterior. É este carácter híbrido que pode gerar experiências de sucesso. Como se desenvolve o envolvimento no voluntariado em educação? O trabalho voluntário em educação, principalmente em contexto escolar, desenvolve-se não apenas em torno daquilo que são problemáticas de carácter mais académico, relacionado com o insucesso escolar ou o abandono e os saberes escolares, procurando desenvolver junto das crianças e jovens uma relação positiva com a escola e o futuro a partir da aferição de expectativas. Deste modo, é também importante que a pessoa voluntária seja também capaz de contar a sua própria experiência educativa, os seus percursos, mostrando diferentes possibilidades. Apesar de parecer relativamente espontâneo e acessível o âmbito em que se desenvolve o Voluntariado em Educação, nomeadamente pela proximidade do contexto de ensinoaprendizagem, onde ambos os pólos estão envolvidos (voluntário e tutorando), nem sempre é linear o seu desenvolvimento e consequentes resultados, dada a existência de inúmeros obstáculos. Começando pelo evidente desencontro nos horários lectivos dos seus agentes, muitos são os constrangimentos com que se deparam: expectativas diferenciadas, exiguidade no tempo de tutoria, dificuldade de articulação entre os diversos intervenientes (directores de turma, professores do conselho de turma, encarregados de educação, voluntários), o que intrica a necessidade evidente em traçar metas consentâneas na relação a estabelecer. 4
5 A estas dificuldades, acresce o facto de se tornar consequente cada pequeno gesto, atitude, alteração ou falta de cumprimento por parte do voluntário, pois se a situação não for bem gerida por um mediador, poderá tornar-se rapidamente num argumento para a célere desistência do discente, pondo em causa todo o investimento inicial. Torna-se portanto urgente, a consciencialização de todo o processo, com vista ao sucesso dessa parceria, que, no caso de ser bem orientada, conduzirá a uma gratificante mudança de conduta, à prossecução do sucesso pessoal, ao aumento significativo das expectativas profissionais e, especialmente, à existência de uma nova esperança. Workshop4 Voluntariado para a promoção da cultura e da ciência e do Desporto Participaram 4 pessoas, situando-se duas na faixa etária dos 18 aos 30 anos e outras duas na dos 50 aos 56 anos. Sendo, um participante com Licenciatura pela U.Porto e 3 com Pós-Graduação também pela U. Porto (dois Alumni e dois actuais estudantes), e com experiência profissional em Psicologia e Ciências Documentais. Objectivos Proporcionar aos voluntários os benefícios de formação na área da Cultura, bem como o desenvolvimento das suas competências e a possibilidade de integração em eventos culturais, proporcionando o contacto directo com agentes culturais, participação em eventos culturais e integração numa comunidade activa, criativa e dinâmica. Áreas de actuação dos Voluntários: Exposições produção executiva montagem acompanhamento da produção de materiais de divulgação e catálogos visitas guiadas vigilância / estudo de públicos Concertos Produção executiva e acompanhamento da produção de materiais de divulgação Conferências, Seminários e Congressos 5
6 Produção executiva e acompanhamento da produção de materiais de divulgação Conclusões Depois de apresentados os modelos de Actividades Culturais do Departamento da Cultura, Desporto e Lazer, foram feitas visitas aos espaços de Exposições Temporárias, analisadas as suas características e dados exemplos de eventos nelas apresentados. Simultaneamente, foram vistos modelos de catálogos e outros materiais gráficos de divulgação, bem como apresentado o processo de produção e de divulgação dos mesmos. Todos os participantes confirmaram que os conteúdos do workshop corresponderam às suas expectativas, tendo-se disponibilizado para o acompanhamento de visitas orientadas a exposições e a vigilância / estudos de públicos. Workshop5 Voluntariado na área da cooperação para o desenvolvimento e sustentabilidade Este workshop, numa primeira fase, abordou a temática das assimetrias mundiais, realçando os desafios que se apresentam neste novo milénio, percebendo de que forma as organizações mundiais, como por exemplo a ONU, pretende actuar de forma a solucioná-los. Numa segunda fase, focou-se nas três grandes categorias de projectos, que as Associações e ONGDs podem usar como ferramentas, de forma a combater os problemas que afectam as comunidades Cooperação para o Desenvolvimento, Educação para o Desenvolvimento e Assistência Humanitária e de Emergência. Realçando as grandes diferenças destas metodologias, quer em termos temporais quer na sua própria filosofia, desenvolveu a temática da sustentabilidade no âmbito dos projectos de Cooperação para o Desenvolvimento. Na terceira fase, de uma forma muito prática, trabalhou-se na forma como se deve gerir os projectos de Cooperação para o Desenvolvimento, nas suas diversas fases, analisando exemplos de diversos projectos que ocorreram. Após a troca de experiências e ideias, uma das grandes questões que devem ser tidas em conta nos Projectos de Cooperação para o Desenvolvimento é o levantamento territorial. Assim, foi defendido que, apesar de ser normalmente difícil de arranjar financiamento para esta parte do projecto - Identificação, ela é a fase mais crucial para o Projecto e por isso as ONGs e Associações devem investir mais tempo e fundos nesta, bem como os financiadores devem também atribuir mais fundos para esta etapa. Também, a preservação da cultura dos povos deve ser um alicerce do projecto, a que se deve dar especial atenção, uma vez que, como projectos cooperação são de longo prazo, poderão interferir na dinâmica das populações. A nível 6
7 nacional também foi apontado o facto de que muitas ONGs e Associações avançam com projectos que depois não tem capacidade gerir, afectam mais negativa de que positivamente as populações. 7
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