PSICOLOGIA, ALFABETIZAÇÃO E QUEIXA ESCOLAR. Psicologia Educacional II Profa. Ms. Luciene Blumer
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- Patrícia Quintanilha Castelhano
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1 PSICOLOGIA, ALFABETIZAÇÃO E QUEIXA ESCOLAR Psicologia Educacional II Profa. Ms. Luciene Blumer
2 CARACTERIZAÇÃO Atendimento direto a alunos com queixa escolar: não favorece a implicação do professor e da escola na solução; tendência a manter a produção do fracasso escolar. Transposição a-crítica dos modelos da Psicologia Clínica para questões educacionais: culpabiliza a vítima (aluno) e isenta os fatores intra escolares. Necessidade de modelo substitutivo: não significa abandonar o cuidado direto ao aluno; nem a atitude clínica em nossas escolas, há inúmeras crianças que demandam orientação e ajuda psicológica em suas dificuldades de aprendizagem.
3 Superação do fracasso escolar pressupõe o concurso de várias áreas, mas a Psicologia tem papel fundamental mas o atendimento apenas à criança e seus familiares na clínica ou UBS não basta, não é suficiente para resolver os problemas. Crise de identidade: falta de modelos teóricos para subsidiar outras práticas psicológicas. psicólogo perde espaço para o psicopedagogo. Atendimento direto é uma das modalidades possíveis e necessária, desde que considere os determinantes sociais do fracasso escolar, especialmente os intra escolares. Integrá-lo a outras estratégias de ação que possibilitem agir em relação aos fatores produtores de fracasso.
4 Necessário superar as práticas psicológicas conservadoras que tratam o fracasso escolar como um problema individual do aluno ou de seu meio familiar (p. 85). Integrar o atendimento direto ao aluno ao oferecimento de ações de escuta psicológica e orientação aos professores como co-participantes do trabalho com os alunos. Trabalho de natureza preventiva Promoção à Saúde e ao Sucesso Escolar.
5 Possibilitar aos professores a reflexão sobre suas práticas escolares e o desenvolvimento de competências na análise e solução dos problemas. Sair da atitude de ênfase no diagnóstico e atenção direta à criança para ênfase no diagnóstico dos determinantes do fracasso, e em ações para sua superação e produção do sucesso escolar. Necessidade de outro enquadre de ação psicológica: MODELO EDUCACIONAL.
6 DIRETRIZES DO MODELO EDUCACIONAL Estratégias de atuação que privilegiem o foco nos determinantes socioculturais, especialmente os intra escolares, na produção do fracasso e sucesso. Implicar o professor como co-participante do processo de atendimento. Levá-lo a refletir sobre sua prática. Estruturar o atendimento de modo a que o professor e pais participem efetivamente na avaliação, atendimento e acompanhamento dos alunos.
7 PRINCÍPIOS DO TRABALHO Analisar e discutir as próprias crenças e expectativas. Superar a discrepância entre prática dos especialistas e prática dos professores. Criar espaço de escuta psicológica aos professores (HTPC).
8 ESTRATÉGIAS DE TRABALHO a. Avaliação envolver aspectos do aluno (vários níveis) da família e da escola: Mãe falar sobre um dia na rotina da criança professora falar sobre um dia da criança na escola. Primeiros meses de vida escolar. histórico e material Sessão ludodiagnóstica encontros, individuais ou grupais, em que as crianças falem sobre si e a escola.
9 b. Avaliação e atendimento focalizarem: A criança em grupo, preferencialmente; Os professores encontros sistemáticos e grupais (quinzenais, na HTPC); As famílias. c. Superar a dicotomia avaliação/intervenção: avaliar já é intervir. Tratar de modo contínuo e integrado. d. Incentivar os professores a não encaminharem diretamente a especialistas, mas a buscarem, antes, estratégias de enfrentamento e solução dos problemas na própria sala de aula
10 e. Atrelar o atendimento à criança à participação dos professores. Entender o discurso institucional. f. Conhecer, junto com o professor, a história escolar do aluno e suas condições atuais. g. Encontro com os pais apenas depois do(s) encontro(s) de avaliação com o professor e a criança preferencialmente com a participação do professor. Não utilizar dados familiares como justificativa para o que acontece com a criança na escola. h. Garantir escuta à versão da própria criança. i. Privilegiar o trabalho na própria escola.
11 ESBOÇO DO MODELO EDUCACIONAL
12 REFERÊNCIA Neves, M. M. B. de J. e Almeida, S. F. C. a Atuação da Psicologia Escolar no atendimento aos alunos encaminhados com queixa escolar. In: Almeida S. F. C. de (org). Psicologia escolar: Ética e competências na formação e atuação profissional. Campinas: Alínea, 2003, cap 4: p
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