Fundação Getulio Vargas Escola de Pós-Graduação em Economia Mestrado em Finanças e Economia Empresarial

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1 Fundação Getulio Vargas Escola de Pós-Graduação em Economia Mestrado em Finanças e Economia Empresarial Desenvolvimento de Índices de Preços para Infraestrutura no Brasil Bruno Monsanto Rio de Janeiro 2015

2 DESENVOLVIMENTO DE ÍNDICES DE PREÇOS PARA INFRAESTRUTURA NO BRASIL Dissertação apresentada à Escola de Pós Graduação em Economia da Fundação Getulio Vargas, como requisito parcial para obtenção do grau de Mestre em Finanças e Economia Empresarial. Campo de conhecimento: Economia Orientadora: Profa. Dra. Silvia Maria Matos Co-orientadora: Profa. Dra. Rebecca W.S. Barros Rio de Janeiro

3 Ficha catalográfica elaborada pela Biblioteca Mario Henrique Simonsen/FGV Monsanto, Bruno Desenvolvimento de índices de preços para infraestrutura no Brasil / Bruno Monsanto f. Dissertação (mestrado) - Fundação Getulio Vargas, Escola de Pós-Graduação em Economia. Orientadora: Silvia Maria Matos. Coorientadora: Rebecca W. S. Barros. Inclui bibliografia. 1. Índices de preços. 2. Infraestrutura (Economia). 3. Indústria de construção civil. I. Matos, Silvia Maria. II. Barros, Rebecca Wellington dos Santos. III. Fundação Getulio Vargas. Escola de Pós-Graduação em Economia. IV. Título. CDD

4 BRUNO MONSANTO 3

5 AGRADECIMENTOS À minha orientadora, Silvia Matos, pelo interesse e disponibilidade demonstrados em todas as nossas interações, tanto no desenvolvimento da dissertação quanto ao longo de todo o curso. À minha Co-orientadora e amiga, Rebecca Barros, por ter apostado e mergulhado junto comigo nessa empreitada e pelo alto nível de qualidade exigido. É assim que desenvolvemos nossas capacidades. À minha tutora e amiga, Maria Alice, principal idealizadora e grande entusiasta do desenvolvimento desse trabalho. Ao Instituto Brasileiro de Economia (IBRE), pela oportunidade de cursar o Mestrado. Aos colegas André Braz, Artur Sobrinho, Alexandre Seabra e Arnaldo Brito, pelas rápidas porém valiosas contribuições. Aos meus pais corujas, sempre uma motivação para crescer em todos os sentidos e fazê-los cada vez mais... corujas! À Marcella, pelo companheirismo e pelos ótimos momentos de pausa que tivemos enquanto eu trabalhava na dissertação, essenciais para manter o equilíbrio. 4

6 RESUMO Essa dissertação apresenta um conjunto de índices de preços de infraestrutura desenvolvidos com o propósito de fornecer indicadores específicos para este setor de atividades no Brasil. Foi realizado um levantamento dos principais índices dessa natureza produzidos no Brasil e no mundo. As principais referências internacionais foram os países membros da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico OCDE e da União Europeia. A partir dessa análise, foram identificadas três questões fundamentais para o desenvolvimento do trabalho: i) qual é o conjunto de obras de infraestrutura a ser representado pelos índices e como delimitar esse conjunto?; ii) os índices de preços produzidos atualmente no Brasil representam parcial ou totalmente esse conjunto?; e iii) como desenvolver um conjunto de índices, construídos sobre a mesma base metodológica, de abrangência nacional, capazes de representar adequadamente tal conjunto de obras? Como resultado do trabalho, foi desenvolvido um conjunto dez índices de preços de infraestrutura, que contempla todos os requisitos listados acima. Além da base metodológica para construção dos índices, foram calculadas suas respectivas séries históricas para o período de dezembro/2000 (base = 100) a fevereiro/2015, a partir das quais os índices são analisados sob diversos aspectos como, por exemplo, através de análise comparativa dos dez índices entre si e análise do comportamento dos índices ao longo do tempo, considerando o contexto macroeconômico através da observação de indicadores selecionados. Palavras chave: Índices de Preços; Construção; Infraestrutura 5

7 ABSTRACT This work presents a set of infrastructure price indices, developed with the purpose of providing specific indicators for this sector in Brazil. A survey of the major indices of this nature produced in Brazil and worldwide was held. The main international references were the Organization's for Economic Cooperation and Development - OECD and the European Union member countries. From this analysis, we identified three key issues for the development of work: i) what is the set of infrastructure works to be represented by the indexes and how to delimit this set?; ii) price indexes currently produced in Brazil represent part of this set?; iii) how to develop a set of indices, built on the same methodological basis, nationwide, able to adequately represent this body of work? As a result of work, a set of ten price indices of infrastructure was created built on the same methodological basis, nationwide and offers a range of infrastructure works, whose definition was one of working objects. In addition to the methodological basis for construction of the indices were calculated their respective historical series for the period December / 2000 (base = 100) to February / 2015, from which the indices are analyzed in several ways, for example, through comparative analysis of the ten indices between them and analysis of the behavior of the indices over time, considering the economic context by observing selected indicators. Keywords: Price Indices; Construction; Infrastructure 6

8 SUMÁRIO I. INTRODUÇÃO I.1. Contextualização I.2. Estrutura do trabalho II. ÍNDICES DE PREÇOS: TEORIA E PRÁTICA II.1. Conceitos II.1.1. Sistema de Pesos II.1.2. Sistema de Preços II.1.3. Sistema de Cálculo II.2. Índices de preços de construção II.2.1. Tipos de índices de preços de construção II.2.2. Relação entre os três tipos de índices de construção II.3. Índices de construção produzidos nos países membros da OCDE e da União Europeia. 24 II.4. Índices de construção produzidos no Brasil III. DEFINIÇÃO DO CONJUNTO DE OBRAS DE INFRAESTRUTURA III.1. Sobre a Classificação Nacional de Atividades Econômicas CNAE III.2. Abrangência dos índices de preços de infraestrutura produzidos atualmente no Brasil.. 29 IV. DESENVOLVIMENTO DE ÍNDICES DE PREÇOS PARA OBRAS DE INFRAESTRUTURA NO BRASIL IV.1. Sistema de Pesos Definição da Estrutura dos Índices IV.1.1. Sobre a Pesquisa Anual da Indústria da Construção PAIC IV.1.2. Resultados da PAIC-2011: Estruturas de custos das empresas de construção infraestrutura IV.1.3. Procedimentos realizados a partir dos resultados da PAIC-2011 para definição das estruturas dos índices IV.1.4. Definição da estrutura inicial dos índices IV.2. Sistema de Preços Definição de indexadores IV.2.1. Sobre o Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna (IGP-DI) IV.2.2. Critérios e procedimentos realizados para definição de indexadores IV.2.3. Resultados da definição de indexadores IV.2.4. Associação dos itens com os indexadores definidos IV.3. Sistema de Cálculo

9 IV.4. Resultados V. ANÁLISE DOS RESULTADOS V.1. Análise comparativa dos dez índices entre si V.2. Análise do comportamento dos índices ao longo do tempo, considerando o contexto macroeconômico através da observação de indicadores selecionados VI. CONCLUSÃO VI.1. Pontos positivos dos índices desenvolvidos VI.2. Possíveis extensões do trabalho REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS APÊNDICE Tabela 8: Séries de N s Índice ((dez/2000 = 100) fev/2015) ANEXOS Anexo 1: Quadro 8: Índices de Construção produzidos nos países membros da OCDE e da União Europeia Anexo 2: Atividades compreendidas ou não em cada uma das nove classes da Divisão 42 da CNAE Anexo 3: Descrição das variáveis investigadas na PAIC

10 LISTA DE GRÁFICOS Gráfico 1: Valor Adicionado da atividade Construção Brasil Gráfico 2: Participação percentual das atividades da Construção no total do Valor Adicionado do Setor Brasil Gráfico 3: Participação percentual das atividades da Construção no total dos custos do Setor Brasil Gráfico 4: Índices de Preços de Infraestrutura desenvolvidos no trabalho Gráfico 5: Desvio Padrão: Mensal, médio para todo o período e médios para períodos selecionados Gráfico 6: Índice de Preços de Infraestrutura (Agregado) e seus componentes: Gastos com Pessoal, Custo das Obras e/ou Serviços de Construção e Outros Custos e Despesas (variações acumuladas em 12 meses) Gráfico 7: Câmbio (Taxa R$ / US$) X Componentes Custo das Obras e/ou Serviços de Construção e Outros Custos e Despesas (variações acumuladas em 12 meses) Gráfico 8: Preços de commodities (Petróleo) X Componentes Custo das Obras e/ou Serviços de Construção e Outros Custos e Despesas (variações acumuladas em 12 meses) Gráfico 9: Preços de commodities (Metálicas) X Componentes Custo das Obras e/ou Serviços de Construção e Outros Custos e Despesas (variações acumuladas em 12 meses) Gráfico 10: Rendimento Nominal do Trabalho X Componente Gastos com Pessoal (variações acumuladas em 12 meses e média das variações para todo o período) Gráfico 11: Índice de Preços de Construção Obras de Arte Especiais (42.12) X Índice de Obras Rodoviárias - Obras de Artes Especiais (FGV/DNIT) (Variações acumuladas em 12 meses) Gráfico 12: Índice de Preços de Construção Obras de Arte Especiais (42.12) X Índice de Obras Rodoviárias - Obras de Artes Especiais (FGV/DNIT) (Variações acumuladas em 6 meses) LISTA DE QUADROS Quadro 1: Comparação entre os índices de Laspeyres e Paasche Quadro 3: Índices de Construção produzidos no Brasil Quadro 4: CNAE 2.0 Divisões da Seção F Construção Quadro 5: CNAE 2.0 Grupos da Divisão 42 Obras de Infraestrutura Quadro 6: CNAE 2.0 Classes da Divisão 42 Obras de Infraestrutura Quadro 7: Indexadores definidos para estrutura dos índices Quadro 8: Indexação dos itens da estrutura dos índices Quadro 2: Índices de Construção produzidos nos países membros da OCDE e da União Europeia

11 LISTA DE FIGURAS Figura 1: Relação entre os tipos de índices: Input, Output e Seller s Price Index Figura 2: Síntese das atividades econômicas relativas à Construção segundo a CNAE Figura 3: Abrangência dos índices de construção produzidos atualmente no Brasil a partir da síntese de atividades econômicas relativas à Construção segundo a CNAE, considerando o levantamento de índices apresentado no Capítulo II Quadro Figura 4: Índice de Laspeyres Encadeado de Base Móvel: Recálculo de Ponderações (exemplo) LISTA DE TABELAS Tabela 1: Estruturas de Custos das Empresas Classificadas nas CNAEs Relativas a Obras de Infraestrutura PAIC Tabela 2: Pesos das Atividades (CNAEs 4 dígitos) sobre o Total de Obras de Infraestrutura (CNAE Divisão 42) Tabela 3: Reponderação de itens Passo 1: Identificação dos pesos dos itens dentro dos respectivos grupos (Exemplo: Construção de rodovias e ferrovias) Tabela 4: Reponderação de itens Passo 2: Retirada dos pesos dos itens (Exemplo: Construção de rodovias e ferrovias) Tabela 5: Reponderação de itens Passo 3: Redistribuição dos pesos dos itens retirados entre os demais itens dos respectivos grupos (Exemplo: Construção de rodovias e ferrovias) Tabela 6: Estruturas de ponderações para os novos índices de infraestrutura Tabela 7: Desvio Padrão Médio, Máximo e Mínimo para as variações mensais dos dez índices desenvolvidos Tabela 8: Séries de N s Índice ((dez/2000 = 100) Fev/2015)

12 I. INTRODUÇÃO I.1. Contextualização Observamos nos últimos anos um amplo debate sobre os gargalos de infraestrutura no Brasil e sobre a necessidade de bons projetos nessa área, frente aos quais emergem questões como a necessidade de investimentos na cadeia de construção civil, na modernização e integração da malha de transportes, mobilidade urbana, saneamento, telecomunicações e energia. A partir dessa necessidade, supõe-se que a eficiência nos contratos originados com a realização de obras dessa natureza, seja requisito para a viabilização de investimentos e execução de projetos no setor. De acordo com a Pesquisa Anual da Indústria da Construção (PAIC), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), ao longo do ano de 2011, a indústria da construção foi influenciada positivamente por um conjunto de fatores relacionados diretamente à dinâmica do setor, tais como: maior oferta de crédito imobiliário 1, aumento nos desembolsos destinados a obras de infraestrutura do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) 2, crescimento do emprego 3 e da renda familiar 4, incremento no consumo das famílias 5 e a manutenção da desoneração do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) de diversos insumos da 1 Segundo dados da Câmara Brasileira da Indústria da Construção - CBIC, o financiamento habitacional com recursos do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo - SBPE, provenientes da caderneta de poupança, atingiu o montante de R$ 79,9 bilhões, assinalando um crescimento de 42,2% em relação a 2010, e os financiamentos com recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço - FGTS foram de R$ 34,9 bilhões, correspondendo a um incremento de 27,9% no confronto com 2010 (ESTATÍSTICAS BÁSICAS - SBPE-SFH/BACEN. FGTS - CAIXA ECONÔMICA FEDERAL. ELABORAÇÃO: BANCO DE DADOS - CBIC. 2 Os desembolsos do Sistema BNDES destinados a obras de infraestrutura cresceram 7,1%, passando de R$ 52,4 bilhões em 2010 para R$ 56,1 bilhões em (BANCO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO E SOCIAL, 2011). 3 Conforme o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados - Caged, do Ministério do Trabalho e Emprego, em 2011, foram gerados mil empregos formais. Na construção civil, as admissões líquidas foram de 149 mil. (BOLETIM DO BANCO CENTRAL DO BRASIL, 2011). 4 O rendimento médio real cresceu 2,7% em 2011, segundo a Pesquisa Mensal de Emprego - PME, do IBGE (PESQUISA 2012). 5 O consumo das famílias aumentou 4,1%, segundo o Sistema de Contas Nacionais Trimestrais, do IBGE (INDICADORES IBGE, 2011). 11

13 construção 6. Este cenário favorável para a construção, juntamente com programas de investimento como o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e o Programa Minha Casa Minha Vida, contribuiu para que fossem realizados investimentos em obras de infraestrutura e na construção de edificações residenciais, cujos investimentos são feitos considerando prazos de longa maturação. Ainda segundo o IBGE, em 2011, a economia brasileira foi impactada por uma conjuntura internacional caracterizada pela crise fiscal na Europa e pelo baixo crescimento dos países desenvolvidos. Com isso o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, após avançar 7,6% em 2010, registrou um crescimento de 2,7% em Com o objetivo de manter a inflação dentro da meta, o Banco Central promoveu aumentos da Taxa Selic, que passou de 11,25% em janeiro de 2011 para 12,50% em julho do mesmo ano. A seguir, considerando a redução dos riscos inflacionários por conta da deterioração da economia internacional e da redução do nível de utilização da capacidade instalada, o Comitê de Política Monetária (Copom) realizou três cortes consecutivos, fixando a Taxa Selic em 11,0% no fechamento do ano. A variação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), em 2011, foi de 6,5%, situando-se dentro da meta de inflação do Conselho Monetário Nacional. Apesar da conjuntura adversa, o mercado interno, impulsionado pela demanda doméstica e pela maior oferta de crédito seguiu contribuindo para o crescimento da economia brasileira e da atividade da construção no PIB, que cresceu 8,3%, atingindo 5,3% de participação no PIB de acordo com o Sistema de Contas Nacionais 8. Embora a atividade econômica como um todo tenha passado por uma fase de turbulência decorrente da crise internacional entre o último trimestre de 2008 e o primeiro trimestre de 2009, a atividade da construção teve um crescimento contínuo no decorrer de 2007 a 2011, como pode ser visto no Gráfico 1, favorecido pelas diversas medidas anticíclicas (desoneração do IPI nos materiais de construção, 6 O Decreto no 6.890, de , estabeleceu e o Decreto no 7.394, de , prorrogou até a redução ou isenção de alíquotas do IPI de diversos materiais de construção (BRASIL, 2009, 2010). 7 Conforme o Sistema de Contas Nacionais Trimestrais, do IBGE (INDICADORES IBGE, 2015). 8 As Contas Nacionais incluem não apenas o setor formal da Construção, contemplado pela pesquisa PAIC, como também o Valor Adicionado do setor informal. 12

14 aumento dos desembolsos do BNDES, expansão do crédito imobiliário, investimento em programas como o PAC, Minha Casa Minha Vida, entre outras). Gráfico 1: Valor Adicionado da atividade Construção Brasil (em mil R$) Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Indústria, Pesquisa Anual da Indústria da Construção Em 2011, de acordo com a PAIC, a divisão que mais contribuiu para o valor adicionado da atividade da construção foi a de obras de infraestrutura com 41,3%. Construção de edifícios teve 37,4% de participação e Serviços especializados para construção, 21,3%. Gráfico 2: Participação percentual das atividades da Construção no total do Valor Adicionado do Setor Brasil ,3 37,4 41,3 Construção de edifícios Serviços Especializados Obras de infraestrutura Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Indústria, Pesquisa Anual da Indústria da Construção

15 A PAIC-2011 apresenta também resultados sobre a estrutura de custos e despesas da atividade de construção, indicando que a divisão de obras de infraestrutura obteve a maior participação percentual em 2011: 43,8%. A atividade de construção de edifícios ficou em segundo lugar no ranking dentro do total de custos, com 38,9%, enquanto a divisão de serviços especializados para construção representou 17,3% no mesmo ano. Gráfico 3: Participação percentual das atividades da Construção no total dos custos do Setor Brasil ,3 43,8 38,9 Obras de infraestrutura Serviços especializados Construção de edificícios Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Indústria, Pesquisa Anual da Indústria da Construção Neste cenário, onde observa-se uma tendência de aumento no volume e no valor dos contratos, aliada à carência de índices de preços setoriais específicos, torna-se ainda mais relevante a discussão sobre o desenvolvimento de índices com maior aderência às especificidades das obras de infraestrutura. A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico OCDE, destaca que o nível de atividade no setor da construção é um dos principais determinantes do nível de atividade econômica de curto prazo nos países membros. E ainda, que os índices de preços da atividade de construção, têm uma ampla gama de aplicações, incluindo a deflação dos componentes das contas nacionais, o ajuste de contratos de construção e arrendamento, e como base para a correção monetária para fins de seguros. De acordo com o Instituto Brasileiro de Economia IBRE, os índices setoriais permitem à empresa ou instituição, visualizar a evolução dos preços dentro do contexto 14

16 econômico-financeiro no qual está situada. Além disso, oferecem uma grande quantidade de informações que podem ser utilizadas para definição e ajuste de contratos e estoques, atualização de preços, negociações com fornecedores e projeções de negócios. Nesse contexto, o trabalho pretende abordar o seguinte problema: A oferta de índices de preços de infraestrutura produzidos atualmente no Brasil é suficiente para suprir adequadamente as necessidades do setor? I.2. Estrutura do trabalho Além da contextualização do tema, o primeiro capítulo apresenta uma síntese dos principais pontos abordados ao longo do trabalho. O segundo capítulo apresenta a teoria e a prática de índices de preços, conceitos gerais, definições e os principais componentes de um índice de preços: i) sistema de pesos; ii) sistema de preços e; iii) sistema de cálculo. São apresentados também, exemplos de índices de preços de construção produzidos nos países membros da OCDE e da União Europeia e no Brasil. No terceiro capítulo é tratada a definição do conjunto de obras de infraestrutura a ser representado pelos índices desenvolvidos nesse trabalho. A solução para essa questão é apresentada, seguida de uma conclusão sobre a cobertura desse conjunto de obras de infraestrutura pelos índices produzidos atualmente no Brasil. No quarto capítulo é abordado o desenvolvimento de um conjunto de índices construídos sobre a mesma base metodológica, de abrangência nacional, capazes de representar todo o conjunto de obras de infraestrutura definido no capítulo anterior. Como solução, é descrita em detalhes uma metodologia que atende a todos os requisitos descritos acima e possibilita a geração de séries históricas para os novos índices para o período de dezembro/2000 a fevereiro/2015, as quais são apresentadas no final do capítulo. 15

17 No quinto capítulo, são apresentadas análises sobre os índices desenvolvidos, com enfoque especialmente na análise comparativa dos dez índices entre si e do comportamento dos índices ao longo do tempo, considerando o contexto macroeconômico através da observação de indicadores selecionados. O sexto capítulo Conclusão apresenta pontos positivos e negativos dos índices desenvolvidos, restrições a serem consideradas nos sistemas de pesos e de preços, bem como uma proposta de ações para melhoria e continuidade do processo de construção dos índices. 16

18 II. ÍNDICES DE PREÇOS: TEORIA E PRÁTICA II.1. Conceitos De acordo com o Manual de Índices de Preços ao Produtor do Fundo Monetário Internacional (FMI) 9, índice de preços é uma medida que sintetiza a variação nos preços de diversos produtos de uma situação t (um período do tempo) para uma outra situação t+1. Com propósitos mais práticos e específicos, pode-se definir índice de preços como a média ponderada da variação dos preços relativos dos itens pesquisados ocorrida entre duas situações temporais. A produção de um índice de preços ocorre a partir da definição de três sistemas: i) Sistema de Preços; ii) Sistema de Pesos e; iii) Sistema de Cálculo. A seguir são apresentadas as definições de cada um desses três sistemas: II.1.1. Sistema de Pesos A estrutura de pesos de um índice é o conjunto de valores que expressam, em termos percentuais, a importância monetária dos bens e serviços, componentes da amostra no dispêndio total da população objetivo, e deve estar baseada no custo ou valor a que ela se propõe a medir ou, no caso de índices simples, apenas na identificação dos itens que comporão a cesta de índices. II.1.2. Sistema de Preços O sistema de preços do índice compreende um conjunto de procedimentos que orientam a realização da pesquisa de preços de bens e serviços identificados no mercado na forma como são comercializados. 9 Producer price index manual: theory and practice (Washington, D.C.): International Monetary Fund,

19 II.1.3. Sistema de Cálculo O sistema de cálculo de um índice compreende um conjunto de procedimentos que orientam a conjugação dos sistemas de pesos e de preços, onde define-se à fórmula e demais critérios matemáticos e estatísticos adotados no cálculo do índice. As principais fórmulas para cálculo de índices de preços consideram as variáveis preço (p) e quantidade (q), para cada item i de uma cesta representativa. A principal diferença entre essas fórmulas está na variável quantidade considerada para o índice. Índice de Laspeyres: utiliza as quantidades do período base. Onde: IL i,t = Q i,0 P i,t Q i,0 P i, IL i,t = Índice de Preços de Laspeyres, para a cesta de itens i, no período de referência t. Q i,0 = Quantidade consumida do item i, no período base. P i,0 = Preço do item i, no período base. P i,t = Preço do item i, no período de referência t. Índice de Paasche: utiliza as quantidades do período de referência. Onde: IP i,t = Q i,t P i,t Q i,t P i, IP i,t = Índice de Preços de Paasche, para a cesta de itens i, no período t. Q i,t = Quantidade consumida do item i, no período de referência t. P i,0 = Preço do item i, no período base. P i,t = Preço do item i, no período de referência t. 18

20 Podemos analisar comparativa e resumidamente os índices de Laspeyres e Paasche conforme descrito no quadro 1 a seguir: Quadro 1: Comparação entre os índices de Laspeyres e Paasche Laspeyres Paasche Vantagens - As quantidades precisam ser levantadas apenas no período base ou atualizadas em intervalos maiores do que os intervalos de levantamentos de preços, tornando este método menos oneroso em relação ao índice de Paasche. Na prática, esta característica é bastante relevante, uma vez que as quantidades consumidas normalmente são obtidas através de extensos e complexos processos de pesquisa. - A atualização das quantidades a cada período de referência garante que estas estejam sempre atualizadas e representem bem o comportamento do consumidor a cada período. Desvantagens - As quantidades levantadas no período base podem não representar as quantidades consumidas no período corrente. - Como essas quantidades são consideradas adequadas à época inicial e não à época atual, admite-se que o numerador possa se apresentar super dimensionado e assim o índice de Laspeyres apresentar tendência a superestimar os aumentos de preços. - As quantidades precisam ser levantadas a cada período de referência, tornando este método mais oneroso e muitas vezes, inviável na prática, uma vez que as quantidades consumidas normalmente são obtidas através de extensos e complexos processos de pesquisa. - Como essas quantidades são consideradas adequadas à época atual e não à época inicial, admite-se que o denominador possa se apresentar, eventualmente, super dimensionado e assim o índice de Paasche apresentar tendência a subestimar os aumentos de preços. A fórmula de Laspeyres possui uma variação denominada Laspeyres encadeada de base móvel, detalhada a seguir. Neste caso, a base é atualizada de período a período, em função das variações dos preços relativos que, somadas, resultarão em um novo 19

21 custo total. Os pesos dos itens são então calculados com base em sua importância % sobre o novo custo total. Índice de Laspeyres encadeado de base móvel: expresso matematicamente conforme abaixo. Sendo: (1) (2) I t,0 = Índice do período de referência t em relação ao período base 0. I j-j-1 = Índice do período j em relação ao período imediatamente anterior. (3) {j = 1,2,... t (períodos (meses)); i = 1,2,... n (itens)} P i,j = Preço do item i, no período j. W i,0 = Ponderação do item i, no período base (0). Tal que: (4) Assumindo daqui por diante, que a unidade para a variável período será o mês, verifica-se na fórmula (1) que o índice acumulado (It,0) corresponde a um processo de encadeamento de índices mensais de base móvel, cada qual relacionado o período que o precedente (Ij-j-1). Existem inúmeras fórmulas de cálculo e métodos de compilação de índices, que não são explorados objeto desse estudo, por não se mostrarem viáveis, na prática, aos 20

22 propósitos desse trabalho. Dentre os mais consagrados, podemos citar o índice de Fischer, que adota uma média geométrica entre os índices de Laspeyres e de Paasche. II.2. Índices de preços de construção II.2.1. Tipos de índices de preços de construção Segundo a OCDE, os métodos usados para elaborar os índices de preços de construção variam significativamente entre os países membros dessa organização e da União Europeia. Neste conjunto de países, três tipos principais de índices de preços de construção podem ser classificados. Input Price Indices Os índices do tipo input price medem as variações nos preços dos fatores de produção para o processo de construção, como, insumos, mão de obra, instalações e equipamentos, transporte, energia, etc, mas não captam influências de produtividade e margens do construtor, por exemplo. Geralmente, parte-se de um objeto representante (por exemplo, uma habitação de determinado tipo, tamanho, estilo, etc). São consideradas as quantidades de horas de trabalho, materiais e demais fatores necessários para sua construção. Estas quantidades ponderam os insumos, para os quais os respectivos preços serão observados em cada período de referência do índice. Por não captar ganhos de produtividade, refletidas em redução de custos, os índices de preços de custos são suscetíveis de superestimação dos aumentos de preços. Output Price Indices Os índices do tipo output price medem as variações nos preços dos produtos da atividade de construção, incluindo, além dos fatores presentes nos índices de custos, itens como margens de lucro do construtor, mas não incluem o valor do terreno. Estes 21

23 índices captam também influências da produtividade do construtor, que pode alterar o custo dos produtos desta atividade. Seller s Price Indices Os índices do tipo seller s price medem as variações nos preços dos produtos finais da atividade de construção, incluindo, além dos fatores presentes nos índices de insumos e de produção, itens como terreno, despesas diretas e indiretas e margens de lucro da venda. A OCDE destaca que os índices de preços de venda de habitações produzidos no Canadá, nos EUA e na Espanha, são os mais amplos em termos de cobertura de itens quando comparados aos índices produzidos nos demais países membros, incluindo fatores de oferta, como salários e materiais, e fatores de produtividade e demanda, como alterações demográficas, renda e disponibilidade de crédito imobiliário. II.2.2. Relação entre os três tipos de índices de construção Os principais componentes dos três tipos de índices de preços de construção destacados pela OCDE estão ilustrados no diagrama abaixo. 22

24 Figura 1: Relação entre os tipos de índices: Input, Output e Seller s Price Index Fonte: OCDE Na prática, pode haver um certo grau de sobreposição entre os itens componentes dos três tipos de índices de construção descritos acima. Por exemplo, os índices podem incluir honorários profissionais (tais como arquitetos, advogados, engenheiros), na medida em que estes são inicialmente pagos pelo construtor e, posteriormente, incluídos também nos índices de produção e de venda. O índice de custos da Bélgica, por exemplo, cobre apenas materiais e mão de obra. Os índices de alguns países como o Japão, incluem também determinados custos de instalações como água, gás, eletricidade, etc. Entretanto, alguns países como a 23

25 Finlândia, incluem em seus índices diversos outros itens de custo, como transporte de materiais para o local da obra, aluguel de equipamentos, preparação do terreno, taxas de transmissão de propriedade, etc. Essa variedade de combinações de itens para composição dos índices, ocorre também nos índices de preços de produção e de venda. II.3. Índices de construção produzidos nos países membros da OCDE e da União Europeia Existe uma considerável variedade de tipos e métodos de compilação dos índices de preços de construção produzidos nos países membros da OCDE e da União Europeia. Pouco mais da metade dos mais de 60 índices listados no quadro 2 (Anexo 1), são do tipo input. Dos demais índices da lista, todos, com exceção de três, são do tipo output. Os três restantes são do tipo seller s. Dentre os índices tipo input, alguns, como por exemplo o Composite construction price index, da Bélgica, incluem apenas mão de obra e materiais. Em outros países, como por exemplo no Japão, o índice inclui também alguns serviços de instalações, como abastecimento de água, gás, eletricidade, etc.). No outro extremo, alguns índices, como por exemplo na Finlândia, incluem uma ampla gama de itens de custo adicionais, como transporte de materiais para o local, aluguel de equipamento, preparação do local, taxas de transmissão de propriedade, acessórios externos, etc. Observa-se certa semelhança entre os componentes incluídos nos índices tipo output produzidos nos países membros da OCDE e da União Europeia, embora quase todos incluam estimativas para as margens de comercialização, despesas gerais, e os lucros do contratante. As principais diferenças entre esses índices estão na inclusão ou não de itens como honorários profissionais e taxas de transferência. 24

26 II.4. Índices de construção produzidos no Brasil No Brasil são produzidos diversos índices relacionados à construção civil como um todo. O quadro 3 a seguir apresenta exemplos de índices de construção produzidos atualmente no país, indicando suas respectivas abrangências regionais e frequências de compilação. Quadro 2: Exemplos de Índices de Construção produzidos no Brasil Nome do Índice Abrangência Regional Frequência de Compilação Índice Nacional de Custo da Construção INCC (FGV) Nacional Mensal Índices de Obras Rodoviárias (FGV) Nacional Mensal Índices de Obras Ferroviárias (FGV) Nacional Mensal Índices de Obras Portuárias (FGV) Nacional Mensal Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices da Construção Civil SINAPI (CAIXA e IBGE) Nacional Mensal Índices de Preços de Obras Públicas IPOP (FIPE) Estado de São Paulo Mensal Índices PINI para Custos de Obras de Infraestrutura IPCT Índice Pini de Custos de Terraplenagem SP IPCP Índice Pini de Custos de Pavimentação SP IPCD Índice Pini de Custos de Obras de Arte e Drenagem SP Estado de São Paulo Mensal Índice FipeZap de Preços de Imóveis Anunciados Nacional Mensal Fonte: Elaboração própria Cabe aqui reforçar que o propósito deste trabalho é desenvolver um conjunto de índices de preços, de abrangência nacional, construídos sobre a mesma base metodológica (sistemas de pesos, preços e cálculo), específicos para um conjunto de obras de infraestrutura a ser definido (objeto do próximo capítulo). 25

27 III. DEFINIÇÃO DO CONJUNTO DE OBRAS DE INFRAESTRUTURA O conceito de Infraestrurura pode variar significativamente de acordo com o contexto no qual está inserido. No contexto desse trabalho, cujo foco é o desenvolvimento de índices de preços, observa-se nas principais referências da literatura nacional e internacional, exemplos de índices de preços de infraestrutura usualmente apresentados como parte ou subconjunto de um conjunto mais amplo de índices, a Construção como um todo. Uma das questões fundamentais para o desenvolvimento desse trabalho é definir o conjunto de obras de infraestrutura a ser representado pelos índices e como delimitar esse conjunto. Como solução, foi adotada como referência a Classificação Nacional de Atividades Econômicas (CNAE), que é a classificação oficialmente adotada pelo Sistema Estatístico Nacional e contém nove atividades de construção relacionadas à infraestrutura. III.1. Sobre a Classificação Nacional de Atividades Econômicas CNAE A Classificação Nacional de Atividades Econômicas CNAE é a classificação oficialmente adotada pelo Sistema Estatístico Nacional e pelos órgãos federais gestores de registros administrativos. É gerida pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística IBGE. Sua versão atual é a CNAE 2.0, cuja base legal consta na Resolução Concla 01/2006, publicada no Diário Oficial da União em 05/09/2006. Suas principais aplicações são: a) No sistema estatístico: Cadastro Central de Empresas; pesquisas econômicas estruturais e conjunturais; Sistema de Contas Nacionais do Brasil e pesquisas domiciliares; b) Na Administração Pública: cadastros e registros administrativos nas três esferas de poder. 26

28 A CNAE possui padronização internacional, tendo sua versão 2.0 derivada da versão 4 da International Standard Industrial Classification of All Economic Activities ISIC 4 (Clasificación Internacional Uniforme de todas las Actividades Económicas CIIU 4). O gestor da ISIC/CIIU é a Divisão de Estatísticas das Nações Unidas. Apresenta a seguinte estrutura: 1 Nível: 21 Seções 2 Nível: 87 Divisões 3 Nível: 285 Grupos 4 Nível: 673 Classes 5 Nível: Subclasses Dentre as 21 seções da CNAE, encontra-se a Seção F CONSTRUÇÃO. Esta, por sua vez, é composta por 3 divisões, conforme mostra o quadro 4 a seguir: Quadro 3: CNAE 2.0 Divisões da Seção F Construção Divisão Denominação 41 Construção de Edifícios 42 Obras de Infraestrutura 43 Serviços Especializados para Construção Fonte: Elaboração própria a partir de dados do IBGE A divisão 42 da CNAE 2.0 compreende: as obras de infraestrutura (autoestradas, vias urbanas, pontes, túneis, ferrovias, metrôs, pistas de aeroportos, portos e projetos de abastecimento de água, sistemas de irrigação, sistemas de esgoto, instalações industriais, redes de transporte por dutos (gasodutos, minerodutos, oleodutos) e linhas de eletricidade, instalações esportivas, etc.), as reformas, manutenções correntes, complementações e alterações de obras de infraestrutura, a construção de estruturas pré-fabricadas in loco para fins diversos, de natureza permanente ou temporária (exceto edifícios) e a execução de obras por empreitada ou subempreitada. Esta divisão não compreende a construção de edifícios (divisão 41), os serviços especializados para a construção, apenas como parte do processo de construção 27

29 (divisão 43) e os serviços de paisagismo (divisão 81). Estas atividades estão agrupadas em 3 grupos (CNAE 3 dígitos), conforme mostra o quadro 5 a seguir: Quadro 4: CNAE 2.0 Grupos da Divisão 42 Obras de Infraestrutura Grupo Denominação 42.1 Construção de rodovias, ferrovias, obras urbanas e obras de arte especiais 42.2 Obras de infraestrutura para energia elétrica, telecomunicações, água, esgoto e transporte por dutos 42.9 Construção de outras obras de infraestrutura Fonte: Elaboração própria a partir de dados do IBGE Os grupos 42.1, 42.2 e 42.9 da CNAE 2.0 são abertos em nove classes (CNAE 4 dígitos), conforme apresentado no quadro 6 a seguir: Quadro 5: CNAE 2.0 Classes da Divisão 42 Obras de Infraestrutura Classe Denominação Construção de rodovias e ferrovias Construção de obras-de-arte especiais Obras de urbanização - ruas, praças e calçadas Obras para geração e distribuição de energia elétrica e para telecomunicações Construção de redes de abastecimento de água, coleta de esgoto e construções correlatas Construção de redes de transportes por dutos, exceto para água e esgoto Obras portuárias, marítimas e fluviais Montagem de instalações industriais e de estruturas metálicas Obras de engenharia civil não especificadas anteriormente Fonte: Elaboração própria a partir de dados do IBGE. 28

30 No Anexo 1, são descritas as atividades compreendidas ou não em cada uma das nove classes da Divisão 42 da CNAE 2.0. III.2. Abrangência dos índices de preços de infraestrutura produzidos atualmente no Brasil O diagrama a seguir (Figura 2) ilustra as atividades econômicas relativas à Construção elencadas na Seção F da CNAE 2.0, sintetizando os quadros 4, 5 e 6 apresentados no item anterior desse capítulo. Figura 2: Síntese das atividades econômicas relativas à Construção segundo a CNAE Fonte: Elaboração própria a partir de dados do IBGE. Para ilustrar a análise de cobertura dos índices de preços de construção produzidos atualmente no Brasil, foi elaborado o diagrama a seguir, que indica visualmente a cobertura por atividade econômica, seguindo o padrão da Figura 2 acima. 29

31 Figura 3: Abrangência dos índices de construção produzidos atualmente no Brasil a partir da síntese de atividades econômicas relativas à Construção segundo a CNAE, considerando o levantamento de índices apresentado no Capítulo II Quadro 3 Fonte: Elaboração própria a partir de dados do IBGE. *Para avaliar a cobertura das atividades econômicas elencadas acima pelos índices identificados no Capítulo II Quadro 3, no diagrama acima são assumidas as seguintes premissas: Classes Construção de rodovias e ferrovias; Construção de obras de arte especiais: Índices identificados: Índices de Obras Rodoviárias e Índices de Obras Ferroviárias (FGV/DNIT) => Coberto com restrições (foram identificados índices específicos, com restrições) Justificativa: Os índices do DNIT foram criados em 1974 e passaram por revisão parcial em 2000, portanto, têm suas estruturas de ponderação razoavelmente defasadas. 30

32 Classe Obras de urbanização ruas, praças e calçadas: Índices identificados: SINAPI; Índices de Preços de Obras Públicas IPOP (FIPE); Índices PINI para Custos de Obras de Infraestrutura (IPCT Índice Pini de Custos de Terraplenagem SP; IPCP Índice Pini de Custos de Pavimentação SP; IPCD Índice Pini de Custos de Obras de Arte e Drenagem SP) => Coberto com restrições (foram identificados índices específicos, com restrições) Justificativa: Os índices do SINAPI contemplam: (01): Habitação, Fundações e Estruturas; (02): Instalações Hidráulicas e Elétricas Prediais e Redes de Distribuição de Energia Elétrica; (03): Saneamento e Infraestrutura Urbana. Entretanto, os levantamentos relativos aos custos de Saneamento e Infraestrutura Urbana não especificam todas as obras elencadas na CNAE (construção de vias urbanas, ruas e locais para estacionamento de veículos; construção de praças e calçadas para pedestres; trabalhos de superfície e pavimentação em vias urbanas, ruas, praças e calçadas; sinalização com pintura em vias urbanas, ruas e locais para estacionamento de veículos). Justificativa: Os índices da FIPE e da PINI, além de não cobrirem todas as obras elencadas na CNAE 42.13, como o SINAPI, abrangem apenas o Estado de São Paulo. Classes Obras para geração e distribuição de energia elétrica e para telecomunicações; Construção de redes de abastecimento de água, coleta de esgoto e construções correlatas; Construção de redes de transportes por dutos, exceto para água e esgoto: Índices identificados: => Não coberto (não foram identificados índices específicos) 31

33 Classe Obras portuárias, marítimas e fluviais: Índices identificados: Índices de Obras Portuárias (FGV/DNIT) => Coberto com restrições (foram identificados índices específicos, com restrições) Justificativa: Justificativa: Os índices do DNIT foram criados em 1974 e passaram por revisão parcial em 2000, portanto, têm suas estruturas de ponderação razoavelmente defasadas. Classes Montagem de instalações industriais e de estruturas metálicas; Obras de engenharia civil não especificadas anteriormente: Índices identificados: => Não coberto (não foram identificados índices específicos) Tendo em vista o propósito desse trabalho desenvolver um conjunto de índices de preços, de abrangência nacional, construídos sobre a mesma base metodológica, específicos para o conjunto de obras de infraestrutura definido nesse capítulo como a Divisão 42 da CNAE 2.0, podemos concluir que os índices produzidos atualmente para obras específicas de infraestrutura cobrem apenas parcialmente o conjunto de obras elencado na Divisão 42 da CNAE 2.0. O próximo capítulo trata do desenvolvimento de índices que cobrem toda esta Divisão, a partir de uma mesma base metodológica sistema de pesos, sistema de preços e sistema de cálculo. 32

34 IV. DESENVOLVIMENTO DE ÍNDICES DE PREÇOS PARA OBRAS DE INFRAESTRUTURA NO BRASIL IV.1. Sistema de Pesos Definição da Estrutura dos Índices Na definição da estrutura dos índices buscou-se uma referência que refletisse com robustez as estruturas de gastos das empresas classificadas nas nove CNAEs definidas como o conjunto de obras de infraestrutura a ser representado. A Pesquisa Anual da Indústria da Construção PAIC-2011 (IBGE) preenche todos os requisitos desejáveis para os propósitos deste trabalho. Uma característica da PAIC que deve ser destacada é sua periodicidade anual, que se mostra extremamente relevante face às constantes inovações tecnológicas que influenciam diretamente os processos de produção e, portanto, as estruturas de gastos da atividade, cuja dinâmica deve ser refletida nos indicadores de evolução de custos. 10 IV.1.1. Sobre a Pesquisa Anual da Indústria da Construção PAIC A Pesquisa Anual da Indústria da Construção PAIC tem por objetivo identificar as características estruturais básicas do segmento empresarial da atividade da construção no País e suas transformações no tempo, através de levantamentos anuais, tomando como base uma amostra de empresas de construção. Âmbito da pesquisa O âmbito da PAIC inclui as empresas que atendam aos seguintes requisitos: estar em situação ativa no Cadastro Central de Empresas - Cempre do IBGE, que cobre as entidades com registro no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica - CNPJ; ter atividade principal compreendida na seção F (Construção) da CNAE 2.0, isto é, estar identificada no Cempre com código das classes desta seção; estar sediada no Território Nacional; e ter pelo menos 1 pessoa ocupada em 31 de dezembro do ano de referência do cadastro básico de seleção da pesquisa. 10 Dados da PAIC

35 Características Metodológicas Abrangência: todo o Território Nacional; Resultados: Brasil, Grandes Regiões e UFs; Detalhamento dos Resultados: 21 classes (4 dígitos da CNAE 2.0) para o estrato de 30 ou mais pessoas ocupadas, 9 grupos (3 dígitos da CNAE 2.0) para o estrato de 5 a 29 pessoas ocupadas e 3 divisões (2 dígitos da CNAE 2.0) para o estrato de 1 a 4 pessoas ocupadas; Apresenta estruturas das receitas, dos custos e despesas e do investimento em 2007/2011. Aspectos da amostragem: O cadastro básico de seleção da PAIC é obtido a partir do Cadastro Central de Empresas - Cempre, cuja gestão está sob a responsabilidade da Gerência do Cadastro Central de Empresas do IBGE. A cada ano, é extraído do Cempre o cadastro básico de seleção da PAIC, composto pelo universo das empresas de construção com pelo menos 1 pessoa empregada. O cadastro da PAIC 2011 refere-se aos critérios aplicados à situação das empresas informadas na RAIS 2010, no Caged dos meses de janeiro a setembro de 2011 e nas pesquisas econômicas do IBGE de Com a adoção da CNAE 2.0, efetuaram-se pequenos ajustes metodológicos no desenho da amostra da pesquisa. Na amostra há dois tipos de estratos: natural e final. Os estratos naturais são construídos a partir do cruzamento da Unidade da Federação da sede da empresa pela classificação de atividades da empresa. Os estratos finais são divididos em outros dois estratos: certo e amostrado, em cada cruzamento Unidade da Federação x classificação de atividade, ou seja, em cada estrato natural. A alocação das empresas a cada um desses estratos é dada pelo pessoal ocupado e receita bruta da construção auferida pela empresa, de acordo com o cadastro básico de seleção da amostra da pesquisa, segundo os critérios: Estrato certo: empresas com 30 ou mais pessoas ocupadas e/ou que auferiram receita bruta da construção superior a R$ 9,94 milhões. O estrato certo é ainda subdividido em três estratos finais: o primeiro é formado pelas empresas com 30 a 99 pessoas ocupadas e/ou que auferiram receita bruta da construção superior a R$ 34

36 9,94 milhões; o segundo, pelas empresas com 100 a 199 pessoas ocupadas; e o terceiro, pelas empresas com 200 ou mais pessoas ocupadas e/ou que auferiram receita bruta da construção superior a R$ 100,0 milhões; Estrato amostrado: empresas com menos de 30 pessoas ocupadas. Os estratos amostrados estão agrupados pelas empresas que ocuparam de 1 a 4 pessoas, de 5 a 9 pessoas, de 10 a 19 pessoas, e de 20 a 29 pessoas. A amostra de empresas é obtida por amostragem aleatória simples sem reposição em cada estrato final amostrado e pela inclusão das empresas pertencentes aos estratos finais certos. Arbitrou-se que todas as empresas de um estrato final amostrado são, automaticamente, incluídas na amostra sempre que o número de empresas daquele estrato final for menor que cinco. O tamanho final da amostra é obtido pela soma dos tamanhos da amostra de cada estrato final (certos e amostrados). No momento da seleção da amostra da PAIC 2011, das empresas de construção que compunham o cadastro básico de seleção, e que atendiam aos critérios de definição da população-alvo, foram selecionadas empresas, das quais foram alocadas no estrato certo, no estrato amostrado das empresas que ocupam de 5 a 29 pessoas, e dentre aquelas que ocupam de 1 a 4 pessoas. IV.1.2. Resultados da PAIC-2011: Estruturas de custos das empresas de construção infraestrutura A seguir são apresentados resultados relativos às estruturas de custos das empresas classificadas nas 9 classes (4 dígitos da CNAE 2.0) da Divisão 42 Obras de Infraestrutura, compilados a partir de dados da PAIC As tabelas utilizadas para esta compilação estão disponíveis na publicação da PAIC-2011 (ftp://ftp.ibge.gov.br/industria_da_construcao/pesquisa_anual_da_industria_da_con strucao/2011/paic2011.pdf), denominadas: 35

37 Tabela 4 - Gastos de pessoal das empresas de construção, segundo as divisões, os grupos e as classes de atividades - Brasil 2011; Tabela 6 - Estrutura dos custos e despesas das empresas de construção, segundo as divisões, os grupos e as classes de atividades - Brasil 2011; Tabela 9 - Consumo total e dos principais tipos de materiais de construção, segundo as divisões, os grupos e as classes de atividades - Brasil A partir da compilação e reorganização dos dados das tabelas citadas acima, foi elaborada a tabela 1 apresentada a seguir, que será o ponto de partida para definição das estruturas dos índices aqui desenvolvidos. A tabela 1 apresenta as estruturas de gastos das empresas de construção distribuídas em trinta itens, agrupados na seguinte estrutura: Categoria: Gastos com pessoal Grupos: Salários, retiradas e outras remunerações; Outros gastos com pessoal Categoria: Custos das obras e/ou serviços de construção Grupos: Consumo de materiais de construção; Outros custos Categoria: Outros custos e despesas Grupo: Outros custos e despesas Esse conjunto de itens é comum a todas as CNAEs representadas na PAIC, ou seja, apenas o peso de cada item sobre os gastos totais varia de acordo com a CNAE. Por exemplo, o item Asfalto pesa 5,04% sobre os gastos totais da CNAE Construção de rodovias e ferrovias, e pesa 0,32% sobre os gastos totais da CNAE Obras portuárias, marítimas e fluviais. 36

38 Tabela 1: Estruturas de Custos das Empresas Classificadas nas CNAEs Relativas a Obras de Infraestrutura PAIC

39 Tabela 1: Estruturas de Gastos das Empresas Classificadas nas CNAEs Relativas a Obras de Infraestrutura PAIC-2011 Fonte: Elaboração própria a partir de dados do IBGE 38

40 IV.1.3. Procedimentos realizados a partir dos resultados da PAIC-2011 para definição das estruturas dos índices A estrutura apresentada na tabela 1 foi utilizada como ponto de partida para a definição dos itens componentes e seus respectivos pesos nos índices desenvolvidos neste trabalho. A partir das estruturas de custos definidas na PAIC-2011, foram desenvolvidos nove índices, ou seja, um índice para cada classe (CNAE 4 dígitos) da Divisão 42 Obras de Infraestrutura, além de um décimo índice, que representará todo o conjunto de obras de infraestrutura Divisão 42. Índices a serem desenvolvidos: 1. Índice Preços de Construção de Rodovias e Ferrovias CNAE Índice de Preços de Construção de Obras de Arte Especiais CNAE Índice de Preços de Obras de Urbanização - Ruas, Praças e Calçadas CNAE Índice de Preços de Obras para Geração e Distribuição de Energia Elétrica e para Telecomunicações CNAE Índice de Preços de Construção de Redes de Abastecimento de Água, Coleta de Esgoto e Construções Correlatas CNAE Índice de Preços de Construção de Redes de Transportes por Dutos, exceto para Água e Esgoto CNAE Índice Preços de Obras Portuárias, Marítimas e Fluviais CNAE Índice de Preços de Montagem de Instalações Industriais e de Estruturas Metálicas CNAE Índice de Preços de Obras de Engenharia Civil Não Especificadas Anteriormente CNAE Índice de Preços de Obras de Infraestrutura CNAE 42 Vale destacar que os índices desenvolvidos nesse trabalho são de abrangência nacional, portanto, utilizaram os resultados da PAIC já agregados para Brasil. Alguns procedimentos foram realizados a partir dos resultados da PAIC para o desenvolvimento dos dez índices listados acima, os quais estão descritos a seguir: 39

41 a) Definição do Índice Agregado (Índice 10. Obras de Infraestrutura CNAE 42) A estrutura base para o índice agregado foi definida através do mesmo método utilizado para definição das outras nove estruturas, ou seja, diretamente através dos pesos dos itens identificados através da compilação e reorganização dos dados das tabelas 4, 6 e 9 da PAIC-2011, mencionadas acima. Essas tabelas apresentam as somas das nove CNAES da Divisão 42, que forneceram a base para a estrutura de ponderações desse índice agregado. A título de ilustração, a tabela 2 a seguir apresenta os gastos por CNAE (4 dígitos) e do total da Divisão 42. Tabela 2: Pesos das Atividades (CNAEs 4 dígitos) sobre o Total de Obras de Infraestrutura (CNAE Divisão 42) Fonte: Elaboração própria a partir de dados do IBGE A partir dos dados acima, alguns aspectos podem ser observados, como por exemplo: As CNAEs Construção de Rodovias e Ferrovias e Obras para Geração e Distribuição de Energia Elétrica e para Telecomunicações, juntas, representam mais de 50% do total de gastos no conjunto de obras de infraestrutura. Em contrapartida, a CNAE representa aproximadamente apenas 1% dos gastos totais do mesmo conjunto. Essas questões sugerem que, com os dados já disponíveis na PAIC e em outras fontes, estudos empíricos mais aprofundados acerca desse tema, podem ser realizados. 40

42 b) Reponderação de itens Os itens Terrenos; Depreciação, amortização e exaustão; Impostos e taxas; Variações monetárias passivas; Despesas Financeiras; Resultados de participações societárias, foram retirados da estrutura por não possuírem indexadores específicos e acessíveis, capazes de captar regularmente suas variações. O peso desses itens foi anulado e redistribuído proporcionalmente entre os demais itens do mesmo grupo, de acordo com os pesos de cada item nos respectivos grupos. A redistribuição dos pesos dos itens retirados entre os demais itens do mesmo grupo, e não sobre todos os demais itens da estrutura, tem como objetivo não gerar distorções nos pesos dos grupos e categorias sobre o total. O exemplo a seguir ilustra o passo a passo desse procedimento. Tabela 3: Reponderação de itens Passo 1: Identificação dos pesos dos itens dentro dos respectivos grupos (Exemplo: Construção de rodovias e ferrovias) Fonte: Elaboração própria 41

43 Tabela 4: Reponderação de itens Passo 2: Retirada dos pesos dos itens (Exemplo: Construção de rodovias e ferrovias) Fonte: Elaboração própria Na tabela 5 a seguir é apresentada uma quarta coluna, que ilustra, para o exemplo da CNAE 4211, o resultado da redistribuição de pesos entre os itens do mesmo grupo. 42

44 Tabela 5: Reponderação de itens Passo 3: Redistribuição dos pesos dos itens retirados entre os demais itens dos respectivos grupos (Exemplo: Construção de rodovias e ferrovias) Fonte: Elaboração própria Pode-se verificar que a redistribuição dos pesos dos itens retirados (em vermelho) aumenta proporcionalmente os pesos dos demais itens do mesmo grupo (em azul). A redistribuição dos pesos dos itens retirados para todos os demais itens da estrutura total, causaria distorções nos pesos dos itens de outros grupos/categorias e nos pesos desses outros grupos e categorias sobre o custo total. 43

45 IV.1.4. Definição da estrutura inicial dos índices O resultado do trabalho de definição dos itens e reponderação da estrutura original da PAIC está apresentado na tabela 6 a seguir, que será a estrutura utilizada no período base a ser definido para a criação de séries temporais dos novos índices. Tabela 6: Estruturas de ponderações para os novos índices de infraestrutura 44

46 Tabela 6: Estruturas de ponderações para os novos índices de infraestrutura Fonte: Elaboração própria. 45

47 IV.2. Sistema de Preços Definição de indexadores A solução adotada para alimentar o sistema de preços dos índices aqui desenvolvidos foi a utilização de proxys, ou seja, indicadores já existentes que reflitam de forma adequada as variações de preços dos itens componentes das estruturas dos índices. Esta solução foi adotada devido à complexidade, elevado custo e tempo necessários para se estruturar e realizar uma pesquisa de preços de insumos que alimentem um sistema de preços da magnitude necessária para os índices desenvolvidos neste trabalho, o que seria inviável para um trabalho acadêmico sem financiamento. Devem ser considerados ainda, a continuidade das séries e a possibilidade de retroagi-las, o que demandariam a continuidade da pesquisa de preços e a obtenção de preços anteriores aos da data de início da série. Como base para identificação e seleção dos indexadores a serem utilizados, optou-se, preferencialmente, pelo conjunto de séries do Sistema IGP-DI, da FGV. IV.2.1. Sobre o Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna (IGP-DI) 11 O IGP-DI, calculado pela FGV/IBRE, é um indicador do movimento de preços que há mais de seis décadas serve às comunidades econômicas nacional e internacional como termômetro de inflação no Brasil. O IGP-DI é uma medida síntese da inflação nacional. Começou a ser divulgado em 1947, embora sua série histórica retroaja a De início, resultava da média aritmética simples entre o IPA e o IPC. A partir de 1950, passou a contar com mais um componente, o índice de custo da construção (ICC). Nessa época, as pesquisas de preços do ICC e do IPC cobriam apenas a cidade do Rio de Janeiro. A partir de 1985, o ICC adquiriu abrangência nacional, com a incorporação inicial de sete municípios de capitais (Fortaleza, Recife, Salvador, Belo Horizonte, São Paulo, Curitiba e Porto Alegre), tornando-se o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC- DI). De janeiro de 1986 até dezembro de 2000, o INCC passou por diferentes 11 Informações extraídas da Metodologia do Índice Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna (IGP- DI), versão publicada em junho de

48 reestruturações com ampliação na abrangência geográfica. Atualmente, a pesquisa de preços do INCC compreende doze municípios de capitais (Belém, Belo Horizonte, Brasília, Curitiba, Florianópolis, Fortaleza, Goiânia, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, Salvador e São Paulo). O IGP-DI está estruturado para captar o movimento geral de preços através de pesquisa realizada nas áreas de cobertura de cada componente, durante o mês calendário, isto é, do primeiro ao último dia do mês de referência. Nessa pesquisa, cobre-se todo o processo produtivo, desde preços de matérias-primas agrícolas e industriais, passando pelos preços de produtos intermediários até os de bens e serviços finais. As estruturas de pesos e a relação de produtos integrantes dos índices que compõem o IGP-DI são revistas periodicamente, incorporando pesquisas estatísticas recentes. Com esse procedimento, mantém-se a capacidade do IGP-DI de aferir corretamente o movimento geral de preços. Os resultados mensais do IGP-DI são divulgados por meio de comunicado emitido pelo IBRE, em data pré-estabelecida no calendário de disseminação de índices da FGV. Tanto o comunicado como o calendário podem ser encontrados no seguinte endereço: IV.2.2. Critérios e procedimentos realizados para definição de indexadores Face à robustez e abrangência do Sistema IGP, conforme pode-se verificar a partir das informações expostas acima, as séries que compõe esse sistema foram definidas como primeira opção para indexação dos itens das estruturas dos índices desenvolvidos neste trabalho, sempre buscando a série conceitualmente mais aderente ao item, dentre as disponíveis. Sendo assim, os seguintes critérios e procedimentos para definição dos indexadores para os itens dos índices desenvolvidos nesse trabalho foram adotados: 47

49 a) Utilização de séries já existentes no Sistema IGP Sempre que identificada uma série já existente em um dos índices componentes do Sistema IGP, conceitualmente adequada como medida da variação de preços de um determinado item da estrutura, esta foi definida como proxy. b) Utilização de séries já existentes de outros sistemas de índices Quando não identificada uma série do Sistema IGP adequada para indexar determinados itens, buscou-se utilizar séries de outros sistemas de índices, desde que estas estivessem disponíveis publicamente e se mostrassem conceitualmente mais adequadas como medida da variação de preços dos itens a serem indexados. c) Criação de séries derivadas da agregação de outras já existentes Para melhor representação das variações de preços de determinados itens, considerou-se a criação séries derivadas através da agregação de outras séries já existentes. IV.2.3. Resultados da definição de indexadores Considerando os critérios e procedimentos descritos acima, foram definidos os indexadores para cada item da estrutura dos novos índices. O quadro 7 a seguir apresenta os indexadores selecionados e/ou desenvolvidos, indicando: Nome e número da(s) série(s) de origem; Sistemas e índices de origem; Fonte dos dados: Tipo de série (original ou agregada); Método de agregação; Data base do número índice original. 48

50 Quadro 6: Indexadores definidos para estrutura dos índices N Proxy Indexador (Nome e N da Série) Sistema Origem Índice(s) Fonte Tipo de Série Método de Agregação de Séries Base do N Índice Original 1 Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna - IGP-DI (Coluna 2) IGP IGP FGVDados Série original _ ago/1994 = INCC-DI - Mão de Obra (Coluna 1) IGP INCC FGVDados Série original _ ago/1994 = INCC-DI - Cimento Portland Comum IGP INCC FGVDados Série original _ ago/1994 = INCC-DI - Tijolo / Telha Cerâmica IGP INCC FGVDados Série original _ ago/1994 = INCC-DI - Vergalhões e Arames de Aço ao Carbono IGP INCC FGVDados Série original _ ago/1994 = INCC-DI - Carreto para Retirada de Entulho IGP INCC FGVDados Série original _ ago/1994 = INCC-DI - Materiais, Equipamentos e Serviços (Coluna 2) IGP INCC FGVDados Série original _ ago/1994 = Índice de Obras Rodoviárias - Ligantes Betuminosos (Coluna 39E) FGV-Custos Setoriais IOR FGVDados Série original _ dez/2000 = Concreto - Média Aritmética Simples - INCC-DI - Cimento Portland Comum / INCC-DI - Areia Lavada / INCC-DI - Pedra Britada / / IGP INCC FGVDados Série agregada Média aritmética simples dos n s índice originais jan/2008 = Combustíveis e Lubrificantes - Média Aritmética Simples - IPA-EP-DI Óleo Diesel / IPA-EP-DI Óleos Lubrificantes / IPA-EP-DI Óleo Combustível / / / IGP IPA FGVDados Série agregada Média aritmética simples dos n s índice originais dez/2007 = Fonte: Elaboração própria. 12 Não foram identificados indexadores para o item Asfalto cujas séries contemplem períodos anteriores a essa data. Não foi definida uma solução para indexar esse item nos referidos períodos. 13 Foi definido o uso de média aritmética por se tratar de uma combinação de índices, que representam variações relativas e cujos patamares de grandeza são muito próximos. Com relação aos pesos dos insumos componentes (cimento, areia e brita), foi definido o uso de pesos iguais para os três insumos devido à grande variedade de composições (tipos) de concreto, seus componentes e composições (quantidades relativas de cada componente) utilizados em cada tipo. Além disso, essa variedade aumenta proporcionalmente ao período considerado para a série. 14 A série original que poderia indexar o item Concreto (IPA-EP-DI - Massa de Concreto Preparada para Construção) não contempla períodos anteriores a essa data. Como solução, foi criada a série agregada a partir das três séries do INCC Areia Lavada, Cimento e Pedra Britada, que contemplam dados desde abril/ Vide nota 13. A mesma lógica é válida para este item. 16 Para maior aderência do indexador ao item Consumo de combustíveis e lubrificantes, foi criada a série agregada a partir das séries do IPA Óleo Diesel, Óleos Lubrificantes e Óleo Combustível. 49

51 IV.2.4. Associação dos itens com os indexadores definidos A partir da definição de indexadores, descritos no quadro anterior, foi criada a relação item x indexador (proxy) apresentada no quadro 8 a seguir. Cod Item Quadro 7: Indexação dos itens da estrutura dos índices Desc Item N Proxy Indexador (Nome e N da Série) Salários, retiradas e outras remunerações 2 INCC-DI - Mão de Obra (Coluna 1) Contribuição para previdência social 2 INCC-DI - Mão de Obra (Coluna 1) FGTS 2 INCC-DI - Mão de Obra (Coluna 1) Contribuições para previdência privada 2 INCC-DI - Mão de Obra (Coluna 1) Indenizações trabalhistas 2 INCC-DI - Mão de Obra (Coluna 1) Benefícios concedidos a empregados 2 INCC-DI - Mão de Obra (Coluna 1) Asfalto 8 Índice de Obras Rodoviárias - Ligantes Betuminosos (Coluna 39E) Cimento 3 INCC-DI - Cimento Portland Comum Concreto 9 Concreto - Média Aritmética Simples - INCC-DI - Cimento Portland Comum / INCC-DI - Areia Lavada / INCC-DI - Pedra Britada / / Tijolos 4 INCC-DI - Tijolo / Telha Cerâmica Vergalhões 5 INCC-DI - Vergalhões e Arames de Aço ao Carbono Outros materiais de construção Consumo de combustíveis e lubrificantes Obras e out serv. contratados a terceiros Serv. Rep. e manut. de máquinas e equip Aluguel e arrendamento Arrendamento mercantil Propaganda 1 INCC-DI - Materiais, Equipamentos e Serviços (Coluna 2) Combustíveis e Lubrificantes - Média Aritmética Simples - IPA-EP-DI Óleo Diesel / IPA-EP-DI Óleos Lubrificantes / IPA-EP-DI Óleo Combustível / / / Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna - IGP-DI (Coluna 2) INCC-DI - Materiais, Equipamentos e Serviços (Coluna 2) Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna - IGP-DI (Coluna 2) Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna - IGP-DI (Coluna 2) Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna - IGP-DI (Coluna 2) Fretes e carretos 6 INCC-DI - Carreto para Retirada de Entulho Prêmios de seguros Comissões pagas a terceiros Serviços prestados por terceiros Demais custos e despesas operacionais Outras despesas 1 Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna - IGP-DI (Coluna 2) Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna - IGP-DI (Coluna 2) Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna - IGP-DI (Coluna 2) Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna - IGP-DI (Coluna 2) Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna - IGP-DI (Coluna 2) Fonte: Elaboração própria. 50

52 IV.3. Sistema de Cálculo O sistema de cálculo de um índice compreende um conjunto de procedimentos que orientam a conjugação dos sistemas de pesos e de preços, onde define-se à fórmula e demais critérios matemáticos e estatísticos adotados no cálculo do índice. Na prática, os índices de Laspeyres são mais utilizados do que os de Paasche, por se basearem em um sistema de pesos fixos. Conforme apresentado no quadro 1 (p.19), o Índice de Paasche tem a vantagem de garantir que as quantidades de referência para o sistema de pesos estejam sempre atualizadas e representem bem a função de produção (ou o comportamento do consumidor) a cada período de tempo mas, muitas vezes esse método se torna inviável em função da necessidade de se levantar tais quantidades a cada período de referência, o que normalmente é bastante complexo e oneroso. Já a manutenção de um índice de Laspeyres, é menos complexa e onerosa, pois fixa as quantidades em um período base ou as atualiza em intervalos maiores do que os períodos de referência, com a desvantagem de assumir uma tendência de desatualização das quantidades de referência (viés inflacionário). Em outras palavras, manter os pesos fixos por um longo período de tempo significa assumir que a função de produção (ou os hábitos de consumo) não se adaptam às variações de preços dos itens da cesta, ou seja, ignora-se as propriedades da substituibilidade e da elasticidade preço da demanda, que estão associadas à possibilidade do consumidor de reduzir ou substituir o consumo de um insumo cujo preço tenha aumentado por outro cujo preço tenha permanecido sem variação ou variado em menor proporção em relação ao primeiro. Passemos então a analisar o conceito de Encadeamento. Como as funções de produção e os hábitos de consumo evoluem, não é razoável manter um índice com pesos imutáveis durante um longo período de tempo. A solução mais frequentemente utilizada para tratar essa questão é a adoção dos índices de Laspeyres em cadeia. O exemplo a seguir, adaptado de SIMONSEN, Mario Henrique; CYSNE, Rubens Penha: MACROECONOMIA (p. 242), ilustra de forma simples a mecânica do encadeamento de séries de índices. 51

53 Imaginemos que os hábitos de alimentação de um grupo de consumidores se resuma em uma cesta composta por arroz, feijão e carne e que uma pesquisa no ano 0 indique os seguintes pesos para cada item: Arroz: 14,15% Feijão: 22,29% Carne: 63,56% Total: 100,00% Suponhamos que os índices de preços do ano 0 ao ano 3 tenham se apresentado da seguinte forma: Ano Índices de Preços Arroz Feijão Carne Total 0 100,00 100,00 100,00 100, ,32 109,47 114,32 112, ,44 113,22 117,39 115, ,22 116,79 119,97 119,01 Pesos 0,1415 0,2229 0,6356 1,0000 Se os consumidores continuassem consumindo arroz, feijão e carne nas mesmas proporções do ano base, a composição das suas despesas no ano 3 seria a seguinte: Arroz: 0,1415 x 118,22/119,01 = 0,1406 Feijão: 0,2229 x 116,79/119,01 = 0,2187 Carne: 0,6356 x 119,97/119,01 = 0,6407 Total: 1,0000 Suponhamos que uma nova pesquisa tenha sido efetuada no ano 3, indicado a seguinte composição de consumo referente a alimentação: Arroz: 15,12% Feijão: 22,13% Carne: 62,75% Total: 100,00% Poderíamos imaginar que, em função das mudanças nos preços relativos, ou por conta de uma mudança de hábitos ou preferências, os consumidores modificaram a proporção de sua dieta entre os anos 0 e 3. Pensando na continuidade da série de índices para os três anos seguintes (anos 3 a 6), por exemplo, seria possível se iniciar uma nova série a partir do ano 3, onde este seria = 100. Suponhamos então que esta nova série apresente os seguintes resultados: 52

54 Ano Índices de Preços Arroz Feijão Carne Total 3 100,00 100,00 100,00 100, ,09 112,33 109,32 109, ,01 119,32 104,33 110, ,98 132,18 117,22 122,61 Pesos 0,1512 0,2213 0,6275 1,0000 Para evitar que tenhamos duas sequências (uma do ano 0 ao ano 3, outra do ano 3 ao ano 6), parte-se para o encadeamento. Imaginemos que se queira saber a variação do custo de alimentação entre o ano 1 e o ano 5. Assim, os índices de segunda série a partir do ano 3 seriam ligados aos da primeira série, multiplicando-os pelos valores apurados no período de transição. No exemplo em questão, os índices do ano 3 ao ano 6, apurados na segunda sequência, seriam multiplicados por 1,1822, no caso do arroz,; 1,1679, no caso do feijão; 1,1997, no caso da carne; e 1,1901, para o total. Obteríamos então o seguinte conjunto encadeado de índices: Ano Índices de Preços Arroz Feijão Carne Total 0 100,00 100,00 100,00 100, ,32 109,47 114,32 112, ,44 113,22 117,39 115, ,22 116,79 119,97 119, ,60 131,19 131,15 130, ,88 139,35 125,16 130, ,84 154,37 140,63 145,92 Com essa apresentação encadeada, para sabermos qual foi o aumento do custo da alimentação entre os anos 1 e 5, basta fazer a seguinte operação: 130,93 / 112,25 1 = 16,64%. A variação da fórmula de Laspeyres encadeada de base móvel trata a questão da desatualização das quantidades, inerente ao índice de Laspeyres, atualizando periodicamente a importância relativa dos itens no índice total, através da variação dos seus respectivos preços e considerando ainda o encadeamento visto anteriormente, portanto, é a melhor alternativa dadas as restrições de pesquisa e manutenção do índice. Os índices desenvolvidos nesse trabalho utilizam a fórmula Laspeyres encadeada de base móvel mesma fórmula utilizada nos Índices Gerais de Preços, da FGV. 53

55 Nesse método, a estrutura de ponderações serve de base para um determinado período. A variação total no índice equivale à soma das influências de cada item, que por sua vez, é resultado da multiplicação do peso do item pela variação do seu preço relativo (atual em relação ao anterior). Os pesos dos itens são então recalculados, dessa vez sobre esse novo custo total, gerando assim a estrutura de ponderações para o cálculo do índice no período seguinte. A estrutura de ponderações definida nesse capítulo como base para o cálculo das séries foi utilizada no período janeiro de As ponderações para os meses seguintes são móveis, definidas conforme descrito acima. As ponderações para os meses anteriores a janeiro de 2011 também são móveis e seguem a mesma lógica, ou seja, os pesos de cada item representam sua participação sobre o custo total. A figura a seguir ilustra o método descrito acima, apresentando os cálculos realizados a partir do mês no qual a estrutura de ponderações foi utilizada como base janeiro de 2011 e os cálculos para o mês seguinte, onde os pesos são redefinidos em função das participações dos itens sobre o novo custo total, dadas as variações nos preços. Figura 4: Índice de Laspeyres Encadeado de Base Móvel: Recálculo de Ponderações (exemplo) Fonte: Elaboração própria. 54

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