PLANO DE AÇÃO. Para fortalecer a democracia, criar prosperidade e realizar o potencial humano, nossos governos irão:

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "PLANO DE AÇÃO. Para fortalecer a democracia, criar prosperidade e realizar o potencial humano, nossos governos irão:"

Transcrição

1 PLANO DE AÇÃO Para fortalecer a democracia, criar prosperidade e realizar o potencial humano, nossos governos irão: 1. FAZENDO A DEMOCRACIA FUNCIONAR MELHOR Processos e Procedimentos Eleitorais Reconhecendo a relação entre democracia, desenvolvimento sustentável, separação de poderes e instituições governamentais eficazes e eficientes, e observando que a transparência e a responsabilidade pública dos sistemas eleitorais e a independência dos órgãos responsáveis pela condução e verificação de eleições livres, justas e periódicas são elementos essenciais para assegurar o apoio às instituições democráticas e a participação nelas: Compartilhar melhores práticas e tecnologias relativas ao aumento da participação dos cidadãos nos processos eleitorais, incluindo a educação dos eleitores, a modernização e a simplificação do registro eleitoral e do processo de votação e contagem de votos, considerando ao mesmo tempo a necessidade de salvaguardar a integridade do processo eleitoral e promover a participação e a integração plenas de todas as pessoas com direito a votar, sem discriminação; Continuar a aprimorar os mecanismos eleitorais, valendo-se, quando possível, da tecnologia da informação e da comunicação, para garantir efetivamente a imparcialidade, a presteza e a ação independente dos órgãos, tribunais e outros agentes responsáveis pela condução, supervisão e verificação das eleições nos níveis nacionais e locais e para fortalecer e facilitar, com o apoio da Organização dos Estados Americanos (OEA) e de outras organizações regionais e internacionais, a cooperação hemisférica e o intercâmbio de experiências legislativas e tecnológicas nessas áreas, e o envio de observadores eleitorais quando assim for solicitado; Convocar, sob os auspícios da OEA e com a colaboração do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), encontros de peritos para examinar em maior profundidade questões tais como: o registro de partidos políticos; o acesso dos partidos políticos ao financiamento e aos meios de comunicação; o financiamento de campanhas; a supervisão e a divulgação dos resultados eleitorais; e as relações dos partidos políticos com outros setores da sociedade; Transparência e Boa Gestão Governamental 1/49

2 Reconhecendo que uma boa gestão governamental requer a existência de instituições governamentais eficazes, representativas, transparentes e responsáveis em todos os níveis, a participação pública, o equilíbrio e a separação de poderes, e notando o papel da tecnologia da informação e da comunicação para alcançar estas metas: Promover a cooperação entre os órgãos nacionais do Hemisfério responsáveis pelo desenvolvimento e manutenção de procedimentos e práticas de preparação, apresentação, fiscalização e auditoria das contas públicas, quando apropriado com auxílio técnico de organizações e bancos multilaterais de desenvolvimento (BMDs), e apoiar intercâmbio de informação sobre atividades de fiscalização relacionadas com a coleta, distribuição e gasto dos fundos públicos; Incentivar a cooperação e o intercâmbio de experiências e melhores práticas parlamentares entre legisladores nacionais do Hemisfério, respeitando a separação e o equilíbrio de poderes, por meios bilaterais, subregionais e hemisféricos, tais como o Fórum Interparlamentar das Américas; Trabalhar conjuntamente para facilitar a cooperação entre instituições nacionais com a atribuição de garantir a proteção, a promoção e o respeito aos direitos humanos, o acesso à informação e a liberdade de informação, com o objetivo de desenvolver melhores práticas para aprimorar a administração das informações individuais de posse dos governos e facilitar o acesso dos cidadãos a tais informações; Criar e implementar programas para facilitar a participação pública e a transparência, com o apoio técnico e financeiro de organizações e bancos multilaterais de desenvolvimento, quando apropriado, utilizando tecnologia da informação e da comunicação, quando aplicável, em processos de tomada de decisão e na prestação de serviços pelo governo, e para divulgar, dentro de prazos definidos pela legislação nacional, informações em todos os níveis de governo; Mídia e Comunicações Observando que o acesso às tecnologias presentes e futuras da informação e da comunicação tem impacto crescente e significativo na vida dos indivíduos e oferece oportunidades importantes para o desenvolvimento da democracia, e que os meios de comunicação têm um papel importante a desempenhar na promoção de uma cultura democrática: 2/49

3 Garantir que os meios de comunicação sejam livres de intervenções arbitrárias pelo Estado e, especificamente, trabalhar para eliminar obstáculos legais ou normativos para o acesso aos meios de comunicação por partidos políticos registrados, inclusive facilitando, quando possível, o acesso eqüitativo à televisão e ao rádio durante as campanhas eleitorais; Incentivar a cooperação entre emissoras públicas e privadas de rádio e televisão, incluindo operadores de serviços a cabo, órgãos reguladores independentes e órgãos públicos, a fim de facilitar o intercâmbio hemisférico de melhores práticas e tecnologias do setor para garantir meios de comunicação livres, abertos e independentes; Incentivar esforços de auto-regulamentação dos meios de comunicação, incluindo normas de conduta ética, para atender às preocupações da sociedade civil sobre, entre outros aspectos, a redução da disseminação de violência extrema e de estereótipos negativos relacionados com as mulheres e grupos étnicos, sociais e outros, contribuindo assim para a promoção de mudanças de atitudes e padrões culturais por meio da projeção de imagens pluralistas, equilibradas e nãodiscriminatórias; Luta Contra Corrupção Reconhecendo que a corrupção afeta gravemente as instituições políticas democráticas e o setor privado, prejudica o crescimento econômico e solapa as necessidades e os interesses básicos dos grupos mais pobres, e que a prevenção e o controle desses problemas são de responsabilidade do governo, bem como das instituições legislativas e judiciais: Considerar a assinatura e ratificação, ratificação, ou adesão, assim que possível e conforme seja o caso, à Convenção Interamericana contra a Corrupção, em conformidade com os marcos jurídicos respectivos, e promover a implementação efetiva da Convenção através, entre outros, do Programa Interamericano de Cooperação na Luta Contra a Corrupção, e programas e atividades de cooperação técnica associados, incluindo aqueles de organizações e instituições financeiras multilaterais relevantes sobre boa gestão governamental e combate à corrupção, bem como programas elaborados e implementados por cada país conforme as leis nacionais, por seus próprios órgãos apropriados que possam vir a necessitar de assistência; Apoiar a criação, assim que possível, considerando as recomendações da OEA, de um mecanismo de seguimento para a implementação da Convenção Interamericana contra a Corrupção pelos Estados Partes nesse instrumento; 3/49

4 Apoiar o fortalecimento da Rede Interamericana de Cooperação Contra a Corrupção no contexto da OEA, bem como as iniciativas que visam fortalecer a cooperação entre funcionários responsáveis pela ética governamental e membros da sociedade civil; Fortalecer, em cooperação com organizações multilaterais e bancos multilaterais de desenvolvimento, quando apropriado, a participação da sociedade civil na luta contra a corrupção, por meio de iniciativas que promovam a organização, o treinamento e a vinculação de grupos da sociedade civil com projetos concretos que promovam a transparência e a responsabilidade na gestão pública; Continuar a promover políticas, processos e mecanismos que protejam o interesse público, a utilização de mecanismos de divulgação de bens de funcionários públicos a fim de evitar possíveis conflitos de interesse e incompatibilidades, bem como outras medidas que aumentem a transparência; Fortalecimento de Governos Locais Reconhecendo que a participação dos cidadãos e a representação política adequada são o fundamento da democracia e que os governos locais estão mais presentes na vida cotidiana dos cidadãos: Promover mecanismos para facilitar a participação dos cidadãos na política, especialmente em governos locais ou municipais; Promover o desenvolvimento, a autonomia e o fortalecimento institucional dos governos locais a fim de promover condições favoráveis para o desenvolvimento econômico e social sustentável das suas comunidades; Fortalecer a capacidade institucional dos governos locais para permitir a participação plena e igualitária dos cidadãos nas políticas públicas, sem qualquer discriminação, facilitar o acesso aos serviços fundamentais para melhorar a qualidade de vida dos cidadãos, e fortalecer a descentralização e o desenvolvimento integral desses serviços, em parte mediante financiamentos e iniciativas adequados e oportunos que permitam aos governos locais gerar e administrar seus próprios recursos; Fomentar o intercâmbio de informações, melhores práticas e experiências administrativas entre funcionários de governos locais e associações de governos locais, associações comunitárias e junto ao público, em parte facilitando o acesso às tecnologias da informação e comunicação pelos municípios e incentivar a cooperação e a coordenação entre organizações nacionais, subregionais e regionais de prefeitos e governos locais; 4/49

5 Estimular a cooperação internacional na capacitação de dirigentes e de funcionários administrativos de governos locais; Apoiar a realização, na Bolívia, de uma reunião de ministros ou autoridades no nível mais elevado responsáveis pelas políticas de descentralização, governos locais e participação dos cidadãos em governos municipais, e considerar atentamente as recomendações da Sexta Conferência Interamericana de Prefeitos e outros processos relevantes; Apoiar o Programa de Cooperação e Descentralização em Governos Locais da OEA, incluindo, com o apoio do BID, o desenvolvimento de programas e a participação efetiva dos cidadãos em processos de tomada de decisões; 2. DIREITOS HUMANOS E LIBERDADES FUNDAMENTAIS Reconhecendo que a proteção universal e a promoção dos direitos humanos, incluindo os direitos civis, culturais, econômicos, políticos e sociais, bem como o respeito pelas normas e princípios do direito internacional humanitário baseado nos princípios de universalidade, indivisibilidade e interdependência, são fundamentais para o funcionamento das sociedades democráticas; realçando a importância do respeito ao estado de direito, do acesso efetivo e igualitário à justiça e da participação de todos os elementos da sociedade em processos públicos de tomada de decisão: Implementação de Obrigações Internacionais e Respeito pelos Padrões Internacionais Considerar a assinatura e ratificação, ratificação, ou adesão, assim que possível e conforme seja o caso, a todos os instrumentos universais e hemisféricos sobre direitos humanos, adotar medidas concretas em âmbito nacional para promover e fortalecer os direitos humanos e as liberdades fundamentais de todas as pessoas, inclusive das mulheres, crianças, idosos, povos indígenas, migrantes, cidadãos retornados, incapacitados, e aqueles que pertencem a grupos vulneráveis ou discriminados, notando que o uso do termo "povos" neste documento não pode ser interpretado como tendo quaisquer implicações quanto aos direitos vinculados ao termo segundo o direito internacional e que os direitos associados ao termo "povos indígenas" têm um significado vinculado a contextos específicos determinados nas negociações multilaterais dos textos de declarações que lidam especificamente com tais direitos; Reafirmar sua determinação de combater e eliminar a impunidade em todos os níveis em nossas sociedades pelo fortalecimento dos sistemas judiciais e das instituições nacionais de direitos humanos; 5/49

6 Combater, em conformidade com o direito internacional, o genocídio, os crimes contra a humanidade e os crimes de guerra, onde quer que ocorram, e, especificamente, convocar todos os Estados para que considerem ratificar ou, dependendo do caso, aderir ao Estatuto de Roma do Tribunal Penal Internacional; Reconhecer a importância da Conferência Preparatória Regional das Américas contra o Racismo, a Discriminação Racial, a Xenofobia e as Formas Conexas de Intolerância realizada em Santiago, Chile, em dezembro de 2000, e comprometer-se a participar ativament e na Conferência Mundial a ser realizada na África do Sul em 2001, promovendo seus objetivos e ressaltando que as plataformas políticas baseadas no racismo, xenofobia ou doutrinas de superioridade racial devem ser condenadas como incompatíveis com a democracia e com o governo transparente e responsável; Apoiar os esforços na OEA com vistas a considerar a necessidade de elaborar uma convenção interamericana contra o racismo e formas conexas de discriminação e intolerância; Fortalecimento dos Sistemas de Direitos Humanos Continuar a promover medidas concretas para reforçar e melhorar o Sistema Interamericano de Direitos Humanos, especificamente o funcionamento da Corte Interamericana de Direitos Humanos e da Comissão Interamericana para os Direitos Humanos (CIDH), concentrando-se em: universalizar o sistema interamericano de direitos humanos, aumentar a adesão aos seus documentos fundamentais, cumprir as decisões da Corte Interamericana e dar seguimento às recomendações da Comissão, facilitando o acesso das pessoas a este mecanismo de proteção e aumentando substancialmente os recursos para manter as operações em andamento, inclusive pelo incentivo a contribuições voluntárias; examinar a possibilidade de que a Corte e a CIDH possam funcionar em caráter permanente; e determinar à XXXI Assembléia Geral da OEA, a ser realizada em San José, Costa Rica, em junho deste ano, que inicie ações para realizar as metas acima mencionadas; Reforçar a capacidade das instituições governamentais incumbidas de promover e proteger os direitos humanos, tais como as instituições nacionais de direitos humanos, reconhecendo assim o importante papel que desempenham, e contribuir para o estabelecimento efetivo de uma rede dessas instituições do Hemisfério, utilizando tecnologias da informação e da comunicação para promover e concretizar uma cooperação sustentável e uma melhor coordenação; Criar e fortalecer planos de ação nacionais de direitos humanos, em conformidade com o mandato da Declaração e Programa de Ação de Viena, de 1993, e promover instituições nacionais de direitos humanos independentes, buscando, quando apropriado, o apoio técnico e financeiro de 6/49

7 Migração organizações multilaterais, bancos multilaterais de desenvolvimento e agências multilaterais especializadas; Procurar promover e implementar a Declaração sobre o Direito e o Dever dos Indivíduos, Grupos e Instituições de Promover a Proteger os Direitos Humanos e as Liberdades Fundamentais Universalmente Reconhecidos (também denominada Declaração sobre os Defensores dos Direitos Humanos das Nações Unidas); Avançar as negociações no sistema da OEA sobre o Projeto de Declaração Americana sobre os Direitos dos Povos Indígenas, com vistas a sua conclusão e adoção dentro do menor prazo possível; Reafirmar os compromissos assumidos em 1998 na Cúpula de Santiago referentes à proteção dos direitos humanos dos migrantes, incluindo os trabalhadores migrantes e suas famílias: Fortalecer a cooperação entre os Estados para tratar, com um enfoque abrangente, objetivo e de longo prazo, das manifestações, origens e efeitos da migração na região; Promover o reconhecimento do valor da cooperação estreita entre os países de origem, trânsito e destino a fim de garantir a proteção dos direitos humanos dos migrantes; Estabelecer um programa interamericano para promover e proteger os direitos humanos de migrantes no âmbito da OEA, incluindo trabalhadores migrantes e suas famílias, levando em consideração as atividades da CIDH e apoiando o trabalho do Relator Especial sobre trabalhadores migrantes da CIDH e o Relator Especial das Nações Unidas sobre a Migração; Comprometer-se a levar a cabo a mais ampla cooperação e a troca de informações entre os Estados sobre redes de tráfico ilegal, inclusive a criação de campanhas preventivas sobre os perigos e os riscos enfrentados por migrantes, principalmente mulheres e crianças, que são freqüentemente vítimas de tal atividade, visando erradicar este crime; Estabelecer vínculos com processos sub-regionais, como a Conferência Regional sobre Migração e a Conferência Sul-americana sobre Migração, as quais são foros de diálogo, a fim de trocar informações sobre o fenômeno da migração, bem como promover a cooperação com organizações internacionais especializadas, como a Organização Internacional de Migração (OIM), para avançar e coordenar os esforços de implementação dos mandatos da Cúpula; 7/49

8 Direitos Humanos das Mulheres Continuar a implementar as recomendações contidas no Relatório do Relator Especial da CIDH sobre a Situação das Mulheres nas Américas de 1998 e assegurar a avaliação e, quando apropriado, o estabelecimento de mecanismos nacionais para seu seguimento; Integrar plenamente os direitos humanos das mulheres no trabalho das instituições hemisféricas, incluindo a Corte Interamericana de Direitos Humanos e a CIDH, e incrementar as candidaturas de mulheres para cargos nesses órgãos; Solicitar à OEA, por intermédio de seus órgãos especializados e, especificamente, da Comissão Interamericana da Mulher (CIM), que facilite a integração de uma perspectiva de gênero no trabalho de todos os seus órgãos, agências e entidades, por intermédio do desenvolvimento de programas de treinamento e da divulgação de informações sobre os direitos humanos das mulheres, e apoiar os governos na compilação e difusão sistemáticas de dados estatísticos desagregados por gênero; Criar, revisar e implementar leis, procedimentos, códigos e regulamentos para assegurar a compatibilidade com as obrigações legais internacionais e proibir e eliminar todas as formas de discriminação baseadas em gênero, e continuar o trabalho iniciado na Cúpula de Santiago que definiu a meta de igualdade perante a lei entre homens e mulheres até o ano 2002; Criar políticas e práticas adicionais para combater a violência contra mulheres, inclusive a violência doméstica, em conformidade com a definição estabelecida na Convenção Interamericana sobre a Prevenção, Punição e Erradicação da Violência Contra Mulheres (Convenção de Belém do Pará); Considerar a assinatura e ratificação, ratificação, ou adesão, assim que possível e conforme seja o caso, à Convenção sobre a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação Contra a Mulher das Nações Unidas e seu Protocolo Opcional; Direitos Humanos das Crianças e dos Adolescentes Considerar a assinatura e ratificação, ratificação, ou adesão, assim que possível e conforme seja o caso, aos dois Protocolos Opcionais da Convenção sobre os Direitos das Crianças das Nações Unidas, especificamente aquele sobre o envolvimento de crianças em conflitos armados, e aquele sobre a venda de crianças, prostituição infantil e pornografia infantil ; buscar a plena incorporação de suas obrigações sob a Convenção sobre os Direitos das Crianças das Nações Unidas em suas leis, políticas e práticas nacionais; 8/49

9 Incorporar totalmente os direitos humanos das crianças e dos adolescentes no trabalho das instituições hemisféricas, inclusive a Corte Interamericana de Direitos Humanos, a CIDH e o Instituto Interamericano da Criança; Liberdade de Opinião e de Expressão Continuar a apoiar o trabalho do sistema interamericano de direitos humanos na área de liberdade de expressão, por meio do Relator Especial para a Liberdade de Expressão da CIDH, bem como prosseguir na difusão de trabalhos de jurisprudência comparada e procurar assegurar que a legislação nacional sobre liberdade de expressão seja coerente com as obrigações legais internacionais; Assegurar que as leis nacionais relacionadas com a liberdade de expressão sejam aplicadas a todos de maneira equitativa, respeitando a liberdade de expressão e o acesso às informações por todos os cidadãos e que os Estados garantam que os jornalistas e formadores de opinião tenham liberdade para investigar e publicar, sem receio de sofrer repressão, intimidação ou retaliação, inclusive mediante o uso indevido de leis anti-difamatórias; 3. JUSTIÇA, ESTADO DE DIREITO E SEGURANÇA DO INDIVÍDUO Reconhecendo que o acesso igual de todos à justiça independente, imparcial e oportuna é a base da democracia e do desenvolvimento econômico e social; e acolhendo com beneplácito a maior regularidade de reuniões, consultas e colaboração entre nossos ministros da justiça, juízes dos supremos tribunais, procuradores gerais, ombudsman, oficiais responsáveis pela aplicação da lei e outros; e notando com satisfação o crescente interesse em colaborar e intercambiar experiências para desenvolver e implementar reformas judiciais e da aplicação da lei: Acesso à Justiça Apoiar iniciativas e programas públicos e privados para educar as pessoas sobre seus direitos relacionados ao acesso à justiça; e promover medidas que garantam o acesso expedito, universal e igualitário à justiça; Promover a cooperação para trocar experiências em mecanismos alternativos de resolução de litígios para agilizar a aplicação da justiça, inclusive entre povos indígenas, para os quais podem solicitar o apoio, quando apropriado, da OEA, do BID e de outras entidades; Independência do Judiciário 9/49

10 Incentivar medidas para fortalecer a independência do judiciário, inclusive processo transparente de seleção de juízes, estabilidade no cargo, normas de conduta apropriadas e responsabilidade perante a sociedade; Encontros dos Ministros da Justiça do Hemisfério Continuar a apoiar o trabalho realizado no contexto das Reuniões de Ministros da Justiça e Procuradores-Gerais, cujo quarto encontro se realizará em Trinidad e Tobago, seus encontros subseqüentes e a implementação de suas conclusões e recomendações; Desenvolver um plano de financiamento para o Centro de Estudos Judiciais das Américas que leve em consideração os interesses e os recursos tanto dos governos quanto de outros prováveis doadores que permitirá ao Centro contribuir não apenas para a modernização e formulação de políticas públicas nessa área, mas também para o desenvolvimento institucional dos sistemas judiciais na região; Desenvolver por intermédio das Reuniões de Ministros da Justiça e outros mecanismos apropriados, com o apoio técnico e financeiro de outras organizações multilaterais e instituições financeiras quando apropriado, um intercâmbio de melhores práticas e recomendações compatíveis com os padrões de direitos humanos internacionais, para reduzir o número de detidos aguardando julgamento, desenvolver penas alternativas para crimes menores e melhorar as condições das prisões em todo o hemisfério; Estabelecer, na OEA, uma rede de informação, baseada na Internet, sobre extradição e assistência jurídica mútua entre as autoridades judiciais competentes, a fim de facilitar sua comunicação direta e continuada para identificar problemas comuns e lidar com causas e questões específicas que requeiram atenção e deliberação coletivas; Combate ao Problema das Drogas Reconhecendo a grave natureza do problema das drogas na região, renovando seu compromisso resoluto em combatê-lo em todas as suas manifestações com uma perspectiva integral, em conformidade com o princípio da responsabilidade compartilhada, por intermédio da coordenação das iniciativas nacionais e no espírito de cooperação e respeito mútuo estabelecido na Estratégia Hemisférica Contra as Drogas; e reconhecendo também o trabalho realizado pela Comissão Interamericana para o Controle do Abuso de Drogas (CICAD) e pelo Grupo de Peritos Governamentais nomeado para realizar a primeira rodada do Mecanismo de Avaliação Multilateral: 10/49

11 Notar com satisfação a criação e a implementação do Mecanismo de Avaliação Multilateral (MAM) e reiterar nosso compromisso em fazer desse instrumento, único no mundo, uma pedra angular no que tange à eficaz cooperação hemisférica na luta contra o problema das drogas em todos os seus componentes; Implementar as propostas e recomendações contidas nos relatórios nacionais e no hemisférico, aprovadas pela CICAD, de acordo com a situação específica de cada país; Continuar fortalecendo e revisando o MAM para acompanhar os esforços nacionais e hemisféricas contra as drogas, e recomendar ações concretas para incentivar a cooperação interamericana e as estratégias nacionais para combater esse flagelo; Recomenda: - Intensificar esforços conjuntos do Banco Interamericano de Desenvolvimento e da CICAD, a fim de obter os recursos financeiros da comunidade doadora internacional, por intermédio de grupos de consulta que apóiem as iniciativas de combate às drogas para programas de desenvolvimento alternativo e de redução de demanda; - Criar unidades de inteligência financeira em países que ainda não o fizeram, com o apoio da CICAD e das agências internacionais especializadas nessa área, para as quais, nesse contexto, se recomenda que as iniciativas de treinamento da CICAD e do BID sejam expandidas; - Desenvolver, dentro da estrutura da CICAD, uma estratégia de longo prazo que inclua um programa de três anos para estabelecer um mecanismo básico e homogêneo para estimar os custos sociais, humanos e econômicos do problema das drogas nas Américas e apoiar os países com a assistência técnica necessária; Promover a cooperação bilateral e multilateral e a troca de informações sobre políticas e ações relativas à prevenção do uso de drogas, ao tratamento, à reabilitação e ao controle da oferta e desenvolver campanhas educacionais para promover a conscientização pública sobre o risco do consumo de drogas; Apoiar medidas contra o crime organizado, a lavagem de dinheiro, o desvio de precursores químicos, o financiamento de grupos armados e outros tipos de atividades ilícitas decorrentes do tráfico de drogas e de armas; 11/49

12 Promover a cooperação bilateral e multilateral para tratar de maneira integral o fenômeno do deslocamento de diferentes fatores relacionados com o problema das drogas, incluindo o deslocamento de pessoas e de cultivos ilícitos; Crime Organizado Transnacional Incentivar todos os países do hemisfério a considerar a assinatura e ratificação, ratificação, ou adesão, assim que possível e conforme seja o caso, à Convenção das Nações Unidas contra o Crime Organizado Transnacional, de seu Protocolo Contra o Tráfico Ilícito de Migrantes por Terra, Mar e Ar, e de seu Protocolo para Prevenir, Reprimir e Punir o Tráfico de Pessoas, Especialmente Mulheres e Crianças, bem como de seu Protocolo Contra a Fabricação e o Tráfico Ilícito de Armas de Fogo, suas Peças e Componentes e Munição, uma vez aberto para assinatura; Implementar estratégias coletivas, incluindo aquelas decorrentes das Reuniões de Ministros da Justiça das Américas, para intensificar a capacidade institucional dos Estados no intercâmbio de informações e evidências, elaborando acordos internacionais sobre assistência jurídica mútua, quando necessário; desenvolver e difundir relatórios nacionais; e fortalecer a cooperação, com o apoio técnico e financeiro das organizações multilaterais e bancos multilaterais de desenvolvimento, quando apropriado, para combater conjuntamente formas emergentes de atividade criminosa transnacional, incluindo o tráfico de pessoas, a lavagem de dinheiro e bens oriundos de atividades criminosas, bem como o crime cibernético; Examinar as leis e as políticas nacionais com vistas a melhorar a cooperação em áreas como assistência jurídica mútua, extradição e deportação a países de origem, reconhecendo as sérias preocupações dos países que deportam certos estrangeiros por crimes cometidos naqueles países e as sérias preocupações dos países que os recebem quanto ao efeito negativo dessas deportações na incidência da criminalidade nos países de origem; e expressar o desejo de trabalhar em conjunto, quando apropriado, para tratar os efeitos negativos em nossas sociedades; Promover, quando necessário, e em conformidade com a legislação nacional, a adoção de técnicas de investigação previstas na Convenção das Nações Unidas sobre o Crime Organizado Transnacional, instrumentos muito importantes na luta contra o crime organizado; Prevenção da Violência Reconhecendo que a violência e o crime são sérios obstáculos para a convivência social e o desenvolvimento democrático e sócio-econômico no Hemisfério, assim como a urgente necessidade de um enfoque integral para a prevenção da violência: 12/49

13 Incentivar as instituições nacionais a trabalhar em conjunto e coordenar-se com as organizações multilaterais e instituições financeiras pertinentes para implementar programas integrados que incluam iniciativas para a solução de controvérsias, quando apropriado, para a prevenção, atenção permanente, educação pública e tratamento adequado de casos de violência contra pessoas, famílias e comunidades, fortalecendo as capacidades institucionais nacionais nessas áreas; Considerar o desenvolvimento de uma cooperação com os meios de comunicação e a indústria do entretenimento com vistas a eliminar a promoção e a difusão de uma cultura de violência e, dessa forma, contribuir para fomentar uma cultura de paz; Incentivar a utilização de polícia comunitária para desenvolver maior diálogo e interação entre as autoridades encarregadas da aplicação da lei, a sociedade civil e as comunidades locais; Promover a cooperação, utilizando a tecnologia da informação e comunicações, quando apropriado, para modernizar as leis penais com ênfase na capacitação em termos de direitos humanos e na prevenção de atos de violência, em particular a exercida pelas autoridades encarregadas da aplicação da lei, a fim de reduzir a violência contra a população civil e fomentar os valores necessários em nossas sociedades para obter uma maior harmonia social; Promover o intercâmbio de experiências nacionais e melhores práticas sobre o uso de técnicas policiais de identificação por agentes de segurança pública, com vistas à prevenção de detenções baseadas em preconceitos, que tendem a afetar sobretudo as minorias e os pobres; Expandir oportunidades para compartilhar experiências, técnicas e melhores práticas entre os órgãos do governo e instituições da sociedade civil envolvidos no combate à violência psicológica, sexual ou física no lar e no trabalho, reconhecendo que a citada violência é dirigida principalmente contra mulheres e crianças; Procurar adotar medidas necessárias para prevenir, impedir e punir a violência, a segregação e a exploração de mulheres, crianças, idosos, portadores de deficiências e outros grupos vulneráveis, e procurar assegurar que a legislação nacional contemple o remédio de atos de violência contra eles e que tais leis sejam aplicadas, reconhecendo que, quando as vítimas de violência necessitarem de assistência jurídica para obter ressarcimento, todos os esforços devem ser feitos para garantir que recebam tal assistência; Solicitar às organizações multilaterais e outras organizações participantes na Coalizão Interamericana para a Prevenção da Violência, que intensifiquem seu apoio e assistência técnica aos países que o solicitem na elaboração de estratégias e ações nacionais sobre este tema; 13/49

14 Promover medidas concretas para impedir ações hostis contra minorias no Hemisfério, bem como as atividades violentas, nos níveis nacional, regional e internacional, de grupos que apóiam e promovem ideologias racistas e recorrem a práticas terroristas para atingir seus objetivos; Aumentar a cooperação regional com vistas à prevenção do uso criminoso de armas de fogo e munições e examinar, se necessário, medidas e leis nacionais adicionais; Implementar, assim que possível, a Convenção Interamericana contra a Fabricação e o Tráfico Ilícito de Armas de Fogo, Munições, Explosivos e Outros Materiais Relacionados, e aplicar, quando apropriado, os Regulamentos Modelo da CICAD; 4. SEGURANÇA HEMISFÉRICA 1 Reconhecendo que a democracia é essencial para a paz, o desenvolvimento e a segurança no hemisfério, os quais, por sua vez, são a melhor base para promover o bem-estar de nossos povos e ressaltando que a subordinação constitucional das forças armadas e das forças de segurança às autoridades legalmente constituídas em cada um de nossos Estados é fundamental para a democracia: Fortalecimento da Confiança Mútua Realizar em 2004 a Conferência Especial sobre Segurança, para a qual a Comissão de Segurança Hemisférica da OEA deverá concluir a revisão de todos os temas que se referem aos enfoques sobre a segurança internacional no hemisfério, tal como definido na Cúpula de Santiago; 1 O México interpreta que todo o Capítulo 4 do Plano de Ação, incluindo o título Segurança Hemisférica e todos seus conceitos e disposições, será tratado nos foros apropriados da OEA, de acordo com o mandato estabelecido na Segunda Cúpula das Américas, realizada em Santiago do Chile, em abril de /49

15 Dar seguimento a atividades prioritárias relacionadas à prevenção de conflitos e à solução pacífica de controvérsias; responder às preocupações tradicionais e não-tradicionais de segurança e defesa; e apoiar medidas que melhorem a segurança humana; Apoiar os esforços dos pequenos Estados insulares em desenvolvimento para tratar de suas preocupações específicas em relação à segurança, reconhecendo que para os Estados menores e mais vulneráveis do Hemisfério a segurança tem um caráter multidimensional, envolve atores estatais e não-estatais, e inclui componentes políticos, econômicos, sociais e naturais, e que os pequenos estados insulares em desenvolvimento concluíram que entre as ameaças à sua segurança estão o tráfico ilícito de drogas, o tráfico ilícito de armas, os crescentes níveis de atividades criminosas e da corrupção, a vulnerabilidade ambiental, exacerbada pela suscetibilidade aos desastres naturais e o transporte dos despejos nucleares, a vulnerabilidade econômica, especialmente em relação ao comércio, as novas ameaças à saúde, como a pandemia do HIV/AIDS e os níveis crescentes de pobreza; Melhorar a transparência e a responsabilidade das instituições de defesa e de segurança, e promover um maior grau de entendimento e cooperação entre as entidades governamentais que participam em questões de segurança e defesa, por meio de, por exemplo, intercâmbio de documentos de política e doutrina de defesa pessoal e informação, incluindo, quando possível, cooperação e capacitação para a participação em atividades de manutenção da paz das Nações Unidas e melhor responder às necessidades legítimas de segurança e defesa, aumentando a transparência na aquisição de armas, com a finalidade de promover a confiança e a segurança no hemisfério; Continuar promovendo maior grau de confiança e segurança no hemisfério, por exemplo por meio do apoio contínuo a medidas de fomento da confiança e segurança, tais como as adotadas nas Declarações de Santiago e San Salvador; e a mecanismos, acordos e fundos existentes, incluindo considerar a assinatura e ratificação, ratificação, ou adesão, assim que possível e conforme seja o caso, à Convenção sobre a Proibição do Uso, Armazenamento, Produção e Transferência de Minas Anti-pessoal e sobre a sua Destruição, à Convenção Interamericana sobre a Transparência nas Aquisições de Armas Convencionais e à Convenção Interamericana Contra a Fabricação e o Tráfico Ilícitos de Armas de Fogo, Munição, Explosivos e Outros Materiais Correlatos; apoiando plenamente a Conferência das Nações Unidas sobre Armas Pequenas e Armas Leves, que se realizará em julho de 2001, levando em conta os resultados da Reunião Regional Preparatória da América Latina e do Caribe, celebrada em Brasília, em novembro de 2000, e o trabalho da OEA, que contribuem para dar uma perspectiva regional às discussões; 15/49

16 Apoiar firmemente a terceira reunião dos Estados-Partes da Convenção sobre a Proibição do Uso, Estoque, Produção e Transferência de Minas Anti-pessoal e sobre a sua Destruição, que se realizará em setembro de 2001, em Manágua, Nicarágua, e a Conferência de revisão da Convenção das Nações Unidas de 1980 sobre Proibições ou Restrições ao Emprego de Certas Armas Convencionais que Podem Considerar-se Excessivamente Nocivas ou de Efeitos Indiscriminados, em dezembro de 2001, em Genebra, e os esforços da OEA para converter o Hemisfério em uma zona livre de minas anti-pessoal; Convocar uma reunião de peritos antes da Conferência Especial sobre Segurança para dar seguimento às conferências regionais de Santiago e San Salvador sobre medidas de fomento da confiança e da segurança, para avaliar sua implementação e considerar as próximas etapas na consolidação da confiança mútua; Promover o apoio financeiro ao Fundo de Paz da OEA: solução pacífica de controvérsias territoriais, estabelecido para fornecer recursos financeiros para ajudar a cobrir custos inerentes a procedimentos previamente acordados pelas partes para a solução pacífica de controvérsias territoriais entre Estados-membros da OEA; Apoiar o trabalho preparatório da 5 a Reunião de Ministros da Defesa das Américas, a ser realizada no Chile, bem como as reuniões subseqüentes; Luta Contra o Terrorismo Apoiar o trabalho iniciado pelo Comitê Interamericano contra o Terrorismo (CICTE), estabelecido no âmbito da OEA como resultado do Compromisso de Mar del Plata adotado em 1998, e incentivar a cooperação hemisférica para prevenir, combater e eliminar todas as formas de terrorismo, levando em consideração o Estatuto e o Plano de Trabalho do CICTE; Considerar a assinatura e ratificação, ratificação, ou adesão, assim que possível e conforme seja o caso, em conformidade com suas respectivas legislações internas, aos acordos internacionais relacionados com a luta contra o terrorismo; 5. SOCIEDADE CIVIL Reconhecendo o importante papel da participação da sociedade civil na consolidação da democracia e que tal participação constitui um dos elementos vitais para o êxito das políticas de desenvolvimento, 16/49

17 considerando que homens e mulheres têm direito a participar, com igualdade e eqüidade, nos processos de tomada de decisões que afetam suas vidas e bem-estar; e considerando que a diversidade de opiniões, de experiências e de conhecimentos técnicos da sociedade civil constituem um recurso importante e valioso para as iniciativas e respostas dos governos e instituições democráticas: Fortalecimento da Participação em Processos Nacionais e Hemisféricos Buscar estabelecer instrumentos públicos e privados de financiamento, com vistas a ampliar a capacidade das organizações da sociedade civil, a fim de tornar mais visível o trabalho e a contribuição dessas organizações e promover a responsabilidade; Desenvolver estratégias, no nível nacional e através da OEA, outras organizações multilaterais e bancos multilaterais de investimento, para aumentar a capacidade da sociedade civil de participar de modo mais completo no sistema interamericano e no desenvolvimento político, econômico e social de suas comunidades e países, fomentando a representatividade e facilitando a participação de todos os setores da sociedade; e incrementar a capacidade institucional dos governos para receber e incorporar as contribuições e as causas da sociedade civil e responder a elas, especialmente por meio da utilização de tecnologia da informação e da comunicação; Promover a participação de todos os grupos minoritários na formação de uma sociedade civil mais forte; Desenvolver, em cooperação com as organizações relevantes da sociedade civil, peritos acadêmicos e outros, conforme apropriado, programas educacionais para proporcionar educação sobre a democracia e os direitos humanos e promover a introdução de livros e materiais didáticos que reflitam a diversidade étnica, cultural e religiosa das Américas, como parte do currículo do ensino fundamental e do ensino médio; 6. COMÉRCIO, INVESTIMENTOS E ESTABILIDADE FINANCEIRA Comércio e investimentos Garantir que as negociações do Acordo ALCA sejam concluídas o mais tardar em janeiro de 2005, para buscar sua entrada em vigor o quanto antes, até, no máximo, dezembro de 2005, em conformidade com os princípios e objetivos estabelecidos na Declaração Ministerial de São José, em particular, com a obtenção de um acordo equilibrado, abrangente, consistente com as regras e disciplinas da Organização Mundial do Comércio (OMC), cujos resultados constituirão um compromisso único que incorpore direitos e obrigações mutuamente acordadas; 17/49

18 Garantir a transparência do processo de negociação, incluindo a publicação do projeto preliminar de Acordo ALCA nas quatro línguas oficiais, o mais cedo possível, e a disseminação de informações adicionais sobre o andamento das negociações; Promover, através dos respectivos mecanismos nacionais de diálogo e dos mecanismos apropriados da ALCA, A um processo de comunicação crescente e contínua com a sociedade civil que lhe assegure uma clara percepção do desenvolvimento do processo negociador da ALCA; convidar a sociedade civil para que continue a contribuir para o processo ALCA; e, para esse fim, desenvolver uma lista de opções que poderia incluir programas de difusão nas economias menores que poderiam ser apoiados pelo Comitê Tripartite ou por qualquer outra fonte de recursos; Assegurar a plena participação de todos os nossos países na ALCA, levando em consideração as diferenças nos níveis de desenvolvimento e tamanho das economias do hemisfério, de forma a criar oportunidades para a plena participação das economias menores e aumentar o seu nível de desenvolvimento; Supervisionar e apoiar, através de assistência técnica, a implementação completa das medidas de facilitação de negócios já adotadas; Instruir nossos representantes nas instituições do Comitê Tripartite a continuar a obter os recursos necessários para contribuir no apoio ao trabalho da Secretaria Administrativa da ALCA; Estimular as instituições do Comitê Tripartite a continuar a responder positivamente às solicitações de cooperação técnica de entidades da ALCA; e solicitar a essas instituições, respeitados seus respectivos procedimentos internos, a considerar favoravelmente os pedidos de assistência técnica relacionados com temas da ALCA provenientes de países-membros, particularmente das economias menores, com o objetivo de facilitar sua integração no processo da ALCA; Estabilidade econômica e financeira Acolher e apoiar o trabalho feito pelos Ministros das Finanças do Hemisfério, reunidos em Toronto, no Canadá, dias 3 e 4 de abril de 2001, com o objetivo de promover a estabilidade econômica e financeira, assim como o crescimento sólido e sustentável como condição prévia e essencial ao desenvolvimento acelerado e à redução da pobreza, de modo a assegurar que os benefícios da globalização sejam distribuídos de maneira ampla e equitativa a toda a população; 18/49

19 Reconhecer o valor dos esforços feitos para avançar na integração hemisférica incluindo maior acesso a bens, serviços, capital e tecnologia, a fim de atingir a totalidade dos objetivos sociais e de outra natureza; Apoiar os esforços dos Ministros de Finanças, visando a vencer os desafios ligados à globalização, proteger economias mais vulneráveis, prevenir crises, afirmar a importância de ver os benefícios da globalização serem amplamente distribuídos em todas as regiões e em todos os setores sociais de nossos países, reconhecendo, ao mesmo tempo, os desafios extraordinários enfrentados pelos pequenos Estados; Afirmar que uma atenção maior deve ser dada ao aumento do crescimento econômico e à redução da pobreza, de maneira a reforçar-se mutuamente e que essa prioridade deve incluir as políticas sociais setoriais que efetivamente consigam reduzir a pobreza e aumentar os investimentos nas pessoas, com maior acesso à educação básica e aos serviços de saúde; Instruir nossos Ministros de Finanças para que continuem a explorar formas que assegurem que instituições financeiras internacionais, bancos de desenvolvimento regional e outros organismos internacionais levem em conta adequadamente as iniciativas da Cúpula em suas políticas de empréstimo e programas de assistência técnica para o Hemisfério; Responsabilidade social das empresas Reconhecendo o papel fundamental desempenhado pelas empresas de todos os tamanhos na criação da prosperidade e no fluxo e manutenção do comércio e dos investimentos no Hemisfério; e notando que as empresas podem aportar uma importante contribuição ao desenvolvimento sustentável e ao aumento do acesso às oportunidades, incluindo-se a redução das desigualdades nas comunidades onde operam; e levando em conta as expectativas crescentes de nossos cidadãos e das organizações da sociedade civil de que as empresas operem de maneira consistente com suas responsabilidades sociais e ambientais: Apoiar a análise e a avaliação contínuas da responsabilidade social das empresas no âmbito da OEA, assegurando que a sociedade civil e o setor privado sejam consultados regular e adequadamente, e que este processo aproveite a experiência de outras organizações internacionais, organismos nacionais e atores não-governamentais; Realizar uma reunião, assim que possível em 2002, com o apoio da OEA, BID e outras organizações interamericanas relevantes, com a participação de representantes dos governos, da sociedade civil, principalmente do setor empresarial, para aprofundar o diálogo sobre a responsabilidade social das empresas no Hemisfério, aumentar a conscientização dos tópicos principais a serem determinados e debater formas de estimular o desenvolvimento, a adoção e a 19/49

20 implementação pelo setor empresarial de princípios de boa conduta que permitam o avanço da responsabilidade social e ambiental das empresas; 7. INFRA-ESTRUTURA REGULAMENT AÇÃO Reconhecendo que o desenvolvimento de uma infra-estrutura física é um complemento importante da integração econômica; que os avanços realizados na área de infra-estrutura impulsionarão novas forças em direção a uma integração ampla e profunda, desencadeando uma dinâmica que deve ser incentivada; e que os projetos de infra-estrutura voltados para a integração devem ser complementados pela adoção de regimes normativos e administrativos que facilitem sua implementação; Telecomunicações Reconhecendo que os Estados possuem o direito soberano de regular seus próprios setores de telecomunicações e que o acesso universal e de custo acessível a novas tecnologias da informação e comunicações constitui um modo importante de elevar o padrão de vida de nossos cidadãos e de reduzir a distância entre as populações urbanas e rurais, assim como a distância entre os países; notando a importância de se aumentar a cooperação com o setor privado para expandir e modernizar ainda mais nossos setores de telecomunicações; reconhecendo e afirmando nosso empenho e dedicação à abertura dos mercados e à intensificação da concorrência livre, justa e equitativa, em todos os serviços de telecomunicações, ao mesmo tempo em respeitando-se o marco regulatório de cada país, de modo a atrair investimentos necessários para o desenvolvimento de infra-estrutura e reduzir o custo do serviço; destacando a importância de adotarem-se políticas para a proteção dos interesses dos usuários e para melhorar a qualidade, eficiência, cobertura e diversidade dos serviços, tudo baseado no respeito à privacidade do usuário; e considerando as necessidades sociais, políticas, econômicas, comerciais e culturais de nossas populações, particularmente aquelas das comunidades menos desenvolvidas: Propor medidas que visam a modernizar as legislações nacionais, quando apropriado, com bases em princípios tais como: a existência de entidades reguladoras fortes e independentes; uma abordagem que favoreça um ambiente de concorrência, incluindo a adoção de regras sobre operadoras dominantes; uma estrutura normativa flexível, consistente com a convergência tecnológica e o desenvolvimento de recursos humanos e institucionais em apoio a esses princípios; Facilitar a qualificação dos recursos humanos no setor de telecomunicações, através de programas de treinamento contínuos nos setores de normas, marco regulatório, gestão e tecnologia de telecomunicações; e solicitar à Comissão Interamericana de Telecomunicações (CITEL), em coordenação com entidades nacionais, o Centro de Excelência para as Américas da União Internacional de Telecomunicações (ITU), e em parceria com organizações regionais e subregionais e com o setor privado, a criação de um ponto focal de informações sobre programas de 20/49

21 desenvolvimento de recursos humanos para fomentar o intercâmbio de informações sobre programas de treinamento relevantes entre governos, universidades, associações setoriais e o setor privado, de modo a ajudar os países das Américas a atender a necessidade crescente de profissionais treinados e competentes em uma economia baseada no conhecimento e em evolução acelerada; Tomar medidas voltadas à implementação do Acordo de Reconhecimento Mútuo (ARM) sobre Avaliação de Conformidade, desenvolvido pela CITEL, sem prejuízo do direito soberano de cada participante de regular seu próprio setor de comunicações; e incentivar o debate de padrões adequados a fim de garantir a inter-operacionalidade de redes de telecomunicações existentes e futuras e a introdução oportuna de tecnologias em mercados novos e existentes, levando em consideração as regras e recomendações da ITU e de outros organismos regulatórios apropriados; Apoiar a realização da Cúpula Mundial da ITU sobre a Sociedade da Informação, a ser realizada em 2003, que considerará o uso das tecnologias da informação e comunicações no desenvolvimento social e econômico; Recomendar que nossos organismos nacionais trabalhem dentro da CITEL na elaboração das diretrizes do Serviço Universal, com base nos princípios a serem desenvolvidos pela CITEL e no desenvolvimento de uma definição clara das responsabilidades das entidades governamentais e privadas; Instruir, quando apropriado, nossas autoridades de telecomunicações e nossos órgãos reguladores, trabalhando através de nossas agências e organizações regionais e sub-regionais, no sentido de desenvolver e implementar, antes da próxima Cúpula das Américas, um programa cooperativo e colaborativo para apoiar a agenda de conectividade no Hemisfério; Incentivar o aumento da competitividade e produtividade de todos os setores através de programas como educação à distância e tele-saúde e promover a criação de atividades nacionais dedicadas à criação de indústrias baseadas na Internet; Solicitar aos ministérios ou departamentos responsáveis pelas telecomunicações e órgãos reguladores correspondentes que cooperem na CITEL, para o esclarecimento e a simplificação de normas que governam o fornecimento de serviços de satélite em nossos países e trabalhem para concluir o desenvolvimento de um website hemisférico, que inclua as necessidades de cada país e formulários para a solicitação de licenças para o fornecimento de serviços de telecomunicações por satélite; 21/49

Declaração da Cidade de Quebec

Declaração da Cidade de Quebec Declaração da Cidade de Quebec Nós, os Chefes de Estado e de Governo das Américas, eleitos democraticamente, nos reunimos na Cidade de Quebec, na III Cúpula, para renovar nosso compromisso em favor da

Leia mais

COMITÊ INTERAMERICANO CONTRA O TERRORISMO (CICTE)

COMITÊ INTERAMERICANO CONTRA O TERRORISMO (CICTE) COMITÊ INTERAMERICANO CONTRA O TERRORISMO (CICTE) QUINTO PERÍODO ORDINÁRIO DE SESSÕES OEA/Ser.L/X.2.5 16 a 18 de fevereiro de 2005 CICTE/DEC. 1/05 rev. 1 Port-of-Spain, Trinidad e Tobago 17 fevereiro 2005

Leia mais

Segunda Cúpula das Américas Declaração de Santiago

Segunda Cúpula das Américas Declaração de Santiago Segunda Cúpula das Américas Santiago, Chile, 18 e 19 de abril de 1998 Segunda Cúpula das Américas Declaração de Santiago O seguinte documento é o texto completo da Declaração de Santiago assinada pelos

Leia mais

COMITÊ INTERAMERICANO CONTRA O TERRORISMO (CICTE)

COMITÊ INTERAMERICANO CONTRA O TERRORISMO (CICTE) COMITÊ INTERAMERICANO CONTRA O TERRORISMO (CICTE) SÉTIMO PERÍODO ORDINÁRIO DE SESSÕES OEA/Ser.L/X.2.7 28 de fevereiro - 2 de março de 2007 CICTE/DEC. 1/07 Cidade do Panamá, Panamá 1º março 2007 Original:

Leia mais

O Marco de Ação de Dakar Educação Para Todos: Atingindo nossos Compromissos Coletivos

O Marco de Ação de Dakar Educação Para Todos: Atingindo nossos Compromissos Coletivos O Marco de Ação de Dakar Educação Para Todos: Atingindo nossos Compromissos Coletivos Texto adotado pela Cúpula Mundial de Educação Dakar, Senegal - 26 a 28 de abril de 2000. 1. Reunidos em Dakar em Abril

Leia mais

CONFERÊNCIA DAS NAÇÕES UNIDAS SOBRE MEIO AMBIENTE E DESENVOLVIMENTO CAPÍTULO 24

CONFERÊNCIA DAS NAÇÕES UNIDAS SOBRE MEIO AMBIENTE E DESENVOLVIMENTO CAPÍTULO 24 CONFERÊNCIA DAS NAÇÕES UNIDAS SOBRE MEIO AMBIENTE E DESENVOLVIMENTO CAPÍTULO 24 AÇÃO MUNDIAL PELA MULHER, COM VISTAS A UM DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL E EQÜITATIVO Base para a ação ÁREA DE PROGRAMAS 24.1.

Leia mais

CONFERÊNCIA DAS NAÇÕES UNIDAS SOBRE MEIO AMBIENTE E DESENVOLVIMENTO SEÇÃO IV. MEIOS DE IMPLEMENTAÇÃO CAPÍTULO 33

CONFERÊNCIA DAS NAÇÕES UNIDAS SOBRE MEIO AMBIENTE E DESENVOLVIMENTO SEÇÃO IV. MEIOS DE IMPLEMENTAÇÃO CAPÍTULO 33 CONFERÊNCIA DAS NAÇÕES UNIDAS SOBRE MEIO AMBIENTE E DESENVOLVIMENTO SEÇÃO IV. MEIOS DE IMPLEMENTAÇÃO CAPÍTULO 33 RECURSOS E MECANISMOS DE FINANCIAMENTO INTRODUÇÃO 33.1. A Assembléia Geral, em sua resolução

Leia mais

Segunda Cúpula das Américas Plano de Ação

Segunda Cúpula das Américas Plano de Ação Segunda Cúpula das Américas Santiago, Chile, 18 e 19 de Abril de 1998 Segunda Cúpula das Américas Plano de Ação O seguinte documento é o texto completo do Plano de Ação assinada pelos Chefes de Estado

Leia mais

24 de maio de 2002 OBJETO DA ANÁLISE NO ÂMBITO DA PRIMEIRA RODADA

24 de maio de 2002 OBJETO DA ANÁLISE NO ÂMBITO DA PRIMEIRA RODADA METODOLOGIA PARA A ANÁLISE DA IMPLEMENTAÇÃO DAS DISPOSIÇÕES DA CONVENÇÃO INTERAMERICANA CONTRA A CORRUPÇÃO QUE FORAM SELECIONADAS NO ÂMBITO DA PRIMEIRA RODADA [1]/ INTRODUÇÃO 24 de maio de 2002 O Documento

Leia mais

Declaração dos Mecanismos das Mulheres da América Latina e do Caribe frente ao 58º Período de Sessões da Comissão do Status da Mulher (CSW)

Declaração dos Mecanismos das Mulheres da América Latina e do Caribe frente ao 58º Período de Sessões da Comissão do Status da Mulher (CSW) Declaração dos Mecanismos das Mulheres da América Latina e do Caribe frente ao 58º Período de Sessões da Comissão do Status da Mulher (CSW) Cidade do México, México 7 de fevereiro de 2014 Nós, ministras

Leia mais

CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES

CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES TERCEIRA REUNIÃO DE MINISTROS DA JUSTIÇA OEA/Ser.K/XXXIV.3 OU DE MINISTROS OU PROCURADORES-GERAIS REMJA-III/doc. 13/00 rev. 2 DAS AMÉRICAS 3 março 2000 1º a 3 de março de 2000 Original: espanhol San José,

Leia mais

CAPÍTULO 25 COERÊNCIA REGULATÓRIA

CAPÍTULO 25 COERÊNCIA REGULATÓRIA CAPÍTULO 25 COERÊNCIA REGULATÓRIA Artigo 25.1: Definições Para efeito deste Capítulo: medida regulatória coberta significa a medida regulatória determinada por cada Parte a ser objeto deste Capítulo nos

Leia mais

AG/RES. 2293 (XXXVII-0/07) PROMOÇÃO E RESPEITO DO DIREITO INTERNACIONAL HUMANITÁRIO

AG/RES. 2293 (XXXVII-0/07) PROMOÇÃO E RESPEITO DO DIREITO INTERNACIONAL HUMANITÁRIO AG/RES. 2293 (XXXVII-0/07) PROMOÇÃO E RESPEITO DO DIREITO INTERNACIONAL HUMANITÁRIO (Aprovada na quarta sessão plenária, realizada em 5 de junho de 2007) A ASSEMBLÉIA GERAL, RECORDANDO as resoluções AG/RES.

Leia mais

Ministério da Justiça Assessoria Internacional. V Reunião de Ministros da Justiça das Américas Washington, 29 a 30 de abril de 2004

Ministério da Justiça Assessoria Internacional. V Reunião de Ministros da Justiça das Américas Washington, 29 a 30 de abril de 2004 1 Ministério da Justiça Assessoria Internacional V Reunião de Ministros da Justiça das Américas Washington, 29 a 30 de abril de 2004 Senhor Presidente, Senhores Ministros e Procuradores Gerais, Senhores

Leia mais

Declaração de Salvador

Declaração de Salvador Declaração de Salvador Os Chefes de Estado da República Federativa do Brasil, da República de Cabo Verde, da República da Guiné, da República Oriental do Uruguai, o Vice-Presidente da República da Colômbia,

Leia mais

Política Nacional de Imigração e Proteção ao(a) Trabalhador(a) Migrante

Política Nacional de Imigração e Proteção ao(a) Trabalhador(a) Migrante ANEXO II Política Nacional de Imigração e Proteção ao(a) Trabalhador(a) Migrante (Proposta aprovada pelo Conselho Nacional de Imigração em 12/05/2010 para avaliação pública e sujeita a alterações) DISPOSIÇÕES

Leia mais

Segurança e Saúde dos Trabalhadores

Segurança e Saúde dos Trabalhadores Segurança e Saúde dos Trabalhadores [1]CONVENÇÃO N. 155 I Aprovada na 67ª reunião da Conferência Internacional do Trabalho (Genebra 1981), entrou em vigor no plano internacional em 11.8.83. II Dados referentes

Leia mais

COM A CORRUPÇÃO TODOS PAGAM CONTROLAR A CORRUPÇÃO FUNCIONA. ... assegurar a educação dos seus filhos. Os cidadãos vencem a corrupção

COM A CORRUPÇÃO TODOS PAGAM CONTROLAR A CORRUPÇÃO FUNCIONA. ... assegurar a educação dos seus filhos. Os cidadãos vencem a corrupção COM A CORRUPÇÃO TODOS PAGAM Você já parou para pensar sobre o dano que a corrupção faz ao país e à população? As sociedades onde há mais corrupção sofrem diversas formas de miséria. Cada país gera seu

Leia mais

DECLARAÇÃO DO BRASIL

DECLARAÇÃO DO BRASIL DECLARAÇÃO DO BRASIL Um Marco de Cooperação e Solidariedade Regional para Fortalecer a Proteção Internacional das Pessoas Refugiadas, Deslocadas e Apátridas na América Latina e no Caribe Brasília, 3 de

Leia mais

IX Conferência Ibero-americana de Cultura Montevidéu, 13 e 14 de julho de 2006 CARTA CULTURAL IBERO-AMERICANA PROJETO

IX Conferência Ibero-americana de Cultura Montevidéu, 13 e 14 de julho de 2006 CARTA CULTURAL IBERO-AMERICANA PROJETO IX Conferência Ibero-americana de Cultura Montevidéu, 13 e 14 de julho de 2006 CARTA CULTURAL IBERO-AMERICANA PROJETO 1 CARTA CULTURAL IBERO-AMERICANA PREÂMBULO Os Chefes de Estado e de Governo dos países

Leia mais

DECLARAÇÃO CONJUNTA SOBRE OS RESULTADOS DAS CONVERSAÇÕES OFICIAIS ENTRE O PRESIDENTE DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL, LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA, E O PRESIDENTE DA FEDERAÇÃO DA RÚSSIA, VLADIMIR V. PUTIN

Leia mais

DECRETO Nº 1.973, DE 1º DE AGOSTO DE 1996. (Publicado no D.O.U. de 02.08.1996)

DECRETO Nº 1.973, DE 1º DE AGOSTO DE 1996. (Publicado no D.O.U. de 02.08.1996) DECRETO Nº 1.973, DE 1º DE AGOSTO DE 1996. (Publicado no D.O.U. de 02.08.1996) Promulga a Convenção Interamericana para Prevenir, Punir e Erradicar a Violência contra a Mulher, concluída em Belém do Pará,

Leia mais

DECLARAÇÃO FINAL Quebec, 21 de setembro de 1997

DECLARAÇÃO FINAL Quebec, 21 de setembro de 1997 DECLARAÇÃO FINAL Quebec, 21 de setembro de 1997 Reunidos na cidade de Quebec de 18 a 22 de setembro de 1997, na Conferência Parlamentar das Américas, nós, parlamentares das Américas, Considerando que o

Leia mais

Promulga o Protocolo Facultativo à Convenção sobre os Direitos da Criança relativo ao envolvimento de crianças em conflitos armados.

Promulga o Protocolo Facultativo à Convenção sobre os Direitos da Criança relativo ao envolvimento de crianças em conflitos armados. DECRETO Nº 5.006, DE 8 DE MARÇO DE 2004. Promulga o Protocolo Facultativo à Convenção sobre os Direitos da Criança relativo ao envolvimento de crianças em conflitos armados. O PRESIDENTE DA REPÚBLICA,

Leia mais

RELATÓRIO SOBRE A SITUAÇÃO DO ACESSO DA MULHER À JUSTIÇA NAS AMÉRICAS: QUESTIONÁRIO

RELATÓRIO SOBRE A SITUAÇÃO DO ACESSO DA MULHER À JUSTIÇA NAS AMÉRICAS: QUESTIONÁRIO RELATÓRIO SOBRE A SITUAÇÃO DO ACESSO DA MULHER À JUSTIÇA NAS AMÉRICAS: QUESTIONÁRIO INTRODUÇÃO Objetivos: Este questionário foi preparado como parte do plano de trabalho da Relatoria Especial sobre os

Leia mais

Presidência da República Casa Civil Subchefia para Assuntos Jurídicos

Presidência da República Casa Civil Subchefia para Assuntos Jurídicos Presidência da República Casa Civil Subchefia para Assuntos Jurídicos DECRETO Nº 3.956, DE 8 DE OUTUBRO DE 2001. Promulga a Convenção Interamericana para a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação

Leia mais

Normas sobre a Equiparação de Oportunidades para Pessoas com Deficiência Parte 3

Normas sobre a Equiparação de Oportunidades para Pessoas com Deficiência Parte 3 Normas sobre a Equiparação de Oportunidades para Pessoas com Deficiência Parte 3 As normas sobre equiparação de oportunidades para pessoas com deficiência foram adotadas pela Assembléia Geral das Nações

Leia mais

PROCURADORIA-GERAL DE JUSTIÇA GABINETE DO PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA RESOLUÇÃO N 3431

PROCURADORIA-GERAL DE JUSTIÇA GABINETE DO PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA RESOLUÇÃO N 3431 RESOLUÇÃO N 3431 O PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARANÁ, no uso das atribuições que lhe são conferidas pela Lei Complementar Estadual n 85, de 27 de dezembro de 1999, tendo em vista o contido

Leia mais

PROJETO DE LEI Nº 14/2016 DISPÕE SOBRE A CRIAÇÃO DO CONSELHO MUNICIPAL DE PARTICIPAÇÃO E DESENVOLVIMENTO DA COMUNIDADE NEGRA CAPÍTULO I

PROJETO DE LEI Nº 14/2016 DISPÕE SOBRE A CRIAÇÃO DO CONSELHO MUNICIPAL DE PARTICIPAÇÃO E DESENVOLVIMENTO DA COMUNIDADE NEGRA CAPÍTULO I PROJETO DE LEI Nº 14/2016 DISPÕE SOBRE A CRIAÇÃO DO CONSELHO MUNICIPAL DE PARTICIPAÇÃO E DESENVOLVIMENTO DA COMUNIDADE NEGRA RUI VALDIR OTTO BRIZOLARA, Prefeito Municipal de Morro Redondo, Estado do Rio

Leia mais

RELATÓRIO DOS TRABALHOS DA 1ª COMISSÃO EM MATÉRIA DE COMBATE AO TRÁFICO DE SERES HUMANOS

RELATÓRIO DOS TRABALHOS DA 1ª COMISSÃO EM MATÉRIA DE COMBATE AO TRÁFICO DE SERES HUMANOS RELATÓRIO DOS TRABALHOS DA 1ª COMISSÃO EM MATÉRIA DE COMBATE AO TRÁFICO DE SERES HUMANOS Os peritos de Angola, Brasil, Cabo Verde, Moçambique, Portugal e São Tomé e Príncipe, reunidos em sessões de trabalho

Leia mais

Declaração de Brasília sobre Trabalho Infantil

Declaração de Brasília sobre Trabalho Infantil Declaração de Brasília sobre Trabalho Infantil Nós, representantes de governos, organizações de empregadores e trabalhadores que participaram da III Conferência Global sobre Trabalho Infantil, reunidos

Leia mais

ACORDOS POPULAÇÃO E DESENVOLVIMENTO: TEMAS PRIORITÁRIOS PARA 2010-2012

ACORDOS POPULAÇÃO E DESENVOLVIMENTO: TEMAS PRIORITÁRIOS PARA 2010-2012 1 ACORDOS POPULAÇÃO E DESENVOLVIMENTO: TEMAS PRIORITÁRIOS PARA 2010-2012 O Comitê Especial da Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe sobre População e Desenvolvimento, na reunião celebrada

Leia mais

DECRETO Nº 3.956, DE 8 DE OUTUBRO DE

DECRETO Nº 3.956, DE 8 DE OUTUBRO DE Convenção da Organização dos Estados Americanos 08/10/2001 - Decreto 3956 promulga a Convenção Interamericana para Eliminação de Todas as Formas de Discriminação Contra as Pessoas Portadoras de Deficiência

Leia mais

Analisar as iniciativas de cooperação para o enfrentamento ao tráfico de drogas e delitos conexos, ao tráfico de armas de fogo e de munições, ao

Analisar as iniciativas de cooperação para o enfrentamento ao tráfico de drogas e delitos conexos, ao tráfico de armas de fogo e de munições, ao Analisar as iniciativas de cooperação para o enfrentamento ao tráfico de drogas e delitos conexos, ao tráfico de armas de fogo e de munições, ao tráfico de pessoas e à segurança cibernética no âmbito da

Leia mais

Conselho de Segurança

Conselho de Segurança Nações Unidas S/RES/1373 (2001) Conselho de Segurança Distribuição: Geral 28 de Setembro de 2001 Resolução 1373 (2001) Adoptada pelo Conselho de Segurança na sua 4385ª sessão, em 28 de Setembro de 2001

Leia mais

Recomendação CM/Rec (2013)1 do Comité de Ministros aos Estados-Membros sobre a Igualdade de Género e Media (adotada pelo Comité de Ministros a 10 de

Recomendação CM/Rec (2013)1 do Comité de Ministros aos Estados-Membros sobre a Igualdade de Género e Media (adotada pelo Comité de Ministros a 10 de Recomendação CM/Rec (2013)1 do Comité de Ministros aos Estados-Membros sobre a Igualdade de Género e Media (adotada pelo Comité de Ministros a 10 de julho de 2013, na 1176.ª reunião dos Delegados dos Ministros)

Leia mais

Carta de São José sobre os direitos das pessoas idosas da América Latina e do Caribe

Carta de São José sobre os direitos das pessoas idosas da América Latina e do Caribe Carta de San José sobre los derechos de las personas mayores de América Latina y el Caribe Carta de São José sobre os direitos das pessoas idosas da América Latina e do Caribe PORTADA 1 2 Carta de São

Leia mais

Política Nacional de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas

Política Nacional de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas Política Nacional de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas Capítulo I Disposições Gerais Artigo 1 A Política Nacional de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas tem por finalidade estabelecer princípios, diretrizes

Leia mais

TRADUÇÃO LIVRE E NÃO OFICIAL. Recomendações sobre segurança da posse da população urbana pobre

TRADUÇÃO LIVRE E NÃO OFICIAL. Recomendações sobre segurança da posse da população urbana pobre TRADUÇÃO LIVRE E NÃO OFICIAL Recomendações sobre segurança da posse da população urbana pobre Princípios gerais 1. Os Estados têm obrigação imediata de assegurar que todos tenham um grau de segurança da

Leia mais

TERMO DE REFERÊNCIA PARA A AUDITORIA DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS DO PRODAF

TERMO DE REFERÊNCIA PARA A AUDITORIA DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS DO PRODAF TERMO DE REFERÊNCIA PARA A AUDITORIA DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS DO PRODAF Introdução 1. O Estado do Piauí celebrou com o Banco Interamericano de Desenvolvimento - BID, em 22 de outubro de 2010, o Contrato

Leia mais

PNDH - 3 DECRETO Nº 7.037, DE 21 DE DEZEMBRO DE

PNDH - 3 DECRETO Nº 7.037, DE 21 DE DEZEMBRO DE CURSO NEON PNDH - 3 DECRETO Nº 7.037, DE 21 DE DEZEMBRO DE 2009. Profª Andréa Azevêdo Disciplina: DIREITOS HUMANOS E PARTICIPAÇÃO SOCIAL ANDRÉA AZEVÊDO Professora. e-mail: professoraandreaazevedo@yahoo.com.br

Leia mais

Copyright Proibida Reprodução. Prof. Éder Clementino dos Santos

Copyright Proibida Reprodução. Prof. Éder Clementino dos Santos NOÇÕES DE OHSAS 18001:2007 CONCEITOS ELEMENTARES SISTEMA DE GESTÃO DE SSO OHSAS 18001:2007? FERRAMENTA ELEMENTAR CICLO DE PDCA (OHSAS 18001:2007) 4.6 ANÁLISE CRÍTICA 4.3 PLANEJAMENTO A P C D 4.5 VERIFICAÇÃO

Leia mais

Ministério da Administração do Território

Ministério da Administração do Território Ministério da Administração do Território A Lei da Observação Eleitoral LEI N.º 4/05 De 4 de Julho Convindo regular a observação eleitoral quer por nacionais quer por estrangeiros; Nestes termos, ao abrigo

Leia mais

CONSELHO DA UNIÃO EUROPEIA. Bruxelas, 30 de Novembro de 2000 (13.10) (OR. fr) 14110/00 LIMITE SOC 470

CONSELHO DA UNIÃO EUROPEIA. Bruxelas, 30 de Novembro de 2000 (13.10) (OR. fr) 14110/00 LIMITE SOC 470 CONSELHO DA UNIÃO EUROPEIA Bruxelas, 30 de Novembro de 2000 (13.10) (OR. fr) 14110/00 LIMITE SOC 470 ENVIO DE TEXTO de: Conselho (Emprego e Política Social) para: Conselho Europeu de Nice Nº doc. ant.:

Leia mais

PROPOSTA DE LEI N.º 233/XII

PROPOSTA DE LEI N.º 233/XII PROPOSTA DE LEI N.º 233/XII PLANO NACIONAL DE AÇÃO PARA OS DIREITOS DA CRIANÇA As crianças são encaradas como sujeitos de direitos, a partir do momento em que o seu bem-estar é concebido como uma consequência

Leia mais

PREFEITURA MUNICIPAL DE PORTO ALEGRE SECRETARIA MUNICIPAL DA CULTURA REGIMENTO INTERNO DO MUSEU DE PORTO ALEGRE JOAQUIM JOSÉ FELIZARDO

PREFEITURA MUNICIPAL DE PORTO ALEGRE SECRETARIA MUNICIPAL DA CULTURA REGIMENTO INTERNO DO MUSEU DE PORTO ALEGRE JOAQUIM JOSÉ FELIZARDO PREFEITURA MUNICIPAL DE PORTO ALEGRE SECRETARIA MUNICIPAL DA CULTURA REGIMENTO INTERNO DO MUSEU DE PORTO ALEGRE JOAQUIM JOSÉ FELIZARDO TÍTULO I DA NATUREZA E MISSÃO Art. 1º. O Museu de Porto Alegre Joaquim

Leia mais

Comissão dos Assuntos Externos PROJETO DE PARECER

Comissão dos Assuntos Externos PROJETO DE PARECER PARLAMENTO EUROPEU 2009-2014 Comissão dos Assuntos Externos 20.4.2012 2012/2033(INI) PROJETO DE PARECER da Comissão dos Assuntos Externos dirigido à Comissão das Liberdades Cívicas, da Justiça e dos Assuntos

Leia mais

Código de Ética e de Conduta

Código de Ética e de Conduta Preâmbulo A CASES, consciente do seu papel no âmbito da economia social, considera importante colocar a questão da ética como prioridade na sua agenda. O presente documento apresenta os princípios gerais

Leia mais

1. Garantir a educação de qualidade

1. Garantir a educação de qualidade 1 Histórico O Pacto pela Juventude é uma proposição das organizações da sociedade civil, que compõem o Conselho Nacional de Juventude, para que os governos federal, estaduais e municipais se comprometam

Leia mais

ACORDO ECONÔMICO ENTRE A REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL E O REINO DA ESPANHA, INTEGRANTE DO TRATADO GERAL DE COOPERAÇÃO E AMIZADE BRASIL-ESPANHA

ACORDO ECONÔMICO ENTRE A REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL E O REINO DA ESPANHA, INTEGRANTE DO TRATADO GERAL DE COOPERAÇÃO E AMIZADE BRASIL-ESPANHA ACORDO ECONÔMICO ENTRE A REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL E O REINO DA ESPANHA, INTEGRANTE DO TRATADO GERAL DE COOPERAÇÃO E AMIZADE BRASIL-ESPANHA A República Federativa do Brasil e O Reino da Espanha, (doravante

Leia mais

CAPTAÇÃO DE RECURSOS FEDERAIS LINHAS DE AÇÕES PARA ELABORAÇÃO DE PROJETOS

CAPTAÇÃO DE RECURSOS FEDERAIS LINHAS DE AÇÕES PARA ELABORAÇÃO DE PROJETOS CAPTAÇÃO DE RECURSOS FEDERAIS PARA ELABORAÇÃO DE PROJETOS 1. SECRETARIA NACIONAL DE SEGURANÇA PÚBLICA - SENASP Gestão do Conhecimento e de Informações criminais; Formação e Valorização Profissional; Implantação

Leia mais

Declaração de Pequim adotada pela Quarta Conferência Mundial sobre as Mulheres: Ação para Igualdade, Desenvolvimento e Paz (1995)

Declaração de Pequim adotada pela Quarta Conferência Mundial sobre as Mulheres: Ação para Igualdade, Desenvolvimento e Paz (1995) Declaração de Pequim adotada pela Quarta Conferência Mundial sobre as Mulheres: Ação para Igualdade, Desenvolvimento e Paz (1995) 1. Nós, os Governos, participante da Quarta Conferência Mundial sobre as

Leia mais

POLÍTICA DE SUSTENTABILIDADE E RESPONSABILIDADE SOCIOAMBIENTAL

POLÍTICA DE SUSTENTABILIDADE E RESPONSABILIDADE SOCIOAMBIENTAL DE SUSTENTABILIDADE E RESPONSABILIDADE SOCIOAMBIENTAL 2/11 Sumário 1. Conceito... 3 2. Objetivo... 3 3. Áreas de aplicação... 3 4. Diretrizes... 4 4.1 Princípios... 4 4.2 Estratégia de e Responsabilidade

Leia mais

DECLARAÇÃO DO RIO SOBRE AMBIENTE E DESENVOLVIMENTO

DECLARAÇÃO DO RIO SOBRE AMBIENTE E DESENVOLVIMENTO DECLARAÇÃO DO RIO SOBRE AMBIENTE E DESENVOLVIMENTO A Conferência das Nações Unidas sobre Ambiente e Desenvolvimento, no Rio de Janeiro de 3 a 14 de Junho de 1992, Reafirmando a Declaração da Conferência

Leia mais

Carta de Adesão à Iniciativa Empresarial e aos 10 Compromissos da Empresa com a Promoção da Igualdade Racial - 1

Carta de Adesão à Iniciativa Empresarial e aos 10 Compromissos da Empresa com a Promoção da Igualdade Racial - 1 Carta de Adesão à Iniciativa Empresarial pela Igualdade Racial e à sua agenda de trabalho expressa nos 10 Compromissos da Empresa com a Promoção da Igualdade Racial 1. Considerando que a promoção da igualdade

Leia mais

*C38FEB74* PROJETO DE LEI

*C38FEB74* PROJETO DE LEI ** PROJETO DE LEI Altera a Lei nº 12.850, de 2 de agosto de 2013, e a Lei nº 10.446, de 8 de maio de 2002, para dispor sobre organizações terroristas. O CONGRESSO NACIONAL decreta: alterações: Art. 1º

Leia mais

DIÁLOGOS PARA A SUPERAÇÃO DA POBREZA

DIÁLOGOS PARA A SUPERAÇÃO DA POBREZA PARTE III DIÁLOGOS PARA A SUPERAÇÃO DA POBREZA Gilberto Carvalho Crescer distribuindo renda, reduzindo desigualdades e promovendo a inclusão social. Esse foi o desafio assumido pela presidente Dilma Rousseff

Leia mais

Casa do Direito, Abre essa porta!

Casa do Direito, Abre essa porta! Casa do Direito, Abre essa porta! Apresentação do Projecto Organização Actividades Decreto-lei nº62/2005 de 10 de Outubro Garantir a protecção e o exercício dos direitos do cidadão bem como a observância

Leia mais

COMITÊ INTERAMERICANO CONTRA O TERRORISMO (CICTE)

COMITÊ INTERAMERICANO CONTRA O TERRORISMO (CICTE) COMITÊ INTERAMERICANO CONTRA O TERRORISMO (CICTE) DÉCIMO PERÍODO ORDINÁRIO DE SESSÕES OEA/Ser.L/X.2.10 17 a 19 de março de 2010 CICTE/DEC.1/10 Washington, D.C. 19 março 2010 Original: inglês DECLARAÇÃO

Leia mais

O CONSELHO DEL MERCADO COMUM DECIDE:

O CONSELHO DEL MERCADO COMUM DECIDE: MERCOSUUCMC/DEC N 37/04 PROJETOS DE ACORDOS CONTRA O TRÁFICO ILíCITO DE MIGRANTES ENTRE OS ESTADOS PARTES DO MERCOSUL E A REPÚBLICA DA BOLíVIA E A REPÚBLICA DO CHILE TENDO EM VISTA: O Tratado de Assunção,

Leia mais

Estado da Paraíba PREFEITURA MUNICIPAL DE TAVARES GABINETE DO PREFEITO

Estado da Paraíba PREFEITURA MUNICIPAL DE TAVARES GABINETE DO PREFEITO LEI Nº 704/2013 DISPÕE SOBRE A CRIAÇÃO DO CONSELHO MUNICIPAL DE PROMOÇÃO DA IGUALDADE RACIAL COMPIR E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS. O PREFEITO CONSTITUCIONAL DO MUNICÍPIO DE TAVARES, Estado da Paraíba, usando

Leia mais

INICIATIVA LATINO-AMERICANA E CARIBENHA

INICIATIVA LATINO-AMERICANA E CARIBENHA INICIATIVA LATINO-AMERICANA E CARIBENHA PARA O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL I. Contexto 1. A Conferência do Rio em 1992 foi convocada a partir do reconhecimento de que os padrões de produção e consumo,

Leia mais

3. A autonomia político-administrativa regional não afecta a integridade da soberania do Estado e exerce-se no quadro da Constituição.

3. A autonomia político-administrativa regional não afecta a integridade da soberania do Estado e exerce-se no quadro da Constituição. TÍTULO VII - Regiões autónomas Artigo 225.º (Regime político-administrativo dos Açores e da Madeira) 1. O regime político-administrativo próprio dos arquipélagos dos Açores e da Madeira fundamenta-se nas

Leia mais

POLÍTICA DE PROMOÇÃO E COOPERAÇÃO EM PRODUÇÃO E CONSUMO SUSTENTÁVEIS NO MERCOSUL

POLÍTICA DE PROMOÇÃO E COOPERAÇÃO EM PRODUÇÃO E CONSUMO SUSTENTÁVEIS NO MERCOSUL MERCOSUL/CMC/DEC. N 26/07 POLÍTICA DE PROMOÇÃO E COOPERAÇÃO EM PRODUÇÃO E CONSUMO SUSTENTÁVEIS NO MERCOSUL TENDO EM VISTA: O Tratado de Assunção, o Protocolo de Ouro Preto, as Decisões N 02/01, 03/02,

Leia mais

CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1891

CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1891 CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1891 Preâmbulo Nós, os representantes do povo brasileiro, reunidos em Congresso Constituinte, para organizar um regime livre e democrático, estabelecemos, decretamos e promulgamos

Leia mais

Carta Internacional da Educação Física, da Atividade Física e do Esporte

Carta Internacional da Educação Física, da Atividade Física e do Esporte Carta Internacional da Educação Física, da Atividade Física e do Esporte Preâmbulo A Conferência Geral da UNESCO, 1. Recordando que, na Carta das Nações Unidas, os povos proclamaram sua fé nos direitos

Leia mais

2122 - Programa de Gestão e Manutenção do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome

2122 - Programa de Gestão e Manutenção do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome Programa 2122 - Programa de Gestão e Manutenção do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome Número de Ações 13 00M1 - Benefícios Assistenciais decorrentes do Auxílio-Funeral e Natalidade Tipo:

Leia mais

14/12/2005 DECLARAÇÃO CONJUNTA DOS PRESIDENTES DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL E DA REPÚBLICA DA COLÔMBIA

14/12/2005 DECLARAÇÃO CONJUNTA DOS PRESIDENTES DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL E DA REPÚBLICA DA COLÔMBIA 14/12/2005 DECLARAÇÃO CONJUNTA DOS PRESIDENTES DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL E DA REPÚBLICA DA COLÔMBIA (Colômbia, 14 de dezembro de 2005) Atendendo ao convite formulado pelo Senhor Presidente da República

Leia mais

POLÍTICA DE RESPONSABILIDADE SOCIOAMBIENTAL

POLÍTICA DE RESPONSABILIDADE SOCIOAMBIENTAL POLÍTICA DE RESPONSABILIDADE SOCIOAMBIENTAL Versão 2015.2 Editada em julho de 2015 SUMÁRIO 1. Objetivo da Política...3 2. Abrangência...3 3. Princípios...3 4. Das Diretrizes Estratégicas...4 5. Da Estrutura

Leia mais

DECLARAÇÃO DE SUNDSVALL

DECLARAÇÃO DE SUNDSVALL DECLARAÇÃO DE SUNDSVALL PROMOÇÃO DA SAÚDE E AMBIENTES FAVORÁVEIS À SAÚDE 3ª Conferência Internacional sobre Promoção da Saúde Sundsvall, Suécia, 9 15 de Junho de 1991 Esta conferência sobre Promoção da

Leia mais

JORNAL OFICIAL. Sumário REGIÃO AUTÓNOMA DA MADEIRA. Quarta-feira, 2 de julho de 2014. Série. Número 99

JORNAL OFICIAL. Sumário REGIÃO AUTÓNOMA DA MADEIRA. Quarta-feira, 2 de julho de 2014. Série. Número 99 REGIÃO AUTÓNOMA DA MADEIRA JORNAL OFICIAL Quarta-feira, 2 de julho de 2014 Série Sumário ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DA REGIÃO AUTÓNOMA DAMADEIRA Resolução da Assembleia Legislativa da Região Autónoma da Madeira

Leia mais

Curso de Formação de Conselheiros em Direitos Humanos Abril Julho/2006

Curso de Formação de Conselheiros em Direitos Humanos Abril Julho/2006 Curso de Formação de Conselheiros em Direitos Humanos Abril Julho/2006 Realização: Ágere Cooperação em Advocacy Apoio: Secretaria Especial dos Direitos Humanos/PR Módulo III: Conselhos dos Direitos no

Leia mais

1. Que os Estados partes fortaleçam o Instituto de Políticas Públicas de Direitos

1. Que os Estados partes fortaleçam o Instituto de Políticas Públicas de Direitos 20 Propostas para oaprofundamento da Democracia e da Participação Social no MERCOSUL Preâmbulo Nós, os movimentos e organizações da sociedade civil do MERCOSUL reunidos em Brasília, de 4 a 6 de dezembro

Leia mais

DECLARAÇÃO UNIVERSAL SOBRE A DIVERSIDADE CULTURAL

DECLARAÇÃO UNIVERSAL SOBRE A DIVERSIDADE CULTURAL DECLARAÇÃO UNIVERSAL SOBRE A DIVERSIDADE CULTURAL A Conferência Geral, Reafirmando o seu compromisso com a plena realização dos direitos humanos e das liberdades fundamentais proclamadas na Declaração

Leia mais

DECLARAÇÃO DA CÚPULA DA UNIDADE DA AMÉRICA LATINA E DO CARIBE

DECLARAÇÃO DA CÚPULA DA UNIDADE DA AMÉRICA LATINA E DO CARIBE DECLARAÇÃO DA CÚPULA DA UNIDADE DA AMÉRICA LATINA E DO CARIBE As Chefes e os Chefes de Estado e de Governo dos países da América Latina e do Caribe, reunidos na Cúpula da Unidade, constituída pela XXI

Leia mais

CÓDIGO DE CONDUTA DO FORNECEDOR

CÓDIGO DE CONDUTA DO FORNECEDOR CÓDIGO DE CONDUTA DO FORNECEDOR A Weatherford construiu sua reputação como uma organização que exige práticas comerciais éticas e altos níveis de integridade em todas as nossas transações comerciais. A

Leia mais

MELHORES PRÁTICAS DA OCDE

MELHORES PRÁTICAS DA OCDE MELHORES PRÁTICAS DA OCDE PARA A TRANSPARÊNCIA ORÇAMENTÁRIA INTRODUÇÃO A relação entre a boa governança e melhores resultados econômicos e sociais é cada vez mais reconhecida. A transparência abertura

Leia mais

Introdução. Gestão Ambiental Prof. Carlos Henrique A. de Oliveira. Introdução à Legislação Ambiental e Política Nacional de Meio Ambiente - PNMA

Introdução. Gestão Ambiental Prof. Carlos Henrique A. de Oliveira. Introdução à Legislação Ambiental e Política Nacional de Meio Ambiente - PNMA Gestão Ambiental Prof. Carlos Henrique A. de Oliveira Introdução à Legislação Ambiental e Política Nacional de Meio Ambiente - PNMA O mar humildemente coloca-se abaixo do nível dos rios para receber, eternamente,

Leia mais

DECRETO Nº 1.211, DE 3 DE AGOSTO DE 1994.

DECRETO Nº 1.211, DE 3 DE AGOSTO DE 1994. DECRETO Nº 1.211, DE 3 DE AGOSTO DE 1994. Promulga o Tratado Geral de Cooperação e Amizade e o Acordo Econômico Integrante do Tratado Geral de Cooperação e Amizade, entre a República Federativa do Brasil

Leia mais

TÍTULO I OBJETIVOS. Artigo 1.º Objetivos

TÍTULO I OBJETIVOS. Artigo 1.º Objetivos Regulamento da RIPD A Rede Ibero-americana de Proteção de Dados (RIPD) surge na sequência do acordo alcançado entre os representantes de 14 países ibero-americanos, participantes no Encontro Ibero-americano

Leia mais

INTRODUÇÃO. Entendemos por risco a probabilidade de ocorrer um dano como resultado à exposição de um agente químico, físico o biológico.

INTRODUÇÃO. Entendemos por risco a probabilidade de ocorrer um dano como resultado à exposição de um agente químico, físico o biológico. INTRODUÇÃO No nosso dia-a-dia enfrentamos diferentes tipos de riscos aos quais atribuímos valor de acordo com a percepção que temos de cada um deles. Estamos tão familiarizados com alguns riscos que chegamos

Leia mais

Protocolo Facultativo à Convenção sobre os Direitos da Criança relativo à venda de crianças, prostituição e pornografia infantis

Protocolo Facultativo à Convenção sobre os Direitos da Criança relativo à venda de crianças, prostituição e pornografia infantis Protocolo Facultativo à Convenção sobre os Direitos da Criança relativo à venda de crianças, prostituição e pornografia infantis Os Estados Partes no presente Protocolo, Considerando que, para melhor realizar

Leia mais

Política de Responsabilidade Socioambiental

Política de Responsabilidade Socioambiental 1.0 PROPÓSITO A Política de Responsabilidade Socioambiental ( PRSA ) do Banco CNH Industrial Capital S.A. tem, como finalidade, estabelecer princípios e diretrizes que norteiem as ações da Instituição

Leia mais

ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA Gabinete de Consultoria Legislativa

ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA Gabinete de Consultoria Legislativa ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA Gabinete de Consultoria Legislativa LEI Nº 11.730, DE 9 DE JANEIRO DE 2002. (publicada no DOE nº 007, de 10 de janeiro de 2002) Dispõe sobre a Educação

Leia mais

LISTA DE VERIFICAÇAO DO SISTEMA DE GESTAO DA QUALIDADE

LISTA DE VERIFICAÇAO DO SISTEMA DE GESTAO DA QUALIDADE Questionamento a alta direção: 1. Quais os objetivos e metas da organização? 2. quais os principais Produtos e/ou serviços da organização? 3. Qual o escopo da certificação? 4. qual é a Visão e Missão?

Leia mais

Regimento Interno CAPÍTULO PRIMEIRO DAS FINALIDADES

Regimento Interno CAPÍTULO PRIMEIRO DAS FINALIDADES Regimento Interno CAPÍTULO PRIMEIRO DAS FINALIDADES ARTIGO 1º As atividades socioeducativas desenvolvidas pela Associação Projeto Cuidado- APJ,reger-se-ão pelas normas baixadas nesse Regimento e pelas

Leia mais

Análise jurídica para a ratificação da Convenção 102 da OIT

Análise jurídica para a ratificação da Convenção 102 da OIT Análise jurídica para a ratificação da Convenção 102 da OIT A análise do quadro jurídico para a ratificação da Convenção 102 da OIT por Cabo Verde, inscreve-se no quadro geral da cooperação técnica prestada

Leia mais

RUMO AO FUTURO QUE QUEREMOS. Acabar com a fome e fazer a transição para sistemas agrícolas e alimentares sustentáveis

RUMO AO FUTURO QUE QUEREMOS. Acabar com a fome e fazer a transição para sistemas agrícolas e alimentares sustentáveis RUMO AO FUTURO QUE QUEREMOS Acabar com a fome e fazer a transição para sistemas agrícolas e alimentares sustentáveis O futuro que queremos não se concretizará enquanto a fome e a subnutrição persistirem,

Leia mais

CÓDIGO DE ÉTICA DA HABITÁGUA

CÓDIGO DE ÉTICA DA HABITÁGUA CÓDIGO DE ÉTICA DA HABITÁGUA ÍNDICE PREÂMBULO... 3 CÓDIGO DE ÉTICA... 5 Secção I: PARTE GERAL............................................... 6 Secção II: PRINCÍPIOS... 8 Secção III: DEVERES CORPORATIVOS...

Leia mais

Direito das sociedades e governo das sociedades: a Comissão apresenta um Plano de Acção

Direito das sociedades e governo das sociedades: a Comissão apresenta um Plano de Acção IP/03/716 Bruxelas, 21 de Maio de 2003 Direito das sociedades e governo das sociedades: a Comissão apresenta um Plano de Acção O reforço dos direitos dos accionistas e da protecção dos trabalhadores e

Leia mais

PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO Nº 216, DE 2015

PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO Nº 216, DE 2015 PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO Nº 216, DE 2015 (nº 1.360/2013, na Câmara dos Deputados) Aprova o texto do Memorando de Entendimento entre o Governo da República Federativa do Brasil e o Governo da República

Leia mais

REGIMENTO INTERNO DO CENTRO DE ESTUDOS EM EDUCAÇÃO E LINGUAGEM (CEEL)

REGIMENTO INTERNO DO CENTRO DE ESTUDOS EM EDUCAÇÃO E LINGUAGEM (CEEL) REGIMENTO INTERNO DO CENTRO DE ESTUDOS EM EDUCAÇÃO E LINGUAGEM (CEEL) TÍTULO 1 Da Instituição e seus Fins Art. 1 0 O Centro de Estudos em Educação e Linguagem (CEEL), criado em 2004, para integrar uma

Leia mais