O crescimento do setor de transporte aéreo e da infra-estrutura aeroportuária. Mario Jorge Moreira Diretor de Engenharia
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1 O crescimento do setor de transporte aéreo e da infra-estrutura aeroportuária Mario Jorge Moreira Diretor de Engenharia
2 Um pouco de história A INFRAERO, constituída em dezembro de 1972 para implantar, administrar, operar e explorar industrial e comercialmente a infra-estrutura aeroportuária e de apoio à navegação aérea, Em 2000 a INFRAERO deixou de subordinar-se ao Comando da Aeronáutica, vinculando-se diretamente ao Ministério da Defesa. Iniciou-se profunda transformação institucional com objetivo de separar a aviação civil da força aérea. Criada em setembro de 2005, a Agência Nacional de Aviação Civil ANAC, com missão de regular e fiscalizar as atividades de aviação civil e de infraestrutura aeronáutica e aeroportuária, passou a ser responsável por funções anteriormente exercidas pelo Departamento de Aviação Civil DAC, órgão militar subordinado ao Comando da Aeronáutica. Para bem executar as suas atividades é primordial que a INFRAERO mantenha um bom relacionamento com o Ministério da Defesa, Comando da Aeronáutica e a ANAC.
3 O Sistema da Aviação Civil Empresas de manutenção Órgãos e empresas de serviços aeroportuários Comissões Empresas de serviços auxiliares COMAER Governos: Federal Estadual + Prefeituras Municipais CONAC Ministério da Defesa Sistema de Aviação Civil ANAC Aviação geral Empresas de transporte aéreo não regular e serviços aéreos especializados Entidades desportivas Escolas de aviação Indústria aeronáutica Receita Federal Sociedade civil (3 poderes) + EMBRATUR ANVISA Polícia Federal Ministério da Agricultura Bombeiros, Polícias, Juizados,etc. Empresas de transporte aéreo regular (Aviação Regular)
4 A Empresa SRMN SRBE SRRF SRBR Estão sob nossa responsabilidade 67 aeroportos e 80 estações de navegação aérea SRSV SRGL SRGR SRPA Com administração descentralizada, a INFRAERO é estruturada em 08 Regionais e 01 Sede em Brasília. Administra e investe em aeroportos de capital (estratégicos), fronteira (segurança nacional) e localidades de difícil acesso, onde o interesse público prevalece sobre o retorno financeiro dos serviços executados (responsabilidade social).
5 Evolução modal Historicamente a infra-estrutura de transporte tem determinado o desenvolvimento urbano e a localização dos negócios. No século 21, os aeroportos desempenharão este papel que já foi dos mares, rios, ferrovias e estradas. O transporte aéreo poderá se tornar tão popular quanto hoje são os ônibus interestaduais. A evolução da entrada de turistas no Brasil de 2001 a 2006, confirma a tendência de crescimento do modal aéreo como porta de entrada de turistas no Brasil % 1% 35% 2% Via Fluvial Via Terrestre Via Marítma Via Aérea 73,5% 0,5% 24,5% 1,5% Via Fluvial Via Terrestre Via Marítma Via Aérea Fonte: Anuário Estatístico EMBRATUR
6 A infra-estrutura aeroportuária A capacidade de um aeroporto é definida pelas características e dimensões de seus componentes: - pistas - pátios de aeronaves - terminais - equipamentos de auxílio a navegação aérea - acessos viários e - estacionamentos de veículos É igualmente influenciada pelo sistema de controle de tráfego aéreo para operações nos períodos de maior movimento, ou horas de pico. A infra-estrutura de um aeroporto deve evoluir na forma mais eficaz de gestão dessas variáveis, haja vista os altos custos envolvidos tanto das obras e equipamentos aeroportuários, quanto dos equipamentos aeronáuticos e da modernização da frota aérea nacional.
7 A infra-estrutura aeroportuária A infra-estrutura aeroportuária deve ser flexível: adaptando-se as mudanças tecnológicas, respeitando a estratégia de investimento das companhias aéreas, considerando a sua integração com o meio urbano em que está inserida. Companhias aéreas, aeroportos e autoridades de controle de tráfego aéreo devem trabalhar em cooperação para que se consiga utilizar a capacidade existente dos aeroportos da forma mais eficiente possível. (Fonte: Infra-Estrutura Aeroportuária: Fator de Competitividade Econômica. BNDES, Informe Infra-Estrutura n. 46, ago. 2001) O setor aéreo é considerado estratégico já que atua na integração regional do país, movimenta grande quantidade de recursos e gera impacto econômico importantes como a expansão da indústria do turismo, a atração de negócios e empreendimentos diversos e a arrecadação de impostos, contribuindo, assim, para a elevação do nível de empregos no país. (Fonte: Aspectos de competitividade do setor aéreo. BNDES, Informe Infra-Estrutura n. 42, mar. 2001)
8 12º Belém (1,9%) Passageiros 13º Manaus (1,9%) 10º Fortaleza (3,3%) 18º Cuiabá (1,1%) 3º Brasília (10,1%) 17º Goiânia (1,4%) 7º Confins (3,9%) 19º Campinas (0,9%) 2º Congonhas (13,8%) 9º Curitiba (3,5%) 16º Natal (1,4%) 8º Recife (3,8%) 20º Maceió (0,8%) 5º Salvador (5,4%) 15º Vitória (1,7%) 4º Galeão (9,4%) 11º Santos Dumont (2,9%) 1º Guarulhos (17%) 14º Florianópolis (1,8%) 6º Porto Alegre (4,0%) 20 aeroportos de maior movimento de passageiros da Rede Infraero em ,57 milhões pax/ano
9 m ilhões de passageiros Passageiros ,51 Aeronaves 64,02 62,80 67,95 73,89 74,93 8,7% 1,4% Movimento histórico da Rede 71,21-5,2% 82,71 16,1% 96,12 16,2% 6,3% 102,19 110, ano 8,2% Nos últimos 4 anos cresceu, em média, 11,9% ao ano m ilh õ es d e m o vim en to s 2,5 2,0 2,046 2,054 2,089 2,141 2,074 1,797 1,765 1,790 1,839 1,918 2,040 2,5% 1,5-3,2% 4,3% 6,3% -17,5% 1,4% 2,7% 1, ano No mesmo período, crescimento médio de 3,6% ao ano A partir de 2000, iniciou-se a troca de frota comercial por aeronaves com maior capacidade de assentos.
10 Volume de transporte aéreo x Renda per capta Renda per capita x 10³ US$ ,18 32,93 10,27 11,01 Estados Unidos Brasil México Canadá Constatação: Existe uma relação direta entre o volume de transporte aéreo de passageiros e a renda per capta da população 2,5 2,0 1,5 1,0 0,5 0,0 Passageiros / ano x habitantes 2,18 2,04 0,55 0,45 Estados Unidos Brasil México Canadá Observação interessante: 16,3% da população brasileira possui renda per capta semelhante à renda per capta média do Canadá, indicando que muito provavelmente somente cerca de 20% da população brasileira de fato utiliza o modal aéreo
11 Pesquisa encomendada pelo SNEA Consumo por Faixa de Renda Setor Brasil Aéreo Consumo Total (R$mill) , ,23 Participação Percentual Pobres 8% 0% Renda Baixa 19% 0% Renda Média 24% 8% Renda Alta 49% 92% Algumas conclusões da pesquisa: O setor é: mais gerador de demanda final e menos produtor de valor adicionado; bom empregador de mão de obra qualificada (tem impacto como gerador de renda maior); muito sensível a mudanças de renda, em particular da renda considerada alta. Assim, problemas de crise econômica afetam a demanda por serviços aéreos. Fonte: A Importância do Setor Aéreo na Economia Brasileira. Centro de Excelência em Turismo UnB, jul Valores da pesquisa são referentes ao ano de 2003.
12 Participação das atividades na composição do PIB do Turismo 46 12% 40 3% 39 5% 48 1% 47 7% 50 1% 31 43% 31 Transporte rodoviário de passageiros, regular 32 Transporte rodoviário de passageiros, não regular 33 Transporte regular próprio para exploração de pontos turísticos 37 Transporte aéreo, regular 38 Transporte aéreo, não regular 39 Agências de viagens e organizadores de viagens 40 Atividades auxiliares turisticas 38 1% 46 Estabelecimentos hoteleiro 47 Restaurantes 25 % 37 24% 33 0% 32 3% 48 Serviços recretivos, culturais e esportivos 50 Aluguel de automóveis e outros meios de transporte Aeroportos são grandes promotores do desenvolvimento econômico regional. A integração entre os diversos tipos de transportes (inter-modalidade) potencializa o escoamento de bens e produtos internamente e para exportação, permite a livre circulação de pessoas dentro do Território Nacional e é essencial para o desenvolvimento do turismo no país. Fonte: A Importância do Setor Aéreo na Economia Brasileira. Centro de Excelência em Turismo UnB, jul Valores da pesquisa são referentes ao ano de 2003.
13 Investimentos na infra-estrutura Como integrantes da administração pública, a INFRAERO promove o desenvolvimento de todos os aeroportos sob sua responsabilidade, independente de sua rentabilidade. Se assim não o fizéssemos, teríamos sob nossa administração somente àqueles com reais condições de retorno de capital. Temos a responsabilidade social de manter aeroportos deficitários em nome da unidade nacional e do princípio federativo. A receita dos aeroportos superavitários assegura a operação daqueles que não conseguem auferir receita suficiente para se manterem. O Governo Federal lançou, em 22 de janeiro de 2007, o Programa de Aceleração do Crescimento De forma a favorecer as condições necessárias ao desenvolvimento sustentável do Brasil, a INFRAERO teve incluídos seus principais empreendimentos na infra-estrutura aeroportuária no PAC do Governo Federal.
14 Licitação 5 Projetos R$ 463 milhões Brasília - Viaduto Investimentos inseridos no PAC: Macapá R$ 3,5 bilhões 44 projetos em 28 aeroportos Boa Vista Parnaiba Curitiba- TECA Fortaleza TECA e Torre Porto Alegre - TECA São Gonçalo do Amarante Cuiabá João Pessoa Recife Ação Preparatória 12 Projetos R$ 1,3 bilhão Goiânia Guarulhos - TPS 3 Guarulhos - saída rápida Florianópolis Brasília - TPS Vitória - TECA Galeão - TECA Galeão - TPS Congonhas - Segurança Salvador - Acesso Viário Estudos 11 Projetos R$ 52,2 milhões Manaus - TPS Confins - Estacionamento Vitória - TPS Santarém - TPS Teresina - TPS 3º Aeroporto São Paulo Ilhéus - Novo Aeroporto Foz do Iguaçu - TPS Curitiba - Pátio Joinville - Pista Viracopos 1ª Etapa Fortaleza - TPS Viracopos 2ª Etapa Confins - TPS Santos Dumont obras comp. Salvador - Pista Porto Alegre - Pista Viracopos - 2ª Pista e TPS Santos Dumont Galeão - Pista Guarulhos - Pista Congonhas - TPS e Pista Congonhas-Torre Obra concluída - 4 Projetos R$ 167 milhões Em obra - 9 Projetos R$ 1,2 bilhão
15 Boa Vista (TPS) 10,7 Investimentos em andamento Macapá 132,7 Parnaíba (Pátio + Pista) 25,7 Fortaleza (TECA + TWR) 65 Natal - SGA 131, Cruzeiro do Sul 6,8 (não PAC) Salvador (Acesso) 29,1 Goiânia 339,2 Confins (Estacionamento) 8,6 Vitória 379,9 Congonhas (Torre) 14,8 Galeão (Pista + TPS1 prioritárias) 119 Guarulhos (Pistas/Pátio) 370,5 Valores totais das obras em R$ milhões
16 Belém 79 Investimentos concluídos 2001 a 2007 Manaus 33,9 Porto Velho 22,8 Marabá 18,9 Petrolina 38,1 Palmas 91,5 Campina Grande 3,6 Recife 329,1 Maceió 217,5 João Pessoa 53,5 Salvador 242,3 Cuiabá 61,0 Brasília 357,2 Uberlândia 9,3 Corumbá 18,5 Campinas 78,7 Macaé 5,4 Congonhas 287,3 Santos Dumont 392,8 Guarulhos (TPS1 e 2) 116,8 Foz do Iguaçu 3,5 Londrina 7 Joinville 10,8 Navegantes 6,7 Valores em R$ milhões Porto Alegre 164,8
17 2003 a 2007: R$ 3,06 bilhões 2008 a 2012: R$ 6,14 bilhões (previsão) Investimentos em infra-estrutura , ,5 474,7 656,1 573,
18 Obras no Galeão Recuperação e revitalização do sistema de pistas e pátios. Obra dividida em três fases: 1ª fase: Reforma da pista 10/28 (concluída) e da pista 15/33; 2ª fase: Reforma das pistas de taxiamento e pátio - a) obras civis e b) sistema elétrico (balizamentos e luzes de aproximação); e 3ª fase: Alargamento das intersecções (para operação do A380) 33 Reforma geral do terminal de cargas 1 - exportação ( m²) Revitalização e modernização do TPS1 Iniciar obra até 30/04/2010 Concluir até 28/12/2011 Obras prioritárias no TPS1com ações em andamento: 1º Lote Modernização dos acabamentos (paredes e pisos) 2º Lote Reforma completa dos sanitários 3º Lote Reforma e modernização do sistema informativo do vôo (infraestrutura) 4º Lote Elaboração do projeto e obra de substituição das testeiras internas e externas 5º Lote Contratação da substituição de m2 do forro e luminárias 6º Lote Impermeabilização da laje inclinada da fachada lado ar 7º Lote Polimento dos pisos em granito das áreas públicas 8º Lote Substituição dos Elevadores
19 Obras no Galeão Obras no TPS2: - Fornecimento e instalação de elevadores e escadas rolantes - Novo sistema de esteiras de bagagens - Instalações elétricas e de ar condicionado - Equipamentos eletrônicos e de telemática - Adequação da atual área em operação - Complementação do Terminal de Passageiros - Complementação do Edifício Garagem 3 OS RECURSOS PARA O GALEÃO até 2010: Terminal de Passageiros 1: R$ 221,5 milhões Terminal de Passageiros 2: R$ 280 milhões Sistema de Pistas e Pátios: R$ 74,5 milhões Terminal de Cargas: R$ 24 milhões TOTAL: R$ 600 milhões 1 Ações futuras: 1 Construção do Edifício garagem do TPS 1 (2011) 2 2 Construção do Concourse (2015) 3 1ª Etapa do TPS 3 (2018)
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