Ficha Técnica GOVERNO DO ESTADO DE GOIÁS PRODETUR GOIÁS. Governador MARCONI FERREIRA PERILLO JÚNIOR. Vice-Governador JOSÉ ELITON DE FIGUEIREDO JÚNIOR

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2 Ficha Técnica GOVERNO DO ESTADO DE GOIÁS Governador MARCONI FERREIRA PERILLO JÚNIOR Vice-Governador JOSÉ ELITON DE FIGUEIREDO JÚNIOR Presidente da Agência Estadual de Turismo - Goiás Turismo APARECIDO SPARAPANI Diretor do PRODETUR NELSON HENRIQUE DE CASTRO RIBEIRO Diretora de Pesquisas Turísticas do Estado de Goiás - IPTUR FLÁVIA DE BRITO RABELO Diretor de Gestão, Planejamento e Finanças JOSÉ ADRIANO DONZELLI Diretor de Desenvolvimento Turístico RICARDO SILVA Diretor de Infraestrutura e operações turísticas SANDRA MENDEZ SOARES PRODETUR GOIÁS Diretor do PRODETUR NELSON HENRIQUE DE CASTRO RIBEIRO Gerente de Gestão e Monitoramento VALDINHO ALVES DE SOUZA Gerente Técnica DRA. ELIANE LOPES BRENNER Coordenadora Técnica CRISTIANE RICCI MANCINI Especialista em Turismo AMANDA FERREIRA SILVA 2

3 REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL Presidenta DILMA VANA ROUSSEFF Vice-Presidente MICHEL MIGUEL ELIAS TEMER MINISTÉRIO DO TURISMO Ministro GASTÃO DIAS VIEIRA SECRETARIA NACIONAL DE PROGRAMAS DE DESENVOLVIMENTO DO TURISMO Secretário FABIO RIOS MOTA DEPARTAMENTO DE PROGRAMAS REGIONAIS DE DESENVOLVIMENTO DO TURISMO Diretor CARLOS HENRIQUE MENEZES SOBRAL COORDENAÇÃO GERAL DE PROGRAMAS REGIONAIS Viviane de Faria - Coordenadora Ana Carla Fernandes Moura - Técnica Nível Superior Marina Neiva Dias - Técnica Nível Superior Miranice Lima Santos - Técnica Nível Superior 3

4 FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS FGV Diretor do Projeto RICARDO SIMONSEN Supervisor do Projeto FRANCISCO EDUARDO TORRES DE SÁ Coordenador do Projeto LUIZ GUSTAVO MEDEIROS BARBOSA Equipe André Coelho Técnico em Planejamento Turístico e Patrimônio Histórico Carlyle Falcão Técnico em Planejamento Turístico e Projetos de Infraestrutura Cristiane Rezende Técnica em Planejamento Turístico e Cultura Emilia Zouain Técnica em Planejamento Ambiental e Urbanismo Erick Lacerda Técnico em Administração Fabíola Barros Técnica em Administração Leonardo Vasconcelos Técnico em Economia do Turismo e Análises de Viabilidade Econômicas Marcel Levi Técnico em Fortalecimento da Gestão do Turismo Paola Lohmann Técnica em Planejamento Turístico e Monitoramento Roberto Pascarella Técnico em Planejamento Turístico 4

5 Sumário Ficha Técnica... 2 Sumário... 5 Índice de Ilustrações... 8 Introdução Resumo Executivo Justificativa da Seleção da Área Turística Polo do Ouro Critérios para Seleção dos Polos Turísticos do Prodetur Nacional em Goiás Caracterização do Polo do Ouro Acessibilidade e Conectividade Nível de Uso Atual ou Potencial Condições Físicas e Serviços Básicos dos Municípios Quadro Institucional e Aspectos Legais Formulação de Objetivos do PDITS Objetivo Geral do Polo do Ouro Objetivos Específicos do Polo do Ouro Diagnóstico Estratégico da Área e das Atividades Turísticas Análise de Demanda Atual Perfil Quantitativo da Demanda Atual Perfil Qualitativo da Demanda Atual Balanço das Campanhas de Promoção Identificação dos Segmentos e Portfólio de Produtos Análise da Demanda Potencial Análise da Oferta Turística no Polo Análise dos Atrativos Turísticos do Polo do Ouro Análise dos Serviços e Equipamentos Turísticos Nível de Serviço Preços, Promoção e Comercialização Necessidade de Capacitação Sistema de Promoção e Comercialização Análise das Infraestruturas Básicas e Serviços Gerais do Polo Rede de Acesso ao Polo Sistemas de Transportes Sistema de Abastecimento de Água

6 3.4.3 Sistema de Esgotamento Sanitário Sistema de Limpeza Urbana e Disposição de Resíduos Sólidos Rede de Drenagem Pluvial Transporte Urbano Sistemas de Comunicação Sistemas de Cobertura de Iluminação Pública Serviços de Saúde Serviços de Segurança Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) Análise do Quadro Institucional do Polo do Ouro Arranjo institucional para a Gestão do Turismo no Polo do Ouro Análise dos Aspectos Socioambientais do Polo do Ouro Perfil do Polo Identificação e Avaliação de Impactos Gestão Ambiental Pública Gestão Ambiental nas Empresas Privadas Controle Territorial e Planejamento Grau de Participação Comunitária Diagnóstico Estratégico Priorização dos Segmentos Turísticos Priorização dos Atrativos Turísticos Estratégia de Desenvolvimento Turístico do Polo do Ouro Análise SWOT As Jornadas Participativas Estratégias de Desenvolvimento Turístico Plano de Ação e Investimentos Necessários ao Desenvolvimento do Polo do Ouro Visão Geral das Ações Dimensionamento do Investimento Total Seleção e Priorização das Ações Descrição das Ações a Serem Implementadas nos Primeiros 18 Meses do Programa Marco de Resultados por Ação para os Primeiros 18 Meses de Implantação do PDITS

7 5.6 Avaliação dos Impactos Ambientais Decorrentes da Implementação das Ações do Programa Feedback: Acompanhamento e Avaliação Referências Bibliográficas Sites Institucionais ANEXO 1- Relatório dos Eventos Participativos ANEXO 2- Listas de Presenças ANEXO 3- Convite Enviado ANEXO 4- Registro Fotográfico ANEXO 5- Portaria da ANAC Inscrição do Aeródromo Público de Pirenópolis

8 Índice de Ilustrações Gráfico 1: Setores da Economia (R$ mil) Pirenópolis Gráfico 2 : Setores da Economia (R$ mil) Cidade de Goiás...47 Gráfico 3: Setores da Economia (R$ mil) Corumbá de Goiás...48 Gráfico 4: Setores da Economia (R$ mil) Abadiânia...49 Gráfico 5: Setores da Economia (em mil) Jaraguá Gráfico 6: Setores da Economia (R$ mil) Cocalzinho de Goiás Gráfico 7: Estado de Origem...66 Gráfico 8: Município de Origem do Entrevistado...66 Gráfico 9: Quantidade de Homens e Mulheres Entrevistados...67 Gráfico 10: Idade dos Entrevistados...68 Gráfico 11: Motivação da Viagem...69 Gráfico 12: Principal Atrativo (Motivação-Lazer)...69 Gráfico 13: Renda Mensal e Individual dos Entrevistados...70 Gráfico 14: Nível de Escolaridade dos Entrevistados...71 Gráfico 15: Fontes de Informação sobre o Destino...71 Gráfico 16: Tipo de Hospedagem Utilizada Gráfico 17: Composição do Gasto Turístico Gastos com Alimentação Gráfico 18: Composição do Gasto Turístico - Gastos com Hospedagem Gráfico 19: Composição do Gasto Turístico Gastos com Atrativos e Passeios Gráfico 20: Composição do Gasto Turístico Gastos com Compras Pessoais Gráfico 21: Composição do Gasto Turístico Gastos com outros itens...74 Gráfico 22: Composição do Gasto Turístico Total de Gastos na Viagem...75 Gráfico 23: Estado de Origem do Turista de Pirenópolis Gráfico 24: Gênero do Turista de Pirenópolis Gráfico 25: Idade do Turista de Pirenópolis Gráfico 26: Motivação da Viagem Gráfico 27: Renda dos Entrevistados Gráfico 28: Escolaridade dos Entrevistados Gráfico 29: Fonte de Informações sobre o Destino Gráfico 30: Caracterização do Grupo de Viagem Gráfico 31: Tamanho do Grupo Gráfico 32: Utilização de Serviços de Agenciamento Gráfico 33: Meio de Transporte Utilizado para Chegar ao Destino Gráfico 34: Meio Hospedagem Utilizado...85 Gráfico 35: Composição do Gasto Turístico Gastos com Alimentação (R$) Gráfico 36: Composição do Gasto Turístico Gastos com Transporte Interno (R$)...87 Gráfico 37: Composição do Gasto Turístico Gastos com Hospedagem (R$)...88 Gráfico 38: Composição do Gasto Turístico Gastos com Atrativos e Passeios (R$)...89 Gráfico 39: Composição do Gasto Turístico Gastos com Compras Pessoais (R$) Gráfico 40: Composição do Gasto Turístico Total de Gastos na Viagem (R$) Gráfico 41: Perfil X Idade (%) Corumbá Gráfico 42: Perfil X Renda (%) Corumbá Gráfico 43: Perfil X Motivação (%) Corumbá

9 Gráfico 44: Distribuição dos mercados Corumbá...93 Gráfico 45: Gasto Médio Diário no município de Corumbá Gráfico 46: Tempo médio de permanência no destino Corumbá Gráfico 47: Local de Hospedagem em Corumbá Gráfico 48: Hábitos de viagem dos turistas em Corumbá Gráfico 49: Perfil X Idade Abadiânia Gráfico 50: Perfil X Renda Abadiânia Gráfico 51: Perfil X Motivação Abadiânia Gráfico 52: Distribuição dos mercados Abadiânia Gráfico 53: Cinco Pacotes Turísticos mais vendidos no Brasil Gráfico 54 Presença do Produto Brasil nos catálogos das operadoras internacionais102 Gráfico 55: Segmentos Hierarquizados Gráfico 56: Atrativos Hierarquizados no Polo do Ouro Tabela 1: Área de abrangência do PDITS deste relatório Tabela 2: Regiões Turísticas de Goiás, segundo o Plano Estadual de Turismo...35 Tabela 3: Distâncias entre cidades do Polo (em km) Tabela 4: Viagens Rotineiras e Domésticas em Goiás ( ) Tabela 5: Quantidade de Viagens por Origem e Tipo de Viagem Goiás (2007) Tabela 6: Destinos x Caracterização da Demanda Tabela 7: Estimativa da taxa de ocupação dos meios de hospedagem em Pirenópolis...58 Tabela 8: Estimativa da taxa de ocupação dos meios de hospedagem na Cidade de Goiás Tabela 9: Cenários e Taxas de Crescimento Tabela 10: Estimativa de Crescimento do Fluxo Turístico Tabela 11: Avaliação do Entrevistado quanto aos Aspectos Específicos...76 Tabela 12: Avaliação do Entrevistado quanto aos Aspectos Específicos...89 Tabela 13: Identificação dos Segmentos no Polo do Ouro Tabela 14: Principais atrativos Polo do Ouro:Situação Atual Tabela 15: Principais Parâmetros das Viagens Rotineiras e Domésticas Tabela 16: Viagens Rotineiras e Domésticas: total e participação de Goiás (2007) Tabela 17: Estimativa de mercado para o Polo do Ouro Tabela 18 - Quadro de Origens e Destinos dos Fluxos de Turistas das Viagens Domésticas, por UF (em%) Tabela 19: Avaliação dos principais atrativos naturais do Polo do Ouro Tabela 20: Avaliação dos Atrativos Culturais do Polo do Ouro Tabela 21: Avaliação geral dos principais atrativos turísticos do Polo do Ouro Tabela 22: Visão Consolidada de Equipamentos e Serviços Turísticos no Polo Tabela 23: Informações sobre os Meios de Hospedagem no Polo do Ouro Tabela 24: Estabelecimentos de Alimentação e Bebidas no Polo do Ouro Tabela 25: Valor Médio de Hospedagem Tabela 26: Situação Atual das Condições de Capacitação no Polo do Ouro Tabela 27: Ações de Promoção realizadas pela Goiás Turismo 2009 e Tabela 28: Movimento de passageiros no Aeroporto Internacional de Goiânia (em milhões de passageiros) Tabela 29: Movimento de passageiros no Aeroporto Internacional de Brasília (em 9

10 milhões de passageiros) Tabela 30: Principais Rodovias e Condições de Pavimentação do Polo Tabela 31: Projetos de Melhoria nas Rodovias do Polo Tabela 32: Abastecimento de Água nos Municípios do Polo Tabela 33: Esgotamento Sanitário na Cidade de Goiás Tabela 34: Produção de Lixo Urbano e Sistema de Depósito Existente Tabela 35: Sistema de Limpeza Urbana e Gestão de Resíduos Sólidos nos Municípios do Polo Tabela 36: Número de Telefones Públicos no Polo do Ouro Tabela 37: Número de Agências de Correio no Polo do Ouro Tabela 38: Taxa de Atendimento de Eletricidade Urbana e Rural Polo do Ouro Tabela 39: Número de Consumidores de Energia no Polo do Ouro Tabela 40: Leitos por hab. Estado de Goiás Tabela 41: Número de Estabelecimentos de Saúde e Leitos Hospitalares no Polo do Ouro Tabela 42: Tipos de Estabelecimentos de Saúde no Polo do Ouro Tabela 43 - Serviços de Saúde no Polo Tabela 44: Polícia Civil no Polo do Ouro Tabela 45: Polícia Militar no Polo do Ouro Tabela 46: Corpo de Bombeiros no Polo do Ouro Tabela 47: IDH dos Municípios que Compõem o Polo do Ouro Tabela 48: Arranjo Institucional Pirenópolis Tabela 49: Arranjo Institucional da Cidade de Goiás Tabela 50: Arranjo Institucional Abadiânia Tabela 51: Arranjo Institucional Jaraguá Tabela 52: Arranjo Institucional de Cocalzinho de Goiás Tabela 53: Contratação do Fundo Constitucional de Financiamento do Centro-Oeste Estado de Goiás Tabela 54: Síntese de Indicadores Socioeconômicos Tabela 55: Participação do Setor de Serviços no PIB municipal Tabela 56: Ocorrências Impactantes Observadas com Frequência no Meio Ambiente Tabela 57: Impactos Ambientais Observados nas Áreas Piloto Tabela 58: Arranjo Institucional para a Gestão do Meio Ambiente no Polo Do Ouro Tabela 59: Resultados das Oficinas A Percepção da Comunidade Sobre o Meio Ambiente Tabela 60: Distribuição dos Recursos por Eixos Estratégicos PPCerrado Tabela 61: Ações Estaduais Orçamento Previsto Tabela 62: Estrutura Pública de Planejamento e Gestão Urbana Tabela 63: Unidades de Conservação do Polo Do Ouro Tabela 64: Conselhos Gestores Municipais Tabela 65: Valoração por Fatores de Hierarquização Segmentos Turísticos Tabela 66: Avaliação dos Segmentos Segundo os Fatores de Avaliação Tabela 67: Resultados da Hierarquização dos Segmentos Tabela 68: Valoração por Fatores de Hierarquização Atrativos Turísticos Tabela 69: Avaliação dos Atrativos Segundo os Fatores de Avaliação Tabela 70: Compilação das Notas dos Atrativos

11 Tabela 71: Quadro Resumo das Estratégias de Ação Tabela 72: Resumo da Relação entre os Componentes e as Estratégias do Plano Estadual de Turismo de Goiás Tabela 73: Visão Geral das Ações de Turismo no Polo do Ouro Tabela 74: Dimensionamento do Investimento Total Tabela 75: Ações e Investimentos Previstos com Financiamento do BID para o PRODETUR Nacional Goiás no Polo do Ouro Tabela 76: Impactos dos Projetos previstos para o Polo do Ouro Tabela 77: Instrumentos de Avaliação Ambiental Polo do Ouro Tabela 78: Acompanhamento dos Projetos Figura 1: Área de abrangência do PDITS dos Polos Ouro, Chapada dos Veadeiros e Vale do Araguaia Figura 2: Classificação do Plano Estadual de Turismo Figura 3: Polo do Ouro Figura 4: Situação Geográfica do Polo do Ouro...43 Figura 5:Estratégia para o Plano de Desenvolvimento Integrado do Turismo Sustentável (PDITS) Goiás Figura 6: Parque Estadual dos Pirineus Figura 7: Reserva Ecológica Vargem Grande Figura 8: Reserva Ecológica Vagafogo Figura 9: Parque Estadual da Serra Dourada Figura 10: Salto de Corumbá Figura 11: Lago Corumbá IV Figura 12: Cachoeirinha do Saraiva Figura 13: Rio das Almas Figura 14: Teatro Pirenópolis Figura 15: Festa do Divino, Pirenópolis Figura 16: Cavalhadas de Pirenópolis Figura 17: Casa de Cora Coralina Figura 18: Casa Dom Inácio Figura 19: Principais Atrativos do Polo do Ouro Figura 20: Mapa com as Principais Rodovias do Estado de Goiás Figura 21: Organograma da Goiás Turismo Figura 22: Focos de Incêndio na Cidade de Goiás (setembro, 2010) Figura 23: Incêndio na Serra dos Pireneus Figura 24: Incêndio no Parque Estadual Serra Dourada (2010) Figura 25: Degradação da paisagem por lavra de Quartzito - Pirenópolis-GO Figura 26: Pontos de Amostragem no Rio das Almas Pirenópolis Figura 27: Programa Nascentes: Nascente do Rio Vermelho em 2002 e Figura 28: Mata ciliar do Rio Vermelho em 2002 e Figura 29: Modelo de Governança PPA Cerrado Figura 30: Áreas Prioritárias para a Conservação, Utilização Sustentável e Repartição de Benefícios da Biodiversidade Goiás Figura 31: Matriz SWOT do Polo do Ouro

12 Introdução O Estado de Goiás está iniciando a preparação de uma operação de crédito a ser contratada junto a entidade internacional de financiamento, como parte integrante do Programa Nacional de Desenvolvimento do Turismo PRODETUR Nacional, que está sendo desenvolvido e apoiado pelo Ministério do Turismo em parceria com o Banco Interamericano de Desenvolvimento BID. Nesse contexto, faz-se necessária a elaboração do Plano de Desenvolvimento Integrado do Turismo Sustentável PDITS, para definir objetivos, estratégias e ações, que serão implementadas pela Administração Pública para alavancar o desenvolvimento do turismo nos municípios que fazem parte dos polos definidos como áreas prioritárias para a atividade turística. A partir do PDITS, serão priorizadas e selecionadas aquelas ações objeto do investimento do referido programa ao longo dos quatro anos de execução previstos para o PRODETUR Nacional. O Governo do Estado de Goiás definiu o Polo do Ouro como uma das cinco áreas prioritárias para a estruturação da atividade turística. No caso do Polo do Ouro, o Estado de Goiás selecionou os seis municípios com maior potencial turístico que pertencem ao chamado Caminho do Ouro em referência à saga dos Bandeirantes no Estado de Goiás (em particular o bandeirante Bartolomeu Bueno da Silva, o Anhanguera II), marcada pela exploração do ouro, são eles: Pirenópolis; Cidade de Goiás; Corumbá de Goiás; Abadiânia; Jaraguá; e Cocalzinho. A Agência Goiana de Turismo Goiás Turismo conduziu o diálogo com a sociedade e a construção deste plano, primando pela sua exequibilidade e garantindo a participação popular, o planejamento integrado das ações do setor, o desenvolvimento sustentável e formatando um planejamento estratégico que possa indicar as ações a serem desenvolvidas nos próximos anos no setor de turismo no Estado de Goiás. A metodologia de construção do plano envolveu: pesquisas de informações em bases primárias e secundárias; entrevistas com gestores públicos e empresários do setor; entrevistas com entidades de governança que atuam no Polo; visita de campo para observação in loco da 12

13 realidade da atividade e também para melhor conhecimento e avaliação dos atrativos e equipamentos turísticos presentes no Polo; além de três reuniões públicas com participação da sociedade civil nas fases de diagnóstico, construção do Plano de Ação e validação pública dos investimentos e prioridades definidas. No decorrer da construção deste plano, o Estado de Goiás estruturou o Instituto de Pesquisas de Turismo IPTUR em função da reconhecida necessidade de se produzir informaçoes sobre o setor e a atividade turística. Desta forma, este plano carece de informações detalhadas e séries históricas que permitam a análise de comportamentos de consumo e desenvolvimento da atividade no Estado. As poucas informações sobre estudos de demanda e prestação de serviços na área do turismo foram obtidas através das secretarias municipais ou de pesquisas pontuais realizadas pelo Governo do Estado em períodos festivos, datas comemorativas e alta temporada, mesmo assim, essas pesquisas já possuem mais de cinco anos de realizadas. As informações secundárias foram obtidas através de pesquisas em base de dados de organismos oficiais, tais como: IBGE; IPEA; RAIS/MTE; Ministério das Cidades; ANTT; INFRAERO; entre outros. As pesquisas de campo foram particularmente importantes para levantar a situação atual dos atrativos, serviços e equipamentos turísticos do Polo, bem como para identificar a política pública de turismo em curso nos municípios que compõem o Polo. As pesquisas de campo, realizadas através de questionário estruturado e entrevistas semi estruturadas, compuseram o diagnóstico do Polo, bem como foram essenciais para o levantamento das informações existentes em termos de planos; legislação; política ambiental; arranjo institucional; investimentos municipais; e prioridades de governo. Este plano apresenta um diagnóstico detalhado das condições da infraestrutura e dos serviços básicos na área em estudo, alertando os gestores públicos e privados para a necessidade de se ampliar estruturas relevantes ao bom atendimento das necessidades geradas pelo incremento na população flutuante de turistas na área. Por fim, o plano propõe um conjunto de ações a serem desenvolvidas pelo Governo Estadual para incentivar o desenvolvimento da atividade turística no Polo do Ouro. 13

14 Resumo Executivo O Plano de Desenvolvimento Integrado do Turismo Sustentável PDITS do Polo do Ouro foi desenvolvido de acordo com o termo de referência e com o Regulamento Operacional ROP do Programa de Desenvolvimento do Turismo PRODETUR Nacional. O Polo do Ouro está localizado territorialmente, no centro do Estado em sentido leste-oeste, área serviu de rota para os Bandeirantes que desbravaram o interior do Brasil em expedições no século XVII, em busca de riquezas minerais e do conhecimento deste vasto território ainda desconhecido, abrindo novas rotas e povoando recantos até então inóspitos do cerrado brasileiro. Justamente por essa característica histórica, os municípios do Polo do Ouro viveram um período de grande desenvolvimento e riqueza, preservados até os tempos atuais nas cidades e edificações que persistiram à ação do tempo e foram reconhecidas como Patrimônio Histórico Mundial (UNESCO) ou Nacional (IPHAN). Esses municípios apresentam graus de desenvolvimento econômico e turístico diferenciados, porém, complementam-se em relação aos atrativos e segmentos turísticos principais e potenciais. Economicamente, o Polo possui na atividade terciária sua maior geração de riquezas (em torno de 50% a 60% do PIB municipal), seguido pela atividade agrícola (entre 15% e 20% do PIB municipal) que ainda apresenta-se como importante fonte de riqueza e geração de emprego nos campos do cerrado central do Estado. Dentro da atividade terciária, cresce em importância e faturamento, as atividades ligadas ao setor do turismo, tais como: receita hoteleira, alimentos e bebidas, agências de viagem e equipamentos turísticos privados. Após o levantamento da base de informações existentes e dos dados secundários referentes aos municípios e, mais especificamente, do setor de turismo, pode-se afirmar que o principal segmento em desenvolvimento no Polo é o de Turismo Cultural, sendo identificados ainda os segmentos de Ecoturismo e Turismo de Aventura como potenciais. Os municípios de Pirenópolis e Goiás são os mais desenvolvidos turisticamente e já possuem uma infraestrutura turística relativamente organizada para atendimento dos atuais fluxos de visitantes que se deslocam para o destino. Sendo assim, é natural que o segmento de turismo cultural seja, reconhecidamente, o principal. É também nestes dois municípios que desponta a realização de eventos, sobretudo aqueles ligados a atividades culturais. 14

15 O município de Pirenópolis é um dos destinos mais procurados atualmente no Estado de Goiás e já é comercializado em agências de viagem nos principais mercados emissores regionais e nacionais. No segmento de turismo cultural, os principais atrativos deste destino são o seu polígono de tombamento pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional IPHAN, reconhecidamente: o Theatro Pirenópolis; a Matriz de Nossa Senhora do Rosário; e as Igrejas de Nosso Senhor do Bonfim e de Nossa Senhora do Carmo. Também em Pirenópolis, é possível verificar o potencial de desenvolvimento de atrativos naturais particulares, como a Reserva Ecológica de Vargem Grande e o Santuário Silvestre Vagafogo. Em ambos os casos, a estruturação e exploração destas áreas pertencem à iniciativa privada e estes atrativos despontam como os principais em número de visitas e capacidade de atração e retenção de turistas no Polo. A Cidade de Goiás, assim como Pirenópolis, já apresenta um fluxo permanente de turistas que se deslocam em busca de conhecer o conjunto de edificações que fizeram deste destino Patrimônio Histórico e Cultural da Humanidade. Em Pirenópolis sobressaem-se como atrativos culturais o centro histórico, tombado pela UNESCO como Patrimônio Histórico e Cultural da Humanidade, e a Igreja da Boa Morte; mais recentemente, os Centros Culturais Goiandira de Couto e a Casa de Cora Coralina também tem apresentado crescente procura por parte dos turistas. Já os municípios de Jaraguá, Abadiânia e Cocalzinho, além dos próprios Cidade de Goiás e Pirenópolis, possuem atrativos naturais de grande beleza e apelo para exploração turística que fazem dos segmentos de Ecoturismo e Turismo de Aventura, grandes potenciais para diversificar a oferta e atrair um maior número de turistas para o Polo. Apesar de possuírem infraestrutura turística ainda incipiente, a relação de proximidade com os dois principais centros receptivos de turistas do Polo pode beneficiar o desenvolvimento do turismo nestes municípios e fortalecer todo o Polo através da diversificação da oferta de produtos turísticos, incorporando os segmentos de Ecoturismo e Turismo de Aventura. Neste contexto, diante do potencial turístico do Polo do Ouro, o objetivo principal do PRODETUR Goiás é apontar caminhos e diretrizes para consolidá-lo como destino turístico já amadurecido e dinamizá-lo para que se torne competitivo no mercado turístico, sendo este PDITS uma atuação direta do Estado de Goiás, representando esforços de apoio ao 15

16 desenvolvimento regional e integrado do turismo com o objetivo geral de Ampliar o papel desempenhado pelo setor turístico no desenvolvimento do Estado reduzindo as desigualdades sociais através da geração de emprego e renda. Tratando-se da Demanda Turística do Polo do Ouro, os dados coletados por meio da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas FIPE apontam que os dois principais destinos do Polo receberam juntos mais de 400 mil turistas no ano de Este turista é essencialmente regional, sobretudo oriundo do próprio Estado de Goiás e do Distrito Federal, devido, principalmente, à facilidade de acesso pela proximidade. O município de Abadiânia é uma exceção que recebe, segundo informações do município, semanalmente, cerca de pessoas destinadas à Casa Dom Inácio de cura alternativa, os demais municípios apresentam baixos índices de turistas internacionais. Nos principais destinos do Polo, Pirenópolis e Cidade de Goiás, verifica-se a predominância de um turista jovem, com idade entre 20 e 40 anos, e com alto poder aquisitivo, renda entre R$ 2.000,00 e R$ 5.000,00, e que busca estes destinos para atividades de lazer. Nos demais municípios, o perfil do turista indicado é o mesmo, ou seja, entre 20 e 40 anos, porém com menor poder aquisitivo, com renda até R$ 1.000,00. É importante ressaltar que Abadiânia constitui em um destino diferenciado em se tratando do perfil do turista que o visita e da estrutura de serviços turísticos agregados. O Município recebe um grande fluxo de turistas, sobretudo internacional, com idade acima dos 40 anos e maior poder aquisitivo, que se desloca ao destino em busca dos tratamentos espirituais realizados na Casa Dom Inácio, centro de curas espirituais radicado no município. Tratando-se ainda de Abadiânia, este contingente de pessoas/semana permanece no destino por um período prolongado, em função de aguardar horário para atendimento, e comumente viaja acompanhado de familiares, apresentando também uma estrutura de gastos mais sofisticada. Porém, o destino apresenta uma estrutura informal de equipamentos e prestadores de serviço, que precisa ser trazida para a formalização. Da mesma forma, por lidar com um público diferenciado, é necessário também investimentos na qualificação da mão de obra e dos profissionais que atuam na área. Há necessidade de implementação de uma política de monitoramento de dados turísticos como: fluxo; perfil de visitantes; gasto e tempo médio de estadia; valores ainda não 16

17 existentes para a gestão do Polo do Ouro. Estas informações não somente vêm ao encontro da facilitação da tomada de decisão em gestão pública, como também se caracteriza como primordial para estudos, de demanda potencial e prospecção do aumento ou variação de visitantes na localidade. As Campanhas de Promoção são visivelmente incipientes para o Polo, a limitação do mercado também é fruto das deficiências nesta área. O PDITS aponta a Elaboração e Implementação do Plano de Marketing e Comercialização para o Polo, a criação do catálogo de ofertas, implantação de ações de promoção e fortalecimento dos segmentos de cada município a fim de fortalecer a imagem e as ações de promoção do Polo. Os Segmentos Identificados no Polo foram o Cultural, Ecoturismo, e Aventura. O Segmento Cultural é o que possui mais atrativos consolidadosno Polo. Em relação aos segmentos de Ecoturismo e Turismo de Aventura, o Polo apresenta-se de forma mais homogênea, mas ainda a ser consolidada, com a presença do Parque Estadual dos Pirineus, ocupando parte dos territórios dos municípios de Pirenópolis e Cocalzinho; do Parque Estadual Serra Dourada na cidade de Goiás; e do Parque Estadual da Serra de Jaraguá, no município homônimo. Estes parques estaduais proporcionam um grande conjunto de atrativos naturais para exploração de Ecoturismo, tais como: cachoeiras; trilhas; matas; fauna e flora do cerrado; bastante propícias ao desenvolvimento de atividades como: caminhadas; moutain bike; tirolesa; rafting; rappel; entre outros esportes de aventura em todo o território do Polo. Apesar de todo esse potencial e de já possuir um fluxo considerável de turistas que procuram o Polo, existem problemas e deficiências que impedem o maior desenvolvimento da atividade turística no Polo. Primeiramente, as informações sobre a atividade turística são muito superficiais e constituem-se essencialmente de pesquisas realizadas pela Goiás Turismo em eventos e datas festivas, traçando um perfil não muito preciso deste turista que se desloca ao Polo. Desta forma, é essencial que se invista na estruturação do sistema estadual de informações turísticas. As ações do Instituto de Pesquisa Turística de Goiás IPTUR são fundamentais para a estruturação de uma rede de informações permanentes e para a construção de séries históricas de informação que permitam análises mais complexas acerca do desenvolvimento da atividade turística no Polo. 17

18 Compõe ainda este Plano, a Análise da Oferta Turística que analisa as condições atuais dos atrativos e a oferta de equipamentos turísticos atuais, os sistemas se promoção e comercialização atualmente utilizados e a situação da mão de obra. Com relação aos atrativos, a Cidade de Goiás e Pirenópolis são os município mais estruturados neste quesito, estes são os mais ricos em conservação do patrimônio da Região do Ouro. A Cidade de Goiás, reconhecida pela UNESCO como Patrimônio Histórico e Cultural Mundial, possui uma riquissima gama de atrativos do segmento, assim como em Pirenópolis. Os demais municípios do Polo têm influência regional complementar por possuírem produtos muito específicos, como a questão religiosa espiritualista em Abadiânia. Os atrativos naturais não são o principal objetivo dos visitantes do Polo, mas a riqueza de atrativos deste segmento também é extremamente relevante. No campo dos atrativos culturais, é preciso investir na qualificação dos dois principais destinos do Polo - Pirenópolis e Cidade de Goiás. Em ambos os casos foi detectada a precariedade do sistema de esgotamento sanitário e de fornecimento de energia elétrica para a área urbana, onde se localizam os principais atrativos. Também foi detectada a necessidade de se investir na sinalização turística, tanto rodoviária quanto interpretativa nos locais dos atrativos. Da mesma forma, seria interessante realizar um trabalho de roteirização dos dois principais centros históricos tombados, aumentando a possibilidade de interação entre o turista e o atrativo visitado. No campo dos atrativos naturais, com exceção dos refúgios particulares operados em Pirenópolis, os demais atrativos encontram-se necessitando de infraestrutura de acesso, sinalização e estruturação do atrativo em si (trilhas; sinalização; equipamentos públicos; centros receptivos de turistas; entre outras ações), tornando os recursos naturais em produtos vendáveis e prontos para serem comercializados. Os Parques Estaduais da Serra dos Pirineus, Serra Dourada e Serra do Jaraguá necessitam de intervenções na sua infraestrutura para poder atingir seu potencial de atração de turistas e aliar o uso turístico com a preservação dos ambientes. Em alguns casos, o atrativo se encontra em estado avançado de uso por parte da população local, porém, sem estar preparado para tal, o que tem gerado situações de degradação ambiental pelo uso desordenado. Em relação à Gestão Ambiental, as principais deficiências são 18

19 a falta dos estudos de capacidade de carga, Planos de Manejo ou de Gestão para as áreas utilizadas turisticamente. Com relação a Análise dos Serviços e Equipamentos Turísticos, as melhores estruturas estão também em Pirenópolis e na Cidade de Goiás, o Polo apresenta uma boa oferta de equipamentos de hospedagem, mas apresenta carência em relação aos serviços de agenciamento e operações turísticas. Com relação ao nível de capacitação da oferta atual, existe a necessidade de promoção de projetos de educação na área. Para o Polo do Ouro, é um item de grande importância, dada a quantidade de trabalhos informais presentes no setor de turismo e a necessidade de capacitação identificada pelas autoridades de turismo da região. Do ponto de vista da Infraestrutura Geral e dos Serviços Básicos, os principais problemas que precisam ser objeto da atenção estadual são: (i) apesar de o modal rodoviário ser a única ligação para o Polo, as rodovias se constituem em pista simples e com trechos necessitando de reparos; (ii) os índices de cobertura do esgotamento sanitário coletado e tratado ainda são muito baixos e a operação do sistema no Polo do Ouro é basicamente municipal, ou seja, a SANEAGO (órgão estadual de saneamento) apenas opera o sistema da Cidade de Goiás; (iii) presença de alagamentos e inundações em períodos chuvosos que dificultam a atividade turística em determinados períodos do ano; (iv) instabilidade da rede elétrica no fornecimento às áreas urbanas dos municípios do Polo; e (v) à exceção de Pirenópolis, não existem grupamentos especiais da Polícia Militar para atendimento a turistas. A Análise Institucional do Polo revela um segundo ponto importante de ser ressaltado: à baixa capacidade das secretarias municipais em planejar, implementar, monitorar e avaliar políticas públicas de turismo, visando o desenvolvimento do setor na economia local. A falta de infraestrutura e capacitação de pessoal dificultam a execução de projetos que realmente impactem no setor. Uma boa alternativa seria a criação dos fundos municipais de turismo que proveriam recursos para investimento e manutenção de equipamentos turísticos e fortalecimento da governança local, combatendo outro problema detectado que é o esvaziamento dos Conselhos Municipais de Turismo e a pouca articulação da governança local. Apesar de quase todos os municípios possuírem planos diretores, é preciso revisar o documento da Cidade de Goiás, inclusive para traçar de forma mais planejada os movimentos urbanos oriundos do crescimento do número de pessoas que visitam a cidade e o possível crescimento 19

20 da população em função do aumento da atividade turística; bem como para contemplar a atividade turística como importante vetor de desenvolvimento econômico para o município e auxiliar no planejamento e incentivo ao desenvolvimento deste setor. Todos esses elementos são consolidados na Matriz SWOT, apresentada no capítulo que trata da Estratégia de desenvolvimento do Polo. A análise desta matriz identifica o Polo dentro de um quadrante de crescimento, indicando que existem muitos pontos fracos a serem sanados, mas excelentes oportunidades que podem alavancar a atividade turística nos destinos. Em função de todas essas informações apresentadas, a estratégia central do Polo do Ouro consiste em ampliar os investimentos na infraestrutura turística para consolidar o segmento de turismo cultural e agregar valor ao destino com a estruturação do segmentos de Ecoturismo e Turismo de Aventura. O desenvolvimento dessas estratégias permitirá o alcance do objetivo principal traçado para o Polo do Ouro, qual seja: ampliar a participação do setor de turismo no PIB do Estado contribuindo para a redução da desigualdade social através da geração de emprego e renda. Com a finalidade de fazer frente às carências diagnosticadas e na busca por atingir os objetivos propostos foram traçadas estratégias vinculadas a cada componente do previsto neste Plano para o Polo Turístico. São eles: Componente 1 Produto Turístico: Estruturação de produtos turísticos integrados e qualificados para o Polo do Ouro. Componente 2 Comercialização: Promoção da visibilidade do destino turístico a partir de produtos integrados e de qualidade Componente 3 Fortalecimento Institucional: Gestão integrada e eficaz entre o setor público e privado voltada à consolidação do Polo do Ouro. Componente 4 Infraestrutura e Serviços Básicos: Expansão e melhoria da infraestrutura e dos serviços básicos essenciais ao desenvolvimento sustentável e a compatibilização da oferta turística com a capacidade de carga da infraestrutura instalada. Componente 5 Gestão Ambiental: Promoção da sustentabilidade ambiental do destino turístico, com a consequente melhoria da qualidade de vida da população local. 20

21 Todos esses elementos são consolidados na Matriz de SWOT apresentada no capítulo que trata da Estratégia de desenvolvimento do Polo. A análise desta matriz identifica o Polo dentro de um quadrante de crescimento, indicando que existem muitos pontos fracos a serem sanados, mas excelentes oportunidades que podem alavancar a atividade turística nos destinos. Após a descrição das Estratégias, apresenta-se o Plano de Ação que consolida todo o esforço deste documento e analisa a correlação existente entre o objetivo geral, as estratégias de curto, médio e longo prazos, e as ações propostas para o desenvolvimento da atividade no Polo. COMPONENTE 1: ESTRATÉGIA DO PRODUTO TURÍSTICO ESTRATÉGIAS AÇÃO DESCRIÇÃO DA AÇÃO Implantar projetos de sinalização turística do Polo Programa de capacitação continuada Desenvolver e implantar projeto de sinalização turística rodoviária e interpretativa para os principais atrativos turísticos do Polo Conforme necessidade exposta nas páginas: 90,97,77,106,112,115 e 207 Implantar programas de capacitação continuada de pessoal para serviços turísticos e de gestão empresarial. Formar parcerias com a rede de educação para o turismo atualmente presente no Polo (universidades, CEP, Secretarias Municipais e Estaduais, Sistema "S" etc) para garantir a capacitação da mão de obra para o turismo no Polo ESTRATÉGIA 1: CONSOLIDAR O POLO COMO IMPORTANTE DESTINO DE TURISMO CULTURAL NO CENÁRIO NACIONAL Requalificar o Estádio das Cavalhadas para a realização das Cavalhadas Realização de inventário cultural Roteirização dos atrativos turísticos Implantar Sinalização Turística Interpretativa Conforme necessidade exposta na página 108. Realizar adequações no espaço que atualmente acontece as cavalhadas para tornálo um espaço multiuso e com melhor infraestrutura para o turista Conforme necessidade exposta nas páginas: 88 e 105 Levantar e identificar a influência de outros saberes (patrimônio imaterial e artesanal) na identidade da cultura local para qualificar a oferta do produto cultural Conforme necessidade exposta nas páginas: 88 e 75 Criar circuitos integrando os atrativos culturais e naturais do Polo Conforme necessidade exposta na página 104 Implantação de sinalização turística nos principais atrativos do município de Jaraguá. 21

22 COMPONENTE 1: ESTRATÉGIA DO PRODUTO TURÍSTICO ESTRATÉGIAS AÇÃO DESCRIÇÃO DA AÇÃO em Jaraguá Conforme necessidade exposta na página 136 Implantar infraestrutura para visitação do Parque Estadual dos Pirineus Desenvolver projeto de utilização turística e implementar infraestrutura turística para visitação a partir dos municípios de Cocalzinho e Pirenópolis (recepção, centro de visitantes, trilhas, sinalização, etc.) Implantar a Passarela da Moda na BR 153 Fortalecer e qualificar produtos turísticos naturais autosustentáveis e já comercializados no mercado Conforme necessidade exposta na página 71 O comércio têxtil é um grande atrativo de turistas para o município de Jaraguá. Estes turistas são fundamentais para o incremento do turismo no município e para divulgar o potencial do segmento de Ecoturismo no mercado regional Conforme necessidade exposta na página 157 O mercado regional e sobretudo estadual já consome alguns principais atrativos do segmento Ecoturismo. Porém, é necessário estruturar estes atrativos com serviços e equipamentos turísticos para melhor receber o turista e preservar o ambiente ESTRATÉGIA 2: DIVERSIFICAR A OFERTA TURÍSTICA A PARTIR DA ESTRUTURAÇAO DOS ATRATIVOS DE ECOTURISMO Implantar estrutura para a orla do Rio Corumbá (urbanismo, lazer e turismo) Desenvolver projeto e implantar sinalização turística viária e indicativa o entorno do Rio Corumbá Conforme necessidade exposta na página 192 Desenvolver projeto urbanístico e implementar infraestrutura turística na orla do Rio Corumbá em Corumbá de Goiás Conforme necessidade exposta na página 74 Desenvolver projeto e implementar sinalização turística viária e indicativa para o atrativo Rio Corumbá Conforme necessidade exposta na página 74 Formatar produto turístico de Jaraguá Potencializar a cidade já conhecida regionalmente como centro de produção têxtil, com destaques para a complementariedade do turismo de aventura (parapente) e turismo cultural (festas da cidade) Conforme necessidade exposta na página 57 Estruturar atrativos Instalação de sinalização e acesso para para que seja possível rampas de parapente, acesso e sinalização a prática segura do para cachoeiras etc). Entre os atrativos turismo de aventura favoráveis à prática do turismo de aventura (Parapente) em estão Praia D 'Aldeia e a cachoeira do Saraiva Jaraguá Conforme necessidade exposta na página 74 22

23 COMPONENTE 1: ESTRATÉGIA DO PRODUTO TURÍSTICO ESTRATÉGIAS AÇÃO DESCRIÇÃO DA AÇÃO Estruturar Centro de Atendimento ao Turista (CAT) em Abadiânia Dotar o município de espaço adequado para a prestação do serviço de informação ao Turista. Conforme necessidade exposta na página 136 Identificar e estruturar as cachoeiras, Lago de Estruturar os Produtos Corumbá e principais atrativos turísticos, para Turísticos do receber visitantes (viabilizar acesso, implantar Ecoturismo em sinalização turística, realizar estudo de Abadiânia capacidade de carga etc) Estruturar as condições de acesso aos atrativos naturais em Cocalzinho Conforme necessidade exposta na página 32 Definir os principais atrativos e estruturar os acessos com a alternativa mais adequada (pavimento, paralelepípedo, estradas-parque etc) Implementar a Sinalização Turística em Cocalzinho Instalar Portal de Entrada no acesso ao município de Cocalzinho Conforme necessidade exposta na página 127 Implantação de sinalização turística nos principais atrativos do município de Jaraguá. Conforme necessidade exposta na página 136 Valorizar a entrada do municipio de Cocalzinho. Conforme necessidade exposta na página 112 ESTRATÉGIA 1: DESENVOLVER A IMAGEM E O POSICIONAMENTO DE MERCADO PARA O POLO DO OURO COMPONENTE 2: ESTRATÉGIA DA COMERCIALIZAÇÃO ESTRATÉGIAS AÇÃO DESCRIÇÃO DA AÇÃO Elaborar e Implementar o Plano de Marketing e Comercialização para o Polo do Ouro, incluindo ações de marketing direto com públicos finais prioritários Criar catálogo de oferta (atrativos e serviços) para o Polo Criação de plano estratégico de mercado e comercialização para o Polo, que identifique ícone, marca e mercados para realizar campanhas promocionais, criar estratégias de articulação com agências e operadoras de turismo nacionais - teste de alteração. Conforme necessidade exposta na página 111 Identificação dos principais atrativos turísticos de todos os municípios do Polo e criação do catálogo para comercialização de acordo com os roteiros criados e identificados no item da Estratégia do Produto Turístico Implantar ações de promoção para o Polo com os diversos canais Conforme necessidade exposta na página 111 Desenvolver ações junto aos principais canais de comercialização para promover os atrativos locais e inserir o Polo nos roteiros 23

24 COMPONENTE 2: ESTRATÉGIA DA COMERCIALIZAÇÃO ESTRATÉGIAS AÇÃO DESCRIÇÃO DA AÇÃO de comercialização comercializados ESTRATÉGIA 2: IMPLANTAR AÇÕES DE PROMOÇÃO E COMERCIALIZAÇÃO DOS DESTINOS DO POLO Fortalecer a imagem da Cidade de Goiás como Patrimônio Cultural da Humanidade Fortalecer a imagem de Corumbá como destino de ecoturismo Fortalecer a imagem de Jaraguá como centro de Compras e Polo Têxtil Fortalecer a imagem de Abadiânia como centro de cultura alternativa Fortalecer a imagem de Cocalzinho como porta de entrada ao Parque Estadual dos Pirineus Implementação do Plano de Marketing para o Polo do Ouro Conforme necessidade exposta na página 111 Ampliar ações para divulgar a Cidade de Goiás como produto turístico de patrimônio histórico universal junto aos agentes de turismo de destinos emissores Conforme necessidade exposta na página 112 Divulgar os principais atrativos naturais do município junto aos principais canais de comercialização e aos públicos finais prioritários Conforme necessidade exposta na página 112 Mapear e catalogar a localização das empresas locais (do ramo têxtil) e criar mapas e material de divulgação para o turista Conforme necessidade exposta na página 112 Criar planejamento de mercado que destaque Abadiânia como destino de turismo de saúde - Viabilizar uma área pública no Lago da Corumbá IV Conforme necessidade exposta na página 112 Promover o município como o detentor das melhores vistas para a Serra dos Pirineus Conforme necessidade exposta na página 112 A partir da definição das ações elencadas no Plano de Marketing as ações deverão ser implementadas em acordo com o plano de ação estabelecido Conforme necessidade exposta na página 111 COMPONENTE 3: FORTALECIMENTO INSTITUCIONAL ESTRATÉGIAS AÇÃO DESCRIÇÃO DA AÇÃO ESTRATÉGIA 1: FORTALECER O SISTEMA DE INFORMAÇÕES DO DESTINO Realizar de forma sistemática pesquisas de mercados turísticos para o polo Definição de um sistema de informações turísticas indicando quais as pesquisas que devem ser realizadas e em que periodicidade e aplicação destas pesquisas no decorrer dos cinco anos do programa Conforme necessidade exposta na página 61 24

25 COMPONENTE 3: FORTALECIMENTO INSTITUCIONAL ESTRATÉGIAS AÇÃO DESCRIÇÃO DA AÇÃO Revisar o Plano Diretor Municipal da Cidade de Goiás Revisar o Plano Diretor Municipal de Corumbá de Goiás Estruturar e informatizar o Setor Público responsável pelo planejamento da atividade turística Revisar o Plano Diretor Municipal de Cocalzinho Plano Diretor d a Cidade de Goiás já está defasado necessitando de uma atualização, inclusive para inclusão do turismo como importante atividade econômica do município Conforme necessidade exposta na página 144 Garantir que o Plano Diretor Municipal contemple a atividade turística como importante atividade econômica municipal Conforme necessidade exposta na página 147 Reengenharia de processos de gestão, cursos de treinamento para capacitar profissionais nas áreas de planejamento, gestão e monitoramento da atividade turística Conforme necessidade exposta nas páginas 142 a 153 Garantir que o Plano Diretor Municipal contemple a atividade turística como importante atividade econômica municipal Conforme necessidade exposta na página 148 ESTRATÉGIA 2: FORTALECER A GOVERNANÇA DO SETOR NOS DESTINOS DO POLO Fortalecer as entidades da governança local Implementar ações de captação de investimentos privados Mobilizar as instâncias municipais de turismo em torno do Plano Estadual de Turismo Equipar, capacitar (técnica) e estruturar secretarias municipais de turismo Criar meios para engajar o envolvimento comum entre a iniciativa privada, o setor público e o terceiro setor para fortalecer a política do turismo local através do COMTUR Conforme necessidade exposta nas páginas 142 a 153 Fomentar/fornecer incentivos para implantação de empresas privadas para ampliar a oferta de serviços e equipamentos turísticos no Polo Conforme necessidade exposta nas páginas 142 a 153 Articular com os municípios do polo as ações a serem desenvolvidas localmente de forma a potencializar os recursos investidos e implementar as ações previstas no Plano Estadual de Turismo Conforme necessidade exposta nas páginas 142 a 153 Estruturar as secretarias municipais de turismo para o melhor desempenho de suas funções. Esta estruturação poderá incluir capacitação técnica, estruturação física, aquisição de equipamentos, estruturação de processos, entre outras ações Conforme necessidade exposta nas páginas 25

26 COMPONENTE 3: FORTALECIMENTO INSTITUCIONAL ESTRATÉGIAS AÇÃO DESCRIÇÃO DA AÇÃO 142 a 153 Capacitação dos Gestores Municipais de Planejamento, Fazenda e Meio Ambiente Criar e implantar programas de incentivo e/ou sensibilização para aumentar a legalização (formalidade) no setor privado Reativar e fortalecer os Conselhos Municipais de Turismo nos municípios do Polo Fortalecer os Conselhos municipais de Meio Ambiente Capacitação técnica de profissionais de secretarias que possuam relação com o turismo e que se beneficiem também do desenvolvimento do setor de turismo de forma sustentável Conforme necessidade exposta nas páginas 142 a 153 Desenvolver plano específico para incentivar a formalização das empresas que atuam no setor de turismo e inclusão no CADASTUR, seja via constituição de pessoa jurídica ou de empreendedores individuais Conforme necessidade exposta nas páginas 142 a 153 Garantir a representatividade e regularidade das reuniões Conforme necessidade exposta nas páginas 142 a 153 Em função do desenvolvimento do segmento de ecoturismo, é fundamental que se fortaleçam os Conselhos de Meio Ambiente nos municípios do Polo, garantindo a utilização sustentável dos recursos naturais Conforme necessidade exposta nas páginas 142 a 153 COMPONENTE 4: INFRAESTRUTURA GERAL E SERVIÇOS BÁSICOS ESTRATÉGIAS AÇÃO DESCRIÇÃO DA AÇÃO ESTRATÉGIA 1: AMPLIAR A OFERTA DE INFRAESTRUTURA GERAL E SERVIÇOS BÁSICOS NOS MUNICÍPIOS DO POLO, SOBRETUDO NAS ÁREAS DE INTERESSE TURÍSTICA Implantar sistema de esgotamento sanitário que atenda às áreas turísticas nos municípios que integram o Polo Implantar saneamento básico em toda a cidade de Pirenópolis Implantar o projeto Beira Rio em Pirenópolis Ampliação do sistema de coleta e tratamento de esgoto sanitário no polo, melhorando a experiência do turista no destino e também visando à preservação ambiental dos atrativos naturais Conforme necessidade exposta na página 118 Universalizar o saneamento básico no centro urbano onde se localizam os atrativos culturais patrimônio nacional e principais produtos turísticos do município Conforme necessidade exposta na página 118 Instalação de orla de proteção, área de lazer e projeto urbanístico do Rio das Almas 26

27 COMPONENTE 4: INFRAESTRUTURA GERAL E SERVIÇOS BÁSICOS ESTRATÉGIAS AÇÃO DESCRIÇÃO DA AÇÃO Conforme necessidade exposta na página 171 N]ESTRATÉGIA 2: FACILITAR OS ACESSOS AO POLO E AOS ATRATIVOS TURÍSTICOS Regularização da oferta de energia nos Ampliação do municípios. Atualmente Pirenópolis sofre com a fornecimento de oscilação e intermitência no serviço de energia energia elétrica em Pirenópolis Conforme necessidade exposta na página 127 Implantar sistema de Ampliar o sistema de esgotamento sanitário no esgotamento sanitário município para contemplar áreas turísticas na Cidade de Goiás - Córregos da Prata e Conforme necessidade exposta na página 120 Manoel Gomes Ampliação do sistema de abastecimento de água no polo visando garantir a oferta a todos Garantir a ampla os estabelecimentos e áreas comerciais do cobertura de água município, bem como nos principais atrativos tratada nos municípios identificados do Polo Criar e implantar projetos que aumentem a eficiência da cobertura da drenagem urbana Disponibilizar/restaurar lixeiras no centro histórico de Pirenópolis Conforme necessidade exposta na página 118 Implementar ações de melhoria no sistema de drenagem urbana dos municípios do polo, sobretudo Pirenópolis, Cidade de Goiás e Cocalzinho que possuem patrimônio histórico na área urbana Conforme necessidade exposta na página 124 Ampliar a cobertura do sistema de coleta de lixo urbano em Pirenópolis através do aumento do mobiliário urbano de lixeiras nos atrativos do município Conforme necessidade exposta na página 122 Realizar investimentos na melhoria dos acessos aos atrativos turísticos do Polo, Recuperar e/ou sobretudo aos atrativos naturais adequados pavimentar estradas, aos estudos de capacidade de carga, plano de rodovias e vicinais que manejo e/ou plano de gestão dos atrativos interligam os destinos turísticos turísticos da região Conforme necessidade exposta na página 111 Adequar os terminais para atender ao turista com qualidade, dotando de infraestrutura Recuperar os terminais básica (bancos, iluminação, banheiros, rodoviários dos limpeza, lanchonetes etc.) municípios do Polo Conforme necessidade exposta na página 113 COMPONENTE 5: GESTÃO AMBIENTAL 27

28 ESTRATÉGIAS AÇÃO DESCRIÇÃO DA AÇÃO Implementar programas de gestão de resíduos sólidos Implantar ações para destinação adequada (aterros sanitários, controlados, usina etc.) dos resíduos sólidos dos municípios do Polo, inclusive identificando a melhor formatação da gestão (consórcio ou autônomo). ESTRATÉGIA 1: ESTRUTURAR UM SISTEMA DE GESTÃO AMBIENTAL NO POLO ESTRATÉGIA 2: IMPLEMENTAR AÇÕES DE RECUPERAÇÃO E Implantar sistema de coleta seletiva e campanhas de conscientização Criar código municipal do meio ambiente em Pirenópolis Ampliar o ensino de educação ambiental nas escolas públicas Garantir que o município de Jaraguá tenha autonomia de licenciamento ambiental e instalar/ampliar fiscalização ambiental Regulamentar e monitorar o destino dos resíduos da indústria têxtil em Jaraguá Monitorar/fiscalizar as atividades potencialmente poluidoras de extração de areia e de olarias em Abadiânia Definir e implantar políticas que reduzam os impactos/impeçam o crescimento urbano Conforme necessidade exposta na página 122 Adotar ações de educação ambiental para melhoria da limpeza urbana e conscientização da população sobre a importância da preservação ambiental e o uso turístico dos recursos naturais Conforme necessidade exposta na página 122 Disciplinar o uso e a proteção do patrimônio natural do município, visando à preservação, recuperação e uso sustentável deste patrimônio. Conforme necessidade exposta nas páginas 172 e 173 Conscientizar os alunos da rede pública e particular do Polo sobre a importância da preservação ambiental e da adoção de medidas ambientalmente sustentáveis para preservação do patrimônio natural Conforme necessidade exposta na página 165 Articular com as entidades Federais e Estaduais de fiscalização ambiental para concessão da autonomia do município para o licenciamento ambiental visando à agilização da instalação de empresas no destino Conforme necessidade exposta na página 169 Disciplinar a destinação dos dejetos industriais do município, cuja emissão de resíduos tóxicos da indústria têxtil ainda é feita em corpos de água no município - Rio Monjolinho e Parí Conforme necessidade exposta na página 154 Disciplinar as atividades econômicas potencialmente poluidoras para adotarem práticas sustentáveis e de menor impacto. Adoção de medidas de mitigação ou compensação ambiental Conforme necessidade exposta na página 154 Identificar os instrumentos existentes no Polo (Plano Diretor, Lei de Uso e Ocupação do Solo etc.) e fortalecer a política de controle urbano. 28

29 PRESERVAÇÃO AMBIENTAL VISANDO A AMPLIAÇÃO DAS ÁREAS NATURAIS UTILIZADAS TURISTICAMENTE COMPONENTE 5: GESTÃO AMBIENTAL ESTRATÉGIAS AÇÃO DESCRIÇÃO DA AÇÃO desordenado Conforme necessidade exposta nas páginas 173 e 180 Implantar planos de manejo e conselhos gestores em Unidades de Conservação com uso turístico Estruturar turisticamente unidades de conservação (sinalização, acesso, capacitação e cadastro de condutores de visitantes, centros de visitantes etc.). Realizar estudo de capacidade de carga e implementar controle desta capacidade nos atrativos culturais e naturais do Polo Criar usina de reciclagem que atenda aos municípios de Cocalzinho, Corumbá de Goiás e Pirenópolis. Regulamentar destinação do lixo domiciliar em Cocalzinho Implantar parque ecológico em Abadiânia Garantir regulamentação municipal para o turismo nas UCs Conforme necessidade exposta na página 173 Realizar investimentos na estruturação das UCs com uso turístico visando o aproveitamento sustentável dos recursos naturais Conforme necessidade exposta nas páginas 175 e 176 Implementar medidas de preservação dos atrativos turísticos através do controle de visitantes baseado em estudos que apontem a real capacidade de suporte do patrimônio cultural e natural no Polo Conforme necessidade exposta na página 131 Implantar usina de reciclagem, em acordo com o Plano de Gestão de resíduos sólidos, para contemplar os municípios de Cocalzinho, Corumbá e Pirenópolis e prover destinação e reuso adequado ao lixo coletado nestes municípios. Conforme necessidade exposta na página 178 Implementar as ações indicadas no plano de gestão de resíduos sólidos para o município de Cocalzinho eliminando o lixão que atualmente serve ao município e se localiza na entrada da sede da cidade Conforme necessidade exposta na página 178 Identificar, cercar e proteger o parque ecológico existente no entorno da atual nascente de água que atende o município de Abadiânia - e atualmente fragilizado pela inexistência de demarcação e limitações ao acesso. Conforme necessidade exposta na página 157 Para acompanhamento e avaliação dos resultados das ações do PDITS do Polo do Ouro propõe-se uma série de indicadores para medição do grau de desenvolvimento da atividade turística no Polo. 29

30 Assim, o Plano de Desenvolvimento Integrado do Turismo Sustentável PDITS, é um instrumento de planejamento e gestão do desenvolvimento do turismo em sua área de abrangência, de maneira integrada entre as diversas instituições envolvidas com o turismo, tendo em vista a exploração racional dos recursos turísticos, respeitando o meio ambiente natural e construído a identidade cultural das populações residentes no local em que o turismo acontece. O documento é composto pelos seguintes capítulos: Justificativa da Seleção da Área Turística - Polo do Ouro constituída pela análise da importância dos atrativos turísticos, da acessibilidade e conectividade, do nível de uso atual e potencial, das condições físicas e serviços básicos e do quadro institucional e aspectos legais da Área Turística. Formulação dos Objetivos do PDITS - Polo do Ouro - enumera os objetivos gerais e específicos para o PDITS. Diagnóstico Estratégico da Área e das Atividades Turísticas apresenta a análise do mercado turístico, da infraestrutura básica e dos serviços gerais do Polo, do quadro institucional e dos aspectos socioambientais dos municípios pertencentes a ele. Estratégias de Desenvolvimento Turístico do Polo do Ouro engloba a definição das estratégias de turismo para o Polo, levando em conta a valorização e a exploração dos principais atrativos. Plano de Ação apresenta a visão geral do conjunto de ações e projetos de investimento a serem realizados para o alcance dos objetivos do PDITS do Polo e traz também o quadro onde são indicados os investimentos totais a serem realizados; a metodologia utilizada para priorização das ações e a Matriz de Investimento do PRODETUR Nacional; quadros descritivos das ações elegíveis para realização durante os dezoito primeiros meses do Programa; identifica os impactos ambientais positivos e negativos que poderão surgir a partir da implementação das ações propostas; e apresenta o programa de gestão ambiental. 30

31 Feedback: Acompanhamento e Avaliação - indica os atores e os mecanismos necessários para promover o monitoramento da evolução da situação do turismo no Polo e a avaliação dos resultados. Como já dito, a metodologia adotada para a elaboração deste documento segue a estrutura e o conteúdo constantes nos Termos de Referência para a sua consecução e se baseia em pesquisas primárias e secundárias de natureza quantitativa e qualitativa. 31

32 1. Justificativa da Seleção da Área Turística Polo do Ouro O Governo de Goiás assume que o turismo, em função de sua amplitude e diversificação, apresenta-se como uma importante e promissora frente de negócios capaz de gerar empregos, distribuir renda, captar divisas e proporcionar melhoria da qualidade de vida. Neste sentido, adota a estratégia de caracterizar o turismo como uma das suas vertentes prioritárias de desenvolvimento sustentável, tornando o Estado um importante destino tanto para goianos quanto para os demais brasileiros e turistas estrangeiros. Sob essa perspectiva, e tendo como linha de governo a defesa de que não há desenvolvimento sem planejamento, o Estado de Goiás, em um primeiro momento, construiu ao longo do ano de 2007 o Plano Estadual de Turismo de Goiás ( ). Por meio deste, oferece uma proposta de linha de desenvolvimento continuado da atividade turística por meio de ações de investimento no setor, tendo como princípio orientador a integração e a necessidade de incremento do número de destinos turísticos efetivamente comercializados em todo o Estado. A atividade turística no Estado de Goiás tem se desenvolvido muito em função da presença de importantes destinos turísticos no contexto nacional, como é o caso de Goiânia, Caldas Novas, Alto Paraíso, Pirenópolis e Cidade de Goiás que, mesmo assim, ainda apresentam problemas estruturais em áreas como infraestrutura básica, equipamentos turísticos, apoio e capacitação, dentre outros. Desta forma o Plano Estadual de Turismo reconhece a importância destes destinos para a consolidação da atividade turística no Estado, mas também traça estratégias para que esses destinos consolidados sirvam de alavancadores de outros destinos menos conhecidos e ainda pouco explorados. Por possuírem atratividade turística reconhecida, aspectos estruturais favoráveis para o desenvolvimento da atividade e segmentos com potencial para serem explorados, esses destinos tenderão a ser priorizados nas ações de curto prazo, já que possuem altos níveis de visitação e são responsáveis pelo posicionamento de Goiás no mercado turístico. Em decorrência disto, recebem maior atenção no que diz respeito ao seu crescimento sustentado, uma vez que são considerados capazes de induzir o desenvolvimento sustentável do turismo na região em que se encontram. 32

33 Figura 2: Área de abrangência do PDITS dos Polos Ouro, Chapada dos Veadeiros e Vale do Araguaia Fonte: Goiás Turismo,

34 Os municípios do Estado de Goiás serão descritos como integrantes de Polos turísticos, de acordo com suas classificações no Plano Estadual. Ao todo, foram estabelecidos cinco Polos estratégicos de desenvolvimento do turismo a serem contemplados pelo PRODETUR Nacional Goiás: Polo do Ouro; Polo Chapada dos Veadeiros; Polo do Vale do Araguaia; Polo dos Negócios; e Polo das Águas. Este relatório será composto pela justificativa de planejamento do Polo do Ouro, do qual fazem parte os municípios inseridos na tabela a seguir. Tabela 2: Área de abrangência do PDITS deste relatório Polo Municípios População 1. Pirenópolis Cidade de Goiás Ouro 3. Corumbá de Goiás Abadiânia Jaraguá Cocalzinho Fonte: Censo/ IBGE, Critérios para seleção dos Polos turísticos do Prodetur Nacional em Goiás De acordo com o Plano Estadual do Turismo, o Estado de Goiás é composto por nove regiões turísticas (tabela 2), já anteriormente definidas como integrantes das políticas do Plano Nacional de Turismo , por meio do Programa de Regionalização do Turismo. 34

35 Tabela 2: Regiões Turísticas de Goiás, segundo o Plano Estadual de Turismo Região Turística Municípios Integrantes Agroecológica Rio Verde; Jataí, Mineiros; Chapadão do Céu; e Serranópolis. Águas Caldas Novas; Rio Quente; Itumbiara; Lagoa Santa; Três Ranchos; São Simão; Buriti Alegre; Cachoeira Dourada; e Inaciolândia. Biosfera Engenhos Negócios e Eventos Nascentes do Oeste Ouro Vale do Araguaia Alto Paraíso; Formosa; Cavalcante; Colinas do Sul; São Domingos; São João d Aliança; Guarani de Goiás; Posse. Luziânia e Silvânia Anápolis; Goiânia; Hidrolândia; Trindade; e Aparecida de Goiânia. Mossâmedes e Paraúna Pirenópolis; Cidade de Goiás; Corumbá de Goiás; Abadiânia; Jaraguá; e Cocalzinho. Aruanã; São Miguel do Araguaia; Aragarças; Nova Crixás; e Piranhas. Serra da Mesa Niquelândia; Minaçu; Porangatu; e Uruaçu. *Destinos indutores Fonte: Plano Estadual de Turismo GO, 2007 A partir dessas regiões turísticas já existentes, a Goiás Turismo - Agência Goiana de Turismo adotou um sistema de classificação dos municípios turísticos com a finalidade de identificar o nível de desenvolvimento e de infraestrutura turística disponível em cada um deles. Combinando os critérios técnicos já adotados pela Política Nacional de Turismo para direcionar apoio técnico e financeiro a projetos turísticos nos municípios (Sistema Cores de Gestão Estratégica de Destinos), à metodologia de avaliação da competitividade turística adotada pela Fundação Getulio Vargas e aos critérios adotados pelo BID para financiar projetos de desenvolvimento turístico, o sistema de classificação adotado pelo Estado de Goiás resultou na identificação, em nível básico, do desenvolvimento da atividade turística em cada um desses municípios turísticos. 35

36 Segundo o Plano Estadual, foram vetores desta seleção os seguintes critérios técnicos de classificação: Existência de Conselho Municipal de Turismo; Existência de Fundo Municipal de Turismo; Realização do Inventário da Oferta Turística; Elaboração de um Plano Municipal de Turismo; Número de Leitos Disponíveis; Existência de Centros de Atendimento ao Turista em Operação; Número de Cadastros de Prestadores de Serviços Turísticos; e Números de Meios de Hospedagem que Enviam Boletins de Ocupação Hoteleira. De acordo com os critérios de classificação acima, configuraram-se três grupos de municípios: Cristal: classificação para municípios que apresentaram entre 20 e 40 pontos para a existência, funcionamento e regularização da infraestrutura e serviços turísticos avaliados. Esmeralda: classificação para municípios que apresentaram entre 41 e 60 pontos para a existência, funcionamento e regularização da infraestrutura e serviços turísticos avaliados; e Diamante: classificação para municípios que apresentaram mais de 60 pontos para a existência, funcionamento e regularização da infraestrutura e serviços turísticos avaliados; A partir desse critério de classificação, os municípios foram pontuados e identificados como prioritários para as ações, com vistas ao desenvolvimento turístico. O mapa a seguir apresenta como esses municípios se distribuem. 36

37 Figura 2: Classificação do Plano Estadual de Turismo Fonte: Goiás Turismo,

38 Para os casos que já possuíam um fluxo turístico constante e uma dinâmica de desenvolvimento do turismo instalada municípios Cristal, Esmeralda e Diamate - houve adequação à metodologia do BID e estes passaram a integrar uma nova espacialização do turismo denominada Polo, para a qual as ações do PRODETUR Nacional em Goiás serão direcionadas. Um Polo passa a ser conceituado como um grupo de municípios: (1) contíguos que possuem recursos turísticos complementares; compartilham impactos diretos e indiretos gerados pelo turismo e concordam em desenvolver suas capacidades de gerenciamento de fluxos turísticos; ou (2) não contíguos, que trabalham com um circuito de atrativos complementares (como por exemplo, os municípios de Goiás com os restantes dos municípios do Polo do Ouro). 1.2 Caracterização do Polo do Ouro Do ponto de vista histórico, a região é conhecida como Caminho do Ouro, denominação que se refere à Saga dos Bandeirantes no Estado de Goiás (em particular o bandeirante Bartolomeu Bueno da Silva, o Anhanguera II), marcada pela exploração do ouro. Em decorrência da relevância deste passado, o Polo do Ouro conserva um patrimônio histórico e cultural de imenso valor unindo o turismo histórico, o turismo religioso e o ecoturismo. De acordo com a categorização do Governo do Estado, o Polo contempla: 2 municípios Diamante: Pirenópolis (Patrimônio Histórico Nacional) e a Cidade de Goiás (Sítio Histórico do Patrimônio Mundial); 1 município Esmeralda: Corumbá de Goiás (Sítio Histórico Estadual); e 3 municípios Cristal: Abadiânia, Jaraguá e Cocalzinho. 38

39 Figura 3: Polo do Ouro Fonte: Goiás Turismo, 2008 Os municípios que integram o Polo do Ouro estão, territorialmente, localizados em uma região do Estado de Goiás que serviu de percurso dos Bandeirantes e suas expedições desde, o século XVII, em busca dos trajetos mais viáveis para a exploração de pedras e minerais em especial, o ouro. Percorrendo as trilhas indígenas e os caminhos traçados pela natureza, evitando as serranias, os desbravadores diminuíam as distâncias entre as áreas de exploração aurífera e os canais de escoamento das riquezas extraídas destas terras, de modo a reduzir as cargas de impostos típicas da política territorial do Brasil Colônia. Nesses caminhos do ouro foram fundados os municípios que hoje integram o Polo, seja por concentrarem um rico patrimônio histórico e artístico deste período, seja pelas paisagens de cerrado conservadas ao longo do tempo. Os municípios de Pirenópolis e Cidade de Goiás se apresentam como os principais indutores do turismo da região, oferecendo estrutura turística desenvolvida para um fluxo regular de visitantes, tendo como principal mercado o regional (provenientes, especialmente, de Goiás e Brasília). Estes dois destinos são responsáveis pela imagem que caracteriza a região, sobretudo por seus títulos de patrimônio nacional e mundial respectivamente. Enquanto Pirenópolis guarda resquícios das passagens dos Pirineus: a Cidade de Goiás, primeira capital do Estado, homônimo, acumula em um amplo núcleo, tombado como patrimônio histórico e 39

40 cultural pela UNESCO, um centro histórico com museus, igrejas e acervo arquitetônico preparado para a visitação. Corumbá e Jaraguá, apesar de também contarem com patrimônios culturais e atrativos naturais como cachoeiras e parque estadual, apresentam vocações diferenciadas e estrutura turística de qualificação incipiente, sem uma demanda turística consolidada e regular. Abadiânia apresenta características únicas e fluxo de visitantes independente das características comuns ao Polo do Ouro. Apesar de concentrar alguns casarios e igrejas que fazem referência ao período de auge da exploração do ouro, a maior parte dos seus visitantes é proveniente do exterior e atraído pelo turismo de saúde, em função da presença de um centro de terapia espiritual radicado na cidade Casa Dom Inácio. Por fim, Cocalzinho de Goiás disponibiliza para os turistas uma particular experiência de contato com a natureza. Seu relevo, inserido dentro do território do Parque Estadual dos Pirineus, expõe diversas nascentes; cachoeiras; cavernas; grutas; mirantes; e trilhas, viabilizando o ecoturismo e configurando a região como berço das águas. 1.3 Acessibilidade e conectividade No Polo do Ouro, a acessibilidade comercial ocorre principalmente por via rodoviária pelas estradas GO-070, BR-153 e BR-060. A região também tem acesso complementar pelas estradas estaduais GO-331, GO-431 e GO-225. O acesso turístico também ocorre basicamente por via rodoviária, havendo transporte regular de ônibus de Brasília e Goiânia para a maioria das cidades e transporte não regular entre as cidades do Polo. Do ponto de vista do desenvolvimento, seria importante maximizar a organização logística, ainda que dependente de um único modal. 40

41 Figura 4: Situação Geográfica do Polo do Ouro Fonte: Goiás Turismo (Plano Estadual de Turismo), 2008 Os aeroportos de Goiânia e Brasília estão em um raio de 200 km, praticamente equidistantes da maioria das cidades componentes do Polo e justificam, até o momento, a inviabilidade econômica de aeroportos localizados em alguns destinos turísticos. Há aeródromos para pousos privados na região e, se necessário, é possível o desenvolvimento de pistas de pouso comercial. Não há modal ferroviário ou hidroviário para uso em transporte turístico. A proximidade com os aeroportos de Brasília e Goiânia dá característica especial aos destinos da região, que possuem estratégias de transporte confortável de passageiros entre as capitais e os atrativos turísticos, principalmente para operações de agências de viagem. Por exemplo, o potencial turístico pode ser maximizado ao se estabelecerem novos modelos de transporte independente para região, atendendo ao aumento do fluxo de turistas, principalmente para Pirenópolis e Cidade de Goiás. 41

42 Pirenópolis Cidade de Goiás Corumbá Abadiânia Jaraguá Cocalzinho Tabela 3: Distâncias entre cidades do Polo (em km) Pirenópolis Cidade de Goiás Corumbá Abadiânia Jaraguá Cocalzinho Fonte: AGDR, Nível de uso atual ou potencial É um pressuposto importante do Governo do Estado de Goiás o desenvolvimento do turismo sustentável, tanto no que se refere ao uso atual, quanto no uso potencial de seus atrativos. O turismo sustentável tem como característica norteadora a condição de seus atrativos turísticos serem ambientalmente adequados, economicamente viáveis e socialmente justos. Portanto, tornase fundamental para a prática do turismo o estudo da capacidade de carga dos atrativos turísticos, ou seja, uma mensuração de qual o limite máximo suportável de impacto que esses recursos turísticos podem sofrer. O estudo da capacidade de carga turística está atrelado a métodos de identificação e avaliação de impactos socioambientais. O Estado de Goiás realiza, de forma não regular, levantamentos da demanda atual em alguns municípios desse Polo, sistemática atrelada apenas a alguns municípios e ligada em especial à realização de eventos Carnaval, réveillon, festival e festas populares. Os municípios que atualmente fazem parte dos Polos do Ouro não possuem estudos sistematizados que utilizem uma metodologia amparada em indicadores de sustentabilidade confiáveis e contínuos que reflitam os limites da atividade turística para além do qual se produz a saturação dos equipamentos, a degradação do meio ambiente ou a redução da qualidade da experiência turística. Em algumas cidades do Polo existem ainda unidades de Instituições de Ensino Superior com departamentos de pesquisas em turismo como a Universidade de Brasília e a Universidade 42

43 Estadual de Goiás entretanto, não existem estudos sistematizados e que armazenem série histórica com dados específicos da região do Ouro. A identificação e caracterização dos atrativos naturais e artificiais, do patrimônio histórico e cultural, das vias de acesso à região, dos serviços turísticos ofertados, das condições gerais da população local, da infraestrutura básica na região e da capacidade de carga dos atrativos turísticos, contribuirão para o zoneamento ambiental e turístico com vistas à construção de um cenário sustentável na região. 1.5 Condições físicas e serviços básicos dos municípios Aqui serão tratadas somente as condições físico-geográficas do Polo, uma vez que os aspectos referentes ao abastecimento de água, ao provimento de energia elétrica, ao saneamento e à segurança serão abordados na análise da infraestrutura básica e dos serviços gerais. Destaca-se que, a priori, as informações levantadas pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) eram relativas ao ano de 2007, contudo, durante a revisão do PDITS, a equipe do PRODETUR-Goiás encontrou informações mais recentes (2008), disponíveis no site do IBGE/ Cidades e fez a substituição dos dados. O solo e a vegetação são típicos do Cerrado, ou seja, em sua maior parte a vegetação é semelhante à de savana, com gramíneas, arbustos e árvores esparsas. As árvores têm caules retorcidos e raízes longas, que permitem a absorção da água disponível nos solos do cerrado abaixo de dois metros de profundidade, mesmo durante a estação seca. Essa característica muda ao se aproximar das margens dos rios, onde se encontram solo firme e substituição da paisagem de gramíneas por vegetação mais alta (matas de galeria), também característica do Cerrado. Em geral, têm-se a formação de um planalto, com altitudes médias de m. Há variações nas altitudes, como, por exemplo, a região da Serra dos Pirineus, o que favorece as opções de atrativos turísticos, principalmente de ecoturismo, e contribui para o equilíbrio das temperaturas. O clima é caracterizado por dois períodos distintos: seco, com baixos níveis pluviométricos no inverno, que vai de maio a setembro; e chuvoso, com abundância de águas, no verão, que vai de outubro a abril. 43

44 A temperatura média anual oscila de 20 a 23ºC graus, sendo os meses de setembro e outubro os mais quentes e junho e julho os mais frios. Nas estações de pico de temperaturas, pode-se alcançar 5ºC e 35ºC graus. PIRENÓPOLIS De acordo com o IBGE Cidades, Pirenópolis possuía em 2010, aproximadamente, 23 mil habitantes, em uma área de 2,2 mil km². Do ponto de vista econômico, o município se destaca nos setores agropecuário e de serviços, tendo este último maior participação no PIB local, que totaliza R$ mil. Gráfico 1: Setores da Economia (R$ mil) Pirenópolis Fonte: IBGE,

45 CIDADE DE GOIÁS De acordo com o IBGE/Cidades, a Cidade de Goiás possuía em 2010, aproximadamente, 24,8 mil habitantes, em uma área de 3,1 mil km². Do ponto de vista econômico, o município se destaca no setor de serviços, e tem distribuição equilibrada nos setores agropecuário e industrial do PIB local, totalizando R$ mil. Gráfico 2 : Setores da Economia (R$ mil) Cidade de Goiás Fonte: IBGE,

46 CORUMBÁ DE GOIÁS De acordo com o IBGE Cidades, Corumbá de Goiás possuía em 2010, aproximadamente, 10,4 mil habitantes, em uma área de 1,1 mil km². Do ponto de vista econômico, o município se destaca nos setores agropecuário e de serviços e tem PIB local de R$ mil. Gráfico 3: Setores da Economia (R$ mil) Corumbá de Goiás Fonte: IBGE, ABADIÂNIA De acordo com o IBGE Cidades, Abadiânia possuía em 2010, aproximadamente, 15,8 mil habitantes, em uma área de 1,1 mil km². Do ponto de vista econômico, o município se destaca nos setores agropecuário e de serviço e apresenta PIB local de R$ mil. 46

47 Gráfico 4: Setores da Economia (R$ mil) Abadiânia Fonte: IBGE, 2009 JARAGUÁ De acordo com o IBGE Cidades, Jaraguá possuía em 2010, aproximadamente, 42 mil habitantes, em uma área de 1,9 mil km². Do ponto de vista econômico, o município se destaca nos setores de serviços, que tem maior participação no PIB local, que totaliza R$ 211 milhões. Os setores agropecuário e industrial também têm participação equilibrada. 47

48 Gráfico 5: Setores da Economia (em mil) Jaraguá Fonte: IBGE, 2009 COCALZINHO DE GOIÁS De acordo com o IBGE Cidades, Cocalzinho possuía em 2010, aproximadamente, 18 mil habitantes, em uma área de 1,8 mil km². Do ponto de vista econômico, o município se destaca nos setores de serviços, tendo o setor agropecuário significativa participação no PIB local, que é de R$ mil. 48

49 Gráfico 6: Setores da Economia (R$ mil) Cocalzinho de Goiás Fonte: IBGE, Quadro institucional e aspectos legais A gestão do turismo no Polo do Ouro está condicionada à cooperação das estruturas organizacionais existentes a nível local, uma vez que estas orientam as relações entre as várias partes da região, seguindo orientação do Governo Estadual e as linhas de desenvolvimento do Governo Federal. A gestão do turismo para execução dos PDITS está a cargo do Governo Estadual, através da Goiás Turismo - Agência Goiana de Turismo. Os seis municípios envolvidos neste produto possuem representação de turismo, em nível de secretaria municipal ou empresa pública. Em 49

50 acordo com o Programa de Regionalização do Turismo, parte integrante do Plano Nacional de Turismo, os municípios do Polo possuem representação no Fórum Regional de Turismo, instância de governança regional que atua de forma cooperada com o Governo Estadual. Os Órgãos Municipais de Turismo, apoiados, em alguns casos, por seus respectivos Conselhos Municipais de Turismo, tem como atribuições: Mobilizar os segmentos organizados para o debate e indicação de propostas locais para a região; Integrar os diversos setores locais em torno da proposta de regionalização; Participar de debates e formulação das estratégias locais para o desenvolvimento da região; e Planejar e executar ações locais, integradas às regionais. Entre os organismos públicos estaduais comprometidos e envolvidos na coordenação, execução e coexecução deste PDITS, destaca-se: Goiás Turismo Agência Goiana de Turismo. Sua finalidade é planejar, fomentar e executar a política de desenvolvimento econômico no setor do turismo; identificar, atrair e apoiar investimentos voltados à expansão das atividades produtivas no Estado; estimular, apoiar e orientar as atividades de turismo e de expansão dos investimentos no setor; planejar e incentivar as parcerias com a iniciativa privada, ações e programas de implantação de empreendimentos estruturadores e fomentadores da economia estadual; e promover a adequação da política de planejamento do Estado à política do Governo Federal, contribuindo para um modelo de gestão descentralizada, porém, orientada pelas políticas do Ministério do Turismo. Além dessa organizaçõe ocupada diretamente em promover a atividade turística no Estado, há outros órgãos que dão suporte às atividades fins do turismo como: Agência Goiana de Desenvolvimento Regional - AGDR; Secretaria de Estado da Educação - SEDUC; Secretaria de Estado da Cultura - SECULT; 50

51 Agência Goiana de Transportes e Obras - AGETOP; Secretaria de Estado de Infraestrutura - SEINFRA; Secretaria de Meio Ambiente e Recursos Hídricos - SEMARH; Companhia de Saneamento de Goiás S/A - Saneago; e Celg Distribuição S/A - CELG. A função desses órgãos, não finalísticos do turismo e que apoiam a atividade, estará mais detalhada no item Análise do Quadro Institucional do Polo do Ouro (no item 3.5 deste relatório). 51

52 2. Formulação de Objetivos do PDITS 2.1 Objetivo Geral do PDITS do Polo do Ouro O objetivo geral do Polo do Ouro é ampliar a participação do setor de turismo no PIB do Estado contribuindo para a redução da desigualdade social através da geração de emprego e renda. 2.2 Objetivos Específicos do PDITS do Polo do Ouro Constituem-se objetivos específicos do Plano de Desenvolvimento Integrado de Turismo Sustentável PDITS, do Polo do Ouro: Curto Prazo: O Estudo de Imagem de Mercado do destino Pirenópolis (principal receptivo do Polo) aponta que os turistas passam em média 02 dias na cidade. Adotando-se este número como o TMP (Tempo Médio de Permanência) do Polo, também se pode projetar para o período de dois anos um TMP de 2,5 dias. Atualmente o Estado de Goiás recebe 3,4% dos turistas domésticos, projeta-se um percentual de 3,6% no prazo de dois anos. Médio Prazo: Aumento do tempo de permanência média dos turistas no Polo. Pode-se projetar um TMP de 3 dias no prazo de cinco anos 1 e uma taxa de 3,8% de turistas domésticos recebidos neste mesmo prazo. Longo Prazo: Em dez anos, projeta-se que o TMP seja de 5 dias e uma uma taxa de 4% de turistas domésticos visitando o Estado de Goiás. 1 Este TMP será calculado a partir da somatória de dias permanecidos nos municípios do Polo ininterruptamente. As projeções foram realizadas com base no aumento do fluxo turístico para o Estado. 52

53 Figura 5 Estratégia para o Plano de Desenvolvimento Integrado do Turismo Sustentável (PDITS) Goiás Fonte: Elaborado pela FGV, Refeito pela UCP/PRODETUR Goiás. 53

54 3. Diagnóstico Estratégico da Área e das Atividades Turísticas Nesta seção, apresentamos a avaliação da situação estrutural da atividade na Área Turística cobrindo a demanda turística atual e a oferta do Polo, desde seus atrativos até o estado de suas infraestruturas e dos serviços básicos, o quadro institucional e os aspectos socioambientais relacionados com as atividades turísticas. A priori, este diagnóstico foi elaborado pela equipe da Fundação Getúlio Vargas FGV, o documento passou por análise no Ministério do Turismo e foi identificada a necessidade de reformulação, também foram identificadas falhas nas comprovações de realização das oficinas participativas. Diante disto, a equipe do PRODETUR-Goiás refez a busca de dados, e as oficinas que proporcionaram a participação e contribuição de atores locais, a partir do emprego de técnicas específicas, de modo que o diagnóstico fosse atualizado e viesse a atender às demandas do Plano. O diagnóstico apresentado a seguir é uma versão atualizada fruto da análise dos dados colhidos durante a primeira fase, complementados com os dados buscados, no segundo momento, pela equipe da Goiás Turismo e as demandas identificadas nas oficinas. Foram obtidos novos dados e contatos e procedeu-se à revisão da Matriz de prioridades. 3.1 Análise de Demanda Atual O Estado de Goiás possui um posicionamento geográfico estratégico no território nacional, uma vez que se encontra na região Central de um país de extensões continentais e detém, em seu território, dois aeroportos o da capital do Estado, em Goiânia, com opções de conexões nacionais, e o da capital do Distrito Federal, Brasília, considerado importante hub internacional. Atualmente, este aeroporto é considerado pela Infraero o terceiro do país em movimento de voos. Para efeitos deste Plano, foi abordada, no âmbito do Estado de Goiás, a pesquisa da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas FIPE (2009), um Estudo que abrange informações sobre o dimensionamento e caracterização do mercado interno de viagens e identificando os principais centros emissores e receptores de turistas, a receita gerada pelo turismo interno, o perfil sócio demográfico dos turistas. 54

55 Os dados da Pesquisa FIPE (2009) de caracterização e dimensionamento do mercado doméstico de turismo no Brasil demonstram que Goiás aumentou em 0,2% sua participação tanto no mercado emissivo quanto receptivo entre os anos de 2005 e A pesquisa demonstra que Goiás recebe cerca de turistas a mais do que emite, o que representa viagens a mais do que emite. Estes dados fazem com que Goiás tenha um balanço de pagamentos positivo no turismo doméstico. Tabela 4: Viagens Rotineiras e Domésticas em Goiás ( ) Turistas que viajaram em Goiás Goianos que viajaram para outros Estados Turistas que viajaram em Goiás Goianos que viajaram para outros Estados Total de consumidores de turismo doméstico 1 Goiás Viagens domésticas Goiás Viagens domésticas Goiânia Viagens domésticas Caldas Novas Viagens Rotineiras Goiás Fonte: FIPE, 2006 e Este dado é calculado a partir do número de domicílios que apresentaram propensão a viajar multiplicado pelo número de pessoas de qualquer faixa de renda que viajam por domicílio. A FIPE não divulgou os dados de consumidores de turismo em Goiás no ano de Viagens domésticas são viagens não rotineiras realizadas dentro do território nacional, com no mínimo um pernoite. São consideradas viagens rotineiras aquelas que se realizam com regularidade a uma mesma destinação com um limite mínimo de 10 vezes de frequência ao mesmo destino no ano. A sua estimativa é feita baseada no número de consumidores de turismo multiplicado pela média de viagens/ano por domicílio com propensão a viajar. O estudo da FIPE (2009) também fez um ranking dos 30 destinos nacionais mais visitados pelos brasileiros. Goiás tem dois destinos entre eles: Goiânia, que ficou em 12º lugar, recebendo quase 2 milhões de viagens domésticas, e Caldas Novas no 15º lugar, com quase 1,5 milhão de viagens domésticas. 55

56 Análise dos Fluxos das Viagens Rotineiras e Domésticas para o Estado de Goiás A análise dos dados da Pesquisa FIPE (2009) sobre a origem do fluxo nacional das viagens rotineiras e domésticas para Goiás reforça a relevância de São Paulo e Minas Gerais, enquanto estados emissores para Goiás, e demonstra que o DF foi responsável por cerca de 900 mil viagens rotineiras e 650 mil domésticas para o Estado. Tabela 5: Quantidade de Viagens por Origem e Tipo de Viagem Goiás (2007) ORIGEM Rotineiras Domésticas Número de Viagens % Número de Viagens % GO , ,3 DF , ,6 SP , ,7 MG , ,7 PA , ,3 TO , ,1 MT , ,3 BA , ,8 PR 0 0, ,7 Subtotal , ,4 Outros Estados , ,6 TOTAL Fonte: FIPE, 2009 Especificamente em relação ao turismo doméstico, os números demonstram que os maiores emissores são provenientes das localidades mais próximas do Estado de Goiás, como Minas Gerais e Distrito Federal, que juntos são responsáveis por quase 45% do total de emissões para o Estado. Mostra também que, ao se somar os números de Goiás, DF, São Paulo e Minas Gerais, estes representam 97% do fluxo de viagens rotineiras e 81% das viagens domésticas. Os dados demonstram também que o goiano é responsável por 67% das viagens rotineiras e 30% das viagens domésticas para o próprio estado. Os resultados indicam a relevância do mercado oriundo do próprio Estado, com predominância da Capital, e de estados vizinhos que são grandes emissores. Demonstram também que é preciso aprimorar a estratégia de captação de turistas oriundos de estados mais distantes 56

57 Para apresentar a demanda turística específica do Polo foram utilizados vários estudos sobre o tema, sendo eles: o perfil dos visitantes que frequentam os destinos indutores do turismo regional no Estado, realizada pelo Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Goiás IFG (2009) e o Estudo de Imagem e Mercado elaborado pelo SEBRAE Goiás em Perfil Quantitativo da Demanda Atual Através da realização de trabalho de campo nos municípios do Polo, foi possível estabelecer uma relação entre cada um dos destinos nele apresentados, bem como a tabela abaixo: Tabela 6: Destinos x Caracterização da Demanda Destino Demanda Preferência Destino secundário. Demanda regular com frequencia de pessoas/semana em Abadiânia visitação ao Casa Dom Inácio, mas sazonal para o ecoturismo Segundo principal destino do Polo do Ouro. Demanda expressiva e regular, de caráter Cidade de Goiás estadual e regional, para o turismo cultural e visitação aos patrimônios históricos e mais recentemente tem crescido a demanda turística pelos atrativos naturais A demanda é, predominantemente, estadual e ainda incipiente, bastante concentrada Cocalzinho nos fins de semana e feriados. O destino tem como maior fator de atratividade o Parque Estadual dos Pirineus A demanda vem crescendo de forma contínua, apesar de ainda se constituir de visitantes Corumbá de Goiás de apenas um dia. Demanda ainda incipiente. Segmentos prioritários: cultural (pelo conjunto arquitetônico tomabado pelo IPHAN) e ecoturismo Demanda regular, com boa integração entre o polo têxtil local e o turismo de negócios e Jaraguá eventos. No ecoturismo e turismo de aventura, demanda incipiente, mas com grande potencial para ampliar o tempo médio de permanência Principal destino do Polo. Demanda expressiva e regular, principalmente de caráter estadual e regional. Forte competitividade no segmento de turismo cultural (pelo Pirenópolis patrimônio histórico) e Ecoturismo (pela diversidade de opções de contato com a natureza) Fonte: Elaborado pela FGV, 2010 A estimativa do número de visitantes nos principais municípios turísticos do Polo foi feita a partir da utilização de três variáveis: (1) a taxa de ocupação dos leitos ofertados nos municípios; (2) a média de permanência dos hóspedes nos meios de hospedagem; e (3) da porcentagem do número de visitantes que se hospedam em pousadas. 57

58 As duas primeiras variáveis são levantadas pela Diretoria de Pesquisas Turísticas da Goiás Turismo (DPES) junto aos meios de hospedagem através do Boletim da Ocupação Hoteleira (BOH). Apesar de já ter avançado bastante desde o início de sua coleta (2010), o número de BOHs enviados pelos municípios ainda não é suficiente para se afirmar que a amostragem está em um nível de confiança desejado para projeções estatísticas, que é o que se está fazendo aqui. Muitos municípios ainda não enviam o BOH, em alguns apenas um ou dois empreendimentos enviam. Dos municípios abaixo listados, apenas Pirenópolis e a Cidade de Goiás têm um número razoável de meios de hospedagem enviando BOH. A terceira variável, a porcentagem do número de visitantes que se hospedam em pousadas, foi gerada em alguns municípios pela pesquisa de perfil do visitante realizada em 2009 e 2010 pelo Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia de Goiás (IFG). Em outros, buscou-se um parâmetro através da consulta a pessoas que vivenciam, tecnicamente, o turismo nos municípios. Diante do exposto, ressalta-se que a análise dos resultados apresentados deve ser feita ciente de que podem ter uma significativa margem de erro. Apesar disto, optou-se por utilizá-los no intuito de propiciar uma base para se analisar o fluxo de visitantes nos destinos. Para os principais municípios do Polo, Pirenópolis e Cidade de Goiás têm os seguintes dados: Tabela 7: Estimativa da taxa de ocupação dos meios de hospedagem em Pirenópolis PIRENÓPOLIS PÓLO DO OURO 2011 Taxa de Ocupação Fluxo de Total de Visitantes Leitos Hospedados Hospedes nos MH do Destino Janeiro 35% Fevereiro 22% Março 24% Abril 27% Maio 20% Junho 21% Julho 41% Agosto 30% Setembro 23% Outubro 21% Novembro 23% Dezembro 26% Média / Total 26%

59 Fonte: Estimativa baseada na taxa de ocupação de seis meios de hospedagem e na pesquisa do IFG, 2011 A Tabela 8 apresenta a estimativa da taxa de ocupação dos meios de hospedagem na Cidade de Goiás, segue a tabela 8 Tabela 8: Estimativa da taxa de ocupação dos meios de hospedagem na Cidade de Goiás CIDADE DE GOIÁS PÓLO DO OURO 2011 Taxa de Ocupação Hospedados Fluxo de Total de Visitantes Hospedes nos MH do Destino Janeiro 14% Fevereiro 10% Março 14% Abril 25% Maio 16% Junho 36% Julho 34% Agosto 25% Setembro 26% Outubro 33% Novembro 18% Dezembro 20% Média / Total 22% Fonte: Estimativa baseada na taxa de ocupação de seis meios de hospedagem e na pesquisa do IFG, 2011 Não foram encontradas informações específicas sobre a taxa de ocupação para os demais municípios do Polo do Ouro. No entanto, nota-se a presença de um perfil de turista essencialmente da Região Centro-Oeste, com forte presença do próprio goiano, que se desloca até os destinos deste Polo em veículo particular. É possível ainda detectar o papel de extrema relevância que desempenha a cidade de Brasília para estes municípios, não apenas com o próprio residente, mas também como ponto de partida de turistas de outras regiões que encontram nesta cidade o aeroporto mais próximo. 59

60 Projeções de Demanda Futura As estimativas relacionadas à demanda turística foram elaboradas a partir da estimativa do número de visitantes do destino indutor do Polo (Pirenópolis) e da taxa geométrica de crescimento projetada para o crescimento do turismo brasileiro (5,5%) 2. Levando-se em consideração a situação atual do Polo, foram utilizados três cenários para a projeção: um otimista que assume o crescimento da atividade econômica igual à média brasileira (5,5%); um moderado (4,0%); e um pessimista, bastante inferior à taxa média projetada para o crescimento do turismo no Brasil. Os cenários e as respectivas taxas de crescimento estão apresentados no quadro a seguir: Tabela 9: Cenários e Taxas de Crescimento CENÁRIO INDICADOR Otimista Fluxo Turístico 5,5% 5,5% 5,5% Moderado Fluxo Turístico 4,0% 4,0% 4,0% Pessimista Fluxo Turístico 2,0% 2,0% 2,0% Fonte: PDITS Polo do Ouro com base na metodologia utilizada pela Technum Consultoria para elaboração do PDITS do Polo das Águas Termais, A partir desses dados elaboraram-se projeções de fluxo de turistas no Polo do Ouro, conforme apresentado abaixo: Tabela 10: Estimativa de Crescimento do Fluxo Turístico ANO PESSIMISTA MODERADO OTIMISTA Fonte: WTTC Word Travel and Tourism Council/ Conselho Mundial de Turismo,

61 Fonte: WTTC - World Travel and Tourism Council/Conselho Mundial de Viagens e Turismo, Perfil Qualitativo da Demanda Atual Os estudos existentes que traçam o perfil da demanda do Polo são pontuais. A partir das entrevistas com os gestores públicos estaduais e locais e das entrevistas com os empresários hoteleiros realizadas no ano de 2010 (primeira coleta de dados realizada pela FGV), foi possível fazer uma delimitação inicial do Perfil Qualitativo da Demanda Atual do Polo do Ouro, diante disso é possível afirmar que, de forma agregada para o Polo, predominam os visitantes na faixa etária de 20 a 40 anos, de classes C e D, tendo como motivação da viagem a presença dos patrimônios históricos e da rica natureza do local, em particular de toda a região do Parque Estadual dos Pirineus e do Parque Estadual da Serra Dourada. Sendo assim fortemente influenciada pela sazonalidade que determina as características das águas, conforme o regime de chuvas três a seis meses de seca no inverno e grande precipitação no verão. A excessão a essa regra é o município de Abadiânia, devido caráter peculiar do seu turista principal, com mais de 40 anos e com a motivação de viagem e participar dos rituais de cura da Casa Dom Inácio. Também se verifica que nos destinos mais consolidados, Pirenópolis e Cidade de Goiás, a renda dos turistas é maior que nos demais destinos, uma vez que também possui 61

62 infraestrutura mais sofisticada para atender esse tipo de turista, que deseja serviços mais profissionais. No que toca à distribuição dos mercados, o público pode ser classificado em estadual, regional e nacional, com uma parcela muito pequena de mercado internacional registrada em Pirenópolis cerca de 8%, Cidade de Goiás cerca de 3%, e com alta expressividade em Abadiânia cerca de 69%, conforme serão detalhados em seguida. Não há pesquisas que meçam o nível de valorização da qualidade da oferta atual e determinação da imagem percebida da àrea turistica, em alguns municípios faltam também informações a respeito da estrutura (composição) do gasto turístico, percepção da imagem da Área Turística como é o caso de Jaraguá, Cocalzinho e Abadiânia. Com excessão de Abadiânia, que tem um perfil totalmente diferente das demais cidades do Polo, pode-se fazer a correlação das caraceristicas de Pirenópolis e Cidade de Goiás, principais municípios do Polo, com os demais municípios, possibilitando perceber a similaridade do perfil da demanda. Não foram encontrados registros de dados que possibilitem a definição das tendências de comportamento e hábitos de informação e compra específicos para o Polo. Mesmo assim, complementarmente, através da análise das pesquisas pontuais com alguns municípios do Polo nota-se que a principal motivação das viagens para o Polo é o Lazer ligado ao segmento cultural. O SEBRAE realizou a pesquisa do Perfil do Turista e dos Segmentos de Oferta (2012), que tem por objetivo identificar o Perfil do Turista de cada região brasileira em relação aos segmentos ofertados e assim alcançar a eficácia das ações de marketing do turismo Brasileiro. Tendo em vista o carater regional do turista do Polo do Ouro, serão utilizadas informações básicas para a caracterização do Perfil do Turista. O relatório da pesquisa analisou o perfil do turista em relação à perecepção, interesses e impressões sobre viagens, regiões e motivações e apontou que existem vários grupos principais que realizam estas viagens, para a análise do perfil do Polo retrataremos o recorte grupal formado pelas pessoas ssoas que viajaram pelo menos uma vez nos ultimos 12 meses, pertencentes a classes C e têm entre anos. Este grupo apresenta sentimentos de valorização e 62

63 reconhecimento da natureza e da diversidade cultural, deram pouco destaque para os aspectos negativos, demonstram grande motivação em viajar. O estudo também realizou análise das contribuições por segmento de turismo. Para o Segmento Cultural, os entrevistados consideram que, no geral, o Turismo Cultural é uma modalidade cara de turismo, foi ressaltada a percepção dos preços altos, embora exista o interesse pelo enriquecimento pessoal e pela ampliação do conhecimento. A percepção de preço demonstrou estar vinculada a ofertas e destinos tradicionais e consolidados, e também a espetáculos, shows e festividades importantes do calendário cultural brasileiro, contudo, o reconhecimento para a diversidade de opções do segmento foi freqüentemente citado como ícone nacional. A diversidade cultural dos povos e das regiões do Brasil identificada claramente pelos consumidores não produziu relações que ocasionassem percepção de maior valor (intangível) em comparação ao impacto dos preços classificados como elevados. Outro tema apontado em alguns discursos foi a sensação de superficialidade das vivências culturais sentimentos de pouca interação com as manifestações culturais, maior contato com o patrimônio imaterial e a reprodução sistemática para comunicar uma cultura - influenciam na percepção de valor da oferta cultural. Adiante, separando por município do Polo, será feita uma caracterização mais específica do Perfil Qualitativo da Demanda do Polo. Perfil qualitativo da demanda turística na Cidade de Goiás A Goiás Turismo, por meio da empresa De Fato, realizou pesquisa de caracterização da demanda turística real na Cidade de Goiás no período de alta temporada no ano de As coletas de dados foram realizadas entre os dias 22/07 e 26/07, porém, ainda não foram disponibilizados os relatórios totais da mesma. Ainda assim, é possível utilizarmos os dados parciais como subsidio para traçar o perfil do turista do município. Todos os turistas entrevistados eram brasileiros, com residência permanente no país. Quanto ao estado de origem, os dados são apresentados no gráfico a seguir: 63

64 Gráfico 7: Estado de Origem Fonte: IPTur/ Goiás Turismo, 2012 A maioria dos turistas brasileiros é do próprio Estado de Goiás, seguido dos que saem do Distrito Federal e São Paulo. Consequentemente, Goiânia é o município que mais envia turistas à Cidade de Goiás. Gráfico 8: Município de Origem do Entrevistado Fonte: IPTur/ Goiás Turismo,

65 Gráfico 9: Quantidade de Homens e Mulheres Entrevistados Fonte: IPTur/ Goiás Turismo,

66 Gráfico 10: Idade dos Entrevistados Fonte: IPTur/ Goiás Turismo,

67 Gráfico 11: Motivação da Viagem Fonte: IPTur/ Goiás Turismo, 2012 Dos entrevistados, 80% são homens, a maioria com idade entre 20 e 40 anos, 61,82% vão ao destino realizar atividades de lazer sendo, nessa categoria, atraídos principalmente pela as atividades de natureza/ecoturismo (52,90%), conforme o Gráfico 12: Gráfico 12: Principal Atrativo (Motivação-Lazer) Fonte: IPTur/ Goiás Turismo,

68 A respeito da renda dos entrevistados temos: Gráfico 13: Renda Mensal e Individual dos Entrevistados Fonte: IPTur/ Goiás Turismo,

69 Com relação ao nível escolar dos entrevistados: Gráfico 14: Nível de Escolaridade dos Entrevistados Fonte: IPTur/ Goiás Turismo, 2012 A maioria dos entrevistados (56,36%), já conhecia o destino e 21,82% se tratava de casais com filhos. Todos os entrevistados pernoitaram no destino, e a maioria (20,81%) passou 7 noites no destino. Gráfico 15: Fontes de Informação sobre o Destino Fonte: IPTur/ Goiás Turismo,

70 Não foi relatada, por nenhum dos entrevistados, a utilização de serviços de agências para a organização da viagem, 100% dos entrevistados utilizaram veículo próprio para chegar ao destino. Gráfico 16: Tipo de Hospedagem Utilizada Fonte: IPTur/ Goiás Turismo, 2012 Chama a atenção que o tipo mais utilizado como meio de hospedagem foi a casa de amigos ou parentes. Tal fato não contribui para o incremento da economia local. 70

71 Gráfico 17: Composição do Gasto Turístico Gastos com Alimentação Fonte: IPTur/ Goiás Turismo,

72 Gráfico 18: Composição do Gasto Turístico - Gastos com Hospedagem Fonte: IPTur/ Goiás Turismo, 2012 Refletindo o dado anterior é altíssima a porcentagem de turistas que não gastam nada com serviços de hospedagem no destino. A pesquisa revelou, ainda, que a porcentagem de pessoas que não gastam com alimentação no destino supera a daquelas que gastam, sendo que 23,64% dos entrevistados afirmaram tal situação. 72

73 Gráfico 19: Composição do Gasto Turístico Gastos com Atrativos e Passeios Fonte: IPTur/ Goiás Turismo, 2012 Gráfico 20: Composição do Gasto Turístico Gastos com Compras Pessoais Fonte: IPTur/ Goiás Turismo,

74 Gráfico 21: Composição do Gasto Turístico Gastos com outros itens Fonte: IPTur/ Goiás Turismo, 2012 As taxas de gastos com atrativos e passeios, compras pessoais e outros itens também registram como majoritária a porcentagem de turistas que não gastam no destino. 74

75 Gráfico 22: Composição do Gasto Turístico Total de Gastos na Viagem Fonte: IPTur/ Goiás Turismo, 2012 Também foi perguntado aos visitantes se houve a intenção de ir a outra cidade em vez da Cidade de Goiás, 76,36% dos entrevistados responderam que não e 23,64% respondeu que sim. Dentre as cidades que poderiam ser destino no lugar da Cidade de Goiás estavam Pirenópolis (61,5%), do mesmo Polo (Ouro), Aruanã (7,7%) do Polo do Vale do Araguaia. Outro dado relevante é que 70,91% dos turistas afirmaram terem tido suas expectativas atendidas plenamente, 16,36% 75

76 afirmaram que suas expectativas foram atendidas em partes e 10,91% que estas foram superadas. Por fim, 98,18% dos entrevistados pretendem retornar ao destino. Tabela 11: Avaliação do Entrevistado quanto aos Aspectos Específicos Fonte: IPTur/ Goiás Turismo, 2012 Perfil qualitativo da demanda turística de Pirenópolis Também através da empresa De Fato, foi realizada a pesquisa de caracterização da demanda turística real no município de Pirenópolis nos períodos de alta e baixa temporada no ano de As coletas de dados no período de alta temporada foram realizadas entre os dias 22/07 a 26/07, e identificaram o perfil do turista de Pirenópolis. Todos os turistas entrevistados eram brasileiros, com residência permanente no país. Quanto ao estado de origem, os dados são apresentados na tabela a seguir: 76

77 Gráfico 23: Estado de Origem do Turista de Pirenópolis Fonte: IPTur/ Goiás Turismo, 2012 A maioria dos turistas brasileiros é do Distrito Federal, seguido dos que saem de Goiás, São Paulo e Rio de Janeiro. Gráfico 24: Gênero do Turista de Pirenópolis Fonte: IPTur/ Goiás Turismo,

78 Gráfico 25: Idade do Turista de Pirenópolis Fonte: IPTur/ Goiás Turismo, 2012 Dos entrevistados, 68,25% são homens e 82,4% vão ao destino realizar atividades de lazer (Gráfico 26). Gráfico 26: Motivação da Viagem Fonte: IPTur/ Goiás Turismo,

79 A respeito da renda dos entrevistados temos; Gráfico 27: Renda dos Entrevistados Fonte: IPTur/ Goiás Turismo,

80 Com relação ao nível escolar dos entrevistados: Gráfico 28: Escolaridade dos Entrevistados Fonte: IPTur/ Goiás Turismo, 2012 A maioria dos entrevistados já conhecia o destino e estava acompanhado por amigos e em pequenos grupos geralmente (38% acompanhados de 2 pessoas e 23% em grupos de 3 pessoas). 99,2% os entrevistados pernoitaram no destino. Gráfico 29: Fonte de Informações sobre o Destino Fonte: IPTur/ Goiás Turismo,

81 Gráfico 30: Caracterização do Grupo de Viagem Fonte: IPTur/ Goiás Turismo, 2012 Gráfico 31: Tamanho do Grupo Fonte: IPTur/ Goiás Turismo,

82 Gráfico 32: Utilização de Serviços de Agenciamento Fonte: IPTur/ Goiás Turismo, 2012 É relevante o número de entrevistados que utilizou o serviço de agências para organizar a viagem ao destino (96,03%), 97,02% utilizaram veículo próprio a maioria utilizou como meio de hospedagem as pousadas. Gráfico 33: Meio de Transporte Utilizado para Chegar ao Destino Fonte: IPTur/ Goiás Turismo,

83 Gráfico 34: Meio Hospedagem Utilizado Fonte: IPTur/ Goiás Turismo,

84 Gráfico 35: Composição do Gasto Turístico Gastos com Alimentação (R$) Fonte: IPTur/ Goiás Turismo,

85 Observa-se no gráfico 35 um gasto relevante com alimentação no destino, 19,05% gastam aproximadamente R$ 200,00 com este item. Com relação aos gastos com transporte interno, 92,46% dos entrevistados relataram não ter gastos. Esse dado reflete outra característica já citada, o grande numero de pessoas que utilizam veículos próprios. O índice de gastos com hospedagem varia muito, sendo que 23,02% dos entrevistados afirmam não ter gastos com este item e os demais se dividem com gastos que variam entre R$40,00 e R$2.000,00. Com relação ao item gastos com atrativos e passeios e com o item despesas pessoais a maioria dos entrevistados também afirma não gastar nada. Gráfico 36: Composição do Gasto Turístico Gastos com Transporte Interno (R$) Fonte: IPTur/ Goiás Turismo,

86 Gráfico 37: Composição do Gasto Turístico Gastos com Hospedagem (R$) Fonte: IPTur/ Goiás Turismo,

87 Gráfico 38: Composição do Gasto Turístico Gastos com Atrativos e Passeios (R$) Fonte: IPTur/ Goiás Turismo,

88 Gráfico 39: Composição do Gasto Turístico Gastos com Compras Pessoais (R$) Fonte: IPTur/ Goiás Turismo, 2012 Gráfico 40: Composição do Gasto Turístico Total de Gastos na Viagem (R$) Fonte: IPTur/ Goiás Turismo,

89 Quando se trata das tendências de valorização da qualidade da oferta atual e determinação da imagem percebida da Área Turística, no caso de Alto Paraíso, a pesquisa traz a avaliação do entrevistado quanto aos aspectos básicos do destino, conforme gráfico a seguir. Tabela 12: Avaliação do Entrevistado quanto aos Aspectos Específicos Fonte: IPTur/ Goiás Turismo, 2012 Também foi perguntado aos visitantes se houve a intenção de ir a outra cidade em vez de Pirenópolis, 80,56% dos entrevistados responderam que não e 19,44% respondeu que sim. Dentre as cidades que poderiam ser destino no lugar de Pirenópolis estavam Caldas Novas (53,06%), pertencente ao Polo das Águas Termais, Chapada dos Veadeiros (14,29%) e Goiânia (8,16%) que pertence ao Polo de Negócios e Eventos. Outro dado relevante é que 61,11% dos turistas afirmou terem tido suas expectativas atendidas plenamente e 22,22% que estas foram superadas. Por fim, 99,21% dos entrevistados pretendem retornar ao destino. 89

90 Perfil Qualitativo da Demanda Turística de Corumbá de Goiás A pesquisa 3 encomendada pela Goiás Turismo para a elaboração do Plano Estadual de Turismo traz informações quanto às tendências de comportamento e hábitos de informação e compra de alguns dos municípios do Polo, dentre eles Corumbá de Goiás, mesmo não sendo tão atualizada, esta é a pesquisa mais completa em termos de caracterização da demanda no município. O apelo cultural traduz o produto de Corumbá que atrai, principalmente, a faixa etária de 22 a 40 anos (59,25%), seguida pela faixa etária de 16 a 21 anos (20,75%). As demais faixas são residuais, indicativos de público jovem, com menor poder aquisitivo, apesar de dividido entre os perfis de classes sociais. A hipótese se comprova ao analisar a renda e a motivação da viagem. No primeiro caso, há predominância das faixas de renda entre R$ 500,00 e R$ 1.000,00 e entre R$ 1.000,00 e R$ 2.000,00 (21% para cada um). Porém, se somarmos o universo de entrevistados que declararam renda de até R$ 1.000,00 esse percentual sobe para 41%. A principal motivação de viagem é a realização de atividades turísticas (69,5%), seguido pelos turistas que declararam estar apenas de passagem pelo município (19,75%). O motivo de negócios obteve uma pequena participação das respostas de motivação para a visita (1,5%). Gráfico 41: Perfil X Idade (%) Corumbá Fonte: Goiás Turismo - Agência Estadual de Turismo, Esta pesquisa foi realizada no ano de 2007, financiada pelo Ministério do Turismo e coordenado pelo Instituto Casa Brasil de Cultura. A empresa que executou a pesquisa foi a Brasil Central Turismo Responsável. Estas informações foram levantadas com as agências de viagem e os hotéis nos municípios do Polo (com exceção de Cocalzinho). 90

91 Gráfico 42: Perfil X Renda (%) Corumbá Fonte: Goiás Turismo - Agência Estadual de Turismo, Gráfico 43: Perfil X Motivação (%) Corumbá Fonte: Goiás Turismo - Agência Estadual de Turismo, A distribuição dos mercados é fortemente concentrada no território regional/estadual (94,75%). O mercado nacional é representado por 5,25% dos visitantes e não foram registradas presença de estrangeiros. Gráfico 44: Distribuição dos mercados Corumbá Fonte: Goiás Turismo - Agência Estadual de Turismo,

92 Uma informação relevante diz respeito ao gasto médio diário dos turistas no município. O grupo que representa a maior parcela dos turistas, os oriundos do interior do Estado de Goiás, é também o grupo que apresenta o maior gasto médio diário (R$ 74,21), seguido pelos turistas de outros estados (R$ 72,50). Gráfico 45: Gasto Médio Diário no município de Corumbá Fonte: Goiás Turismo - Agência Estadual de Turismo, No período pesquisado o Tempo Médio de Permanência (TMP) no município de Corumbá de Goiás foi predominantemente localizado na faixa de um a três dias (77%), com apenas 8,75% dos entrevistados tendo declarado ficar no destino por tempo superior a esse. Gráfico 46: Tempo médio de permanência no destino Corumbá Fonte: Goiás Turismo - Agência Estadual de Turismo, Com relação ao local de hospedagem utilizado pelos turistas, percebe-se que a grande maioria utilizou os serviços de hotel/pousada (32,5%), porém, chama a atenção o alto uso de equipamentos de camping (28,75%) que pode ser explicado pelo perfil do público frequentador jovem e com alto índice localizado na faixa etária dos 16 aos 21 anos. Também chama a atenção a quantidade de turistas que declararam não estar hospedado na cidade (31%), revelando um perfil de visitante que não pernoita no destino. 92

93 Gráfico 47: Local de Hospedagem em Corumbá Fonte: Goiás Turismo - Agência Estadual de Turismo, Por fim, a análise do item dos hábitos de viagem revela a predominância dos viajantes acompanhados, sobretudo em grupos de amigos (27,5%) e família (23,5%). Também é expressiva a quantidade de turistas que declararam viajar em casal (20,75%). Este perfil confirma características associadas a jovens que prevalece no destino. Gráfico 48: Hábitos de viagem dos turistas em Corumbá Fonte: Goiás Turismo - Agência Estadual de Turismo, Os municípios de Pirenópolis e Corumbá de Goiás são geograficamente próximos no Polo, consequentemente a semelhança entre os dois destinos é bem significativa, sendo o perfil do turista também bastante aproximado. Neste sentido, a caracterização do turista de Corumbá pode ser agregada com a caracterização do perfil do turista de Pirenópolis. 93

94 Perfil Qualitativo da Demanda Turística de Abadiânia Para o município de Abadiânia foram utilizados os dados da pesquisa realizada pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Turismo local 4. O público consumidor do produto de Abadiânia é bem distinto dos demais destinos do Polo do Ouro, com uma análise de perfil bem peculiar. Também está concentrado nos atrativos de apelo cultural, mas diferentemente do apelo do patrimônio cultural e colonial, destaca-se pelo segmento religioso. Principal motivo de visitantes em Abadiânia, a Casa Dom Inácio foi fundada por João Teixeira de Faria, há mais de 30 anos, e tem funções de propiciar curas espirituais e caridade, através dos dogmas da doutrina espírita. Este equipamento é responsável pela atração de cerca de pessoas por semana ao município de Abadiânia, segundo dados da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Turismo. A presença no município da Casa Dom Inácio, um centro de cura espiritual alternativo - atrai, principalmente, a faixa etária de 40 a 60 anos (42%), sendo a maioria turistas estrangeiros. As demais faixas são equilibradas, indicativos de público variado, mas com poder aquisitivo concentrado entre os perfis de classes sociais. A hipótese se comprova ao analisar a renda e a motivação da viagem. No primeiro caso, há concentração das faixas de renda maiores e maior concentração dos visitantes em classes A e B, fato explicado pela motivação religiosa (outros). 4 Não existem informações sobre metodologia, período de aplicação e número de respondentes para a pesquisa. Da mesma forma, não existem informações sobre gastos, tempo de permanência, hospedagem e hábitosde viagem dos turistas. 94

95 Gráfico 49: Perfil X Idade Abadiânia Fonte: Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Turismo, 2010 Gráfico 50: Perfil X Renda Abadiânia Fonte: Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Turismo,

96 Gráfico 51: Perfil X Motivação Abadiânia Fonte: Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Turismo, 2010 A distribuição dos mercados é fortemente concentrada nos visitantes internacionais (69%). Ao contrário dos demais destinos do Polo, o território regional/estadual é reduzido (16%). O mercado nacional é representado por 15% dos visitantes. Gráfico 52: Distribuição dos mercados Abadiânia Fonte: Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Turismo, 2010 Apesar de não existirem dados acerca do tempo médio de permanência no destino, as entrevistas com os gestores e empresários locais apontam para uma média de cinco dias de permanência, 96

97 em função da espera para atendimento na Casa Dom Inácio e do tempo de tratamento necessário. Esse potencial é pouco explorado e o município ainda não conseguiu aproveitar este perfil diferenciado de turista para alavancar a atividade turística. A especificidade do turismo em Abadiânia não permite especificar ou correlacionar o Perfil do Turista do município. Não há dados que dimensionem o comportamento, hábitos de informação e compra da viagem, composição dos gastos turísticos e da valorização da qualidade da oferta atual e determinação da imagem percebida da área turistica. Perfil Qualitativo da Demanda Turística de Jaraguá É possível desenvolver um contexto qualitativo para a demanda em Jaraguá, baseado nas informações da Goiás Turismo - Agência Goiana de Turismo, da Pesquisa de Competitividade da FGV e das oficinas dos PDITS. O público consumidor do produto de Jaraguá não aparece bem distribuído pelos atrativos. Há forte concentração na área de negócios e pouca procura pelos atrativos naturais, pois ainda estão em fase de amadurecimento enquanto produto. O maior apelo para o deslocamento a este município é o Polo Têxtil, de acordo com informações levantadas durante a realização do trabalho de campo, e está ligado ao perfil dos comerciantes, atraindo as faixas etárias de 40 a 60 anos. Estes números são indicativos de público maduro e de melhor poder aquisitivo, importante para o crescimento do destino turístico. Apesar disto, o município possui atrativos naturais ainda inexplorados que podem ser estruturados para a prática do Ecoturismo. A hipótese poderá ser comprovada ao analisar, futuramente, os dados de renda e a motivação da viagem. Estima-se que haja concentração de motivo de viagem a Negócios, dando mais dinamismo às características dos diversos destinos do Polo do Ouro. Perfil qualitativo da demanda turística de Cocalzinho Assim como Jaraguá, ainda não existem dados de perfil turístico para Cocalzinho, porém, é possível desenvolver um contexto qualitativo, se baseado nas informações de Pirenópolis. Ou seja, uma vez considerado o público alvo do Parque Estadual dos Pirineus, pode-se inferir que o perfil turístico seja o mesmo da cidade vizinha (detalhado em páginas anteriores). 97

98 Por meio da visão geral dos dados colhidos para a delimitação do Perfil do Turista do Polo do Ouro, percebe-se a concentração de dados para o município de Pirenópolis e Cidade de Goiás. Há uma carência de dados mais específicos dos demais municípios do Polo, fato que demonstra a necessidade de fortalecimento do IPTur (Instituto de Pesquisas Turísticas do Estado de Goiás Balanço das Campanhas de Promoção Neste tópico deverá ser realizada a análise das campanhas de promoção sob a ótica da demanda, essencialmente analisando a imagem projetada do destino no mercado nacional e internacional e os produtos mais comercializados atualmente. No item deste relatório (Sistema de Promoção e Comercialização) será analisado o tema sob a ótica da oferta, o que consiste em apurar quais os produtos ofertados nos mercados nacional e internacional atualmente, quanto se tem investido nestas campanhas de promoção e quais os canais de marketing utilizados. Desta forma, a visão sobre o tema contemplará tanto a imagem do destino percebida pelo mercado (ótica da demanda), quanto a visão da imagem e posicionamento de mercado pretendido pelos destinos componentes do Polo (ótica da oferta). Segundo o Plano Cores do Brasil do Ministério do Turismo, o destino da Região Centro Oeste mais comercializado nacionalmente é Caldas Novas/GO e Rio Quente/GO, mesmo assim este destino é apenas o 17º mais comercializado nacionalmente. Não foi registrada a comercialização dos destinos do Polo do Ouro. Este resultado já era de se esperar em função do caráter regional do turismo na região e também devido à falta de investimentos na promoção e comercialização dos atrativos turísticos do polo. 98

99 Gráfico 53: Cinco Pacotes Turísticos mais vendidos no Brasil Fonte: Plano Cores do Brasil, Ministério do Turismo, Do ponto de vista do mercado internacional, o Rio de Janeiro é o destino mais visitado do Brasil. Segundo o Plano Aquarela, este destino é, juntamente com Petrópolis, o mais comercializado pelos operadores internacionais, seguido por destinos como Recife, Salvador, e Foz do Iguaçú. Não existem referências a um destino localizado no Estado de Goiás. 99

100 Gráfico 54 Presença do Produto Brasil nos catálogos das operadoras internacionais Fonte: Plano Aquarela, Ministério do Turismo, 2007 Esses resultados demonstram o caráter incipiente e fortemente regional da atividade turística na região. É importante que o Governo de Goiás invista na estruturação dos produtos turísticos e na promoção e comercialização destes destinos visando a ampliação do fluxo de pessoas, a partir da maior presença nas prateleiras de comercialização das grandes operadoras nacionais, ampliando o raio de atuação deste Polo, mesmo que para outros Estados vizinhos Identificação dos Segmentos e Portfólio de Produtos A partir do diagnóstico realizado e da atual oferta de atrativos concentrados nos municípios que compõem a região, é possível concluir que o Polo do Ouro concentra atrativos mais consolidados no segmento cultural, para os quais há evidente fluxo turístico, inclusive a Casa Dom Inácio. Há ainda atrativos naturais preservados como o Parque Estadual dos Pirineus e o Parque Estadual da Serra Dourada, que possuem evidente fluxo turístico regional, mas com potencial de 100

101 comercialização pouco explorado nos mercados nacional e internacional para os segmentos de aventura e ecoturismo. Tabela 13 Identificação dos Segmentos no Polo do Ouro Fonte: FGV, 2010 Período Segmento Consolidado Segmentos - curto prazo (0 a 2 anos) Segmentos - médio prazo (2 a 5 anos) Segmentos - longo prazo (5 a 10 anos) Segmentos a serem Trabalhados Cultural Cultural/Ecoturismo Ecoturismo Aventura Tabela 14: Principais atrativos Polo do Ouro:Situação Atual Tipo de motivação Principais Atrativos do Polo Pontos fortes Pontos críticos Pirenópolis - Centro Histórico (Igreja de Nosso Senhor do Bonfim, Igreja de Nossa Senhora do Carmo, Theatro - Patrimônios da Pirenópolis) União e da Turismo Humanidade - Conservação cultural Cidade de Goiás (UNESCO) - Infraestrutura turística - Centro Histórico (Igreja de São Francisco, Museu de Arte Sacra, Centro - Preservados - Fluxo de visitantes Cultural Goiandira do Couto) - Casa de Cora Coralina Pirenópolis Ecoturismo - Parque Estadual dos Pirineus Cidade de Goiás - Parque Estadual da Serra Dourada -Vegetação (Cerrado) - Preservado - Acesso - Infraestrutura turística 101

102 Tipo de motivação Principais Atrativos do Polo Pontos fortes Pontos críticos Corumbá de Goiás -Salto de Corumbá Turismo de Abadiânia saúde ou religioso - Casa Dom Inácio Fonte: Elaborado pela FGV, Fluxo de visitantes - Atrativo para outros produtos - Capacidade limitada de desenvolvimento enquanto produto 3.2 Análise da Demanda Potencial O produto turístico do Polo do Ouro, como já mencionado, apoia-se em dois pilares básicos: o patrimônio histórico das cidades de Pirenópolis, Cidade de Goiás e Corumbá de Goiás, e na exuberância da natureza local, sobretudo nos destinos de Abadiânia, Jaraguá e Cocalzinho. A situação geográfica privilegiada, fronteira com o Distrito Federal, um dos principais polos emissores de turistas do país, do terceiro maior aeroporto nacional em movimentação de passageiros, torna o acesso a este território bastante facilitado e convidativo. Ao mesmo tempo, sua localização central no Estado de Goiás permite o deslocamento desde a sede estadual, Goiânia, que dista 127 km de Pirenópolis e 143 km da Cidade de Goiás, facilitando o acesso dos turistas em veículos particulares ou mesmo em ônibus de linha comercial ou turístico. As informações disponíveis sobre a atividade turística no Polo do Ouro não nos permitem projeções acuradas sobre a demanda turística potencial específica. No entanto, é necessário, possível e importante destacar alguns estudos mais amplos na tentativa de dimensionar a demanda potencial para o Polo. Estudo realizado pelo Instituto Brasileiro de Administração Municipal IBAM levantou os segmentos preferidos pelo mercado nacional. Entre os segmentos podem ser destacados: sol e praia (classificado em 1º lugar), pesca, ecoturismo e circuitos histórico-culturais. Nestes termos, uma fatia das preferências do mercado nacional pode ser direcionada para o Polo do Ouro, ampliando consideravelmente a demanda. Soma-se a esse panorama favorável ao crescimento do turismo na região a localização privilegiada que o Estado de Goiás tem em relação aos demais Estados brasileiros e a 102

103 proximidade com o Aeroporto Internacional de Brasília, que o coloca mais perto dos emissores internacionais. O principal estudo de caracterização e dimensionamento do mercado turístico nacional é realizado pela FIPE a partir de demanda do Ministério do Turismo. Trata-se de uma pesquisa que tem como universo a população residente em domicílios permanentes e urbanos no Brasil, pertencente aos grupos de renda, classificados segundo os seguintes estratos: de 0 a 4 salários mínimos; de 4 a 15 salários mínimos; e mais de 15 salários mínimos por Unidades da Federação e por estratos de capital e interior. A última pesquisa de uma série que se iniciou em 1998 foi realizada em 2007 (FIPE, 2009). A FIPE analisa o mercado de turismo categorizando-o em dois tipos de viagens: domésticas e rotineiras. Viagens domésticas são viagens não rotineiras realizadas dentro do território nacional, com no mínimo um pernoite. São consideradas viagens rotineiras aquelas que se realizam com regularidade a uma mesma destinação com um limite mínimo de 10 vezes de frequência ao mesmo destino no ano. O dimensionamento do mercado é feito a partir do número de consumidores de turismo multiplicado pela média de viagens/ano por domicílio com propensão a viajar. Alguns dos parâmetros gerados pela pesquisa FIPE (2009) são: Tabela 15: Principais Parâmetros das Viagens Rotineiras e Domésticas Domicílios Urbanos Viagens Rotineiras Domicílios com Propensão a Viajar 8% Média de Viagens por Domicílio 19,1 Pessoas que Viajam por Domicílio 2,14 Domicílios Urbanos Viagens Domésticas Domicílios com Propensão a Viajar 38% Número Médio de Pessoas que Viajam por Domicílio 2,7 Número Médio de Viagens Realizadas por Domicílio 3,24 Viajam por Lazer 80% Viajam a negócios 9% Viajam Outros 10% Fonte: FIPE, 2009 Os parâmetros foram gerados a partir de amostragem que permite uma estatística nacional, não havendo um desmembramento dos dados a nível estadual. No entanto, diante da necessidade de se dimensionar o mercado potencial dos destinos de Goiás, estes parâmetros serão utilizados para realizar um cruzamento com os dados do Censo de 2010 (IBGE, 2011). Diante deste fato, 103

104 ressalta-se que os dados gerados a partir desta análise devem ser utilizados com a devida cautela por apresentarem margem de erro de difícil dimensionamento. A tabela 16 apresenta os resultados da pesquisa FIPE, demonstrando o total de viagens rotineiras e de turistas e viagens domésticas geradas em 2007 no Distrito Federal, em Minas Gerais e em São Paulo, que são os principais emissores de turistas para Goiás. Outro dado relevante apresentado pela pesquisa é a quantidade destas viagens que tiveram Goiás como destino. Tabela 16: Viagens Rotineiras e Domésticas: total e participação de Goiás (2007) Viagens Rotineiras Destino Goiás Turistas Domésticos Viagens Domésticas Destino Goiás Distrito Federal ,0% ,0% Minas Gerais ,4% ,6% São Paulo ,8% ,8% Fonte: FIPE, 2009 Os dados da Tabela 16 demonstram que embora a participação de Goiás no mercado de Brasília seja satisfatória, nos mercados de Minas Gerais e São Paulo ela ainda pode ser ampliada. Como exemplo, apenas 6.6% dos mineiros e 0,8% dos paulistas optou por Goiás como o destino para as viagens domésticas, enquanto que somente 2,4% dos paulistas e 0,8% dos mineiros o fizeram para viagens rotineiras. Devido às características das viagens rotineiras, é mais complexo ampliar este volume. No caso, destinos em Goiás mais próximos a estes estados, como a Região das Águas, teriam maior capacidade de ampliar e explorar mais o mercado de viagens rotineiras. No caso das viagens domésticas, turistas de Goiás, Distrito Federal, Minas Gerais e São Paulo, representam cerca 81,7% do fluxo para o Estado. Minas é o maior emissor para Goiás, representando quase 32% do número de viagens domésticas realizadas, enquanto que São Paulo representa quase 8% do total. Diante deste quadro, o que se apresenta enquanto perspectiva para o Estado de Goiás são as regiões aqui analisadas é: 104

105 Há potencial para ampliar a diversidade de mercados, já que o atual está concentrado em praticamente quatro Estados, incluindo Goiás; Há potencial para se ampliar a participação no total de viagens originadas nos estados de Minas Gerais e São Paulo; Baseado nos dados de 2007, cada 1% de aumento na participação de Goiás no mercado emissivo de viagens domésticas de São Paulo significa o incremento de viagens domésticas, o equivalente a 10% de todo o fluxo de viagens domésticas para o Estado naquele ano; Da mesma forma, a cada 1% de aumento na participação de Goiás enquanto destino dos turistas mineiros, haveria o incremento de 5% do fluxo total para o Estado; Uma maior participação de Goiás no mercado destes dois estados provavelmente representará acréscimo de fluxo em todos os três Polos, já que os produtos dos mesmos se encaixam nos perfis de viajantes paulistas e mineiros; e Se considerarmos que nos últimos anos houve crescimento significativo do mercado de turismo no Brasil, estes números podem ser ainda mais significantes. A partir dos parâmetros da FIPE, utilizando-se o número dos domicílios urbanos nas microrregiões do Estado de Goiás e de um ajuste nos números para balancear a projeção com o crescimento populacional entre 2007 e 2010, estimou-se a quantidade de turistas para o Polo do Ouro. A tabela 17 demonstra que há um potencial de cerca de turistas rotineiros e turistas domésticos nas microrregiões mais próximas e que apresentam identidade com o Polo do Ouro. Tabela 17: Estimativa de mercado para o Polo do Ouro. ROTINEIRAS DOMÉSTICAS Motivo da Viagem Doméstica Microrregião Turistas Viagens Turistas Viagens Lazer Negócios Outros Anápolis Anicuns Ceres Entorno de Brasília Goiânia

106 Meia Ponte Rio Vermelho TOTAL Fonte: DPES Goiás Turismo, 2012 Dados da FIPE demonstram que 67,4% dos goianos realizam suas viagens rotineiras no próprio estado. Demonstram também que, no Brasil, cerca de 60% dos turistas de viagens rotineiras se hospedam na casa de amigos ou parentes. Diante deste quadro: As microrregiões apresentam um potencial de cerca de turistas de viagens rotineiras (67,4% do total); Em se considerando que viajantes que visitam amigos e parentes (60%) já têm um destino fixo, infere-se que os 40% restantes, ou turistas são o mercado potencial de turistas que realizam viagens rotineiras; e Aplicando-se os mesmos parâmetros, estes turistas vão gerar em torno de 1,3 milhões de viagens rotineiras por ano. No caso das viagens domésticas, os dados da FIPE demonstram que 29,3% dos goianos realizam suas viagens domésticas no próprio Estado. Demonstram também que, no Brasil, aproximadamente, 55% dos turistas de viagens domésticas se hospedam na casa de amigos. Diante deste quadro e considerando-se apenas turistas que viajam a lazer: As microrregiões apresentam um potencial de cerca de turistas de viagens domésticas (29% dos que viajam a lazer); Em se considerando que viajantes que visitam amigos e parentes (55%) já têm um destino fixo, infere-se que é de o mercado potencial de turistas que realizam viagens domésticas; e. Aplicando-se os mesmos parâmetros, estes turistas vão gerar cerca de viagens domésticas por ano. O Estudo de Imagem e Mercado desenvolvido para o município de Pirenópolis, e financiado pelo SEBRAE Goiás, no ano de 2008, apresentou a visão do Trade Turístico Brasileiro, através de aplicação de pesquisa de opinião com 210 agências e operadoras de turismo, das cinco regiões 106

107 do país. Do total das entrevistadas, apenas 36% delas tinham conhecimento sobre o Estado de Goiás. E a maior parte dos que informaram conhecer, o fez porque estabelecia associação das informações sobre o Estado ao destino turístico de Caldas Novas. Aproximadamente, 43% dos entrevistados não responderam ou não sabiam por que não comercializavam os produtos turísticos de Goiás, a explicação mais plausível é a falta de demanda. Na entrevista ficam evidente que as dificuldades estão na desinformação, na ausência de produtos formatados em pacotes turísticos, no desconhecimento dos destinos turísticos do Estado, fatores que dificultam e ou limitam efetivamente a comercialização junto ao consumidor final. Não há divulgação e, consequentemente, não há demanda. Presença dos destinos turísticos de Goiás no portfólio das agências e operadoras: 40% Caldas Novas; 33% Goiânia; 15% Rio Quente Resort; 3% Pirenópolis, 2% Chapada dos Veadeiros; 1% Cidade de Goiás. A pesquisa procurou mapear a visão do trade turístico brasileiro em relação aos segmentos de interesse, 64% dos entrevistados colocam como comercializadoras de produtos no segmento de ecoturismo. O Estado de Goiás, e em particular Pirenópolis, possui imenso potencial para atender as expectativas deste mercado. Em relação ao turismo cultural, 65% informou que comercializa produtos que possuam atrativos de caráter cultural. O turista atual não apenas procura por lazer, aventura e descanso; o destino turístico que possui condições de oferecer identidade, agregar elementos singulares, obterá maiores possibilidades de êxito junto ao consumidor final. Pirenópolis e a Cidade de Goiás possuem grande acervo cultural, com seus sítios históricos, gastronomia própria, festas populares, elementos que ajustam aos quesitos básicos deste segmento. Essa mesma pesquisa identificou os mercados concorrentes para o Polo com posicionamento consolidado, imagem turística definida e identidade focada em turismo cultural Salvador: Ouro Preto; Paraty; Tiradentes; Petrópolis; Campos do Jordão; e Diamantina; bom como Lençóis na Chapada Diamantina pela combinação de ecoturismo/aventura, mas com uma marca de cidade patrimônio; e, por fim, Bonito como destino referência em ecoturismo/aventura. O Estudo de imagem realizado pelo SEBRAE Goiás 2012, para região turística Reserva da Biofesra Goyaz, reuni duas pesquisas sobre demanda potencial, com foco no turismo na natureza: 107

108 Estudo de Mercado do Turismo Sustentável da Amazônia Legal Proecotur/Ministério do Meio Ambiente 2008 e Perfil do turista de aventura e de ecoturista no Brasil ABETA, As viagens de natureza combinam interesses e motivações de diferentes segmentos que envolvem atividades ao ar livre e em ambientes naturais, como o sol e praia. De acordo com a pesquisa da Amazônia Legal, o total de viagens internacionais em 2008 demonstra que os maiores mercados emissores para este tipo de turista são: Alemanha e Estados Unidos respectivamente. Já em relação ao segmento, os países mais expressivos são: Alemanha, Canadá, Inglaterra e França. A pesquisa apresenta também as atividades que os turistas americanos realizaram em suas viagens de férias internacionais, entre 1996 a Em 2006 foram estimadas 24 milhões de viagens, as excursões ecológicas foram as atividades que mais cresceram em 10 anos. Perfil do turista por mercado Internacional América do Norte + 50% são mulheres; 50% tem idade inferior a 35 anos e 30% tem entre 35 a 54 anos; 46% tem formação universitária; e 29% das residências têm crianças. Europa 52% são mulheres; 50% têm menos de 35 anos; 51% vivem em grandes cidades; 30% das residências têm crianças; e. Preferências: pesca, observação de pássaros, pesquisa de plantas e trekking. Nacional A pesquisa indica que 62% dos turistas de natureza têm até 39 anos; 73% tem formação superior; 108

109 O turista de natureza pode viver sozinho, mas prefere viajar acompanhado de familiares e amigos; 86% dos turistas de natureza são de classe A e B Pirâmide social IBGE; O carro é o meio de transporte utilizado pela maioria dos turistas de natureza; 91% diz que viaja, principalmente, nas férias; Os turistas de natureza preferem situações de ócio e que envolvem aspectos culturais; A água é o elemento mais valorizado pelo turista de natureza, seguido pelos aspectos culturais que envolvem o destino; Segundo a pesquisa, a melhor região para viagens de natureza é o Nordeste, seguido pelo Sudeste. O Centro Oeste apresentou apenas 13% da preferência dos turistas do segmento; e A web é o principal meio para informação sobre viagens e também para a compra de serviços turísticos. O estudo apresenta também os produtos ou destinos presentes nos catálogos das empresas filiadas à Associação Brasileira das Operadoras de Turismo (BRAZTOA), que juntas respondem por cerca de 85% dos pacotes turísticos comercializados no país, além dos estandes de venda na feira da ABAV 2011 e os sites. Goiás está presente em, aproximadamente, 20% dos catálogos, apenas com 2 destinos, Rio Quente Resorts e Chapada dos Veadeiros, sendo este último um destaque entre as ofertas especializadas de ecoturismo. Com base nos dados da ABETA e Ministério do Turismo, o turista de aventura gasta em média R$ 293,00 diariamente, e o turista doméstico de lazer R$ 48,34. A estimativa de gasto médio do turista de natureza e predominante regional é de R$ 120,00. Principais Mercados concorrentes Segundo o Estudo de Imagem e Mercado desenvolvido para o município de Pirenópolis, e financiado pelo SEBRAE Goiás no ano de 2008, os destinos de turismo cultural no portfólio das 210 agências e operadoras entrevistadas: 32% Minas Gerais; 31% São Paulo; 7% Salvador; 5% Europa; 3% Rio de Janeiro; 3% São Luiz; 2% Petrópolis; 1% Blumenau; 1% Brasília; 1% Cidade de Goiás; 1% Recife; 13% outros. 109

110 Considerando o estudo do Ministério do Turismo, Plano Aquarela (diretrizes para promoção internacional), destacam-se no Brasil quatro destinos ou produtos posicionados no segmento de ecoturismo ou turismo de natureza: Cataratas de Foz do Iguaçu, inclui como destinos líderes do receptivo internacional e o mais visitado destino de natureza do país; Pantanal Matogrossense está entre os destinos líderes de natureza do Brasil, atraindo brasileiros e estrangeiros; Amazônia é considerada internacionalmente como um dos santuários naturais do planeta; e Fernando de Noronha, destino que combina perfeitamente a imagem de natureza com ofertas de sol, praia e aventura. Expansão da Demanda No tocante à expansão da demanda, como apontado pelo relatório do World Travel Market, 2008, a ascensão, na América Latina, de um expressivo contingente para a classe média, associado a taxas de juros menores, que facilitam o financiamento das viagens, respondem pela expansão do turismo na região, tanto a nível interno, como externo. A expansão do turismo no Brasil se inscreve nesse quadro, associado ainda a uma política consistente do Ministério do Turismo, conduzida nos últimos anos, que inclui, para o mercado interno, ações como o lançamento de pacotes diferenciados com preço promocional e ações de incentivo, por exemplo, para a terceira idade, que trouxeram um novo público consumidor para o mercado turístico nacional e ampliaram a demanda do mercado já existente. De acordo com pesquisa 5 da FGV, publicada em março de 2009, 66% do empresariado nacional do turismo, distribuído pelos diferentes segmentos, tem uma percepção positiva do setor e uma expectativa de crescimento. Como não há registro de fluxo para os destinos aqui analisados, não é possível fazer uma projeção numérica. Mas, considerando-se as análises do cenário brasileiro, sabe-se que as tendências apontam para o crescimento e que medidas precisam ser tomadas para que este se dê de forma sustentável. Porém, os números apresentados pelo Ministério do Turismo podem apontar a tendência de crescimento do fluxo de pessoas nos mercados nacionais. Analisando a Tabela 18. percebe-se 5 Pesquisa Anual de Conjuntura Econômica do Turismo,

111 que os maiores emissores para o destino do Estado de Goiás são os Estados de MG, SP e o DF, além do próprio Estado de GO. No entanto, apenas 3,3% dos viajantes nacionais se destinaram ao Estado. A figura apresenta os Estados de SP, MG e RJ como os principais destinos de turistas e os estados de SP, MG e RS como os principais emissores de turistas. Desta forma, é possível que, a partir da análise dos dados apresentados pelo MTur, possa se traçar um perfil do turista que atualmente já se destina ao Estado de Goiás e verificar o potencial para ampliar esse fluxo de pessoas. Sendo assim, pode-se concluir que existe uma considerável demanda latente para ampliação da participação de mercado do destino, junto aos turistas dos Estados de MG, SP, RS e DF. Esta demanda poderá significar um grande aumento de fluxo de turistas no curto prazo e também poderá contribuir de forma significativa para o amadurecimento do destino e veiculação do Polo do Ouro nas prateleiras dos principais operadores turísticos nacionais. Os principais fatores limitantes da demanda potencial para estes destinos no Polo do Ouro são: (i) para acessar os municípios, o turista deve, necessariamente, se deslocar por meio terrestre, uma vez que não existe aeroporto local no Polo. Este deslocamento, apesar de em distância não muito longa, é um fator limitante da demanda; (ii) as agências e as operadoras turísticas não ofertam o produto, sobretudo devido à falta de infraestrutura nos atrativos para receber os visitantes. O Parque Estadual dos Pirineus é um exemplo deste grande potencial inexplorado devido à insuficiente infraestrutura turística; (iii) existe uma dificuldade em se acessar informações oficiais sobre a região, principais atrativos e divulgação oficial dos destinos. Apesar de fazer parte dos materiais promocionais oficiais do Governo Estadual, ainda existe pouca informação adicional às agências e na internet. Sobre os padrões de qualidade mínimos a serem respeitados durante a experiência turística, incontestavelmente, deve haver uma dedicação no sentido de otimizar os benefícios baseados numa maior eficiência na prestação dos serviços, a fim de obter a satisfação do visitante e do residente. Deve-se considerar a qualidade dos serviços de todo o sistema turístico do Polo. Pautado em três variáveis básicas, qualidade dos serviços, dos produtos turísticos e um preço acessível, o desenvolvimento da atividade turística se pauta no sentido de alcançar a satisfação da demanda. Face à atual competitividade em todos os campos da atividade turística, o diferencial 111

112 é a qualidade na prestação dos serviços. O preço e a relação entre ambos, são as variáveis fundamentais que determinam a eleição de um destino. 112

113 Tabela 18 - Quadro de Origens e Destinos dos Fluxos de Turistas das Viagens Domésticas, por UF (em%) Fonte: Ministério do Turismo,

114 3.3 Análise da Oferta Turística no Polo A análise da oferta turística realizada neste tópico do relatório contempla o detalhamento dos seguintes itens: Análise das condições atuais dos atrativos turísticos do Polo; Identificação e análise da oferta de equipamentos turísticos atuais (serviços e equipamentos turísticos), abrangendo as seguintes dimensões: Hotelaria (dados secundários); Capacidade, número de quartos e número de leitos (dados secundários); Número de empregos gerados pela atividade do turismo (dados secundários); Taxas de ocupação; e Nível de investimento e ritmo histórico; Identificação dos principais sistemas de promoção e comercialização; e Identificação da necessidade de capacitação de mão - de - obra para o turismo Análise dos Atrativos Turísticos do Polo do Ouro O diagnóstico dos produtos e atrativos turísticos localizados no Polo do Ouro implica em priorização de alguns destinos. Como já destacado na etapa Justificativa da Seleção da Área Turística deste documento, Pirenópolis e Cidade de Goiás já apresentam maior nível de desenvolvimento do produto turístico. Este estágio é resultante, em parte, dos títulos de patrimônios da União e da Humanidade, que geram evidente visibilidade nos mercados nacionais e internacionais. O município de Jaraguá está em fase de consolidação de sua oferta, atualmente ligada ao turismo de negócios e de aventura. A cidade de Pirenópolis é o principal destino do Polo do Ouro. Sua proximidade com Brasília e sua herança histórica, são recursos que a colocam como concentradora de investimentos em Turismo. Possui uma diversidade de características que a tornam o mais importante destino da região e entre os quatro mais importantes destinos de Goiás (Pirenópolis, Caldas Novas, Goiânia e Alto Paraíso). Alia o seu conjunto urbanístico e arquitetônico, sua história centenária e atrativos naturais de rara beleza cênica a um volume expressivo de oferta de serviços de hospedagem, alimentação, atividades (turismo de lazer, natureza e aventura) e compras. 114

115 Seguindo a característica principal do Polo do Ouro, a Cidade de Goiás também é rica em Patrimônio Histórico Cultural e oferece, paralelamente, atrativos naturais que servem para compor os modelos de venda de produtos turísticos e aumentar o tempo de estada dos visitantes na cidade ou região. O destino é um dos mais ricos em conservação do patrimônio da região do ouro e busca posicionamento no mercado por meio de priorização de seu produto turístico cultural. Sua demanda é regulada por eventos e feriados, tendo a sazonalidade como seu principal desafio. Os municípios de Abadiânia, Corumbá e Cocalzinho, têm influência regional complementar por possuírem produtos muito específicos, como a questão religiosa espiritualista em Abadiânia. No entanto, a maioria dos produtos turísticos precisa de ajustes de infraestrutura e qualidade para suprir o potencial aumento da demanda. No diagnóstico a seguir, foram avaliados dados de oferta segundo as principais fontes de turismo a nível Estadual e Federal, além de visitas de campo. As informações serão divididas por destino turístico e utilização dos mesmos critérios de divisão do Anexo A do Termo de Referência. Há dados não presentes em alguns municípios, fazendo com que a identidade turística do Polo do Ouro fique mais ajustada segundo as características de seus principais destinos Pirenópolis e Cidade de Goiás Análise dos Atrativos Naturais do Polo do Ouro A cidade de Pirenópolis concentra um representativo acervo de igrejas, monumentos e praças em um conjunto arquitetônico caracterizado pela história e cultura da região do Ouro. Sendo assim, os atrativos naturais não são o principal objetivo dos visitantes, mas oferecem uma boa alternativa para composição do mix de produtos de lazer no destino. Parques e Reservas Ambientais Patrimoniais destacam-se neste quesito. A pequena cidade de Cocalzinho apresenta grande potencial turístico pelos atrativos naturais, em especial o Parque Estadual dos Pirineus. Para os produtos mais isolados, os hotéis fazenda da região são as principais vias de acesso. Segundo a Goiás Turismo, é um destino cuja demanda se concentra nos fins de semana e feriados, motivados por seus hotéis fazenda, que atuam de maneira independente para captação de público, principalmente de Brasília. Há destaque para as atividades de aventura (tirolesa, cavalgada, off road), necessitando de atenção especial no 115

116 sentido de possibilitar o acesso aos atrativos naturais onde se praticam essas atividades. Hoje, aproveita a demanda existente em Pirenópolis, em razão da cooperação da iniciativa privada dos municípios. Em razão da Agricultura Familiar, tem potencialidade para oferecer outros tipos de Turismo para a região. 116

117 Tabela 19: Avaliação dos principais atrativos naturais do Polo do Ouro Atrativo/Segmento Município Pontos Fortes Pontos Fracos Área de cerrado rupestre de altitude com formações rochosas de grande beleza; Presença de nascentes de rios; Pico dos Pirineus, ponto mais alto da região com Parque Estadual m de altitude; dos Pirineus Grande potencial para o turismo de aventura, em (Ecoturismo/Turismo escaladas e rappel; de Aventura) Presença de todos os tipos de fitofisioinomias (paisagens vegetais) do cerrado brasileiro; e Variedade de formações como: matas; campos; nascentes; veredas; e cerrados Reserva Ecológica Vargem Grande (Ecoturismo ) Santuário Silvestre Vagafogo (Ecoturismo) Balneário Cachoeira Grande (Ecoturismo/Turismo Pirenópolis Cidade Goiás de Reserva Particular de Patrimônio Natural; Presença de trilhas em mata fechada; Presença de cachoeiras, entre as quais se destaca a de Santa Maria; Presença de praia fluvial com areia branca e área própria para prática do mergulho; e Boa infraestrutura geral e de estacionamento. Reserva Particular de Patrimônio Natural; Criado em 1990 para promover a educação ambiental, ecoturismo e a produção sustentável de alimentos; Presença de trilha interpretativa de percurso total de 1.500m, devidamente sinalizada, através de passarelas suspensas de madeira; e Presença de piscina natural e cachoeira dentro da área de preservação. Destaque pela grande área verde e de lazer que mistura as opções de banho com as de diversão na areia ou nas áreas de mata aberta; e Infraestrutura para visitação turística deficiente (sinalização dentro do atrativo, rotas e trilhas, equipamentos de serviço ao turista). Difícil acesso para os frequentadores. Infraestrutura turística deficiente, sem recepção aos visitantes nem visitas guiadas. Existe a necessidade de adequação para formatação enquanto produto turístico; e 117

118 Atrativo/Segmento Município Pontos Fortes Pontos Fracos Aventura) É possível passar o dia e há opção de alimentação Infraestrutura turística deficiente, rápida. sinalização ruim e de difícil acesso. Parque Estadual Serra Dourada (Ecoturismo e Turismo de Aventura) Criado em 2003, e está em fase de efetivação turística. Pela beleza da fauna e flora, já vem se tornando opção de turismo. Muitas plantas só ocorrem nesta localidade; Presença de trilhas entre os labirintos de pedras (Cidade de Pedras) na paisagem de cerrado rupestre; e Acesso difícil em extensa caminhada ou através de veículos off-road; Falta sinalização dentro da área do parque; Não possui estudo de capacidade de carga para uso turístico; e Existe a necessidade de adequação Presença de artesanato local com as areias retiradas para formatação enquanto produto da região. turístico. Salto de Corumbá (Ecoturismo e Turismo Aventura) Prainha (Ecoturismo) Corumbá de Goiás Presença de cachoeira do Rio Corumbá, que renasceu nos anos 80, depois de um século desaparecida devido ao desvio feito no rio por mineradores; Área de praia fluvial e diversas áreas de banho ao longo do rio; Situada a 15 minutos da cidade de Corumbá de Goiás com fácil acesso a visitantes em veículos; Tem queda de água com 80 metros de altura; O passeio pode ser complementado pela visitação ao clube Salto Corumbá, dotado de completa infraestrutura para o turismo ecológico, e que pode ser usado para passar o dia ou uma temporada; e O usuário conta com diversos serviços de lazer, como eventos culturais e atividades esportivas, para atender a todos os gostos. Reduto dos amantes do ecoturismo, possui opções de banho e áreas para contemplação da natureza; Fácil acesso com pavimento para veículos; Atrativo de uso gratuito; Existência de área para estacionamento e montagem Não possui estudo de capacidade de carga para uso turístico; Inexistência de controle de visitação; Não há código de conduta ambiental; e Falta infraestrutura para desenvolver o turismo de aventura. Não existe regulamentação no uso da área; Não existe estudo de capacidade de carga para uso turístico; e Uso desordenado levando a presença 118

119 Atrativo/Segmento Município Pontos Fortes Pontos Fracos de acampamentos; e Presença de equipamentos turísticos (bar, restaurante). Lago Corumbá IV (Turismo de Pesca, Náutico e Ecoturismo) Parque Estadual da Serra de Jaraguá (Ecoturismo e Turismo de Aventura) Abadiânia Jaraguá Jaraguá Ainda pouco explorado, o Lago de Corumbá IV tem potencial turístico a ser desenvolvido; É formado pelo represamento do Rio Corumbá e banha os municípios de: Luziânia; Santo Antônio do Descoberto; Alexânia; Abadiânia; e Silvânia. Seus recursos hídricos são destinados à geração de energia elétrica e abastecimento da Região do Entorno do Distrito Federal; Distância de 100km de Brasília; e Área propícia do desenvolvimento de turismo de pesca, náutico e do ecoturismo. Criado em 1998 possuindo, no ponto mais alto, 520 m de altitude e opções de várias trilhas e platôs de observação da natureza; Presença de túneis que remontam à época da escravidão; Rica expressão do bioma do cerrado; Para os amantes dos esportes radicais, em Jaraguá é possível encontrar clubes de voo livre que fazem saltos de parapente em nível 3 de dificuldade; A maior parte dos saltos acontece nos períodos de pré-verão, quando ocorrem ventos mais apropriados aos voos de altitude, porém, é possível ter acesso ao esporte durante todos os meses do ano; e Os voos na localidade são facilitados também pelos diversos pontos de resgate ao longo das rodovias e, por isso, muitos turistas buscam a região para sua prática. de lixo e áreas sem proteção ambiental degradadas. Não possui estudo de capacidade de carga para uso turístico; Inexistência de controle de visitação; Não há código de conduta ambiental; e Falta infraestrutura para desenvolver o turismo. Nenhuma área foi desapropriada pelo Governo Estadual; Não foi formalmente implantado; É preciso melhorar a sinalização; Não possui estudo de capacidade de carga para uso turístico; Inexistência de controle de visitação; Não há código de conduta ambiental; e Falta infraestrutura para desenvolver o turismo. Local rico em piscinas naturais e pequenas quedas A Cachoeirinha do Saraiva se encontra 119

120 Atrativo/Segmento Município Pontos Fortes Pontos Fracos de água, proporcionando uma excelente opção de lazer. Cachoeirinha do Saraiva (Ecoturismo) Rio das Almas (Ecoturismo e Turismo de Pesca) Parque Estadual dos Pirineus Fonte: Elaborado pela FGV, Pirenópolis Cocalzinho Permite variadas possibilidades de aproveitamento turístico. A Praia da Aldeia é o ponto de maior destaque entre os turistas. Criado em 1987, o parque fica a 20 km de distância da cidade. É uma área de relevante beleza, abriga uma rica biodiversidade do bioma cerrado caracterizada por formações rupestres, campos de altitude, veredas, e outros tipos de vegetação terrestres e brejosas; diferenciadas por condições de substratos, como as associadas aos cursos de água - florestas de galerias, matas ciliares e buritizais. fora da cidade; É preciso melhorar a sinalização; Não possui estudo de capacidade de carga para uso turístico; Inexistência de controle de visitação; Não há código de conduta ambiental; e Falta infraestrutura para desenvolver o turismo. Ainda demanda sinalização e infraestrutura adequada para suportar o possível aumento de visitantes; Não possui estudo de capacidade de carga para uso turístico; Inexistência de controle de visitação; Não há código de conduta ambiental; e Falta infraestrutura para desenvolver o turismo. Acesso difícil em extensa caminhada ou através de veículos off-road; Falta sinalização dentro da área do parque; Não possui estudo de capacidade de carga para uso turístico; e Existe a necessidade de adequação para formatação enquanto produto turístico. 120

121 Figura 6: Parque Estadual dos Pirineus Fonte: Portal Pirenópolis Tur, 2012 Figura 7: Reserva Ecológica Vargem Grande Fonte: Portal Reserva Ecológica Vargem Grande,

122 Figura 8: Reserva Ecológica Vagafogo Fonte: Portal Santuario da Vida Silvestre Vaga Fogo, 2010 Figura 9: Parque Estadual da Serra Dourada Fonte: Portal Via Rural,

123 Figura 10: Salto de Corumbá Fonte: Projeto Geoparques,

124 Figura 11: Lago Corumbá IV Fonte: Portal OLX, 2012 Figura 12: Cachoeirinha do Saraiva Fonte: Portal da Cidade de Jaraguá,

125 Figura 13: Rio das Almas Fonte: Portal da Cidade de Jaraguá, Análise dos Atrativos Culturais do Polo do Ouro De uma forma geral, no Polo, o conjunto de edificações e artefatos de uso público destaca-se entre os turistas, principalmente pelo grau de interatividade com o Ciclo do Ouro, da exploração do interior do país e o processo de colonização em geral. Além disto, dá destaque ao produto turístico de Pirenópolis por seu tombamento pela União e da Cidade de Goiás por se tratar de Patrimônio Histórico da Humanidade, tombado pela UNESCO. Também em Corumbá cabe a citação do conjunto de edificações históricas do centro da cidade. Os turistas encontram, em edifícios e monumentos característicos da época do iclo do ouro, a história da exploração do interior do país e também do processo de colonização. O conjunto urbanístico e arquitetônico de Corumbá é tombado pelo IPHAN, o que agrega valor à visita turística e faz de Corumbá um destino com boa projeção para o crescimento da indústria do lazer. Como exemplos da variedade de atrativos deste segmento, na cidade, destacam-se: o Casarão Municipal 13 de Maio, o Centro Histórico da Cidade de Corumbá e a Igreja Matriz de Nossa Senhora da Penha de França. Entre as festas e as manifestações culturais, destacam se as Cavalhadas, a Festa do Divino e a Procissão do Fogaréu. Estas festas fazem parte do calendário de quase todas as cidades do Polo do Ouro. As Cavalhadas são manifestações expressivas da cultura goiana e conhecidas nacionalmente. O ritual dura três dias seguidos e os preparativos começam uma quinzena antes, 125

126 no início da Festa do Divino. Durante uma semana os cavaleiros se reúnem em um campo não oficial para ensaios das corridas que vão executar nos dias do evento. A Cavalhada é uma dramatização do combate entre Mouros e Cristãos, com o triunfo dos cristãos, após séculos de invasão moura na Península Ibérica. Já a Festa do Divino, que acontece tradicionalmente 40 dias após a Páscoa, reúne a população de Pirenópolis e grande número de fiéis católicos de todas as regiões do Estado. Também tem destaque como uma das mais tradicionais do ciclo de festas goiano. Por fim, destaca-se a Procissão do Fogaréu, que é uma tradicional procissão católica realizada anualmente na cidade de Goiás, na Quarta-Feira Santa. Apesar da representatividade dos atrativos culturais do Polo, faz-se importante a sistematização das informações nos mesmos possibilitando assim, sua melhor utilização como atrativo. 126

127 Tabela 20: Avaliação dos Atrativos Culturais do Polo do Ouro Atrativo/Segmento Município Pontos Fortes Pontos Fracos Considerado o maior e mais antigo monumento da Cidade de Goiás, foi construída entre 1728 e 1732, e restaurada em 1997; Conjunto estrutural sacrocolonial; e Matriz de Nossa Possui o Museu do Rosário localizado na sala do consistório, Senhora do que apresenta uma exposição permanente com painéis com Rosário textos e imagens que contam a história deste monumento, desde sua construção até o restauro, após incêndio ocorrido em Igreja de Nosso Senhor do Bonfim Igreja de Nossa Senhora do Carmo Theatro Pirenópolis Pirenópolis Construída entre 1750 a 1754 por iniciativa do escravocrata e Sargento Mor Antônio José dos Campos, em estilo colonial; e Possui três altares e bela imagem do Senhor do Bonfim, em tamanho natural, trazida da Bahia. Construída em 1750 por iniciativa dos escravocratas Luciano Nunes Teixeira e Antônio Rodrigues Frota, em estilo colonial; Já está em estudo para implantação, com verba do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional - IPHAN, o Museu de Arte Sacra, que será administrado pela Diocese e terá em seu acervo imagens sacras, altares, peças de prata e outros utensílios da liturgia. Será instalado nas duas laterais da igreja, enquanto o corpo central continuará sendo palco de missas; e A sustentabilidade do museu se dará pela cobrança de entrada e venda de lembranças e publicações relacionadas com a arte sacra. Construído em 1899 por iniciativa de Sebastião Pompeu de Pina com o apoio da comunidade pirenopolina; Com trabalhos em madeira utilizando técnicas tradicionais e apresentando fachada em forma de chalé, teve importância histórica no início da República; Foi totalmente restaurado em 1999, mantendo-se as características históricas, mas adquirindo funcionalidades 127 Divulgação muito restrita ao mercado regional; Não está comercializado nos canais de turismo e não integra roteiros comercializados. Precisa de pequenas reformas e precisará de adequação para um eventual aumento expressivo de visitantes. Precisa de pequenas reformas e precisará de adequação para um eventual aumento expressivo de visitantes. Falta sinalização interpretativa.

128 Atrativo/Segmento Município Pontos Fortes Pontos Fracos modernas, possui acessibilidade, com palco de 7 x 7 metros (49 m²) e 160 poltronas Festa do Divino Cavalhadas Centro Cultural Goiandira de Couto Casa de Cora Coralina Cidade de Goiás Registrada como patrimônio cultural imaterial do Brasil pelo IPHAN em 2010, começou a ser festejada em Pirenópolis no ano de 1819; Já faz parte do calendário de eventos oficiais do Estado e atrai um grande público, sobretudo regional. Festejada em Pirenópolis desde 1826, este evento representa a luta da resistência cristã contra a invasão moura na Península Ibérica; e Este evento é um dos principais no calendário cultural do Estado e atrai grande quantidade de turistas. Goiandira do Couto é pintora goiana com reconhecimento internacional por suas técnicas de pintura em areia; Destaca-se pela utilização de areias da Serra Dourada, o que proporciona textura e coloração especiais a seus quadros; Além da visita às obras, é possível obter informações sobre as telas e comprá-las; Boa infraestrutura local com visitas guiadas diariamente; e Acesso pago para ajudar na preservação do acervo e da infraestrutura. Cora Coralina, chamada em nascimento como Ana Lins dos Guimarães Peixoto Bretas, foi uma poetisa e contista brasileira, nascida em Cidade de Goiás em 20 de agosto de 1889, e falecida em Goiânia em 10 de abril de 1985; Tem bastante influência no contexto cultural goiano por dedicar parte da sua vida a escrever sobre o cotidiano do centro-oeste. 128 Divulgação muito restrita ao mercado regional; Não está comercializado nos canais de turismo e não integra roteiros comercializados. Divulgação muito restrita ao mercado regional; e Não está comercializado nos canais de turismo e não integra roteiros comercializados. Local onde acontece o evento precisa de intervenções urgentes. Pequena estrutura para receber grandes visitações. Pequena estrutura para receber grandes visitações.

129 Atrativo/Segmento Município Pontos Fortes Pontos Fracos Destacou-se pela forma e pela simplicidade de seu trabalho, principalmente na fase final de sua vida, quando passou a adotar o Pseudônimo Cora Coralina e caracterizou-se pela transformação interior e a perda do medo ; Sua obra é referência turística, principalmente regionalmente; Local com mini-auditório e peças que lembram a vida da autora; e Bom estado de conservação pela existência da Fundação Cora Coralina. Igreja da Boa Morte Festival Internacional de Cinema e Vídeo Ambiental FICA Procissão do Sua construção foi concluída em No ano de 1921, um incêndio destruiu o altar-mor, a sacristia e ainda várias imagens de madeira atribuídas ao escultor Veiga Valle. Em 1969 a Igreja passou a sediar o Museu de Arte Sacra da Boa Morte; e É o único edifício da cidade que apresenta elementos característicos do barroco em sua fachada e é de sua porta principal que sai, toda quarta-feira da Semana Santa, a Procissão do Fogaréu; e Desde 1969, a igreja abriga o Museu de Arte Sacra da Boa Morte, que possui imagens sacras de vários autores, com destaque para o artista Veiga Valle. Coroas, cálices, castiçais, tocheiros e lampadários dos séculos XVIII e XIX, peças de origem portuguesa e telas com temas religiosos completam o acervo. Tem destaque local e internacional e vem crescendo em número de participantes; Possui a maior premiação da América Latina no gênero: R$ 240 mil em prêmios; Possui uma programação multicultural paralela, pondo em cena espetáculos que valorizam a criação musical, o teatro, a dança e literatura; e O evento está consolidado, sendo a 12ª edição no ano de Pequena estrutura para receber grandes visitações. Divulgação muito restrita ao setor; Não está comercializado nos canais de turismo e não integra roteiros comercializados. Na Quarta Feira, acontece a Procissão do Fogaréu, única neste Divulgação muito restrita ao

130 Atrativo/Segmento Município Pontos Fortes Pontos Fracos Fogaréu estilo realizada no Brasil. Simboliza a busca e prisão de cristo; A procissão tem início por volta das 00:00hs., com a iluminação pública apagada e ao som de tambores, saindo de frente da porta do Museu de Arte Sacra da Boa Morte, na praça principal; e mercado regional; e Não está comercializado nos canais de turismo e não integra roteiros comercializados. É um dos mais movimentados eventos turísticos regionais, Centro Histórico de Corumbá Igreja Matriz de Nossa Senhora da Penha da França (Padroeira) Festa da Congada Corumbá de Goiás trazendo mais de dez mil visitantes, por ano. A contemplação e interação com os equipamentos coloniais são o principal motivo de visita dos turistas; O Centro Histórico é composto por edificações do Séc. XVIII e também construções em estilos Art déco e Eclético; e Como Corumbá é uma das cidades mais antigas do Estado de Goiás, seu centro histórico merece destaque entre o total de sítios históricos do Estado. Foi construída pelos escravos, inaugurada em 1771; e Suas paredes são de taipa com mais de 1m de largura. Possui 3 altares que, assim como o forro da capela, têm pinturas sacras das décadas de 1850 e 60. Ainda há piso original de laje em mesanela nas sacristias, no andar inferior das torres e no assoalho sob o qual estão os altares de sepulturas; e Sob seu piso estão enterrados alguns dos bandeirantes paulistas como Diogo Pires Moreira, fundador de Corumbá, e Bartolomeu Bueno da Silva, filho do sertanista homônimo, que em 1736 iniciou a colonização de Goiás, além do padre português Manoel da Silva Maya, que dirigiu a construção inicial. Festa que representa a mistura de raças brasileiras e reúne elementos das tradições tribais de Angola e do Congo, com influências Ibéricas no que se refere à religiosidade; e Animada por danças, cantos e música, a procissão acaba numa Igreja onde, com a presença de uma corte e seus vassalos, 130 Falta sinalização turística e interpretativa; Infraestrutura de serviços e equipamentos turísticos é precária; e Divulgação muito restrita ao mercado regional. Pequena estrutura para receber grandes visitações. Festa de caráter regional e acontece em vários locais do Brasil; e Não faz parte do calendário oficial comercializado pelas

131 Atrativo/Segmento Município Pontos Fortes Pontos Fracos acontece a cerimônia de coroação do Rei Congo e da Rainha agências de turismo da região. Ginga de Angola - uma personagem da história africana, a Rainha Njinga Nbandi, do século 17. Principal motivo de visitantes em Abadiânia, foi fundada por João Teixeira de Faria, há mais de 30 anos, e tem funções de propiciar curas espirituais e caridade. A entidade está localizada em ponto de fácil acesso e vem sofrendo reformas por parte de seus colaboradores. Por não se tratar de um produto turístico, deve ser avaliado com reservas, pois não se propõe a prestar serviço por lucro. Segundo informações de associações ligadas à entidade, Casa Dom Inácio através dos ensinamentos da Doutrina Espírita, procura-se a Não se constitui em um assistência física e espiritual a doentes com diversos produto turístico, logo não é problemas, através: de cirurgias; passes; energizações; passível de comercialização. medicamentos; água fluidificada; música; alimentação alternativa; e abrigo a pessoas que busquem tratamentos diversos; e Abadiânia É importante ressaltar que a visitação a esta entidade, aproximadamente de pessoas por semana, fomentou a construção de hotéis e restaurantes no município, o que contribuiu para o fortalecimento do comércio. Perfil de turista diferenciado, internacional, mais idoso e de maior poder aquisitivo. Igreja de Nossa Senhora da Abadia É um potencial produto turístico; A estrutura está bem conservada e em seu interior está guardada a imagem de Nossa Senhora da Abadia, com possibilidade de observação direta; A Igreja é aberta a visitação todos os dias e celebra missa domingo às 17h 30; e A devoção à santa é característica local e regional, pois, segundo informações locais, já no século XIX havia tradição de rezas e curandeirismo na região, em nome desta santa. 131 Pequena estrutura para receber grandes visitações; e Ainda não se trata de um produto turístico comercializado.

132 Atrativo/Segmento Município Pontos Fortes Pontos Fracos A Festa é a representação do agradecimento de seus moradores à padroeira da cidade. Ocorre em 15 de agosto e faz Festa de Nossa a localidade receber romarias de diversas regiões vizinhas. Senhora da Soma-se ao calendário de festas as representações juninas e Abadia outras festas religiosas, como São Miguel Arcanjo, com menos influência turística. Centro Histórico de Jaraguá Sem referência Jaraguá Cocalzinho Fonte: Elaborado pela FGV, 2010 Há um conjunto de edificações que também se destaca em Jaraguá. Casarões e igrejas do período colonial se misturam à composição das novas construções da cidade, principalmente a Igreja Matriz, Igreja de Nossa Senhora da Conceição e a Igreja de Nossa Senhora do Rosário Festa de caráter regional; e Não faz parte do calendário oficial comercializado pelas agências de turismo da região. Alguns dos monumentos estão descaracterizados internamente e externamente; e Não integra roteiros comercializados. 132

133 Figura 14: Teatro Pirenópolis Fonte: Goiás Turismo, 2011 Figura 15: Festa do Divino, Pirenópolis Fonte: Portal O Estadão/Fotos,

134 Figura 16: Cavalhadas de Pirenópolis Fonte:Portal Pirenópolis Tur, 2012 Figura 17: Casa de Cora Coralina Fonte: Goiás Turismo,

135 Figura 18: Casa Dom Inácio Fonte: SISTUR/Goiás Turismo - Agência Estadual de Turismo,

136 Figura 19: Principais Atrativos do Polo do Ouro Fonte: IBGE. Divisão municipal,

137 Tabela 21: Avaliação geral dos principais atrativos turísticos do Polo do Ouro Atrativo (Bom/Ruim) Sinalização (Bom/Ruim) Acesso (Bom/Ruim) Conservação (Boa/Ruim) Recepção Turística (Sim/Não) Gratuito (Sim/Não) Visita Guiada (Sim/Não) Parque Estadual dos Pirineus Bom Bom Bom Sim Sim Sim Reserva Ecológica Vargem Grande Bom Bom Bom Sim Não Sim Reserva Ecológica Vagafogo Bom Bom Bom Não Não Não Cachoeira Grande Ruim Ruim Ruim Não Sim Não Parque Estadual Serra Dourada Ruim Ruim Bom Sim Sim Não Salto de Corumbá Bom Bom Bom Sim Não Sim Prainha Ruim Bom Ruim Não Sim Não Parque Estadual da Serra de Jaraguá Ruim Ruim Bom Não Sim Não Cachoeirinha do Saraiva Parque Estadual dos Pirineus (Cocalzinho) Matriz de Nossa Senhora do Rosário Igreja de Nosso Senhor do Bonfim Igreja de Nossa Senhora do Carmo Ruim Ruim Bom Não Sim Não Ruim Ruim Ruim Não Sim Não Bom Bom Bom Sim Não Sim Bom Bom Bom Não Não Não Bom Bom Bom Não Não Não 137

138 Atrativo (Bom/Ruim) Sinalização (Bom/Ruim) Acesso (Bom/Ruim) Conservação (Boa/Ruim) Recepção Turística (Sim/Não) Gratuito (Sim/Não) Visita Guiada (Sim/Não) Theatro Pirenópolis Bom Bom Bom Sim Sim Sim Centro Cultural Goiandira de Couto Bom Bom Bom Sim Não Sim Casa de Cora Coralina Bom Bom Bom Sim Não Sim Igreja da Boa Morte Ruim Bom Ruim Não Sim Não Centro Histórico de Corumbá Ruim Bom Ruim Sim Sim Sim Igreja Matriz de Nossa Senhora da Ruim Bom Ruim Não Sim Sim Penha da França Casa Dom Inácio Bom Bom Bom Sim Sim Não Igreja Nossa Senhora D Abadia Ruim Bom Bom Não Sim Não Festa Nossa Senhora D Abadia Ruim Bom Bom Não Sim Não Centro Histórico de Jaraguá Ruim Bom Bom Não Sim Não Fonte: Elaborado pela FGV,

139 3.3.2 Análise dos Serviços e Equipamentos Turísticos Neste tópico serão analisados os principais indicadores oriundos dos Serviços de Hospedagem, de Alimentação e de Atendimento ao Turista. Neste contexto, os seguintes fatores foram levados em consideração para efeitos de avaliação da oferta agregada dos destinos turísticos na dimensão serviços e equipamentos turísticos: (i) Sinalização Turística Viária; (ii) Centro de Atendimento ao Turista; (iii) Empresas Organizadora de Eventos; (iv) Capacidade dos Meios de Hospedagem; (v) Capacidade do Turismo Receptivo; e (vi) Restaurantes. Os dados foram levantados através do sistema de informações turísticas da Goiás Turismo e do Ministério do Trabalho e Emprego Rais. A avaliação desses fatores para os municípios aqui analisados pode ser vista na Tabela 22, de forma consolidada.. Os dados foram obtidos a partir das informações fornecidas pela Diretoria De Pesquisas- Goiás Turismo, em Tabela 22: Visão Consolidada de Equipamentos e Serviços Turísticos no Polo Município Sinalização (Boa/Média/Ruim) CAT (Sim/Não) Organizadora de Eventos Hospedagem (N. De Estabelecimentos/ N. UH s/n. de Leitos*) N. De Agências de turismo N. De Estabelecimento de restauração e bebidas Pirenópolis Média Sim 0 96 / 1181 / Cidade de Goiás Média Sim 2 29 / 387 / Corumbá de Goiás Ruim Sim 0 11 / 211 / Abadiânia Ruim Não 0 35 / 674 / Jaraguá Ruim Não 1 10 / 221 / Cocalzinho Ruim Não 0 3 / 60 / Fonte: Sistema de Informações Turísticas SISTUR / Diretoria de Pesquisas Turísticas Goiás Turismo, 2012 A classificação da Sinalização Turística Viária em Boa, Média ou Ruim, conforme apresentado na Tabela 22, considerou a avaliação dos seguintes fatores durante pesquisa de campo pela FGV: Se o destino possui sinalização turística viária e se a mesma segue os padrões recomendados pelo Ministério do Turismo; Se a sinalização turística viária está conservada, limpa, bem fixada e, quando for o caso, iluminada corretamente; 139

140 Se a sinalização turística viária traz informações disponíveis em língua estrangeira; Se existe sinalização turística descritiva nos atrativos turísticos do destino; e Se as informações contidas na sinalização descritiva estão disponíveis em língua estrangeira. Se para todos estes fatores há identificação positiva, então a Sinalização é considerada Boa. Quando dois destes fatores não são identificados positivamente, a Sinalização é considerada Média. Quando mais de dois fatores não são identificados positivamente, a Sinalização é considerada Ruim. A partir da avaliação de equipamentos turísticos do Polo do Ouro, observa-se que os municípios de Pirenópolis e Cidade de Goiás, apresentam as melhores infraestruturas de equipamentos e serviços turísticos, inclusive apresentando um razoável número de unidades habitacionais e equipamentos de hospedagem. A pouca promoção do Polo pode ser verificada na falta de agências de viagem, o número é bastante reduzido em todos os municípios, sendo que Cocalzinho e Corumbá não possuem estabelecimentos desta natureza. Para melhor compreensão dos números apresentados na tabela de consolidação de informações, descreve-se em seguida cada item analisado. SERVIÇOS E EQUIPAMENTOS DE HOSPEDAGENS Os serviços de hotelaria e equipamentos de hospedagens constituem-se na base da atividade turística, em conjunto com a rede de alimentação presente em um destino. Este setor é importante na geração de empregos e também na manutenção da estrutura familiar, uma vez que muitos dos estabelecimentos são familiares, inclusive sem apresentar registro de funcionários nos dados da RAIS. Os dados oficiais da RAIS 2010 apresentam os números de empregos formais gerados pela atividade hoteleira em cada município. Os números apresentados não abrangem a realidade dos pequenos estabelecimentos, em sua grande maioria familiares, que não apresentam funcionários registrados com carteira de trabalho, sendo operados pela própria família proprietária. 140

141 Apesar de não ser possível segmentar esses estabelecimentos por porte, número de UH s ou mesmo por serviços ofertados, estes números apresentam uma visão mais próxima da realidade quanto ao número de estabelecimentos de hospedagem no Polo. Tabela 23: Informações sobre os Meios de Hospedagem no Polo do Ouro Município N. Estabelecimentos RAIS* Estabelecimentos cadastrados no CADASTUR** N. De outros tipos de alojamento não especificados* N. Empregos* Pirenópolis Cidade de Goiás Corumbá de Goiás Abadiânia Jaraguá Cocalzinho * Relação Anual de Informações Sociais RAIS, 2010 **Empreendimentos cadastrados no CADASTUR Coordenação Regional de Serviços Turísticos CRST, Goiás Turismo, Na cidade de Pirenópolis, existem registrados 34 meios de hospedagem, espalhados entre a área urbana e a rural do município. Há mais de leitos ofertados e dividem-se em diversas categorias, desde simples acomodações de estilo cama e café (bed & breakfast) até suítes em pousadas de luxo. Nos hotéis urbanos há a exigência de reforma e adaptação de algumas estruturas para o atendimento ao público mais exigente e há a necessidade de modernização dos equipamentos. É também neste município que se registram as maiores remunerações médias no setor, inclusive em função da maior diversidade de categorias de meios de hospedagem. Os hotéis da área rural estão bem estruturados e, em geral, oferecem bom produto (custobenefício) para os turistas que buscam isolamento. O maior gargalo da hotelaria no momento é a adequação ao processo de formalização de todas as áreas dos negócios de hospedagem. Na Cidade de Goiás, existe registro no Cadastur (Cadastro Turístico do Ministério do Turismo), de seis meios de hospedagem, porém os dados da RAIS 2010 apontam para a existência de 32 estabelecimentos, entre hotéis e hospedagens familiares. Estes somam, aproximadamente,

142 leitos ofertados e estão disponíveis principalmente nas categorias mais econômicas, pousadas ou hospedagens familiares, mas há algumas (poucas) opções de luxo. O maior problema da hotelaria no município é a adequação ao processo de formalização de todas as áreas dos negócios de hospedagem e a capacitação para atendimento ao turista. O maior gargalo da hotelaria, encontrado nas cidades de Corumbá de Goiás e Cocalzinho, no momento é a adequação à demanda, pois o parque hoteleiro não é suficiente para períodos de alta temporada. Os cinco meios de hospedagem identificados na cidade de Corumbá e os três de Cocalzinho são suficientes para o atendimento do fluxo de turistas normal, porém, deficiente nos períodos de alta temporada. Os leitos ofertados estão disponíveis, principalmente, nas categorias mais econômicas, pousadas, hospedagens familiares e hotéis fazenda. Nos municípios de Abadiânia e Jaraguá, o maior problema é a capacitação para atendimento ao turista, principalmente, em línguas assim como a adequação ao processo de formalização de todas as áreas dos negócios de hospedagem. Enquanto no primeiro município existem 17 meios de hospedagem registrados, no segundo são identificados apenas cinco. Estes estão disponíveis principalmente nas categorias mais econômicas, pousadas ou hospedagens familiares, sem opções de luxo. SERVIÇOS E EQUIPAMENTOS DE ALIMENTAÇÃO (A&B) Os bares e restaurantes também fazem parte da complexa cadeia produtiva da atividade turística, prestando serviços que denotam a hospitalidade dos destinos, sendo por vezes os próprios atrativos turísticos da localidade. A Tabela 24 apresenta o total de estabelecimentos do tipo alimentos e bebidas, incluídos os restaurantes, bares e lanchonetes. Tabela 24: Estabelecimentos de Alimentação e Bebidas no Polo do Ouro Município N. Estabelecimentos RAIS* Estabelecimentos cadastrados no CADASTUR** N. De Serviços Ambulantes de Alimentação* Pirenópolis Cidade de Goiás Corumbá de Goiás N. Empregos*

143 Município N. Estabelecimentos RAIS* Estabelecimentos cadastrados no CADASTUR** N. De Serviços Ambulantes de Alimentação* Abadiânia Jaraguá Cocalzinho N. Empregos* *Relação Anuial de Informações Sociais - RAIS, **Empreendimentos cadastrados no CADASTUR Coordenação Regional de Serviços Turísticos CRST, Goiás Turismo, O dado curioso na análise desta tabela é apresentado em relação ao município de Abadiânia, Pirenópolis e Jaraguá, que despontam como os principais empregadores no setor e apresentam as maiores relações entre o número de estabelecimentos e o número de funcionários registrados. É também em Abadiânia, que as maiores médias salariais são registradas, superando inclusive a cidade de Pirenópolis, maior centro do Polo. Este resultado é atribuído ao efeito do perfil do turista que visita a cidade de Abadiânia, com maior poder aquisitivo e de uma faixa etária mais elevada, é um turista mais exigente e que permanece mais tempo no destino 6, utilizando mais os serviços de alimentação local. Esse perfil gera a necessidade de o empresário se qualificar melhor e prestar um serviço de mais qualidade, o que por sua vez gera a necessidade de maior número de funcionários. As médias salariais mais elevadas são explicadas também pelo perfil do turista no município, que apresenta gasto médio mais elevado. De uma forma geral, apenas as cidades de Pirenópolis e Goiás apresentam uma diversificada oferta de alimentação. Em Pirenópolis, há boa oferta de restaurantes, tanto para culinária típica quanto para pratos internacionais. Há oferta para todos os gostos e preços na cidade, com menor incidência de restaurantes caros. Nos 33 restaurantes registrados há fiscalização da ANVISA quanto à adequação a processos de higiene e já há projetos de capacitação em cooperação entre Secretaria de Saúde, Goiás Turismo e organizações de classe. Ainda há incidência de comércio informal no setor de gastronomia. 6 De acordo com a Secretaria Municipal de Turismo e Meio Ambiente e das entrevistas com os empresários locais. 143

144 No município de Corumbá de Goiás existem no setor de gastronomia, 5 restaurantes formais, somam-se aos estabelecimentos informais para atendimento ao público em geral e aos turistas, segundo a RAIS. O maior gargalo do setor para o turismo é a formalização e a capacitação para atendimento aos turistas e incentivo formal de priorização das questões ambientais e de estabelecimento de padrões turísticos. Apesar de apresentar maior número de estabelecimentos e maior remuneração média no setor, o município de Abadiânia não apresenta grande diversidade na oferta de serviços e equipamentos de alimentação. A maior parte dos estabelecimentos é familiar e sem muita opção de variedade culinária. Os principais problemas do setor no Polo são: (i) informalidade; (ii) baixa capacitação dos prestadores de serviço; e (iii) necessidade de modernização dos equipamentos para melhor receber o turista. SERVIÇOS E EQUIPAMENTOS DE AGENCIAMENTO E OPERAÇÃO TURÍSTICA Há poucos roteiros turísticos regionais elaborados e comercializados regional ou nacionalmente. Os produtos turísticos do Polo devem ser elaborados de forma que os destinos turísticos sejam contemplados de forma integrada aumentando-se assim o tempo de permanência dos visitantes no Polo. Esta falta de estrutura de agências de turismo dificulta também a expansão do Polo e a comercialização dos destinos. Na cidade de Pirenópolis, o atendimento comercial aos turistas é feito por seis empresas de receptivo regional. Há 40 guias registrados e 20 em operação comprovada. Os pacotes são escalonados por segmento e, quando possível, por público alvo. Nos períodos de maior visitação é possível encontrar maior diversidade de opções, enquanto nos períodos de baixa é necessário adequar-se aos pacotes pré-estabelecidos. Na Cidade de Goiás, o atendimento de receptivo comercial aos turistas é feito por duas empresas de receptivo locais em parceria com quatro grandes Empresas do Rio de Janeiro e de São Paulo. Segundo estes operadores, a estada média dos turistas é de 3 dias e a maioria dos pacotes são vendidos com destinos integrados, como Pirenópolis e Rio Araguaia. Os pacotes são escalonados por segmento e, quando possível, por público alvo. Nos períodos de maior visitação é possível 144

145 encontrar maior diversidade de opções, enquanto nos períodos de baixa é necessário adequar-se aos pacotes pré-estabelecidos. Nos municípios de Corumbá, Jaraguá e Cocalzinho, o atendimento de receptivo é precário e não há agências formais, apesar de os registros da RAIS apontarem duas agências em Jaraguá. Há guias e condutores de turismo, mas não foi identificado nenhum curso de formação na área. A estada média dos turistas é de um dia e a maioria dos produtos é vendida para o segmento cultural. Por fim, no município de Abadiânia o atendimento de receptivo comercial aos turistas é feito por empresas de outras regiões e há grande incidência de turistas que viajam por conta própria, por meio de informações de outros turistas ou em contato direto com a Casa Dom Inácio. Os poucos pacotes são escalonados pelo segmento cultural e, quando possível, por público alvo. A maior recomendação da Goiás Turismo é a de que os pacotes passem a ser estruturados em conjunto com outros destinos, mas há dificuldade de adequação das ofertas dada a especificidade do produto de Abadiânia. No CADASTUR, em 2012, estão cadastradas 1 Agência de Turismo em Abadiânia, 1 em Jaraguá, 9 em Pirenópolis e nenhuma nos municípios de Cocalzinho, Corumbá e Goiás. SERVIÇOS E EQUIPAMENTOS PARA REALIZAÇÃO DE EVENTOS No geral, o Polo do Ouro não é destino para realização de eventos, convenções e realizações técnicas ou científicas. Na realidade, os eventos que ocorrem na região são, em sua grande parte, de caráter regional e com interesse local. Porém, a atratividade de um destino cultural que congrega em seus limites dois patrimônios culturais, um nacional e outro mundial, e que ainda possui boa oferta de atrativos naturais, pode funcionar como um reforço ao desenvolvimento deste tipo de atividade no Polo. Com relação à infraestrutura instalada no Polo do Ouro para a realização de eventos, verifica-se existência apenas na cidade de Pirenópolis. Há variados locais para eventos, mas não há um centro de convenções/eventos estruturado. O Cavalhódromo foi projetado para ser um espaço de uso múltiplo, mas não tem funcionado como tal, sendo utilizado somente para seu propósito básico, a realização das Cavalhadas. As opções dividem-se entre o Teatro de Pirenópolis, com 145

146 capacidade para 200 pessoas, a Pousada dos Pirineus, com lugares e a Universidade Estadual de Goiás, com auditório para 160 pessoas e 15 salas para 40 pessoas. Nas demais cidades do Polo não existe infraestrutura de centro de convenções/eventos para a realização de eventos de qualquer natureza nem os hotéis possuem estrutura adequada à recepção destes eventos. Também não foram identificadas no Polo empresas organizadoras/promotoras de eventos, nem empresas de montagem de feiras e assessoramento na realização de eventos. ESTRUTURA DE SINALIZAÇÃO TURÍSTICA E ATENDIMENTO AO TURISTA A sinalização turística é um item que necessita de atenção imediata. A maioria dos destinos não apresenta sinalizações ou, então, estas são insuficientes para indicar os acessos aos atrativos, ou mesmo proporcionar o entendimento da natureza, ou importância do que está sendo observado. Isto dificulta a localização dos principais pontos turísticos da localidade e empobrece a experiência turística. À exceção de Pirenópolis e Cidade de Goiás, os demais municípios são muito mal sinalizados. Ainda assim, estes dois municípios apresentam sinalização turística apenas nos centros tombados e próximos aos atrativos. Não foi verificada qualquer sinalização turística interpretativa junto aos atrativos. Tanto nos atrativos quanto no acesso, a sinalização não se encontra bem conservada e precisa de reestruturação para dar informação precisa aos visitantes. Para receber os turistas em Pirenópolis, o CAT é de boa qualidade, com atendimento a turistas e venda de artesanato. Está localizado em área central e de fácil acesso. O atendimento é feito diariamente de 08h as 17h. Na Cidade de Goiás, há apenas um Centro de Atendimento ao Turista e há poucas informações panfletárias disponíveis, sendo a maioria em língua portuguesa, o mesmo ocorrendo na cidade de Corumbá de Goiás. Nos municípios de Abadiânia, Jaraguá e Cocalzinho, não há local de atendimento e informação ao turista e há poucas informações panfletárias disponíveis, sendo a maioria em língua portuguesa, apenas em Abadiânia encontrou-se material em língua inglesa. 146

147 3.3.3 Nível de Serviço Este item trata especificamente do grau de diversificação dos serviços ao turista e faz breve avaliação das possibilidades de melhora para atendimento da demanda. Em geral, os destinos do Polo do Ouro têm poucos produtos consolidados e muitas oportunidades de crescimento para o turismo. Assim, há, de forma geral, baixa qualificação nos setores e necessidade de padronização dos serviços prestados. Ainda não há estudos que permitam estabelecer os níveis de faturamento, de uso, de investimento e ocupação dos equipamentos turísticos localizados no Polo, que possibilitem uma análise mais aprofundada dos níveis de serviço atuais. O Plano Estadual de Turismo de Goiás prevê que tais estudos serão desenvolvidos pelo Instituto de Estudos e Pesquisas Turísticas de Goiás IPTUR, que terá como objetivos, entre outros, o de criar um banco de dados para a região, aprimorar o sistema de turismo e implantar a Conta Satélite de Turismo no Estado. Os produtos turísticos mais importantes possuem infraestrutura básica de atendimento e serviços. Contam com área de recepção para turistas, guias especializados e serviços de estacionamento. Porém, há necessidade de implementação de padrões de qualidade ou de projeto de adequação de indicadores de atendimento e variedade de serviços. Dados de pontos fortes e fracos das oficinas regionais indicam que já há projetos em execução ou recentemente finalizados, com instituições de classe e sistema S, para incentivo à organização do produto turístico, contando com sistema de recepção; área de interação; produção associada e venda de artesanato; e infraestrutura interna e externa. Porém, nas mesmas discussões, são levantadas necessidades de diversificação e ampliação das atividades de capacitação, com objetivo de atender a todos os segmentos com negócios em turismo Preços, Promoção e Comercialização Este item busca valorizar o posicionamento do Polo e seus canais de comercialização, como internet, feiras de turismo e mídia de massa. Há destaque nos destinos do Polo do Ouro para a comercialização via internet e para busca direta em agências. Este último item tem relevância para este trabalho dada a quantidade de pessoas da região que retornam aos destinos visitados. 147

148 Conforme dados da avaliação de mercado, há grande participação de público local na distribuição dos visitantes e, por isto, há fidelização de clientes com algumas operadoras e agências regionais. No setor de hospedagens, os preços variam de acordo com o tipo de hospedagem e há necessidade de maior cuidado quanto à questão da formalização. Tabela 25: Valor Médio de Hospedagem Município Valor Médio Pirenópolis 100,00 Cidade de Goiás 70,00 Corumbá de Goiás 40,00 Jaraguá 60,00 Abadiânia 50,00 Cocalzinho 40,00 Fonte: Secretarias municipais de turismo, 2010 Vários destinos tem web site próprio e é possível conseguir informações sobre os produtos turísticos neste canal. As agências de turismo que comercializam a região estão bem localizadas nas ferramentas de busca e é possível acessar pacotes e ofertas para fins de semana e feriados com relativa facilidade na web. Segundo pesquisas de marketing por destino 7, desenvolvida pelo Governo do Estado de Goiás, a cidade de Pirenópolis possui maior procura oriunda das cidades do Estado de Goiás e do Distrito Federal. Dados da mesma pesquisa indicam que a falta de demanda, pouca utilização dos demais canais de distribuição e falta de divulgação aparecem entre os principais motivos para não comercialização do destino pelas principais operadoras. Pela condição regional de seu produto, a informação turística oriunda de parentes e amigos tem forte influência na promoção e comercialização do destino, além de internet jornais e revistas. 7 Estudo de Imagem de Mercado do Destino Pirenópolis 148

149 3.3.5 Necessidade de Capacitação Este item identifica o nível de capacitação da oferta atual e indica a necessidade de promoção de projetos de educação na área. Para o Polo do Ouro, é um item de grande importância, dada a quantidade de trabalhos informais presentes no setor de turismo e a necessidade de capacitação identificada pelas autoridades de turismo da região. Nos levantamentos de informações de campo foi possível obter as seguintes informações sobre o tema da capacitação no Polo: Tabela 26: Situação Atual das Condições de Capacitação no Polo do Ouro Existe alguma instituição de qualificação profissional no município? Existe alguma entidade de fora do município que ofereça cursos de qualificação profissional para o setor? Existe oferta de curso livre de turismo no município de forma regular? Existe oferta de cursos técnicos em turismo no município? Pirenópolis Cidade de Goiás Corumbá Abadiânia Jaraguá Cocalzinho Sim Não Não Não Não Não Sim, sobretudo sistema S Sim Sim, sobretudo sistema S Sim, por universidades estaduais e particulares Não Não Não Não Não Não Não Não Não Sim Não Não Não Não 149

150 Existe oferta de curso de graduação em Turismo no município Existe sede de entidade do Sistema S que ofereça cursos de qualificação no município? Pirenópolis Sim, e são geograficamente acessíveis Cidade de Goiás Sim, e são geograficamente acessíveis Corumbá Abadiânia Jaraguá Cocalzinho Não Não Não Não Não Não Não Não Não Não Fonte: Elaborado pela FGV com questionários e entrevistas em campo, Como se pode observar na análise destas informações, o Polo encontra-se atualmente sem opções de qualificação profissional e empresarial para melhorar os serviços prestados aos turistas que lá chegam. Apenas, esporadicamente, existe a oferta de cursos de qualificação na região, geralmente atrelado a algum projeto de entidade extra-governamental e ainda assim apenas nos municípios de Pirenópolis e Cidade de Goiás. Pirenópolis, por exemplo, possui equipamentos turísticos na informalidade que, por isso, enfrentam dificuldade para se adequar a padrões de qualidade de serviço e atendimento. Em geral, há boa relação entre os serviços e o público consumidor, mas, com o crescimento da demanda e a diversificação dos visitantes, principalmente internacionais, fica evidente a necessidade de capacitação em todos os níveis da indústria turística. Há necessidade de formalização, qualificação de proprietários, gerentes e funcionários dos principais meios de hospedagem e restaurantes. Já existem projetos em execução com organizações de classe e o sistema SEBRAE/SENAC e cursos de graduação em Turismo, em Pirenópolis e Cidade de Goiás. Ainda há, entretanto, necessidade de maior número de treinamento. Na organização setorial de artesanatos e produção associada foi identificada a necessidade de estruturação e capacitação dos envolvidos para organização da produção, tornando assim o 150

151 modelo cooperativo mais forte e melhor representado nos mercados mais expressivos e, principalmente, na adequação dos produtos ao mercado internacional. Há destinos, como Cidade de Goiás, com instituições de qualificação para cursos de Guias de Turismo, Condutores de Turistas, qualificação para profissionais atuantes em bares e restaurantes e hotelaria. Além disto, há evidências de cursos técnicos em turismo e expansão de processos de capacitação no setor, mas ainda de forma incipiente, isolada e sem participação governamental. Por fim, nos municípios de Goiás e Pirenópolis são ofertados cursos superiores em Turismo, e neste último também existe curso de Gastronomia, ofertados pela Universidade Estadual de Goiás UEG. Em 2012, existem em Pirenópolis 3 turmas de Turismo em andamento e 3 turmas de Gastronomia em andamento. Na Cidade de Goiás, também existem 3 turmas de Turismo em andamento Sistema de Promoção e Comercialização O Plano Estadual de Turismo prevê diversas ações para promoção e comercialização do produto turístico goiano no âmbito regional, nacional e internacional. Essas ações incluem: campanhas institucional dos destinos; desenvolvimento da marca do Polo e identidade dos produtos; criação de uma rede de assessoria de imprensa; criação de um portal para o Polo; oficialização de um calendário de eventos; confecção de material promocional; participação em feiras de turismo; realização de fam tours; entre outras. Todas as ações deverão integrar os destinos do Polo do Ouro e o mais importante, deverão seguir um plano integrado de marketing. Atualmente não existe Plano de Marketing e Comercialização para o Estado de forma integrada. Sendo assim, os esforços de promoção atuais consistem em divulgar todo o Estado de Goiás, com a sua pluralidade e diversidade de destinos e opções de segmentos e atrativos turísticos. A partir dos estudos que começarão a ser realizados pelo IPTUR, espera-se que se inicie a estruturação de uma base de informações que subsidiará a construção das estratégias de promoção para cada polo e para o Estado como um todo. Estas informações deverão analisar os principais mercados a serem alvo de campanhas promocionais e ações de comercialização junto aos operadores turísticos e aos consumidores finais. 151

152 Nos anos de 2009 e 2010 foram realizados diversos convênios com o Ministério do Turismo com o objetivo de realizar a promoção dos diversos destinos do Estado de Goiás. A tabela abaixo apresenta as ações de Promoção financiadas através destes convênios. Tabela 27: Ações de Promoção realizadas pela Goiás Turismo 2009 e 2010 Convênio Valor (R$) Ações Previstas ,00 - Participação na 11ª edição da Adventure Sports Fair; - Participação no 21 FESTIVAL DE TURISMO DE GRAMADO; - Produção e confecção do Projeto Gráfico de Guia Região sendo 8 modelos, Catálogo, Roteiros, Postais, Sacolas, Camisetas, Show Case Goiás; - Produção e realização do evento workshop de turismo de Goiás em São Paulo; e - Produção e realização do evento workshop de turismo de Goiás no Rio de Janeiro ,94 - Realização de FAMTUR em Goiânia; - Participação na 12ª edição da Adventure Sports Fair; - Participação no 22 FESTIVAL DE TURISMO DE GRAMADO; - Participação na 14ª VIRRP 2010; e - Realização de 01 Workshop para promoção e divulgação dos destinos turísticos de Goiás na cidade de Belo Horizonte ,05 - Anúncio - Revista Especializada (mercado Europeu); - Veiculação de vídeo com inserção de 30 segundos por voo durante 30 dias em companhia aérea internacional; - Realização de Famtour com 4 agentes de viagem ingleses e alemães e Press-trips com 7 jornalistas europeus e Americanos; e - Produção de Material promocional para divulgação internacional (pen-drives com informações turísticas, brindes, guias de turismo, folheteria, entre outros). Fonte: Elaborado pela FGV com informações fornecidas pela Goiás Turismo, 2010 Todas estas ações elencadas nos esforços de promoção e comercialização não diferenciam os polos presentes no Estado. Apesar de o material promocional produzido apresentar cada uma das regiões turísticas do Estado, a divulgação nestes canais apresentados ainda é realizada com uma linguagem de comunicação que agrega todo o Estado. Isto significa que não existem ações específicas em mercados específicos visando divulgar especificamente um polo ou região do Estado. Todas as ações promocionais apresentam o Estado de Goiás, não existindo ações isoladas para a promoção do Polo do Ouro em mercados regionais, nacionais ou internacionais. 152

153 3.4 Análise das Infraestruturas Básicas e Serviços Gerais do Polo Para o Estado de Goiás, provisão de infraestrutura é entendida como uma responsabilidade que envolve os três níveis de governo: local, regional e nacional. De acordo com o Plano Estadual de Turismo de Goiás, as ações e planos estratégicos referentes à infraestrutura estão inseridos no Subprograma de Apoio à Infraestrutura. Neste planejamento, as ações são divididas regionalmente e de acordo com a fonte de recursos. Como há uma menor disponibilidade de recursos Estaduais, há a necessidade de priorização de obras sob esta administração financeira, que se dedicam a estruturas de curtos e médios prazos. Os recursos oriundos do Governo Federal, em geral, são destinados a obras de maior amplitude, estruturas que geram resultados a médio e longos prazos. Em avaliação geral, para o turismo, o Polo do Ouro é predominantemente atendido por infraestrutura já utilizando sua capacidade máxima de suporte a demanda e, por conseguinte, encontrando problemas isolados de superutilização em períodos de grande fluxo turístico. É objeto deste trabalho prover o Estado de recursos para o desenvolvimento do turismo e de ampliação da capacidade de carga dos destinos. Segundo o Plano Estadual, entre as deficiências identificadas na região do Polo do Ouro, destacam-se: a má conservação de estradas estaduais e federais, com aumento já projetado de fluxo em médio prazo; sinalização rodoviária e turística inadequada: sistema de coleta e tratamento de esgoto ainda em ampliação, queda ocasional de energia elétrica (em períodos de maior fluxo); e inadequação das estruturas de saúde para períodos de variação abrupta de temperatura (chuvas). O desenvolvimento do turismo no Polo do Ouro requer a existência de uma infraestrutura capaz de atender à população residente e à população flutuante. Nenhum dos destinos é exclusivamente turístico e, dadas as características sociais e históricas de formação dos municípios goianos, justifica-se o investimento em turismo integrado com base no desenvolvimento social, que chega por intermédio desta atividade e de seus desdobramentos em outros negócios. 153

154 3.4.1 Rede de acesso ao Polo Sistemas de Transportes No caso do Polo do Ouro, o conceito de rede de transportes é mais bem aproveitado pelos turistas estrangeiros e residentes em outros Estados que, por força da necessidade geográfica, precisam utilizar diferentes modais de transporte para seu deslocamento até os principais pontos turísticos da região. Ainda assim, não haverá variações entre os dois principais motores do turismo brasileiro: os transportes aeroviários e rodoviários. O acesso aos destinos do Polo se dá prioritariamente por rodovias. Pirenópolis possui pista de pouso aeródromo, com capacidade para pequenos aviões, não atendendo a grande fluxo de passageiros ou vôos comerciais. A portaria da ANAC Nº 969/SAI, de 17 de maio de 2011, inscreve o Aeródromo Público de Pirenópolis no cadastro oficial de aeródromos abrindo-o ao tráfego aéreo Sistema de Transportes Aéreo Dois aeroportos servem à região do Polo do Ouro. O Aeroporto Internacional de Goiânia e o Aeroporto Internacional de Brasília. A variação média de tempo para acesso aos aeroportos é de 60 a 180 minutos, dependendo do destino turístico. Porém, o aeroporto de Brasília é o mais utilizado pelos turistas internacionais para chegar à região, dada sua maior capilaridade de malha aérea. O aeroporto de Goiânia possui pista de pouso, atualmente, com 2.200m por 45m, podendo operar com aeronaves de médio porte tipo B-737, Airbus 320, B-707 e, eventualmente, B-767. Há planejamento para aumento da capacidade da pista para pouso de aviões maiores. A construção do novo aeroporto está com as obras suspensas pela INFRAERO por determinação do Tribunal de Contas da União. 154

155 Tabela 28: Movimento de passageiros no Aeroporto Internacional de Goiânia (em milhões de passageiros) Movimento de passageiros (doméstico e internacional) Fonte: Infraero Dados da Infraero indicam que Aeroporto Internacional de Brasília Juscelino Kubitscheck, é o terceiro em movimentação de aeronaves e o quarto em movimentação de passageiros do Brasil. Por sua localização estratégica, é considerado hub da aviação civil, ou seja, ponto de conexão para destinos em todo o País. Com isso, a movimentação de pousos e decolagens é bastante intensa. Para atender a esta demanda, em dezembro de 2005 foi entregue a segunda pista de pousos e decolagens que ampliou a capacidade operacional do aeroporto para 555 mil pousos e decolagens por ano. Tabela 29: Movimento de passageiros no Aeroporto Internacional de Brasília (em milhões de passageiros) Movimento de passageiros (doméstico e internacional) Fonte: Infraero Por fim, a estrutura de acesso aéreo ao Polo do Ouro está em condições para atender aos turistas por meio dos aeroportos de Brasília e Goiâna. Há necessidade urgente de investimentos, principalmente no aeroporto de Goiânia, que não oferece conforto e não tem uma boa distribuição de conexões nacionais e internacionais, há necessidade de investimento na intermodalidade. A construção de rodoviárias ou pontos especiais de transferência para o modal rodoviário nos aeroportos poderá beneficiar os turistas independentes em viagem ao Polo. Como apresentado 155

156 nas tabelas anteriores, os aeroportos têm tido aumento frequente de passageiros nos últimos cinco anos e há necessidade de planejar para evitar superlotação e prejuízo do turismo. Apesar da proximidade destes dois grandes aeroportos, percebe-se que a limitação de acesso aéreo é um dos fatores limitantes de demanda. Porém, a rede de acesso rodoviária ao Polo ameniza em parte esse problema, conforme apresentado em seguida Sistema Rodoviário de Transportes O Polo do Ouro tem acesso rodoviário facilitado pelo eixo da BR-070 e tem localização privilegiada entre Goiânia e Brasília. Porém seu acesso ainda não é totalmente duplicado e a sinalização, apesar de existente, não é eficiente do ponto de vista turístico. As principais rodovias na malha viária deste Polo são apresentadas no mapa da Figura 20. Já as condições, mais atualizadas, das principais rodovias estaduais e federais que atravessam os municípios do Polo são apresentadas na tabela 30. Mesmo operando com alto tráfego, a BR-070, principal rodovia do Polo, ainda suporta o fluxo de turistas, mas há necessidade de melhorar os acessos às cidades e a distribuição viária, por meio de sinalização, dentro das mesmas, facilitando o acesso ao produto turístico e proporcionando circulação apropriada dentro da região. Tabela 30: Principais Rodovias e Condições de Pavimentação do Polo Município Rodovia Condição Abadiânia BR Pista dupla no trecho Anápolis / Abadiânia / Alexânia GO Pista simples Cocalzinho de Goiás BR Pista Simples BR Pista Simples Corumbá de Goiás BR Pista Simples GO Pista Simples Cidade de Goiás GO Pista Simples GO -164 Pista Simples Jaraguá BR Pista Simples GO Pista Simples GO Pista Simples Pirenópolis GO 431 Pista Simples GO 225 Pista Simples GO Pista Simples Fonte: Agência Goiana de Transportes e Obras - AGETOP,

157 Sobre a manutenção das estradas, atualmente, há projetos para pavimentação e duplicação de rodovia apresentados na tabela 31. Tabela 31: Projetos de Melhoria nas Rodovias do Polo Município Rodovia Serviço/Obra Cocalzinho de Goiás BR 070 (Trecho Cocalzinho / Obras de pavimentação em BR 153- Jaraguá) andamento. Responsabilidade: DNIT Projeto de duplicação da rodovia em fase de licitação Cidade de Goiás GO 070 (trecho Inhumas / Goiás) Jaraguá BR Obras de pavimentação em andamento. Responsabilidade: DNIT Pirenópolis GO 431 (ligação com Caxambú) Fonte : Agência Goiana de Transportes e Obras - AGETOP, 2010 Obras de pavimentação em andamento 157

158 Figura 20: Mapa com as Principais Rodovias do Estado de Goiás Fonte: Plano de Desenvolvimento de Transportes do Estado de Goiás A BR-070 é, em quase toda sua extensão, pavimentada, com trecho duplicado dentro do Distrito Federal e de mão única. Apesar de boas condições gerais, carece de recuperações de asfalto, principalmente nas proximidades de Cocalzinho. Segundo o Banco de Informações e Mapas do 158

159 Ministério dos Transportes, há trechos em ampliação já planejados e trecho com obras em execução, principalmente para recuperação do asfalto. Esta rodovia é de grande importância para o acesso ao Polo do Ouro e está listada entre as prioridades de infraestrutura para a região. De acordo com informações do Ministério do Turismo e do Ministério dos Transportes, a sinalização da BR-070 apresenta variações em seu curso no Estado de Goiás. Na saída de Brasília, apresenta-se bem sinalizada e segue com informação técnica até Pirenópolis, onde recebe poucas indicações turísticas. Nos trechos seguintes, há menor incidência de sinalização turística, mas razoável identificação para as principais conexões da estrada. Na chegada à Cidade de Goiás, há carência de sinalização para os principais pontos de lazer. As BRs 414 e 153 estão em boas condições de conservação, mas há maior destaque para a BR- 153, que possui trechos duplicados e com boa sinalização na chegada a Goiânia (ao sul do Polo do Ouro). Ainda assim, na região do Ouro, a estrada possui boa sinalização e tem canteiros bem conservados. Há ocupação territorial à beira da estrada em pontos isolados, principalmente nas chegadas às cidades, mas, em geral, apresenta fluidez de tráfego. As rodovias Estaduais GO-338 e GO-225, também dão acesso aos destinos do Polo, se buscadas rotas alternativas e, assim como as rodovias federais, apresentam trechos duplicados, mas prevalecem os de pista simples. Segundo a Agência Goiana de Transportes e Obras - AGETOP, as pistas apresentam remendos esparsos e pavimento irregular, laterais roçadas e elementos de drenagem limpos e pintados. As faixas de sinalização estão em condições precárias, principalmente no trecho do 22 km, entre Corumbá de Goiás e Pirenópolis. A Cidade de Goiás tem fluxo oriundo de Goiânia maior que as demais cidades do Polo do Ouro. Segundo a AGETOP, a rodovia GO-070 (futura conexão direta entre as duas cidades citadas) vem sofrendo melhorias e duplicação, que já atendeu à cidade de Inhumas (metade do caminho entre a nova e antiga capital do Estado). Porém, ainda há trecho a ser construído e asfaltado, para conectar a estrada diretamente à Cidade de Goiás. Corumbá de Goiás possui acesso viário bem sinalizado, mas não existe sinalização turística. O município beneficia-se do acesso pela radial BR- 414, que corta o município é facilitado pelas BRs 070 e 153, mantidas pelo Governo Federal, fazendo com que a gestão Municipal ou Estadual tenha oportunidade de direcionar futuros investimentos de acessos aos pontos turísticos. 159

160 Abadiânia, estando localizada às margens da BR-060, possui acesso facilitado pela sinalização viária, mas não possui sinalização turística. Além da BR-060, o município beneficia-se também pela BR-070, mantidas pelo Governo Federal, fazendo com que a gestão Municipal ou Estadual tenha oportunidade de direcionar futuros investimentos para acessos aos pontos turísticos. Os visitantes que chegam ao município de ônibus são obrigados a desembarcar ou embarcar em pontos localizados na rodovia que atende ao município. Além de pouco sinalizado, o acesso aos pontos turísticos não é 100% asfaltado nas vias que cortam o destino turístico, havendo a necessidade de priorização e planejamento para verificar a necessidade de pavimentação de acesso. Cocalzinho de Goiás possui acesso sinalizado para quem chega pela principal rodovia de acesso, mas não há sinalização turística que oriente os visitantes. Beneficia-se do acesso pelas rodovias federais BR-414 e BR-070. A rodoviária é atendida por linhas diretas que interligam o Polo Industrial de Anápolis ao município, operadas por empresas de ônibus regulares que oferecem conexões com Brasília, Goiânia e cidades vizinhas, além de ligações alternativas de linhas intermunicipais que atravessam o município. Além de pouco sinalizado, o acesso aos pontos turísticos não é 100% asfaltado, havendo a necessidade de priorização e planejamento de pavimentação de acesso. Jaraguá é a cidade mais populosa do Polo do Ouro, mas carece de infraestrutura de sinalização para acesso aos seus pontos turísticos principais. Dados da Secretaria de Transporte indicam que há oito empresas de ônibus operando em sua rodoviária e que há partidas regulares para todas as cidades do Polo do Ouro. Como já relatado em exemplos anteriores, também em Jaraguá, há sinalização turística viária, mas está em condições precárias, limitando-se a informações de acessos aos destinos e não possuindo, portanto, sinalização descritiva nos atrativos. Ainda dentro do tema, há necessidade de investimento nos terminais rodoviários de embarque e desembarque de ônibus nos destinos turísticos. Além da precariedade de infraestrutura, há necessidade de planejamento e reestruturação de todo o sistema de transporte rodoviário (ônibus de passageiros), para adequação de horários e legalização do uso deste modal para o turismo, dificultando o deslocamento dos turistas ao Polo. Como atualmente o principal mercado consumidor deste Polo é o próprio residente no Estado de GO e os turistas que partem do DF, que se deslocam, em sua maior parte, em veículo particular, 160

161 as rodovias cumprem bem seu papel de ligação do Polo com estes principais mercados, porém com muita carência de manutenção. Pensando na ampliação do fluxo de turistas será necessário realizar investimentos na melhoria destas rodovias Sistema de Abastecimento de Água No Polo do Ouro, os municípios atendidos pela Empresa de Saneamento de Goiás - SANEAGO são Pirenópolis, Cidade de Goiás, Jaraguá e Cocalzinho. Nestas localidades, há tratamento de água do tipo convencional com um sistema de abastecimento público que conduz água potável até os domicílios e áreas comerciais. Os dados sobre este sistema de abastecimento nestes municípios é apresentado na Tabela 32, que ainda não atende a 100% das populações urbanas. Tabela 32: Abastecimento de Água nos Municípios do Polo Fonte: SANEAGO junho 2010 De acordo com o Relatório Anual da Qualidade da Água Distribuída, emitido pela SANEAGO, em 2008, na cidade de Goiás, os mananciais Córrego do Bacalhau, Poço Goiás (Conjunto Felicíssimo), Córrego Pedro Ludovico e Poço Goiás (Vila Iracy) apresentavam boa qualidade de água para ser tratada para consumo humano. Os municípios que compõem o Polo do Ouro estão situados sob a Bacia Hidrográfica do Rio Araguaia. Nesta bacia, foram identificadas práticas agropecuárias e de desmatamento que podem ocasionar a poluição e a degradação dos mananciais do Córrego do Bacalhau e Pedro Ludovico. Já no Conjunto Felicíssimo e Vila Iracy, foram identificados efluentes sem tratamento que podem ocasionar a poluição e degradação do poço tubular profundo. Quanto à existência de estações de tratamento de água no Polo do Ouro, de acordo com dados da SANEAGO, os municípios de Pirenópolis, Cidade de Goiás e Jaraguá possuem estações com este fim. Também de acordo com dados da SANEAGO, os municípios de Pirenópolis, Jaraguá e 161

162 Cocalzinho tiveram concluídos, entre os anos de 2005 e 2007, projetos de ampliação de sistemas de tratamento de água. Os municípios de Abadiânia e Corumbá de Goiás são atendidos, respectivamente, no que tange à prestação de serviços de saneamento básico, pela FUNASA (Fundação Nacional de Saúde) e pela SAAE (Sistema de Abastecimento de Água e Esgoto) de âmbito municipal e por esse motivo não aparecem na tabela acima. O município de Abadiânia possui, de acordo com representantes do Governo Municipal, boa qualidade de água para consumo e fornecimento contínuo para a população. De acordo com dados do IBGE (2000), 60,2% dos domicílios do município são atendidos com rede geral canalizada. A Prefeitura de Abadiânia alega que o percentual da população atendida por este sistema chegou a 92% na área urbana em 2008, e que o índice de estabelecimentos de serviços, comércio e meios de hospedagem interligados a esta rede chegou a 38% no mesmo ano estimativa municipal da cobertura da área urbana em que se concentram estes serviços. Existe uma estação de tratamento de água que atende ao destino, sob a qual há uma política de monitoramento da qualidade do produto ofertado, que determina as condições de potabilidade. Já a Prefeitura de Corumbá de Goiás não possui nenhum tipo de dado a respeito do abastecimento de água do município, também não foi possivel levantar informações junto à SAAE para detalhamento das condições do sistema de abastecimento de água em Corumbá. Em nenhum dos municípios foram registradas deficiências de abastecimento nos estabelecimentos comerciais e turísticos, da mesma forma, não foram identificados problemas no abastecimento de água que possam ser empecilhos ao aumento do fluxo de turistas no Polo Sistema de Esgotamento Sanitário Dados da Saneago indicam que 36,9% da população urbana do Estado é atendida através de sistemas de coleta de esgoto (dados consolidados 2008), sendo 29,9% o índice de população atendida com tratamento de esgoto. Neste ano, a extensão de rede coletora atingiu m e o número de estações de tratamento (ETEs) em operação totalizou ver: site Saneago

163 A SANEAGO desenvolve iniciativas sobre a qualidade dos processos de coleta e tratamento de esgotos e seus impactos socioambientais, como exemplificado a seguir 9 : Programa de Educação Socioambiental: Este programa contempla palestras nas escolas sobre a conservação da água, o uso correto das redes coletoras de esgotos sanitários, o acondicionamento adequado dos resíduos sólidos e a preservação das matas e florestas ou sua recuperação através de revegetação, além de orientações na elaboração e implantação de projetos sociais que venham beneficiar a comunidade. No Polo do Ouro, somente na Cidade de Goiás, o programa já foi elaborado e apresentado às autoridades locais. Os municípios do Polo do Ouro, apesar de seu potencial turístico, não possuem infraestrutura adequada de esgotamento sanitário. Diante deste cenário, é possível constatar a necessidade de investimentos na implantação de SES (Sistema de Esgotamento Sanitário), em toda área urbana, para melhorar a qualidade de vida da população residente. Nos municípios do Polo do Ouro cobertos pela SANEAGO, apenas a Cidade de Goiás possui 28% de sua população atendida por um sistema público de coleta de esgoto, conforme apresentado na tabela 33. Tabela 33: Esgotamento Sanitário na Cidade de Goiás Fonte: SANEAGO 2010 Tanto o município de Goiás, quanto os municípios de Jaraguá e Pirenópolis, apresentam investimentos previstos em projetos de Esgotamento Sanitário para os próximos anos. No município de Cocalzinho de Goiás não existem investimentos previstos em projetos desse tipo. 9 ver: site Saneago

164 Em Pirenópolis, o processo de instalação da rede de coleta de esgoto doméstico, coordenado pela Saneago, está em andamento. O fato de a cidade possuir diversos atrativos tombados pela União (IPHAN) torna o processo de execução de obras ainda mais lento, porém, ainda mais necessário. É de fundamental importância resolver o problema da falta de coleta e tratamento de esgoto em Pirenópolis por se tratar do principal destino do Polo e também por ter como principal apelo o turismo cultural, que se realiza em área urbana e estimula o aglomerado de pessoas em pequenos espaços geográficos. Já a cidade de Corumbá de Goiás (gestão SAAE municipal) está entre os municípios de Goiás que foram contemplados a partir de 2010 com recursos do Plano de Aceleração do Crescimento (PAC) do Governo Federal. No município de Abadiânia (gestão da FUNASA), houve projetos de ampliação da rede coletora de esgoto, mas não há previsão para novos investimentos em projetos de ampliação na área a curto prazo. De acordo com dados fornecidos pela Prefeitura, responsável pelo acompanhamento das atividades da FUNASA, a rede coletora existente adota a configuração de separador absoluto (há fluxo independente de esgoto e de águas pluviais). Ainda de acordo com dados fornecidos pela gestão municipal, o índice de estabelecimentos de serviços, comércio e meios de hospedagem interligados a esta rede chegou a 38% da área turística. Existe uma estação de tratamento de esgoto que atende ao destino, com percentual de 84% de esgoto tratado, segundo a Gestão Municipal. Apesar de, na cidade de Corumbá de Goiás, a rede coletora de esgoto ser de responsabilidade da Prefeitura, segundo consta no próprio Plano Diretor Municipal, não há dados conclusivos sobre a abrangência da cobertura desta rede. Dados do IBGE (2000) demonstram que existem menos de 5% dos domicílios ligados à rede geral de esgotamento sanitário. A precariedade da infraestrutura de sistemas de esgotamento sanitário para o Polo já constitui fator de risco para o meio ambiente, conforme avaliação de representantes de governos locais, durante as oficinas realizadas para construção do PDITS. Da mesma forma, a constante presença de pontos com esgoto a céu aberto e áreas desassistidas pela coleta de esgotamento, têm prejudicado o desenvolvimento da atividade turística, sobretudo nos períodos chuvosos. É preciso investir neste setor para sanar esses problemas com urgência. 164

165 3.4.4 Sistema de Limpeza Urbana e Disposição de Resíduos Sólidos As cidades do Polo do Ouro têm modelo diferenciado de tratamento do lixo. Em geral, a maior parte da população é atendida pela coleta e há local específico para o despejo dos resíduos. A Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos SEMARH desenvolve trabalho de conscientização junto aos municípios turísticos para melhor adequação das condições de tratamento e armazenamento dos resíduos. Recentemente, o Órgão Estadual realizou um levantamento preliminar das condições dos espaços de destinação de lixo doméstico gerado em área urbana e rural em todas as regiões administrativas do Estado e constatou que menos de 2% dos municípios possuem como ambiente de alocação dos resíduos sólidos espaços na categoria aterro sanitário. Há preocupação maior nos períodos de alta temporada, quando se percebe o despreparo dos destinos para recolher o lixo e executar a limpeza urbana em menor intervalo de tempo. Estes problemas já estão em análise e vêm experimentando interferência em atividades de cooperação entre governos federal, estadual e municipal por intermédio do Ministério da Integração Nacional por meio do programa Região Integrada de Desenvolvimento do Distrito Federal e Entorno (Ride). Há necessidade, portanto, de avançar nas atividades de destino dos resíduos e destruição dos mesmos. As Secretarias de Meio Ambiente dos municípios de Pirenópolis, Cocalzinho, Corumbá e Abadiânia estão nas etapas finais da implementação de um consórcio intermunicipal, em parceria com a Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (SEMARH) e como parte da Região Integrada de Desenvolvimento do Distrito Federal e Entorno (RIDE), da Secretaria de Desenvolvimento do Centro-Oeste. A Lei Nº /200 tornou obrigatória a elaboração da Política e do Plano de Saneamento Básico para a RIDE. Os municípios terão até dezembro de 2014 para elaborar o Plano, que inclui quatro eixos: abastecimento de água, esgotamento sanitário, drenagem e aterro sanitário. Os dados mais recentes sobre a produção de lixo urbano, bem como as características de sistema de limpeza urbana e destinação de resíduos sólidos são apresentadas nas tabelas 34 e 35. Na limpeza pública, cabe ressaltar, nos municípios, o processo de conscientização da população 165

166 liderado pela Comissão de Limpeza Pública Municipal, principalmente para os períodos de alta temporada. Tabela 34: Produção de Lixo Urbano e Sistema de Depósito Existente Município Produção de lixo urbano (toneladas / dia) Sistema de depósito Abadiânia 8 Lixão Cocalzinho de Goiás 10 Lixão Corumbá de Goiás 6,5 Aterro Controlado Cidade de Goiás 12 Lixão Jaraguá 20 Aterro controlado Pirenópolis 15 Aterro controlado Fonte: SEMARH Estudo desenvolvido de agosto 2008 a abril 2009 Tabela 35: Sistema de Limpeza Urbana e Gestão de Resíduos Sólidos nos Municípios do Polo Há coleta regular de lixo? Há coleta seletiva de resíduos? Há serviço público de varrição e manutenção de meio fios? Há icineração de resíduos? Há usina de compostagem de lixo? Abadiânia Sim Não Sim Não Não Cocalzinho Sim Não Sim Não Não de Goiás Corumbá Sim Não Sim Não Não de Goiás Cidade de Sim Não Sim Não Não Goiás Jaraguá Sim Não Sim Não Não Pirenópolis Sim Não Sim Não Não Fonte: Elaborado por FGV pesquisa de campo junto aos municípios Portanto, é necessário se investir no sistema de coleta e destinação de resíduos sólidos para melhor receber o turista e manter a limpeza local. O sistema atual já não atende à demanda da população residente e já apresenta sinais de estrangulamento nos momentos de maior fluxo de turistas. Um potencial aumento deste fluxo agravará ainda mais a situação. 166

167 3.4.5 Rede de Drenagem Pluvial O sistema da drenagem faz parte do conjunto de melhoramentos públicos existentes em uma área urbana. A sua função é captar e dispor racionalmente o escoamento superficial gerado pelas chuvas, protegendo a infraestrutura existente. Quando esta função, é menosprezada pelas administrações municipais, é comum as cidades apresentarem problemas de inundação, danificando pavimentos e outras obras de infraestrutura. Nessa situação, as águas pluviais podem entrar nas tubulações de águas servidas, colapsando todo o sistema. Isto ocorre porque o escoamento superficial sempre ocorrerá, exista ou não sistema de drenagem, pois o fluxo busca as partes baixas das cidades. Em todas as cidades do Polo, há ocorrências isoladas de inundações, com possibilidades de consequências para a saúde pública e danos materiais à estrutura urbana e turística. A rede de drenagem pluvial não atende todas as áreas urbanas e há danos à atividade turística. Há necessidade de investimento na adequação dos critérios de escoamento de águas. Os municípios têm propostas isoladas de soluções de escoamento, mas há carência de planejamento que atenda ao Polo continuamente. No caso de Pirenópolis e Cidade de Goiás, este problema é ainda mais sério em função de ser o sítio histórico o principal atrativo dos municípios. Em ambos os casos, o Centro Histórico Urbano tem problemas sérios de drenagem pluvial, inclusive pela falta de sistema de esgotamento e rede coletora de águas pluviais com destinação e tratamento adequado. A experiência do turista pode ser prejudicada em função destes alagamentos, inclusive por não conseguir se deslocar pelo município e pelos atrativos Transporte Urbano Um destino turístico se caracteriza por seus equipamentos e pela facilidade de acesso aos mesmos. O transporte urbano, apesar de originalmente projetado para atender à população local, é de grande utilidade para os turistas independentes e é indicador de desenvolvimento da infraestrutura da cidade. Em Pirenópolis, Cidade de Goiás, Corumbá e Jaraguá, há linha regular de ônibus, porém não há a circulação de ônibus urbanos nos principais atrativos turísticos, em especial nos atrativos naturais. 167

168 O acesso deve ser feito por carro ou veículo fretado, mas é evidente a baixa oferta de opções de estacionamento no entorno das áreas turísticas. Representantes da iniciativa privada e da gestão local alegam que, nos períodos de maior circulação de turistas (fins de semana e feriados), o fluxo maior de carros no centro histórico agrava o problema de insuficiência de vagas de estacionamento. Como os principais monumentos históricos Casas de Cultura, Igrejas e Praças) estão localizados em Centro Histórico, o acesso dos turistas também pode ser feito a pé. Este componente, inclusive, é explorado como parte integrante do produto turístico cultural. Em Abadiânia e Cocalzinho não há linha regular de ônibus e não há conexões para os principais atrativos turísticos. O acesso deve ser feito por carro ou ônibus fretado e há poucas opções de estacionamento Sistemas de Comunicação Sobre os sistemas de comunicação, os municípios do Polo possuem infraestrutura que atende às necessidades da população e à atual demanda turística. Um ponto de atenção é a inexistência da Rede de Banco 24h nos municípios do Polo, o que constitui uma restrição quanto à prestação de serviços para a atividade turística, dado que este serviço concentra diversas bandeiras de bancos nacionais para operações de saque em espécie e pagamentos, com cartões de crédito e débito. As características dos sistemas de comunicação serão descritas nos próximos parágrafos. Todos os municípios possuem acesso a TV aberta, de grande amplitude no Estado e com boa cobertura urbana ou rural. O sistema de televisão também pode ser acessado por meio de antenas parabólicas, captando sinal aberto dos satélites. A TV paga pode ser acessada via cabo ou via satélite, e está disponível para todos os municípios do Polo. Não há restrições para acesso a programação por rádio. No que diz respeito a jornais e revistas, há disponibilidade de acesso a periódicos regionais, estaduais e nacionais em todos os municípios. Geralmente há pouco acesso à literatura em língua estrangeira. Nas cidades componentes do Polo, há operação regular de telefonia cabeada e celular com cobertura em 100% da área urbana. A maioria das operadoras de telefonia celular possui acordos de operação digital nos centros urbanos. Quanto à existência de telefones públicos, a tabela abaixo apresenta a quantidade de telefones por município do Polo. 168

169 Tabela 36: Número de Telefones Públicos no Polo do Ouro N. de telefones públicos Fonte: Site Anatel, 2010 Pirenópolis Cidade de Corumbá Abadiânia Jaraguá Cocalzinho Goiás O uso da internet é disponibilizado em banda larga e via rede discada, com possibilidade de acessos em lan houses e, em poucos casos, em hotéis. Nos CATs não é disseminada a prática de uso gratuito de internet para pesquisa de atrativos turísticos. Quanto à presença de agências dos Correios, a tabela abaixo apresenta a quantidade por município do Polo. Tabela 37: Número de Agências de Correio no Polo do Ouro N. de agências dos Correios Fonte: Site Correios, Pirenópolis Cidade de Corumbá Abadiânia Jaraguá Cocalzinho Goiás Não foram registrados problemas no sistema de comunicação que possam ser impeditivos do aumento de demanda turística no Polo Sistemas de Cobertura de Iluminação Pública A Companhia de Energia de Goiás CELG é a responsável pela gestão do fornecimento elétrico e mantém relação direta com as prefeituras locais para adequação e avaliação nas necessidades de ampliação do sistema. Nos últimos anos houve pouco investimento em energia elétrica na região. Para o período de 2011 a 2014, de acordo com informações fornecidas pela CELG, é previsto um investimento de, aproximadamente, R$ 53 milhões no sistema de abastecimento de energia elétrica para os municípios que integram o Polo. Em geral, os municípios do Polo do Ouro possuem boa cobertura em sua área urbana e nos principais pontos turísticos urbanos, mas há deficiência na estabilidade do serviço. Como o Polo 169

170 tem características culturais fortes, a maioria de seus produtos encontra-se dentro da área de cobertura de energia elétrica. O maior problema encontrado não diz respeito à cobertura, mas sim à estabilidade do sistema, que sofre quedas repentinas em momentos de maior utilização ou mediante condições climáticas instáveis, sobretudo no município de Pirenópolis. A instabilidade ainda não compromete a exposição do produto turístico principal cultural, mas já começa a apresentar sinais de estrangulamento, necessitando de investimentos com certa urgência. Também os atrativos naturais - cachoeiras e o Parque Serra dos Pirineus que se encontram em distritos de área rural são igualmente atendidos por abastecimento de energia elétrica (conforme tabela 38). O fornecimento atende a grande maioria da população e áreas de interesse turístico, conforme apresentado na tabela 38. Na tabela 39, há o detalhamento deste fornecimento por classe de consumidor, com destaque para o abastecimento residencial e rural. Há fornecimento contínuo e ininterrupto na rede utilizada, fora dos períodos de alta temporada. Em épocas de maior fluxo de turistas, a demanda torna-se maior do que a capacidade instalada, o que gera a necessidade de instalação de geradores em meios de hospedagem de maior porte e utilização de fornecimento especial para eventos. Esta maior incidência de fluxo de visitantes contribui para maior consumo e baixa performance de um dos indicadores de estabilidade, o FEC (Frequência Equivalente de Interrupção por Unidade Consumidora), em especial na Cidade de Goiás e nas regiões urbanas de Jaraguá e Pirenópolis. Em todas estas regiões, o desempenho está aquém das metas estabelecidas, neste indicador, pela CELG. Tabela 38: Taxa de Atendimento de Eletricidade Urbana e Rural Polo do Ouro Estado Município Índice de Atendimento TOTAL (%) Índice de Atendimento Urbano (%) Índice de Atendimento Rural (%) GO Abadiânia 98,03 98,49 96,51 Cocalzinho de GO Goiás 97,93 98,27 96,90 Corumbá de GO Goiás 93,58 94,00 92,73 Cidade de GO Goiás 95,85 96,02 95,05 GO Jaraguá 96,71 96,96 95,06 170

171 Estado Município Índice de Atendimento TOTAL (%) Índice de Atendimento Urbano (%) Índice de Atendimento Rural (%) GO Pirenópolis 98,10 98,40 97,01 Fonte: ANEEL; IBGE; CELG-DC-SCE (2008) Quanto ao número de consumidores de energia existentes no Polo: Tabela 39: Número de Consumidores de Energia no Polo do Ouro Fonte: CELG, Serviços de Saúde O Estado de Goiás possui a maior relação de leitos para cada habitantes da região Centro - Oeste. Os dados apresentados nesta análise permitem medir a cobertura hospitalar e o atendimento à saúde para os munícipes sistema este compartilhado com o turista e população itinerante quando necessário. A Tabela a seguir apresenta o número de leitos hospitalares para cada habitantes, ao final do ano de 2005, segundo os Estados da região Centro - Oeste. Tabela 40: Leitos por hab. Estado de Goiás Tabela: Número de Leitos para habitantes por Unidade de Federação UF Região Centro-Oeste Número de Leitos para habitantes População Residente Centro -Oeste 2, Mato Grosso do Sul 2,

172 Mato Grosso 2, Goiás 2, Distrito Federal 2, Fonte: Dados IBGE, 2005 Quando avaliada a evolução do número de estabelecimentos de saúde no período , no Brasil e em Grandes Regiões, o Centro - Oeste foi a região brasileira que apresentou maior taxa de crescimento de número de estabelecimentos de saúde (82,56%) quando comparado à taxa de crescimento Brasil (37,18%), mesmo ocupando a 4º posição, no ano de 2005, entre as grandes regiões brasileiras, quando analisado o volume absoluto de estabelecimentos. No Polo do Ouro, conforme dados do Cadastro Nacional dos Estabelecimentos de Sáude - CNES, Tabela 41, destaca-se a ausência de leitos hospitalares em Abadiânia, caracterizada pela existência de estruturas de atendimento de serviços básicos como Postos e Centros de Saúde. Tabela 41: Número de Estabelecimentos de Saúde e Leitos Hospitalares no Polo do Ouro Município No. de Estabelecimentos No. de Leitos Hospitalares Abadiânia 17 0 Cocalzinho de Goiás 9 35 Corumbá de Goiás 7 29 Cidade de Goiás Jaraguá Pirenópolis Fonte: CNES, 2012 Avaliando-se os tipos de Estabelecimentos de Saúde existentes no Polo e os serviços médicos oferecidos (tabela 42), destaca-se a Cidade de Goiás pela combinação das variáveis quantidade de estabelecimentos e diversidade de serviços prestados, uma vez que apresenta o maior número de tipo de serviços, dentre os municípios do Polo. Tabela 42: Tipos de Estabelecimentos de Saúde no Polo do Ouro Abadiânia Cocalzinho de Goiás Corumbá de Goiás Cidade de Goiás Jaraguá Posto de Saúde Centro de Saúde / Unidade Básica Hospital Geral Pronto Socorro Geral 1 Consultório Isolado Pirenópolis 172

173 Clinica Especializada / Ambulatório de Especialização Abadiânia Cocalzinho de Goiás Corumbá de Goiás Cidade de Goiás Centro de Atenção Psicossocial 1 Central de Regulação de Serviços de Saúde 1 Unidade Móvel Pré- Hospitalar Urgência / Emergência Jaraguá Unidade Mista 1 Unidade de Diagnose e Terapia Unidade de Vigilância em Saúde Fonte: CNES, Pirenópolis 173

174 Tabela 43 - Serviços de Saúde no Polo Abadiânia Cocalzinho Corumbá de Cidade de Jaraguá Pirenópolis de Goiás de Goiás Goiás Goiás Estratégia de Saúde da Família x x x x x x Regulação Assistencial dos Serviços de Saúde x x Estratégia Agentes Comunitários da Saúde x Serviço de Apoio à família x Serviço de Diagnóstico por Anatomia Patológica x x Serviço de Atenção ao Paciente com Tuberculose x x x x x x Serviço de Controle de Tabagismo x Serviço de Atenção PsicosSocial x Serviço de Atenção ao pre Natal parto e Nascimento x x x x x x Serviço de Atenção à Saúde Auditiva x Serviço de Atenção à Saúde Reprodutiva x x x Diagnóstico por Imagem x x x x x x Fisioterapia x x x x Diagnóstico por Métodos Gráficodinâmicos x x x x x x Hemoterapia x x x Triagem NeoNatal x Urgências x x x Vigilância em Saúde x x x x x x Serviço de Reabilitação x Serviço de Endoscopia x x Serviço de Oftalmologia x Central SAMU 192 x Posto de Coleta de Materiais Biológicos x x x Diagnóstico por Laboratório Clínico x x x x x x Fonte: CNES

175 Em todos os municípios do Polo, as estruturas de atendimento de saúde concentram-se nas sedes administrativas ou próximas às áreas de concentração de empreendimentos turísticos (restaurantes, meios de hospedagem e serviços em geral). Entretanto, como se pratica Turismo de Aventura e Ecoturismo em alguns atrativos destes municípios, como nos Parques Serra dos Pirineus e Jaraguá, na Serra Dourada e em cachoeiras, o eventual aumento não monitorado da atividade turística, nestes municípios, demandaria planejamento da gestão pública local e estadual para a oferta de suporte técnico adequado ao cidadão e ao turista Serviços de Segurança Ao tratar sobre políticas municipais para segurança pública no Brasil, ainda existe carência de indicadores que permitam estabelecer padrões e comparações sobre prevenção de criminalidade e eficiência sobre a gestão de serviços de segurança pública. Da mesma forma, há esta carência quando se trata do estabelecimento de causas (como deficiência educacional, níveis de pobreza da população e desemprego) para índices de criminalidade, bem como seu impacto sobre outros aspectos da gestão municipal como a gestão do sistema de saúde. Para o desenvolvimento de turismo, é imprescindível para o turista doméstico e internacional uma boa política de gestão de segurança, preferencialmente com aparato especializado para seu atendimento. Neste tópico, avaliou-se a existência e suficiência de grupamentos de polícias civil e militar, além de Corpo de Bombeiros, nos municípios integrantes do Polo. As informações foram obtidas junto a estas entidades. Tabela 44: Polícia Civil no Polo do Ouro Abadiânia de Cocalzinho Corumbá de Cidade de Jaraguá Pirenópolis Goiás de Goiás Goiás Goiás (*) Efetivo N. de Viaturas Estutura Física Fonte: Secretaria de Segurança Pública do Estado de Goiás 2010 (*) A Cidade de Goiás possui uma Delegacia Regional de Polícia; uma Delegacia de Polícia Municipal e um Grupo Especial de Repressão a Narcóticos. 175

176 Tabela 45: Polícia Militar no Polo do Ouro Abadiânia de Goiás Cocalzinho de Goiás Corumbá de Goiás Cidade de Goiás Jaraguá Efetivo N. de Viaturas Estutura Física Fonte: Secretaria de Segurança Pública do Estado de Goiás, 2010 Pirenópolis Tabela 46: Corpo de Bombeiros no Polo do Ouro Abadiânia de Cocalzinho Corumbá de Cidade de Jaraguá Pirenópolis Goiás (atendida por Anápolis) de Goiás (atendida por Pirenópolis) Goiás (atendida por Pirenópolis) Goiás Efetivo N. de Viaturas Estrutura Não há. Está Não Há Não há Física previsto um destacamento para Unidade. Fonte: Secretaria de Segurança Pública do Estado de Goiás, 2010 Somente em Pirenópolis a Polícia Militar possui grupamento com treinamento especial para atendimento ao turista. Nos demais municípios que integram o Polo, não existem grupamentos específicos para este fim. Em abril de 2009, a Prefeitura de Pirenópolis assinou convênio com o Ministério da Justiça, tornando-se um dos 12 municípios do país selecionados para o PRONASCI (Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania). A partir da celebração deste convênio, serão planejadas e executadas ações em conjunto com o Ministério da Justiça de forma a articular políticas de segurança com ações sociais, priorizar a prevenção de crimes e buscar atingir as causas da criminalidade. Entre os principais eixos do PRONASCI, destacam-se a valorização dos profissionais de segurança pública, a reestruturação do sistema penitenciário, o combate à corrupção policial e o envolvimento da comunidade na prevenção da violência. 176

177 Outro aparato de segurança fundamental para a operacionalização da atividade turística nos municípios que compõem o Polo do Ouro é a existência de estruturas do Corpo de Bombeiros, presente na região e subordinado à Secretaria da Segurança Pública do Estado. Na cidade de Pirenópolis, a 11ª Companhia Independente de Bombeiro Militar CIBM/Pirenópolis mantém um contingente operacional de 22 homens para atender áreas de risco, entre elas o entorno do Rio das Almas e as cachoeiras do Abade; Bom Sucesso; Meia Lua; do Rosário; Lázaro; Lagoa do Samuel; Rio Corumbá; e Salto do Corumbá. Nos períodos de maior concentração de turistas nos municípios do Polo (principais feriados e períodos de férias) são mantidos dois homens para atendimento a emergências na Lagoa do Samuel, no município de Cocalzinho de Goiás, e no Rio Corumbá e na Cachoeira Salto de Corumbá, em Corumbá de Goiás Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) Tabela 47: IDH dos Municípios que Compõem o Polo do Ouro Município / Estado IDHM, 1991 IDHM, 2000 IDHM- Renda, 1991 IDHM- Renda, 2000 IDHM- Longevida de, 1991 IDHM- Longevida de, 2000 IDHM- Educação, 1991 IDHM- Educação, 2000 Cidade de Goiás 0,652 0,736 0,615 0,655 0,626 0,705 0,714 0,847 Jaraguá 0,636 0,728 0,579 0,653 0,637 0,727 0,691 0,803 Abadiânia 0,652 0,723 0,593 0,628 0,656 0,743 0,706 0,797 Corumbá de Goiás 0,654 0,716 0,578 0,635 0,699 0,73 0,685 0,782 Pirenópolis 0,638 0,713 0,579 0,64 0,663 0,711 0,673 0,789 Cocalzinho de Goiás 0,614 0,704 0,576 0,596 0,632 0,735 0,633 0,78 ESTADO DE GOIÁS 0,7 0,776 0,661 0,718 0,654 0,74 0,741 0,86 Fonte : PNUD /

178 Segundo dados do PNUD, o IDH de Goiás e dos seis municípios que integram o Polo do Ouro estão classificados como tendo médio desenvolvimento, de acordo com tabela acima. Entre 1991 e 2000, houve uma melhora no índice em todos os municípios da área turística analisada. Em 1991, todos os municípios do Polo encontravam-se perto do limite inferior de baixo desenvolvimento humano, com destaque para Cocalzinho de Goiás (0,614). Em 2000, todos os municípios apresentaram índices que os afastaram de tal proximidade. Os avanços ocorridos são consequência, principalmente, do aumento significativo dos indicadores referentes à educação em todos os municípios do Polo. Neste contexto, os municípios da Cidade de Goiás e Cocalzinho de Goiás se destacam com o crescimento do IDH-M Educação, entre os anos de 1991 e Vale ressaltar que no caso de Cocalzinho de Goiás, o crescimento do IDH-M de Educação e do IDH-M de Longevidade contribuíram para a melhora de posicionamento do município. 3.5 Análise do Quadro Institucional do Polo do Ouro A gestão institucional da atividade turística no Estado de Goiás é realizada pela Goiás Turismo, instituição autárquica criada pela lei de 11 de novembro de 1999 sob o nome de AGETUR (Agência Estadual de Turismo). A atual nomenclatura é adotada desde a reforma administrativa do Estado em A Goiás Turismo é uma Autarquia com autonomia administrativa, financeira e patrimonial e encontra-se vinculada à administração direta através da Secretaria de Estado de Indústria e Comércio. De acordo com o regimento interno da Goiás Turismo, a esta Autarquia compete: Executar a política estadual de turismo, compreendendo a identificação, o desenvolvimento e a exploração de potenciais turísticos do Estado, execução de ações relacionadas com o turismo, administração do autódromo internacional, dos aeroportos estaduais localizados em polos turísticos, gestão do contrato de concessão de exploração do Centro de Convenções de Goiânia, captação de recursos, prestação de serviços técnicos relacionados com o turismo, o monitoramento de seus impactos socioeconômicos, ambientais e culturais e a qualificação de profissionais; 178

179 Propiciar o fortalecimento e o crescimento do turismo no Estado de Goiás, visando intensificar sua contribuição para a geração de renda, ampliação do mercado de trabalho, elevação dos padrões do bem - estar social, integração nacional e valorização do patrimônio natural, cultural e técnico - científico; Fomentar o desenvolvimento do turismo no Estado de Goiás e os processos sócio-econômico, cultural e técnico-científico, atraindo-o para os Municípios goianos e sediando, em suas dependências: convenções; feiras; exposições; congressos; seminários; conferências; e outros eventos de caráter local, regional, nacional e internacional, atendendo particularidades setoriais, de acordo com a estrutura e vocação de cada Município; Promover a divulgação de eventos econômicos, culturais, científicos e empresariais, em articulação com as demais autarquias estaduais, visando o desenvolvimento do turismo no Estado de Goiás; Estimular a ampliação dos negócios turísticos para gerar e atrair novos empreendimentos, visando o desenvolvimento sócio-econômico do Estado de Goiás; Contribuir para a qualidade dos serviços turísticos, no âmbito do Estado de Goiás, que devem ser compatíveis com as características de mercado e com os investimentos em turismo; Garantir padrões internacionais de qualidade na prestação de serviços turísticos, atendendo produtivamente às necessidades dos turistas; Participar de planos e programas turísticos coordenados pelo Governo Federal e, ao mesmo tempo, promover e facilitar o intercâmbio com as demais entidades turísticas municipais, estaduais, nacionais e internacionais; Firmar convênios, acordos, contratos, intercâmbios ou parcerias com pessoas físicas ou jurídicas de direito público ou privado, nacionais ou estrangeiras, a fim 179

180 de facilitar e/ou participar de atividades e processos destinados à melhoria, ao aperfeiçoamento e à inovação do setor turístico; Pesquisar fontes de financiamento na esfera do Governo Federal, de organismos internacionais, públicos ou privados, com vistas ao fomento das atividades turísticas do Estado de Goiás; Planejar e desenvolver programas e projetos em articulação com organismos públicos ou privados, com o intuito de desenvolver empreendimentos turísticos no Estado de Goiás. Administrar os aeroportos estaduais localizados em polos turísticos. Para realizar estas atribuições de forma satisfatória, a Goiás Turismo está estruturada conforme o organograma apresentado na sequência. Na estrutura funcional da existem cinco Diretorias, além de toda a estrutura do Gabinete da Presidência, para realizar as funções específicas. Cada diretoria possui uma estrutura própria de gerências para dar suporte técnico e operacional no desempenho de suas funções, totalizando dez gerências ligadas às diretorias e duas gerências ligadas diretamente à presidência. 180

181 Figura 21: Organograma da Goiás Turismo Fonte: Goás Turismo,

182 A Goiás Turismo, vinculada à Secretaria de Estado de Indústria Comércio e Turismo estará envolvida na coordenação e execução do PRODETUR Nacional e contará com os seguintes órgãos na coexecução do Programa: Secretaria do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos SEMARH tem como finalidade atuar conjuntamente com os diversos órgãos na preservação e recuperação do meio ambiente no Estado e administrar a oferta e outorga dos recursos hídricos para diversos fins, os recursos florestais e a biodiversidade visando o desenvolvimento sustentável; Agência Goiana de Esporte e Lazer AGEL atua oferecendo à sociedade acesso a serviços que utilizem o esporte e o lazer como uma ferramenta de profissionalização, inclusão, promoção e integração social; Secretaria Estadual de Cultura SECULT - adota medidas que visem ao levantamento e à preservação, na esfera estadual, do patrimônio imaterial, histórico, artístico e arquitetônico, atuando em estreita colaboração com os municípios. Deve estabelecer critérios e diretrizes para a criação e gestão de fundos destinados aos municípios e vinculados à Secretaria; e apoiar os municípios na construção de produtos turísticos culturais; Companhia Energética de Goiás CELG o objetivo desta instituição é contribuir com soluções e serviços sustentáveis nas áreas de energia, suprindo as deficiências do segmento nos municípios do Polo que apresentam problemas com o abastecimento de energia; Secretaria de Gestão e Planejamento SEGPLAN sua função é Planejar e coordenar o planejamento do Estado e dar apoio ao desenvolvimento municipal, operacionalizando por meio de convênios e contratos firmados com os municípios e também com entidades sem fins lucrativos, projetos de desenvolvimento sustentável. Saneamento de Goiás - SANEAGO a função da empresa é dar suporte nas ações de ampliação e melhoramento da infraestrutura pública no que diz respeito 182

183 ao fornecimento de água tratada e esgotamento sanitário dos municípios turísticos do Polo; Conselho Regional do Polo do Ouro é a organização representativa dos poderes público, privado, do terceiro setor e da sociedade civil organizada de todos os Municípios componentes do Polo do Ouro. Seu objetivo é criar uma interlocução regional para a operacionalização do PRODETUR Nacional. Com esse Conselho Regional, espera-se descentralizar as ações de coordenação do processo, deslocando-as do Estado para a região turística. O Conselho tem como função: i) organizar e coordenar os diversos atores para que trabalhem com o foco centrado na região turística, levando em conta as peculiaridades de cada Município; ii) avaliar e endossar os projetos elaborados pelos diversos atores da região; iii) mobilizar parceiros regionais que integrem o PRODETUR Nacional; iv) trabalhar o planejamento e a gestão dos produtos e roteiros turísticos juntamente com os municípios; v) integrar as ações intrarregionais e interinstitucionais; vi) realizar o planejamento, acompanhamento, monitoria e avaliação das estratégias operacionais do PRODETUR Nacional no Polo do Ouro; e vii) viabilizar meios de captar recursos e otimizar seu uso; e Fórum Estadual de Turismo - tem a finalidade de integrar a cadeia produtiva do turismo no Estado, operacionalizando o Plano Estadual de Turismo de Goiás, constituindo-se em um canal de ligação entre o Governo e os destinos turísticos do Polo do Ouro. Juntamente com a Goiás Turismo, o Fórum Estadual de Turismo exerce as seguintes funções: i) elaborar diretrizes e estratégias estaduais alinhadas às políticas nacionais de turismo; ii) planejar e coordenar as ações, em âmbito estadual e regional; ii) articular, negociar e estabelecer parcerias em âmbito Estadual e Regional; e iii) monitorar e avaliar as ações do PRODETUR Nacional, em âmbito estadual e regional. A identificação e o entendimento dessa rede e a interação das Instituições nela atuantes constitui fator essencial para potencializar e agilizar a execução das ações inerentes ao PDITS Polo do Ouro. A capacidade de interação está diretamente relacionada às condições existentes para o cumprimento da finalidade de cada organismo que compõe o arranjo para gestão e execução do PRODETUR Nacional. 183

184 Há outros agentes na implementação das ações do Plano de Desenvolvimento Integrado do Turismo Sustentável do Polo do Ouro, que complementam o quadro institucional do PRODETUR NACIONAL - Goiás, no sentido de reforçarem a necessidade de um modelo de gerenciamento para o Programa como uma rede de parcerias e não iniciativas isoladas e pontuais, tais como: Entidades de Ensino e Pesquisa Universidades; Centro Federal de Educação Tecnológica; Escolas Técnicas; SENAI; SEBRAE; SENAC; e outras; Organizações Não Governamentais / Organizações Sociais; Convention and Visitors Bureau; Entidades representativas do Setor Produtivo do Turismo; Assembléia Legislativa Estadual; e Câmaras Legislativas Municipais. Os Conselhos Municipais de Turismo foram mencionados pelos próprios representantes municipais com sendo ativos e como espaços públicos aonde as comunidades participavam das discussões sobre o turismo. Porém, um Conselho de Turismo ativo não significa também cobrar legitimamente aos representantes eleitos orçamento apropriado e um fundo para atividade turística. O Estado deve oferecer suporte aos conselheiros para que tenham facilidade de acesso às reuniões setoriais e a cursos de capacitação gerencial, aumentando assim a eficácia destas instâncias de governança. O município, por sua vez, deve tratar o Conselho de Turismo como parceiro, sendo coautores nos projetos e também mantendo um canal de interlocução com as comunidades locais Arranjo institucional para a Gestão do Turismo no Polo do Ouro Para a análise institucional do Polo do Ouro, foram levados em consideração os seguintes fatores estruturantes: Secretaria ou Empresa de Turismo; Conselho de Turismo; Políticas Públicas e Planejamento Municipal; Secretaria ou Fundação de Cultura; e Secretaria ou Empresa de Meio Ambiente. A seguir, são colocadas algumas observações: A estrutura municipal para apoio ao turismo foi avaliada em termos de sua exclusividade com o setor, sob a forma de secretaria ou empresa pública, bem como a existência em seus quadros de um corpo técnico permanente e 184

185 especializado. Adicionalmente, buscou-se ainda avaliar sua autonomia em função da existência de fontes próprias de recursos, bem como o nível percentual dos mesmos em relação ao total de seu orçamento, e também a presença de políticas municipais de incentivo à instalação de equipamentos e empresas do setor de turismo no município; Outro fator estudado foi a efetividade de eventuais instâncias de governanças locais relacionadas com o turismo nos municípios. Uma instância operante é a garantia de continuidade de ações e também a possibilidade de maior transparência na gestão pública da atividade; Um Plano Diretor Municipal atualizado e que contemple o turismo é também um bom indicador de bons princípios que dão sustentabilidade à atividade, assim como políticas de sensibilização para a importância da atividade turística nas comunidades receptoras e de conscientização dos turistas em relação ao respeito a estas mesmas comunidades. Também foram analisadas fontes disponíveis de financiamento e incentivos fiscais para a atividade. Por fim, verificou-se a eventual utilização de mecanismos atuais de participação popular na administração de prefeituras, tais como: o orçamento participativo, e as audiências públicas, como forma de consulta à população sobre programas para o turismo; A cultura é um dos recursos originais do turismo, por isso, a existência de uma secretaria ou fundação de cultura é condição importante para o município gerir as atividades que serão insumos do turismo. Além da organização encarregada pela gestão da atividade procurou-se avaliar a presença no aparato gerencial público do Conselho de Cultura, de leis de fomento à cultura, de um fundo para a atividade e de produções culturais associadas ao turismo; e Do mesmo modo, o meio ambiente fornece os recursos naturais para a formação de produtos turísticos. A saúde ambiental do destino é determinante para a qualidade da experiência turística. Neste sentido, verificou-se a existência de um órgão ou empresa municipal encarregada pelo setor ambiental, de um Conselho e de um fundo para o meio ambiente, bem como de um código ambiental municipal em vigor. 185

186 O arranjo institucional e políticas públicas dos municípios do Polo do Ouro para o turismo foram analisados com base nas variáveis estabelecidas, e no levantamento realizado nos municípios do Polo. A seguir, é apresentado um quadro síntese situacional, para cada município, do aparato institucional da área turística em estudo: Tabela 48: Arranjo Institucional Pirenópolis Variáveis Secretaria de Turismo Conselho Turismo Políticas e planejamento público Secretaria de Cultura Secretaria Meio Ambiente Secretaria exclusiva Ativo Plano Diretor atualizado contemplando o turismo Secretaria exclusiva de cultura Secretaria exclusiva Sem orçamento Há 6 representantes do trade turístico e 5 do município Redução 50% IPTU no Centro Histórico Sem orçamento Existe conselhomas não existe fundo de meio ambiente Fatores Equipamentos deficientes Não há linhas financiamento para turismo Sem Conselho e sem fundo de cultura Não há código municipal ambiental em vigor Pessoal reduzido. Apenas 3 funcionários e sem capacitação Dificuldades em obter licenciamento ambiental e regularização fundiária Não há lei de incentivo a cultura Há uma pedreira que polui o Rio das Almas e produz muito resíduos sólidos Não há Fundo de Turismo Não há política de sensibilização da comunidade para o turismo nem para o turista Há projeto de turismo cultural implantado por órgão federal Não há orçamento participativo nem audiências públicas para o turismo Fonte: Elaborado pela FGV, Complementado pela Goiás Turismo,

187 Tabela 49: Arranjo Institucional da Cidade de Goiás Variáveis Secretaria de Turismo Secretaria de Cultura, Turismo e Trânsito Sem informação sobre orçamento Fatores Carência de equipamentos Não há pessoal capacitado Não há Fundo de Turismo Conselho Turismo Políticas e planejamento público Secretaria de Cultura Secretaria Meio Ambiente Ativo Plano Diretor em vigor há 12 anos. Lei Municipal nº 206 de 29/08/1996 Secretaria de Cultura, Turismo e Trânsito Secretaria exclusiva. Existe um Conselho ativo Não foi informado se há incentivos fiscais Sem informação sobre orçamento Existe um Fundo, mas está inativo e os recursos vão para o cofre da Prefeitura Não foi informado se há linhas financiamento para turismo Existe um Conselho, mas não há fundo de cultura Não há código municipal ambiental em vigor Não há política de sensibilização da comunidade para o turismo nem para o turista Não há lei de incentivo a cultura Existência de mineiradora e retirado de areia do rio Fonte: Elaborado pela FGV, Complementado pela Goiás Turismo, 2012 Não há orçamento participativo; sem audiências públicas para o turismo Há projeto de turismo cultural implementado pela secretaria 187

188 Tabela 50: Arranjo Institucional Abadiânia Variáveis Secretaria de Turismo Conselho Turismo Políticas e planejamento público Secretaria de Cultura Secretaria Meio Ambiente Secretaria de Meio Ambiente e Turismo Ativo Plano Diretor em vigor há 16 meses contemplando o turismo; Programa de Ações Prioritárias Secretaria de Educação e Cultura Secretaria de Meio Ambiente e Turismo Orçamento de R$ ,00, sendo que apenas 46% foi executado Não foi informado se há incentivos fiscais Sem orçamento Não existe um Conselho Fatores Carência de equipamentos Não foi informado se há linhas financiamento para turismo Existe um Conselho, mas não há fundo de cultura Não há código municipal ambiental nem fundo do meio ambiente Não há pessoal suficiente e capacitado. Apenas 2 funcionários na secretaria toda. Não há política de sensibilização da comunidade para o turismo nem para o turista Não há lei de incentivo a cultura Existência de mineiradora e retirado de areia do rio Fonte: Elaborado pela FGV, Complementado pela Goiás Turismo, 2012 Não há Fundo de Turismo Não há orçamento participativo; sem audiências públicas para o turismo Não há projeto de turismo cultural 188

189 Tabela 51: Arranjo Institucional Jaraguá Variáveis Secretaria de Turismo Conselho Turismo Políticas e planejamento público Secretaria de Cultura Secretaria de Turismo e outras pastas Não existe Plano Diretor em vigor há 6 meses contemplando o turismo Secretaria decultura e outras pastas Sem orçamento A sociedade não se envolve com o turismo Não há incentivos fiscais Sem orçamento Fatores Carência de equipamentos Não há linhas financiamento para turismo Existe o Conselho, mas não há fundo de cultura Não há pessoal capacitado Não há política de sensibilização da comunidade para o turismo nem para o turista Não há lei de incentivo a cultura Existência de Existe o areia retirada Secretaria de Conselho Não há Secretaria do rio e as Meio e Fundo código Meio lavanderias Ambiente e Municipal municipal Ambiente que jogam outras pastas de Meio ambiental resíduos no Ambiente rio Fonte: Elaborado pela FGV, Complementado pela Goiás Turismo, 2012 Não há Fundo de Turismo Não há orçamento participativo; sem audiências públicas para o turismo Não há projeto de turismo cultural 189

190 Tabela 52: Arranjo Institucional de Corumbá de Goiás Variáveis Secretaria de Turismo Conselho Turismo Políticas e planejamento público Secretaria de Cultura Secretaria Meio Ambiente Secretaria de Turismo Esporte e Lazer Existe, porém está inativo Plano Diretor em vigor há 5 anos contemplando o turismo Secretaria de Cultura e outras pastas Secretaria de Meio Ambiente e outras pastas Orçamento para o turismo indefinido Não há conscientização para a importância do turismo Não há incentivos fiscais Sem orçamento Existe o Conselho, porém encontra-se inativo Fatores Carência de equipamentos Não há envolvimento da comunidade sobre questões do turismo Não há linhas de financiamento para turismo Existe o Conselho, mas não há fundo de cultura Não há código municipal ambiental, nem fundo para o meio ambiente Fonte: Elaborado pela FGV, Complementado pela Goiás Turismo, 2012 Não há pessoal capacitado Há política de sensibilização da comunidade para o turismo, mas não para o turista Não há lei de incentivo a cultura Existência de hidroelétrica e agricultura utilizando agrotóxicos Não há Fundo de Turismo Não há orçamento participativo; sem audiências públicas para o turismo Não há projeto de turismo cultural 190

191 Tabela 53: Arranjo Institucional de Cocalzinho de Goiás Variáveis Secretaria de Turismo Conselho Turismo Políticas e planejamento público Secretaria de Cultura Secretaria Meio Ambiente Secretaria de Turismo e Meio Ambiente Inativo Não há informação sobre o Plano Diretor; Secretaria de Cultura e outras pastas Secretaria de Turismo e Meio Ambiente Sem orçamento A comunidade não se envolve com o turismo Não há incentivos fiscais Sem informação sobre orçamento Sem informação Fatores Carência de equipamentos Não há linhas financiamento para turismo Sem informação sobre Conselho, ou fundo de cultura Sem informação Sem pessoal capacitado Não há política de sensibilização da comunidade para o turismo nem para o turista Sem informação sobre incentivo a cultura Sem informação Fonte: Elaborado pela FGV, Complementado pela Goiás Turismo, Sem Fundo de Turismo Não há orçamento participativo; sem audiências públicas para o turismo Sem informação projeto de turismo cultural Sem informação No Polo do Ouro constataram-se deficiências em todas as secretarias municipais de turismo em relação às estruturas físicas (mobiliário e equipamentos) e de pessoal. Falta desde espaços físicos adequados para operações administrativas rotineiras até equipamentos de informática para armazenamento de banco de dados, instalação de softwares e emissão de relatórios. As secretarias também carecem de equipes permanentes (concursados) com formação em Turismo (pelo menos um técnico) e também de técnicos em Estatística, gestão do Meio Ambiente e Cultura. Apenas em Pirenópolis constatou-se técnicos concursados com formação apropriada. Tal situação advém, principalmente, da falta de orçamento para as Secretarias em todos os municípios do Polo, mesmo naqueles em que há uma secretaria exclusiva para o turismo, como é o caso de Pirenópolis. Também se verificou a inexistência de um fundo do turismo em todos municípios, que poderia atenuar este quadro. Outra importante constatação é a quase completa 191

192 falta de políticas de incentivo à instalação de empresas no setor. À exceção de Pirenópolis, que disponibiliza redução de 50% do IPTU para empresas instaladas no centro da cidade, nenhum outro município possui ferramentas de atração de investimentos. Os Conselhos de Turismo aparecem como inativos em 04 municípios e inexistente em Jaraguá. Apenas em Pirenópolis ele é atuante com 06 representantes do trade turístico e 05 do município que se reúnem periodicamente. Esses conselhos são previstos no Plano Nacional de Turismo e são a interlocução apropriada entre o município, a região turística, e o Estado. Foi relatado durante as oficinas participativas que o grande problema de funcionamento destes conselhos é a baixa participação da sociedade organizada, provavelmente pela falta de interesse ou desconhecimento popular sobre a atividade turística. Os Conselhos de Turismo assumem a função consultiva e em alguns casos deliberativas. São espaços públicos previstos na Constituição Federal que permitem a sociedade manifestar aos dirigentes públicos seus anseios sobre determinados setores. Se não há participação da sociedade organizada nos Conselhos de Turismo, é porque faltam informações às comunidades sobre a dimensão econômica do turismo para que este seja percebido como oportunidade de desenvolvimento. Também são por meio dos conselhos que os projetos de turismo são discutidos antes de serem implementados, ou seja, é o local onde o setor público consulta a sociedade sobre o planejamento turístico local. De uma maneira geral, no que diz respeito ao planejamento municipal, os municípios possuem um Plano Diretor atualizado e contemplando o turismo nas suas diretrizes ordenadoras. A Cidade de Goiás possui o Plano Diretor mais antigo em vigência (12 anos), portanto, precisando ser atualizado. Cocalzinho não tinha apresentado, até o momento da elaboração deste relatório, informações sobre seu Plano. Constatou-se a ausência de leis de incentivo fiscal para o turismo, com exceção de Pirenópolis, onde há redução de 50% do IPTU para imóveis localizados no Centro Histórico. No que tange a linhas de financiamento voltadas ao fomento da indústria de turismo, destaca-se o Fundo Constitucional de Financiamento do Centro Oeste FCO, criado pela Lei Nº de 1989, com o objetivo de contribuir para o desenvolvimento econômico e social da região, mediante a execução de programas de financiamento aos setores produtivos. Os agentes financeiros envolvidos neste programa são: Banco do Brasil, Goiás Fomento e Sincoov. 192

193 Tabela 54: Contratação do Fundo Constitucional de Financiamento do Centro-Oeste Estado de Goiás FCO QUANTIDADE VALOR (R$ Mil) PROGRAMA EMPRESARIAL TURISMO Fonte: Goiás Turismo/Governo do Estado de Goiás, 2009 O aspecto institucional cultural municipal do Polo do Ouro está composto por Secretarias de Cultura em todos os municípios, porém, Pirenópolis é o único a possuir uma Secretaria própria. Nos demais municípios, a cultura divide a secretaria com outros segmentos, sendo o caso mais ambíguo o da Cidade de Goiás, onde a atividade cultural é gerida pela Secretaria de Cultura, Turismo e Trânsito. Não há orçamentos municipais previstos para a gestão destas secretarias no Polo, tampouco leis de incentivo à cultura e fundos de cultura, o que causa estranheza em se tratando de destinos com forte apelo pelo turismo cultural. Neste sentido, Pirenópolis e Cidade de Goiás trabalham com o turismo cultural, tendo os órgãos competentes já implementando projetos no segmento turístico cultural. Ainda na dimensão institucional municipal cultural, verificou-se a existência de Conselhos de Cultura em 04 municípios, excluindo Cocalzinho e Pirenópolis. A falta de leis de incentivo à cultura e de fundos de cultura é um forte indicativo de que estes conselhos são pouco eficazes. A dimensão institucional ambiental municipal do Polo é composta por secretarias e conselhos de meio ambiente em todos os municípios (Cocalzinho não informou seu quadro institucional para o meio ambiente), sendo que em Pirenópolis e Cidade de Goiás os órgãos municipais são exclusivos do segmento. Preocupante e comum a todos os municípios é a ausência de códigos municipais de meio ambiente, que poderiam regular atividades potencialmente poluidoras e gerar outros dispositivos de proteção ao meio natural. Nesse aspecto, poder-se-ia ter instrumentos legislativos mais fortes que inibiriam as mineradoras que assoreiam as margens do rio com a retirada de areia e despejam material poluente em suas águas. Também não há nenhum município que conte com um fundo municipal de meio ambiente. Haverá dificuldade em implementar e monitorar os programas de turismo para o Polo do Ouro, pois as Secretarias de Turismo carecem de equipamentos e pessoal especializado, à exceção da Secretaria de Turismo de Pirenópolis que possui técnicos em turismo. Porém, mesmo esta não 193

194 possui orçamento previsto no planejamento municipal, a exemplo de todas outras Secretarias dos Municípios. As Prefeituras devem prever no seu Plano Plurianual um orçamento próprio para desenvolver a atividade turística. Deste modo, o município poderá adquirir equipamentos apropriados e contratar, via concurso, uma equipe técnica permanente que seja capaz de elaborar e implantar projetos, assim como acompanhar os programas de turismo previstos a nível regional, estadual e nacional. A existência de um fundo de turismo também ajudaria a mitigar a carência de recursos para investimentos em equipamentos. O Estado deve dar suporte ao setor público do turismo, provendo uma linha específica de financiamento para o reaparelhamento dos Órgãos Municipais de Turismo e cursos para a capacitação gerencial pública do turismo nos municípios. Os Conselhos Municipais de Turismo estão esvaziados pela falta de participação da sociedade organizada e das entidades do setor privado. Não se trata destas organizações constarem apenas como membros do Conselho, mas de participarem ativamente na construção do processo dialógico com o setor público, no plano consultivo e se possível no deliberativo, em prol do desenvolvimento turístico local. Um Conselho de Turismo ativo significa cobrança legítima ao município de orçamento para a atividade, de um fundo para o turismo e de discussão de projetos turísticos que visem o desenvolvimento sustentável local. O Estado deve oferecer suporte aos conselheiros para que tenham facilidade de acesso às reuniões setoriais e a cursos de capacitação gerencial, aumentando assim a eficácia dessas instâncias de governança. O município, por sua vez, deve tratar o Conselho de Turismo como parceiro, de forma a atuarem como coautores nos projetos e mantendo um canal de interlocução com as comunidades locais. Se há um desejo da administração municipal fazer do turismo uma opção de desenvolvimento sustentável local, a atividade tem que ser incentivada, fomentada. Apesar de o turismo estar contemplado nos Planos Diretores Municipais de todos os governos locais do Polo do Ouro, inexistem leis de incentivos fiscais, a exceção de Pirenópolis, que oferece 50% de desconto do IPTU no Centro Histórico. A Prefeitura Municipal poderia criar incentivos ao Turismo como: redução temporária de ISS para novos empreendimentos turísticos; dedicar um percentual da arrecadação municipal para formar 194

195 um Fundo de Turismo; redução gradativa do IPTU, conforme o tamanho do empreendimen; e outras ações que poderão surgir segundo as demandas do Conselho Municipal de Turismo, para o financiamento da atividade. O Estado deve intermediar junto às organizações financeiras de fomento (BNDES, Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, outras), linhas de crédito para a iniciativa privada, pequenos e médios empreendimentos em condições semelhantes àquelas concedidas às grandes empresas. Em resumo, deve haver vontade política municipal e estadual para tornar o turismo um segmento importante para o desenvolvimento local. Os recursos culturais do Polo são, sem dúvida, as principais forças que podem gerar fluxos turísticos para o destino e que devem ser mais bem explorados. Para isto, precisam de mais recursos que poderão vir de: fundos de cultura (a serem criados); de convênios com o Estado (Secretaria de Cultura SECULT); do Governo Federal (IPHAN); do setor privado (parcerias público-privada); e do terceiro setor (OSCIPS). Deste modo, devem-se viabilizar projetos de restauração e preservação do patrimônio histórico - cultural e ao mesmo tempo, novos produtos culturais com a ajuda dos operadores e agências de turismo. Os municípios devem dotar as suas Secretarias de Turismo com orçamento próprio para as mínimas atividades de gestão da cultura. O Conselho de Cultura tem que assumir uma postura ativa para legitimar cobranças de investimentos para o setor e assegurar a continuidade de ações que promovam o turismo cultural como um vetor de desenvolvimento local. Incentivos fiscais (nos três níveis de governo) podem ser utilizados como forma de beneficiar pessoas físicas e jurídicas interessadas em investir na preservação e restauro do patrimônio histórico-cultural do Polo. A cavalhada, presente principalmente em Pirenópolis e Corumbá, pode ser melhor explorada, especialmente se associada ao turismo equestre e o rural. Parques, Rios e Cachoeiras, formam os recursos naturais do Polo. Apesar da Legislação Ambiental Estadual e Federal, os municípios do Polo ainda não dispõem de legislação ambiental específica que reforcem a proteção deste patrimônio natural. Os Governos locais devem dispor de uma legislação ambiental que iniba e fiscalize as atividades potencialmente poluidoras (dragas nos rios, pedreira, indústria têxtil), que também crie mais Unidades de Conservação e regulamente as atividades nestas áreas. Um fundo de meio ambiente pode ser criado e financeiramente alimentado (entre outras fontes) por multas advindas das infrações ambientais. 195

196 Ressalta-se que não foram encontradas ações no sentido de incentivar ou facilitar a constituição de empresas como a isenção de tributos ou mesmo descontos. Além disso não há política de investimentos específica para a Área Turistica 3.6 Análise dos Aspectos Socioambientais do Polo do Ouro O PRODETUR Nacional em Goiás terá como fator predominante o desenvolvimento do turismo sustentável, com o objetivo de conservação e manutenção ambiental. Desta forma, os aspectos ambientais, tanto no sentido estrito dos recursos naturais, como no sentido amplo que o termo significa, serão contemplados de forma intensiva em dois níveis de atuação: No planejamento turístico deverão ser observados, sempre, fatores que possam promover a maximização dos impactos positivos e a minimização dos impactos negativos decorrentes da atividade turística, além disto, deve-se ter como premissas a conservação do meio ambiente, a valorização da cultura e dos hábitos e atividades locais; e Nas intervenções resultantes do Programa, sempre que necessário, serão elaborados os estudos de impacto ambiental pertinentes em consonância com a legislação em vigor, seguindo, assim, os trâmites legais do processo e promovendo o desenvolvimento sustentável local. Alguns dos municípios que integram o Polo do Ouro já são objetos de Programas Sociais e de Desenvolvimento Sustentável, aplicados por Órgãos do Governo Estadual e Federal, além de integrantes do Sistema S, com ações que indiretamente beneficiam e complementam a atividade turística. Entre os municípios beneficiados estão: Pirenópolis; Corumbá de Goiás; e Cocalzinho, que fazem parte do APL de Quartzito, resultado da ação do programa da Região Integrada de Desenvolvimento do Distrito Federal e Entorno (RIDE), da Secretaria de Desenvolvimento do Centro-Oeste. O APL, atualmente em processo de instalação e capacitação, envolve cerca de 60 micro - empreendedores organizados em Cooperativa que recebem capacitação e orientações técnicas para a gestão de pedreiras e o beneficiamento da areia de quartzito. O trabalho é, inclusive, um dos objetos de observação de visitas técnicas e realizações científicas destacadas por empresários de Pirenópolis como fomentadoras de fluxo turístico. 196

197 3.6.1 Perfil do Polo O Polo do Ouro está inserido em três regiões do sistema de planejamento estadual. Na Região do Entorno do Distrito Federal estão os municipios de Abadiânia, Cocalzinho de Goiás, Corumbá de Goiás e Pirenópolis. Na Região Centro Goiano (Eixo BR 153) situa-se o municipio de Jaraguá e na Região Noroeste Goiano (Estrada do Boi), a Cidade de Goiás. A Região do Entorno do Distrito Federal, segundo os estudos da Agenda 21 do Estado de Goiás, concentra a segunda maior população do Estado, com uma taxa de crescimento populacional acima da média do País e do Estado, em virtude das cidades mais próximas de Brasília terem se transformado em cidades-dormitório. Embora esteja entre as regiões de melhor desempenho do PIB, a região tem o menor PIB per capita entre as dez regiões que compõem o sistema de planejamento estadual, apresentando um cenário de grandes carências sociais, o que é atribuído a esta explosão populacional. Sua grande fonte de geração de trabalho e renda ainda é a agricultura, mas a agropecuária e a mineração também são representativos; a indústria e o turismo já têm alguma expressão e possuem grande potencial de crescimento. A Região Central do Estado de Goiás (Eixo BR 153) tem um dos maiores PIB s do Estado e uma das maiores arrecadações de ICMS. No entanto, o IDH e a taxa de analfabetismo não acompanham esta tendência. A região tem vivido um intenso processo de industrialização concentrados nos municípios de Anápolis, com predominância do polo farmacêutico; Goianésia, com o processamento de cana de açúcar e uma indústria de tomate; Rubiataba, com usina de cana de açúcar e fábrica de móveis; e Jaraguá, a única cidade da região incluída no Polo do Ouro, com indústrias de confecções em plena expansão, formando um APL. O Noroeste Goiano é, juntamente com o Nordeste Goiano, a região mais pobre do Estado. É uma região de baixo índice de desenvolvimento e um dos menores índices de arrecadação de ICMS, com indicadores sociais que caracterizam uma situação de subdesenvolvimento. A base de sua economia é o agronegócio. Suas atividades econômicas mais importantes são a pecuária, a agricultura, a mineração e o turismo. A falta de perspectiva tem levado a juventude a emigrar em busca de oportunidade de trabalho. 197

198 De acordo com os estudos da Agenda 21 a região enfrenta problemas relacionados com assentamentos rurais sem infraestrutura adequada, com a ocupação desordenada de terra e práticas agropecuárias inadequadas. Estes problemas têm resultado em impactos ambientais significativos como o desgaste do solo, desmatamento da vegetação ciliar do Rio Araguaia e seus afluentes e assoreamento, contribuindo para o desequilíbrio ambiental da região. Conforme Tabela 55, que apresenta a síntese de indicadores socioeconômicos, os municípios que compõem o Polo somaram em 2009 uma população estimada de habitantes 2,12% da população do Estado, distribuídos em km 2. O município de maior população é Jaraguá, com quase o dobro da população do segundo colocado a Cidade de Goiás, que invertidamente é o que tem a maior área (quase o dobro de Jaraguá). De acordo com dados levantados junto ao IBGE e SEPLAN/GO, o Índice de Gini dos municípios não apresenta grande variação, oscilando entre 0,41 e 0,42 pontos. A situação da região quanto a este indicador é favorável, considerandose que os valores para o país e o Estado no mesmo período foram de 0,56 e 0,45 respectivamente. Economicamente, a região ancora-se na produção agropecuária, tendo um rebanho de cabeças de gado, com maior concentração no município de Goiás, com cabeças, e na produção agrícola de cereais milho ( ton.) e soja ( ton.) IBGE, No entanto, outros produtos têm grande relevância na economia regional. Os municípios de Pirenópolis, Corumbá e Cocalzinho de Goiás são os maiores produtores de quartzito ornamental do Estado, e em Jaraguá o APL de confecção está em plena expansão, sendo o município reconhecido como um dos maiores polos de confecção do Centro-Oeste, com cerca de 800 empreendimentos instalados. A análise da Tabela 55 levanta alguma preocupação, pois é sabido o impacto causado pela pecuária e os danos provocados pela expansão de monoculturas, como é o caso da produção de soja e milho. Observa-se também a produção de lenha, em particular no município de Goiás. Quanto aos outros dados sobre a economia local, destaca-se que a produção mineral também pode resultar em graves impactos e deve ser realizada observando uma severa gestão ambiental para não resultar em danos ambientais irreparáveis. 198

199 Tabela 55: Síntese de Indicadores Socioeconômicos Nome do Município Km 2 População (2009) PIB per Capita (2007) Índice de Gini (2003) Rebanho Bovino cabeças (2008) Produção (2007) Carvão ton. Lenha m 3 Principal Produto Agrícola (2007) Abadiânia , Cocalzinho de Goiás , Corumbá de Goiás , Cidade de Goiás , Jaraguá , Pirenópolis , Soja ton. Soja ton. Milho ton. Milho ton. Milho ton. Milho ton. Fonte: Elaborado por FGV base IBGE, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística e SEPLAN/GO, 2011 Em todos os municípios do Polo o Setor de Serviços tem expressiva participação no PIB, com mais de 50% de participação. Os municípios com maior participação do Setor de Serviços no PIB municipal são Abadiânia (60,07%) e Cidade de Goiás (51,93%), conforme Tabela 56. Tabela 56: Participação do Setor de Serviços no PIB Municipal Municípios PIB Setor de serviços Valor adicionado % do PIB Abadiânia ,07 Cocalzinho de Goiás ,50 Corumbá de Goiás ,98 Cidade de Goiás ,93 Jaraguá ,09 Pirenópolis ,63 Fonte: Elaborado por FGV base IBGE, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística,

200 Os municípios que compõem o Polo do Ouro estão incluídos no Bioma Cerrado, que é um dos 34 hotspots mundiais e segundo maior Bioma Brasileiro, com grande valor ambiental justamente por fazer fronteira com outros biomas a Amazônia, a Caatinga, o Pantanal e a Mata Atlântica, o que lhe confere grande riqueza de Biodiversidade. Além desta característica, suas chapadas guardam as nascentes dos principais rios das bacias Amazônica, do Prata e do São Francisco. No entanto, os índices de desmatamento observados nos últimos anos colocam-no como um dos ambientes mais ameaçados do planeta estima-se que de sua vegetação nativa restam apenas 20%, conforme estudos da Conservação Internacional Brasil 10. Dados da pesquisa "Indicadores de Desenvolvimento Sustentável" IDS/2010 (IBGE) apontam que a cobertura vegetal do Cerrado, no conjunto, está reduzida à metade, sendo que km² (4,2% do total) foram destruídos entre 2002 e Cabe ressaltar que apenas 7,5% do território do Cerrado é protegido, sendo que apenas 2,2% constitui área protegida em unidades de proteção integral federais (IBGE, 2010) 11, bem menos que a Amazônia, que conta com 24% do seu território protegido. A vegetação do Cerrado é semelhante à de savana, com gramíneas, arbustos e árvores esparsas. As árvores têm caules retorcidos e raízes longas, que permitem a absorção da água disponível nos solos do Cerrado abaixo de 2 metros de profundidade, mesmo durante a estação seca. Esta característica muda ao se aproximar das margens dos rios, onde se encontra solo firme e substituição da paisagem de gramíneas por vegetação mais alta (matas de galeria), também característica do Cerrado. Em geral, tem-se a formação de um planalto, com altitudes médias de m. Há variações nas altitudes, como, por exemplo, a região da Serra dos Pirineus, o que contribui para o equilíbrio da temperatura e favorece as opções de atrativos turísticos. O clima é caracterizado por dois períodos distintos: seco, com baixos níveis pluviométricos no inverno, que vai de maio a setembro: e chuvoso, com abundância de águas, no verão, que vai de outubro a abril. A temperatura média anual oscila de 20 a 23ºC graus, sendo os meses de setembro e outubro os mais quentes e junho e julho os mais frios. Nas estações de pico de temperaturas, pode-se alcançar 35 e 5ºC graus respectivamente. 10 MACHADO, Ricardo B. et al. Estimativas de perda da área do Cerrado brasileiro. Conservação Internacional Brasil, IBGE. Indicadores de Desenvolvimento Sustentável - IDS,

201 A hidrografia, de acordo com Lima (2010, p.17): [...] é composta por uma extensa rede de nascentes, córregos e rios de fundamental importância para o Brasil, sendo considerado o berço das águas por comportar as nascentes das três maiores Bacias Hidrográficas da América Latina: a Amazônica (Araguaia-Tocantins) que tem 78% de suas nascentes no Cerrado, a do Paraná-Paraguai que possui 48%, e a do São Francisco que dispõe de quase 50% de seu volume de água proveniente do Cerrado. Conforme Barbosa apud Moysés e Silva (2008, p. 198) 12, o valor ambiental do Cerrado para o sistema hidrológico da América do Sul é inestimável. Além de responder pela distribuição de água para as suas principais hidrográficas, no Cerrado: [...] situam três grandes aquíferos, responsáveis pela formação e alimentação dos grandes rios do continente: o aquífero Guarani, associado ao arenito Botucatu e a outras formações areníticas, mais antigas responsáveis pelas águas que alimentam a bacia do Paraná. Os aquíferos Bambuí e Urucuia [...] responsáveis pela formação e alimentação dos rios que integram as bacias do São Francisco, Tocantins, Araguaia e outras, situadas na abrangência do Cerrado. Os municípios que integram o Polo do Ouro estão territorialmente localizados em uma região do Estado de Goiás que serviu de percurso aos Bandeirantes e suas expedições desde o século XVII em busca dos trajetos mais viáveis para a exploração de pedras e minerais em especial, o ouro. A história regional deixou de legado um rico Patrimônio Cultural e Arquitetônico para o Polo, inserido no antigo Caminho do Ouro percorrido pelos Bandeirantes. Os municípios de Goiás - primeira capital do Estado - e Pirenópolis mantêm até hoje tradições culturais que servem de grande atrativo para turistas, juntamente com seu casario. O município de Pirenópolis teve o seu conjunto arquitetônico, urbanístico, paisagístico e histórico tombado pelo IPHAN - Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, em 1989; e a Cidade de Goiás, reconhecida em 2001 como Patrimônio Histórico e Cultural da Humanidade, pela UNESCO. 12 MOYSÉS, A.; SILVA, E. Rodrigues da. Ocupação e urbanização dos cerrados do Centro-Oeste e a formação de uma rede urbana concentrada e desigual. Cadernos metrópole 20 pp sem Disponível em: Acesso em: outubro,

202 3.6.2 Identificação e Avaliação de Impactos Com o processo de interiorização resultante da mudança da capital do país, a partir da década de 1960, o cerrado passou a conviver com uma ocupação acelerada e indiscriminada que ocasionou a fragmentação de habitats um dos problemas mais sérios que tem a enfrentar. O crescimento da população, a ampliação da malha viária, o avanço da pecuária extensiva e o deslocamento da fronteira agrícola resultaram no desmatamento, em queimadas, uso de fertilizantes e agrotóxicos, comprometendo grandes áreas do cerrado goiano, provocando perdas irreparáveis. Um problema ambiental de gravíssimas consequências, uma vez que é irreversível, é exposto por Barbosa apud Moysés e Silva (2008, p. 199), os aquíferos não estão sendo recarregados. Segundo os autores: [...] Isto ocorre porque a recarga dos aquíferos se dá pela suas bordas nas áreas planas, onde a água pluvial infiltra e é absorvida cerca de 60% pelo sistema radicular da vegetação nativa, alimentado no primeiro momento o lençol freático e lentamente vai abastecendo e se armazenando nos lençóis mais subterrâneos. Com a ocupação dos chapadões de forma intensa, que trouxe como consequência a retirada da cobertura vegetal, sua substituição por vegetações temporárias de raiz subsuperficial, a água da chuva precipita, porém não infiltra o suficiente para reabastecer os aquíferos. Consequência, com o passar dos tempos, estes vão diminuindo de nível, provocando, num primeiro momento, a migração das nascentes, das partes mais altas, para as mais baixas e diminuição do volume das águas, até chegar o ponto do desaparecimento total do curso d água. A ameaça mais recente ao Bioma é o cultivo extensivo da cana de açúcar, do milho e da soja, visando à produção de etanol e biodiesel. Os benefícios ambientais dessa nova fonte energética não devem resultar no crescimento do desmatamento e conversão de áreas destinadas à produção de alimentos para a produção de energia de forma desordenada. Outros riscos associados à monocultura da cana de açúcar referem-se à contaminação do solo e de águas subterrâneas pelo uso da vinhaça como fertilizante. Estudos do IBGE, 2007, quanto a ocorrências de impactos observados no meio ambiente, nos destinos que compõe o Polo, podem ser analisadas através da Tabela 57 - Ocorrências impactantes observadas com frequência no meio ambiente. De acordo com as informações, o 202

203 impacto de maior recorrência são as queimadas, presentes em todos os municípios. A este impacto, seguem a poluição do recurso água, o assoreamento de corpos da água e o desmatamento, presentes nos municípios de Abadiânia, Corumbá de Goiás, Cidade de Goiás e Pirenópolis. A escassez de água foi registrada em Abadiânia, Cidade de Goiás e Pirenópolis. Tabela 57: Ocorrências Impactantes Observadas com Frequência no Meio Ambiente Polo / Destinos Poluição do ar Poluição do recurso água Assoream ento de corpos da água Escas sez do recurso água Desmat amen to Queima das Contami nação do solo Abadiânia Sim Sim Não Sim Não Sim Não Cocalzinho de Goiás Sim Não Sim Não Sim Sim Não Corumbá de Goiás Cidade de Goiás Não Sim Sim Não Não Sim Não Não Sim Não Sim Sim Sim Sim Jaraguá Não Não Sim Não Sim Sim Não Pirenópolis Não Sim Sim Sim Sim Sim Não Total de ocorrências Fonte: Elaborado por FGV base IBGE, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, 2011 A ocorrência de incêndios em 2010 fez com que o Estado fosse incluído na lista de emergência pelo Ministério do Meio Ambiente. O longo período de estiagem e os casos de irresponsabilidade ambiental fizeram com que o número de focos de incêndio, até setembro deste ano, chegasse a totalizar focos, cerca de seis vezes maior que o acumulado em 2009, conforme dados do INPE - Instituto de Pesquisas Espaciais. Em setembro, o acumulado de focos de incêndio pode ser observado na Figura 22 Focos de Incêndio na Cidade de Goiás (setembro, 2010). 203

204 Figura 22: Focos de Incêndio na Cidade de Goiás (setembro, 2010) Fonte: INPE Instituto de Pesquisas Espaciais, 2010 Como resultado dos incêndios de 2010, cerca de 40% da vegetação do Parque Estadual Serra dos Pireneus foi destruída (Figura 23). No Parque, que se estende por terras dos municípios de Pirenópolis, Cocalzinho de Goiás e Corumbá de Goiás, podem ser encontradas todas as variedades dos ecossistemas do Cerrado, como, por exemplo: as matas de galeria; campos e matas rupestres; os campos limpos; úmidos e semi-inundáveis; matas semi-caducas; e campos de murundu. Este incêndio, conforme apuração do Corpo de Bombeiros da Cidade de Goiás, foi provocado por turistas acampados no pé da Serra Segundo o Site do Corpo de Bombeiros,

205 Figura 23: Incêndio na Serra dos Pireneus 2010 Fonte: Portal Agita Pirenópolis,2010 Outro incêndio de grandes proporções que atingiu o Polo em 2010 foi o do Parque Estadual da Serra Dourada, na cidade de Goiás, área que é apontada pelo IBAMA como uma das mais críticas do Estado (Figura 24). Figura 24: Incêndio no Parque Estadual Serra Dourada (2010) Fonte: Site do Corpo de Bombeiros,

206 Para que a degradação de Ecossistemas do Cerrado não se agrave, é importante, no planejamento de políticas e ações de manejo, uma abordagem abrangente que envolva todos os componentes (fauna, flora, aquíferos) e atores locais (Governo, Iniciativa Privada e Sociedade Civil Organizada). A Educação Ambiental da população e de turistas é uma ação que não pode ser postergada, pois, como vimos, incêndios têm tido origem também na atividade turística na região. Em Pirenópolis, o potencial da atividade mineradora é considerado pelos representantes do Governo Municipal um fator de poluição no que tange à qualidade do ar em áreas distantes do perímetro urbano e qualidade da água. Segundo Faleiro e Lopes (2010) 14, apesar de ser importante gerador de empregos diretos e indiretos e fonte de divisas para o Município, a atividade envolve aspectos negativos que devem ser minimizados por uma gestão ambiental responsável. Os principais impactos provocados pela mineração no município ocorrem em dois momentos: o da lavra, onde os impactos são maiores, e do beneficiamento. Entre os impactos na fase da lavra tem-se: a remoção da vegetação e degradação paisagística (Figura 25); supressão da vegetação; supressão e migração da fauna; interferência na movimentação das águas de subsuperfície e rebaixamento do lençol freático; emissão de gases e partículas sólidas; compactação e impermeabilização do solo pelo transporte; emissão de gases e partículas sólidas. Entre os impactos na fase de beneficiamento, pode-se mencionar: a geração de rejeitos; o carreamento de partículas para cursos de água; a degradação paisagística; partículas sólidas em suspensão; a geração de ruídos e os problemas de saúde ocupacional. 14 FALEIRO, F. Fernandes e LOPES, L. Maria. Aspectos da Mineração e Impactos da Exploração de Quartzito em Pirenópolis-GO. Ateliê Geográfico Goiânia-GO v. 4, n. 11 agos/2010. Disponível em: Acesso em out.,

207 Figura 25: Degradação da paisagem por lavra de Quartzito - Pirenópolis-GO. Fonte: FALEIRO, 2010 No entanto, a Prefeitura Municipal está atenta e segundo informações da AMIP Associação de Mineradores de Pirenópolis, as empresas de mineração estão se organizando e demonstram uma preocupação crescente com a questão ambiental e da saúde dos trabalhadores. Estudo realizado por Gazoni et al (2006) 15 buscou reconhecer quais os impactos sobre o meio ambiente decorrentes do turismo no município de Pirenópolis. Foram analisadas áreas com maior ocorrência de atividades turísticas que envolvem o consumo de bens ambientais e identificados os ambientes pelos quais os turistas passam necessariamente. As seguintes áreas piloto foram selecionadas através de critérios de frequentação, proximidade de Pirenόpolis e facilidade de acesso:cachoeira do Abade; Mirante do Ventilador; RPPN Vargem Grande; Cachoeira Meia Lua; e Cachoeira Usina Velha. Neste estudo, os indicadores de impactos ambientais foram extraídos de textos do Manual de Ecoturismo de Base Comunitária (WWF, 2003). Conforme os autores, os impactos do turismo nos locais piloto selecionados incluem a geração de lixo, a exposição de raízes e a compactação do solo, entre outros indicadores analisados (Tabela 58). 15 GAZZONI, Jefferson L. et al. Percalços no Caminho ao Paraíso: Repercussões Socioambientais do Turismo em Pirenόpolis-GO. Disponivel em: Acesso em out.,

208 Tabela 58: Impactos Ambientais Observados nas Áreas Piloto Ponto Indicadores Fauna (avistamento, som, Vegetação Solo estrume, outros) Raízes Compactação X expostas Presente Cachoeira Espécies Rochas riscadas X do Abade exóticas e/ou pintadas Outros aspectos antrópicos Presença de lixo Coleta de material Troncos riscados e/ou Erosão X Ausente X Presença fogueira de alterado RPPN Vargem Grande - Cachoeira Santa Maria Raízes expostas Espécies exóticas Troncos riscados/ alterados X Compactação Rochas riscadas e/ou pintadas Erosão Presente Ausente Som de pássaros (Não foi possível a identificação) Presença de lixo Coleta de material Presença de fogueira RPPN Vargem Grande - Raízes expostas Espécies exóticas X X Compactação Rochas riscadas e/ou pintadas Presente Seriemas, borboletas, cobra,pássaros (s/ identificação) Presença de lixo Coleta de material Cachoeira Troncos do Lázaro riscados e/ou Erosão Ausente alterado RPPN Vargem Grande - Cachoeira Meia Lua Raízes expostas Espécies exóticas Troncos riscados X Compactação X Presente Rochas riscadas X e/ou pintadas X Erosão Ausente X Presença lixo Coleta material Presença fogueira de de de X X 208

209 Ponto Indicadores e/ou alterado Mirante do Ventila dor Raízes Presença de Compactação expostas lixo Presente Seriema Espécies Rochas riscadas Coleta de X exóticas e/ou pintadas material Troncos riscados Presença de X Erosão Ausente X e/ou fogueira alterado Fonte: GAZZONI, Jefferson L. et al. Percalços no Caminho ao Paraíso: Repercussões Socioambientais do Turismo em Pirenόpolis-GO Como resultado do estudo as medidas foram adotadas. Na Reserva Particular do Patrimônio Natural Vargem Grande, na Cachoeira Santa Maria as espécies arbóreas localizadas ao longo da trilha foram identificadas com seu nome científico e o nome pelos quais são conhecidas na região. No acesso à trilha da Cachoeira Abade passou-se a entregar a cada visitante, um saquinho plástico para que deposite seu lixo; no verso do ingresso pode-se ler as regras de uso deste bem ambiental; e nos trechos de maior declividade da trilha foram utilizadas as pedras de Pirenópolis para o calçamento de modo a evitar processos erosivos; também foram feitos pequenos canais para a drenagem de água de chuva. Para os demais municípios do Polo, não foram encontrados estudos sobre os impactos do turismo. Cabe destacar para os demais municípios os seguintes aspectos, identificados na pesquisa primária: Em Abadiânia foram indicadas como atividades potencialmente poluidoras a extração fluvial de areia e a mineração; Na cidade de Goiás, a partir das oficinas estratégicas e dos questionários respondidos, a administração do lixo aparece como um problema ambiental. Quando há coleta, esta não é realizada de forma seletiva, o lixo é transportado em 209

210 caminhões improvisados, de caçamba aberta, depositado em um aterro completamente irregular e não passa por tratamento; Na cidade de Corumbá de Goiás, também a partir de oficinas estratégicas e de questionários analisados, ressalta-se a preocupação da comunidade quanto à inexistência de reserva florestal no município, tendo em vista o já crescente processo de degradação das matas e fauna. Esta última foi bastante afetada pelo desmatamento e caça predatória, o que ocasionou a extinção de espécies como: a onça, o caetetu e a capivara. Outras espécies encontram-se já ameaçadas como: a anta, o veado, a cutia e o tatu. Também não há, hoje, no município, áreas determinadas à caça e à pesca, sendo restrita a fiscalização para o cumprimento de leis e normas federais, o que, certamente, constitui fator de risco para eficácia da mesma; Na cidade de Jaraguá existe a preocupação da Administração Municipal em intensificar a Fiscalização Ambiental sobre o despejo de resíduos tóxicos das fábricas de roupas, principalmente, nos Rios Monjolinho e Parí. Neste ano a Secretaria Municipal de Meio Ambiente visitou a Superintendência de Meio Ambiente da cidade de Rio Verde, no Sudoeste Goiano. O município de Rio Verde é uma das quatro cidades do interior de Goiás que realizam o licenciamento ambiental no próprio município, ação que será implantada pela Prefeitura de Jaraguá. Nesta visita, representantes da Secretaria analisaram o processo de licenciamento ambiental, desde a orientação técnica ao contribuinte e protocolo até a emissão definitiva da Licença Ambiental; Hoje, em Jaraguá, as Licenças Ambientais são emitidas pela Secretaria Estadual de Meio Ambiente, o que torna o processo moroso e complicado para os empreendedores jaraguenses. Por isto, a Prefeitura designou que o licenciamento seja municipalizado, de forma a beneficiar o empresariado local e ter um maior controle do Patrimônio Ambiental do Município; Os primeiros passos já foram tomados, como o envio para a Câmara Municipal da Lei que cria o Sistema de Licenciamento Ambiental do Município, a reformulação 210

211 do Conselho Municipal de Defesa do Meio Ambiente e o levantamento técnico das atividades potencialmente poluidoras da cidade; e Para os municípios de Abadiânia e Cocalzinho de Goiás, foram realizadas, em 2004, análises de paisagens e vegetação da região, de forma a mapear e verificar o estado de conservação dos principais cursos de água e fitofisionomias. Os principais cursos de água foram escolhidos de acordo com o Sistema de Informações Geográficas do Estado de Goiás (Base Cartográfica Digital Vetorial). As fitofisionomias dos 26 pontos analisados em Abadiânia e dos 45 pontos analisados em Cocalzinho de Goiás foram consideradas com bom estado de conservação Gestão Ambiental Pública No Estado de Goiás, o responsável pela formulação, coordenação, articulação e execução da política Estadual de gestão e proteção dos recursos ambientais e de gerenciamento dos recursos hídricos é a Secretaria Estadual de Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos do Estado de Goiás SEMARH. Criada em 1995, através da Lei Nº , alterada pela Lei Nº , de 16 de abril de 1999, e posteriormente pela Lei Nº , de 31 de dezembro de 2002, a Secretaria atua no Estado como o coordenador do Sistema Nacional do Meio Ambiente SISNAMA, integrando também o Sistema Nacional de Gerenciamento dos Recursos Hídricos. Dividida em 4 Superintendências, a Secretaria distribui da seguinte forma as suas responsabilidades: A Superintendência de Recursos Hídricos é responsável pela implementação da Política Estadual de Recursos Hídricos e seus instrumentos: outorga de direito de usos das águas de domínio do Estado (atividade de maior demanda de esforços do Órgão), Plano Estadual de Recursos Hídricos, Comitês de Bacia Hidrográfica e Conselho Estadual de Recursos Hídricos-CERH; A Superintendência de Biodiversidade e Florestas responde pela coordenação, orientação e supervisão das atividades de preservação, conservação, pesquisa e uso sustentável da biodiversidade no Estado, como também pela coordenação da 211

212 formulação e implementação da política estadual de biodiversidade, pela promoção do mapeamento, inventário e monitoramento da cobertura vegetal e da fauna silvestre do Estado; A Superintendência de Gestão e Proteção Ambiental é a gestora da Agenda Marrom do Estado, devendo implementar a Política de Gestão e Proteção Ambiental e Controle da Poluição, assim como a Política de Incentivo à Produção de Uso Sustentável no Estado de Goiás; e Algumas responsabilidades da Secretaria são compartilhadas com a Agência Ambiental de Goiás: a coordenação e gestão do Sistema Estadual de Unidades de Conservação SEUC; a implantação, gestão e administração das unidades de conservação estaduais; a administração dos recursos financeiros derivados de compensação financeira sejam aquelas relativas ao aproveitamento dos recursos hídricos para fins de geração de energia elétrica, as previstas pela Resolução 002/1996, do CONAMA, pela Lei Federal Nº de 18 de julho de 2000, e pela Lei Estadual N , de 29 de julho de 2002, como também os recursos de compensações previstas pelo Artigo 10 da Lei estadual Nº , de 29 de julho de 2002, regulamentada pelo Decreto N 5.899, de 09 de fevereiro de A Agência responde também pelo monitoramento da qualidade das águas, realizando análises laboratoriais de efluentes industriais, de águas de poços e nascentes e de outras fontes causadoras de poluição, através do Departamento de Monitoramento Ambiental. A Agência responde ainda pelo monitoramento da qualidade das águas, realizando análises laboratoriais de efluentes industriais, de águas de poços e nascentes e de outras fontes causadoras de poluição, através do Departamento de Monitoramento Ambiental. Entre os rios que atravessam o territorio do Polo do Ouro é realizado o monitoramento, a da Agência Ambiental de Goiás realiza o monitoramento apenas dos rios das Almas e Vermelho. O Rio das Almas é um dos principais afluentes do Rio Tocantins. O rio atravessa o município de Pirenópolis e tem sido impactado pelo lançamento de esgoto. O Rio Vermelho, que faz parte da história da Cidade de Goiás e é um dos principais afluentes do Rio Araguaia teve suas matas 212

213 ciliares duramente suprimidas para dar lugar a pastagens e tem sido também degradado com o lançamento de esgoto sem tratamento. Os pontos de amostragem do Rio das Almas são apresentados no croqui da Figura 26. Figura 26: Pontos de Amostragem no Rio das Almas Pirenópolis. Fonte: Site da SEMARH Goiás, 2011 De acordo com os últimos resultados divulgados pela Agência Ambiental de Goiás a qualidade das águas do rio sofre uma variação sazonal e pontual. Entre os pontos 1 e 4 foi observada uma redução dos valores básicos de referência em função da proximidade com o aglomerado urbano. No ponto 1 as análises indicaram padrões dentro dos limites para águas de classe 2; no ponto 2 nota-se uma alteração, mas ainda assim a maioria dos parâmetros físico-químicos se situaram dentro de valores tolerados pela legislação para corpos hídricos de classe 2; no ponto 3 foi observado um aumento ainda maior, em virtude da pressão urbana e no ponto 4, situado à jusante os valores demonstram a capacidade de assimilação do rio, situando-se dentro da faixa para águas de classe

214 Entre as ações prioritárias do município de Pirenópolis destaca-se a recuperação do Rio das Almas. Através de convênio assinado com a Prefeitura, teve início em 2009, projeto de parceria entre o Ministério do Turismo e o IPHAN no valor de R$ 6,825 milhões, que deverá promover a requalificação urbana da orla, com a recuperação do paisagismo, de calçadas, construção de ciclovias, instalação de mobiliário urbano, iluminação e equipamentos turísticos 16. O Estado tem se empenhado também para a recuperação do Rio Vermelho, com projetos de recomposição da mata ciliar e investimento para o tratamento de esgoto. Um exemplo é o Programa Nascentes, da Policia Civi de Goiás, que teve como foco a recuperação de nascentes e matas ciliares degradadas do Estado. Os trabalhos realizados na nascente do Rio Vermelho e suas matas ciliares entre 2002 e 2006 mostram resultados animadores (Figura 27). Na cidade de Goiás foram realizadas, em 2010, obras na área de saneamento no valor de R$ ,00. Entre 2006 e maio de 2010 foram concluídos projetos para o melhoramento do sistema de saneamento pela SANEAGO no valor de R$ ,27 (SEPLAN/GO, 2010) Figura 27: Programa Nascentes: Nascente do Rio Vermelho em 2002 e 2006 Fonte: Projeto Nascentes, Segundo dados do IPHAN,

215 Figura 28: Mata ciliar do Rio Vermelho em 2002 e 2006 Fonte: Projeto Nascentes, 2010 Em Jaraguá, igualmente, o Estado está investindo seriamente na solução dos problemas de saneamento. Está em andamento projeto de R$ ,00 e já foram concluídos projetos da SANEAGO, entre 2006 e 2010 no valor de R$ ,37 (SEGPLAN/GO). Na área de fiscalização, a Agência Ambiental de Goiás tem intensificado suas ações e investido na modernização de equipamentos para o melhor desempenho de suas funções, tendo iniciado a conferência do avanço do desmatamento e ações de recuperação ambiental através de geoprocessamento. Sua equipe de fiscais está apta a realizar todos os procedimentos necessários e prestar informações ao público. O arranjo institucional para a gestão do meio ambiente pode ser analisada através da Tabela 59. De acordo com informações do IBGE (2007) todos os muncípios contam com um Órgão Gestor na área de Meio Ambiente, mas apenas a Cidade de Goiás e Pirenópolis possuem uma Secretaria exclusiva para a gestão do meio ambiente. Corumbá, Cidade de Goiás, Jaraguá e Pirenópolis têm Conselho, mas somente na Cidade de Goiás e Pirenópolis, o Conselho havia se reunido nos últimos doze meses. Cidade de Goiás, Jaraguá e Pirenópolis, contam com o Fundo Municipal de Meio Ambiente, mas o Fundo não havia financiado ações ou projetos nos últimos doze meses. Com exceção de Corumbá e Pirenópolis todos os municípios declararam realizar licenciamento ambiental e, Cocalzinho de Goiás e Pirenópolis declararam não possuir legislação especifica para o meio ambiente. 215

216 No entanto, nenhum município declarou possuir Código Ambiental; a legislação consiste em leis esparsas ou capítulo/artigo do Plano Diretor. Somente Pirenópolis encaminhou processo de elaboração da Agenda 21, entretanto, não tem o Fórum da Agenda 21 instalado. Esse cenário preocupa, pois a questão ambiental parece não ter merecido a atenção necessária na gestão dos municipios que integram o Polo. A Cidade de Goiás apresenta-se como o município que está com melhor estrutura para a gestão ambiental e Cocalzinho de Goiás, o que demanda maior investimento para a estruturação da gestão do meio ambiente. 216

217 Tabela 59: Arranjo Institucional para a Gestão do Meio Ambiente no Polo Do Ouro Municípios Variáveis Possui órgão gestor - tipo Abadiânia Secretaria em conjunto com outra política Cocalzinho de Goiás Secretaria em conjunto com outra política Corumbá de Goiás Secretaria em conjunto com outra política Cidade de Goiás Secretaria exclusiva Jaraguá Secretaria em conjunto com outra política Pirenópolis Secretaria exclusiva Possui Conselho Municipal de Meio Ambiente - ano de Não Não Inativo Sim Sim /2001 Sim criação O Conselho se reuniu nos últimos 12 meses Não aplicável Não aplicável Não Sim Não Sim Possui Fundo Municipal de Meio Ambiente Não Não Não Inativo Sim Não O Fundo financiou ações / projetos nos últimos 12 meses Não aplicável Não aplicável Não aplicável Não Não Não aplicável Realiza licenciamento Sim Não informado Não Sim Sim Não ambiental Possui legislação especifica Sim - Capítulo ou para o meio ambiente - forma Não Não Não artigo do plano Não Não diretor Possui processo de elaboração de Agenda 21 - Sim - Elaboração estágio do plano de Não Não Não Não Não desenvolvimento sustentável Fórum da Agenda 21 local se reuniu com que frequência nos últimos 12 meses Não aplicável Não aplicável Não aplicável Não aplicável Não aplicável Não Fonte: Elaborado por FGV dados do IBGE, Perfil dos Municípios Brasileiros - Gestão Pública 2009 e dados da pesquisa primária,

218 Nas oficinas realizadas para a elaboração do PDITS foram apontados pelos municípios os problemas que mais os incomodam (pontos fracos), como aqueles que podem ser melhor aproveitados (pontos fortes) e foram sugeridas ações para maior proteção e conservação do meio ambiente. Na Tabela 60, apresentamos o resultado das Oficinas do PDITS e a percepção da comunidade sobre a gestão do meio ambiente. Os problemas com a falta de saneamento básico e o lançamento de esgoto em cursos da água estiveram presentes na maioria dos municipios como ponto fraco. Como ponto forte, o que mereceu maior atenção dos participantes foi a importância da existência de Unidades de Conservação dentro do território. Tabela 60: Resultados das Oficinas A Percepção da Comunidade Sobre o Meio Ambiente Municípios Pontos Fortes Pontos Fracos Abadiânia - - Cocalzinho de Goiás - - Corumbá de Goiás Existência de Secretaria do Meio Ambiente; Ensino de educação ambiental nas escolas públicas; Existência do Parque Estadual dos Pirineus no território municipal; e Rio Corumbá é o principal fornecedor de água para o lago que abastece Brasília (Corumbá IV) - Rio Areias, Rio Ponte Alta, Rio Barragem, Rio Baio. Cidade de Goiás Existência de aterro sanitário que atende ao município; e Existência de Brigada de Corpo de Bombeiros no município. Falta de saneamento básico; e Lançamento de esgoto in natura no Rio Corumbá. Falta de coleta seletiva de lixo; Lançamento de resíduos sólidos nos afluentes do Rio Vermelho; Alto número de residências não ligadas à rede de coleta de esgoto; Ineficiência de cobertura da drenagem urbana; Existência de loteamentos sem infraestrutura básica de saneamento; e Ameaças à nascente do Rio Vermelho por lançamento de esgoto in natura. Jaraguá Pirenópolis O município está conquistando autonomia para licenciamento ambiental; O município é abrangido pelo Parque Estadual Serra do Jaraguá (UC de Proteção Integral); O município possui projeto de viveiro público de mudas para o paisagismo da cidade; e Está em andamento a elaboração do plano de arborização urbana. Existência de Parques e RPPNs com diversos atrativos; Existência de plano de manejo do Parque Estadual dos Pirineus; e Falta fiscalização ambiental; O Parque Estadual Serra do Jaraguá (UC de Proteção Integral) não possui plano de manejo; Emissão de efluentes da indústria em corpos de água; O aterro controlado está sem fiscalização; Cobertura insuficiente de coleta e tratamento de esgoto doméstico; Plano de arborização urbana ainda não foi aprovado; e Cobertura insuficiente de coleta e tratamento de esgoto doméstico. Falta de controle de capacidade de carga nos atrativos culturais e naturais; Falta de recursos para a aplicação do 218

219 Municípios Pontos Fortes Pontos Fracos Bom desenvolvimento econômico dos atrativos naturais (bom aproveitamento privado, lucro dividido com as comunidades e sem repasse para o poder público). Fonte: Elaborado por FGV dados das Oficinas para a elaboração do PDITS, 2010 plano de manejo (já pronto) e para a estruturação do Parque Estadual dos Pirineus; Falta de convênio com a Secretaria Estadual de Meio Ambiente SEMARH; Falta de legislação para atrativos naturais; Índice de poluição no Rio das Almas; e Falta de legislação ambiental municipal. Outra iniciativa que deverá ter um reflexo bastante positivo em toda a região é o Plano de Ação para Prevenção e Controle do Desmatamento e das Queimadas no Cerrado (PPCerrado), lançado em 2010, pelo Ministério do Meio Ambiente. O Plano, segundo o MMA, é [...] uma ação estratégica do Governo Federal articulada às políticas nacionais, como a Política Nacional da Biodiversidade e a Política Nacional dos Recursos Hídricos. Articula-se ainda com o Plano Nacional sobre Mudança do Clima (PNMC) e com os planos estaduais de redução e controle de desmatamento e queimadas. De acordo com o documento, o Plano compõe-se de ações no âmbito federal (MMA e vinculadas) e ações estaduais, enviadas pelos Órgãos Estaduais de Meio Ambiente (OEMAS). São 22 ações estratégicas no plano federal com orçamento de R$ ,50. Destes, R$ ,50, estão garantidos e a diferença, no valor de R$ ,00, dependem da captação de recursos extras. Para a implementação das ações foi definido o modelo de governança apresentado na Figura

220 Figura 29: Modelo de Governança PPA Cerrado Fonte: MMA Ministério do Meio Ambiente. PPCerrado, 2010 As ações se distribuem em três eixos estratégicos: (i) monitoramento e controle; (ii) áreas protegidas e ordenamento territorial e (iii) fomento às atividades sustentáveis. O orçamento das ações federais (MMA e vinculadas) tem a seguinte distribuição dentro dos eixos estratégicos (Tabela 61). Tabela 61: Distribuição dos Recursos por Eixos Estratégicos - PPCerrado Ações do MMA e Orçamento (R$) vinculadas Previsto Extra Total Monitoramento e controle , , ,00 Áreas protegidas e ordenamento , , ,00 territorial Fomento às atividades , , ,50 sustentáveis Total , , ,50 Fonte: MMA Ministério do Meio Ambiente. PPCerrado,

221 As ações dos Estados inseridos no Bioma contribuem para o Programa com o total de R$ ,60 distribuídos conforme Tabela 62 Ações Estaduais orçamento previsto. Goiás contribui com o total de R$ ,00. Tabela 62: Ações Estaduais Orçamento Previsto Ações dos Orçamento Previsto (R$) Estados DF GO BA TO MG Total Monitora mento e ,00 controle Áreas protegidas e , ,60 ordenamen to territorial Fomento às atividades sustentá , ,00 veis Total , ,60 Fonte: MMA Ministério do Meio Ambiente. PPCerrado,2010 Com a realização da pesquisa primária pode-se constatar que a maior parte dos municípios destinam seus resíduos sólidos em áreas construídas com critérios técnicos e caráter de aterro sanitário. Entretanto, a falta de fiscalização e de Legislações Municipais específicas que determinassem a autonomia municipal para o monitoramento da atividade resultou em uma boa parte de aterros sanitários com características de aterros controlados e lixões a céu aberto. As Secretarias de Meio Ambiente dos municípios de Pirenópolis, Cocalzinho de Goiás, Corumbá de Goiás e Abadiânia estão finalizando a implementação de um consórcio intermunicipal, em parceria com a Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semarh) e como parte da Região Integrada de Desenvolvimento do Distrito Federal e Entorno (Ride), da Secretaria de Desenvolvimento do Centro-Oeste visando solucionar o grave problema de coleta e destinação do lixo. O Plano Plurianual apresenta diferentes programas diretrizes onde a incidência direta sobre a proteção e conservação do meio ambiente é que deverão contribuir para a 221

222 sustentabilidade do Turismo. A preocupação com a proteção do Meio Ambiente está presente nos programas: Prevenção e Combate a Incêndio, Salvamento, Resgate e Defesa Civil; Policiamento Repressivo e Investigativo; Desenvolvimento da Competitividade, que trata especificamente sobre a implementação da Agenda 21 do Estado; Energia e Telecomunicações, que prevê o fomento ao desenvolvimento de fontes de energia renováveis; Desenvolvimento de Microbacias, através do desenvolvimento da cadeia produtiva aquícola; Planejamento Urbano e Cidades Sustentáveis; e Fortalecimento da Gestão Municipal, que visa promover a qualificação do sistema de gestão territorial e controle social e, particularmente, no Programa Goiás Qualidade Ambiental Gestão Ambiental nas Empresas Privadas A partir das informações coletadas, verificou-se que as empresas do Setor de Turismo no Polo ainda não se preocuparam com a busca de certificação. Este é um desafio a ser superado na busca da qualidade e sustentabilidade do turismo na região. No entanto, iniciativas demonstram que há uma sensibilização para uma gestão ambiental sustentável. No municipio de Pirenópolis, por exemplo, com vistas à sua inclusão na lista de cidades-base do Mundial de 2014, está sendo feito um grande esforço para a concretização de projetos de qualificação do trade, em parceria com a Agência Goiana de Turismo. Pelo número de RPPNs o município evidencia sua preocupação com o Meio Ambiente. Entre as RPPNs destaca-se o Santuário da Vida Silvestre Vagafogo, primeira RPPN do Estado. Com um sólido programa de Ecoturismo, a RPPN oferece trilhas autoguiadas, atividades de aventura, Educação Ambiental, alimentação orgânica e venda de produtos orgânicos produzidos artesanalmente na fazenda. 222

223 3.6.5 Controle Territorial e Planejamento A capacidade institucional e organizacional para o planejamento municipal e para a gestão urbana dos destinos turísticos do Polo do Ouro é apresentada na Tabela 63 - Estrutura Pública de Planejamento e Gestão Urbana construída com dados do IBGE (2007) 17, complementado com dados de pesquisa primária. De acordo com as informações, todos os municípios possuem Plano Diretor, mas nenhum deles possui instância de governança na área. Excetuando Jaraguá, nenhum município declarou pertencer a área de influência de empreendimentos com significativo impacto ambiental e, todos, com exceção de Jaraguá, informaram integrar área de interesse turístico. Apenas Cocalzinho de Goiás informou ter Lei específica de Estudo de impacto de vizinhança. Os demais estão, assim, descumprindo a Lei N /2001 Estatuto da Cidade, que prevê esta ferramenta de planejamento urbano para todos os municípios. O Estudo de Impacto de Vizinhança EIV destina-se a projetos que não estão sujeitos ao EIA Estudo de Impacto Ambiental, mas que podem impactar o meio urbano, sua paisagem, suas atividades e Patrimônio Natural e Cultural. Com exceção de Abadiânia, todos os municípios informaram ter lei de parcelamento do solo. Quanto à lei de zoneamento ou equivalente, somente Abadiânia e Jaraguá não o possuem. Abadiânia e Cocalzinho informaram não contar com legislação específica sobre zona e/ou área de interesse especial, o que deixa o seu patrimônio ambiental, cultural, histórico, paisagístico, arquitetônico ou arqueológico, enfim, seu patrimônio turístico, mais vulnerável. E Jaraguá informou ignorar se tem ou não este tipo de lei. 17 IBGE, Perfil dos Municípios Brasileiros - Gestão Pública

224 Tabela 63: Estrutura Pública de Planejamento e Gestão Urbana Municípios Abadiânia Cocalzinho Corumbá de Cidade de Variáveis de Goiás Goiás Goiás Jaraguá Pirenópolis Plano Diretor Sim Sim Sim Sim Sim Sim Conselho Municipal de política urbana, desenvolvimento urbano, da Não Não Não Não Não Não cidade ou similar - ano O conselho realizou reunião nos últimos 12 meses Não aplicável Não aplicável Não aplicável Não aplicável Não aplicável Não aplicável O município integra área de influência de empreendimentos com Não Não Não Não Sim Não significativo impacto ambiental O município integra área de interesse turístico Sim Sim Sim Sim Não Sim O município possui legislação específica sobre zona e/ou área de interesse especial - tipo Não Não Sim / ambiental, histórico, cultural Sim / ambiental, histórico, cultural, paisagístico, arquitetônico, arqueológico Ignorado Sim / ambiental, histórico, cultural Lei de parcelamento do solo Não Sim Sim Sim Sim Sim Lei de zoneamento ou equivalente Não Sim Sim Sim Não Sim Código de obras Sim Sim Sim Sim Sim Sim Lei específica de Estudo de impacto Não Sim Não Não Não Não de vizinhança Fonte: Elaborado por FGV base IBGE, Perfil dos Municípios Brasileiros - Gestão Pública 2009 e dados da pesquisa primária,

225 Quanto a definição de áreas protegidas, o Sistema Estadual de Unidades de Conservação (SEUC) foi instituído pela Lei Nº /02, regulamentada pelo Decreto Estadual Nº /03. O Polo do Ouro conta com diversas unidades de conservação de diferentes categorias em níveis Municipal, Estadual e Federal (Tabela 64). Tabela 64: Unidades de Conservação do Polo Do Ouro UCs Categoria Área Total / Localização Ano de criação Parque Estadual da Serra Dourada Parque Ecológico da Serra de Jaraguá Estadual - Unidade de Proteção Integral Estadual - Unidade de Proteção Integral hab ,28 hab 1998 Mossâmedes, Cidade de Goiás e Buriti de Goiás Jaraguá Parque Estadual dos Pirineus ARIE Águas de São João Estadual - Unidade de Proteção Integral Estadual - Unidade de Uso Sustentável 2.833,26 hab 1987 Pirenópolis/Cocalzinho de Goiás/Corumbá de Goiás 26,49 hab Cidade de Goiás (Distrito de São João) APA da Serra dos Pireneus Estadual - Unidade de Uso Sustentável ,74 hab Pirenópolis/Cocalzinho de Goiás/Corumbá de Goiás APA da Serra Dourada Estadual - Unidade de Uso Sustentável ,00 hab Cidade de Goiás/Mossâmedes RPPN Fazenda Santa Mônica RPPN Fazenda Gleba Vargem Grande I RPPN Fazenda Vaga Fogo RPPN Fazenda Cachoeira Boa Vista Reserva Particular de Proteção Ambiental Reserva Particular de Proteção Ambiental Reserva Particular de Proteção Ambiental Reserva Particular de Proteção Ambiental 215,03 hab Corumbá 390,00 hab Pirenópolis 17,00 hab Pirenópolis 108,25 hab Cocalzinho de Goiás 225

226 UCs Categoria Área Total / Localização RPPN Santuário de Vida Silvestre Flor das Águas Reserva Particular de Proteção Ambiental Ano de criação 43,31 hab 141 Pirenópolis RPPN Santuário de Gabriel RPPN Fazenda Arruda Reserva Particular de Proteção Ambiental Reserva Particular de Proteção Ambiental 65,20 hab Pirenópolis - Pirenópolis Fonte: Elaborado por FGV base Agência Ambiental de Goiás e dados da pesquisa primária,2010. Como pode ser observado, o Polo não possui nenhuma UC federal. Por outro lado, tem inúmeras RPPNs, que vêm a complementar as iniciativas públicas de proteção do meio ambiente, demonstrando o nível de conscientização da sociedade civil e seu desejo de uso sustentável da natureza para o turismo. Entre as Unidades estaduais, nem todas estão totalmente regularizadas e com plano de manejo. As áreas especiais de preservação ambiental do Estado foram classificadas em níveis de prioridade considerando sua importância ambiental e os riscos a que estão expostas. O mapa a seguir (Figura 30) apresenta estas áreas e nele é possível observar níveis de prioridade extremamente alta e muito alta na área compreendida pelo Polo. 226

227 Figura 30: Áreas Prioritárias para a Conservação, Utilização Sustentável e Repartição de Benefícios da Biodiversidade Goiás Fonte: Elaborado por FGV base mapa "Áreas Prioritárias para a Conservação, Utilização Sustentável e Repartição de Benefícios da Biodiversidade Brasileira", MMA 227

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