Transcrição Teleconferência de Resultados do 1T10 em Português 14 de Maio

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1 LUPATECH S.A. CNPJ/MF nº / NIRE Companhia Aberta de Capital Autorizado Novo Mercado Transcrição Teleconferência de Resultados do 1T10 em Português 14 de Maio Operadora: Bom dia senhoras e senhores sejam bem-vindos à teleconferência dos resultados do 1T10 da Lupatech. Está presente conosco o Sr. Thiago Alonso de Oliveira, Diretor de Finanças e de Relações com Investidores. Informamos a todos os participantes que a apresentação que será realizada a seguir está disponível para download no site Informamos também que os participantes estarão apenas ouvindo a teleconferência durante a apresentação da Empresa e em seguida iniciaremos a sessão de perguntas e respostas, quando mais instruções serão fornecidas. Caso algum dos senhores necessite de alguma assistência durante a conferência, queiram, por favor, solicitar a ajuda de um operador digitando *0. Antes de prosseguir, gostaríamos de esclarecer que essa teleconferência está sendo gravada, e que eventuais declarações que possam ser feitas, relativas às perspectivas de negócios da Companhia, projeções e metas operacionais e financeiras, constituem-se em crenças e premissas da Diretoria da Lupatech, bem como em informações atualmente disponíveis para a Companhia. Considerações futuras não são garantias de desempenho e envolvem riscos, incertezas e premissas. Estas se referem a eventos futuros e, portanto, dependem de circunstâncias que podem ou não ocorrer. Investidores devem compreender que condições econômicas gerais, condições da indústria e outros fatores operacionais, podem afetar os resultados futuros da Empresa e podem conduzir a resultados que diferem, materialmente, daqueles expressos em tais considerações futuras. Gostaria agora de passar a palavra ao Sr. Thiago Alonso de Oliveira, Diretor de Finanças e de Relações com Investidores, que iniciará a apresentação. Por favor, Sr. Oliveira, pode prosseguir. Bom dia senhoras e senhores, iniciamos nossa teleconferência de resultados destacando a melhora significativa dos principais indicadores operacionais da Lupatech no 1T10 comparativamente ao 4T09. Nossa receita líquida cresceu 36,5%, o lucro bruto cresceu 82,3%, o EBITDA cresceu 189,8%, sendo a geração operacional de caixa atingindo o patamar de 20,3% da receita líquida e reduzimos em 65,7% o prejuízo do período.

2 Com a recuperação da receita líquida consolidada houve progresso da alavancagem operacional que somada aos esforços de melhoria de gestão em custos, acabou por contribuir com o crescimento do lucro bruto consolidado em 82,3%, bem acima do crescimento da receita líquida consolidada. Em paralelo a esse processo, começaram a ser apresentados os efeitos das reduções de gastos gerais e administrativos, que caíram 3,7%, o que contribuiu para a melhora do EBITDA consolidado em 189,8% e da margem EBITDA consolidada que subiu de 6,4% para 13,6%. A geração operacional de caixa durante o período foi de R$29,8 milhões, composta pela melhora dos indicadores operacionais acima destacados bem como pelo aprimoramento da gestão do capital de giro. Estamos otimistas em apresentar melhorias na gestão do capital de giro, pois os novos contratos assinados pela Companhia apresentam cláusulas que aliviam o uso do capital da Companhia para financiar o giro, principalmente do contas a receber. Próximo slide, por favor. Queremos destacar que os processos de licitação e de tomada de preços que a Companhia participou através dos segmentos Energy Products e Flow Control já começam a refletir positivamente no nosso backlog, que opera em níveis recorde. A melhoria do backlog será melhor percebida nas demonstrações financeiras ao longo do 2S10 e através dos períodos seguintes. Continuamos a ver constante melhora na atividade comercial relacionada, principalmente, às atividades de manutenção de produção de petróleo e gás e decorrente disso esperamos por avanços no backlog total nos próximos meses, garantido atividade industrial para os próximos períodos. Nosso backlog atual é da ordem de R$808,3 milhões, novo recorde para a Lupatech, e vem a confirmar nossa visão de melhoria de cenário para nossos negócios compartilhada com o mercado no final de Para os próximos períodos esperamos a confirmação de novos contratos decorrentes de licitações que participamos e fomos vitoriosos, principalmente nas áreas de serviços e de cabos de ancoragem para plataformas. Vemos que projetos de desenvolvimento de campos de petróleo no Brasil, destacadamente aqueles relacionados com a construção de plataformas para produção de petróleo e gás, começam a ser apresentados aos fornecedores de equipamentos e serviços, o que nos leva a crer que durante o 2S10, novos contratos poderão se somar ao atual backlog e assim contribuir para a continuidade do crescimento, o que criará condições operacionais ainda melhores para o ano de Passando para o próximo slide, por favor. Queremos uma vez mais ressaltar que a Companhia tem exposição a todas as etapas do setor de petróleo e gás exceto a etapa de exploração. As recentes descobertas no Brasil resultantes de campanhas exploratórias exitosas, e intensificadas desde 2007, estão criando enorme volume de reservas para serem desenvolvidas. Na medida em que esse processo tiver início, a Lupatech passará a contar com maiores volumes de demanda, principalmente por equipamentos. Uma vez que os campos sejam desenvolvidos e a produção tenha início, poderemos então fornecer ao setor, além de equipamentos de reposição, serviços, principalmente aqueles voltados à intervenção de poços e à manutenção da infraestrutura. Próximo slide, por favor. No dia 29 de março anunciamos a criação da Lupatech Oilfield Services para atuar em serviços de intervenção em poços. Entramos assim em um novo

3 negócio que inaugura uma nova fase para o setor na América Latina, quando nos tornamos um player regional na área de serviços especializados para petróleo e gás. Nossos diferenciais competitivos são nossa estrutura e diversificação de portfólio, o expertise da nossa equipe, composta por executivos com brilhantes passagens por diversas empresas do setor e o fato de podermos prover o mercado com conteúdo local, que é uma crescente demanda verificada. Nossa participação na Lupatech Oilfield Services é 85%, sendo os 15% restantes de propriedade da Penta, cujos sócios principais são João Carlos de Luca, que trabalhou na Petrobras e Repsol e atualmente preside o Instituto Brasileiro de Petróleo; Cesar Paolini que trabalhou na Schlumberger; e Carlos Portela que trabalhou na British Petroleum e Atlantic LNG. A Penta poderá ampliar sua participação para até 30% a partir do momento em que os investimentos feitos pela Lupatech já tiverem sido retornados, acrescidos de remuneração superior a 17% ao ano em USD. Nosso plano de negócios prevê atuação inicial no Brasil, Colômbia e México, escolhidos por apresentarem escala de mercado e excelentes perspectivas de crescimento. Nosso objetivo é atender a crescente demanda com tecnologias dominadas e onde possamos ser um fator de diferenciação em qualidade e preço, integrando soluções de serviços com equipamentos. Assim somaremos a capacidade industrial da Lupatech, com sua ampla linha de equipamentos a de um player em serviços. Nossa primeira operação será na Colômbia onde adquirimos a Hydrocarbon Services. Segundo estimativas de mercado, o tamanho do mercado potencial para a Lupatech Oilfield Services na América Latina está estimado hoje em US$4,3 bilhões ao ano, com potencial para atingir US$5,7 bilhões ao ano em 2015, do qual esperamos ocupar de 10% a 12%. Próximo slide, por favor. Durante a realização da Assembleia Geral Ordinária, foi eleito o Conselho de Administração. A nova composição conta com a mesma quantidade de Conselheiros que a anterior, sete, dentre os quais, três Conselheiros são independentes. A se destacar que seis dos sete Conselheiros foram reeleitos, sendo que a BNDESPar, dentro de práticas de renovação de seus representantes perante Conselhos de Administração de companhias onde investe, optou por indicar o Sr. Armando Mariante Carvalho Júnior, Vice Presidente do BNDES, em substituição ao Sr. Marcelo Cabrera da Costa, a quem a Administração agradece pela enorme dedicação ao projeto da Lupatech desde Ainda na Assembleia Geral foi instalado o Conselho Fiscal, por solicitação dos dois maiores acionistas da Companhia, Lupapar e Petros. O Conselho Fiscal é composto por três membros, sendo dois conselheiros fiscais independentes, Sr. Egon Handel e o Sr. Amoreti Franco Gibbon, o terceiro indicado pela Petros é o Sr. Humberto Santamaria. Entendemos que o Conselho Fiscal é um importante passo no aprimoramento das práticas de governança da Lupatech. Passando para o próximo slide, a receita líquida consolidada do 1T10 cresceu 36,5% em comparação ao 4T09, atingindo R$147,1 milhões. O crescimento da receita líquida consolidada é consequência do crescimento do segmento energy products em 50,5%, e também do segmento flow control em 19,6%. O lucro bruto consolidado no 1T atingiu R$41,2 milhões, crescimento de 82,3% quando comparado com o trimestre anterior. O crescimento do lucro bruto vem da expressiva recuperação do segmento energy products.

4 Próximo slide. As despesas gerais com vendas, administrativas e honorários dos administradores recuaram 3,7% no 1T e atingiram R$26,8 milhões. Esta redução decorre de queda nas despesas administrativas consolidadas no 1T em 12,5%, fruto do processo de aprimoramento de gestão iniciado pela Companhia ainda no 2S09. As despesas com vendas consolidadas no 1T apresentaram crescimento de 4,2% consequência do crescimento das despesas variáveis com vendas, necessárias para a melhora da receita líquida consolidada em 36,5%. O EBITDA ajustado consolidado cresceu 189,8% quando comparado ao trimestre anterior, e atingiu R$20,1 milhões. A margem EBITDA consolidada alcançou 13,6%. O crescimento da margem EBITDA consolidada é consequência direta da melhora do segmento energy products e da queda das despesas administrativas. O resultado líquido consolidado do trimestre foi de prejuízo de R$16,2 milhões, menor em 65,7% quando comparado ao trimestre anterior. Passando para o próximo slide. A variação do capital de giro operacional no 1T resultou em geração de R$6,6 milhões apesar do crescimento das contas a receber, decorrente de maiores receitas apuradas no período, mas que conseguimos compensar com a redução de estoques e também pelo aumento do adiantamentos de clientes e pelo prazo médio de fornecedores. O índice de necessidade de capital de giro sobre receita líquida consolidada melhorou de 55,5% para 54,7%. Próximo slide. Durante o 1T10, a geração operacional de caixa alcançou R$29,8 milhões, ou 20,3% da receita líquida consolidada. Com os recursos oriundos da geração operacional de caixa, financiamos nosso plano de investimentos em R$8,9 milhões, além de amortizações líquidas de financiamentos de R$15,2 milhões. Nossa posição de caixa e equivalentes cresceu de R$5,7 milhões. Com isso encerramos nossa apresentação e estamos à disposição para responder a dúvidas que os senhores tenham. Felipe Santos, JPMorgan: Bom dia, Thiago. Vocês anunciaram que vocês receberam a antecipação para algumas linhas de serviços. Minha pergunta seria se vocês podem também dar uma visão geral de em qual tipo de linhas de serviços vocês conseguiram receber incentivos nessa licitação que vocês ganharam. E minha segunda pergunta seria relacionada à qual ambiente competitivo vocês encontraram disputando licitações para cabos de ancoragem. Obrigado pelas suas duas perguntas, Felipe. Na realidade, entre licitações que nós participamos e obtivemos sucesso, entre serviços e cabos de ancoragem, foram dez, no total. O ambiente competitivo que encontramos não difere muito daquilo que vínhamos acompanhando nos últimos anos. Os players são exatamente os mesmos, portanto, por essa linha não vemos nenhuma grande diferença com relação ao passado. Talvez a exceção seja no caso de serviços, que nós posicionamos de maneira muito mais ativa que no passado, talvez por isso tenhamos tido um índice muito importante de licitações que nós ganhamos.

5 Essa é a posição que eu posso lhe passar no momento. Ficou faltando, talvez, um pedaço da sua pergunta. Desculpe, eu me perdi no meio. Felipe Santos: Vou falar um pouco, então, da segunda parte, e depois da primeira parte. Você disse que são dez licitações que participaram em cabos de ancoragem, e a Lupatech saiu bem sucedida nas dez? Entre serviços e cabos de ancoragem, foram dez. Mas na última que teve de cabos de ancoragem, que foram cinco, levamos as cinco. Felipe Santos: OK. E na linha de serviços, você pode de alguma maneira dar uma indicação de que tipo de serviços vocês conseguiram serem bem sucedidos? Alguma coisa que possa falar? Tem uma variedade relativamente grande, que passa por serviços de workover, a parte de movimentação de equipamentos entre top side de plataforma e o fundo do mar. Felipe Santos: OK. Muito obrigado. Paula Kovarsky, Itaú: Bom dia. Eu queria fazer duas perguntas. A primeira delas é com relação a CAPEX. Vocês tinham dado um guidance de CAPEX para o ano da ordem de R$80 milhões, e nesse trimestre foram gastos apenas R$8 milhões. Se tem alguma mudança de tendência ou se é alguma coisa sazonal, a primeira pergunta. A segunda pergunta é com relação ao segmento de energy. Ainda vemos nesse trimestre uma margem EBITDA na casa dos 11%, que está bem longe daquilo que é a margem normalizada desse segmento; se você pode nos dar um pouco de perspectiva do que esperar ao longo do ano. Paula, obrigado pelas duas perguntas. A primeira, relacionada com o CAPEX, nós apresentamos para o Conselho de Administração um plano de CAPEX de até R$80 milhões, que foi o número que foi apresentado ao mercado. Mas estamos administrando como esse CAPEX será feito ao longo do ano, com alguma chance de que esse número fique abaixo do número que foi orçado e aprovado para ser realizado ainda no ano de Na parte de margem do segmento energy, ela ainda está bastante distante daquilo que historicamente vínhamos apresentando, quando as condições de mercado nos eram mais favoráveis. Estamos saindo de um momento de mercado muito ruim, e também foi afetado por uma combinação de maior ociosidade, o que acaba reduzindo a diluição de custos fixos, e ao mesmo tempo vimos que os preços que estão sendo praticados hoje são inferiores aos que eram praticados em 2008.

6 Então a mudança de cenário de 2008 para hoje, que vou tentar sumarizar aqui, é a seguinte: 2008, nós, Lupatech operando muito perto da capacidade instalada, portanto com uma alta eficiência de diluição de custos fixos, preços em patamares bastante favoráveis, o que levava a margens positivas. Com a adição de capacidade que fizemos ao longo do ano de 2009 e com um cenário de preços um pouco mais deprimido que aquele de 2008, vimos as margens contraírem, o que nos trouxe até esse nível de hoje. Nossa expectativa é que com a crescente ocupação de capacidade que estamos projetando para os próximos trimestres, tenhamos uma melhora de diluição de custos fixos, e um pouco mais para frente devemos ver um cenário de melhoria de ambiente de preços. E aí, quando tivermos essa combinação de melhor ocupação de capacidade com melhores preços, teremos condições de voltar para patamares históricos do ponto de vista da margem EBITDA. Paula Kovarsky: O senhor pode, talvez, então entrar um pouco mais em detalhes dessa expectativa de melhora de preço, de onde vem essa melhora? Só para entendermos um pouco melhor. Essa expectativa não é para curto prazo, ela é mais para médio prazo, devemos estar falando de 2011, talvez E o que vai gerar este ambiente de melhora de preços será um movimento internacional de maior ocupação de capacidade de todos os players. Aqui no Brasil temos um mercado competitivo, os nossos preços aqui são balizados por preços internacionais. Portanto, em um momento como este, que o cenário fora do Brasil é bastante restritivo a investimentos dentro desse setor, estamos vendo que as empresas com quem nós concorremos também estão com ociosidade de capacidade em suas bases, e isso faz com que haja um movimento natural de primeiro absorver capacidade para depois, então, fazer o movimento de melhora de preços. E isso, estimamos que demora ainda para o ano que vem ou para 2012 para que aconteça. Paula Kovarsky: Ótimo. Obrigada. Eu só queria pedir uma coisa: esse último release veio sem a reconciliação com os números do 1T, não sei se é por conta de IFRS. Se vocês pudessem depois nos passar os números do 1T09, seria bom. Paula, os números trimestrais do ano passado, exceto pelo 4T, já estão disponíveis no site. Então, se você tiver dificuldade, avise que lhe enviamos a planilha. Paula Kovarsky: OK. Obrigada. Auro Rozenbaum, Bradesco: Bom dia a todos. Eu queria conversar um pouco sobre essa questão do cenário de licitações para trás e para frente. Na resposta para o Felipe, você falou para as dez licitações ganhas entre serviços e cabos. Eu gostaria, primeiro, de confirmar se elas ainda não foram assinadas, se não estão em backlog.

7 E depois, eu gostaria de prosseguir, queria ouvir de você em quantos processos vocês ainda estão que não foram fechados, e qual é a sazonalidade disso para frente, até o final do ano; se tem algum período que vocês esperam ter um volume maior ou menor, se tem alguma quantificação de processos. Bom dia, Auro. Obrigado pela sua pergunta. Vou começar comentando, então, um pouco mais sobre as licitações que já aconteceram e também dar um pouco mais de informação de como acontece esse processo. Estamos participando de maneira mais ativa, porque se tornaram mais frequentes as licitações a partir de novembro do ano passado, de diversas licitações. Parte dessas licitações que nós ganhamos, os contratos já foram assinados, e aí podemos destacar o contrato de revestimento de tubulações e também os contratos para fornecimento de válvulas. Mas existem diversas outras licitações, que são até, em alguns casos, anteriores a essas que já estão assinadas, que estão ainda em processo de transformação em contratos. Então, o processo licitatório nasce com o convite para vocês apresentar uma proposta; uma vez que as propostas são apresentadas é feita uma primeira análise, que indica, pelo quesito preço, quem é o vencedor daquela licitação. Quem perde a licitação tem o direito de apresentar recursos que tentam invalidar a proposta vencedora, e esses recursos podem ser tanto técnicos quanto formais, e enquanto esse processo não é concluído, a licitação em si também não tem o seu desfecho. Em algumas dessas licitações que participamos houve, por parte de concorrentes, questionamentos. Esses questionamentos fizeram com que o processo se tornasse mais longo em termos de tempo, mas na grande maioria dessas licitações que comentamos agora há pouco, já superamos essa fase. Então, estamos em uma fase agora de definição de termos jurídicos, ou seja, o contrato que está sendo confeccionado neste momento para posterior assinatura. A segunda parte da sua pergunta fazia referência com relação a licitações futuras. É muito difícil eu conseguir dizer hoje o cronograma dessas licitações futuras, porque normalmente, o prazo que é apresentado para que as propostas sejam colocadas não dá tanta visibilidade assim. Nós trabalhamos com um horizonte para participar de novas licitações que é relativamente curto, portanto de baixa previsibilidade. O que nós estamos vendo neste momento como algo interessante, que deve começar a ocorrer mais para o final do ano, ou no 2S, para ser mais preciso, é que até agora, essa retomada que nós tivemos de atividade, que nos trouxe já para um backlog recorde, está muito concentrada nas atividades de manutenção de produção. Com isso, o nosso backlog voltado para a área de desenvolvimento, que historicamente representava 2/3 do volume total de backlog da Lupatech, deve começar a ter tomadas de preço por parte dos epecistas. Portanto, em acontecendo isso, temos espaço para apresentar um progresso ainda maior na questão do backlog. E aproveitando que eu me estendi demais neste assunto, só para deixá-lo bastante claro, também temos que lembrar do seguinte aspecto: o backlog, quando é voltado para as atividades de produção, tem um prazo médio mais longo que aquele voltado para as atividades de desenvolvimento. Então, no desenvolvimento o backlog vai girar em até nove meses, mais

8 ou menos, de prazo, e aqueles contratos que são voltados para a área de produção terão um horizonte de dois a cinco anos. Uma mudança importante que aconteceu no perfil do nosso backlog é que em 2008 tínhamos um backlog com prazo médio por volta de nove meses, e hoje estamos falando de um backlog com prazo médio superior a um ano, um ano e meio, e isso decorre essencialmente do perfil de contratos que temos compondo o backlog hoje, uma vez mais bastante concentrado na parte de manutenção de produção. Auro Rozenbaum: Desculpe, só uma dúvida que eu ainda tenho: dessas dez licitações recentes que você mencionou que vocês foram vitoriosos, já teve contratos de revestimento de válvulas assinados? Dois assinados e oito por assinar? Não, esses dez são os que ainda não estão assinados. Auro Rozenbaum: Então nós temos dez contratos para ainda termos o anúncio de assinatura e valor? Exatamente. Uma questão que para nós ainda não está clara é, principalmente no caso dos cabos de ancoragem, se as cinco licitações serão concretizadas através de um único contrato ou se serão feitos cinco contratos diferentes. Auro Rozenbaum: Perfeito. Obrigado. Ricardo Cavanagh, Raymond James: Bom dia. Eu tenho também duas perguntas. A primeira, gostaria de saber quão relacionada está a expectativa de uma retomada do nível de atividade no 2S, e também em 2011, com o processo de capitalização da Petrobras. E a segunda, qual seria sua estimativa, pelo menos um ratio em relação à cobertura de interesses para o ano. Muito obrigado. Ricardo, obrigado pelas suas duas perguntas. Naturalmente, um processo de capitalização que venha a ocorrer nos próximos meses se torna bastante positivo para nossas operações. Nós entendemos que parte dos recursos da capitalização, ou parte da razão pela qual a capitalização está sendo discutida é para reforçar a disponibilidade de recursos, para que as descobertas recentes passem pela fase de desenvolvimento e entrem em produção. E essa etapa, que é uma etapa bastante focada em construção de infraestrutura, é uma etapa que, a nós, acaba por gerar uma quantidade bastante interessante de oportunidades de negócios. Então, eu diria que a capitalização pode, sim, acelerar o processo de retomada de atividade.

9 A sua segunda pergunta, desculpe, eu acabei não anotando aqui e me perdi. Ricardo Cavanagh: Basicamente, qual é sua visão a respeito do ratio de cobertura de interesses para Vemos que para este ano, se conseguirmos cumprir com o nosso orçamento, teremos a cobertura de todos os três indicadores dos nossos covenants. Então, vemos a posição de geração de caixa este ano, como já pudemos mostrar no 1T, como uma das áreas de foco para a Companhia. E para ajudar nesse aspecto, temos a questão de que os termos contratuais desses novos contratos que estão sendo assinados trazem condições de down payments que trarão um alívio no capital de giro. Então, a nossa cobertura virá de uma geração de EBITDA melhor que a que tivemos no ano passado, e ao mesmo tempo devemos ter uma geração de caixa também interessante, advinda da redução de capital alocado ao capital de giro, e isso fruto desses contratos. Ricardo Cavanagh: Perfeito. Muito obrigado. E se posso fazer uma última pergunta, não sei se você poderá falar, mas gostaria de saber sua opinião a respeito da possibilidade da capitalização que acontece agora, nessa primeira metade do ano, junho ou julho. Você quer minha opinião, se vai acontecer ou não? É isso? Ricardo Cavanagh: Sim, como estão olhando a possibilidade. Não para ter uma opinião política, mas mais para que possibilidade, ou que probabilidade vocês estarão assinando o processo que acontece este ano. Ricardo, este é um processo muito sensível, e eu diria que neste momento tudo pode acontecer. Ela pode tanto acontecer quanto pode não acontecer. Eu ainda não tenho segurança para poder dizer uma direção ou outra. Essa é minha opinião absolutamente pessoal. Ricardo Cavanagh: Perfeito, Thiago. Muito obrigado. Marcos Guerra, Credit Suisse: Bom dia a todos. Minha pergunta é sobre os resultados dos próximos trimestres. Vocês falaram recentemente, não era um guidance, mas que esperavam que a receita deste ano ficasse mais ou menos em linha com a receita de 2008, então em torno de R$700 milhões. E olhando o backlog aqui, o que está para ser convertido em 12 meses são R$448 milhões. Então, para o

10 ano tem um gap. Eu queria saber, primeiro, que premissa está implícita nesse gap entre o que você tem de backlog para converter e esse guidance de receita, se isso no segmento flow o que você está colocando é a manutenção do nível de atividade atual ou alguma melhora. E segundo, esses contratos que você comentou que vocês ganharam com a Petrobras, que estão para serem anunciados, se isso impacta o ano, quanto disso já está na conta de vocês nesse guidance e quanto poderia ser um upside, se é que impacta este ano e não só 2011, 2012 ou mais para frente. Obrigado. Primeiro, parte das nossas atividades, principalmente aquilo que é associado ao setor flow e à metalurgia, o tempo entre recebermos o pedido e entregarmos o produto é relativamente curto. Portanto, é um backlog que em alguns casos se realiza dentro de um mês, então chamamos, na realidade, de venda spot. O que falta na sua conta para fechar os números do ano são esses contratos, essas vendas spot que nós fazemos, tanto na área de válvula industrial quanto na área de metalurgia. Com relação a... Marcos Guerra: Só um minuto, com relação à minha primeira pergunta ainda, eu queria saber então qual que é o nível da atividade que estaria implícito nesse guidance de receita mais ou menos parecido com o de 2008, qual o nível de atividade que estaria no segmento flow, se é a manutenção do nível atual ou se vocês colocam uma melhora ao longo do ano também? Devemos ver uma melhora ao longo do ano e essa melhora tanto aqui no Brasil como também na Argentina. Então, o segmento flow, até pela característica dele que era o que eu estava comentando dele agora pouco, ele vai contribuir de uma maneira importante com esse diferencial entre o que já foi a receita do 1T, o que tem de backlog e a projeção de receita para esse ano. Então vai vir essencialmente de lá, e fruto, como eu coloquei, de investimentos aqui no Brasil e também na Argentina. Marcos Guerra: Está ótimo, obrigado. E a segunda pergunta, sobre os contratos, impactam esse ano ainda, se é um upside ou se entra...? Não, os contratos na sua grande maioria e, aqui talvez a exceção seja o contrato de revestimentos, a maior parte da receita deles será reconhecida em 2011 e 2012 daqueles contratos que já estão no backlog. Então, tem uma parcela menor de possível impacto que esse backlog pode gerar ainda no resultado de Marcos Guerra: E dos que ainda não foram anunciados, que vocês não assinaram ainda, pelo o que eu tinha entendido eram contratos também de mais longo prazo, de três a cinco anos, principalmente na

11 parte de serviços. Esses contratos também impactam só lá na frente ou tem alguma coisa que ainda não está no backlog aqui que pode impactar o resultado nos próximos trimestres? Tem alguma coisa que pode impactar nos próximos trimestres e isso estará essencialmente ligado com a parte de cabo de ancoragem, que dependendo do tempo em que os contratos forem assinados ainda dá para fazer alguma coisa para reconhecer receita em E em uma menor proporção, talvez, nos outros contratos de serviços. Marcos Guerra: Está ótimo. Obrigado. Gustavo Gattass, BTG Pactual: Bom dia, Thiago. Eu tenho algumas perguntas. Eu queria primeiro voltar na discussão da Paula e depois entrar na discussão do backlog. Na pergunta que a Paula fez, ela deu uma focada na margem EBITDA, eu queria virar essa pergunta um pouco diferente e pensar só na margem bruta. Olhando para o energy, vimos que a margem bruta acabou melhorando bastante do final do ano passado pra cá, mas estamos ainda aquém dos níveis de mais de 40% do passado. Podemos trabalhar com essa margem bruta relativamente parada de agora em diante? Assumir que esse efeito adicional do 30% para o 40% é o efeito preço que você está falando para o ano que vem e para 2012, ou vocês acham que ainda tem alguma melhora nesse ano pra isso? Gustavo, acho que ainda tem um espaço ainda para melhorarmos a parte de diluição de custo fixo dentro de um cenário de preços estáveis. Então, isso ainda no nosso cenário, no nosso caso, ele está presente porque a gente está prevendo uma melhora gradual de nível de atividade trimestre após trimestre. Então, há espaço através de alavancagem operacional para melhorar, mas sem dúvida que uma progressão vinda por parte de aumento de preços facilita bastante esse processo. Está bom. A segunda coisa que eu queria dizer é o seguinte, é uma pergunta mais conceitual, inicial, o backlog que vocês estão divulgando ainda é o backlog só para óleo e gás? Não. O nosso backlog divulgado é um backlog total da Companhia. É que a representatividade dentro desse backlog do que é flow e do que é metalurgia é bastante pequeno. Está bom. Eu só estava querendo bater a redução do backlog no trimestre contra receita e não estava fechando, mas acho que isso vai cobrir a diferença.

12 Eu diria que a parte do backlog que é flow e metalurgia é entre 5% e 10%, não mais do que isso. Está ótimo. E só uma outra conceitual, o backlog é receita bruta, certo? Não líquida. Ele é receita bruta, você tem razão. Lembrando que a nossa receita bruta em muitas situações acaba sendo igual à receita líquida porque são contratos que, em vários aspectos, estão associados com operações do REPETRO. Está ótimo. Então, deixa agora eu entrar nas duas perguntas de backlog. A primeira delas é que quando olhamos o seu press release, parece que você teve um aumento desse último contrato da ordem de uns R$80 milhões na sua receita de 12 meses. Eu só queria entender, Thiago, podemos considerar que isso vem linear nesses trimestres ou é algo que é crescente mais para o final do período? Gustavo, eu ainda hoje não consigo responder pelo seguinte aspecto, o contrato foi assinado há poucos dias e agora, exatamente nesse instante, estamos trabalhando para definir como é que essa ordem aberta se transforma em programação de produção. Assim que eu tiver essa informação eu poderei compartilhar com vocês de uma maneira bem mais segura do que agora. OK. Mas há o risco do número de 12 meses mudar significativamente ou é só a abertura dentro dos 12 meses, se vocês realmente não têm disponibilidade? O que fizemos foi pegar o contrato e dividir em dois pedaços e alocar ele no primeiro ano e no segundo ano. Podemos em um futuro breve redistribuir esse reconhecimento de receita. E eu insisto com você, só vou poder fazer isso quando eu tiver uma melhor programação de entrega desse backlog. Está ótimo. E a minha última, me desculpe porque perguntei muita coisa, mas só para trabalhar um pouco o futuro, você mencionou crescimento potencial de backlog advindo de desenvolvimento. Tem como nos passar pelo menos alguma visão de 10 mil pés de altitude sobre como é que está o portfólio de contrato de novas unidades e o que vocês vêm como já contratados e o que ainda tem que ser contratado pela Petrobras, quantos FPSOs já estão em uma situação ou outra?

13 Gustavo, eu diria que no geral devemos ter para os próximos três ou cinco anos um nível de atividade nessa área maior do que foi no mesmo período de maneira retrospectiva. Essa definição de datas é uma definição que nós não participamos dela. Essa é uma definição que acontece de um acordo inicial feito entre a Petrobras, no caso citado, e uma empresa de EPC. Posteriormente ela começa a comprar esses equipamentos no mercado e aí é que passamos a ter essa possibilidade de fornecer os produtos da nossa linha pra as epecistas. Então, olhando sobre esse prisma, temos que estar muito mais positivos para os próximos cinco anos do que estivemos ao longo dos últimos cinco anos. Então está bom. Obrigado. Operadora: Obrigada. Não havendo mais perguntas, gostaria de passar a palavra para o Sr. Thiago para as suas últimas considerações. Sr. Thiago, prossiga com suas últimas considerações. Eu queria agradecer a presença de todos vocês na nossa teleconferência. Se alguma questão que você tenha não foi respondida durante a teleconferência, por favor, entre em contato com a nossa área de investidores. O jeito mais fácil é através do ri@lupatech.com.br. Muito obrigado, e tenham todos um bom dia. Operadora: Obrigada. A teleconferência dos resultados do 1T10 da Lupatech S/A está encerrada. Por favor, desconectem suas linhas agora. Este documento é uma transcrição produzida pela MZ. A MZ faz o possível para garantir a qualidade (atual, precisa e completa) da transcrição. Entretanto, a MZ não se responsabiliza por eventuais falhas, já que o texto depende da qualidade do áudio e da clareza discursiva dos palestrantes. Portanto, a MZ não se responsabiliza por eventuais danos ou prejuízos que possam surgir com o uso, acesso, segurança, manutenção, distribuição e/ou transmissão desta transcrição. Este documento é uma transcrição simples e não reflete nenhuma opinião de investimento da MZ. Todo o conteúdo deste documento é de responsabilidade total e exclusiva da empresa que realizou o evento transcrito pela MZ. Por favor, consulte o website de relações com investidor (e/ou institucional) da respectiva companhia para mais condições e termos importantes e específicos relacionados ao uso desta transcrição.