A RELAÇÃO ESCOLA-FAMÍLIA NO IFBA/BARREIRAS COMO A FAMÍLIA PODE CONTRIBUIR COM A VIDA ESCOLAR DO/A ESTUDANTE
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1 1/4/2015 A RELAÇÃO ESCOLA-FAMÍLIA NO IFBA/BARREIRAS COMO A FAMÍLIA PODE CONTRIBUIR COM A VIDA ESCOLAR DO/A ESTUDANTE Coordenação Técnico-Pedagógica COTEP ABRIL 2015
2 DEPARTAMENTO DE ENSINO COORDENAÇÃO TÉCNICO-PEDAGÓGICA Reitoria Renato da Anunciação Filho Direção Geral Dicíola Figueirêdo de Andrade Baqueiro Direção de Ensino Maria da Conceição dos Santos Departamento de Ensino Maria Perpétua Carvalho da Silva Coordenação Técnico-Pedagógica Shirley Pimentel de Souza COORDENAÇÃO TÉCNICO-PEDAGÓGICA Acompanhamento Pedagógico Dulcimar Pereira da Guarda Campos Maria do Carmo Gomes de Ferraz Paula Vielmo Shirley Pimentel de Souza Serviço Social Cacilda Ferreira dos Reis Elisama Carvalho dos Santos Estagiários/as Iago Oliveira Aguiar Lermen Jéssica Matos Cardoso Valdinéia Luíza R. Toigo Elaboração Shirley Pimentel de Souza Pedagoga Revisão Equipe da COTEP
3 Apresentação O IFBA tem como missão institucional promover a formação do cidadão histórico-crítico, oferecendo ensino, pesquisa e extensão com qualidade socialmente referenciada, objetivando o desenvolvimento sustentável do país. Compreendemos que estabelecer uma relação de parceria com as famílias dos/as estudantes é elemento fundamental para o cumprimento da nossa missão, pois a formação de cidadãos e cidadãs é muito mais ampla que a mera transmissão de conteúdos. A relação entre família e escola, bem como a maneira como pais, mães e responsáveis pelos/as estudantes encaram a vida escolar de seus tutelados/as influenciam diretamente no seu desempenho escolar, bem como na sua formação integral. Entretanto, temos percebido que precisamos avançar muito na aproximação entre família e escola ao longo do ano, visto que o fluxo de atendimento às famílias de estudantes dos cursos Técnicos de Nível Médio na modalidade integrada é mais intenso no final do ano letivo. Isto ocorre porque muitas famílias só procuram a escola quando o risco de reprovação já é alto. Muitas destas famílias foram convidadas a comparecer à escola ao longo do ano para atendimento individual ou em convite coletivo para reuniões escola-família e plantões pedagógicos, porém por motivos diversos não compareceram. Por isto, chamamos a atenção para o fato de que o conhecimento sobre a situação escolar do/a filho/filha ou tutelado/a, apenas ao final do ano letivo, gera surpresa para muitas famílias que esperam uma realidade diferente, além disto, não oferece muitas possibilidades de intervenção e ajuda por parte das mesmas. Deste modo, muitas famílias acabam se isentando da responsabilidade prevista no artigo, 129, inciso V, do Estatuto da Criança e do Adolescente que afirma que é obrigação dos pais ou responsáveis matricular o filho ou pupilo e acompanhar sua frequência e aproveitamento escolar. Portanto, o mero colocar na escola não suprime a obrigação da família, sendo necessária a atuação no sentido de garantir a permanência, bem como no de observar e participar do desenvolvimento escolar da criança ou adolescente, de modo a estimular o alcance do sucesso escolar. Visando contribuir com este processo, apresentaremos algumas sugestões para que as famílias possam melhor participar da vida escolar dos/as estudantes ao longo do ano letivo, bem como ampliar o diálogo entre escola e família.
4 1. É necessário desfazer alguns mitos existentes acerca do IFBA Existem alguns mitos acerca de como é ser um estudante do IFBA e dentre o quais se coloca que é normal perder de ano, pois o ensino é muito difícil. Sobre este mito, destacamos que de fato existe um alto índice de reprovação no primeiro ano dos cursos da modalidade integrada. Entretanto, esta reprovação se dá por uma série de fatores de natureza individual, institucional e social, dentre os quais podemos citar a baixa qualidade do Ensino Fundamental que é ofertado no país, não apenas nas escolas públicas, mas também em muitas escolas privadas, além da falta de rotina diária de estudos. Porém, este mito leva muitas famílias a acreditar que o/a estudante não dará conta de acompanhar o ritmo da escola ou que o esforço é muito grande para ele/a, o/a poupando de cumprir compromissos escolares e impedindo que crie uma relação de responsabilidade com os estudos. A reprovação é sim uma possibilidade na trajetória de qualquer pessoa, mas é importante deixar claro que ela vai depender muito das atitudes da família, da escola e do/a estudante ao longo do ano. Outro mito bastante difundido é o de que o/a estudante do IFBA não tem vida social ou como muitos comentam não existe vida além do IFBA. Com isto, por vezes acontecem situações opostas à relatada anteriormente: muitos/as estudantes acabam se isolando da família e dos/as amigos/as e dedicando-se quase que exclusivamente aos estudos. Destacamos que nenhum extremo é saudável. Temos visto muitos/as jovens e adolescentes com problemas de ansiedade por conta do medo do insucesso, da cobrança excessiva por parte da família ou dele/a próprio/a, ocasionando problemas para o seu desenvolvimento psíquico, social e escolar. Chamamos a atenção para a importância de que o/a jovem tenha tempo para o lazer, para as práticas esportivas, para o convívio social, entre outras atividades que possam garantir uma vida saudável.
5 2. Observe a rotina de estudos em casa Ao início de cada ano letivo nós da Coordenação Técnico- Pedagógica (COTEP) realizamos um trabalho de Metodologia de Estudos com as turmas ingressantes. Este trabalho consiste em orientar os/as estudantes sobre como adquirir bons hábitos de estudos. Isto envolve local de estudos em casa, tempo dedicado a este estudo, tempo de sono/descanso, questões emocionais, entre outras. É importante que as famílias conheçam o Guia de Estudos que é distribuído, de modo a contribuir com a implementação das práticas sugeridas. É importante que o/a estudante tenha hábitos regulares de estudo e elabore um cronograma semanal no qual irá incluir horários específicos para se dedicar a cada disciplina, de modo a garantir tempo para fazer exercícios e trabalhos solicitados, bem como revisar os conteúdos ministrados em sala. O hábito de estudo contínuo facilita o processo de aprendizagem e evita sobrecarga nas vésperas de avaliações. Pergunte diariamente sobre as atividades escolares, sobre os conteúdos estudados, pois mesmo que você não tenha conhecimento sobre o que está sendo estudado ou more em outra cidade, mostre que se importa com a vida escolar de seu/a filho/a ou tutelado/a. Isto faz muita diferença para ele/ela. 3. Procure a escola com frequência para se inteirar do desempenho escolar de seu/sua filho/filha ou tutelado/a Ao final de cada unidade realizaremos um Plantão Pedagógico, que será um momento em que docentes e coordenações de cada curso ficarão disponíveis para o atendimento às famílias. As datas dos Plantões já estão definidas no Calendário Acadêmico 2015, então é importante se programar para participar. Na semana anterior a cada Plantão enviaremos um convite informando horário e local de realização. Nos plantões serão entregues os boletins com as notas de cada disciplina, então, aproveite estes momentos para perguntar aos professores e professoras quais as dificuldades que seu/sua filho/a ou tutelado/a tem nas disciplinas, como é seu comportamento em sala de aula, se participa das aulas, como é o relacionamento com colegas, entre outras questões que
6 envolva o processo ensino-aprendizagem. Esta comunicação é fundamental para a tomada de decisão acerca do que precisa ser melhorado na rotina dele/a. DATAS DOS PLANTÕES PEDAGÓGICOS I unidade II unidade III Unidade 18 de julho de de outubro de de janeiro de 2016 Na COTEP temos uma técnica responsável pelo acompanhamento pedagógico aos cursos. Caso queira saber informações sobre o acompanhamento ao estudante sob sua responsabilidade, bem como tratar de outras questões de natureza pedagógica, pode ligar e agendar um momento para atendimento. CURSO TÉCNICA PEDAGÓGICA TELEFONE Edificações Maria do Carmo G. de Ferraz (77) Alimentos Dulcimar P. da Guarda Campos (77) Informática Shirley Pimentel de Souza (77) Conheça os documentos legais da Instituição Ao se matricular todos os estudantes receberam um livro contendo o Código Disciplinar Discente e a Organização Didática dos Cursos Técnicos de Nível Médio do IFBA. O Código Disciplinar especifica as infrações disciplinares discentes passíveis de sanção, os direitos e garantias quanto ao processo disciplinar discente e à aplicação das respectivas sanções. Portanto, este documento rege como a escola irá lidar com situações de indisciplina no âmbito da investigação e da punição dos/as infratores/as. Assim, é necessário que a família conheça para saber como proceder nos casos em que o/a estudante possa estar envolvido como vítima ou praticante da infração. Porém, a questão da indisciplina é muito mais ampla, visto que pode envolver fatores de natureza pedagógica, familiar, social, etc. e, portanto, seu combate depende de uma parceria entre escola e família com o objetivo de, não apenas punir, mas de descobrir e combater as causas de condutas inadequadas dos/as estudantes. A Organização Didática é o documento que rege os procedimentos didático-pedagógicos e administrativos, relativos ao processo educacional no Instituto. Neste documento é possível encontrar
7 as regras acerca de trancamento de matrícula, exercício domiciliar, justificativa de ausência, pedido de 2ª chamada de avaliação, conselhos de classe, avaliações, etc. O conhecimento destas regras e prazos é fundamental para evitar equívocos no que diz respeito aos direitos e deveres dos/as estudantes ao longo de sua trajetória nesta escola. 5. Observe as mudanças de comportamento A mudança de escola, bem como a mudança de município, as diferentes configurações de moradia e de arranjos familiares, a incorporação de atividades domésticas e novas responsabilidades, além das transformações hormonais e sociais da puberdade/adolescência, dentre tantos outros fatores, podem trazer problemas para muitos/as jovens na hora de estudar, favorecendo uma queda no desempenho escolar. É necessário que a família consiga identificar que fatores são estes, para poder diferenciar se o baixo rendimento (quando for o caso) está sendo ocasionado por dificuldades de aprendizagem, por sobrecarga de atividades, por questões disciplinares, comportamentais, de saúde, etc. Temos observado que o uso excessivo do celular e redes sociais, discriminação de várias naturezas como racial, social, cultural ou sexual, práticas de bullying 1, descoberta da sexualidade, conflitos familiares, uso de álcool ou outras drogas, são alguns dos fatores que podem influenciar no desempenho escolar. Caso a família perceba diferenças no comportamento do/a estudante é necessário que faça a intervenção adequada, buscando a parceria da escola e/ou de outros profissionais, quando for o caso. 1 Bullying é uma situação que se caracteriza por agressões intencionais, verbais ou físicas, feitas de maneira repetitiva, por um ou mais estudantes contra um ou mais colegas.
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