Seminário a Nova Lei Anticorrupção. Procedimentos Internos de combate a Corrupção e Gestão de Riscos. Rogéria Gieremek

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1 Seminário a Nova Lei Anticorrupção Procedimentos Internos de combate a Corrupção e Gestão de Riscos Rogéria Gieremek Fevereiro 2014

2 Lei Anticorrupção Brasileira: Lei /2013 Aspectos Gerais: Vigência: Entrou em vigor em 29/01/2014; Será regulamentada na esfera Federal. Objetivo: Responsabilizar civil e administrativamente (responsabilidade objetiva) empresas por atos de corrupção contra funcionários públicos, nacionais ou estrangeiros. Antes dessa lei, o Brasil só punia os indivíduos que recebiam/ofereciam as propinas. 2

3 Lei Anticorrupção Brasileira: Lei /2013 Fatores Atenuantes da Responsabilidade: - Mecanismos preventivos e procedimentos internos de integridade, auditoria e incentivo à denúncia de irregularidades e a aplicação efetiva de códigos de ética e de conduta na empresa ou seja: sólidos Programas de Compliance. Outros Fatores que serão considerados para a aplicação das sanções: (i) a gravidade e a consumação da infração; (ii) a vantagem auferida ou pretendida pelo infrator; (iii) o grau ou o perigo da lesão e o efeito negativo da infração; (iv) a situação econômica do infrator; (v) a cooperação do ofensor com a investigação da infração; (vi) valor do contrato entre a pessoa jurídica e o órgão público lesado. 3

4 Procedimentos Internos de Combate a Corrupção Importância: Conceito de perenidade (continuidade) do negócio. Falha de controles contra a corrupção pode gerar incidentes que afetam não só a perpetuidade de uma organização, mas até mesmo a vida de pessoas inocentes. Cada vez mais normas são editadas visando fortalecer o sistema de controles das organizações. Dentre estas normas, a nova lei Anticorrupção Brasileira. 4

5 Procedimentos Internos de Combate a Corrupção e Gestão de Riscos Mapeamento de Riscos = Identificar as fragilidades é o 1º passo para a priorização e a gestão dos riscos relacionados à Corrupção; Criação de Códigos e Políticas Internas Anticorrupção, de acordo com a legislação, cultura da empresa e riscos identificados (i.e. Política de Presentes e Hospitalidades); Due Diligence para seleção e manutenção de terceiros (a elaboração de código e treinamentos para este público é muito importante!); Criação de controles internos que visem reduzir a ocorrência dos riscos identificados (i.e. conciliação de despesas reportadas x solicitações de pagamentos advindos de contas contábeis relacionadas patrocínios, presentes, etc.) Avaliações periódicas e independentes dos controles e procedimentos propostos (i.e. auditoria externa) 5

6 Procedimentos Internos de Combate a Corrupção e Gestão de Riscos A estruturação de procedimentos e controles internos para combate à corrupção, orientados pelo mapeamento de riscos periódico, pode: Otimizar os processos internos da organização; Implementar processos de interesse da empresa; Possibilitar a medição de resultados com base em critérios de controle adotados; Diminuir o nível de exposição aos riscos de processos, auxiliando no gerenciamento de riscos = mitigação de risco; Além disso: A nova Lei Anticorrupção considera a adoção de procedimentos internos de integridade, auditoria e incentivo à denúncia de irregularidades e a aplicação efetiva de códigos de ética e de conduta como fator de mitigação da responsabilidade civil e/ou administrativa da empresa. 6

7 Procedimentos Internos de Combate a Corrupção e Gestão de Riscos: Vantagens inerentes... 1º: Combate à Corrupção! A corrupção não afeta somente os governos e as entidades públicas, mas os cidadãos e as entidades privadas, na medida em que desvirtua a concorrência, os mecanismos de livre mercado, encarecendo os produtos e os serviços de modo geral, afetando, portanto, o desenvolvimento econômico e político dos países e, até mesmo, a vida de pessoas inocentes (i.e. Boate Kiss) Consequência: se aplicada de forma efetiva: melhora a concorrência e a imagem do Brasil, interna e externamente = Ciclo Virtuoso. 7

8 Procedimentos Internos de Combate a Corrupção e Gestão de Riscos: Vantagens inerentes... 2º : A nova Lei Anticorrupção estimula a implementação efetiva de programas de Compliance nas empresas: O Compliance nas empresas estimula a observância de políticas internas e da legislação aplicável. Reforça o seu modelo de gestão e governança corporativa, possibilitando: Prevenção de danos à imagem e à reputação da empresa; Redução do número de ações judiciais e processos administrativos; Redução de riscos de perdas financeiras (decorrentes, por exemplo, de danos à imagem; prejuízos à marca; ações judiciais/administrativas; cassação da licença de operação; fraudes e corrupção, etc.); Adição de valor à empresa a ética nos negócios é um diferencial e proporciona mais segurança aos acionistas e aos próprios empregados, os quais terão orgulho e tranquilidade de trabalhar em uma empresa ética (atração e retenção de talentos). 8

9 Procedimentos Internos de Combate a Corrupção e Gestão de Riscos: Vantagens inerentes... 3º: A Lei criou mecanismos de responsabilização de pessoas jurídicas, a fim de preencher as lacunas existentes na legislação brasileira e punir os atos praticados em detrimento da Administração Pública nacional e estrangeira, em especial os atos de corrupção. 4º: A Lei criou meios mais efetivos para atingir o patrimônio das pessoas jurídicas que pratiquem atos de corrupção. 9

10 O preço da corrupção... 10

11 Obrigada! Rogéria Gieremek, CCEP Compliance Latam Serasa Experian