2037 (XX). Declaração sobre a Promoção entre os Jovens dos Ideais de Paz, Respeito Mútuo e Compreensão entre os Povos
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- Malu Marques Garrido
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1 Suplemento40 Assembleia Geral 20 a Sessão 3. Sugere que o secretário-geral coopere diretamente com os secretários executivos das comissões econômicas regionais na elaboração de relatórios bienais dos avanços na aplicação desta resolução; 4. Convida o Comitê de Habitação, Construção e Planejamento a definir, com base nesses relatórios, medidas adicionais e efetivas para a implementação das recomendações acima e solução do problema habitacional (XX). Declaração sobre a Promoção entre os Jovens dos Ideais de Paz, Respeito Mútuo e Compreensão entre os Povos Lembrando que, sob os termos da Carta das Nações Unidas, os povos declararam-se determinados a poupar as gerações seguintes do flagelo da guerra, Lembrando ainda que, na Carta, as Nações Unidas afirmaram sua fé nos direitos fundamentais do homem, na dignidade do ser humano e na igualdade de direitos dos homens e das mulheres, assim como das nações, Reafirmand os princípios incorporados na Declaração Universal dos Direitos Humanos, 9 na Declaração sobre a Concessão da Independência aos Países e aos Povos Coloniais, 10 na Declaração das Nações Unidas sobre a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação Racial, 11 na resolução 110 (II) da Assembleia Geral, de 3 de novembro de 1947, que condena todas as formas de propaganda elaborada com a intenção, ou que potencialmente provoque ou estimule qualquer ameaça à paz, na Declaração dos Direitos da Criança, 12 e na resolução 1572 (XV) da Assembleia Geral, de 18 de dezembro de 1960, que agregam especial relevância na criação do jovem sob um espírito de paz, respeito mútuo e compreensão entre os povos, Lembrando que o propósito da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura é contribuir para a paz e segurança promovendo a colaboração entre as nações por meio da educação, ciência e cultura, e reconhecendo o papel e as contribuições dessa organização na educação dos jovens sob um espírito de entendimento, cooperação e paz internacionais, Levando em consideração que nos momentos de conflagração da humanidade foram os jovens os que mais sofreram e tiveram o maior número de vítimas, 9 Resolução 217 A (III) de 10 de dezembro de Resolução 1514 A (XV) de 14 de dezembro de Resolução 1904 (XVIII) de 20 de novembro de Resolução 1386 (XIV) de 20 de novembro de 1959.
2 Tendo certeza de que o jovem deseja um futuro garantido e que paz, liberdade e justiça estão entre as principais garantias de que seu desejo de felicidade se realize, Tendo em mente o importante papel dos eleitores em todos os campos da atividade humana e o fato de serem destinados a orientar o destino da humanidade, Tendo em mente, ainda, que nesta época de grandes conquistas científicas, tecnológicas e culturais o entusiasmo e as habilidades criativas da juventude devem ser devotados à evolução material e espiritual de todos os povos, Tendo certeza de que os jovens devem conhecer, respeitar e desenvolver a herança cultural de seu país e de toda a humanidade, Tendo certeza também de que a educação dos jovens, os intercâmbios de jovens e de ideias, em um espírito de paz, respeito mútuo e compreensão entre os povos podem ajudar a melhorar as relações internacionais e fortalecer a paz e a segurança, Proclama esta Declaração sobre a Promoção entre os Jovens dos Ideais de Paz, Respeito Mútuo e Compreensão entre os Povos e conclama governos, organizações não governamentais e movimentos juvenis a reconhecer os princípios nela estabelecidos e garantir sua observância por meio de medidas apropriadas: Princípio I A juventude deve ser educada no espírito de paz, justiça, liberdade, respeito e compreensão mútuos, a fim de promover a igualdade de direitos entre todos os seres humanos e entre todas as nações, o progresso econômico e social, o desarmamento e a manutenção da paz e a segurança internacional. Princípio II Todos os meios de educação, entre os mais importantes, a orientação dada pelos pais ou pela família, e todos os meios de ensino e de informação destinados à juventude, devem promover entre os jovens os ideais de paz, humanismo, liberdade e solidariedade internacionais que ajudam a aproximar os povos, e deve por eles ser conhecida a missão confiada às Nações Unidas como forma de preservação e manutenção da paz e promoção da compreensão e cooperação internacionais. Princípio III Os jovens devem ser educados sob o espírito de dignidade e de igualdade entre todos os homens, sem distinção alguma por motivos de raça, cor, origem étnica ou crença, e no respeito aos direitos humanos fundamentais e ao direito dos povos à livre determinação. Princípio IV Os intercâmbios, as viagens, o turismo, as reuniões, o estudo dos idiomas estrangeiros, a confraternização de cidades e universidades sem discriminação e outras formas de atividades análogas, devem ser estimuladas e facilitadas entre os jovens de todos os países com o objetivo de aproximá-los das atividades educativas, culturais e esportivas, em consonância com o espírito da presente Declaração.
3 Princípio V As associações de jovens no plano nacional e internacional devem ser estimuladas a promover os propósitos das Nações Unidas, em particular a paz e a segurança em todo o mundo, as relações de amizade entre as nações fundadas no respeito à igualdade soberana dos Estados e à abolição definitiva do colonialismo, da discriminação racial e de outras violações aos direitos humanos. Em conformidade com a presente Declaração, as organizações juvenis devem tomar todas as medidas apropriadas, no âmbito de suas respectivas esferas de atividade, para dar sua contribuição, sem discriminação alguma, à tarefa de educar a geração jovem de acordo com estes ideais. Tais organizações, de acordo com o princípio de liberdade de associação, devem promover o livre intercâmbio de ideias dentro do espírito dos princípios da presente Declaração e os propósitos das Nações Unidas, tal como se enunciam na Carta. Todas as organizações juvenis devem se ajustar aos princípios enunciados nesta Declaração. Princípio VI A educação dos jovens deve ter como uma de suas metas principais o desenvolvimento de todas as suas faculdades, a formação de pessoas dotadas de altas qualidades morais, profundamente conscientes dos nobres ideais de paz, liberdade, dignidade e igualdade para todos e plenas de respeito e amor para com o homem e sua obra criadora. Nesse sentido, corresponde à família um importante papel. A juventude deve adquirir consciência das responsabilidades que terá que assumir em um mundo que deverá dirigir, e deve estar inspirada na confiança em um futuro de felicidade para a humanidade (XX). Dedicação do Dia das Nações Unidas, 1966, à causa dos refugiados Considerando a decisão tomada por um grupo de agências voluntárias de promover uma campanha de arrecadação de fundos, de 24 a 31 de outubro de 1966, para beneficiar refugiados principalmente na África e na Ásia,
4 Considerando o apoio dado a essa iniciativa pelo Comitê Executivo do Programa do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados e o desejo expressado por esse Comitê 13 de que o dia das Nações Unidas, 24 de outubro, de 1966, fosse dedicado à causa dos refugiados, 1. Expressa grande satisfação pela ação tomada nesse sentido, assim como pelo vínculo demonstrado por seus promotores com os ideais e objetivos das Nações Unidas ao escolher 24 de outubro como a data de lançamento da campanha; 2. Decide que, em 1966, o Dia das Nações Unidas será dedicado à causa dos refugiados (XX). Relatórios do Alto Comissariado da ONU para Refugiados Tendo analisado os relatórios do Alto Comissariado da ONU para Refugiados 14 e tendo ouvido sua declaração, 15 Destacando o caráter cada vez mais universal dos problemas dos refugiados, Destacando as dificuldades encontradas pelo Alto Comissariado na obtenção dos fundos necessários para o financiamento de seus programas, Considerando que maiores esforços podem e devem ser realizados pela comunidade internacional para fornecer ao Alto Comissariado os meios financeiros necessários nas tarefas de que foi incumbido, 1. Pede que o Alto Comissariado da ONU para Refugiados empreenda esforços com vistas a garantir a proteção internacional adequada aos refugiados e oferecer soluções satisfatórias e permanentes aos problemas que afetam os vários grupos de refugiados no âmbito de sua competência; 2. Convida os Estados-membros das Nações Unidas e membros de agências especializadas: (a) A aumentar seu apoio à ação humanitária do Escritório do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados e continuar a cooperar com o Alto Comissariado a esse respeito; (b) A disponibilizar ao Alto Comissariado os meios financeiros necessários para garantir a plena implementação de seus programas. 13 Registros oficiais da Assembleia Geral, 20 a sessão, suplemento n o UA (A/6011/Revisão l/adendo l), parte 2, parágrafo 25 (S) (d) e (e). 14 Ibidem, 19 a sessão, suplemento n o 11 (A/5811/ revisão l) e suplemento n o 11A (A/5811/revisão l/adendo l); ibidem, 20 a sessão, suplemento n o 11 (A/6011/revisão l) e suplemento n o 1111A (A/6011/revisão l/adendo l). 15 Ibid., 20 a sessão, 3 o Comitê, 1359 a reunião
5 2040 (XX). Assistência a refugiados na África Tendo destacado o fato de que importantes problemas envolvendo refugiados continuam a surgir em várias partes da África, Percebendo que recursos substanciais devem ser mobilizados para fornecer assistência imediata e ajuda construtiva aos refugiados para que possam se sustentar no país acolhedor até poder retornar a seu país de origem, Destacando com satisfação que os Estados africanos têm mostrado interesse contínuo nos problemas dos refugiados, recebendo refugiados com generosidade, em um espírito verdadeiramente humanitário, e aderido em números cada vez maiores à Convenção sobre o Estatuto dos Refugiados, de 1951, 16 Tendo destacado com satisfação os esforços para solucionar os problemas dos refugiados na África levados a cabo pelo Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados, pelo Programa Mundial de Alimentos, pelas agências especializadas e muitas organizações não governamentais, Ciente da necessidade de prover os meios essenciais para a continuidade ininterrupta do trabalho de assistência a refugiados na África, 1. Louva o Escritório do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados e outras organizações intergovernamentais e não governamentais por seus incansáveis esforços no interesse dos refugiados na África; 2. Convida os Estados-membros das Nações Unidas e membros das agências especializadas a dedicar especial atenção aos problemas dos refugiados na África e a colaborar ativamente com o Alto Comissariado da ONU para os Refugiados disponibilizando-lhe os meios necessários, especialmente na forma de maiores contribuições financeiras para os programas do Escritório do Alto Comissariado (XX). Expressão de apreciação do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados Tendo sido informada que o Sr. Felix Schnyder, o alto comissário das Nações Unidas para os Refugiados, deixará seu posto no futuro próximo, 16 Nações Unidas, Treaty Series, vol. 189 (1954), n o 2545.
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