Escola Nacional de. Saúde Pública

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "Escola Nacional de. Saúde Pública"

Transcrição

1 Escola Nacional de Saúde Pública 6º CURSO DE MESTRADO EM SAÚDE PÚBLICA O FAMILIAR CUIDADOR EM AMBIENTE DOMICILIÁRIO: Sobrecarga física, emocional e social Dissertação apresentada para obtenção do grau de mestre Paulo Alexandre Santos Orientação Científica: Sr. Prof. Dr. Francisco Ramos LISBOA Janeiro de 2005

2 Dissertação elaborada para a obtenção do grau de mestre em Saúde pública, a ser apresentada na Escola Nacional de Saúde Pública/Universidade Nova de Lisboa, ao abrigo do regulamento nº 179 de 2000 de 4 de Agosto Paulo Alexandre Lopes dos Santos II

3 DEDICATÓRIA Dedico este meu trabalho à minha Esposa e aos meus dois Filhos pelo incentivo que me deram nos momentos de maior tensão e por vezes de desânimo; pela compreensão que demonstraram nas alturas em que apesar de necessário, não estive presente; e pelo apoio incondicional, tantas vezes necessária ao longo deste percurso. Paulo Alexandre Lopes dos Santos III

4 AGRADECIMENTOS Para a elaboração deste trabalho contei com o apoio e amizade de várias pessoas, às quais gostaria de expressar o meu agradecimento. o Ao Professor Doutor Francisco Ramos. o À Professora Teresa Martins, pela disponibilidade demonstrada ao longo deste percurso. o À Enfermeira Isabel Morais, Enfermeira chefe do Centro de Saúde de Mafra, pelo apoio e incentivo para a realização deste trabalho. o À Sra. Coordenadora da Sub-Região de Saúde Lisboa, Dra. Sílvia Graça. o A todos os Enfermeiros dos Centros de Saúde da Unidade F, pela forma como se disponibilizaram a colaborar neste trabalho. o A todos os Directores dos Centros de Saúde da Unidade F, por permitirem o acesso ao espaço da investigação. o Aos Familiares Cuidadores que aceitaram participar neste trabalho, porque sem eles não seria possível a realização deste estudo. o A todos estes e a outros que talvez de forma mais discreta me ajudaram, o meu OBRIGADO Paulo Alexandre Lopes dos Santos IV

5 O mundo só admira o sacrifício com espectáculo, porque ignora o valor do sacrifício escondido e silencioso ( ) Josemaria Escrivá Paulo Alexandre Lopes dos Santos V

6 CHAVE DE ABREVIATURAS cf. confronte pg. página f. folha % - percentagem CHAVE DE SIGLAS C.S. Centro de Saúde DCID Doença Crónica Incapacitante e Dependente FC Familiar(es) Cuidador(es) GEFC Grupo Etário do Familiar Cuidador NEFC Nível de Escolaridade do Familiar Cuidador QASCI Questionário de Avaliação da Sobrecarga do Cuidador Informal K-S Kolmogorov-Smimov Paulo Alexandre Lopes dos Santos VI

7 RESUMO A avaliação da sobrecarga física, emocional e social dos familiares cuidadores a utentes com doença crónica incapacitante e dependentes, que se encontram em ambiente domiciliário, é o pressuposto para o desenvolvimento deste trabalho de investigação. A razão para o início deste processo, resulta da problemática do envelhecimento e longevidade da população Portuguesa, onde os doentes crónicos e dependentes têm vindo a adquirir uma importância crescente no sistema de saúde e de protecção social. Para minimizar este problema, as famílias são hoje cada vez mais solicitadas a desempenhar o papel de prestadoras dos cuidados. Para a concretização deste estudo foram definidos os seguintes objectivos: Avaliar a sobrecarga física, emocional e social das famílias cuidadoras de utentes com doença crónica incapacitante e dependentes inseridas nas Unidades Móveis Domiciliárias da Rede de Cuidados Continuados dos Centros de Saúde da unidade F da Sub-Região de Lisboa. Identificar se as características sócio demográficas dos familiares cuidadores, o nível e tempo de dependência dos utentes com doença crónica incapacitante e dependentes e a existência de suporte social de apoio, têm efeito modulador sobre a sobrecarga física, emocional e social do familiar cuidador. Trata-se de um estudo quantitativo correlacional, observacional e transversal. Através de uma amostra aleatória de 96 utentes com doença crónica incapacitante e dependentes, inseridos nas Unidades Móveis Domiciliárias da Rede de Cuidados Continuados, resultou a unidade de investigação constituída por 86 familiares cuidadores. A maioria dos participantes são do sexo feminino, casadas; destas, a maior parte eram filhas do utente alvo de cuidados. Estes últimos eram essencialmente idosos com nível de dependência moderado ou severo. A estrutura deste relatório encontra-se dividido em 4 partes; parte I, onde é apresentado o problema da doença crónica incapacitante e dependente dentro do círculo familiar; na parte II estão descritas e fundamentadas as metodologias aplicadas; os dados recolhidos e a sua interpretação estão apresentados na parte III; a discussão, na parte IV, é composta por uma reflexão fundamentada; e por último, na parte v, está a conclusão. As principais conclusões deste estudo são: As Mulheres apresentam maior Sobrecarga Física, Emocional e Social, na globalidade, e maior Sobrecarga Emocional na especificidade. Os Homens têm maior Suporte Familiar e maior Satisfação com o Papel e com o Familiar. Os Familiares que têm a seu cargo Utentes com Doença Crónica Incapacitante mais novos, apresentam maior Sobrecarga Emocional. Os Cônjuges e os Reformados têm maior Sobrecarga Financeira. Os Familiares que são apoiados por uma Rede de Suporte Social Informal têm maior Suporte Familiar. Os Familiares que são apoiados por uma Rede de Suporte Social Formal e Informal têm menor Satisfação com o Papel e com o Familiar. Paulo Alexandre Lopes dos Santos VII

8 ABSTRACT The basis of this research is the assessment of the physical, emotional and social overload of families taking care of people suffering from chronic incapacitating illness and dependents, who are house-bound. The origins of this process go back to the ageing and longevity of the Portuguese population. In fact, chronic and dependent patients have been acquiring an increasing importance in both health and social protection systems. In order to minimize this problem, families are nowadays increasingly requested to play the role of carers. The following goals have been set for this research: To assess the physical, emotional and social overload of families taking care of patients suffering from chronic incapacitating illness and dependents from the Health Centres at the F unit of Lisbon s Sub-Region, who are benefiting from the Domiciliary Mobile Units provided by the Network of Continued Health Services. To identify whether the socio-demographics characteristics of the family carers, the degree and time of dependence of the patients with chronic incapacitating illness and dependents, and the presence of social protection, have a modulating effect on the family carer s physical, emotional and social overload. It s a quantitative, correlational, observational and transversal study. Through a random sample of 96 patients suffering from chronic incapacitating illness and dependents who benefit from the Domiciliary Mobile Units provided by the Network of Continued Health Services, has resulted a research on 86 family carers. The majority of participants are married women; and most of them are the patients daughters. The patients are mostly elderly people with a moderate or high dependence level. this report is divided into 4 parts; part I, which discusses the problem of the patients suffering from chronic incapacitating illness and dependents, within the familiar environment; part II describes and justifies the applied methodologies; the collected data and its interpretation is presented in part III; the discussion, in part IV, is a thorough and grounded reflection; and lastly, the conclusion is in part V. The main conclusions of this research are: Globally, women present higher Physical, Emotional and Social overload, and, specifically, greater Emotional overload. Men have larger Familiar Support and greater Satisfaction with the role and with the relative. The familiar carers of younger patients suffering from Chronic Incapacitating Illness, show higher Emotional Overload. The Spouses and the Retired carers show higher Financial Overload. The familiar carers supported by an Informal Social Support Network have larger Familiar Support. The familiar carers supported by a Formal and Informal Social Support Network show less Satisfaction with both the role and the relative. Paulo Alexandre Lopes dos Santos VIII

9 ÍNDICE f. INTRODUÇÃO I DA PROBLEMÁTICA DA DOENÇA CRÓNICA INCAPACITANTE E DEPENDENTE AO PROBLEMA DA FAMÍLIA CUIDADORA DOENÇA CRÓNICA INCAPACITANTE E DEPENDENTE Reacções Psicológicas dos Pacientes às Doenças Crónicas Conceito de Dependência A FAMILIA CUIDADORA E O DOENTE CRÓNICO E DEPENDENTE EM AMBIENTE DOMICILIÁRIO Alterações da Estrutura Familiar ao Longo dos Tempos A Sobrecarga para o FC que Lida com o Utente com DCID A Adaptação Familiar à Doença Crónica Incapacitante e Dependente...34 II METODOLOGIA TIPO DE ESTUDO POPULAÇÃO DE ESTUDO E AMOSTRA MODELO DE INVESTIGAÇÃO VARIÁVEIS Variável Dependente Variáveis Independentes HIPÓTESES DE INVESTIGAÇÃO CRITÉRIOS DE INCLUSÃO E EXCLUSÃO MATERIAL PRÉ-TESTE PROCEDIMENTO NA RECOLHA DE DADOS...46 Paulo Alexandre Lopes dos Santos IX

10 10 ASPECTOS ÉTICOS...46 III APRESENTAÇÃO E INTERPRETAÇÃO DOS RESULTADOS IV DISCUSSÃO CARACTERÍSTICAS SÓCIODEMOGRÁFICAS DO FC DO UTENTE COM DCID SOBRECARGA FÍSICA, SOCIAL E EMOCIONAL DO FAMILIAR CUIDADOR da dimensão do stresse à dimensão dos mediadores Hipóteses de Investigação em Análise Modelo de Investigação em Análise...89 V CONCLUSÃO BIBLIOGRAFIA ANEXOS ANEXO I - ESCALA DE AVALIAÇÃO DEPENDÊNCIA RÁPIDA E GLOBAL ANEXO II AUTORIZAÇÃO DA SUB-REGIÃO DE LISBOA PARA APLICAÇÃO DO QUESTIONÁRIO ANEXO III - AVALIACÃO DO IMPACTO FÍSICO, EMOCIONAL E SOCIAL DO PAPEL DO CUIDADOR INFORMAL ANEXO IV - QUESTIONÁRIO ANEXO V DOCUMENTO DE EXPLICAÇÃO DO ESTUDO E CONSENTIMENTO Paulo Alexandre Lopes dos Santos X

11 ÍNDICE DE QUADROS f.. Quadro 1 Estrutura por idades de população residente (%), índices resumo, esperança de vida à nascença Portugal Quadro 2 Trajectória da Doença Quadro 3 População de Estudo e Amostra Quadro 4 Modelo de Investigação Quadro 5 Consistência Interna do QASCI Quadro 6 Matriz de Correlações de Pearson - QASCI e as suas dimensões Quadro 7 Modelo Teórico Explicativo Paulo Alexandre Lopes dos Santos XI

12 ÍNDICE DE TABELAS f. Tabela 1 Distribuição da amostra por Centro de Saúde...49 Tabela 2 Distribuição da amostra por Sexo (frequência e %)...49 Tabela 3 Distribuição da amostra por Grupo Etário do FC (frequência)...49 Tabela 4 Distribuição da amostra por Estado Civil do FC (frequência)...50 Tabela 5 Distribuição da amostra por Anos de Escolaridade do FC (frequência)...51 Tabela 6 Distribuição da amostra por Actividade Profissional do FC (frequência)...52 Tabela 7 Distribuição da amostra por Grau de Parentesco e Sexo do FC (frequência e %)...53 Tabela 8 Distribuição da amostra por Coabitação Conjunta (frequência)...54 Tabela 9 Distribuição da amostra por Grau de Parentesco do FC e Coabitação Conjunta com o Utente com DCID (frequência e %)...54 Tabela 10 Distribuição da amostra por sexo do Utente com DCID (frequência e %)..55 Tabela 11 Distribuição da amostra por Grupo Etário do Utente com DCID (frequência)...55 Tabela 12 Distribuição da amostra por Nível de Dependência (MDA) do Utente com DCID...56 Tabela 13 Diferença em média face ao sexo do utente com DCID, por Nível de Dependência do utente com DCID...57 Tabela 14 Distribuição da amostra por Tempo de Dependência do Utente com DCID (frequência)...58 Paulo Alexandre Lopes dos Santos XII

13 Tabela 15 Diferença em média face ao sexo do utente com DCID por Tempo de Dependência do utente com DCID...59 Tabela 16 Correlação de Spearman Tempo Dependência do Utente com DCID; Grupo Etário do Utente com DCID; Nível de Dependência do utente com DCID...59 Tabela 16.1 Diferença em média face ao Grau de Parentesco do FC por Grupo Etário do Utente com DCID...60 Tabela 17 Distribuição da amostra por Mediadores Extrínsecos (frequência)...60 Tabela 18 Teste de Normalidade K-S face ao Sexo do FC por QASCI e suas dimensões...64 Tabela 19 Diferença em média face ao Sexo do FC por QASCI e suas dimensões...65 Tabela 20 Diferença em média face Estado Civil do FC por QASCI e suas dimensões66 Tabela 21 Diferenças em média face ao grau de parentesco do FC por QASCI e suas dimensões...67 Tabela 22 Diferença em média face à Actividade Profissional do FC por QASCI e suas dimensões...68 Tabela 23 - Matriz de Correlação de Pearson QASCI e suas dimensões; GEFC;NEFC...70 Tabela Coeficiente de Correlação Parcial - QASCI e suas dimensões; GEFC; NEFC...70 Tabela Coeficiente de Correlação Parcial QASCI e suas dimensões; GEFC...71 Tabela Coeficiente de Correlação Parcial - QASCI e suas dimensões; NEFC...71 Tabela 24 Diferença em média face ao Sexo do Utente com DCID por QASCI e suas dimensões...72 Paulo Alexandre Lopes dos Santos XIII

14 Tabela 25 - Matriz de Correlação Pearson QASCI e suas dimensões; Grupo Etário do Utente com DCID; Nível de Dependência do Utente com DCID; Tempo de Dependência do Utente com DCID...73 Tabela 26 Diferença em média face aos Mediadores Extrínsecos por QASCI e suas dimensões...74 Paulo Alexandre Lopes dos Santos XIV

15 ÍNDICE DE GRÁFICOS f. Gráfico 1 Distribuição da amostra por Grupo Etário do FC (%)...50 Gráfico 2 Distribuição da amostra por Estado Civil do FC (%)...50 Gráfico 3 Distribuição da amostra por Anos de Escolaridade do FC (%)...51 Gráfico 4 Distribuição da amostra por Actividade Profissional do FC (%)...52 Gráfico 5 Distribuição da amostra por Grau de Parentesco do FC (%)...53 Gráfico 6 Distribuição da amostra por Coabitação Conjunta (%)...54 Gráfico 7 Distribuição da amostra por Grupo Etário do Utente com DCID (%)...56 Gráfico 8 Distribuição da amostra por Nível de Dependência do Utente com DCID (%)...57 Gráfico 9 Distribuição da amostra por Tempo de Dependência do Utente com DCID (%)...58 Gráfico 10 Distribuição da amostra por Mediadores Extrínsecos (%)...61 Paulo Alexandre Lopes dos Santos XV

16 Introdução INTRODUÇÃO Na doença, em particular na doença crónica o foco de preocupação, é prioritariamente o sistema criado pela interacção da doença num indivíduo inserido na sua família. Qualquer que seja a doença, ela é sempre considerada uma situação de crise, geradora de stresse que produz efeitos na família, e como consequência efeitos no familiar alvo dos cuidados. Os cuidados a indivíduos com situações de dependência, emergiu na última metade do sec.xx como uma das principais fonte de stresse das famílias cuidadoras (Zarit e Gaugler, 2000). A convergência de vários factores sócio-demográficos leva a que as responsabilidades e as pressões no cuidar se direccionem para a família. O envelhecimento demográfico é um fenómeno importante nos nossos dias; o aumento da longevidade das doenças crónicas associa-se a este, contribuindo significativamente para o aumento do número de utentes com DCID no seio familiar, predominantemente dependentes de uma 3ª pessoa. Apesar das alterações das funções e estruturas familiares registadas nas últimas décadas, os familiares cuidadores continuam a ser na sua grande maioria, os familiares directos do sexo feminino que apoiam estes utentes. O suporte familiar, a rede social formal e informal constituída por instituições, serviços oficiais públicos ou privados, rede de amigos e voluntários, desempenham um papel importante, pois constituem factores facilitadores no controlo de situações problemáticas. A promoção do bem-estar dos cuidadores e a prevenção de crises merece por parte dos profissionais de saúde uma atenção particular, pois deles dependem os doentes a seu cargo, bem como a sua permanência na comunidade. Com esta preocupação foi definido o tema do trabalho de investigação: Avaliar a sobrecarga física, emocional e social dos familiares cuidadores de utentes com DCID inseridas nas unidades móveis domiciliárias da rede de cuidados continuados dos Centros de Saúde da unidade F da Sub-Região de Lisboa. Paulo Alexandre Lopes dos Santos 16

17 Introdução Ser portador de doença crónica incapacitante é pensar continuamente no dia de amanhã, é não ter a perspectiva do futuro. No entanto, o isolamento e a solidão são talvez sentimentos mais assustadores do que a presença da própria doença. Ter família é ter a certeza de que possui alguém com quem se possa partilhar sentimentos de alegria, tristeza, medos e perdas. É ter a presença segura de alguém que é querido, que apoia e que cuida, se necessário. É a forma de ultrapassar o isolamento físico e social tão comum no doente crónico, permitindo usufruir de uma visão mais aberta ao mundo que o rodeia. É através da família que toda uma nova dinâmica de vida irá surgir. As boas ou más perspectivas em relação à doença passam por este grupo de pessoas. Também elas necessitam de ser cuidadas, escutadas e apoiadas. Lidar com uma situação de doença crónica torna-se altamente dispendioso, em termos de ordem física, emocional e económica. O desenvolvimento de sentimentos de esperança, revalorização e reforço da autoimagem são aspectos fundamentais que permite às famílias perceber o seu valor no presente e futuro, recompensando-as talvez das dificuldades sentidas ao longo dos tempos, promovendo o bem-estar e equilíbrio essenciais, não para a cura da situação, mas sim para a adaptação, criando alicerces fortes para superar as crises mais ou menos frequentes que possam surgir. A família sempre foi solicitada a desempenhar o papel de prestadora de cuidados. Nas últimas décadas tem surgido uma abordagem, por parte dos serviços de saúde, com o objectivo de corresponsabilizar as famílias na prestação dos cuidados. É nesta abordagem, que a conduta dos profissionais de saúde comunitária, pertencentes a um sistema de saúde, deve ser orientada no sentido de apoiar e ajudar estas famílias, com utentes portadores de DCID, a encontrarem um equilíbrio que lhes permita superar as alterações implantadas, e consecutivamente favorecer um processo de adaptação mais rápido e consistente, garantindo o sucesso desta nova forma de viver. No entanto, para delinear estratégias do ponto de vista da prestação/organização dos cuidados de saúde dirigidos aos familiares cuidadores de utentes crónicos e dependentes, é necessário colocar as seguintes questões de investigação: Quais as implicações físicas, emocionais e sociais da pessoa pelo facto de cuidar do seu familiar com DCID? Paulo Alexandre Lopes dos Santos 17

18 Introdução Será que estas implicações dependem das características sócio demográficas dos familiares cuidadores, do nível e tempo de dependência do familiar com DCID e da existência de redes formais de suporte social de apoio e/ou ajuda de outros prestadores informais? Sendo eu enfermeiro prestador de cuidados e responsável pela Unidade de Cuidados Continuados do Centro de Saúde de Mafra, que está integrado na Unidade F da Sub-Região de Lisboa, penso que a realização deste tipo de estudo nesta área, é pertinente na actualidade, quer a nível legislativo, quer a nível conceptual. A nível legislativo segundo o Dec. Lei nº 60/2003 de 1 de Abril, que cria a Rede de Cuidados de Saúde Primários, no seu artº 13 - Unidade de apoio à comunidade e de Enfermagem, é legislado que: A organização destas unidades decorre (...) das competências próprias dos respectivos profissionais, tendo em conta a realidade geodemográfica onde se encontra inserida, cabendo-lhe designadamente: a) Assegurar os cuidados de enfermagem e outros que os indivíduos e famílias necessitem por forma a dar resposta aos problemas identificados que interferem no seu estado de saúde. Assim, para assegurar cuidados de saúde às famílias, é necessário ter conhecimentos a nível das suas necessidades, tendo em conta a sua realidade geodemográfica. No aspecto conceptual, segundo a nossa pesquisa bibliográfica, existem poucos estudos nesta área, em Portugal. A nível das Unidades Administrativas Sub-Regionais não conseguimos encontrar qualquer estudo, tão pouco a nível da Unidade F da Sub-Região de Lisboa, permitindo assim, com este estudo um avanço no conhecimento. O FC é aquele que está ligado por um grau de parentesco ao utente dependente e que o ajuda no seu dia a dia a concretizar as actividades básicas de vida (comer, higiene, vestir, etc.). O stresse dos FC, estão descritos em estudos, sendo este frequente devido à acumulação destas tarefas com tarefas de ordem profissional, pessoal e familiar (filhos). O stresse constante poderá ser patológico, com consequências ao nível do estado de saúde destes Paulo Alexandre Lopes dos Santos 18

19 Introdução familiares, sentindo-se estes muitas vezes com sentimentos de culpa e frustração, sofrendo frequentemente de depressão. (The National Women s Health Information Center, 2002). Segundo Teel et all. 1999, cit. por Lage (2002), estes problemas não ficam limitados à pessoa que cuida, mas estende-se também aos cuidados prestados, reflectindo-se negativamente na pessoa cuidada, afectando a relação do cuidar e limitando a capacidade para a satisfação das expectativas criadas pelo FC. Reconhecer as principais consequências resultantes da participação dos familiares no cuidar do utente com DCID, permitirá identificar os FC em risco, intervindo de uma forma mais eficaz junto dos membros da família envolvidos no cuidar, ajudando a maximizar as suas capacidades, minimizando as implicações negativas sobre estes, do ponto de vista emocional, físico e social. Assim, tendo em conta esta problemática, definimos o título deste trabalho de investigação: O FAMILIAR CUIDADOR EM AMBIENTE FAMILIAR: Sobrecarga Física, Emocional e Social. Para a concretização deste estudo definimos os objectivos gerais: Avaliar a sobrecarga física, emocional e social dos Familiares Cuidadores de Utentes com DCID inseridas nas Unidades Móveis Domiciliárias da Rede de Cuidados Continuados dos Centros de Saúde da unidade F da Sub-Região de Lisboa. Identificar se as características sócio demográficas dos Familiares Cuidadores, o nível e tempo de dependência dos utentes com DCID e a existência de suporte social de apoio, têm efeito modulador sobre a sobrecarga física, emocional e social do FC Para dar resposta aos objectivos gerais definimos os objectivos específicos Identificar as características do utente com DCID, alvo de cuidado: idade, sexo, nível de dependência e tempo de dependência. Identificar as características sócio demográficas dos FC dos utentes com DCID, seguidos pelas Unidades Móveis Domiciliárias da Rede de Cuidados Continuados de Saúde. Paulo Alexandre Lopes dos Santos 19

20 Introdução Determinar a existência de relação entre a sobrecarga física, emocional e social do FC com as características do utente com DCID. Determinar a existência de relação entre a sobrecarga física, emocional e social com as variáveis sócio demográficas dos FC dos utentes com DCID, seguidos pelas Unidades Móveis Domiciliárias da Rede de Cuidados Continuados de Saúde. Determinar a existência de relação entre a sobrecarga física, emocional e social do FC, e o apoio social domiciliário e/ou ajuda de outros prestadores informais. A estrutura deste relatório encontra-se dividida em cinco partes: Parte I, onde é apresentado o problema da DCID dentro do círculo familiar, onde desenvolvemos o referencial teórico, baseado em duas áreas temáticas: na primeira fazemos uma abordagem do que é a DCID; na segunda, desenvolvemos o tema do FC e o utente com DCID. Na Parte II estão descritas e fundamentadas as metodologias aplicadas, onde apresentamos o tipo de estudo utilizado, a população e a amostra, o modelo de investigação, as variáveis, as hipóteses de investigação, os critérios de inclusão e exclusão, o material utilizado, o pré-teste, o procedimento na recolha de dados e os aspectos éticos. Os dados recolhidos e a sua interpretação estão apresentados na Parte III, onde estão focalizadas as características sócio-demográficas dos familiares cuidadores, as características do utente com DCID, os mediadores extrínsecos e a análise da escala QASCI A discussão, na Parte IV, é composta por uma reflexão fundamentada da análise do conjunto de resultados, onde estão interpretados os dados no sentido de os integrar no contexto do conhecimento específico desta área. Por último, na Parte V concluímos o relatório, onde, está feito uma retrospectiva da evolução do mesmo, tendo em conta a problemática do estudo, objectivos, questões de investigação, metodologia utilizada, as principais conclusões após as quais estão as recomendações que pensamos ser pertinentes. Paulo Alexandre Lopes dos Santos 20

21 Parte I I DA PROBLEMÁTICA DA DOENÇA CRÓNICA INCAPACITANTE E DEPENDENTE AO PROBLEMA DA FAMÍLIA CUIDADORA. Está hoje em dia provado que cuidar poderá ser desgastante. As implicações para os familiares cuidadores, pelo facto de prestar cuidados aos utentes com DCID, são inequívocas. Segundo Lages (2002), existem dados relevantes de que a morbilidade geral dos familiares cuidadores é consideravelmente superior á dos familiares da mesma faixa etária que não estão sujeitos a este tipo de sobrecarga. No entanto, para se compreender essas implicações teremos que abordar a problemática da doença crónica limitando-as às que são incapacitantes e dependentes, pois são essas que de forma mais relevante reflectem o problema da dependência no meio familiar, e nos permite percepcionar de que modo a família lida com a complexidade dos problemas inerentes à situação. Assim, no primeiro capítulo, iremos fazer uma abordagem do que é a DCID, quais as reacções psicológicas dos utentes com DCID e qual o conceito de Dependência, de modo a poderem ser analisadas possíveis manifestações de natureza psico-social-afectiva, por parte destes utentes. No segundo, desenvolveremos o tema da família cuidadora e o utente com DCID analisando-o sobre três aspectos: as alterações da estrutura familiar ao longo dos tempos, a sobrecarga para o FC que lida com o utente com DCID; e a adaptação da família à doença. 1 DOENÇA CRÓNICA INCAPACITANTE E DEPENDENTE A doença, de um modo geral, faz parte e é comum na experiência humana. Apesar de todos as pessoas de alguma maneira já terem adoecido, o processo e os efeitos desta é vivenciada de forma individualizada e subjectiva. No entanto, as pessoas com doença crónica assumem um papel de fragilizados e com um limiar de risco maior do que outros doentes (Sorensen & Luckman, 1998). A natureza da cronicidade, como sendo uma evolução prolongada e permanente, afecta o indivíduo sob as mais variadas formas: quer do ponto de vista do auto-conceito à independência, passando por alterações dos papéis, relações sociais e sexualidade (ibidem). Paulo Alexandre Lopes dos Santos 21

22 Parte I O desenvolvimento da ciência e técnica leva a que a esperança média de vida seja cada vez maior, este factor associado ao envelhecimento demográfico implica um aumento em número e percentagem das pessoas com maior risco de ser portadores de doenças crónicas.(bris, 1994) Começando por abordar a situação de doença crónica, Black (1996) refere que: As condições crónicas são problemas de saúde a longo prazo devidos a um distúrbio irreversível, um acumulo de distúrbios ou um estado patológico latente. Algumas condições crónicas causam alteração irreversível da estrutura ou função de um ou mais sistemas orgânicos. Outras são condições crónicas porque ainda não foi encontrada a cura. Giovannini, Bitti, Sarchielli e Speltini (cit. por Ribeiro, 1998) consideram doença crónica: Todas as doenças de longa duração, que tendem a prolongar-se por toda a vida do doente, que provocam invalidez em graus variáveis, devido a causas não reversíveis, que exigem formas particulares de reeducação, que obrigam o doente a seguir determinadas prescrições terapêuticas, que normalmente exigem a aprendizagem de um novo estilo de vida, que necessitam de controlo periódico, de observação e tratamento regulares." Assim, a doença crónica traz consigo perdas sucessivas de autonomia e controle, gera sensações de luto e, como tal, sentimentos de ansiedade, tristeza, irritação e medo. Saber viver com a doença crónica depende das características individuais, da forma como ela é aceite e do que se espera da vida. Por outro lado, as necessidades do doente portador deste tipo de doença também diferem, verificando-se uma necessidade de adaptação aos efeitos prolongados da doença crónica. Existe hoje uma maior dificuldade de adaptação a este Mundo Novo, dado que este não está pensado nem estruturado para pessoas diferentes do padrão considerado normal. Strauss et. al. (cit. por Bolander, 1998), identificaram sete problemas típicos de doentes crónicos. Apesar de estes serem similares aos de qualquer outro doente, tornam-se diferentes para estes devido à sua permanência na cronicidade: Paulo Alexandre Lopes dos Santos 22

23 Parte I a) Prevenção e controlo de crises; o carácter evolutivo e prolongado da doença crónica, leva a que o doente necessite de saber e de implementar formas de reduzir ou prevenir a ocorrência de crises, de conhecer os sinais de uma crise eminente e ter planeado formas de actuação para as alturas de crise. b) Gestão de regimes prescritos; a necessidade de tratamentos prolongados, exige adaptações de vida que dependem de vários factores, como sejam, a aprendizagem, a aceitação, o factor económico, etc. c) Controlo dos sintomas; a multiplicidade de sintomas de uma doença crónica, obriga a profundas alterações de vida do seu portador e família. Alterações essas que podem ser desgastantes e prolongadas. d) Prevenção do isolamento social; a doença crónica provoca por vezes reacções de isolamento que conduzem à solidão e depressão, levando por vezes à ruptura de relações prolongadas como o casamento, sendo por isso necessário manter o apoio social e o aconselhamento profissional de forma a prevenir maior desgaste. e) Adaptação a alterações; doenças crónicas, como por exemplo a esclerose múltipla são imprevisíveis, e as alterações são tão frequentes que tornam a adaptação mais difícil. A doença crónica passa a fazer parte da identidade da pessoa bem como daquelas que lhe são mais significativas. f) Normalização do quotidiano; com o objectivo de tornar menos visível as alterações, muitos indivíduos portadores de doença crónica tentam gerir os sintomas, evitando determinados locais ou horas do dia para os seus encontros sociais. g) Controlo do tempo; dependendo das alterações provocadas pela doença crónica e suas implicações (por exemplo manter ou não o emprego) a percepção e gestão do tempo altera-se, enquanto que uns consideram ter muito tempo, outros não. Quando a doença crónica surge, verifica-se um conjunto de alterações que dependem do ciclo de vida em que a pessoa se encontra, o que condiciona o tipo de adaptação que terá de ser feita no campo familiar, profissional e social. A adaptação à incapacidade é difícil, produz uma sensação de perda que é reflexo, não só da alteração de uma função física, como também de uma forma de vida. Surgem os medos resultantes da indefinição das capacidades económicas e da aceitação familiar, social, e profissional. Paulo Alexandre Lopes dos Santos 23

24 1.1 Reacções Psicológicas dos Pacientes às Doenças Crónicas Parte I A forma de aparecimento e evolução da doença, influencia a reacção psicológica à incapacidade. Nas situações em que a doença é progressivamente incapacitante, com períodos de remissão e exacerbação, a adaptação é feita consoante a etapa que se vive. Isto por um lado permite uma preparação lenta para as alterações que surgem nas exacerbações, por outro, causa ansiedade e incerteza, uma vez que o grau de incapacidade de um mês para o outro é desconhecido e muitas vezes significativamente diferente. Shontz, cit. por Ogden (1999), realizou um estudo a partir da observação de doentes hospitalizados, descrevendo três fases que os doentes experiênciam quando lhes é diagnosticada uma doença crónica: - Choque, que tem como característica a estupefacção e a desorientação do doente, revelando igualmente sentimentos de indiferença face à situação. - Reacção de defrontar, que se caracteriza pelo pensamento desorganizado e sentimentos de perda, e desamparo desespero que sente o doente. - Retraimento, caracteriza-se pela negação da doença diagnosticada e das suas implicações. Ao atingirem a terceira fase, o retraimento, os indivíduos com diagnóstico de doença crónica podem gradualmente lidar com o diagnóstico. Shontz afirma que a negação da realidade é apenas uma fase que permite ao indivíduo enfrentar gradualmente a realidade e enfrentar a doença, (Ibidem). Kubler-Ross, cit. por Marques, (1991), descreve cinco estadios (negação/isolamento, cólera, negociação, depressão e aceitação) que os doentes vivenciam. Estes estadios não são absolutos, uma vez que os indivíduos não os vivem na mesma ordem, no mesmo ritmo, nem passam necessariamente por todos eles. A proposta de Kubler-Ross deve ser usada de forma flexível e torna-se bastante útil para a compreensão global dos pacientes que sofrem de doença crónica incapacitante. 1.2 Conceito de Dependência Uma pessoa dependente é aquela que necessita de transferir para terceiros as actividades tendentes à satisfação das necessidades humanas básicas, no contexto de uma doença Paulo Alexandre Lopes dos Santos 24

25 crónica, incapacidade ou deficiência, (Vilão, 1995). Parte I Segundo Kozier et al. (1993), dependência entende-se pela incapacidade de o indivíduo alcançar um nível aceitável de satisfação das suas necessidades, pelo facto de não ter capacidade em adoptar comportamentos ou realizar tarefas sem ajuda de outros. A dependência física pode reflectir-se ao nível da marcha, da circulação, da higiene, da alimentação... Os estados físico e mental são abalados, podendo ocorrer uma perda de visão, da audição, da fala, do reconhecimento, da orientação e do estado de espírito, (Vilão, 1995). A dependência só por si representa um problema para a pessoa doente. É necessária uma distinção entre a doença e as suas consequências sobre a vida quotidiana, e uma análise da especificidade das diferentes patologias e dos factores de risco em relação à saúde. Segundo Bris (1994), todos os relatórios nacionais no espaço europeu são unânimes a evidenciar que a predominância das situações de dependência prendem-se com alterações a nível do aparelho osteoarticular, respiratório e cardiovascular, e que o efeito incapacitante aumenta muito com idades avançadas, explicando-se assim a concentração nestas idades de um aumento das despesas de saúde e necessidade de cuidados. O grau de dependência pode ser medido através de escalas que determinam as capacidades e a incapacidade do doente. Existem várias de diversos autores e adaptadas a situações patológicas mais ou menos específicas. A escala de Karnofsy (cit. por Vilão, 1995) é organizada hierarquicamente e possui cinco graus distintos: - Capacidade para o normal desempenho das actividades sem qualquer restrição; - Limitação na actividade física normal, mas consegue realizar trabalhos ligeiros; - Incapacidade para o trabalho normal, mas consegue dar resposta às necessidades pessoais; - Limitação de algumas necessidades pessoais, encontra-se acamado mais de 50% do tempo; - Invalidez completa, em que o paciente se encontra acamado a 100%. Segundo a escala de Karnofsy que varia de 100 a 10%, um indivíduo encontra-se a 100% das suas capacidades quando não apresenta queixas, nem evidências de doença; diminuindo a sua independência até 10% em que o indivíduo é já considerado um moribundo Paulo Alexandre Lopes dos Santos 25

26 (Vilão, 1995). Parte I BENHAMOU (s.d.), propõe uma escala de avaliação dependência rápida e global - Mini Dependence Assessment (MDA) (Anexo I). Esta consiste na avaliação de 4 actividades: Corporais, Locomotoras, Sensoriais e Mental. Em cada destas 4 actividades são avaliados 3 itens com valores de 0 a 2 em cada item, denominado grau, sendo obtido a partir do principio que o grau 0 corresponde à situação de independência ou normal, a situação de dependência parcial corresponde a grau 1, sendo o grau 2 associado a total dependência de ajuda humana ou a situação mais degradada. O valor em cada actividade irá variar entre 0 a 6. A avaliação total da dependência irá variar de 0 a 24, propondo assim 5 níveis de dependência: NULA (0) LIGEIRA (1 8) MODERADA (9 14) SEVERA (15 19) MUITO SEVERA (20 24) Segundo o autor, esta escala tem como vantagem uma recolha rápida em menos de 15 minutos, podendo ser utilizada por profissionais de saúde e da assistência social, e pelos familiares da pessoa dependente; permite o seu preenchimento sem recurso a um guia de utilização e a um quadro de exploração de dados. A sua utilização é idêntica quer no domicílio, quer em internamentos hospitalares ou em lares, evitando assim duas escalas diferentes, em função do lugar onde se encontra a pessoa dependente. A escala de MDA permite ainda descrever quantitativamente e qualitativamente a dependência da pessoa, promovendo um acompanhamento da evolução da sua dependência tendo por base a avaliação objectiva das necessidades do indivíduo. 2 - A FAMILIA CUIDADORA E O DOENTE CRÓNICO E DEPENDENTE EM AMBIENTE DOMICILIÁRIO Os cuidados recebidos pelo doente crónico e dependente no ambiente domiciliário podem ser de dois tipos: cuidados formais (âmbito profissional), ou cuidados informais (prestada pela rede familiar ou pelos vizinhos e amigos). Precedente ao desenvolvimento desta temática entende-se por cuidado informal todo aquele cuidado que não é remunerado, prestado de forma parcial ou integral, à pessoa com DCID por pessoas pertencentes à rede Paulo Alexandre Lopes dos Santos 26

27 familiar. Parte I O cuidador informal e em particular o FC tem sido objecto de preocupação de diversos quadrantes da investigação desde a área da saúde à área social, politica, psicologia, filosófica, etc. Seja por estarmos inseridos numa época em que a relação de ajuda assume um papel de relevo (Martin, Paul, Roncon, 2000), seja pela crescente importância que o papel da família assume na área da saúde, entre ele o apoio ao cuidado às pessoas dependentes Donati, cit. por Martin, Paul, Roncon (2000), o facto é que nas sociedades contemporâneas cada vez mais é necessário conhecer aspectos que condicionam mudanças no futuro. A convergência de factores demográficos e político-sociais tem e irá ter como consequências uma maior responsabilização e participação por parte das famílias nos cuidados ao doente crónico e dependente. Do ponto de vista demográfico, o aumento da probabilidade de ocorrências de incapacidades e da longevidade das doenças crónicas, levando a situações de dependência física, psíquica e/ou social, está associado ao fenómeno de envelhecimento (Bernardo, cit. por Ferreira, 2002). Segundo INE (1999), a população idosa duplicou nos últimos 40 anos, e prevê que o crescimento do número de idosos prossiga e ultrapasse o número de jovens entre 2010 e Segundo podemos verificar no quadro 1, esta previsão foi já antecipada em 2000, visível quer pela população residente (16% de jovens para 16,4% de idosos), quer pelo índice de envelhecimento (102,2%). Verifica-se também, que em 2004 este índice aumentou para 106,7%, e que segundo as projecções para 2050, irá existir aproximadamente 243 idosos por cada 100 jovens, podendo o peso dos idosos (na população portuguesa) atingir os 31,8%, enquanto a proporção dos jovens desce para 13,1%. Um outro parâmetro de importância relevante prende-se com a longevidade marcada pelo índice de dependência dos idosos. A partir de 2000 este grupo etário é o maior socialmente dependente (32,3%), contra 31,6% do índice de dependência dos jovens, atingindo em 2050 aproximadamente 58 idosos por cada 100 indivíduos em idade activa. Este fenómeno justifica-se essencialmente pelo aumento da esperança de vida à nascença sendo prevista 79 anos para os homens e 84,7 anos para as mulheres. Paulo Alexandre Lopes dos Santos 27

28 Parte I Quadro 1 Estrutura por idades de população residente (%), índices resumo, esperança de vida à nascença Portugal Anos 16,0 15,7 13,2 13, Anos 67,7 67,5 64,7 55,1 65 e + anos 16,4 16,8 22,1 31,8 Índice de envelhecimento "Nº de idosos (65 e + anos) por 100 jovens (0-14 anos)" 102,2 106,7 168,2 242,9 Índice de dependência de idosos "Nº de idosos (65 e + anos) por 100 indivíduos em idade activa (15-64 anos)" 32,3 24,9 34,2 57,8 Índice de dependência dos jovens "Nº de jovens (0-14 anos) por 100 indivíduos em idade activa 31,6 23,3 20,3 23,8 (15-64 anos)" Esperança de vida à nascença (anos) Homens 72,9 74,1 77,0 79,0 Mulheres 79,9 80,6 83,0 84,7 Fonte: INE (2004), Estatísticas Demográficas Do ponto de vista político-social, segundo o Decreto -Lei n.º 281/2003 de 8 de Novembro, que cria a rede de cuidados continuados de saúde é de: salientar que na prestação de cuidados de saúde em geral a família e a comunidade social têm constituído e deverão continuar a intervir como factores essenciais e indispensáveis no apoio aos seus concidadãos, nomeadamente aos mais frágeis e carenciados. A sua iniciativa e acção são fundamentais, não apenas para evitar o prolongamento de estadas em regime de internamento por razões alheias ao estado de saúde, como também para a reabilitação global e a independência funcional dos doentes, o apoio domiciliário e ocupacional de que necessitam e a reinserção social a que têm direito.(dec.-lei nº 281/2003). A rede familiar, segundo Bris (1994), faz parte de uma das 4 soluções para o caso de utentes dependentes, a par dos cuidados formais de prestação de cuidados (que compreende uma diversidade de profissionais remunerados e/ou voluntários), das instituições (hospitais, em unidades concebidas para doentes crónicos e outros dependentes, e os lares), e ainda da prestação de cuidados informais por parte das redes vizinhas, podendo estas contribuir de uma forma decisiva para a manutenção do doente crónico incapacitante e dependente no domicilio. No entanto, a última opção é uma solução marginal pois tende a limitar-se à prestação de serviços pontuais em que os cuidados, cujo a sua tipologia, não ultrapassam um certo grau de Paulo Alexandre Lopes dos Santos 28

29 responsabilidade. Parte I Para contextualizar a família que lida com a DCID, é crucial compreender o entrelaçamento de 3 fios evolutivos. As alterações da estrutura familiar ao longo dos tempos; a sobrecarga para a família cuidadora que lida com a DCID; e a adaptação da família à doença crónica Alterações da Estrutura Familiar ao Longo dos Tempos Se reflectirmos um pouco sobre a família, poderemos constatar que o significado desta palavra se tem modificado, de forma mais ou menos intensa, ao longo da existência humana. Nos tempos mais remotos, a família era visualizada num contexto alargado, ou seja, a vida activa da pessoa era ocupada com a criação dos filhos sendo organizada de acordo com esta actividade. Era a mulher o elemento central desta função. A sua identidade era determinada essencialmente pelas suas funções de mãe e esposa (Carter, 1995). Referenciando Colliérre (1989) esta diz que Às mulheres competem todos os cuidados que se realizam à volta de tudo o que cresce e se desenvolve (...). No entanto, se analisarmos no contexto actual, verifica-se uma realidade distinta. As mulheres mudaram radicalmente a face do tradicional ciclo de vida familiar. O casamento feito numa etapa mais tardia, a opção de conceber menos filhos (ou mesmo optar por não os ter) e a carreira profissional a par com a vida matrimonial, marcam significativamente a mudança nos padrões do ciclo de vida. A rígida distribuição dos papéis de acordo com o sexo, em que à mulher tudo o que fosse interior lhe era atribuído, sendo o homem responsabilizado pelo exterior, resultava numa diferenciação de territórios e de poderes entre os cônjuges, que hoje, no início do século XXI se tem desvanecido, antevendo-se um dinamismo social que obrigatoriamente implicará uma reorganização de espaços, mudanças de costumes e de poderes. A ruptura com as regras institucionalizadas, a facilidade na obtenção do divórcio, a transformação da natureza da união conjugal e a baixa na taxa de fecundidade são sinónimos de manifestações actuais de um novo estilo de vida, em que se observa frequentemente a existência de famílias monoparentais e reconstituídas, verificando-se uma maior tolerância por parte da sociedade à existência de variadas formas de viver e de existir de cada um, não exigindo obrigatoriedade sobre o modelo de família nuclear tradicional, visualizando-se assim um número cada vez maior de tipos de lares e famílias. Assim, não são apenas os laços Paulo Alexandre Lopes dos Santos 29

30 Parte I parentais que definem o conceito de rede familiar, são também os laços sentimentais entre as pessoas, a proximidade geográfica, a coabitação na mesma residência ou mesmo a utilização de redes de apoio de que se serve, (Stanhope, 1999). Tais redes familiares são essencialmente verticais, indo ao encontro do modelo de substituição preconizado por Shanas (cit. por Gil, 1999) que se apoia na ideia de que os cuidados prestados pelos diferentes membros da família são concebidos a partir de uma ordem: o cônjuge é concebido como ajudante familiar, se este está ausente ou indisponível são os filhos que assumem o papel de ajudantes, se os filhos não estão disponíveis, são as pessoas exteriores à família que desempenham estas funções. Em resposta a este modelo, Gil (1999) defende a ideia da existência de uma especialização de cuidados informais à pessoa dependente. A família directa (cônjuge e filhos) envolve-se mais em tarefas de longa duração (apoio técnico na assistência à doença e ajuda nas tarefas diárias) e intimidade; os amigos constituem importantes fontes de suporte afectivo e emocional, e os vizinhos envolvem-se em tarefas curtas e com maior proximidade geográfica (ajudas nas compras ou nos transportes e em situações de emergência, como na doença) A Sobrecarga para o FC que Lida com o Utente com DCID Qualquer pessoa que viva em família é reciprocamente influenciada pelo comportamento dos outros, sendo este conjunto de relações que define o comportamento familiar. Phipps (1995) reforça esta ideia através do princípio da causalidade, em que este descreve a família como um grupo de pessoas relacionadas entre si, de tal forma que qualquer alteração surgida num determinado membro implica o surgimento de modificação nos outros restantes elementos. Assim, se nos reportarmos à pessoa portadora de doença crónica, facilmente poderemos percepcionar de que modo as suas próprias modificações influenciam o restante comportamento do grupo. O desempenho deste papel interfere com aspectos da vida pessoal, familiar, laboral, e social dos familiares cuidadores predispondo-os a conflitos. Frequentemente os familiares cuidadores, entram em situação de crise, manifestando sintomas como: tensão, constrangimento, fadiga, stresse, frustração, redução de convívio, depressão e alteração da auto-estima entre outros. Esta sobrecarga ou tensão, pode acarretar problemas físicos, Paulo Alexandre Lopes dos Santos 30

31 Parte I psicológicos, emocionais, sociais e financeiros, que acabam por afectar o bem-estar do doente e do cuidador (George e Gwyther, cit. por Martins, Ribeiro, Garrett, 2003). Porém, cuidar de um familiar debilitado e/ou dependente representa também retribuir sentimentalmente a quem de alguma forma também cuidou de nós, e a quem se dedica um afecto profundo ou o cumprimento de uma obrigação moral. Assim, e na opinião de Paúl (1997), esta situação também integra aspectos positivos gerados pela solidariedade, proximidade e intimidade. Para conceptualizar este fenómeno numa perspectiva multidimensional, tanto na vertente negativa como positiva, Lawton desenvolve um modelo teórico Modelo de Dois Factores (Two-Factor Model). Este consiste na avaliação do cuidado em dois vectores: (1) a percepção e a explicação da natureza que o cuidador tem da sobrecarga que se apresenta como elemento negativo no cuidado informal e, (2), o grau de satisfação percebida que se apresenta como factor positivo no cuidado. Sendo estes dois vectores independentes, ambos se podem converter em mediadores de bem-estar do cuidador informal (Martin, Paul, & Rincon, 2000). Baseado em estudos sobre as consequências de doenças crónicas nos adultos, e o modo como essa mesma doença afecta a estrutura familiar, Bolander (1998) conclui que quando a família tem um membro a sofrer de doença, todos os seus membros sofrem ansiedade e stresse. Os membros da família preocupam-se com a gravidade da doença, com o sofrimento e a possível morte, e como consequência destas preocupações, estes referem sentimentos de medo, desamparo, vulnerabilidade, insegurança, frustração e depressão. Por outro lado, a unidade familiar sofre rupturas do seu estilo de vida a vários níveis, desde a privacidade até aos rendimentos. Dentro da família, o familiar prestador dos cuidados será provavelmente o elemento mais afectado pela ansiedade e pelo stresse, Oberst e James (cit. por Santos Lucas, 1995). Assim, a função do cuidar pode ser desgastante para os familiares cuidadores. Segundo LAGES (2002) existem estudos que revelam que os familiares cuidadores têm uma maior morbilidade do que aqueles que não têm esta função. Segundo Early cit. por Berg-Weger (1996), stresse ou tensão do FC é definido como uma sobrecarga ( burden ), relacionada com a dinâmica e qualidade de vida do dia a dia. Berg-Weger (1996), acresce a esta última definição o termo enduring problems, isto é, a resistência de lidar com situações problemáticas, em que stresse ou tensão são conceitos permutáveis. Paulo Alexandre Lopes dos Santos 31

32 Parte I Segundo Gallant e Connell (1998) o stresse dos familiares cuidadores tem impacto directo na sua saúde, devido a comportamentos de risco relacionado com a mesma. Assim, no estudo realizado por estes autores, existe uma associação forte entre os níveis de maior stresse e o aumento do consumo de tabaco, álcool e alimentação hipercalórica. Pearlin et al., cit. por Zarit e Gaugler (2000), identificaram dois tipos de factores stressantes nos familiares cuidadores: Stressores Primários e Stressores Secundários. Os primários referem-se à situação do cuidador relacionado com a situação de cuidar, tendo esta uma dimensão objectiva e subjectiva. A dimensão objectiva refere-se às actividades e aos acontecimentos directamente associados ao desempenho do papel de cuidador (apoio às tarefas diárias, resolução dos problemas comportamentais e emocionais); a dimensão subjectiva tem haver com as reacções emocionais, sentimentos e emoções, relacionadas com as actividades e acontecimentos da dimensão objectiva. Os stressores secundários correspondem aos conflitos entre o cuidador com as obrigações familiares e profissionais, aos problemas financeiros e ás alterações das actividades sociais, resultantes directamente dos stressores primários (Pearlin et al., cit. por Martins, Ribeiro e Garrett, 2003). As consequências negativas na saúde mental e física dos familiares cuidadores estão descritas em outros estudos. Em relação à saúde mental o aparecimento de sentimentos de raiva, de ansiedade e de depressão está associado aos familiares que cuidam dos seus doentes dependentes (Zarit e Gaugler, 2000). Gallant e Connell (1998), referem no seu estudo os problemas mais citados pelos familiares cuidadores: a depressão, a fadiga, a raiva, o conflito familiar, a culpa, a tensão emocional, a sobrecarga financeira e as alterações psicossomáticas. Por outro lado, o relacionamento entre casais que têm a seu cargo familiares dependentes sofre maior tensão, do que aqueles que não têm este tipo de situação (Cyn, sd; Zarit e Gaugler, 2000). Segundo Martins, Ribeiro e Garrett (2002), no estudo realizado com familiares cuidadores de doentes com AVC, conclui que Os cônjuges apresentam maiores níveis de ansiedade e depressão que as filhas/noras..., justificando pelo facto de os cônjuges Paulo Alexandre Lopes dos Santos 32

Área de Intervenção IV: Qualidade de vida do idoso

Área de Intervenção IV: Qualidade de vida do idoso Área de Intervenção IV: Qualidade de vida do idoso 64 ÁREA DE INTERVENÇÃO IV: QUALIDADE DE VIDA DO IDOSO 1 Síntese do Problemas Prioritários Antes de serem apresentadas as estratégias e objectivos para

Leia mais

Setembro, 2008. Fátima Barbosa

Setembro, 2008. Fátima Barbosa Uma nova realidade, um novo desafio Setembro, 2008. História de um Cuidador Tenho 65 anos, fui emigrante na França e na Alemanha e cá em Portugal trabalhei em várias zonas. Sempre gostei da vida! Reformei-me

Leia mais

ESPAÇO(S) E COMPROMISSOS DA PROFISSÃO

ESPAÇO(S) E COMPROMISSOS DA PROFISSÃO ESPAÇO(S) E COMPROMISSOS DA PROFISSÃO 18 de Novembro de 2010 Teatro Municipal de Almada Senhora Presidente da Associação dos Profissionais de Serviços Social, Dr.ª Fernanda Rodrigues Senhoras e Senhores

Leia mais

Transição para a parentalidade após um diagnóstico de anomalia congénita no bebé: Resultados do estudo

Transição para a parentalidade após um diagnóstico de anomalia congénita no bebé: Resultados do estudo 2013 Transição para a parentalidade após um diagnóstico de anomalia congénita no bebé: Resultados do estudo Ana Fonseca, Bárbara Nazaré e Maria Cristina Canavarro Pontos de interesse especiais: Porque

Leia mais

Trabalho realizado por: Diva Rafael 12ºA nº15

Trabalho realizado por: Diva Rafael 12ºA nº15 Trabalho realizado por: Diva Rafael 12ºA nº15 Ano Lectivo: 2007/2008 Índice Introdução O que é a psicologia O que é a psicologia clínica Entrevista Conclusão Bibliografia Pág.3 Pág.4 Pág.5 Pág.7 Pág.9

Leia mais

PARECER N.º 2 / 2012

PARECER N.º 2 / 2012 PARECER N.º 2 / 2012 DOTAÇÃO DE PESSOAL NO SERVIÇO DE PEDIATRIA ONCOLÓGICA 1. A questão colocada Solicitar o parecer da Ordem acerca da dotação de pessoal no serviço de Pediatria Oncológica, dado que não

Leia mais

Aspectos Sócio-Profissionais da Informática

Aspectos Sócio-Profissionais da Informática ESCOLA SUPERIOR DE TECNOLOGIA I N S T I T U T O P O L I T É C N I C O D E C A S T E L O B R A N C O ENGENHARIA INFORMÁTICA Aspectos Sócio-Profissionais da Informática Jovens Empresários de Sucesso e Tendências

Leia mais

DEPRESSÃO. Tristeza vs Depressão «Será que estou deprimido?» «Depressão?! O que é?»

DEPRESSÃO. Tristeza vs Depressão «Será que estou deprimido?» «Depressão?! O que é?» DEPRESSÃO Tristeza vs Depressão «Será que estou deprimido?» Em determinados momentos da nossa vida é normal experienciar sentimentos de «grande tristeza». Para a maioria das pessoas, tais sentimentos surgem

Leia mais

SISTEMA DE ACOMPANHAMENTO E AVALIAÇÃO DE ESTÁGIO (Art.º 22.º do Regulamento de Estágio, publicado no Diário da República de 9 de Fevereiro de 2010)

SISTEMA DE ACOMPANHAMENTO E AVALIAÇÃO DE ESTÁGIO (Art.º 22.º do Regulamento de Estágio, publicado no Diário da República de 9 de Fevereiro de 2010) SISTEMA DE ACOMPANHAMENTO E AVALIAÇÃO DE ESTÁGIO (Art.º 22.º do Regulamento de Estágio, publicado no Diário da República de 9 de Fevereiro de 2010) 1 SISTEMA DE ACOMPANHAMENTO E AVALIAÇÃO DE ESTÁGIO (Artigo

Leia mais

PROGRAMA DO INTERNATO MÉDICO DE SAÚDE PÚBLICA

PROGRAMA DO INTERNATO MÉDICO DE SAÚDE PÚBLICA Coordenação do Internato Médico de Saúde Pública PROGRAMA DO INTERNATO MÉDICO DE SAÚDE PÚBLICA (Aprovado pela Portaria 47/2011, de 26 de Janeiro) Internato 2012/2016 ÍNDICE GERAL INTRODUÇÃO 1 1. DURAÇÃO

Leia mais

POLÍTICA DE PROMOÇÃO À SAÚDE E PREVENÇÃO DE DOENÇAS

POLÍTICA DE PROMOÇÃO À SAÚDE E PREVENÇÃO DE DOENÇAS POLÍTICA DE PROMOÇÃO À SAÚDE E PREVENÇÃO DE DOENÇAS Versão aprovada na 2ª reunião do Conselho Deliberativo da Cemig Saúde em 22.10.2010. Em POLÍTICA DE PROMOÇÃO À SAÚDE E PREVENÇÃO DE DOENÇAS 1- Introdução

Leia mais

Cuidar do Idoso com demência

Cuidar do Idoso com demência Cuidar do Idoso com demência Na atualidade, somos confrontados com um processo de envelhecimento demográfico caracterizado por um aumento progressivo de população idosa, em detrimento da população jovem,

Leia mais

CONSELHO DA UNIÃO EUROPEIA. Bruxelas, 30 de Novembro de 2000 (13.10) (OR. fr) 14110/00 LIMITE SOC 470

CONSELHO DA UNIÃO EUROPEIA. Bruxelas, 30 de Novembro de 2000 (13.10) (OR. fr) 14110/00 LIMITE SOC 470 CONSELHO DA UNIÃO EUROPEIA Bruxelas, 30 de Novembro de 2000 (13.10) (OR. fr) 14110/00 LIMITE SOC 470 ENVIO DE TEXTO de: Conselho (Emprego e Política Social) para: Conselho Europeu de Nice Nº doc. ant.:

Leia mais

Organização em Enfermagem

Organização em Enfermagem Universidade Federal de Juiz de Fora Faculdade de Enfermagem Departamento de Enfermagem Básica Disciplina Administração em Enfermagem I Organização em Enfermagem Prof. Thiago C. Nascimento Objetivos: Discorrer

Leia mais

EVOLUÇÃO DO SEGURO DE SAÚDE EM PORTUGAL

EVOLUÇÃO DO SEGURO DE SAÚDE EM PORTUGAL EVOLUÇÃO DO SEGURO DE SAÚDE EM PORTUGAL Ana Rita Ramos 1 Cristina Silva 2 1 Departamento de Análise de Riscos e Solvência do ISP 2 Departamento de Estatística e Controlo de Informação do ISP As opiniões

Leia mais

PROJETO DE LEI Nº, DE 2011

PROJETO DE LEI Nº, DE 2011 PROJETO DE LEI Nº, DE 2011 (Do Sr. OTAVIO LEITE) Regulamenta a Profissão de Cuidador de Pessoa, delimita o âmbito de atuação, fixa remuneração mínima e dá outras providências. O Congresso Nacional decreta:

Leia mais

PSICOLOGIA APLICADA. A. Filipa Faria Cátia Silva Barbara Fernandes Ricardo Rocha

PSICOLOGIA APLICADA. A. Filipa Faria Cátia Silva Barbara Fernandes Ricardo Rocha PSICOLOGIA APLICADA A. Filipa Faria Cátia Silva Barbara Fernandes Ricardo Rocha Psicologia aplicada É impossível pensar em psicologia, sem pensar em intervenção, pois esta tem uma dimensão prática que

Leia mais

Pedro R ibeiro Ribeiro e S ilva Silva MAPFRE Seguros

Pedro R ibeiro Ribeiro e S ilva Silva MAPFRE Seguros Pedro Ribeiro e Silva MAPFRE Seguros A avaliação de riscos psicossociais no trabalho na ótica das seguradoras A avaliação dos riscos psicossociais pelas seguradoras pode ser efectuada em duas perspectivas:

Leia mais

Atendimento Domiciliar

Atendimento Domiciliar Atendimento Domiciliar Definição da Unimed Porto Alegre sobre Home Care O Home Care é um beneficio de prestação de serviço de assistência à saúde, a ser executado no domicilio do paciente com patologias

Leia mais

Projecto de SCIE e medidas de autoprotecção em lares de idosos e edifícios hospitalares

Projecto de SCIE e medidas de autoprotecção em lares de idosos e edifícios hospitalares Título 1 Projecto de SCIE e medidas de autoprotecção em lares de idosos e edifícios hospitalares 2 Sumário Breve caracterização do risco de incêndio Medidas de segurança de natureza física Projecto de

Leia mais

Barómetro Regional da Qualidade Avaliação da Satisfação dos Utentes dos Serviços de Saúde

Barómetro Regional da Qualidade Avaliação da Satisfação dos Utentes dos Serviços de Saúde Avaliação da Satisfação dos Utentes dos Serviços de Saúde Entidade Promotora Concepção e Realização Enquadramento Avaliação da Satisfação dos Utentes dos Serviços de Saúde Índice RESUMO EXECUTIVO...

Leia mais

Programa para a Reabilitação de Pessoas com Comportamentos Adictos

Programa para a Reabilitação de Pessoas com Comportamentos Adictos Programa para a Reabilitação de Pessoas com Comportamentos Adictos Introdução Os comportamentos adictos têm vindo a aumentar na nossa sociedade. Os problemas, ao nível do local e das relações no trabalho,

Leia mais

Aula 1 Uma visão geral das comorbidades e a necessidade da equipe multidisciplinar

Aula 1 Uma visão geral das comorbidades e a necessidade da equipe multidisciplinar Aula 1 Uma visão geral das comorbidades e a necessidade da equipe multidisciplinar Nesta aula, apresentaremos o panorama geral das comorbidades envolvidas na dependência química que serão estudadas ao

Leia mais

APRESENTAÇÃO Qualidade de Vida e Suporte Social do Doente com Diabetes Domiciliado

APRESENTAÇÃO Qualidade de Vida e Suporte Social do Doente com Diabetes Domiciliado APRESENTAÇÃO Qualidade de Vida e Suporte Social do ACES Porto Oriental / Centro de Saúde de Campanhã Unidade de Saúde de S. Roque da Lameira Emília Aparício, Assistente Social Cristina Campos, Psicóloga

Leia mais

SERVIÇO DE PROTEÇÃO E ATENDIMENTO INTEGRAL À FAMÍLIA (PAIF)

SERVIÇO DE PROTEÇÃO E ATENDIMENTO INTEGRAL À FAMÍLIA (PAIF) SERVIÇO DE PROTEÇÃO E ATENDIMENTO INTEGRAL À FAMÍLIA (PAIF) TRABALHO SOCIAL COM FAMÍLIAS NA ASSISTÊNCIA SOCIAL NA PERSPECTIVA DA SUPERAÇÃO DO CLIENTELISMO/ASSISTENCIALISMO O Serviço de Proteção e Atendimento

Leia mais

Projeto de Resolução n.º 238/XIII/1.ª. Recomenda ao Governo que implemente medidas de prevenção e combate à Diabetes e à Hiperglicemia Intermédia.

Projeto de Resolução n.º 238/XIII/1.ª. Recomenda ao Governo que implemente medidas de prevenção e combate à Diabetes e à Hiperglicemia Intermédia. Projeto de Resolução n.º 238/XIII/1.ª Recomenda ao Governo que implemente medidas de prevenção e combate à Diabetes e à Hiperglicemia Intermédia. O aumento da esperança de vida, conseguido através do desenvolvimento,

Leia mais

INOVAÇÃO PORTUGAL PROPOSTA DE PROGRAMA

INOVAÇÃO PORTUGAL PROPOSTA DE PROGRAMA INOVAÇÃO PORTUGAL PROPOSTA DE PROGRAMA FACTORES CRÍTICOS DE SUCESSO DE UMA POLÍTICA DE INTENSIFICAÇÃO DO PROCESSO DE INOVAÇÃO EMPRESARIAL EM PORTUGAL E POTENCIAÇÃO DOS SEUS RESULTADOS 0. EXPOSIÇÃO DE MOTIVOS

Leia mais

Norma Interpretativa 2 Uso de Técnicas de Valor Presente para mensurar o Valor de Uso

Norma Interpretativa 2 Uso de Técnicas de Valor Presente para mensurar o Valor de Uso Norma Interpretativa 2 Uso de Técnicas de Valor Presente para mensurar o Valor de Uso Esta Norma Interpretativa decorre da NCRF 12 - Imparidade de Activos. Sempre que na presente norma existam remissões

Leia mais

REGULAMENTO DA ÁREA MÉDICA DOS SERVIÇOS SOCIAIS DA CÂMARA MUNICIPAL DE LISBOA

REGULAMENTO DA ÁREA MÉDICA DOS SERVIÇOS SOCIAIS DA CÂMARA MUNICIPAL DE LISBOA REGULAMENTO DA ÁREA MÉDICA DOS SERVIÇOS SOCIAIS DA CÂMARA MUNICIPAL DE LISBOA Índice Capítulo I Disposições gerais Secção I Noção, âmbito e objectivos Art.º 1 - Noção e âmbito material Art.º 2 - Objectivos

Leia mais

Observação das aulas Algumas indicações para observar as aulas

Observação das aulas Algumas indicações para observar as aulas Observação das aulas Algumas indicações para observar as aulas OBJECTVOS: Avaliar a capacidade do/a professor(a) de integrar esta abordagem nas actividades quotidianas. sso implicará igualmente uma descrição

Leia mais

Empresas Responsáveis Questionário de Sensibilização

Empresas Responsáveis Questionário de Sensibilização Empresas Responsáveis Questionário de Sensibilização 1. Introdução O presente questionário ajudá-lo-á a reflectir sobre os esforços desenvolvidos pela sua empresa no domínio da responsabilidade empresarial,

Leia mais

A Comunicação Estratégica. no âmbito da Mudança Organizacional

A Comunicação Estratégica. no âmbito da Mudança Organizacional A Comunicação Estratégica no âmbito da Mudança Organizacional Entrevista 1 Organização A Caracterização da Organização e Entrevistado Tipo ORGANIZAÇÃO - A Instituição Particular de Solidariedade Social,

Leia mais

Survey de Satisfação de Clientes 2009

Survey de Satisfação de Clientes 2009 Survey de Satisfação de Clientes Fevereiro de 2010 Índice 1. Sumário Executivo 4 2. Metodologia 6 3. Estratificação da Amostra 7 4. Classificação das pontuações 8 5. Apresentação de Resultados das Urgências

Leia mais

Avaliação De Desempenho de Educadores e de Professores Princípios orientadores

Avaliação De Desempenho de Educadores e de Professores Princípios orientadores Avaliação De Desempenho de Educadores e de Professores Princípios orientadores O Estatuto da Carreira dos Educadores de Infância e dos Professores dos Ensinos Básico e Secundário, recentemente aprovado,

Leia mais

CENTRO DE APOIO FAMILIAR E ACONSELHAMENTO PARENTAL

CENTRO DE APOIO FAMILIAR E ACONSELHAMENTO PARENTAL CENTRO DE APOIO FAMILIAR E ACONSELHAMENTO PARENTAL REGULAMENTO INTERNO CENTRO SOCIAL DA PARÓQUIA DE MIRAGAIA CAPÍTULO I DISPOSIÇÕES GERAIS NORMA I (Objeto) O Centro de Apoio Familiar e Aconselhamento Parental,

Leia mais

Plano de Contingência UCP

Plano de Contingência UCP Universidade Católica Portuguesa Plano de Contingência UCP Lisboa Sede Campus de Sintra Residência Universitária Feminina Pandemia de Gripe A (H1N1) Lisboa-Versão02-28 Setembro 09 Índice 1. LISTA DE SIGLAS

Leia mais

Portuguese version 1

Portuguese version 1 1 Portuguese version Versão Portuguesa Conferência Europeia de Alto Nível Juntos pela Saúde Mental e Bem-estar Bruxelas, 12-13 Junho 2008 Pacto Europeu para a Saúde Mental e Bem-Estar 2 Pacto Europeu para

Leia mais

Grupo Parlamentar. Projeto de Resolução n.º 336/XIII/1.ª

Grupo Parlamentar. Projeto de Resolução n.º 336/XIII/1.ª Grupo Parlamentar Projeto de Resolução n.º 336/XIII/1.ª Recomenda ao Governo que reveja a legislação de modo a defender os idosos de penalizações e exclusões abusivas que são alvo em função da idade Exposição

Leia mais

Biodanza. Para Crianças e Jovens. Manuela Mestre Robert

Biodanza. Para Crianças e Jovens. Manuela Mestre Robert Biodanza Para Crianças e Jovens Manuela Mestre Robert FICHA TÉCNICA: TÍTULO Biodanza para Crianças e Jovens AUTORIA Manuela Mestre Robert Manuela Mestre Robert, 2008 CAPA Crianças do 1º ciclo do Ensino

Leia mais

PROJECTO DE CARTA-CIRCULAR SOBRE POLÍTICA DE REMUNERAÇÃO DAS INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS

PROJECTO DE CARTA-CIRCULAR SOBRE POLÍTICA DE REMUNERAÇÃO DAS INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS PROJECTO DE CARTA-CIRCULAR SOBRE POLÍTICA DE REMUNERAÇÃO DAS INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS No âmbito da avaliação realizada, a nível internacional, sobre os fundamentos da crise financeira iniciada no Verão

Leia mais

4. PRINCÍPIOS DE PLANEAMENTO DE RECURSOS HÍDRICOS

4. PRINCÍPIOS DE PLANEAMENTO DE RECURSOS HÍDRICOS 4. PRINCÍPIOS DE PLANEAMENTO DE RECURSOS HÍDRICOS A abordagem estratégica que se pretende implementar com o Plano Regional da Água deverá ser baseada num conjunto de princípios nucleares que, sendo unanimemente

Leia mais

POLÍTICA DE DIVERSIDADE DO GRUPO EDP

POLÍTICA DE DIVERSIDADE DO GRUPO EDP POLÍTICA DE DIVERSIDADE DO GRUPO EDP CONTEXTO Respeitar a diversidade social e a representatividade presente nas comunidades em que as organizações se inserem é um dever ético e simultaneamente um fator

Leia mais

REGULAMENTO DE COMPETÊNCIAS ESPECIFICAS DO ENFERMEIRO ESPECIALISTA EM ENFERMAGEM EM PESSOA EM SITUAÇÃO CRÓNICA E PALIATIVA

REGULAMENTO DE COMPETÊNCIAS ESPECIFICAS DO ENFERMEIRO ESPECIALISTA EM ENFERMAGEM EM PESSOA EM SITUAÇÃO CRÓNICA E PALIATIVA REGULAMENTO DE COMPETÊNCIAS ESPECIFICAS DO ENFERMEIRO ESPECIALISTA EM ENFERMAGEM EM PESSOA EM SITUAÇÃO CRÓNICA E PALIATIVA APROVADO POR UNANIMIDADE NA ASSEMBLEIA GERAL EXTRAORDINÁRIA DE 22 DE OUTUBRO DE

Leia mais

E Entrevistador E18 Entrevistado 18 Sexo Masculino Idade 29anos Área de Formação Técnico Superior de Serviço Social

E Entrevistador E18 Entrevistado 18 Sexo Masculino Idade 29anos Área de Formação Técnico Superior de Serviço Social Transcrição de Entrevista nº 18 E Entrevistador E18 Entrevistado 18 Sexo Masculino Idade 29anos Área de Formação Técnico Superior de Serviço Social E - Acredita que a educação de uma criança é diferente

Leia mais

Administração Central do Sistema de Saúde Workshop: Gestão do Processo de Integração Vertical das ULS. Jorge Varanda.

Administração Central do Sistema de Saúde Workshop: Gestão do Processo de Integração Vertical das ULS. Jorge Varanda. Administração Central do Sistema de Saúde Workshop: Gestão do Processo de Integração Vertical das ULS 1 Reconhecer a importância de planear atempadamente a alta do doente, num contexto de integração de

Leia mais

8 de Março 2011- E urgente acabar com as discriminações que a mulher continua sujeita em Portugal Pág. 2

8 de Março 2011- E urgente acabar com as discriminações que a mulher continua sujeita em Portugal Pág. 2 8 de Março 2011- E urgente acabar com as discriminações que a mulher continua sujeita em Portugal Pág. 1 A SITUAÇÃO DA MULHER EM PORTUGAL NO DIA INTERNACIONAL DA MULHER DE 2011 RESUMO DESTE ESTUDO No dia

Leia mais

NORMAS INTERNACIONAIS DO TRABALHO Convenção (n.º 102) relativa à segurança social (norma mínima), 1952

NORMAS INTERNACIONAIS DO TRABALHO Convenção (n.º 102) relativa à segurança social (norma mínima), 1952 NORMAS INTERNACIONAIS DO TRABALHO Convenção (n.º 102) relativa à segurança social (norma mínima), 1952 Bureau Internacional do Trabalho 1 Ratificação Como são utilizadas as Normas Internacionais do Trabalho?

Leia mais

Conclusões CAPÍTULO 7 CONCLUSÕES. O Ambiente Interior e a Saúde dos Ocupantes de Edifícios de Habitação. 217

Conclusões CAPÍTULO 7 CONCLUSÕES. O Ambiente Interior e a Saúde dos Ocupantes de Edifícios de Habitação. 217 Conclusões CAPÍTULO 7 CONCLUSÕES O Ambiente Interior e a Saúde dos Ocupantes de Edifícios de Habitação. 217 Capítulo 7 7. CONCLUSÕES 7.1. CONSIDERAÇÕES FINAIS 7.2. SÍNTESE DE INOVAÇÃO 7.3. DESENVOLVIMENTOS

Leia mais

ESTATÍSTICAS, O ABECEDÁRIO DO FUTURO

ESTATÍSTICAS, O ABECEDÁRIO DO FUTURO ESTATÍSTICAS, O ABECEDÁRIO DO FUTURO Maria João Valente Rosa Membro do Conselho Superior de Estatística; Professora Universitária da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas/ Universidade Nova de Lisboa;

Leia mais

C E N T R O C U L T U R A L E S O C I A L D E S A N T O A D R I Ã O REGULAMENTO INTERNO CATL-ACR

C E N T R O C U L T U R A L E S O C I A L D E S A N T O A D R I Ã O REGULAMENTO INTERNO CATL-ACR C E N T R O C U L T U R A L E S O C I A L D E S A N T O A D R I Ã O REGULAMENTO INTERNO CATL-ACR A P R O V A D O E M A S S E M B L E I A G E R A L E M 1 1. 0 3. 2 0 1 6 ( A p ó s a s r e v i s õ e s e

Leia mais

Escola Nacional de. Saúde Pública

Escola Nacional de. Saúde Pública Escola Nacional de Saúde Pública 6º CURSO DE MESTRADO EM SAÚDE PÚBLICA (2002/2004) MÓDULO DE INTRODUÇÃO À PROMOÇÃO E PROTECÇÃO DA SAÚDE CUIDADOS CONTINUADOS DE SAÚDE E APOIO SOCIAL - UMA REFLEXÃO - Elaborado

Leia mais

PROGRAMA: GRAVIDEZ SAUDÁVEL, PARTO HUMANIZADO

PROGRAMA: GRAVIDEZ SAUDÁVEL, PARTO HUMANIZADO PROGRAMA: GRAVIDEZ SAUDÁVEL, PARTO HUMANIZADO BOM PROGRESSO- RS 2009 PREFEITURA MUNICIPAL DE BOM PROGRESSO Administração: Armindo Heinle CNPJ. 94726353/0001-17 End. Av. Castelo Branco, n 658 Centro CEP:

Leia mais

ASSUNTO: Processo de Auto-avaliação da Adequação do Capital Interno (ICAAP)

ASSUNTO: Processo de Auto-avaliação da Adequação do Capital Interno (ICAAP) Manual de Instruções do Banco de Portugal Instrução nº 15/2007 ASSUNTO: Processo de Auto-avaliação da Adequação do Capital Interno (ICAAP) A avaliação e a determinação com rigor do nível de capital interno

Leia mais

TRABALHO LABORATORIAL NO ENSINO DAS CIÊNCIAS: UM ESTUDO SOBRE AS PRÁTICAS DE FUTUROS PROFESSORES DE BIOLOGIA E GEOLOGIA

TRABALHO LABORATORIAL NO ENSINO DAS CIÊNCIAS: UM ESTUDO SOBRE AS PRÁTICAS DE FUTUROS PROFESSORES DE BIOLOGIA E GEOLOGIA TRABALHO LABORATORIAL NO ENSINO DAS CIÊNCIAS: UM ESTUDO SOBRE AS PRÁTICAS DE FUTUROS PROFESSORES DE BIOLOGIA E GEOLOGIA DOURADO, LUÍS Instituto de Educação e Psicologia, Universidade do Minho. Palavras

Leia mais

ESTATÍSTICAS DEMOGRÁFICAS 2001-2008 DISTRITO DE VIANA DO CASTELO E SEUS CONCELHOS. F e v e r e i r o d e 2 0 1 0

ESTATÍSTICAS DEMOGRÁFICAS 2001-2008 DISTRITO DE VIANA DO CASTELO E SEUS CONCELHOS. F e v e r e i r o d e 2 0 1 0 ESTATÍSTICAS DEMOGRÁFICAS 2001-2008 DISTRITO DE VIANA DO CASTELO E SEUS CONCELHOS U n i d a d e d e S a ú d e P ú b l i c a d o A l t o M i n h o F e v e r e i r o d e 2 0 1 0 U n i d a d e d e S a ú d

Leia mais

A organização dos meios humanos na empresa

A organização dos meios humanos na empresa António Malta A organização dos meios humanos na empresa 1. Para poder desempenhar a sua função económica geral produção de bens ou prestação de serviços a empresa tem necessariamente que contar com uma

Leia mais

FEUP - 2010 RELATÓRIO DE CONTAS BALANÇO

FEUP - 2010 RELATÓRIO DE CONTAS BALANÇO relatório de contas 2 FEUP - 2010 RELATÓRIO DE CONTAS BALANÇO FEUP - 2010 RELATÓRIO DE CONTAS 3 4 FEUP - 2010 RELATÓRIO DE CONTAS DEMONSTRAÇÃO DOS RESULTADOS POR NATUREZAS DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA

Leia mais

FICHA DE CARACTERIZAÇÃO DO PRODUTO

FICHA DE CARACTERIZAÇÃO DO PRODUTO CARACTERIZAÇÃO DO PRODUTO Estudo da Sustentabilidade das Empresas Recém Criadas Produção apoiada pelo Programa Operacional de Emprego, Formação e Desenvolvimento Social (POEFDS), co-financiado pelo Estado

Leia mais

Agenda de Investigação em Cuidados Continuados Integrados

Agenda de Investigação em Cuidados Continuados Integrados Agenda de Investigação em Cuidados Continuados Integrados Autores: Manuel José Lopes Universidade de Évora Felismina Rosa Parreira Mendes Universidade de Évora Os Cuidados Continuados Integrados (CCI)

Leia mais

Câmara Municipal de Alter do Chão Setor Ação Social e Educação

Câmara Municipal de Alter do Chão Setor Ação Social e Educação Nota Introdutória O presente projeto de intervenção surge da constatação do elevado número da população idosa na estrutura demográfica do concelho de Alter do Chão, do conhecimento e do contato direto

Leia mais

CONFERÊNCIA DOS MINISTROS DO TRABALHO E SEGURANÇA SOCIAL E DOS ASSUNTOS SOCIAIS DA CPLP

CONFERÊNCIA DOS MINISTROS DO TRABALHO E SEGURANÇA SOCIAL E DOS ASSUNTOS SOCIAIS DA CPLP CONFERÊNCIA DOS MINISTROS DO TRABALHO E SEGURANÇA SOCIAL E DOS ASSUNTOS SOCIAIS DA CPLP INTERVENÇÃO DO SENHOR EMBAIXADOR DOMINGOS DIAS PEREIRA MASCARENHAS, CHEFE DA DELEGAÇÃO, SOBRE O TEMA CENTRAL OS DESAFIOS

Leia mais

Proposta para a construção de um Projecto Curricular de Turma*

Proposta para a construção de um Projecto Curricular de Turma* Proposta para a construção de um Projecto Curricular de Turma* Glória Macedo, PQND do 4º Grupo do 2º Ciclo do EB e Formadora do CFAE Calvet de Magalhães, Lisboa A Reorganização Curricular do Ensino Básico

Leia mais

SIMPOSIO: O Desenvolvimento na Primeira Infância Fevereiro 2009 Goreti Mendes ESE - Universidade do Minho

SIMPOSIO: O Desenvolvimento na Primeira Infância Fevereiro 2009 Goreti Mendes ESE - Universidade do Minho Desenvolvimento na primeira infância Família e Enfermeiros: Parceiros Na Intervenção À Criança 1 Hospitalização da Ci Criança Evento crítico na vida da criança e dos seus pais. (Hockenberry et al., 2006)

Leia mais

TÍTULO: EXPERIÊNCIA COM OS FAMILIARES DOS PORTADORES DE ESQUIZOFRENIA USUÁRIOS DO SERVIÇO CAPS

TÍTULO: EXPERIÊNCIA COM OS FAMILIARES DOS PORTADORES DE ESQUIZOFRENIA USUÁRIOS DO SERVIÇO CAPS TÍTULO: EXPERIÊNCIA COM OS FAMILIARES DOS PORTADORES DE ESQUIZOFRENIA USUÁRIOS DO SERVIÇO CAPS CATEGORIA: EM ANDAMENTO ÁREA: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E SAÚDE SUBÁREA: ENFERMAGEM INSTITUIÇÃO: UNIVERSIDADE DO

Leia mais

Seminário Energia e Cidadania 23 de Abril de 2009 Auditório CIUL

Seminário Energia e Cidadania 23 de Abril de 2009 Auditório CIUL Seminário Energia e Cidadania 23 de Abril de 2009 Auditório CIUL Começo por agradecer a todos terem vindo a este seminário. Em especial à Senhora Secretária de Estado que muito nos honra com a sua presença

Leia mais

Sessão 2: Gestão da Asma Sintomática. Melhorar o controlo da asma na comunidade.]

Sessão 2: Gestão da Asma Sintomática. Melhorar o controlo da asma na comunidade.] Sessão 2: Gestão da Asma Sintomática Melhorar o controlo da asma na comunidade.] PROFESSOR VAN DER MOLEN: Que importância tem para os seus doentes que a sua asma esteja controlada? DR RUSSELL: É muito

Leia mais

Mestrados em Fisioterapia MÚSCULO-ESQUELÉTICA E SAÚDE PUBLICA 2013-2015

Mestrados em Fisioterapia MÚSCULO-ESQUELÉTICA E SAÚDE PUBLICA 2013-2015 Mestrados em Fisioterapia MÚSCULO-ESQUELÉTICA E SAÚDE PUBLICA 2013-2015 INDICE Competências a Desenvolver 5 Área de Especialização Músculo-Esquelética 5 Área de Especialização Saúde Pública 6 Condições

Leia mais

DIRECTRIZ DE REVISÃO/AUDITORIA 872

DIRECTRIZ DE REVISÃO/AUDITORIA 872 DIRECTRIZ DE REVISÃO/AUDITORIA 872 Revista em Março de 2009 Entidades Municipais, Intermunicipais e Metropolitanas ÍNDICE Parágrafos INTRODUÇÃO 1 8 OBJECTIVO 9 FUNÇÕES EQUIVALENTES AO COMPROMISSO DO REVISOR

Leia mais

INTERVENÇÃO DE SUA EXCELÊNCIA O MINISTRO DAS OBRAS PÚBLICAS, TRANSPORTES E COMUNICAÇÕES. Eng. Mário Lino. Cerimónia de Abertura do WTPF-09

INTERVENÇÃO DE SUA EXCELÊNCIA O MINISTRO DAS OBRAS PÚBLICAS, TRANSPORTES E COMUNICAÇÕES. Eng. Mário Lino. Cerimónia de Abertura do WTPF-09 INTERVENÇÃO DE SUA EXCELÊNCIA O MINISTRO DAS OBRAS PÚBLICAS, TRANSPORTES E COMUNICAÇÕES Eng. Mário Lino Cerimónia de Abertura do WTPF-09 Centro de Congressos de Lisboa, 22 de Abril de 2009 (vale a versão

Leia mais

ÍNDICE PATRONATO DE SANTO ANTÓNIO INTRODUÇÃO... 2 I - OPÇÕES E PRIORIDADES... 3

ÍNDICE PATRONATO DE SANTO ANTÓNIO INTRODUÇÃO... 2 I - OPÇÕES E PRIORIDADES... 3 ÍNDICE INTRODUÇÃO... 2 I - OPÇÕES E PRIORIDADES... 3 1.1. PRIORIDADES A NÍVEL DA ACTUAÇÃO EDUCATIVA... 4 1.2. PRIORIDADES A NÍVEL DO AMBIENTE EDUCATIVO... 4 II APRENDIZAGENS ESPECÍFICAS... 5 2.1. SENSIBILIZAÇÃO

Leia mais

PROTOCOLO ENTRE. Considerando que:

PROTOCOLO ENTRE. Considerando que: PROTOCOLO ENTRE PRIMEIRO: MUNICÍPIO DE ANGRA DO HEROÍSMO, pessoa colectiva de direito público, com o NIPC nº 512 044 040, com sede na Praça Velha, freguesia de Sé, Concelho de Angra do Heroísmo, representado

Leia mais

Curso de Especialização em Saúde da Pessoa Idosa. Os objetivos dessa unidade são:

Curso de Especialização em Saúde da Pessoa Idosa. Os objetivos dessa unidade são: Curso de Especialização em Saúde da Pessoa Idosa Módulo Unidade 01 Tópico 01 Avaliação Global da Pessoa Idosa na Atenção Básica A identificação de Risco Introdução Os objetivos dessa unidade são: Identificar

Leia mais

X CONGRESSO DOS REVISORES OFICIAIS DE CONTAS. 1.ª Sessão Supervisão do sistema financeiro

X CONGRESSO DOS REVISORES OFICIAIS DE CONTAS. 1.ª Sessão Supervisão do sistema financeiro X CONGRESSO DOS REVISORES OFICIAIS DE CONTAS 1.ª Sessão Supervisão do sistema financeiro Permitam-me uma primeira palavra para agradecer à Ordem dos Revisores Oficiais de Contas pelo amável convite que

Leia mais

PROPOSTA DE REVISÃO CURRICULAR APRESENTADA PELO MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E CIÊNCIA POSIÇÃO DA AMNISTIA INTERNACIONAL PORTUGAL

PROPOSTA DE REVISÃO CURRICULAR APRESENTADA PELO MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E CIÊNCIA POSIÇÃO DA AMNISTIA INTERNACIONAL PORTUGAL PROPOSTA DE REVISÃO CURRICULAR APRESENTADA PELO MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E CIÊNCIA POSIÇÃO DA AMNISTIA INTERNACIONAL PORTUGAL A Amnistia Internacional Portugal defende a manutenção Formação Cívica nos 2.º

Leia mais

Regulamento de Estágio do Mestrado em Desporto 2009

Regulamento de Estágio do Mestrado em Desporto 2009 Instituto Politécnico de Santarém ESCOLA SUPERIOR DE DESPORTO DE RIO MAIOR MESTRADO EM DESPORTO REGULAMENTO DE ESTÁGIO Este regulamento enquadra-se no âmbito do artigo 21.º do regulamento específico do

Leia mais

PRÁTICAS DE AVALIAÇÃO COMO UM MEIO DE MOTIVAÇÃO. Celina Pinto Leão Universidade do Minho cpl@dps.uminho.pt

PRÁTICAS DE AVALIAÇÃO COMO UM MEIO DE MOTIVAÇÃO. Celina Pinto Leão Universidade do Minho cpl@dps.uminho.pt PRÁTICAS DE AVALIAÇÃO COMO UM MEIO DE MOTIVAÇÃO Celina Pinto Leão Universidade do Minho cpl@dps.uminho.pt O evidente decréscimo de conhecimento básico de matemática por parte dos alunos nos cursos de engenharia,

Leia mais

PROTOCOLO ENERGIA POSITIVA CONTRA A OBESIDADE

PROTOCOLO ENERGIA POSITIVA CONTRA A OBESIDADE PROTOCOLO ENERGIA POSITIVA CONTRA A OBESIDADE A incidência e a prevalência quer da pré-obesidade quer da obesidade têm vindo a aumentar na União Europeia e, também, em Portugal, constituindo um importante

Leia mais

GESTÃO CURRICULAR LOCAL: FUNDAMENTO PARA A PROMOÇÃO DA LITERACIA CIENTÍFICA. José Luís L. d`orey 1 José Carlos Bravo Nico 2 RESUMO

GESTÃO CURRICULAR LOCAL: FUNDAMENTO PARA A PROMOÇÃO DA LITERACIA CIENTÍFICA. José Luís L. d`orey 1 José Carlos Bravo Nico 2 RESUMO GESTÃO CURRICULAR LOCAL: FUNDAMENTO PARA A PROMOÇÃO DA LITERACIA CIENTÍFICA José Luís L. d`orey 1 José Carlos Bravo Nico 2 RESUMO Resumo A Reorganização Curricular formalmente estabelecida pelo Decreto-lei

Leia mais

REDE SOCIAL L DO CONCELHO DE BRAGANÇA Parte III.7: Protecção Social e Acção Sociall

REDE SOCIAL L DO CONCELHO DE BRAGANÇA Parte III.7: Protecção Social e Acção Sociall REDE SOCIAL DO CONCELHO DE BRAGANÇA Parte III.7: Protecção Social e Acção Social Parte 3.7 protecção social E Acção social O artigo 63º da Constituição da República Portuguesa estabelece que ( ) incumbe

Leia mais

PROJECTO DE LEI N.º 154/IX INTEGRAÇÃO DA MEDICINA DENTÁRIA NO SERVIÇO NACIONAL DE SAÚDE. Exposição de motivos

PROJECTO DE LEI N.º 154/IX INTEGRAÇÃO DA MEDICINA DENTÁRIA NO SERVIÇO NACIONAL DE SAÚDE. Exposição de motivos PROJECTO DE LEI N.º 154/IX INTEGRAÇÃO DA MEDICINA DENTÁRIA NO SERVIÇO NACIONAL DE SAÚDE Exposição de motivos A situação da saúde oral em Portugal é alarmante. Portugal está, em todos os dados sobre saúde

Leia mais

APRENDIZAGEM AO LONGO DA VIDA

APRENDIZAGEM AO LONGO DA VIDA 1 de Abril de 2004 População e Sociedade Educação e Formação 2003 (Dados provisórios) APRENDIZAGEM AO LONGO DA VIDA No último ano, mais de um milhão e meio de indivíduos com 15 ou mais anos, ou seja, 18,7,

Leia mais

Estudo PARTNER. Foi convidado a participar neste estudo porque tem uma relação em que é o parceiro VIH positivo.

Estudo PARTNER. Foi convidado a participar neste estudo porque tem uma relação em que é o parceiro VIH positivo. Informação ao participante e consentimento informado para o parceiro VIH positivo Estudo PARTNER O estudo PARTNER é um estudo levado a cabo com casais em que: (i) um parceiro é VIH positivo e o outro é

Leia mais

CÓDIGO DE CONDUTA DE RESPONSABILIDADE SOCIAL ENTRE O GRUPO PORTUGAL TELECOM, A UNI (UNION NETWORK INTERNATIONAL), SINTTAV, STPT E SINDETELCO

CÓDIGO DE CONDUTA DE RESPONSABILIDADE SOCIAL ENTRE O GRUPO PORTUGAL TELECOM, A UNI (UNION NETWORK INTERNATIONAL), SINTTAV, STPT E SINDETELCO CÓDIGO DE CONDUTA DE RESPONSABILIDADE SOCIAL ENTRE O GRUPO PORTUGAL TELECOM, A UNI (UNION NETWORK INTERNATIONAL), SINTTAV, STPT E SINDETELCO PREÂMBULO O presente Acordo concretiza os objectivos das conversações

Leia mais

Síntese dos conteúdos mais relevantes

Síntese dos conteúdos mais relevantes Síntese dos conteúdos mais relevantes Nos últimos Censos de 2001, o Concelho da Lourinhã contabilizou 23 265 habitantes, reflectindo uma evolução de + 7,7% face a 1991. Em termos demográficos, no Concelho

Leia mais

PREFEITURA DO RECIFE SECRETARIA DE SAÚDE SELEÇÃO PÚBLICA SIMPLIFICADA AGENTE COMUNITÁRIO DE SAÚDE ACS DADOS DE IDENTIFICAÇÃO DO CANDIDATO

PREFEITURA DO RECIFE SECRETARIA DE SAÚDE SELEÇÃO PÚBLICA SIMPLIFICADA AGENTE COMUNITÁRIO DE SAÚDE ACS DADOS DE IDENTIFICAÇÃO DO CANDIDATO PREFEITURA DO RECIFE SECRETARIA DE SAÚDE SELEÇÃO PÚBLICA SIMPLIFICADA AGENTE COMUNITÁRIO DE SAÚDE ACS DADOS DE IDENTIFICAÇÃO DO CANDIDATO Não deixe de preencher as informações a seguir: NOME Nº DE IDENTIDADE

Leia mais

IV Fórum do Sector Segurador e Fundos de Pensões. Lisboa, 15 de Abril de 2009

IV Fórum do Sector Segurador e Fundos de Pensões. Lisboa, 15 de Abril de 2009 IV Fórum do Sector Segurador e Fundos de Pensões Lisboa, 15 de Abril de 2009 Foi com todo o gosto e enorme interesse que aceitei o convite do Diário Económico para estar presente neste IV Fórum do sector

Leia mais

DIMENSÃO DE CONSTRUÍDO

DIMENSÃO DE CONSTRUÍDO Ano letivo 2013-2014 Programa de Apoio à Avaliação do Sucesso Académico DIMENSÃO DE CONSTRUÍDO (Avaliação Formativa) REFERENCIAL IDENTIFICAÇÃO DA INSTITUIÇÃO ESCOLAR Agrupamento de Escolas D. Sancho I

Leia mais

EXPRESSÃO CORPORAL: UMA REFLEXÃO PEDAGÓGICA

EXPRESSÃO CORPORAL: UMA REFLEXÃO PEDAGÓGICA EXPRESSÃO CORPORAL: UMA REFLEXÃO PEDAGÓGICA Rogério Santos Grisante 1 ; Ozilia Geraldini Burgo 2 RESUMO: A prática da expressão corporal na disciplina de Artes Visuais no Ensino Fundamental II pode servir

Leia mais

PROJECTO DE LEI N.º 83/XI

PROJECTO DE LEI N.º 83/XI Grupo Parlamentar PROJECTO DE LEI N.º 83/XI Inclui no Escalão A de comparticipação os medicamentos queratolíticos e antipsoriáticos destinados aos doentes portadores de Psoríase Exposição de Motivos A

Leia mais

Equilíbrio de Género nos Conselhos de Administração: as Empresas do PSI 20

Equilíbrio de Género nos Conselhos de Administração: as Empresas do PSI 20 1 Equilíbrio de Género nos Conselhos de Administração: as Empresas do PSI 20 Relatório 2014 ACEGIS Associação para a Cidadania, Empreendedorismo, Género e Inovação Social 8 de março de 2014 Dia Internacional

Leia mais

A ESTRUTURA DA GESTÃO DE

A ESTRUTURA DA GESTÃO DE A ESTRUTURA DA GESTÃO DE PROJETOS Professor: Rômulo César romulodandrade@gmail.com www.romulocesar.com.br SUMÁRIO Importância do Gerenciamento de Projetos. Benefícios do Gerenciamento de Projetos Gerenciamento

Leia mais

Apresentação do GIS - Grupo Imigração e Saúde / Parte 2: a utilidade do GIS para os imigrantes

Apresentação do GIS - Grupo Imigração e Saúde / Parte 2: a utilidade do GIS para os imigrantes Iolanda Évora Apresentação do GIS - Grupo Imigração e Saúde / Parte 2: a utilidade do GIS para os imigrantes Apresentado no II Fórum Rede Portuguesa de Cidades Saudáveis Viana do Castelo25-26 de Outubro

Leia mais

O que esperar do SVE KIT INFORMATIVO PARTE 1 O QUE ESPERAR DO SVE. Programa Juventude em Acção

O que esperar do SVE KIT INFORMATIVO PARTE 1 O QUE ESPERAR DO SVE. Programa Juventude em Acção O QUE ESPERAR DO SVE Programa Juventude em Acção KIT INFORMATIVO Parte 1 Maio de 2011 Introdução Este documento destina-se a voluntários e promotores envolvidos no SVE. Fornece informações claras a voluntários

Leia mais