Saiba mais sobre o. BelgoFix

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1 Saiba mais sobre o BelgoFix

2 O que é BelgoFix? BelgoFix é uma tela eletrossoldada galvanizada empregada nas ligações das alvenarias com a estrutura ou entre paredes. Por que usar BelgoFix? BelgoFix - Modelos Dimensões da malha (mm) Comprimento (cm) 15 x Bitola do arame (mm) Revestimento do arame 1,24 Galvanizado tipo camada leve (mín. 35 g/m 2 1,65 conforme NBR 6331:2010) BelgoFix é usado para combater fissuras que se manifestam nas ligações parede-parede e pilarparede. O uso do BelgoFix nas ligações pilar-parede é indicado apenas para edificações com paredes vinculadas à estrutura. Essas fissuras se manifestam normalmente na direção vertical, seguindo o alinhamento dessas ligações devido, principalmente, à movimentação diferencial das paredes em relação à estrutura. Todo o edifício sofre os efeitos da temperatura e da umidade, mas suas partes podem apresentar respostas distintas a essas ações. Sob uma variação de temperatura, as paredes podem dilatar ou contrairse. Sob uma variação de umidade exterior, os materiais constituintes (os blocos e as argamassas) podem ganhar ou perder umidade, tendo seus volumes alterados (retração ou expansão volumétrica). Como as movimentações dos materiais das paredes ocorrem em intensidade diferente dos materiais da estrutura (concreto armado ou perfis metálicos) do edifício, as tensões de tração e cisalhamento aumentam sobremaneira nestas ligações. Por isso, é recomendado reforçá-las, minimizando riscos de fissuras.

3 Escolha do BelgoFix A escolha do tipo de BelgoFix deve ser norteada por três aspectos: qualidade do produto, bitola do arame e largura da tira. As figuras a seguir ilustram padrões dimensionais dos blocos cerâmicos e de concreto. A qualidade do produto original BelgoFix é garantida, o que implica que a bitola, a resistência mecânica do arame e dos pontos de solda e a gramatura mínima de zinco (mín. 35 g/m 2 conforme NBR 6331:2010) na galvanização são parâmetros técnicos assegurados pela Belgo Bekaert Arames O produto BelgoFix é ofertado em duas bitolas de arames, 1,24 e 1,65 mm. A primeira com uma taxa de aço de 1,25 kg por m² de tela. Já a bitola de 1,65 mm possui uma taxa de aço mais elevada, de 2,25 kg por m², contribuindo para uma maior resistência ao arrancamento por tração, o que é importante para o desempenho da ancoragem da parede ao pilar O terceiro aspecto, largura da tira de BelgoFix, depende da largura do bloco empregado na alvenaria, seja ele cerâmico, de concreto ou de concreto celular autoclavado.

4 14 Ligação parede-parede Nos encontros de uma parede com outra (cantos em L ou saídas em T), o ideal e mais comum é uma amarração pelo próprio intertravamento dos blocos. Isso dispensa o uso do BelgoFix. Espessura do bloco Largura BelgoFix Quantidade de tiras BelgoFix por caixa Até 7 cm 60 mm 200 un/cx De 9 a 11 cm 75 mm 150 un/cx 12 cm 105 mm 100 un/cx 14 cm 120 mm 100 un/cx cm 170 mm 50 un/cx As larguras de BelgoFix mais versáteis e, portanto, mais empregadas, são exatamente as de 75, 120 e 170 mm. Nas paredes externas, sujeitas aos esforços de vento, maior variação de temperatura e de umidade, recomenda-se o emprego de BelgoFix a cada duas fiadas (40 cm) ou menos. Nas paredes internas, recomenda-se o emprego de BelgoFix a cada três fiadas (60 cm) ou menos. Em paredes extensas, com comprimento superior a 6 m, deve-se utilizar BelgoFix a cada 40 cm (2 fiadas) ou menos. Essas são recomendações apenas indicativas; seguir conforme melhor prescrito pelo projeto de alvenaria. Mas, na impossibilidade dessa amarração por blocos, uma parede pode estar ligada à outra pelo emprego do BelgoFix, reforçando essa conexão com objetivo de assegurar a monoliticidade entre as paredes. Nesses casos, ao se levantar a alvenaria principal, coloca-se o BelgoFix de espera nas juntas de assentamento. Por exemplo, em bonecas de paredes, junto aos marcos de portas, podemos criar uma amarração com BelgoFix. Normalmente, é recomendado o emprego de uma tela a cada fiada nas alvenarias estruturais e a cada duas fiadas nas alvenarias de vedação. De qualquer forma, o construtor deve seguir o espaçamento prescrito no projeto de alvenaria.

5 Ligação pilar-parede Esta é a modalidade na qual o BelgoFix traz maior praticidade e produtividade em substituição ao tradicional ferro cabelo. Em cada tira de BelgoFix, recomenda-se uma dobra de 10 cm na face de contato com o pilar E, em ambos os materiais, o BelgoFix pode ser instalado com pinos de aço e arruelas zincadas por intermédio de tiros com pistolas de uso exclusivo para a construção civil, acionadas a pólvora ou a gás, sendo a última uma tecnologia atualmente mais empregada. A figura ao lado ilustra o equipamento finca pinos HILTI modelo GX 120 a gás. O chapisco colante (feito com argamassa industrializada apropriada e com o emprego de uma desempenadeira com dentes) sobre as faces do pilar de concreto armado deve ser mantido, pois aumenta ainda mais a aderência das interfaces de ligação pilar-parede e das camadas de revestimentos. É importante ressaltar que esse chapisco deve ser feito sobre superfície limpa, isenta de poeira e resíduos de desmoldantes. e uma sobra de 40 cm embutida na junta de assentamento horizontal dos blocos. O BelgoFix se aplica tanto em pilares de concreto armado quanto em colunas ou perfis metálicos. A sequência construtiva é a seguinte: limpeza, aplicação de chapisco colante, marcação com uso de um gabarito da posição das tiras, fixação das tiras de BelgoFix com pinos e arruelas e, por último, a execução das fiadas da parede.

6 Originalmente, a fixação de telas de ancoragem como o BelgoFix aos pilares foi concebida com o emprego de um segmento de cantoneira de aço com aba de largura mínima de 20 mm e espessura da chapa de pelo menos 2 mm, o que aumenta a superfície de apoio na fixação. No mercado, há oferta de pinos de aço do tipo standard indicados para concretos com fck < 30 MPa, com diâmetro de 2,6 mm e comprimento de 25 mm. Também existem pinos especiais (fabricados com uma ponta de maior resistência) destinados a pilares de concreto com fck > 30 MPa e a perfis metálicos, ofertados no diâmetro de 3,0 mm e no comprimento de 22 mm. A arruela cônica galvanizada pode ser a mesma, normalmente com diâmetro de 23 mm. A fixação da tira de BelgoFix é, normalmente, feita com dois pinos de fixação respeitando o afastamento mínimo entre os pontos de fixação. É comum a adoção de um espaçamento de 50 mm. Se o afastamento mínimo entre os pontos de fixação for negligenciado, ao aproximar os pinos ocorrerá sobreposição dos bulbos de pressão no concreto, predispondo a região de fixação à ruptura e consequente desprendimento dos pinos. Recomendamos verificar com o fornecedor dos pinos, arruelas e pistolas o afastamento mínimo requerido e os detalhes operacionais para a execução da fixação. Os pinos e suas arruelas de fixação devem estar posicionados o mais próximo possível da dobra do BelgoFix. A não observância do correto posicionamento do ponto de fixação junto à região da dobra permite que a tela BelgoFix possa se movimentar sem restrição diante da retração volumétrica da parede, perdendo assim a funcionalidade original desse reforço. Pistola a gás, pente de pinos standard (preto), pente de pinos especiais (vermelho) e arruela cônica (fonte: HARD) Procedimento correto Procedimento incorreto

7 Notas Finais 1) Para uma melhor eficiência e durabilidade do BelgoFix, o mesmo deve estar completamente inserido nas juntas de assentamento; 2) O BelgoFix não é recomendado em alvenarias sem revestimento localizadas em ambientes que favoreçam a corrosão metálica; 3) Alvenarias de vedação com grandes dimensões são normalmente desvinculadas da estrutura, porém devidamente apoiadas. Nesses casos, não é recomendado o emprego de BelgoFix, que propicia o vínculo das alvenarias com a estrutura; 4) Um Projeto de Alvenaria executado por profissional experiente permite ganhos com produtividade, racionalização e minimização de manifestações patológicas. As recomendações descritas neste material são de cunho genérico, devendo o construtor/usuário orientar-se sempre pelas especificações e detalhes executivos do Projeto de Alvenaria. Elaborado por: Eng. Roberto de Araujo Coelho Revisado por: Eng. Gelmo Chiari Costa Eng. Vinicius Muniz Gonçalves Eng. Romário de Souza Lima Central de Relacionamento Aços Longos: ou