APLICAÇÃO EM EDUCAÇÃO ALGUMAS INCONSISTÊNCIAS GERADORAS DE PERCENTUAIS ABAIXO DOS 25%.
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- Diogo Borba Belém
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1 APLICAÇÃO EM EDUCAÇÃO ALGUMAS INCONSISTÊNCIAS GERADORAS DE PERCENTUAIS ABAIXO DOS 25%. Considerando o elevado número de municípios que foram alertados em função da aplicação em Educação em percentual inferior a 25% das receitas de impostos, um levantamento das principais causas dessa situação, constatou as seguintes inconsistências: 1. Contabilização incompleta, no Sistema Compensado, do Fundeb Retido. A retenção do FUNDEB deve ser contabilizada da seguinte forma: 1.1 Pela Previsão das retenções (no início do exercício) No Sistema Orçamentário Debite: Previsão de Deduções da Receita Conta Corrente: 6 Previsão/Arrecadação da Receita Orçamentária Credite: Deduções de Receita Orçamentária a Realizar Conta Corrente: 5 Receita a Arrecadar Ambas as contas têm natureza diversa do grupo em que se encontram, pois são contas redutoras. Normalmente, as contas do grupo 2 recebem lançamento inicial a crédito e as do grupo 1 recebem lançamento inicial a débito. Aqui, por serem contas redutoras, esses lançamentos iniciais são invertidos. Nas contas correntes serão indicadas as classificações econômicas das receitas que serão reduzidas, a saber: as que estão sujeitas a retenção para o Fundeb, como o FPM e o ICMS. O valor a ser lançado
2 em cada conta corrente é o valor previsto como dedução anual para o Fundeb. 1.2 Pela Retenção (durante o exercício, lançamentos concomitantes com a arrecadação) No Sistema Orçamentário Debite: Deduções da Receita Orçamentária a realizar Conta Corrente: 5 Receita a Arrecadar Credite: Deduções de Receita Orçamentária Realizada Conta Corrente: 6 - Previsão/Arrecadação da Receita Orçamentária Realizada (muitos municípios estão fazendo este crédito, indevidamente, na conta ) Nas contas correntes serão indicadas as classificações econômicas das receitas que estão sendo reduzidas (FPM, ICMS, etc.). O valor a ser lançado em cada conta corrente é o valor deduzido para a formação do Fundeb No Sistema Financeiro Pelo valor das deduções: Debite: Receitas Correntes (conta redutora da arrecadação) Conta Corrente: 4 Identificador de Receitas (classificação econômica da receita que está sendo deduzida, como FPM, ICMS, etc.)
3 Credite: Caixa ou Bancos (conta em que ingressaram os recursos quando do lançamento da arrecadação, pelo bruto) ATENÇÃO: COMO O DEMONSTRATIVO AUTOMÁTICO BUSCA AS INFORMAÇÕES DA RETENÇÃO PARA O FUNDEB NO SISTEMA ORÇAMENTÁRIO (grupos 19 e 29), CASO A DEDUÇÃO TENHA SIDO LANÇADA SOMENTE NO SISTEMA FINANCEIRO (Caixa ou Bancos e Receitas), ESSA RETENÇÃO NÃO SERÁ COMPUTADA AUTOMATICAMENTE NO PERCENTUAL DE 25%. COMO ACERTAR AGORA? Os municípios que não fizeram os lançamentos nas contas e desde o início do ano podem fazê-los agora (no movimento de novembro ou dezembro) observando o seguinte: Previsão para o Exercício: Fazer o lançamento indicado no item 1.1.1, consignando corretamente nas contas correntes que detalham a conta contábil os respectivos meses de previsão das deduções; não acumular toda a previsão num mês só, pois o acerto poderá ser aproveitado para corrigir também o demonstrativo das Receitas Correntes Líquidas. Deduções (retenções) durante o Exercício: Fazer o lançamento indicado no item 1.2.1, observando, nas contas correntes que detalham a conta contábil os meses da efetiva retenção, sem acumular num só mês, para que a informação possa ser aproveitada também para a correção do demonstrativo das Receitas Correntes Líquidas.
4 Caso o município não tenha feito o lançamento da retenção nem no sistema financeiro, fazer também o lançamento indicado no item Caso o município tenha lançado suas receitas orçamentárias pelo valor líquido (já descontadas as deduções do Fundeb), além dos lançamentos que registram as retenções, acima referidos, deverá também fazer lançamentos complementares na arrecadação, pelo valor das retenções, nos sistemas orçamentário e financeiro, de modo que, os registros da receita arrecadada sejam efetuados pelo valor bruto e não pelo valor líquido. 2. Utilização dos Códigos de Aplicação Como vem sendo divulgado desde o início do Projeto Audesp, somente com a correta utilização dos Códigos de Aplicação, os demonstrativos automáticos conseguirão apresentar a real situação do município com relação ao cumprimento de diversas exigências legais. 2.1 Códigos Fixos Sempre que as aplicações estejam sendo feitas com recursos próprios, no momento do empenho, utilizar os Códigos de Aplicação fixos. Por exemplo: Educação Infantil: Ensino Fundamental: Apenas isso. Não cadastrar códigos locais como , ou , etc.
5 Não utilizar no empenho, o Código fixo (Tesouro Geral) ou (Geral Total), mesmo que a despesa esteja sendo paga com recursos da conta movimento. Somente na saída do dinheiro, no controle de disponibilidades financeiras, na conta , podem ser utilizados estes outros códigos. Não utilizar o código Este código somente deve ser utilizado como a parte fixa à qual se agrupa a uma parte variável para se cadastrar um recurso vinculado, como, por exemplo, QESE. Não há necessidade de se cadastrar um código de aplicação para repasses decendiais, por exemplo, 20010, e depois fazer despesas nesse código de aplicação. Para despesas com recursos do Fundeb, utilizar: Fundeb Magistério, Recursos do Exercício: Fundeb Outros, Recursos do Exercício: Fundeb Magistério, Recursos do Exercício Anterior: Fundeb Outros, Recursos do Exercício Anterior: Não utilizar o Código geral, Não agrupar a esses códigos fixos uma parte variável como , , etc., exceto quando existir algum convênio que deva ser aplicado nas despesas do Fundeb (hipótese de difícil ocorrência). Não utilizar no empenho o código ou mesmo que a despesa seja paga com recursos próprios, porque os recursos do Fundeb ainda não chegaram.
6 Essa informação (código de aplicação ou ) referente ao recurso utilizado para o pagamento, deverá constar no controle de disponibilidades, conta , a qual recebe lançamentos quando da efetiva entrada e saída de recursos. 2.2 Códigos Variáveis Os códigos variáveis servem para demonstrar as aplicações com recursos vinculados, normalmente associados às Fontes de Recursos 02 a 07. Esses códigos variáveis são conjugados a uma parte fixa que pode ser a Educação Geral (200XX) ou alguma área específica, como Educação Infantil (210XX) ou Ensino Fundamental (220XX) ou outra. Por exemplo: PNATE Transporte de Alunos ou Convênio Creche ou Convênio Construção de Escola Sempre que o sistema ler na parte final de um Código de Aplicação um número diferente de 00, ele entenderá que aquele código representa uma aplicação vinculada e, portanto, não será computada no percentual de 25%. COMO ACERTAR AGORA? É previsível que todos os municípios já tenham um número muito grande de empenhos, liquidações e pagamentos da Educação.
7 O estorno e relançamento de todos esses empenhos, liquidações e pagamentos, além de extremamente trabalhoso pode gerar novos erros e inconsistências. Caso o município entenda que tem um bom controle sobre esses procedimentos e está tecnicamente apto a fazer os estornos e novos lançamentos, poderá tomar essas providências. No entanto, como opção a essa possibilidade sugere-se as seguintes ações: 1º - Não mexer com as despesas já processadas e passar, a partir de agora, a utilizar corretamente os códigos de aplicação, de forma a se adquirir familiaridade com essa técnica; e 2º - Preencher a planilha com os dados da aplicação em Educação que era utilizada por este Tribunal antes do advento do Audesp e deixá-la à disposição da auditoria. A partir do próximo exercício a referida planilha será retirada do site do Tribunal e todos os municípios deverão observar somente a técnica de contabilização do Audesp, acima exposta.
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