1 INSTRUMENTOS INTERNACIONAIS SOBRE RACISMO NO SISTEMA DAS NAÇÕES UNIDAS E NO SISTEMA INTERAMERICANO DE PROTEÇÃO DOS DIREITOS HUMANOS.
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- Natália Belo Candal
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1 1 INSTRUMENTOS INTERNACIONAIS SOBRE RACISMO NO SISTEMA DAS NAÇÕES UNIDAS E NO SISTEMA INTERAMERICANO DE PROTEÇÃO DOS DIREITOS HUMANOS. SISTEMATIZAÇÃO, ANÁLISE E APLICAÇÃO Víctor Rodríguez
2 Víctor Rodríguez Advogado costarriquenho, especialista em Direito Internacional. Professor universitário
3 Introdução Em 1945, a comunidade internacional criou a Organização das Nações Unidas (ONU). Na carta constitutiva da organização, afirma-se que os propósitos das Nações Unidas são, entre outros, realizar a cooperação internacional (...) no desenvolvimento e estímulo do respeito aos direitos humanos e às liberdades fundamentais de todos, sem fazer distinção por motivos de raça, sexo, idioma ou religião 1... (O destaque é do autor) Nos documentos jurídicos internacionais em matéria de direitos humanos, que foram sendo elaborados posteriormente à criação da ONU, os Estados têm aceito que todos os membros da família humana têm direitos iguais e inalienáveis, e comprometeram-se a garantir e defender esses direitos. No entanto, a discriminação racial continua dificultando o pleno acesso aos direitos humanos. Apesar dos progressos obtidos em algumas esferas, as distinções, exclusões, restrições e preferências baseadas em raça, cor, ascendência, origem nacional ou étnica, continuam criando e agravando conflitos. Devido ao caráter fundamentalmente injusto da discriminação racial, assim como dos perigos que ela representa, a sua eliminação converteu-se em meta da ação das Nações Unidas. Diante da preocupação internacional cada vez maior com a discriminação racial, em 1963 a Assembléia Geral da ONU decidiu aprobar oficialmente a Declaração sobre a Eliminação de todas as Formas de Discriminação Racial. No preâmbulo da Declaração, destacam-se quatro aspectos principais: Toda doutrina de diferenciação ou superioridade racial é científicamente falsa, moralmente condenável, socialmente injusta e perigosa, e nada permite justificá-la nem na teoria nem na prática. Todas as formas de discriminação racial e, mais ainda, as políticas governamentais baseadas no preconceito da superioridade ou no ódio racial, violam os direitos humanos fundamentais, põem em perigo as relações amistosas entre os povos, a cooperação entre as nações e a paz e a segurança internacionais. 1. A discriminação racial prejudica não só a quem ela atinge, mas, também, a quem a pratica. 2. A edificação de uma sociedade universal livre de todas as formas de segregação e discriminação raciais, que são fatores de ódio e divisão, é um dos objetivos fundamentais das Nações Unidas. Desde 1945, a comunidade internacional muniu-se de vários instrumentos jurídicos para combater o antigo e grave flagelo do racismo, da discriminação racial, da xenofobia e da intolerância correlata.
4 O presente artigo, que se insere no âmbito dos trábalos preparatórios da próxima Conferência Mundial das Nações Unidas contra o Racismo, a Discriminação Racial, a Xenofobia e a Intolerancia Correlata, propõe-se a compilar, sistematizar e analisar os instrumentos jurídicos que, tanto a nível da ONU como da Organização dos Estados Americanos (OEA), têm sido adotados para lutar contra a problemática que é objeto da Conferência. Este estudo divide se em dois capítulos: o primeiro discorrerá sobre o Sistema das Nações Unidas e o segundo, sobre o Sistema Interamericano. Devido às diferenças estruturais e instrumentais entre os dois sistemas, serão utilizadas metodologias diferentes para cada um deles, conforme se indicará oportunamente.
5 I. O SISTEMA DAS NAÇÕES UNIDAS Os documentos jurídicos sobre a materia No que diz respeito ao racismo, à discriminação racial, à xenofobia e à intolerância correlata, o instrumento específico de referência é, sem dúvida, a Convenção Internacional sobre a Eliminação de todas as formas de Discriminação Racial, adotada pela Assembléia Geral da ONU em 21 de dezembro de 1965, e que entrou em vigor em 4 de janeiro de 1969 (daqui em diante, Convenção contra a Discriminação Racial ou A Convenção ). Contudo, há outros instrumentos internacionais de caráter geral e específico que contribuem para enriquecer o tratamento e a prevenção do racismo por meio de um princípio geral fundamental consagrado em praticamente todos os instrumentos de direitos humanos: o princípio de igualdade e não-discriminação por condições de raça, religião, sexo, nacionalidade, etc. Este princípio teve uma utilização generalizada e uma ampliação interpretativa favorável à eliminação do racismo e de outros formas de discriminação, a partir do desenvolvimento progressivo e do princípio pró homem (pró pessoa humana), que se manifestou na doutrina da ação afirmativa, também chamada de ação positiva (positive action), como um meio necessário, temporal, para estabelecer ações que beneficiem grupos histórica e culturalmente discriminados e vulnerabilizados, até que se alcance um equilíbrio adequado dentro das relações humanas.
6 PRINCIPAIS DOCUMENTOS JURÍDICOS QUE ABORDAM O TEMA DO RACISMO Declaração Universal dos Direitos do Homem (adotada pela Assembléia Geral da ONU em 10 de dezembro de 1948); - Pacto Internacional de Direitos Econômicos, Sociais e Culturais (adotado pela Assembléia Geral da ONU em 16 de dezembro de 1966; em vigor desde 3 de janeiro de 1976). Pacto Internacional de Direitos Civis e Políticos (adotado pela Assembléia Geral da ONU em 16 de dezembro de 1966; em vigor desde 23 de março de Protocolo Facultativo do Pacto Internacional de Direitos Civis e Políticos (adotado pela Assembléia Geral da ONU em 16 de dezembro de 1966; em vigor desde 23 de março de 1976). Declaração dos Direitos da Criança (aprovada pela Assembléia Geral da ONU em 20 de novembro de 1959). Convenção sobre os Direitos da Criança (adotada pela Assembléia Geral da ONU em 20 de novembro de 1959). Declaração sobre a Eliminação da Discriminação contra a Mulher (proclamada pela Assembléia Geral da ONU em 7 de novembro de 1967). Convenção sobre a Eliminação de todas as Formas de Discriminação contra a Mulher (adotada pela Assembléia Geral da ONU em 18 de dezembro de 1979; em vigor desde 3 de setembro de 1981). Protocolo Facultativo da Convenção sobre a Eliminação de todas as Formas de Discriminação contra a Mulher (adotado pela Assembléia Geral da ONU em 6 de outubro de 1999). Convenção Internacional sobre a Repressão e o Castigo do Crime de Apartheid (adotada pela Assembléia Geral da ONU em 30 de novembro de 1973; em vigor desde 18 de julho de 1976). Convenção Internacional contra o Apartheid nos Esportes (adotada pela Assembléia Geral da ONU em 10 de dezembro de 1985). Convenção para a Prevenção e Sanção do Delito de Genocídio (adotada pela Assembléia Geral da ONU em 9 de dezembro de 1948; em vigor na mesma data). Convenção contra a Tortura e outros Tratamentos e Penas Cruéis, Desumanos ou Degradantes (adotada pela Assembléia Geral da ONU em 10 de dezembro de 1984: em vigor desde 26 de junho de 1987). Convenção para a Prevenção e Sanção do Delito de Genocídio (adotada pela Assembléia Geral da ONU em 9 de dezembro de 1948; em vigor desde 9 de dezembro de 1948). Convenção para a Proteção dos Direitos de todos os Trabalhadores Migratórios e Membros de suas Famílias (não entrou em vigor). Estatuto de Roma da Corte Penal Internacional (adotado em 17 de julho pela Conferência Diplomática dos Plenipotenciários das Nações Unidas sobre o estabelecimento de uma corte penal internacional).
7 Convênio Nº 111 da OIT relativo à discriminação em matéria de emprego e ocupação (adotado pela Conferência Geral da Organização Internacional do Trabalho em 25 de junho de 1958; em vigor a partir de 15 de junho de 1960). Convênio Nº 169 da OIT sobre Povos Indígenas e Tribais em Países Independentes (adotado pela Conferência Geral da Organização Internacional do Trabalho em 27 de junho de 1989). Declaração sobre os direitos das pessoas pertencentes a minorias nacionais ou étnicas, religiosas e lingüísticas (adotada pela Assembléia Geral da ONU em 18 de dezembro de 1990). Declaração sobre raça e preconceitos raciais (adotada e proclamada pela Conferencia Geral da Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura em 27 de novembro de 1978). Declaração sobre os princípios fundamentais relativos à contribuição dos meios de comunicação de massa para o fortalecimento da paz e compreensão internacional, promoção dos direitos humanos e luta contra o racismo, o apartheid e a incitação à guerra (proclamada pela Conferência Geral da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura em 28 de novembro de 1978). Convenção relativa à luta contra as discriminações na esfera do ensino (adotada pela Conferência Geral da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura em 14 de dezembro de 1960; entrou em vigor em 22 de maio de 1962). Protocolo para instituir uma comissão de conciliação e intervenção capacitada para resolver as controvérsias que podem decorrer da Convenção relativa à luta contra as discriminações na esfera do ensino (adotado pela Conferência Geral da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura em 10 de dezembro de 1962; entrou em vigor em 24 de outubro de 1968). Terceira Década de Combate ao Racismo e Discriminação Racial e seu Programa de Ação (a partir de 1993). Proclamação da Primeira e Segunda Décadas de Combate ao Racismo e Discriminação Racial (mesmo quando os seus objetivos principais não forem alcançados) 2.
8 É fundamental que se mencione a iniciativa das Nações Unidas para a formulação de um projeto de Declaração sobre os Direitos dos Povos Indígenas, processo que viria fortalecer o que, até o momento, já foi adiantado através do Convênio 169 da OIT citado anteriormente. Apesar de todos esses grandes e relevantes esforços, deve-se ver com preocupação que o racismo, a discriminação racial, a xenofobia e a intolerancia correlata, o antagonismo étnico e os atos de violência mostram sinais de crescimento em muitas partes do mundo, assim como tem aumentado o número de organizações criadas com base no racismo e em plataformas xenofóbicas. Este fato tem sido favorecido pelo desenvolvimento tecnológico no campo das comunicações, inclusive a Internet, onde aparecem campanhas dando publicidade a atividades violentas de promoção ao racismo e à xenofobia, com incitação ao ódio racial, inclusive solicitando recursos contra as campanhas de grupos multiétnicos ao redor do mundo 3. Diante desse panorama obscuro, os planos nacionais e internacionais a partir de esforços conjuntos entre Estados, Organismos Internacionais e Sociedade Civil precisam continuar e ser fortalecidos. Considerando a relação de todos esses instrumentos internacionais e iniciativas em desenvolvimento, faz-se a seguinte lista de possíveis recomendações, que possam servir de base para as discussões na Conferencia Mundial contra o Racismo: Dar visibilidade ao tema do racismo e da discriminação racial, que estão entre as mais sérias violações dos direitos humanos no mundo atual, razão pela qual é preciso um compromisso claro e expresso para erradicá-los por todos os meios possíveis. Instar os Estados a tomarem todas as medidas necessárias para impedir e erradicar as novas formas emergentes de racismo, discriminação racial, xenofobia e outros tipos de intolerância, especialmente medidas legislativas, administrativas e de outro caráter, como a educação e a comunicação. Formular compromissos mais claros e realistas para a Conferencia Mundial e a Terceira Década do Combate contra o Racismo e a Discriminação Racial e seu Plano de Ação, que busquem objetivos mais pontuais e efetivos do que aqueles alcançados nas duas Décadas de Combate precedentes. Acompanhamento e monitoramento dos resultados e compromissos que venham a ser assumidos pelos Estados no plano internacional, mas principalmente, dentro das suas políticas públicas, isso deve ser efetuado de acordo com os relatórios elaborados e o trabalho realizado por todos os Comitês das Nações Unidas, no que diz respeito aos aspectos pertinentes
9 a cada um. Com essa finalidade, debe se fortalecer e coordenar o trabalho das organizações da sociedade civil, especialmente no que concerne à realização dos relatórios paralelos, que tanta utilidade têm, colhendo informações para os Comitês. Intimar os Estados que ainda não o tenham feito, a ratificarem todos os instrumentos internacionais relacionados ao tema do racismo, da discriminação racial e formas correlatas de intolerância, especialmente a Convenção para a Proteção dos Direitos de todos os Trabalhadores e Membros de suas Famílias, que, neste momento, é o instrumento que precisa de maior apoio para a sua organização. Universalizar a situação de ratificações da Convenção para a Eliminação de todas as Formas de Discriminação Racial e levantar mayor quantidade de fundos em alguns Estados que a ratificaram. Projetar amplas campanhas de educação, divulgação e promoção para combater o racismo e suas formas de manifestação, utilizando todos os meios de comunicação de massa possíveis, inclusive a Internet. De especial interesse é a prevenção e a educação entre adolescentes, principalmente aqueles que não têm acesso à educação formal. Gerar fundos permanentes e sustentáveis para combater o racismo e todas as suas derivações. Fortalecer os processos de elaboração dos projetos de Declaração dos Direitos dos Povos Indígenas, tanto no âmbito das Nações Unidas como dentro do Sistema Interamericano.
10 A Convenção Internacional sobre a Eliminação de todas as Formas de Discriminação Racial: o ponto de partida de análise nas Nações Unidas A Convenção contra a Discriminação Racial, ao constituir-se em documento especializado sobre o tema, deve ser utilizada como marco de referência e ponto de partida para gerar os principais subsídios que sirvam a uma interpretação mais extensiva dos direitos análogos, contidos no resto dos instrumentos internacionais das Nações Unidas, assim como dos sistemas regionais que tratam do tema, mesmo que de forma tangencial. Pelo fato de ser mais abrangente e específica, a Convenção contra a Discriminação Racial fornece uma estrutura normativa orientadora em relação aos outros documentos e iniciativas internacionais que, por sua vez, podem e devem estimular políticas públicas nacionais para combater o racismo. Metodología A seguir, serão apresentados, dentro de moldura colorida, os conteúdos de alguns dos sete artigos essenciais da Convenção contra a Discriminação Racial. Ao constituir um documento específico sobre o tema da Conferência Mundial, os mesmos são utilizados como marco de referência para sistematizar, interpretar e integrar-se com outras normas substantivas de outros instrumentos internacionais conexos. Este trábalo será enriquecido com os itens desenvolvidos nos relatórios e nas recomendações do Comitê para a Eliminação da Discriminação Racial (daqui por diante, CEDR ), órgão especializado criado pela Convenção, juntamente com outras observações e recomendações de outros Comitês das Nações Unidas, que tenham realizado análise sobre temas similares. A fim de tratar do tema perante o Sistema Interamericano, tendo em vista que não existe um instrumento regional específico sobre a matéria, tomar-se-á como base a Convenção Americana sobre Direitos Humanos e o desenvolvimento jurisprudencial da Comissão e da Corte Interamericanas de Direitos Humanos, conforme será indicado no Capítulo II. A Convenção contra a Discriminação Racial Artigo 1 Discriminação racial, conceito; exceções à aplicação da Convenção; ação positiva A Convenção estabelece que a expressão discriminação racial denotará toda distinção, exclusão, restrição ou preferência baseada em motivos de raça, cor, classe ou origem nacional ou étnica que tenha por objeto ou como resultado anular ou cercear o reconhecimento, gozo ou exercício, em condições de igualdade, dos direitos humanos e das liberdades fundamentais na esfera política, econômica, social, cultural ou em qualquer outra esfera da vida pública 4.
11 Ao mesmo tempo que a Convenção contra a Discriminação Racial, outros documentos jurídicos têm-se dedicado a definir a discriminação racial, adaptando conotações específicas à sua natureza jurídica (educação, gênero, emprego, etc.). Assim, a Convenção relativa à Luta contra as Discriminações na Esfera do Ensino, no seu artigo 1º estabelece: 1. Para efeito da presente Convenção, entende-se por discriminação toda distinção, exclusão, limitação ou preferencia fundada em raça, cor, sexo, idioma, religião, opiniões políticas ou de qualquer outra natureza, na origem nacional ou social, na posição econômica ou no nascimento, que tenha por finalidade ou como efeito destruir ou alterar a igualdade no tratamento na esfera do ensino e, em especial: Excluir uma pessoa ou um grupo do acesso aos diversos graus ou tipos de encino. Limitar a um nível inferior a educação de uma pessoa ou de um grupo. Condicionado ao previsto no artigo 2 da presente Convenção, instituir ou manter sistemas ou estabelecimentos de ensino separados para pessoas ou grupos; ou. Colocar uma pessoa ou um grupo de pessoas em situação incompatível com a dignidade humana. Por sua vez, o Convênio 111 da OIT relativo à discriminação em matéria de emprego e ocupação conceitua a discriminação da seguinte maneira: Para efeito deste Convênio, o termo discriminação compreende: Qualquer distinção, exclusão ou preferência baseada em motivos de raça, cor, sexo, religião, opinião política, ascendência nacional ou origem social que tenha como efeito anular ou alterar a igualdade de oportunidades ou de tratamento no emprego ou na ocupação. Qualquer outra distinção, exclusão ou preferência que tenha como efeito anular ou alterar a igualdade de oportunidades ou de tratamento no emprego ou na ocupação,... As distinções, exclusões ou preferências baseadas nas qualificações exigidas para um emprego determinado não serão consideradas como discriminação. Definição análoga propõe a Convenção sobre a Eliminação de todas as Formas de Discriminação contra a Mulher, que estabelece para efeitos da Convenção, que:
12 a expressão discriminação contra a mulher denotará toda distinção, exclusão ou restrição baseada no sexo que tenha por objeto ou como resultado cercear ou anular o reconhecimento, gozo ou exercício pela mulher, independentemente de seu estado civil; isso tem por base a igualdade do homem e da mulher, os direitos humanos e as liberdades fundamentais nas esfera política, econômica, social, cultural e civil ou em qualquer outra esfera (Artigo 1). Duas formas particularmente graves e odiosas de discriminação são o genocídio e o apartheid; entendendo-se o genocídio como uma série de atos criminosos perpetrados com a intenção de destruir, total ou parcialmente, um grupo nacional, étnico, racial ou religioso 5. Estas 6 figuras serão analisadas no artigo 3. Outros instrumentos jurídicos gerais (ou não específicamente consagrados ao tema em questão) dedicam alguns artigos ao princípio da não-discriminação. Embora nestes documentos a palavra discriminação não venha expresamente definida, está bem claro que ela se refere a uma distinção entre pessoas quanto ao gozo dos direitos humanos com base em razões de raça, cor, sexo, idioma, religião, opinião política ou de outra natureza, origem nacional ou social, posição econômica, nascimento ou qualquer outra condição social 7. A este respeito, o Comitê de Direitos Humanos, na sua observação geral Nº 18, de 1989, relativa à não-discriminação, diz o seguinte: 6. O Comitê está ciente de que, no Pacto, não se define o termo «discriminação» nem se indica o que constitui a discriminação. No entanto, no artigo 1 da Convenção Internacional sobre a Eliminação de todas as Formas de Discriminação Racial se estabelece que a expressão discriminação racial denotará toda distinção, exclusão, restrição ou preferência baseadas em motivos de raça, cor, classe ou origem nacional ou étnica que tenha por objeto ou como resultado anular ou cercear o reconhecimento, gozo ou exercício, em condições de igualdade, dos direitos humanos e das liberdades fundamentais na esfera política, econômica, social, cultural ou em qualquer outra esfera da vida pública. Da mesma forma, no artigo 1º da Convenção sobre a Eliminação de todas as Formas de Discriminação contra a Mulher se estabelece que a expressão discriminação contra a mulher denotará toda distinção, exclusão ou restrição baseada no sexo, que tenha por objeto ou como resultado cercear ou anular o reconhecimento, gozo ou exercício pela mulher, independentemente de seu estado civil, com base na igualdade do homem e da mulher, dos direitos humanos e das liberdades fundamentais na esfera política, econômica, social, cultural e civil ou em qualquer outra esfera. 7. Embora essas convenções refiram-se apenas a um tipo específico de discriminação, o Comitê considera que o termo discriminação, tal como é empregado no Pacto, deve ser entendido com referência a toda distinção, exclusão, restrição ou preferência que se baseiem em determinados motivos,
13 como raça, cor, sexo, idioma, religião, opinião política ou de outra natureza, origem nacional ou social, posição econômica, nascimento ou qualquer outra condição social, e que tenham por objeto ou como resultado anular ou cercear o reconhecimento, gozo ou exercício, em condições de igualdade, dos direitos humanos e das liberdades fundamentais de todas as pessoas. Na mesma observação geral Nº 18, o Comitê de Direitos Humanos fez outros comentários sobre o tema da não-discriminação. Parece útil, neste contexto, mencionar os seguintes: 1. A não-discriminação, juntamente com a igualdade perante a lei e igual proteção da lei sem nenhuma discriminação, constitui um princípio básico e geral relativo à proteção dos direitos humanos. Assim, o parágrafo 1º do artigo 2 do Pacto Internacional de Direitos Civis e Políticos estabelece a obrigação de cada Estado-Signatário de respeitar e garantir a todos os indivíduos que se encontrem em seu território e estejam sujeitos à sua jurisdição, os direitos reconhecidos no Pacto, sem distinção alguma de raça, cor, sexo, idioma, religião, opinião política ou de outra natureza, origem nacional ou social, posição econômica, nascimento ou qualquer outra condição social. Em virtude do artigo todas as pessoas não somente são iguais perante a lei e têm direito a igual proteção por parte da mesma, mas, também, devido à lei, proíbe-se qualquer discriminação e garante se, a todas as pessoas, proteção igual e efetiva contra qualquer discriminação por motivos de raça, cor, sexo, idioma, religião, opiniões políticas ou de qualquer natureza, origem nacional ou social, posição econômica, nascimento ou qualquer outra condição social. 2. De fato, a não discriminação constitui um princípio tão básico que o artigo 3 estabelece a obrigação de cada Estado-Signatário de garantir a homens e mulheres igualdade no gozo dos direitos enunciados no Pacto. Embora o parágrafo 1º do artigo 4 faculte aos Estados- Signatários que, em situações excepcionais, adotem disposições que suspendam determinadas obrigações contraídas em conseqüência do Pacto, esse mesmo artigo exige, entre outras coisas, que ditas disposições não acarretem nenhuma discriminação fundada unicamente em motivos de raça, cor, sexo, idioma, religião ou origem social. Além disso, o parágrafo 2º do artigo 20 impõe aos Estados-Signatários a obrigação de proibir, por lei, toda apologia do ódio nacional, racial ou religioso que constitua incitação à discriminação. 3. Devido ao seu caráter básico e geral, o princípio da nãodiscriminação, assim como o da igualdade perante a lei e de igual proteção da lei, às vezes são estabelecidos expressamente em artigos relacionados a determinadas categorías de direitos humanos. O parágrafo 1º do artigo 14 estabelece que todas as pessoas são iguais perante os tribunais e cortes de justiça, e o parágrafo 3º do mesmo artigo dispõe que, durante o processo, toda pessoa acusada de um delito terá direito, em plena igualdade, às garantias mínimas enunciadas nos incisos a) a g) deste último parágrafo. Analogamente, o artigo 25 prevê a igualdade de
14 participação de todos os cidadãos na vida pública, sem nenhuma das distinções mencionadas no artigo O Comitê deseja chamar a atenção dos Estados-Signatários para o fato de que, em certos casos, o Pacto exige expressamente que eles tomem medidas para garantir a igualdade de direitos das pessoas de que tratam tais casos. Por exemplo, o parágrafo 4º do artigo 23 estipula que os Estados-Signatários tomem as medidas apropriadas para assegurar a igualdade de direitos e de responsabilidade de ambos os cônjuges com relação ao casamento, durante a sua vigência e em caso de dissolução do mesmo. As medidas que forem adotadas poderão ser de caráter legislativo, administrativo ou de outro tipo, mas os Estados Signatários têm a obrigação positiva de assegurar que os cônjuges tenham igualdade de direitos, conforme exige o Pacto. No que diz respeito às crianças, o artigo 24 dispõe que toda criança, sem discriminação alguma por motivos de raça, cor, sexo, idioma, religião, origem nacional ou social, posição econômica ou nascimento, tem direito às medidas de proteção que a sua condição de menor requer, tanto por parte da sua família como da sociedade e do Estado. 12. Embora o artigo 2 do Pacto limite o âmbito dos direitos que devem ser protegidos contra a discriminação àqueles previstos no Pacto, o artigo 26 não estabelece tal limitação. Isto é, o artigo 26 declara que todas as pessoas são iguais perante a lei e têm direito, sem discriminação, a igual proteção da lei; também dispõe que a lei garantirá a todas as pessoas proteção igual e efetiva contra a discriminação por qualquer dos motivos nele enumerados. A critério do Comitê, o artigo 26 não se limita a reiterar a garantia já prevista no artigo 2, mas estabelece em si um direito autônomo. Proíbe a discriminação de fato ou de direito em qualquer esfera sujeita às normas e à proteção das autoridades públicas. Portanto, o artigo 26 refere-se às obrigações que são impostas aos Estados Signatários no que concerne às suas leis e à aplicação das mesmas. Por conseguinte, ao aprovar uma lei, um Estado-Signatário debe zelar para que se cumpra o requisito estabelecido no artigo 26, no sentido de que o conteúdo de tal lei não seja discriminatório. Dito de outra maneira, a aplicação do princípio da nãodiscriminação do artigo 26 não se limita ao âmbito dos direitos enunciados no Pacto. Alem disso, o Comitê especificou que o gozo dos direitos e das liberdades, em condições de igualdade, não significa identidade de tratamento em todas as circunstâncias e citou, a título de exemplo, o artigo 25 do Pacto Internacional de Direitos Civis e Políticos, que garante determinados direitos políticos, estabelecendo diferenças por motivos de cidadania e de idade. Como vimos, o artigo 1.2 da Convenção Internacional sobre a Eliminação de todas as Formas de Discriminação Racial também permite uma distinção análoga. Dentro da mesma ótica, o Pacto Internacional de Direitos Econômicos, Sociais e Culturais, depois de haver consagrado o princípio da não-discriminação
15 (artigo 2.2), propõe uma dispensa para os países em vias de desenvolvimento, que, levando em devida conta os direitos humanos e a sua economia nacional, poderão determinar em que medida garantirão os direitos económicos reconhecidos no Pacto para aqueles que não sejam seus cidadãos (artigo 2.3). Conforme disposto no parágrafo 2º do artigo 9 da Convenção Internacional sobre a Eliminação de todas as Formas de Discriminação Racial, o Comitê para a Eliminação da Discriminação Racial (CEDR) pode fazer sugestões e recomendações de caráter geral baseadas em um exame dos relatórios e dos dados transmitidos pelos Estados-Signatários. Utilizando-se desta prerrogativa, em mais de uma ocasião o CEDR expressou-se a respeito do artigo 1 da Convenção. Na sua recomendação geral XIV, relativa ao 1º parágrafo do artigo em questão, o Comitê formulou alguns detalhes acerca da definição de discriminação racial apresentada no mencionado parágrafo: 1. A não-discriminação, juntamente com a igualdade perante a lei e igual proteção por parte da mesma sem nenhuma discriminação, constitui um princípio básico da proteção dos direitos humanos. O Comitê deseja chamar a atenção dos Estados- Signatários sobre algumas características da definição de discriminação racial dada no parágrafo 1º do artigo 1 da Convenção Internacional para a Eliminação de todas as Formas de Discriminação Racial. O Comitê é de opinião que a palabra «baseada» não tem um sentido diferente daquele das palavras «por motivos de» que figuram no parágrafo 7º do preâmbulo. Qualquer distinção é contrária à Convenção se tem o propósito ou o efeito de cercear determinados direitos e liberdades. Isto está confirmado pela obrigação que impõe aos Estados Signatários a seção c) do parágrafo 1º do artigo 2 de anular qualquer lei ou prática que tenha como efeito criar ou perpetuar a discriminação racial. 2. O Comitê observa que uma diferença de tratamento não constituirá discriminação se os critérios para tal diferença, julgados em comparação com os objetivos e propósitos da Convenção, são legítimos ou estão incluídos no âmbito do parágrafo 4º do artigo 1 da Convenção. Ao examinar os critérios que podem ser empregados, o Comitê reconhecerá que uma medida concreta pode obedecer a vários fins. Ao tratar de determinar se uma medida surte um efeito contrário à Convenção, examinará se tal medida tem conseqüências injustificáveis distintas sobre um grupo caracterizado por raça, cor, classe ou origem nacional ou étnica. 3. O parágrafo 1º do artigo 1 da Convenção refere-se, também, à esfera política, econômica, social e cultural; os direitos e liberdades conexos são enunciados no artigo 5. Na recomendação geral XXIV, o Comitê voltou a ocupar-se da definição de discriminação racial que aparece no parágrafo 1º do artigo 1, ressaltando que a Convenção refere-se a todas as pessoas de diferentes raças, grupos nacionais ou étnicos ou populações indígenas 8 (o destaque é do autor).
16 Nessa ocasião, o CEDR especificou [que] para que o Comitê possa fazer um exame adequado dos relatórios periódicos dos Estados- Signatários, é indispensável que os mesmos proporcionem ao Comitê a maior quantidade de informação possível sobre a presença de grupos nacionais ou étnicos ou populações indígenas em seus territórios. E acrescentou o seguinte: (2).Dos relatórios periódicos apresentados ao Comitê em vista do artigo 9 da Convenção Internacional sobre a Eliminação de todas as Formas de Discriminação Racial, e de outra informação recebida pelo Comitê, depreende-se que diversos Estados Signatários reconhecem a presença em seus territórios de alguns grupos nacionais ou étnicos ou populações indígenas, sem considerar a presença de outros grupos. É necessário que se apliquem determinados criterios de maneira uniforme a todos os grupos, em particular no que diz respeito ao número de pessoas de que se trata e suas características relacionadas com raça, cor, classe ou origem nacional ou étnica, quando estas diferem daquelas da mayoría ou de outros grupos da população. (3). Alguns Estados-Signatários não reúnem informações sobre a origem étnica ou nacional dos seus cidadãos ou de outras pessoas que vivem em seu território, mas decidem a seu critério quais os grupos que constituem grupos étnicos ou populações indígenas que devem ser reconhecidos e tratados como tais. O Comitê considera que existe uma norma internacional relativa aos direitos concretos das pessoas que pertencem a esses grupos, juntamente com normas geralmente aceitas sobre a igualdade de direitos de todas as pessoas e a não discriminação, incluídas aquelas incorporadas na Convenção Internacional sobre a Eliminação de todas as Formas de Discriminação Racial. Ao mesmo tempo, o Comitê chama a atenção dos Estados-Signatários para o fato de que a aplicação de critérios diferentes para determinar os grupos étnicos ou as populações indígenas, com o conseqüente reconhecimento de alguns deles e não de outros, pode resultar em tratamento diferenciado para diversos grupos dentro da população de um país. (4). O Comitê lembra a Recomendação geral IV, que aprovou em seu oitavo período de sessões celebrado em 1973, e o parágrafo 8º das diretrizes gerais relativas à forma e ao conteúdo dos relatórios que os Estados-Signatários devem apresentar, conforme o parágrafo 1º do artigo 9 da Convenção (CERD/C/70/Rev.3), convidando os Estados- Signatários a se esforçarem para incluir, em seus relatórios periódicos, informações pertinentes sobre a composição demográfica da sua população, de acordo com o disposto no artigo 1 da Convenção, isto é, o fornecimento, conforme o caso, de informações relativas a raça, cor, classe e origem nacional ou étnica. No esforço de interpretar os parágrafos 1º e 4º do artigo 1 da Convenção (Recomendação geral Nº VIII), o Comitê opinou que a condição de membro de um determinado grupo ou grupos raciais ou étnicos define-se, se nada justificar o contrário, com base na definição feita pela pessoa interessada. Referindo-se aos cidadãos (parágrafos 2º e 3º), aos seus direitos e à obrigação que os Estados têm de apresentar relatórios sobre quesotes relativas à legislação concernente aos estrangeiros, em sua recomendação geral XI o Comitê diz o seguinte:...2. O Comitê tem observado que, em certas situações, o parágrafo 2º do artigo 1 tem sido interpretado no sentido de que exime os
17 Estados-Signatários de toda obrigação de 31 apresentar relatórios sobre quesotes relativas à legislação concerniente aos estrangeiros. Por conseguinte, o Comitê afirma que os Estados- Signatarios estão obrigados a apresentar um relatório completo sobre a legislação relativa aos estrangeiros e à sua aplicação. 3. O comitê afirma, outrossim, que não se deve interpretar o parágrafo 2º do artigo 1 no sentido de que ele desvirtua de algum modo os direitos e as liberdades reconhecidas e enunciadas em outros instrumentos, especialmente a Declaração Universal dos Direitos do Homem, o Pacto Internacional de Direitos Econômicos, Sociais e Culturais e o Pacto Internacional de Direitos Civis e Políticos. Ação positiva O inciso 4 do artigo 1 da Convenção incorpora o conceito innovador da ação positiva ou ação afirmativa, que vem romper uma interpretação tradicional do princípio da igualdade. O enunciado parte de que as medidas especiais adotadas com a finalidade exclusiva de asegurar progresso adequado de certos grupos raciais ou étnicos ou de certas pessoas que precisam da proteção necessária para garantir-lhes, em condições de igualdade, a fruição ou exercício dos direitos humanos e das liberdades fundamentais não serão consideradas como medidas de discriminação racial, uma vez que não conduzam, como conseqüência, à manutenção de direitos distintos para os diferentes grupos raciais e que não se mantenham em vigor depois de alcançados os objetivos para os quais foram tomadas. Este tipo de medidas resultam em formas inovadoras de buscar pontos de equilíbrio por desvantagens e discriminações históricas que grupos vulneráveis ou vulnerabilizados têm sofrido, de maneira que se possa compensar as iniqüidades vividas, entendendo-se que serão de caráter temporal, até se obtenha um nível desejado de igualdade. O artigo 2.2 da Convenção contra a Discriminação Racial retoma o conceito da ação afirmativa e lhe dá instrumentos para que os Estados- Signatários adotem este tipo de medidas. Artigo 2 Obrigações dos Estados. Compromisso de seguir a ação afirmativa Este artigo estabelece que os Estados signatários condenam a discriminação racial e se comprometem a seguir, por todos os meios apropriados e sem adiamentos, uma política que vise eliminar a discriminação racial em todas as suas formas e a promover o entendimento entre todas as raças. Para cumprir este objetivo:
18 a) Cada Estado-Signatário compromete-se a não incorrer em nenhum ato ou prática de discriminação racial contra pessoas, grupos de pessoas ou instituições, e zelar para que todas as autoridades e instituições públicas, nacionais e locais, atuem em conformidade com esta obrigação. b) Cada Estado-Signatário compromete-se a não fomentar, defender ou apoiar a discriminação racial praticada por quaisquer pessoas ou organizações. c) Cada Estado-Signatário tomará medidas efetivas para revisar as políticas governamentais nacionais e locais, e para alterar, cancelar ou anular as leis e as disposições regulamentares que tenham como conseqüência criar a discriminação racial ou perpetuá-la onde já existe. d) Cada Estado-Signatário proibirá e fará cessar, por todos os meios apropriados, inclusive, se assim exigirem as circunstâncias, medidas legislativas contra a discriminação racial praticada por pessoas, grupos ou organizações. e) Cada Estado-Signatário compromete-se a estimular, quando for o caso, organizações e movimentos multirraciais integracionistas e outros meios voltados para a eliminação das barreiras entre as raças, e a desencorajar tudo que tenda a fortalecer a divisão racial. Em seguida, retoma-se o princípio da ação positiva ou ação afirmativa já estabelecido no artigo 1, inciso 4, cujo enunciado é o seguinte: Os Estados Signatários, conforme indicarem as circunstâncias, tomarão medidas especiais e concretas, na esfera social, econômica, cultural e em outras esferas, para assegurar o desenvolvimento adequado e a proteção de certos grupos raciais ou de pessoas pertencentes a esses grupos, com a finalidade de garantir, em condições de igualdade, a plena fruição por essas pessoas de todos os direitos humanos e liberdades fundamentais. Em nenhum caso, essas medidas poderão ter como conseqüência a manutenção de direitos desiguais ou separados para os diversos grupos raciais depois de alcançados os objetivos para os quais elas foram tomadas. O inciso 2 do artigo 2, ao estabelecer a obrigação para os Estados de tomarem medidas especiais e concretas na esfera social, econômica, cultural e em outras esferas, para assegurar o desenvolvimento adequado e a proteção de certos grupos raciais ou de pessoas pertencentes a esses grupos, com a finalidade de garantir, em condições de igualdade, a plena fruição por essas pessoas dos direitos humanos e das liberdades fundamentais, consagra em nível jurídico (e em um instrumento com força de um tratado) os postulados dessa ação afirmativa. Este princípio, que foi reiterado recentemente no Projeto de Declaração e Plano de Ação elaborado na Conferência Regional das Américas (dezembro de 2000), apresenta um desafio para a interpretação do conceito de igualdade, visto que pressupõe um tratamento desigual, que busca tanto promover a diversidade como remediar as desigualdades resultantes de processos sociais e econômicos discriminatórios. A justificativa para tratamentos desiguais por meio da ação
19 afirmativa foi endossada pelo Comitê de Direitos Humanos na já mencionada observação geral Nº 18, de 1989, relativa à não-discriminação. Nessa ocasião, o Comitê declarou: (10)....o princípio da igualdade algumas vezes exige que os Estados Signatários adotem disposições positivas para reduzir ou eliminar as condições que dão origem ou facilitam a perpetuação da discriminação proibida pelo Pacto. Por exemplo, Em um Estado onde a situação geral de um certo setor da sua população impede ou dificulta a fruição dos direitos humanos por parte dessa população, o Estado deveria adotar dispositivos especiais para remediar essa situação. As medidas desta natureza podem chegar até a outorgar, durante um tempo, ao setor da população em questão, um certo tratamento preferencial em questões concretas em comparação com o resto da população. Entretanto, embora necessárias para corrigir a discriminação de fato, essas medidas constituem uma diferenciação legítima de acordo com o Pacto. Por sua vez, o Pacto Internacional de Direitos Civis e Políticos, em seu artigo 27, considera o ângulo da promoção da diversidade na ação afirmativa quando aborda o direito à expressão cultural como componente essencial da não discriminação, fazendo a seguinte disposição: Nos Estados onde existem minorias étnicas, religiosas ou lingüísticas, não se negará às pessoas pertencentes a tais minorias o direito que lhes cabe, em comum com os demais membros do seu grupo, de ter sua própria vida cultural, professar e praticar sua própria religião e usar o seu próprio idioma 9. Neste contexto, vale também salientar a Recomendação geral XXI (de 1996), na qual o CEDR observa o seguinte: (5)....De acordo com o artigo 2 da Convenção Internacional sobre a Eliminação de todas as Formas de Discriminação Racial e outros instrumentos internacionais pertinentes, os governos devem mostrar sensibilidade pelos direitos das pessoas pertencentes a grupos étnicos, particularmente aos seus direitos de viver com dignidade, manter sua cultura, compartilhar de forma eqüitativa os resultados do crescimento nacional e desempenhar o papel que lhes corresponde no governo dos países dos quais são cidadãos. Da mesma forma, os governos devem considerar, no contexto das suas respectivas estruturas constitucionais, a possibilidade de conceder, às pessoas pertencentes aos grupos étnicos ou lingüísticos formados por seus cidadãos, quando for o caso, o direito de realizar atividades de interesse especial para a conservação da identidade de tais pessoas ou grupos. Em relação a este artigo fundamental da Convenção, cabe mencionar a recomendação geral XVII do CEDR (de 1993) relativa ao estabelecimento de instituições nacionais para facilitar a aplicação da Convenção, na qual o Comitê recomenda que os Estados-Signatários estabeleçam comissões nacionais ou outros órgãos competentes com o objetivo de cumprir, entre outros, os seguintes fins:
20 a) Promover o respeito à fruição dos direitos humanos, sem nenhuma discriminação, segundo expressamente enunciado no artigo 5 da Convenção Internacional para a Eliminação de todas as Formas de Discriminação Racial. b) Examinar a política oficial para a proteção contra a discriminação racial. c) Cuidar para que haja correspondência entre as leis e as disposições da Convenção. d) Educar o público quanto às obrigações contraídas pelos Estados- Signatários como resultado da Convenção. Referindo-se aos funcionários encarregados da aplicação da lei e a importância da sua formação com respeito à proteção dos direitos humanos, na sua recomendação geral XIII (1993), o CEDR diz; 1. De acordo com o parágrafo 1 do artigo 2 da Convenção Internacional para a Eliminação de todas as Formas de Discriminação Racial, os Estados Signatários comprometeram-se no sentido de que todas as autoridades públicas e instituições públicas, nacionais ou locais, se abstenham de todo ato de discriminação racial; além disso, os Estados- Signatários comprometeram-se a garantir, a todas as pessoas, os direitos enumerados no artigo 5 da Convenção, sem distinção de raça, cor ou origem nacional ou étnico. 2. O cumprimento destas obrigações depende muito dos funcionarios encarregados da aplicação da lei que exercem poderes de polícia, especialmente poderes de detenção ou encarceramento, e do fato de que esses funcionarios estejam adequadamente informados sobre as obrigações contraídas pelos seus Estados, como resultado da Convenção. Tais funcionários devem receber uma formação intensiva para garantir que, no cumprimento dos seus deveres, respeitem e protejam a dignidade humana e mantenham e defendam os direitos humanos de todas as pessoas, sem distinção de raça, cor ou origem nacional ou étnica. 3. Na aplicação do artigo 7 da Convenção 10, o Comitê pede aos Estados Signatários que examinem e melhorem a formação dos funcionários encarregados da aplicação da lei, a fim de que sejam aplicadas plenamente as normas da Convenção e do Código de conduta para funcionários encarregados de fazer cumprir a lei (1979). Os Estados-Signatários devem, também, incluir informações pertinentes a este respeito em seu relatórios periódicos. Artigo 3 Apartheid e segregação racial: condenação, proibição e eliminação O artigo 3 menciona, de forma muito geral, o tema do apartheid e a segregação racial com a finalidade de proibir e eliminar essas práticas. No entanto, não chega a definir esses termos. Segundo o artigo, deve-se recorrer à Convenção das Nações Unidas sobre a Repressão e o Castigo ao Crime de Apartheid para se ter um marco conceitual mais claro e preciso. Neste sentido, essa Convenção refere-se ao Apartheid da seguinte forma:
21 Apartheid: [...] o apartheid é um crime de lesa humanidade e... os atos desumanos que resultam das políticas e práticas de apartheid e as políticas e práticas análogas de segregação e discriminação racial que se definem no artigo II da presente Convenção [sobre Repressão e Castigo do Crime de Apartheid] são crimes que violam os princípios do direito internacional, particularmente os propósitos e princípios da Carta das Nações Unidas, e que constituem uma ameaça séria para a paz e a segurança internacionais....os Estados signatarios da presente Convenção declaram criminosas as organizações, instituições e indivíduos que cometem o crime de apartheid. [...] A expressão crime de apartheid, que incluirá as políticas e práticas análogas de segregação e discriminação racial tal como se pratica[va] na África meridional, designará os seguintes atos desumanos cometidos com a finalidade de instituir e manter a dominação de um grupo racial de pessoas sobre qualquer outro grupo racial de pessoas e de oprimi-lo sistematicamente: a) A negação, a um ou mais membros de um ou mais grupos raciais, do direito à vida e à liberdade da pessoa: i) Mediante o assassinato de membros de um ou mais grupos raciais; ii) Mediante atentados graves contra a integridade física ou mental, a liberdade ou a dignidade dos membros de um ou mais grupos raciais, ou sua submissão a torturas ou a penas ou tratamentos cruéis, desumanos ou degradantes. iii) Mediante a detenção arbitrária e a prisão ilegal dos membros de um ou mais grupos raciais. b) A imposição deliberada a um ou mais grupos raciais de condições de existencia que possam causar a sua destruição física, total ou parcial. c) Quaisquer medidas legislativas ou de outra ordem destinadas a impedir que um ou mais grupos raciais participem da vida política, social, econômica e cultural do país, e a criar, deliberadamente, condições que impeçam o pleno desenvolvimento de tal grupo ou tais grupos, especialmente negando aos membros de um ou mais grupos raciais os direitos humanos e as liberdades fundamentais, entre eles o direito ao trabalho, o direito a formar associações sindicais reconhecidas, o direito à educação, o direito a sair do seu país e a regressar ao mesmo, o direito a uma nacionalidade, o direito à liberdade de circulação e de residência, o direito à liberdade de opinião e de expressão e o direito à liberdade de participar de reuniões e associações pacíficas; d) Quaisquer medidas, inclusive as de natureza legislativa, destinadas a dividir a população segundo critérios raciais, criando reservas e guetos separados para os membros de um ou mais grupos raciais, proibindo os casamentos mistos entre membros de diferentes grupos raciais e expropriando os bens imóveis pertencentes a um ou mais grupos raciais ou a membros desses grupos. e) A exploração do trabalho dos membros de um ou mais grupos raciais, especialmente submetendo-os ao trabalho forçado.
22 f) A perseguição das organizações e pessoas que se opõem ao apartheid, privando-as de direitos e liberdades fundamentais (Artigos I e II da Convenção Internacional sobre a Repressão e o Castigo ao Crime de Apartheid, adotada pela Assembléia Geral em sua resolução 3068 (XXVIII), de 30 de novembro de 1973, e que entrou em vigor em 18 de julho de 1976). A recomendação geral XIX do CEDR esclarece que o termo apartheid deve ser utilizado dentro de um contexto mais amplo do que a referência exclusiva à África do Sul: A referência ao apartheid podeter sido destinado exclusivamente à África do Sul, mas o artigo aprobado proíbe todas as formas de segregação racial em todos os países. Nesse sentido, o CEDR considera que a obrigação de erradicar todas as práticas deste tipo inclui a obrigação de eliminar as conseqüências de tais práticas aplicadas ou toleradas pelos governos anteriores do Estado, ou impostas por forças alheias ao Estado. Em uma interessante incursão pelos domínio dos fatos, o Comitê distingue entre o que poderia ser segregação racial como política de governo ou como produto de atos privados: O Comitê ressalta que, embora em alguns países as condições de segregação racial completa ou parcial tenham sido criadas por políticas do governo, uma das condições da segregação parcial também pode ser a conseqüência não intencional das ações de pessoas privadas. Em muitas cidades, a estrutura das zonas residenciais sofre a influência da diferença nos ingressos dos grupos, que em certos momentos se combinam com diferenças de raça, cor, ascendência, origem nacional ou étnica, de modo que os moradores podem ser estigmatizados e os indivíduos sofrem uma forma de discriminação na qual motivos raciais se misturam a outro tipo de motivo. (Ponto 3, Recomendação Geral Nº XIX). Essa circunstância peculiar obriga os Estados a ampliarem o seu raio de ação a fim de intensificar o trabalho de controle e monitoramento para detectar este tipo de manifestações discriminatórias, e é sua obrigação erradicar as eventuais conseqüências negativas que tais práticas possam gerar. Um ponto essencial na condenação e erradicação do apartheid e da segregação racial é a forma como os Estados devem atuar, tanto dentro de suas fronteiras como dentro das relações internacionais, para influir como mecanismo de pressão a fim de coagir outros Estados a eliminarem tal prática, quando demonstrada nos foros internacionais. Para isso, debe haver uma boa dose de vontade política que transcenda os intereses comerciais nas relações de intercâmbio com o Estado infrator.
23 A recomendação geral III do CEDR relativa à apresentação de relatórios pelos Estados signatários é um exemplo claro de cómo a comunidade internacional deve solidarizar-se a partir dos principios fundamentais estabelecidos no mesmo preâmbulo da Convenção para que os Estados signatários possam construir uma comunidade internacional livre de todas as formas de segregação e discriminação raciais. Compromissos desse tipo são fortalecidos quando há o respaldo da Assembléia Geral das Nações Unidas, por exemplo, para recomendar ações econômicas e políticas contra os Estados que praticam o apartheid....o Comitê observa que, na seção III da sua resolução 2784 (XXVI), a Assembléia Geral, logo após tomar conhecimento, com satisfação, do segundo relatório anual do Comitê e de adotar algumas das opiniões e recomendações nele apresentadas, «pede a todos os países que negociam com a África do Sul que se abstenham de toda ação que possa constituir um estímulo para a continuação da violação dos princípios e objetivos da Convenção Internacional sobre a Eliminação de todas as Formas de Discriminação Racial por parte da África do Sul e do regime ilegal da Rodésia do Sul (recomendação Geral III). Além do mais, este tipo de ações deve ser favorecido por meio de mecanismos de acompanhamento e monitoramento a fim de dar continuidade coletiva ao processo de sanção que foi acordado. Para isso, as medidas nacionais que forem adotadas devem estar interrelacionadas com as que se tomem no plano internacional. Com esta finalidade, o CEDR pode recomendar aos Estados Signatários que, nos relatórios apresentados de acordo com o parágrafo 1º do artigo 9 da Convenção, qualquer Estado que assim o desejar, possa incluir informações sobre a situação das suas relações diplomáticas, econômicas e de outra natureza com os regimes racistas que infringem a Convenção, tal como aconteceu com os Estados da África meridional 11. Um tema vinculado aos efeitos de uma prática discriminatória de segregação racial são os delitos catalogados de lesa humanidade, que incluem matanças e atrocidades cometidas em diferentes regiões do mundo por motivos raciais e étnicos. De qualquer modo, o apartheid e a segregação racial são práticas que tendem a aperfeiçoar ou a incentivar este tipo de perversões coletivas. Por isso, em 1994, o CEDR apoiou a criação de um Tribunal Internacional para o Julgamento dos Crimes contra a Humanidade, nos seguintes termos: Considera que se deve estabelecer, com urgência, um tribunal internacional com jurisdição geral para o julgamento do genocídio e de crimes contra a humanidade, particularmente o assassinato, o extermínio, a escravidão, a deportação, o encarceramento, a tortura, a violação, as perseguições por motivos políticos, raciais e religiosos e outros atos desumanos contra toda população civil, assim como as violações graves aos Convênios de Genebra de 1949 e seus Protocolos Adicionais de Mas, além disso, o Comitê previu medidas para o futuro como pedir ao Alto Comissariado para os Direitos Humanos que zele para que o Centro
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