O PRINCÍPIO DA EFICIÊNCIA NOS PROCEDIMENTOS LICITATÓRIOS

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Cláudia de Almeida
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1 O PRINCÍPIO DA EFICIÊNCIA NOS PROCEDIMENTOS LICITATÓRIOS ANA FÁVIA FERNANDES DE QUEIROZ 1 GENOVEVA LAYSLA GONÇALVES COSTA 2 ROSÂNGELA MARIA DE SOUSA VASCONCELOS 3 Resumo: O processo licitatório é

para comprovar o cumprimento, além de fiscalizações internas e externas.

bem comum. Palavras-chave: Licitação. Eficiência. Administração.

1 1 O PRINCÍPIO DA EFICIÊNCIA NOS PROCEDIMENTOS LICITATÓRIOS ANA FÁVIA FERNANDES DE QUEIROZ 1 GENOVEVA LAYSLA GONÇALVES COSTA 2 ROSÂNGELA MARIA DE SOUSA VASCONCELOS 3 Resumo: O processo licitatório é requisito obrigatório para a aquisição de bens e serviços pela administração pública, direta e indireta, tanto na esfera nacional e estadual, quanto na municipal, pois assim determina a legislação brasileira. Para que o processo licitatório tenha validade, devem ser observados os princípios da legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência, sendo necessária a implantação de controles para comprovar o cumprimento, além de fiscalizações internas e externas. A correta aplicação do princípio da eficiência tem como objetivo garantir melhoria nos resultados da gestão pública e um melhor aproveitamento dos recursos disponíveis em prol do desenvolvimento do bem comum. Palavras-chave: Licitação. Eficiência. Administração. INTRODUÇÃO Este resumo tem como objetivo fazer uma breve análise sobre a importância do Princípio da Eficiência nos procedimentos licitatórios. Princípio este, inserido no ordenamento jurídico pela Emenda Constitucional nº 19, de 04 de junho de 1998, vindo a alterar o art. 37 da Constituição Federal. A Lei Magna, em seu art.74, IV, impõe aos Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário, a manutenção de um sistema de controle interno com a finalidade de comprovar a legalidade e avaliar os resultados, quanto à eficácia e a eficiência da gestão orçamentária, financeira e patrimonial nos órgãos e entidades da administração pública, bem como da aplicação de seus recursos por entidades de direito privado. Inicialmente, será explanado sobre o conceito, finalidade e objeto das licitações públicas, dando sequência a uma abordagem dos princípios norteadores e por fim 1 Bolsista do Programa de Iniciação Científica (PROIC) pela Faculdade Luciano Feijão (FLF). 2 Bolsista do Programa de Iniciação Científica (PROIC) pela Faculdade Luciano Feijão (FLF). 3 Bolsista do Programa de Iniciação Científica (PROIC) pela Faculdade Luciano Feijão (FLF). rosangelamsv@hotmail.com

2 2 demonstrada a importância do princípio da eficiência nos referidos procedimentos, para que sejam alcançados os objetivos da coletividade. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS A pesquisa tem por metodologia a consulta em doutrinas, jurisprudências, artigos científicos sobre o tema, bem como o ordenamento jurídico brasileiro. RESULTADOS E DISCUSSÕES A aquisição de bens e serviços pela administração pública direta ou indireta, em todas as esferas, nacional, estadual ou municipal, está vinculada ao atendimento da Lei 8.666/93, que contempla as modalidades de licitação, os limites legais, bem como os procedimentos a serem observados nas transações econômicas que envolvem o dinheiro público. As estatais (empresas públicas e sociedades de economia mista), a partir de julho de 2018, deverão seguir a normatização introduzida pela Lei /16, sendo que ambas as legislações exigem a observação dos princípios da legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência. A licitação é um procedimento administrativo obrigatório, que deve ser seguido pelas entidades governamentais, preservada a isonomia, ou seja, a igualdade entre os participantes, que devem atender às necessidades solicitadas pela contratante. No entendimento de Rek (2016, p. 43): A licitação é o procedimento a que se vincula a administração pública para a aquisição de bens e serviços demandados pelo interesse coletivo, sujeitando-se a princípios informadores, objetivando, dentre outros aspectos, a legalidade, condições de igualdade entre fornecedores, a melhor proposta e a moralidade administrativa. A Lei das Licitações, no seu art. 3º revela a necessidade de garantir a observância do princípio constitucional da isonomia, a seleção da proposta mais vantajosa para a administração e a promoção do desenvolvimento nacional sustentável, bem como aos princípios da legalidade, impessoalidade, moralidade, igualdade, publicidade, probidade administrativa, vinculação ao instrumento convocatório e julgamento objetivo.

3 3 Segundo Meireles (2014): licitação é o procedimento administrativo mediante o qual a Administração Pública seleciona a proposta mais vantajosa para o contrato de seu interesse. É necessária a observância fidedigna do procedimento licitatório, para que se concretize o princípio da legalidade, mas é também imprescindível a importância de agir com eficiência para o alcance da finalidade de conseguir a melhor compra, ou um melhor serviço com o menor preço, ou uma melhor técnica, ou ambos os aspectos, realizando todas as etapas necessárias para a concretização da licitação, tanto na fase interna quanto externa. A fase interna contempla os procedimentos preparatórios de uma licitação, quando os agentes públicos, mediante a necessidade do órgão, analisam as informações disponíveis e decidem, de acordo com a legislação, o detalhamento do objeto, o modelo licitatório, os ajustes e adequações. Já a fase externa diz respeito ao ato licitatório colocado a disposição para quaisquer interessados que preencham os requisitos estabelecidos para a participação no certame. É possível observar que a jurisprudência manifestada pelo Superior Tribunal de Justiça já consagrava como princípio da administração pública, o princípio da eficiência, mesmo antes dele ser inserido: A Administração Pública é regida por vários princípios: legalidade, impessoalidade, moralidade e publicidade (Const., art. 37). Outros também se evidenciam na Carta Política. Dentre eles, o princípio da eficiência. A atividade administrativa deve orientar-se para alcançar resultado de interesse público (STJ, 1996, p. 395). Compreende-se que a morosidade e a procrastinação, eventualmente verificadas como atitudes inerentes ao setor público, devem ser combatidas, pois vão de encontro ao princípio da eficiência, e os cidadãos, hoje mais conscientes, já estão fiscalizando e cobrando mudanças de posturas inadequadas dos agentes públicos, quando identificadas. Conforme Morais (2014, p. 3): A eficiência pressupõe a realização das atribuições com máxima presteza (rapidez e prontidão), com qualidade perfeita e de forma proficiente. A eficiência deve ser compreendida tanto qualitativa como quantitativamente.

4 4 De acordo com o Di Pietro (2009) ele possui duas interpretações: uma está ligada intrinsecamente a forma de atuação do agente público e a outra está diretamente relacionada com a estrutura, organização e disciplina da Administração Pública, com o objetivo de que os melhores resultados sejam alcançados na gestão pública, visando que o bem comum seja alcançado da maneira mais adequada. A gestão pública deve ser analisada não só pela quantidade de ações a que se propõe, mas também pela eficiência com que conduz seu orçamento, com a implantação de um planejamento eficaz, além de controles e fiscalizações que garantam a qualidade na prestação dos serviços públicos e na aquisição de serviços, garantindo a economicidade e o alcance dos resultados desejados. CONCLUSÃO Por todo o exposto, conclui-se que a observância ao princípio da eficiência, no que diz respeito ao fiel cumprimento do procedimento licitatório é obrigatório ao serviço público e imprescindível para o alcance de bons resultados na gestão pública, visto que os bens e serviços adquiridos devem estar de acordo com os anseios da coletividade. Foi constatado que a eficiência está diretamente relacionada aos princípios da legalidade, impessoalidade, moralidade e publicidade, devendo os agentes públicos observarem todos estes aspectos durante o processo licitatório, para que não aconteçam desvios de finalidades ou de interesses e a aquisição de bens e serviços públicos possa promover o desenvolvimento do bem comum. Assim, o princípio da eficiência tem como foco o combate à má utilização dos recursos públicos e a ausência de planejamento na gestão pública. Com ele, é possível que se avalie se foi obtido o melhor resultado, diante do recurso aplicado, fortalecendo assim, o controle de resultado. REFERÊNCIAS BRASIL. Senado Federal. Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília: IOU, 1988.

5 5 DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Direito administrativo. 22. ed. São Paulo: Atlas, MEIRELLES, Hely Lopes. Licitação e contrato Administrativo. 19. ed. São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, MORAIS, Janaina Jacolina. Princípio da eficiência na administração pública Disponível em: < Acesso em REK, Marcos. Os princípios basilares da administração pública e os aplicáveis às licitações. Disponível em: < Administra%C3%A7%C3%A3o-P%C3%BAblica.pdf.> Acesso em

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