NOÇÕES SOBRE DIREITOS DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA

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1 NOÇÕES SOBRE DIREITOS DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA Livro Eletrônico

2 DANIEL MESQUITA Sócio do escritório D Almeida Cordeiro & Mesquita Advogados. Procurador do Distrito Federal. Mestre em Constituição e Sociedade pelo Instituto Brasiliense de Direito Público IDP. Pós-graduado em Direito Público. Bacharel em Direito pela Universidade Federal de Brasília. Professor de Direito Administrativo II e III do IDP. Professor de cursos preparatórios para concursos desde Cargos e ocupações anteriores: Técnico Judiciário do Superior Tribunal de Justiça; Analista Judiciário Área Judiciária do Tribunal Superior Eleitoral; Procurador Federal. Membro de bancas examinadoras de diversos concursos (entre 2008 e 2011). Coautor dos livros: Direito Administrativo 4001 questões comentadas, Ed. Método, 2013 (1ª edição) e 2016 (2ª edição); Direito Constitucional 4001 questões comentadas, Ed. Método, 2014; Direito Administrativo, Série Advocacia Pública, Volume 3, Ed. Método. Autor de diversos artigos jurídicos.

3 SUMÁRIO Noções sobre Direitos da Pessoa com Deficiência...4 Apresentação A Convenção Internacional Sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência e a Lei n / Conceito de Pessoa com Deficiência Outros Conceitos da Lei n / Da Igualdade e da não Discriminação Deficiência e Capacidade Civil Dos Deveres de Todos Perante o Portador de Deficiência Do Atendimento Prioritário...30 Resumo...33 Questões de Concurso...39 Gabarito...50 Gabarito comentado de 72

4 NOÇÕES SOBRE DIREITOS DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA Apresentação Olá, candidato(a)! Bem-vindo(a) ao curso de Noções Sobre Direitos das Pessoas com Deficiência. É um prazer tê-lo(a) conosco! De imediato, desejo que você tenha sucesso em sua caminhada. Para passar em concurso não há mistério e nem mágica. Há disciplina e persistência. Foco, força e determinação devem ser suas palavras. Você deve vencer a si mesmo diariamente e enfrentar as leituras de modo disciplinado, lendo as aulas preparadas especialmente pra você. Iniciaremos aqui o estudo de uma lei muito importante que fará diferença na sua aprovação. É a lei que trata dos direitos das pessoas com deficiência, a Lei n /2015. Essa lei, na verdade, institui o Estatuto da Pessoa com Deficiência. Serão três aulas sobre essa lei neste curso. A Lei n /2015 é de extrema importância no seu estudo porque altera alguns dispositivos importantes do Código Civil e traz um novo conceito, um novo entendimento do Estado sobre as pessoas com necessidades especiais. Trataremos também da Resolução CNJ n. 230/2016, que orienta a adequação das atividades dos órgãos do Poder Judiciário e de seus serviços auxiliares às determinações exaradas pela Convenção Internacional sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência e seu Protocolo Facultativo e pela Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência por meio entre outras medidas da convolação em resolução a Recomendação CNJ 27, de 16/12/2009, bem como da instituição de Comissões Permanentes de Acessibilidade e Inclusão. 4 de 72

5 Haverá, ainda, aulas específicas sobre as seguintes normas: Lei n /2005 (o direito do deficiente visual de ingressar e permanecer em ambientes de uso coletivo acompanhado de cão-guia), Lei n /2000 e Decreto 5.296/2004 (normas gerais e critérios básicos para a promoção da acessibilidade das pessoas com deficiência ou com mobilidade reduzida), Lei n /2000 e Decreto 5.296/2004 (prioridade de atendimento às pessoas com deficiência), e Lei n /1989 e Decreto n /1999 (normas de apoio às pessoas com deficiência e sua integração social). Você deve estar pensando: esse curso é suficiente para a minha aprovação? É sim! E vou explicar a razão. O nosso material é específico. As aulas trarão também questões comentadas da matéria, que já caíram em outros concurso e inéditas. Traremos várias questões relativas ao tema das aulas já cobradas em concursos e apresentaremos outras, elaboradas por mim no mesmo padrão das cobradas pela banca oficial. Assim, você não vai precisar procurar questões em sites de questões eu já fiz isso para você! Antes de começarmos a aula, quero deixar umas dicas sobre como estudar essa matéria. Muitos não gostam de estudar lei seca, pois consideram o assunto penoso e difícil de aprender. Porém, se você estudar, você vai passar. E, se você quer passar, a dificuldade será superada. Apesar de o material ser completo, sempre leia as aulas deste curso com a redação da norma aberta ao lado. Isso sempre me ajudou muito nos concursos, sempre que lia uma apostila, uma doutrina ou mesmo o caderno ficava com a lei do tema aberta ao lado para reforçar a memorização. Além disso, muitas vezes o examinador busca a redação literal da lei e a coloca na prova, outras vezes, a mudança que ele faz na norma é sutil. Assim, quando você ler a questão, você já vai saber que já leu aquilo em algum lugar e terá mais chances de acertar. Outra dica: depois de estudar todo o curso, faça uma leitura completa da Lei n /2015 e das demais normas na semana que antecede a prova. 5 de 72

6 Por fim, uma última dica fundamental para uma boa preparação é a resolução de exercícios. Como afirmei anteriormente, as bancas examinadoras, de um modo geral, repetem as questões, com sutis diferenças. Você que está nessa vida de buscar um cargo público tem que ter sempre em mente: SE VOCÊ ESTUDAR, VOCÊ VAI PASSAR. E, SE VOCÊ PASSAR, VOCÊ VAI SER CHAMADO! Hoje eu estou aqui desse lado, tentando passar o caminho das pedras para você, mas lembre-se que eu já estive aí, onde você está agora. Veja que já fui aprovado em vários concursos e que já fui, inclusive, examinador de bancas de concurso. Mas nem tudo na vida são louros. Na minha fase de concursando obtive também derrotas e reprovações. Desanimei por algumas vezes, mas continuei firme em meu objetivo, pois só não passa em concurso quem para de estudar! Espero que a minha experiência possa ajudá-lo(a). Eu sempre digo, o estudo para concursos é como uma espera na parada de ônibus, quanto mais você fica lá, mais próximo está de o ônibus chegar. Se você sair da parada (= dos estudos), o ônibus vai passar e você vai perdê-lo. Mas você não pode ficar na parada de boca aberta olhando para o vento. Você tem que ficar estudando de 6 a 8 horas por dia, com planejamento, cobrindo todo o conteúdo do edital, lendo aulas, a letra da lei e treinando com exercícios. Neste curso vamos tomar cuidado com os erros mais comuns, aprofundar nos conteúdos mais recorrentes e dar a matéria na medida certa, assim como um bom médico prescreve um medicamento. Para que esse medicamento seja suficiente, ele deve atacar todos os sintomas e, ao mesmo tempo, deve ser eficiente contra o foco da doença. Isso quer dizer que não podemos deixar nenhum ponto do edital para trás. Todos esses instrumentos você terá a sua disposição para encarar a batalha. 6 de 72

7 1. A Convenção Internacional Sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência e a Lei n /2015 Antes de começar, abra imediatamente a lei seca em comento e acompanhe a leitura desta aula com a lei ao seu lado, com marca texto ou outro recurso de destaque de sua preferência. Para esse estudo, faz-se necessário que você compreenda o contexto atual da nossa Constituição que, em seu novo tempo, vive a fase da Transconstitucionalidade 1. Esse conceito está relacionado à existência de problemas jurídicos constitucionais que perpassam às distintas ordens jurídicas, sendo comum a todas elas como, por exemplo, os problemas associados aos direitos humanos. Em 2009, o Brasil ratificou a Convenção sobre Direitos da Pessoa Humana com Deficiência, editada em Nos termos do seu artigo 1, essa Convenção teve o propósito de promover, proteger e assegurar o exercício pleno e equitativo de todos os direitos humanos e liberdades fundamentais por todas as pessoas com deficiência e promover o respeito pela sua dignidade inerente. Essa Convenção foi promulgada pelo Decreto n /2009, após a aprovação, pelo Congresso Nacional, do Decreto Legislativo n. 186/2008. É interessante observar que essa é uma norma internacional relativa aos direitos humanos e, por isso, consta do Decreto, de forma expressa, que o procedimento adotado para a aprovação da Convenção no âmbito do Congresso Nacional foi o do art. 5º, 3º, da Constituição, que assim dispõe: 3º Os tratados e convenções internacionais sobre direitos humanos que forem aprovados, em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, por três quintos dos votos dos respectivos membros, serão equivalentes às emendas constitucionais. 1 Transconstitucionalidade: Na contemporaneidade, em razão da maior integração da sociedade mundial, os problemas centrais do constitucionalismo moderno (proteção dos direitos humanos e a limitação do poder) deixam de ser tratados apenas no âmbito do respectivos Estados e passam a ser discutidos entre diversas ordens jurídicas, inclusive, não estatais que, muitas vezes, são chamadas a oferecer respostas para a sua solução. Isso implica, como propõe Marcelo Neves, uma relação transversal permanente, entre as distintas ordens jurídicas em torno de problemas constitucionais comuns. O conceito está relacionado à existência de problemas jurídicos constitucionais que perpassam às distintas ordens jurídicas, sendo comum a todas O conteúdo elas, deste como livro por eletrônico exemplo, é licenciado os problemas para Nome associados Concurseiro(a) aos - direitos , humanos. vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, 7 de 72

8 Esse dispositivo foi incluído na Constituição pela Emenda Constitucional 45/2004 para possibilitar que tratados de direitos humanos possam entrar no ordenamento jurídico brasileiro não só com status de norma supralegal, mas também com status de emenda constitucional, a depender do processo legislativo adotado pelo Congresso Nacional. Perceba que a Convenção sobre Direitos da Pessoa Humana com Deficiência, por ter sido aprovada com esse quórum especial no Congresso Nacional, tem status de emenda constitucional, ou seja, as disposições da Convenção têm o mesmo valor das regras colocadas na Constituição. Diante disso, o Estado Brasileiro se tornou signatário de um tratado internacional sobre Diretos da Pessoa com Deficiência. A partir da assinatura dessa Convenção Internacional, o Brasil se obrigou, no cenário internacional, a promover alterações legislativas para assegurar e promover o pleno exercício de todos os direitos humanos e liberdades fundamentais por todas as pessoas com deficiência. Veja o comando no item 1, alíneas a e b, da Convenção: Obrigações gerais 1. Os Estados Partes se comprometem a assegurar e promover o pleno exercício de todos os direitos humanos e liberdades fundamentais por todas as pessoas com deficiência, sem qualquer tipo de discriminação por causa de sua deficiência. Para tanto, os Estados Partes se comprometem a: a) Adotar todas as medidas legislativas, administrativas e de qualquer outra natureza, necessárias para a realização dos direitos reconhecidos na presente Convenção; b) Adotar todas as medidas necessárias, inclusive legislativas, para modificar ou revogar leis, regulamentos, costumes e práticas vigentes, que constituírem discriminação contra pessoas com deficiência; Nesse contexto, a Lei n /2015 foi editada para dar cumprimento à referida Convenção. A lei brasileira de inclusão da pessoa com deficiência, em obediência aos preceitos fundamentais, tem o compromisso de proteção da dignidade da pessoa humana. 8 de 72

9 Aqui, vale lembrar que é princípio fundamental da República Federativa do Brasil, nos termos do art. 1º, III, da Constituição, a dignidade da pessoa humana: Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos: III a dignidade da pessoa humana. Para se ter ideia da importância da Lei n /2015, ela trouxe mudanças sobre o conceito de deficiência, o que gerou, inclusive, consequências significativas na Teoria das Incapacidades do Direito Civil. O sistema de incapacidades deixou de ter um modelo rígido, sendo verificado a partir das circunstâncias do caso concreto e em prol da inclusão das pessoas com deficiência, tutelando a sua dignidade e a sua interação social. Nessa perspectiva, tanto a partir do princípio constitucional da dignidade da pessoa humana como a partir da diretriz traçada na Convenção, o Estado precisou parar e olhar, de modo singular, para os portadores de necessidades especiais, permitindo-lhes, dentro desse novo contexto, uma dimensão mais igualitária, humana, digna, para que pudessem usufruir, do modo mais amplo possível, dos direitos do nosso Estado Democrático de Direito. Assim, nasceu o Estatuto da Pessoa com Deficiência (Lei n /2015)! Ele tem por objetivo trazer regras e orientações para a promoção dos direitos e liberdades dos deficientes com o objetivo de garantir a essas pessoas uma inclusão social e cidadã. A Lei n /2015 confere um notável avanço para a proteção da dignidade da pessoa com deficiência. Além disso, a nova legislação alterou e revogou alguns artigos do Código Civil (arts. 114 a 116), trazendo grandes mudanças estruturais e funcionais na antiga teoria das incapacidades, o que repercute diretamente para institutos do direito de família, como o casamento, a interdição e a curatela. A nor- 9 de 72

10 ma também alterou alguns artigos do Código Civil que foram revogados expressamente pelo novo CPC (art ). Assim, o estatuto passou a ser oficialmente denominado de lei brasileira de inclusão da pessoa com deficiência. A inovação é de inclusão social. Para isso, a lei elaborou mecanismo de igualdade. Quis o estatuto trazer essa pessoa para uma condição mais igualitária, mais digna, mais humana. É a busca do preceito da nova ordem constitucional da transconstitucionalidade, que é o resgate da Constituição para as questões que versam sobre a dignidade da pessoa humana. Pode-se afirmar, inclusive, que a Lei n /2015 promove uma ação afirmativa, uma vez que representa uma política focal que busca alocar recursos e conferir direitos a pessoas pertencentes a grupos discriminados e vitimados pela exclusão socioeconômica no passado ou no presente. Essa política vem para combater a discriminação, promovendo direitos que fortaleçam o grupo vitimado e possibilite o seu resgate social e econômico, buscando, enfim, a sua igualdade formal e material. Infere-se ainda que, para que haja essa igualdade, é necessário que essa pessoa se utilize de meios e prerrogativas legais, formatadas nesse novo texto, para garantir ao indivíduo que ele exerça seus direitos de forma que essa inclusão social aconteça da forma mais plena e eficaz possível. Sobre a inclusão social, pretendeu o estatuto que o portador de necessidades especiais não fosse mais uma pessoa a viver à margem da sociedade, sendo tratado como coisa no sentido de não ser-lhe dado a oportunidade de escolhas. O novo estatuto quis, sim, dar igualdade de vontade; de liberdade em querer; decidir, na proporção de suas limitações; condição de ser e sentir-se, inserindo-os em pé de igualdade com os demais, inclusive respeitando suas vontades, seus desejos, suas pretensões. Devolvendo-lhes a dignidade da pessoa humana de modo mais participativo e atuante na sociedade. O portador de necessidades especais 10 de 72

11 deixou de ser vítima social e passa a ser detentor de autonomia própria e do exercício pleno de seus direitos. Para que houvesse essa igualdade, foi necessário que essa pessoa se utilizasse de meios e prerrogativas legais, formatadas nesse novo texto, para garantir que essa inclusão social acontecesse e aconteça da forma mais plena e eficaz possível. A preocupação com a promoção da igualdade ao portador de necessidade especial é externada nos seguintes pontos do preâmbulo da Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência (Decreto n /2009): e) Reconhecendo que a deficiência é um conceito em evolução e que a deficiência resulta da interação entre pessoas com deficiência e as barreiras devidas às atitudes e ao ambiente que impedem a plena e efetiva participação dessas pessoas na sociedade em igualdade de oportunidades com as demais pessoas; f). Reconhecendo a importância dos princípios e das diretrizes de política, contidos no Programa de Ação Mundial para as Pessoas Deficientes e nas Normas sobre a Equiparação de Oportunidades para Pessoas com Deficiência, para influenciar a promoção, a formulação e a avaliação de políticas, planos, programas e ações em níveis nacional, regional e internacional para possibilitar maior igualdade de oportunidades para pessoas com deficiência; r). Reconhecendo que as crianças com deficiência devem gozar plenamente de todos os direitos humanos e liberdades fundamentais em igualdade de oportunidades com as outras crianças e relembrando as obrigações assumidas com esse fim pelos Estados Partes na Convenção sobre os Direitos da Criança; y) Convencidos de que uma convenção internacional geral e integral para promover e proteger os direitos e a dignidade das pessoas com deficiência prestará significativa contribuição para corrigir as profundas desvantagens sociais das pessoas com deficiência e para promover sua participação na vida econômica, social e cultural, em igualdade de oportunidades, tanto nos países em desenvolvimento como nos desenvolvidos. Outro ponto da Convenção sobre Direitos da Pessoa Humana com Deficiência fundamental para você perceber o sentido e a importância da Lei n /2015 são os princípios gerais da Convenção. Perceba que as palavras respeito, liberdade, não discriminação, inclusão, igualdade e acessibilidade ganham destaque na elaboração e interpretação de toda e qualquer norma relativa às pessoas portadoras de deficiência: 11 de 72

12 Os princípios da presente Convenção são: a) O respeito pela dignidade inerente, a autonomia individual, inclusive a liberdade de fazer as próprias escolhas, e a independência das pessoas; b) A não discriminação; c) A plena e efetiva participação e inclusão na sociedade; d) O respeito pela diferença e pela aceitação das pessoas com deficiência como parte da diversidade humana e da humanidade; e) A igualdade de oportunidades; f) A acessibilidade; g) A igualdade entre o homem e a mulher; h) O respeito pelo desenvolvimento das capacidades das crianças com deficiência e pelo direito das crianças com deficiência de preservar sua identidade. Agora, feita essa breve reflexão, leia o artigo 1º da Lei n /2015. Vai ficar muito mais fácil para você compreendê-lo: Art. 1 o É instituída a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (Estatuto da Pessoa com Deficiência), destinada a assegurar e a promover, em condições de igualdade, o exercício dos direitos e das liberdades fundamentais por pessoa com deficiência, visando à sua inclusão social e cidadania. Parágrafo único. Esta Lei tem como base a Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência e seu Protocolo Facultativo, ratificados pelo Congresso Nacional por meio do Decreto Legislativo no 186, de 9 de julho de 2008, em conformidade com o procedimento previsto no 3 o do art. 5 o da Constituição da República Federativa do Brasil, em vigor para o Brasil, no plano jurídico externo, desde 31 de agosto de 2008, e promulgados pelo Decreto no 6.949, de 25 de agosto de 2009, data de início de sua vigência no plano interno. Veja que esse dispositivo informa que a Lei n /2015 se preocupa em assegurar e promover a igualdade, o exercício dos direitos, a inclusão social e a cidadania da pessoa com deficiência. Esse dispositivo deixa claro também que a lei decorre da Convenção e que esse tratado internacional tem status de emenda constitucional, diante do procedimento adotado no Congresso Nacional para sua adoção pelo Brasil. 12 de 72

13 2. Conceito de Pessoa com Deficiência Partindo para a análise do artigo 2º, que também decorre da Convenção, percebemos que a lei busca dar o conceito de pessoa com deficiência. Esse conceito já vem desde a referida Convenção, veja: Pessoas com deficiência são aquelas que têm impedimentos de longo prazo de natureza física, mental, intelectual ou sensorial, os quais, em interação com diversas barreiras, podem obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade em igualdades de condições com as demais pessoas. veja: A Lei n /2015 nada mais fez do que repetir o conceito da Convenção, Art. 2 o Considera-se pessoa com deficiência aquela que tem impedimento de longo prazo de natureza física, mental, intelectual ou sensorial, o qual, em interação com uma ou mais barreiras, pode obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade em igualdade de condições com as demais pessoas. Agora, vamos compreender cada elemento desse conceito. Para que uma pessoa seja considerada pessoa com deficiência, ela deve ter um impedimento de longo prazo e não de curso prazo! Grife isso na lei!!! Se você cair de moto e machucar os dedos da mão, se esse dano não lhe trouxer prejuízo permanente ou de longo prazo na mobilidade dos seus dedos, você não será considerado deficiente. Se uma cirurgia resolverá seu problema em dias ou meses, você não será uma pessoa com deficiência. A lei, infelizmente, não trouxe um parâmetro objetivo para definir quanto tempo seria considerado longo prazo. Assim, não se preocupe, pois o examinador não vai colocar uma questão na prova para você dizer esse tempo. Preocupe-se com a redação da lei. 13 de 72

14 Outro aspecto do conceito de pessoa com deficiência, é que a deficiência de longo prazo pode ser de natureza física, mental, intelectual ou sensorial. Deficiência física é uma limitação do funcionamento físico-motor (ex: paraplegia, tetraplegias, amputações etc.). A deficiência física é assim definida no art. 5º, 1º, I, do Decreto n /2004: a) deficiência física: alteração completa ou parcial de um ou mais segmentos do corpo humano, acarretando o comprometimento da função física, apresentando-se sob a forma de paraplegia; paraparesia; monoplegia; monoparesia; tetraplegia; tetraparesia; triplegia; triparesia; hemiplegia; hemiparesia; ostomia; amputação ou ausência de membro; paralisia cerebral; nanismo; membros com deformidade congênita ou adquirida, exceto as deformidades estéticas e as que não produzam dificuldades para o desempenho de funções. Deficiência mental ou intelectual é o estado de redução notável do funcionamento intelectual, associado às limitações pelo menos em dois aspectos do funcionamento adaptativo: comunicação, cuidados pessoais, competências domésticas, habilidades sociais, utilização dos recursos comunitários, autonomia, saúde e segurança, aptidões escolares, lazer e trabalho (fonte: Ex: síndrome de Down, esclerose tuberosa etc. A deficiência mental é assim definida art. 5º, 1º, I, do Decreto 5.296/2004: d) deficiência mental: funcionamento intelectual significativamente inferior à média, com manifestação antes dos dezoito anos e limitações associadas a duas ou mais áreas de habilidades adaptativas, tais como: 1. comunicação; 2. cuidado pessoal; 3. habilidades sociais; 4. utilização dos recursos da comunidade; 5. saúde e segurança; 6. habilidades acadêmicas; 7. lazer; e 8. trabalho; 14 de 72

15 Deficiência intelectual e deficiência sensorial comparecem como o não funcionamento total ou parcial de algum dos cinco sentidos (ex: surdez e cegueira). O último elemento que completa o conceito de pessoa com deficiência é a ligação entre esse impedimento de longo prazo e o prejuízo de sua participação plena e efetiva na sociedade em igualdade de condições com as pessoas sem deficiência. Nesse contexto, se o indivíduo tem uma deficiência intelectual e essa deficiência o impede de atuar na sociedade em igualdade de condições com outra pessoa, ele é considerado uma pessoa com deficiência. Diante da análise do conceito de pessoa com deficiência, identificamos 3 elementos para conceituar uma pessoa como pessoa com deficiência : Impedimento de longo prazo; De natureza física, mental, intelectual ou sensorial; Ligação entre o impedimento e a obstrução de participar na sociedade em igualdade de condições com as demais pessoas. Agora, vamos adiante na análise do art. 2º. Os seus parágrafos revelam como deve ser a avaliação para caracterizar uma pessoa com deficiência. No que tange ao 1º do artigo 2º, a avaliação da deficiência deverá ser feita por uma equipe multiprofissional e interdisciplinar, levando em consideração todos os aspectos que permeiam o indivíduo. Isso se dá porque o ser humano não é um ser isolado do todo; ele faz parte de um contexto social, de um universo que deve ser considerado. Essa análise realizada por equipe formada por profissionais de diversos campos da ciência, promoverá uma análise biopsicossocial (biológica + psicológica + social). Assim, serão considerados aspectos físicos, por meio da análise da saúde do indivíduo; aspectos psicológicos, por meio de análise do comportamento do indivíduo; e social, por meio da análise do indivíduo em seu meio. 15 de 72

16 Não se esqueça! Para se caracterizar um indivíduo como portador de deficiência, ele deve ser submetido a uma análise: Por uma equipe multiprofissional e interdisciplinar E deve ser analisado sob três enfoques: Biológico Psicológico Social Para se ter ideia da amplitude da análise biopsicossocial, veja quais os critérios impostos pela Lei, em seu art. 2º, 1º, que devem ser considerados pela equipe multiprofissional e interdisciplinar: I os impedimentos nas funções e nas estruturas do corpo; II os fatores socioambientais, psicológicos e pessoais; III a limitação no desempenho de atividades; e IV a restrição de participação. Já o 2 o do art. 2º da Lei n /2015 informa que quem criará os instrumentos normativos para a verificação dessa deficiência é o Poder Executivo (e não legislativo!!!). Grife e tenha atenção nisso!! 3. Outros Conceitos da Lei n /2015 Para fins de aplicação da lei, a norma traz algumas definições que você não precisa decorar, mas, sim, entender, tais como: acessibilidade; desenho universal; tecnologia assistiva ou ajuda técnica; barreiras: urbanísticas, arquitetônicas, de transportes; de comunicação; atitudinais e tecnológicas. 16 de 72

17 O conceito de acessibilidade é assim expresso no art. 3º, I, da Lei: I Acessibilidade: possibilidade e condição de alcance para utilização, com segurança e autonomia, de espaços, mobiliários, equipamentos urbanos, edificações, transportes, informação e comunicação, inclusive seus sistemas e tecnologias, bem como de outros serviços e instalações abertos ao público, de uso público ou privados de uso coletivo, tanto na zona urbana como na rural, por pessoa com deficiência ou com mobilidade reduzida. Perceba que a palavra chave desse conceito é a autonomia. O portador de deficiência tem o direito de circular com autonomia em espaços públicos e privados de uso coletivo. Tem também o direito de ter autonomia para utilizar uma tecnologia, como o celular, por exemplo. Imagine se não houvesse um programa que emitisse sons em um celular, como o deficiente visual iria ter acesso a essa tecnologia? Assim, acessibilidade não envolve apenas locomoção, envolve também o acesso às tecnologias, serviços e instalações. Hoje, os órgãos do governo defendem amplamente que a acessibilidade seja promovida. Isso se faz necessário porque, para a promoção da igualdade de condições, citada no art. 1ª, o Estado precisa dar ao indivíduo com deficiência condições pra que ele realize suas atividades do dia a dia da forma mais simples possível. O direito constitucional de ir e vir não pode ser reduzido diante da inexistência de revisão de rampas, elevadores que possam permitir o giro de 360 graus de uma cadeira de rodas. A questão da acessibilidade hoje é regulada pela Lei n /2004. Se você quiser se aprofundar nesse tema, leia os artigos 8º e seguintes desse decreto. Outro conceito relevante da Lei n /2015 é o de desenho universal. Esse conceito traz a ideia de que os produtos e serviços devem ser concebidos para serem utilizados por todas as pessoas, deficientes ou não. Leia o conceito no art. 3º, II, da Lei n /2015: II Desenho universal: concepção de produtos, ambientes, programas e serviços a serem usados por todas as pessoas, sem necessidade de adaptação ou de projeto específico, incluindo os recursos de tecnologia assistiva. 17 de 72

18 A tecnologia assistiva ou ajuda técnica é aquela que possibilita adaptar determinado produto ou serviço à necessidade da pessoa com deficiência para que ela possa se valer daquele bem de forma autônoma. Veja o conceito: III tecnologia assistiva ou ajuda técnica: produtos, equipamentos, dispositivos, recursos, metodologias, estratégias, práticas e serviços que objetivem promover a funcionalidade, relacionada à atividade e à participação da pessoa com deficiência ou com mobilidade reduzida, visando à sua autonomia, independência, qualidade de vida e inclusão social. As barreiras são qualquer obstáculo que impeça ou limite a participação social da pessoa com deficiência, elas podem ser urbanísticas (nos espaços públicos e privados de uso coletivo), arquitetônicas (nos edifícios), nos transportes, nas comunicações, atitudinais (nas atitudes e comportamentos que limitem a pessoa com deficiência) e tecnológicas (dificultam o acesso às tecnologias). Leia os conceitos legais: IV Barreiras: qualquer entrave, obstáculo, atitude ou comportamento que limite ou impeça a participação social da pessoa, bem como o gozo, a fruição e o exercício de seus direitos à acessibilidade, à liberdade de movimento e de expressão, à comunicação, ao acesso à informação, à compreensão, à circulação com segurança, entre outros, classificadas em: a) Barreiras urbanísticas: as existentes nas vias e nos espaços públicos e privados abertos ao público ou de uso coletivo; b) Barreiras arquitetônicas: as existentes nos edifícios públicos e privados; c) Barreiras nos transportes: as existentes nos sistemas e meios de transportes; d) Barreiras nas comunicações e na informação: qualquer entrave, obstáculo, atitude ou comportamento que dificulte ou impossibilite a expressão ou o recebimento de mensagens e de informações por intermédio de sistemas de comunicação e de tecnologia da informação; e) Barreiras atitudinais: atitudes ou comportamentos que impeçam ou prejudiquem a participação social da pessoa com deficiência em igualdade de condições e oportunidades com as demais pessoas; f) Barreiras tecnológicas: as que dificultam ou impedem o acesso da pessoa com deficiência às tecnologias. Outros conceitos da lei também merecem destaque. Você sabia que, embora a pessoa com dificuldade temporária de movimentação não seja considerada pessoa 18 de 72

19 com deficiência (porque o problema não é de longo prazo), ela também está protegida pela Lei n /2015? Pois é, veja, por exemplo, o art. 46 da lei: Art. 46. O direito ao transporte e à mobilidade da pessoa com deficiência ou com mobilidade reduzida será assegurado em igualdade de oportunidades com as demais pessoas, por meio de identificação e de eliminação de todos os obstáculos e barreiras ao seu acesso. E quem são as pessoas com mobilidade reduzida? Até mesmo os obesos, idosos, gestantes, lactantes e pessoa com criança de colo podem se enquadrar neste conceito. Veja: IX pessoa com mobilidade reduzida: aquela que tenha, por qualquer motivo, dificuldade de movimentação, permanente ou temporária, gerando redução efetiva da mobilidade, da flexibilidade, da coordenação motora ou da percepção, incluindo idoso, gestante, lactante, pessoa com criança de colo e obeso. Observe que, para essas pessoas, há filas especiais, que normalmente são as primeiras, a fim de tentar minimizar os problemas decorrentes da redução de sua mobilidade. Imagine ficar com uma criança de colo numa fila longa. Fica a dica: Não entre em fila de banco ou mercado que não seja sua! Dê exemplo!!! A Lei n /2015 também conceitua as pessoas que assistem ou acompanham as pessoas com deficiência: XII atendente pessoal: pessoa, membro ou não da família, que, com ou sem remuneração, assiste ou presta cuidados básicos e essenciais à pessoa com deficiência no exercício de suas atividades diárias, excluídas as técnicas ou os procedimentos identificados com profissões legalmente estabelecidas; XIII profissional de apoio escolar: pessoa que exerce atividades de alimentação, higiene e locomoção do estudante com deficiência e atua em todas as atividades escolares nas quais se fizer necessária, em todos os níveis e modalidades de ensino, em instituições públicas e privadas, excluídas as técnicas ou os procedimentos identificados com profissões legalmente estabelecidas; XIV acompanhante: aquele que acompanha a pessoa com deficiência, podendo ou não desempenhar as funções de atendente pessoal. 19 de 72

20 Por fim, os últimos conceitos que destaco para você são os de residências inclusivas e de moradia para a vida independente. As primeiras têm caráter de assistência para aqueles deficientes que são dependentes, mas não têm vínculos familiares capazes de lhes dar suporte. A segunda é a moradia que proporciona serviços de apoio ao deficiente que ampliarão o seu grau de autonomia. Veja o conceito legal, no art. 3º da Lei n /2015: X Residências inclusivas: unidades de oferta do Serviço de Acolhimento do Sistema Único de Assistência Social (Suas) localizadas em áreas residenciais da comunidade, com estruturas adequadas, que possam contar com apoio psicossocial para o atendimento das necessidades da pessoa acolhida, destinadas a jovens e adultos com deficiência, em situação de dependência, que não dispõem de condições de autossustentabilidade e com vínculos familiares fragilizados ou rompidos; XI Moradia para a vida independente da pessoa com deficiência: moradia com estruturas adequadas capazes de proporcionar serviços de apoio coletivos e individualizados que respeitem e ampliem o grau de autonomia de jovens e adultos com deficiência. Falaremos do direito à moradia da pessoa com deficiência nas próximas aulas, mas, desde já, perceba que a pessoa com deficiência tem direito à moradia digna, no seio de sua família, em moradia para a vida independente ou em residência inclusiva. O poder público deve promover essas duas últimas formas de moradia. Confira a redação do art. 31 da Lei n /2015: Art. 31. A pessoa com deficiência tem direito à moradia digna, no seio da família natural ou substituta, com seu cônjuge ou companheiro ou desacompanhada, ou em moradia para a vida independente da pessoa com deficiência, ou, ainda, em residência inclusiva. 1 o O poder público adotará programas e ações estratégicas para apoiar a criação e a manutenção de moradia para a vida independente da pessoa com deficiência. 2 o A proteção integral na modalidade de residência inclusiva será prestada no âmbito do Suas à pessoa com deficiência em situação de dependência que não disponha de condições de autossustentabilidade, com vínculos familiares fragilizados ou rompidos. Esses eram os conceitos básicos necessários da Lei n /2015 para você ter uma compreensão exata da norma. 20 de 72

21 4. Da Igualdade e da não Discriminação O Capítulo II inaugura com o tema: igualdade e não discriminação. Se estamos falando de uma norma que promove a igualdade, é óbvio que a Lei n /2015 não admite nenhuma espécie de discriminação. Pelo contrário, o princípio que ilumina toda a lei, a partir da já mencionada Convenção Internacional sobre Direitos das Pessoas com Deficiência, é o da promoção da igualdade. Ao assinar esse tratado internacional, o Brasil assumiu o compromisso de tomar todas as medidas apropriadas para eliminar a discriminação baseada em deficiência, por parte de qualquer pessoa, organização ou empresa privada (artigo 4 o, item 1, alínea e, da Convenção). Além disso, o artigo 5 o da mesma Convenção assim dispõe sobre a igualdade e a não discriminação: Artigo 5 o Igualdade e não discriminação 1.Os Estados Partes reconhecem que todas as pessoas são iguais perante e sob a lei e que fazem jus, sem qualquer discriminação, a igual proteção e igual benefício da lei. 2.Os Estados Partes proibirão qualquer discriminação baseada na deficiência e garantirão às pessoas com deficiência igual e efetiva proteção legal contra a discriminação por qualquer motivo. 3.A fim de promover a igualdade e eliminar a discriminação, os Estados Partes adotarão todas as medidas apropriadas para garantir que a adaptação razoável seja oferecida. 4.Nos termos da presente Convenção, as medidas específicas que forem necessárias para acelerar ou alcançar a efetiva igualdade das pessoas com deficiência não serão consideradas discriminatórias. Para dizer a verdade, o Brasil nem precisava dessa Convenção para se obrigar a promover a igualdade e a não discriminação da pessoa com deficiência, o próprio art. 3º da Constituição determina que um dos objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil é o de IV promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação. 21 de 72

22 Ademais, o artigo 5º da nossa CF afirma, em seu caput, que todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza. Desse modo, constata-se que a própria Constituição aboliu em nosso Estado Democrático de Direito qualquer forma discriminatória em nossa sociedade, seja qual for a espécie de discriminação. Mas, estamos nesta aula para tratarmos da discriminação em razão da deficiência. E o que é discriminação em razão da deficiência? A Lei n /2015 nos trouxe a seguinte definição: Art. 4º, 1 o Considera-se discriminação em razão da deficiência toda forma de distinção, restrição ou exclusão, por ação ou omissão, que tenha o propósito ou o efeito de prejudicar, impedir ou anular o reconhecimento ou o exercício dos direitos e das liberdades fundamentais de pessoa com deficiência, incluindo a recusa de adaptações razoáveis e de fornecimento de tecnologias assistivas. Atente-se à palavra omissão! A discriminação se dará tanto pela ação como pela omissão proposital, que tenha o objetivo de prejudicar ou anular o reconhecimento ou o exercício dos direitos da pessoa com deficiência. A lei deixa claro que, dentre as formas de prejudicar ou anular os direitos da pessoa com deficiência está a recusa de adaptações razoáveis e de fornecimento de tecnologias assistivas. Essa recusa pode partir de um particular ou do próprio Estado. Incorrerá em uma discriminação aquele que se recusar a promover adaptações, modificações e ajustes necessários e adequados que não acarretarem ônus desproporcional e indevido para assegurar que a pessoa com deficiência possa gozar ou exercer, em igualdade de condições, os seus direitos (art. 3º, VI, da Lei n /2015). 22 de 72

23 Também incorrerá em discriminação aquele que deixar de inserir em seus produtos e serviços dispositivos tecnológicos que proporcionem o acesso da pessoa com deficiência a esses bens. Os conceitos de tecnologia assistiva e de adaptações razoáveis estão na Lei. Se você os esqueceu, volte e releia o art. 3º da Lei n /2015. Sua questão poderá vir com um caso concreto o qual exigirá que você saiba o conceito. Por isso, releia e grife! Interessante observar que a igualdade que a Lei n /2015 busca promover não é impositiva para a pessoa com deficiência. Como vimos acima, a proteção à essa pessoa é uma ação afirmativa que busca, em última análise, promover o resgate desse grupo discriminado para se implementar uma efetiva igualdade de direitos e de condições para o exercício desses direitos. Se determinada pessoa com deficiência não quiser se beneficiar desses direitos, ela não é obrigada. Nesse sentido, o 2º do art. 4º da Lei: 2 o A pessoa com deficiência não está obrigada à fruição de benefícios decorrentes de ação afirmativa. Assim, em um concurso público, por exemplo, se uma pessoa com deficiência não quiser se inscrever para as vagas reservadas aos portadores de necessidades especiais, ela concorrerá às vagas de ampla concorrência. Agora vamos falar do artigo 5º da Lei n /2015, ele trata da proteção da pessoa com deficiência. A pessoa com deficiência será protegida de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, tortura, crueldade, opressão e tratamento desumano ou degradante. 23 de 72

24 Esse artigo tem como vértice de sustentação também o art. 5º da CF/88 que afastou toda e qualquer forma de tortura ou outro mecanismo de redução da dignidade da pessoa humana. A Constituição é expressa ao afirmar que ninguém será submetido à tortura nem a tratamento desumano ou degradante (art. 5º, III). Também decorre de um princípio fundamental da República, qual seja, a dignidade da pessoa humana (art. 1º, III, da CF). Se o caput do art. 5º da Lei n /2015 é mais do mesmo, pois a proteção ali prevista encontra-se em várias outras normas, o mesmo não se pode dizer do seu parágrafo único. O parágrafo único traz um conceito superimportante, o de especialmente vulnerável. Se a pessoa com deficiência já é vulnerável e merece a proteção especial da Lei, mais proteção ainda merecem a criança, o adolescente, a mulher e o idoso portadores de deficiência. Vale destacar que vulnerável significa uma pessoa frágil e/ou incapaz, que possui condições sociais, culturais, políticas, étnicas, econômicas, educacionais e de saúde inferiores a outras pessoas. Interessante notar que a Convenção Internacional sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência já buscava uma proteção especial à mulher e à criança com deficiência. No ponto, os seguintes dispositivos do tratado internacional: Artigo 6 o Mulheres com deficiência 1. Os Estados Partes reconhecem que as mulheres e meninas com deficiência estão sujeitas a múltiplas formas de discriminação e, portanto, tomarão medidas para assegurar às mulheres e meninas com deficiência o pleno e igual exercício de todos os direitos humanos e liberdades fundamentais. 2. Os Estados Partes tomarão todas as medidas apropriadas para assegurar o pleno desenvolvimento, o avanço e o empoderamento das mulheres, a fim de garantir-lhes o exercício e o gozo dos direitos humanos e liberdades fundamentais estabelecidos na presente Convenção. 24 de 72

25 Artigo 7 o Crianças com deficiência 1. Os Estados Partes tomarão todas as medidas necessárias para assegurar às crianças com deficiência o pleno exercício de todos os direitos humanos e liberdades fundamentais, em igualdade de oportunidades com as demais crianças. 2. Em todas as ações relativas às crianças com deficiência, o superior interesse da criança receberá consideração primordial. 3. Os Estados Partes assegurarão que as crianças com deficiência tenham o direito de expressar livremente sua opinião sobre todos os assuntos que lhes disserem respeito, tenham a sua opinião devidamente valorizada de acordo com sua idade e maturidade, em igualdade de oportunidades com as demais crianças, e recebam atendimento adequado à sua deficiência e idade, para que possam exercer tal direito. Outro dispositivo do tratado relacionado à proteção especial aos vulneráveis com deficiência é o artigo 28, que prevê a promoção de um padrão adequado de vida às pessoas com deficiência e a criação, pelo Estado, de programas de proteção social e de redução da pobreza destinados às mulheres, crianças e idosos: 2. Os Estados Partes reconhecem o direito das pessoas com deficiência à proteção social e ao exercício desse direito sem discriminação baseada na deficiência, e tomarão as medidas apropriadas para salvaguardar e promover a realização desse direito, tais como: b) Assegurar o acesso de pessoas com deficiência, particularmente mulheres, crianças e idosos com deficiência, a programas de proteção social e de redução da pobreza. 5. Deficiência e Capacidade Civil Vimos acima que o conceito de pessoa com deficiência envolve, necessariamente, um impedimento de longo prazo de natureza física, mental, intelectual ou sensorial... (art. 2º). Muito cuidado com a nova redação do art. 4º, II, do Código Civil. Desde 2015, com a edição da lei em estudo (Lei n /2015), passou-se a considerar relativa- 25 de 72

26 mente incapaz aquele que, por causa transitória ou permanente, não possa exprimir sua vontade, veja: Art. 4 o. II: serão relativamente incapazes aqueles que, por causa transitória ou permanente, não puderem exprimir sua vontade. Observe que, o termo impedimento de longo prazo previsto nessa lei pode ser revertido em transitório ou permanente à luz do CC. Assim, o impedimento de natureza física, mental, intelectual ou sensorial, tanto o de longo prazo (pessoa com deficiência) como o de curto prazo, somente pode gerar a incapacidade relativa. Perceba que o art. 3º do Código Civil, define a incapacidade absoluta somente para o menor de 16 anos: Art. 3 o São absolutamente incapazes de exercer pessoalmente os atos da vida civil os menores de 16 (dezesseis) anos. Desse modo, não existe mais pessoa absolutamente incapaz que seja maior de idade, nem mesmo aqueles adultos que tenham severo problema mental de natureza permanente. Assim, não há que se falar mais em ação de interdição absoluta no nosso sistema civil, pois os menores não são interditados. Todas as pessoas com deficiência passam a ser, em regra, plenamente capazes para o Direito Civil, o que visa à sua plena inclusão social, em prol de sua dignidade. O portador de necessidade especial só será considerado relativamente incapaz (e não mais absolutamente incapaz) se ele não puder exprimir a sua vontade. A Lei n /2015, ao promover essa alteração no regime de incapacidade do Código Civil, buscou informar que a deformação não interfere na capacidade 26 de 72

27 civil plena do indivíduo. A deficiência não constitui presunção de uma incapacidade para a vida civil. Ao assim entender, a lei devolve ao indivíduo, à luz do princípio da dignidade da pessoa humana, a condição de detentora de sua própria vontade, dando-lhe para isso, a plenitude do exercício de seus direitos civis, patrimoniais e de existência, promovendo sua inclusão. Veja as palavras de Pablo Stolze: Em verdade, o que o estatuto pretendeu foi homenageando o princípio da dignidade da pessoa humana, fazer com que a pessoa com deficiência deixasse de ser rotulada como incapaz, para ser considerada em uma perspectiva constitucional isonômica dotada de plena capacidade legal, ainda que haja necessidade de adoção de institutos assistenciais específicos, como a tomada de decisão apoiada e, extraordinariamente, a curatela, para a prática de atos na vida civil (STOLZE, 2015, p. 2) Compare as redações dos arts. 3º e 4º do Código Civil antes e após a Lei n /2015 para que você compreenda a alteração no regime das incapacidades. Antes da Lei n /2015 Após a Lei n /2015 Art. 3 o São absolutamente incapazes de exercer pessoalmente os atos da vida civil: I os menores de dezesseis anos; II os que, por enfermidade ou deficiência mental, não tiverem o necessário discernimento para a prática desses atos; III os que, mesmo por causa transitória, não puderem exprimir sua vontade. Art. 4 o São incapazes, relativamente a certos atos, ou à maneira de os exercer: I os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos; II os ébrios habituais, os viciados em tóxicos, e os que, por deficiência mental, tenham o discernimento reduzido; III os excepcionais, sem desenvolvimento mental completo; IV os pródigos. Art. 3 o São absolutamente incapazes de exercer pessoalmente os atos da vida civil os menores de 16 (dezesseis) anos. Art. 4 o São incapazes, relativamente a certos atos ou à maneira de os exercer: (Redação dada pela Lei n , de 2015) (Vigência) I os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos; II os ébrios habituais e os viciados em tóxico; (Redação dada pela Lei n , de 2015) (Vigência) III aqueles que, por causa transitória ou permanente, não puderem exprimir sua vontade; (Redação dada pela Lei n , de 2015) (Vigência) IV os pródigos. 27 de 72

28 A partir dessa alteração, a pessoa com deficiência de ordem física ou psíquica não perderá sua capacidade civil, podendo tomar suas próprias decisões quanto aos atos da vida civil. Cristiano Chaves e Nelson Rosevelt nos dizem ainda que: Toda pessoa humana é especial pela sua simples humanidade, tenha, ou não, algum tipo de deficiência. Não se justifica em absoluto, impor a uma pessoa com deficiência o enquadramento jurídico como incapaz, por conta de um impedimento físico, mental, intelectual ou sensorial. Toda pessoa é capaz, em si mesma. E, agora, o sistema jurídico reconhece essa assertiva. Até porque, de fato, evidencia-se discriminatório e ofensivo chamar o humano de incapaz somente por conta de uma deficiência física ou mental. (FARIAS e ROSEVELT, p. 328) O art. 6º da Lei n /2015 reforça a conclusão acima exposta de que, em regra, os portadores de deficiência têm, sim, capacidade civil, pois informa que a deficiência não afeta a capacidade civil da pessoa. Esse dispositivo vai ainda mais além, pois apresenta um rol exemplificativo de atos da vida civil que são de livre autonomia da pessoa com deficiência. Confira o dispositivo: Art. 6 o A deficiência não afeta a plena capacidade civil da pessoa, inclusive para: I casar-se e constituir união estável; II exercer direitos sexuais e reprodutivos; III exercer o direito de decidir sobre o número de filhos e de ter acesso às informações adequadas sobre reprodução e planejamento familiar; IV conservar sua fertilidade, sendo vedada a esterilização compulsória; V exercer o direito à família e à convivência familiar e comunitária; e VI exercer o direito à guarda, à tutela, à curatela e à adoção, como adotante ou adotando, em igualdade de oportunidades com as demais pessoas. Desse modo, não se pode tirar da pessoa sua capacidade civil simplesmente porque ela é portadora de deficiência. O respeito ao seu poder de querer e decidir deverá prevalecer no atual ordenamento, salvo se demonstrado que o indivíduo não pode, por causa transitória ou permanente, exprimir sua vontade. 6. Dos Deveres de Todos Perante o Portador de Deficiência O art. 7º da Lei n /2015 trouxe um dever de vigilância geral aplicável a todos os cidadãos. Todos nós temos que comunicar às autoridades qualquer O conteúdo ameaça deste livro ou eletrônico violação é licenciado aos para direitos Nome do Concurseiro(a) da pessoa , com vedada, deficiência. por quaisquer meios e a qualquer título, 28 de 72

29 A lei pontuou, ainda, em seu parágrafo único, que, uma vez verificado pelos juízes e tribunais ofensa à lei em tela, as peças de informação deverão ser remetidas ao Ministério Público para que tome as providências para o fiel cumprimento da lei, inclusive na forma penal. Isso se dá em razão da função constitucional do MP como fiscal da lei, como autor da ação penal pública e como defensor dos interesses difusos e coletivos (art. 129, I e III, da Constituição). Assim, se em um processo judicial que discuta um divórcio, por exemplo, se constata que a parte desse processo portadora de deficiência esteja sofrendo algum abuso (violência, exploração, discriminação, crueldade, tortura etc.), o juiz tem o dever de enviar cópia desse processo para o MP. Leia, com atenção o dispositivo da Lei n /2015: Art. 7 o É dever de todos comunicar à autoridade competente qualquer forma de ameaça ou de violação aos direitos da pessoa com deficiência. Parágrafo único. Se, no exercício de suas funções, os juízes e os tribunais tiverem conhecimento de fatos que caracterizem as violações previstas nesta Lei, devem remeter peças ao Ministério Público para as providências cabíveis. Por fim, o último dispositivo que trata de um dever geral, mas agora não de todos e, sim, do Estado, da sociedade e da família, é o de assegurar a efetivação dos direitos das pessoas com deficiência. Assim, não é papel apenas do Estado assegurar e implementar os direitos dessas pessoas previstos na Lei n /2015, na Constituição Federal e da Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência. É dever também da sociedade e da família. Nesse sentido, é o art. 8º da Lei n /2015: Art. 8 o É dever do Estado, da sociedade e da família assegurar à pessoa com deficiência, com prioridade, a efetivação dos direitos referentes à vida, à saúde, à sexualidade, à paternidade e à maternidade, à alimentação, à habitação, à educação, à profissionalização, ao trabalho, à previdência social, à habilitação e à reabilitação, ao transporte, 29 de 72

30 à acessibilidade, à cultura, ao desporto, ao turismo, ao lazer, à informação, à comunicação, aos avanços científicos e tecnológicos, à dignidade, ao respeito, à liberdade, à convivência familiar e comunitária, entre outros decorrentes da Constituição Federal, da Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência e seu Protocolo Facultativo e das leis e de outras normas que garantam seu bem-estar pessoal, social e econômico. 7. Do Atendimento Prioritário Chegamos ao último ponto da nossa aula! No que tange ao atendimento prioritário, o art. 9º buscou facilitar a vida do portador de deficiência, dando-lhe prioridade em prontos socorros e instituições e serviços de atendimento ao público. Essa facilidade, obviamente, tem o propósito de promover a igualdade de acesso a bens e serviços à pessoa com deficiência, conforme orientação geral da Lei e da Convenção em foco. O art. 9º também destaca que o atendimento prioritário envolve a disponibilização às pessoas com deficiência de recursos, tanto humanos quanto tecnológicos, que garantam atendimento em igualdade de condições com as demais pessoas. Ademais, no que tange à mobilidade urbana, o atendimento prioritário envolve a disponibilização de pontos de parada, estações e terminais acessíveis de transporte coletivo de passageiros e garantia de segurança no embarque e no desembarque. Olhem que interessante! Ainda há atendimento prioritário no recebimento da restituição de imposto de renda, bem como na tramitação processual e procedimentos judiciais e administrativos em que for parte ou interessada, em todos os atos e diligências. Assim, aquele carimbo ou adesivo na capa do processo judicial de prioridade idoso também passa a ser recorrente quando o processo tem como parte ou interessada uma pessoa com deficiência. Nesse processo, você vai encontrar o seguinte carimbo ou adesivo: prioridade pessoa com deficiência. 30 de 72

31 Todos os itens de atendimento prioritário são extensivos ao acompanhante da pessoa com deficiência ou ao seu atendente pessoal, exceto a restituição de imposto de renda e a tramitação processual prioritária. Assim, o acompanhante tem direito à preferência de atendimento, a serviços públicos, a socorro, aos pontos de parada acessíveis etc. Para que nenhum detalhe do art. 9º da Lei n /2015 lhe escape, leia com atenção o dispositivo: Art. 9º A pessoa com deficiência tem direito a receber atendimento prioritário, sobretudo com a finalidade de: I proteção e socorro em quaisquer circunstâncias; II atendimento em todas as instituições e serviços de atendimento ao público; III disponibilização de recursos, tanto humanos quanto tecnológicos, que garantam atendimento em igualdade de condições com as demais pessoas; IV disponibilização de pontos de parada, estações e terminais acessíveis de transporte coletivo de passageiros e garantia de segurança no embarque e no desembarque; V acesso às informações e disponibilização de recursos de comunicação acessíveis; VI recebimento de restituição de imposto de renda; VII tramitação processual e procedimentos judiciais e administrativos em que for parte ou interessada, em todos os atos e diligências. 1º Os direitos previstos neste artigo são extensivos ao acompanhante da pessoa com deficiência ou ao seu atendente pessoal, exceto quanto ao disposto nos incisos VI e VII deste artigo. 31 de 72

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