LNEG 24/07/2018. Cláudio Monteiro FEUP
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1 LNEG 24/07/2018 Cláudio Monteiro FEUP
2 Que mecanismos de remuneração existem além dos FIT? Modelo feed-in tariff (FiT) Modelo feed-in premium (FiP) (premium: fix, variable, cap/floor) Modelo baseado em leilões Modelos de subsídios ao investimento e benefícios fiscais Autoconsumo e netmetering Remuneração em mercado Certificados Verdes e Garantias de Origem
3 Como avaliar se os modelos são eficazes e apropriados? Acarretam sobrecusto? Quem paga o sobrecusto? Promove as tecnologias desejáveis? Adapta-se à evolução de maturidade das tecnologias? Promove o investimento? Quem fica com os riscos e quem fica com as garantias? Que valor reverte para a sociedade? (ambiente, emprego, economia) Qual o timing ideal para a promoção? É necessário avaliar os custos e benefícios, para os diversos agente, ao longo do tempo, tendo em conta cenários de evolução. Qualquer que seja o modelo, o mecanismo de servir para mitigar os riscos do consumidor e não o contrário
4 Quanto custam as renováveis ao consumidor? Tendência para diminuir, convergindo para os preços de mercado grossista. Quanto mais baixo o preço de mercado maior é o sobrecusto. Quando maior a produção maior é o sobrecusto. Quanto mais exportamos maior é o sobrecusto. Modelo com garantias para produtores e risco para os consumidores.
5 Quanto custam as renováveis ao consumidor? O sobrecusto da PRE é cerca de 1000 milhões de euro por ano Supostamente este sobrecusto é um investimento dos consumidores para, no futuro, ter energia mais barata!!! Cerca de 1/3 é cogeração, a maior parte com gás natural. A eólica representa cerca de 45% A fotovoltaica representa apenas 10%, apesar de ser cara Os produtores e investidores em renovável já garantiram o benefício, ou grande parte dele. Mas os consumidores ainda vão ter que esperar mais uns anos.
6 Quais os consumidores que pagam as renováveis? O sobrecusto anual da PRE paga por cada tipo de consumidor O sobrecusto da PRE é pago pelos consumidores de BTN O sobrecusto anual da PRE, em percentagem da tarifa de acesso às redes A indústria (AT e MT), não é afetada. A competitividade e economia não é afetada. Podemos afirmar que o consumidor doméstico, através do seu investimento no sobrecusto de renovável: Suporta os custos ambientais da energia Apoia a competitividade da indústria; alimenta a indústria do setor Garante preços futuros de eletricidade mais estáveis para a economia nacional Suporta o desenvolvimento de tecnologias renováveis ainda imaturas
7 As Renováveis são viáveis sem subsídio? Estamos lá perto! Preço de eletricidade em BT Preço de eletricidade em MT Preço em mercado grossista Mas faz sentido valorizar as renováveis ao preço das fósseis?
8 % of total production % of total production % production CCGT (gás natural) As Renováveis fazem diminuir o preço em mercado grossista O excesso de renovável aumenta a volatilidade do preço Preço de Mercado ( /MWh) As renováveis tem, em mercado, um comportamento autodestrutivo, esmagam os seus próprios lucros, tornando o mercado insustentável. Renováveis (Wind+ ) Interligação
9 Produção média (MW) Os preços de mercado grossista não refletem os custos de produção, mas sim os custos de oportunidade Preço MIBEL ( /MWh) Preço de vazio Preço anormalmente baixo devido a excesso de renovável e produção não despachável, problema associados aos mínimos de geração, 8% do tempo Preço de ponta Preço anormalmente alto devido a falta de geração ou excesso anormal de consumo 8% do tempo
10 Como variam os preços de mercado grossista?
11 Como variam as produções renováveis?
12 Em mercado as renováveis não valem todas o mesmo!!! O MWh fotovoltaico vale mais 5 /MWh que o eólico!!!
13 É apenas uma ideia, não existe nada deste tipo a funcionar, mas tem todos os ingredientes para criar um sólido mercado natural de procura de eletricidade renovável. 1. Em vez de premiar a produção de renováveis, o modelo consiste em premiar o consumo de renováveis. Se consumir renováveis paga menos! Fica criada a força de procura em mercado! 2. Quem consome mais renováveis, recebe desconto na tarifa de acesso. Mais fração de renovável consumida dará mais desconto! Quem não consome renovável paga mais, mas por opção própria. 3. A redução na tarifa de acesso à rede permite pagar uma margem superior pela componente de energia da eletricidade de origem renovável. Sem prejuízo para o consumidor é criado valor adicional associado à eletricidade de origem FER. 4. O valor superior eletricidade de origem renovável propaga-se em toda a cadeia de valor, desde o consumidor, passando pelo comercializador, até ao produtor. Passa a haver uma forte procura de renovável em toda a cadeia, criando valor para todos.
14 A fração de renovável consumida pode ser criada e reconhecida de 3 formas: 1. Fração de energia renovável do sistema de produção nacional para o período considerado (mês, dia ou hora). Nas horas em que a fração de energia renovável na rede é elevada uma tarifa dinâmica de preço mais baixo incentiva a uma resposta de crescimento de consumo, sendo premiado na tarifa de acesso à rede, independentemente do preço de mercado grossista. 2. Fração de energia renovável com GO que o consumidor compra diretamente ao comercializador. Esta energia é adquirida pelo comercializador aos produtores de renovável por via de contratos bilaterais. Esta abordagem abre um novo mercado de energia verde sem sobrecusto, com grande potencial de crescimento. 3. Fração de energia renovável autoproduzida, premiando com uma redução na tarifa de acesso os consumidores que optem por soluções de produção renovável.
15 Uma abordagem deste tipo requer mudanças importantes nos sistemas de medição, monitorização, previsão de produção e especialmente na forma como são calculadas as tarifas de acesso à redes.
16 Simulação de como afetaria as tarifas de acesso às redes?
17 LNEG 24/07/2018 Cláudio Monteiro FEUP
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