Estudo executivo sobre transformação digital

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1 Estudo executivo sobre transformação digital O imperativo da transformação para pequenas e médias empresas de bens de consumo A tecnologia está a transformar o modo como as pequenas e médias organizações fazem negócio, e as empresas de bens de consumo (BC) não são exceção. Ferramentas digitais emergentes especialmente a Internet of Things, funções analíticas e mobilidade dão às empresas de BC a oportunidade de proporcionarem experiências cada vez mais personalizadas aos seus clientes, melhorarem a sua visibilidade e tempos de reação aos desafios de oferta e procura, e de lidarem com problemas de manutenção de produtos antes que aconteçam. O nosso inquérito global, levado a cabo em vários setores, demonstra que as empresas de BC com receita inferior a 1000 milhões de USD estão empenhadas na transformação digital e otimistas relativamente à recompensa dos seus esforços durante os próximos dois anos. Embora as pequenas e médias empresas de BC estejam mais ou menos equiparadas aos seus pares de outros setores na maioria dos aspetos da transformação digital, ficaram para trás quanto ao investimento em áreas como a IoT, Big Data/funções analíticas e plataformas de segurança. Devido ao papel importante que estas tecnologias emergentes deverão vir a desempenhar no setor, deve ser dada prioridade ao seu desenvolvimento. Felizmente, a investigação demonstra que as empresas de BC estão a dar cada vez mais atenção a muitas destas tecnologias, ilustrando o seu crescente empenho na transformação digital. Para aproveitar ao máximo estas novas tecnologias, as empresas de BC, tal como as de outros setores de atividade, precisam de preparar as suas organizações para mudanças abrangentes nos processos e nos fluxos de trabalho, e para lidarem com as lacunas de talentos que ameaçam impedir o progresso. 49% 59% 49% A transformação digital é importante ou crucialmente importante para a sobrevivência da nossa empresa. 48% 44% 57% Os nossos esforços de transformação digital permitem-nos competir mais eficazmente com grandes empresas.

2 As empresas de bens de consumo estão atrasadas no investimento em tecnologia A transformação digital gira em torno do sucesso da integração de tecnologias emergentes em todas as vertentes da empresa. Ainda assim, muitas empresas do setor ainda não colocaram a transformação no topo das prioridades como um plano estratégico. Tal como os seus pares de outros setores, as pequenas e médias empresas de bens de consumo têm menor probabilidade do que as empresas maiores de afirmarem que a transformação digital é uma meta empresarial central ( versus 87% as empresas de BC de maior dimensão). Enquanto algumas empresas mais pequenas podem estar presas a uma menor infraestrutura legada do que as empresas maiores e mais bem estabelecidas, a transformação continua a exigir uma abordagem definida para maximizar os seus benefícios. Até agora, e em comparação com empresas do mesmo tamanho de outros setores, as pequenas e médias empresas de BC dedicam menos atenção à tecnologia de vanguarda, especialmente em áreas como o Big Data, funções analíticas e plataformas de segurança. As empresas de BC mais pequenas são as que estão mais atrasadas, possivelmente devido a limitações orçamentais e de recursos. Entretanto, os gastos com mobilidade estão acima da média nas pequenas e médias empresas de BC, em comparação com as de outros setores, e o investimento na cloud fica perto do meio da tabela. Isto indica que as pequenas e médias empresas de BC continuam a concentrar a sua atenção na criação da infraestrutura básica da era digital as ferramentas fundamentais que funcionarão como plataformas de inovação para tecnologias mais avançadas, cruciais para o futuro destas empresas. Os atuais investimentos vão ajudar as empresas de BC a alcançarem os seus pares de outros setores: 75% afirmam que vão aumentar os gastos em Big Data e funções analíticas nos próximos dois anos versus 76% da globalidade, e 48% investirão mais em plataformas de segurança. Estas são medidas estratégicas num setor que depende da criação de relacionamentos com os consumidores através da compreensão dos seus desejos e necessidades, bem como da proteção das suas informações. As empresas de BC mais pequenas veem alguma urgência na necessidade de transformação digital. Têm maior probabilidade do que as maiores entre as pequenas e médias empresas do setor de afirmarem que a transformação é importante ou crucialmente importante para a sua atual sobrevivência (63% dos participantes com vendas entre 100 milhões e 250 milhões de USD afirmam isto versus 50% das que vendem entre 500 milhões e 1000 milhões de USD). P: Que tecnologias está a investigar mais intensamente, atualmente e dentro de dois anos? Os participantes podiam selecionar todas as respostas aplicáveis. ATUALMENTE DENTRO DE 2 ANOS Cloud Mobilidade Big Data e funções analíticas Internet of Things Plataformas de segurança Robótica Machine Learning/IA 3% 10% 6% 5% 9% 3% 10% 4% 18% 35% ATUALMENTE DENTRO DE 2 ANOS 47% 60% 65% 63% 64% 66% 61% 58% 56% 46% 51% 53% 48% 51% 75% 79%

3 Os investimentos em tecnologia devem apoiar as metas empresariais centrais Os esforços de transformação digital que envolvem os processos, as funções e as metas empresariais relacionados com investimentos em tecnologia vão afetar o desempenho das empresas. Talvez não seja surpreendente, devido à relativa falta de investimento, que a maioria das pequenas e médias empresas de BC ainda não tenham sentido uma mudança transformadora como resultado dos seus esforços digitais: apenas um quarto reportam melhorias drásticas em vendas e marketing, e ainda menos afirmam que sentiram uma mudança substancial ou transformadora na estratégia e planeamento (20%), nas operações (14%) ou noutras áreas da empresa. No entanto, a mudança está a caminho, já que a maior atenção dedicada à tecnologia deverá render dividendos nos próximos dois anos. As pequenas e médias empresas de BC esperam obter o maior valor em termos de satisfação e envolvimento do cliente (69% versus 63% nos outros setores), análise de dados (59% versus 54%), inovação (58% versus 57%) e simplificação dos processos internos (56% versus 53%). As pequenas e médias empresas de BC (as que têm receitas entre 250 milhões e e 500 milhões de USD) são as que têm expetativas de maior impacto da tecnologia. Também se espera que a atenção à tecnologia promova valor significativo em vendas e marketing, estratégia e planeamento e nas operações, durante os próximos dois anos. Quase metade das pequenas e médias empresas de BC obtêm grandes recompensas na cadeia logística uma área crucial do negócio para o setor. As empresas de BC consideram que o aumento da velocidade de lançamento no mercado e o desenvolvimento de novos produtos e serviços são os principais promotores da receita e do lucro durante os próximos dois anos, ainda mais do que nos outros setores. Esta melhoria das funções empresariais baseada em tecnologia apoiará as metas estratégicas centrais se conseguirem criar uma cultura que possibilite as mudanças necessárias. Para acertarem na transformação digital, as pequenas e médias empresas de serviços profissionais têm de tirar partido dos seus pontos fortes inerentes, como a agilidade e a capacidade de criarem uma cultura sólida de colaboração. Tal como os seus pares de outros setores, as empresas de bens de consumo têm de preparar as suas organizações para esta nova era, criando uma cultura digital, desenvolvendo estratégias de gestão da mudança e equipando os seus colaboradores com as plataformas de colaboração e tecnologia necessárias para colocar essa estratégia em ação. P: Em que medida espera que a digitalização mude as seguintes áreas da sua organização? Apresentam-se aqui combinadas as respostas Substancialmente e Será transformadora. 64% 53% 56% 57% 53% 49% 43% 25% 37% 33% 49% Vendas e marketing Estratégia e planeamento Operações Estrutura organizacional Cadeia logística Parcerias e ecossistemas

4 Criar uma cultura digital Para acertarem na transformação digital, as pequenas e médias empresas têm de tirar partido dos seus pontos fortes inerentes, como a agilidade e a capacidade de criarem uma cultura sólida de colaboração. Tal como as de outros setores, as pequenas e médias empresas de BC têm muito a fazer para prepararem as suas organizações para a era digital. As mudanças têm de começar ao nível dos colaboradores. As pequenas e médias empresas de BC afirmam que a falta de competências da força de trabalho é o principal obstáculo às suas iniciativas de transformação digital 53% colocam-na no top 3 dos maiores desafios, ainda à frente da falta de tecnologia plenamente desenvolvida (51%) e da escassez do orçamento (42%). As empresas de BC esperam que os seus investimentos em tecnologia ajudem a lidar com este desafio (fornecendo, por exemplo, ferramentas ou jogos online), através da renovação da formação de recursos da força de trabalho geral (63%) e de gestão (65%). O setor dos bens de consumo tem algumas necessidades específicas em termos de talentos. Competências de análise de dados, por exemplo, serão cruciais no futuro próximo das empresas de BC, por estarem sujeitas à pressão da necessidade de converterem, em informações com significado, quantidades maciças de dados provenientes de dispositivos e sensores. Também têm de encontrar e desenvolver trabalhadores e líderes capazes de colaborarem com outras funções, reformularem processos empresariais para refletirem novas tecnologias e adaptarem-se às exigências resultantes do trabalho com máquinas inteligentes. A maioria tem sido lenta na abordagem aos problemas com talentos; apenas 10% dizem ter estratégias bem desenvolvidas para envolverem os colaboradores, por exemplo. Além disso, muitas pequenas e médias empresas ainda têm estruturas organizacionais complexas e burocráticas que impedem que avancem com rapidez. Embora tenham a mesma probabilidade do que os seus pares de outros setores de afirmarem que os seus colaboradores obtêm valor devido à simplificação (e consequente maior rapidez) da tomada de decisões (69% versus 72% globalmente) e à redução da burocracia (60% versus 64%), há espaço para melhorar. P: Pensando nas tecnologias em que está a investir, em que medida espera que afetem a sua estratégia de capital humano e RH? Apresentam-se aqui combinadas as respostas Aumento mínimo e Aumento substancial. 65% 69% 63% 68% Renovação da formação dos recursos de gestão existentes Contratação de mais pessoal para a força de trabalho geral Contratação de mais pessoal para a gestão Renovação da formação dos recursos de força de trabalho geral existentes 39% 41% 33% 34% 31% 37% Criação de novas funções executivas

5 Conclusão As pequenas e médias empresas veem a transformação digital como uma questão de sobrevivência. A liderança das organizações de bens de consumo tem de continuar a concentrar os investimentos em tecnologia no conjunto de ferramentas emergentes que serão mais valiosas para os seus modelos de negócio durante os próximos dois anos, no desenvolvimento de processos e estratégias em torno da aplicação destas tecnologias e na criação de uma força de trabalho capaz de se adaptar a essas mudanças e às que se seguirão. Veja a história completa no nosso resumo executivo sobre pequenas e médias empresas. Sobre a investigação A Oxford Economics foi encarregada, pelo SAP Center for Business Insight, de realizar e analisar um inquérito junto de mais de 3100 executivos de todo o mundo sobre as oportunidades e os desafios que as empresas enfrentam quando tentam implementar a transformação digital. A nossa amostra inclui quase 2600 empresas com receitas inferiores a 1000 milhões de USD; 284 destas pequenas e médias empresas pertencem ao setor dos bens de consumo. Este documento inclui a nossa análise dos resultados do inquérito sobre bens de consumo. O trabalho de campo decorreu em 2017, através de entrevistas telefónicas assistidas por computador. Os participantes são de 17 países ou agrupamentos regionais, com uma amostra significativa de pequenas, médias e grandes empresas de cada área. As regiões geográficas abrangidas foram Brasil, México, Austrália/Nova Zelândia, Japão, Sudeste Asiático, Índia, Grande China, Canadá, Estados Unidos da América, Alemanha, Suíça, Rússia/Ucrânia, França, países nórdicos, Países Baixos, Reino Unido e Médio Oriente/Norte de África. As empresas inquiridas representam um conjunto de setores de atividade: bens de consumo, serviços profissionais, fabrico, retalho, banca/seguros, cuidados de saúde, tecnologia, administração pública e distribuição grossista. Documento traduzido pela SAP