O Terceiro Setor no Brasil: representatividade econômica, perspectivas e desafios da atualidade Adriana Barbosa
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- Baltazar Lage Carmona
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1 O Terceiro Setor no Brasil: representatividade econômica, perspectivas e desafios da atualidade Adriana Barbosa
2 Para início de conversa... Agradecimento inicial Sobre conhecer melhor PMI: referência e fonte de informações acerca da gestão de projetos para as entidades do terceiro setor. Sobre o convite ao CeMAIS 2
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4 CeMAIS O CeMAIS Centro Mineiro de Alianças Intersetoriais é uma associação privada sem fins lucrativos, qualificada como Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP) pelo governo de Minas Gerais desde dezembro de Criado à partir da inquietação de um grupo de pessoas que acreditavam na importância da articulação entre o Estado, o mercado e a sociedade civil organizada na construção de alternativas para a solução das complexas questões que envolvem a sociedade contemporânea. Se propõe a ser um centro de convergência dos três setores da sociedade para a formação de mão de obra, desenvolvimento e implementação soluções sociais. 4
5 Projetos 2010 Instituto de Governança Social Fomento à governança democrática e ao controle social Profissionalização da gestão de projetos sociais Parceria com a SEPLAG/MG Composição: Fortalecimento dos Conselhos Estaduais de Políticas Públicas Laboratório de Gestão do Sistema Único de Assistência Social LabSUAS Programa de Certificação em Boa Gestão das OSCIPs mineiras Fórum de Governança Social Conversando sobre Gestão Revista Governança Social
6 Projetos 2010 ProJovem Urbano Conclusão do ensino fundamental Qualificação profissional Experiências de participação cidadã Foco: jovens de 18 a 29 anos Gestão estadual do projeto do Governo Federal parceria com a SEDESE
7 Apoio à gestão do projeto Poupança Jovem Projetos 2010 Apoio técnico, capacitação e suporte das equipes municipais gestoras do projeto Oferta de cursos de qualificação Realização de seminários e eventos culturais, além de ações com foco no protagonismo juvenil
8 Projetos 2010 Selo de Responsabilidade Empresarial Identificação e valorização de empresas que contribuem para o desenvolvimento econômico das regiões dos Vales do Jequitinhonha, Mucuri, São Mateus e do Norte de Minas Concessão de um Selo para os que atendem os requisitos Parceria com o Idene/SEDVAN
9 Rede Participativa de Elaboração de Projetos Comunitários Projetos 2010 Capacitação de lideranças comunitárias para a elaboração e implementação de projetos Fortalecimento das redes sociais locais autoorganização Parceria com Sedvan/Idene
10 Fortalecimento dos Comitês de Bacias Hidrográficas (CBHs) Projetos 2010 Qualificação em gestão e desenvolvimento institucional dos Comitês Suporte técnico - planos estratégicos e de comunicação e elaboração de material de apoio Parceria com a SEMAD/MG
11 Elaboração de Planos de Sustentabilidade Socioambiental para Arranjos Produtivos Locais (APLs) Projetos 2010 Mapeamento das características de APLs Parte do Programa de Melhoria da Competitividade dos APLs, da FIEMG, em parceria com o Banco Interamericano de Desenvolvimento, o SEBRAE/MG e a Sectes Consórcio do CeMAIS com as empresas paulistas ORIGAMI e Apel
12 Projetos 2010 Ciclo de Fomento Mobilização social rumo ao desenvolvimento sustentável nos municípios Controle social e planejamento participativo Qualificação dos atores e coordenação das ações dos setores Discussão dos principais problemas locais
13 Mas afinal, o que é terceiro setor? PRIMEIRO SETOR: o Estado Ente com personalidade jurídica de direito público, encarregado de funções públicas essenciais e indelegáveis ao particular (justiça, segurança, fiscalização, políticas públicas, etc.). O SEGUNDO SETOR: as organizações do mercado Pessoas físicas ou jurídicas de direito privado, encarregadas da produção e comercialização de bens e serviços, tendo como escopo o lucro e o enriquecimento do empreendedor. 13
14 Mas afinal, o que é terceiro setor? TERCEIRO SETOR: congrega as organizações que, embora prestem serviços públicos, produzam e comercializem bens e serviços, não são estatais, nem visam lucro financeiro com os empreendimentos efetivados, estando incluídas aqui, portanto, as associações e fundações sem fins lucrativos. Usualmente é chamado de Terceiro Setor o conjunto das pessoas jurídicas sem fins lucrativos. 14
15 Mas afinal, o que é terceiro setor? 15
16 Mas afinal, o que é terceiro setor? 16
17 Mas afinal, o que é terceiro setor? Terceiro Setor como um conjunto de organizações e iniciativas privadas que visam a produção de bens e serviços públicos (Fernandes,1994) Ampliação do conceito de público como não exclusivamente sinônimo de estatal: público nãoestatal (Falconer, 1999) 17
18 Mas afinal, o que é terceiro setor? A dificuldade de denominação: organizações voluntárias, organizações não-governamentais (ONG s), organizações sem fins lucrativos, setor independente, sociedade civil organizada,... Essa multiplicidade de denominações apenas demonstra a falta de precisão conceitual, o que, por sua vez, revela a dificuldade de enquadrar toda a diversidade de organizações em parâmetros comuns (SIMONE COELHO,2000). 18
19 Mas afinal, o que é terceiro setor? 19
20 As fundação ou associação sem fins lucrativos no Brasil (IBGE) Dados do CEMPRE + Critérios de Caracterização: (i) privadas, não integrantes, portanto, do aparelho de Estado; (ii) sem fins lucrativos; (iii) institucionalizadas, isto é, legalmente constituídas; (iv) auto-administradas ou capazes de gerenciar suas próprias atividades; (v) voluntárias, na medida em que podem ser constituídas livremente por qualquer grupo de pessoas. 20
21 Principais resultados do estudo Em 2005 estavam registradas 338 mil Fundações Privadas e Associações sem Fins Lucrativos no Brasil; Empregavam 1,7 milhão de pessoas em todo o País; Salários médios mensais de R$ 1.094,44; Tempo médio de existência 12,3 anos; 21
22 Terceiro Setor em Números 42,4% delas se concentravam no Sudeste; Grande maioria de pequeno porte 79,5% (268,9 mil) delas não possuíam sequer um empregado formalizado. 22
23 Terceiro Setor em Números IBGE
24 Terceiro Setor em Números IBGE
25 Terceiro Setor em Números IBGE
26 Terceiro Setor em Números IBGE
27 Terceiro Setor em Números IBGE
28 Terceiro Setor em Números IBGE
29 Diagnóstico do Terceiro Setor de BH Iniciativa do CAO-TS / MP MG instituições: no contexto de associações ou fundações, sem fins lucrativos e de interesse coletivo 1343 entidades pesquisadas com sucesso Critérios: pessoa jurídica de direito privado, sem fins lucrativos, de interesse coletivo e que trabalhasse o desenvolvimento social 29
30 Diagnóstico do Terceiro Setor de BH Cerca de 3.2 milhões de reais movimentados 80% dos recursos aplicados em atividades finalísticas Alta concentração de recursos em um pequeno grupo de entidades 30
31 Diagnóstico do Terceiro Setor de BH Quando foram criadas? 31
32 Diagnóstico do Terceiro Setor de BH Área de atividade PRINCIPAL ÁREA DE ATIVIDADES Freqüência % Acum. % ASSISTÊNCIA SOCIAL ,8% 31,8% EDUCAÇÃO E PESQUISA ,7% 49,6% CULTURA ,0% 59,6% RELIGIÃO 119 9,1% 68,6% SAÚDE 96 7,3% 75,9% ESPORTE E LAZER 45 3,4% 79,4% DEFESA DE DIREITOS E ATUAÇÃO POLÍTICA 42 3,2% 82,6% ORGANIZAÇÕES DE BENEFÍCIOS MÚTUOS 32 2,4% 85,0% MEIO AMBIENTE E ANIMAIS 31 2,4% 87,4% EMPREGO E CAPACITAÇÃO 30 2,3% 89,6% DESENVOLVIMENTO E HABITAÇÃO 29 2,2% 91,9% SINDICATOS E ASSOCIAÇÕES PROFISSIONAIS 29 2,2% 94,1% COMUNICAÇÃO E MÍDIA 13 1,0% 95,0% INTERMEDIÁRIOS FILANTRÓPICOS E VOLUNTARIADO 9 0,7% 95,7% OUTRAS ÁREAS NÃO ESPECIFICADAS 56 4,3% 100,0% Total ,0% Fonte: Pesquisa de campo realizada em Belo Horizonte entre fevereiro e abril de
33 Diagnóstico do Terceiro Setor de BH Área de atividade 33
34 Diagnóstico do Terceiro Setor de BH Número de empregados 34
35 Diagnóstico do Terceiro Setor de BH Principais parceiros 35
36 Diagnóstico do Terceiro Setor de BH 36
37 Diagnóstico do Terceiro Setor de BH 37
38 Tendências e Perspectivas O aumento da participação política, o fortalecimento dos movimentos sociais e a ampliação do associativismo são considerados aspectos que contribuem para o avanço da democracia e para a conquista e a efetivação de direitos civis,políticos e sociais; Participação social como um dos elementos centrais na organização das políticas públicas ancorado em dois pilares principais: a institucionalização de mecanismos de representação de demandas e expressão de interesses junto ao Estado, com a criação de espaços de debate, deliberação e controle de políticas públicas, e a participação na execução dessas políticas (SILVA; JACOUD; BEGHIN, 2005). 38
39 Tendências e Perspectivas Ampliação de arranjos entre Estado e organizações da sociedade na implementação e na co-gestão de políticas públicas: ineficiência do Estado x necessidade de modernidade; Ampliação do número de políticas públicas estruturadas para serem executadas pelo Terceiro Setor (Assistência, Saúde, Projetos Estruturadores) Parcerias, alianças e coalizões 39
40 Tendências e Perspectivas Relação entre as organizações não governamentais e Estado: encontros baseados nos aspectos da formalidade, liberdade de expressão e condução política existentes na relação (Teixeira,2002) : encontro pressão encontro prestação de serviços encontro participativo. 40
41 Tendências e Perspectivas Reconhecimento da responsabilidade social por parte das organizações de mercado: terceiro setor como ferramenta e orientador Necessidade de colocar em prática os fundamentos da intersetorialidade, chamando para o protagonismo as representações do primeiro, segundo e terceiro setor, atuando em conjunto. 41
42 Desafios Dependência econômica com relação ao Estado: o risco da falta de isenção Necessidade de profissionalização x ausência de recursos para área meio Controle de resultados: dificuldade de avaliação de impacto Incerteza e descontinuidade: rotatividade de funcionários e perda da memória 42
43 Desafios Dificuldade de mensuração das ações: o uso de indicadores A necessidade das avaliações e transparência para os financiadores Controle de resultados: dificuldade de avaliação de impacto 43
44 Desafios -os procedimentos de controles tomam tempo e são uma tarefa tediosa; -há o temor de que a rotina estabelecida traga conseqüências negativas, tais como a perda do trabalho dos voluntários; -o controle é complexo e oneroso financeiramente, pois é feito por especialistas; -o controle toma tempo de trabalho real e, portanto, é considerado um luxo; -em termos de resultados, quantidade é mais importante que qualidade; -se os resultados do controle não são quantificáveis, a avaliação não se aplica. 44
45 Desafios Centralidade da questão financeira: dificuldades na captação de recursos e o fantasma da auto-sustentação Principais desejos: - Receber doações de recursos financeiros permanentes (61%); -Estabelecer alianças estratégicas (51,5%); - Melhorar a infra-estrutura (41,1%); - Receber doações de equipamentos (37,5%); - Elaborar projetos e captar recursos de incentivos fiscais (33,7%); - Redução de carga tributária (24,4%). 45
46 Desafios Falta de consciência de sua própria condição pelas entidades do Terceiro Setor, que não se percebem como um conjunto concreto e coeso; Criação de uma coleção de características comuns, para as organizações sem fins lucrativos brasileiras, que venham ao encontro de uma conceituação para o Terceiro Setor: uma questão recorrente; O crescimento do setor não tem sido acompanhado de pesquisas e estudos regulares e sistemáticos. 46
47 E como a gestão de projetos pode contribuir para a superação dos desafios e ampliação de oportunidades para o Terceiro Setor? 47
48 Adriana Barbosa Diretora Executiva Contatos: (31) (31)
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