As Leis da Sociedade de Informação Responsabilidade dos Internet Service Provider
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- Miguel da Rocha Taveira
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1 Leis Portuguesas na Sociedade da Informação 5, 6 e 7 de Dezembro de 2005 Ordem dos Advogados As Leis da Sociedade de Informação Responsabilidade dos Internet Service Provider Dr. Hugo Lança Silva Organização Apoio
2 As Leis da Sociedade de Informação Responsabilidade dos Internet Service Provider Por: Hugo Daniel Lança a Silva Lisboa, 06 de Dezembro Ordem Advogados
3 As Leis da Sociedade de Informação Os Internet Service Providers e o Direito: são criminosos, são cúmplices, c são parceiros da justiça, policias ou juízes?
4 As Leis da Sociedade de Informação I Os ilícitos na Internet II A Internet e o Direito III Reflexões sobre a lei do comércio electrónico IV - Conclusões
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16 As motivações da ilicitude na Rede - Falsa sensação de segurança; a; - Analfabetismo informático; - Anonimato na rede; - Desmaterialização dos conteúdos; - A globalização da Internet - Falta de legitimidade dos Estados
17 Internet e o Direito: Da anarquia à queda da utopia libertária ria - Internet-fobia inicial; - A Internet como espaço o natural de liberdade; - A crença a na auto-limita limitação do internauta; - A necessidade de regulamentação, não necessariamente regulamentação específica;
18 Primado da legalidade na Internet: a queda dos três mitos - A morte do ciber-cidadão cidadão - A trilogia: privacidade, anonimato, responsabilização - Liberdade de expressão vs Direitos Individuais
19 Em busca da solução possível: a regulamentação da rede - a net-etiqueta etiqueta como meio suficiente, baseada no primado da responsabilidade do utilizador; - lex electrónica nica,, definida como um direito espontâneo, não decorrente de soluções puramente estatais, mas nascida da regulamentação, consequência da própria pria utilização da Internet (Elsa Dias Oliveira). - a legislação estadual; - legislação internacional;
20 Em busca da solução possível: a regulamentação da rede A responsabilidade dos Internet Service Providers pelos conteúdos ilícitos gerados por terceiros Motivações ões: : argumento pragmático e económico: Argumento pragmático tico: : a dificuldade em responsabilizar os autores, escondidos no amplo manto do anonimato; Argumento económico mico: : os ISP, em regra, tem uma maior capacidade económica
21 Em busca da solução possível: a regulamentação da rede A responsabilidade dos Internet Service Providers pelos conteúdos ilícitos gerados por terceiros Contra-Indica Indicações: - A introdução de uma censura na rede, pelo receio de responsabilização dos conteúdos; - O aumento do preço o de utilização da Internet; - A diminuição dos padrões de crescimento da Internet
22 A Regulamentação Específica: análise ao Decreto-lei 7/2004 (Lei do Comércio Electrónico Filosofia da Directiva: - Facilitar o crescimento da utilização da Internet; - Inexistência de um dever de controlo por parte dos ISP; - Tendência para a não responsabilização dos ISP;
23 Regulamentação Específica: análise ao Decreto-lei 7/2004 (Lei do Comércio Electrónico Categorias de Internet Service Providers: ISP que se dedica ao simples transporte,, definido como o que prossiga apenas a actividade de transmissão de informações em rede, ou de facultar o acesso a uma rede de comunicações, sem estar na origem da transmissão nem ter intervenção no conteúdo das mensagens transmitidas nem na selecção destas ou dos destinatários; ISP que se dedica à armazenagem intermediária ria (caching) que é definido como a transmissão de comunicações em rede que não tenha intervenção no conteúdo das mensagens transmitidas nem na selecção destas ou dos destinatários e respeite as condições de acesso à informação ão. ISP que se dedica à armazenagem principal, entende-se a actividade de alojamento virtual, ou seja, colocar à disposição um espaço o no disco rígido do próprio prio servidor para hospedar um sitio criado por terceiro.
24 Regulamentação Específica: análise ao Decreto-lei 7/2004 (Lei do Comércio Electrónico Responsabilidade dos prestadores de serviços em rede Artigo 11.º Princípio da equiparação A responsabilidade dos prestadores de serviços em rede está sujeita ao regime comum, nomeadamente em caso de associação de conteúdos, com as especificações constantes dos artigos seguintes.
25 Regulamentação Específica: análise ao Decreto-lei 7/2004 (Lei do Comércio Electrónico Artigo 12.º - Ausência de um dever geral de vigilância dos prestadores intermediários rios de serviços Os prestadores intermediários rios de serviços em rede não estão sujeitos a uma obrigação geral de vigilância sobre as informações que transmitem ou armazenam ou de investigação de eventuais ilícitos praticados no seu âmbito.
26 Regulamentação Específica: análise ao Decreto-lei 7/2004 (Lei do Comércio Electrónico Artigo 14.º Simples transporte 1 - O prestador intermediário rio de serviços que prossiga apenas a actividade de transmissão de informações em rede, ou de facultar o acesso a uma rede de comunicações, sem estar na origem da transmissão nem ter intervenção no conteúdo das mensagens transmitidas nem na selecção destas ou dos destinatários, é isento de toda a responsabilidade pelas informações transmitidas. 2 - A irresponsabilidade mantém-se ainda que o prestador realize a armazenagem meramente tecnológica das informações no decurso do processo de trans-missão missão,, exclusivamente para as finalidades de transmissão e durante o tempo necessário para esta.
27 Regulamentação Específica: análise ao Decreto-lei 7/2004 (Lei do Comércio Electrónico Artigo 15.º Armazenagem intermediária ria 1 - O prestador intermediário rio de serviços de transmissão de comunicações em rede que não tenha intervenção no conteúdo das mensagens transmitidas nem na selecção destas ou dos destinatários e respeite as condições de acesso à informação é isento de toda a responsabilidade pela armazenagem temporária ria e automática, tica, exclusivamente para tornar mais eficaz e económica a transmissão posterior a nova solicitação de destinatários do serviço. 2 - Passa, porém, a aplicar-se o regime comum de responsabilidade se o prestador não proceder segundo as regras usuais do sector: a) Na actualização da informação; b) No uso da tecnologia, aproveitando-a a para obter dados sobre a utilização da informação. 3 - As regras comuns passam também m a ser aplicáveis se chegar ao conhecimento do prestador que a informação foi retirada da fonte originária ria ou o acesso tornado impossível ou ainda que um tribunal ou entidade administrativa com competência sobre o prestador que está na origem da informação ordenou essa remoção ou impossibilidade de acesso com exequibilidade imediata e o prestador não a retirar ou impossibilitar imediatamente o acesso..
28 Regulamentação Específica: análise ao Decreto-lei 7/2004 (Lei do Comércio Electrónico Artigo 16.º Armazenagem principal 1 - O prestador intermediário rio do serviço o de armazenagem em servidor só é responsável, nos termos comuns, pela informação que armazena se tiver conhecimento de actividade ou informação cuja ilicitude for manifesta e não retirar ou impossibilitar logo o acesso a essa informação. 2 - Há responsabilidade civil sempre que, perante as circunstâncias que conhece, o prestador do serviço tenha ou deva ter consciência do carácter cter ilícito da informação. 3 - Aplicam-se as regras comuns de responsabilidade sempre que o destinatário do serviço o actuar subordinado ao prestador ou for por ele controlado.
29 Regulamentação Específica: análise ao Decreto-lei 7/2004 (Lei do Comércio Electrónico Artigo 13.º Deveres comuns dos prestadores intermediários rios dos serviços Cabe aos prestadores intermediários rios de serviços a obrigação para com as entidades competentes: a) De informar de imediato quando tiverem conhecimento de actividades ilícitas que se desenvolvam por via dos serviços que prestam; b) De satisfazer os pedidos de identificar os destinatários dos serviços com quem tenham acordos de armazenagem; c) De cumprir prontamente as determinações destinadas a prevenir ou pôr termo a uma infracção, nomeadamente no sentido de remover ou impossibilitar o acesso a uma informação; d) De fornecer listas de titulares de sítios s que alberguem, quando lhes for pedido.
30 Regulamentação Específica: análise ao Decreto-lei 7/2004 (Lei do Comércio Electrónico Artigo 18.º - Solução provisória ria de litígios 1 - Nos casos contemplados nos artigos 16.º e 17.º,, o prestador intermediário rio de serviços, se a ilicitude não for manifesta, não é obrigado a remover o conteúdo contestado ou a impossibilitar o acesso à informação sós pelo facto de um interessado arguir uma violação. 2 - Nos casos previstos no número n anterior, qualquer interessado pode recorrer à entidade de supervisão respectiva, que deve dar uma solução provisória ria em quarenta e oito horas e logo a comunica electronicamente aos intervenientes..???
31 CONCLUSÕES Os Internet Service Providers são responsáveis pelos conteúdos que colocam na rede O ordenamento jurídico de forma inequívoca estabeleceu o princípio pio da irresponsabilidade dos ISP pelos conteúdos de terceiros, pelo que sós em casos excepcionais tipificados na lei é legítima a perseguição judicial dos prestadores de serviço o na Internet Concordamos! É nossa convicção que a ética de responsabilidade que deve nortear a vida em sociedade, tem como pedra angular a imputação dos factos aos verdadeiros autores e não se compadece com o embarcar nas teorias pragmático tico-utilitárias na primeira dificuldade. Mais. A solução fácil f de responsabilizar os ISP seria um propulsor da impunidade dos utilizadores izadores da Internet. Defende-se a intransigente defesa da privacidade na Internet, que se reconheça a o Direito ao anonimato na rede, mas pugne pela responsabilização dos infractores, não admitindo a cobardia informática
32 CONCLUSÕES Não escondemos que os ISP desempenham um papel cada vez mais activo no meio judicial; apenas sustentamos que devem recuperar o seu verdadeiro v papel na Sociedade de Informação; o papel de colaboradores da justiça, não de juízes, nunca de justiceiros Reputamos ser abusivo e pernicioso onerar e possibilitar que os ISP retirem, por sua livre iniciativa, conteúdos da rede. Esta é uma decisão que não pode ser discricionária, ria, nem motivada por fundados receios de uma co- responsabilização pelo teor dos mesmos Atribuir a uma Entidade Administrativa a prerrogativa de aplicar Direito a casos concretos é uma solução complexa, que deveria exigir um mais cuidado estudo. Não sem reservas, acatamo-la. No entanto, insurgimo-nos nos contra a solução legal de criar uma acumulação de competências na árdua e complexa tarefa de decidir quais os conteúdos que devem, ou não, permanecer na rede
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