PIRES VIEIRA GEOMETRIAS I & II E OUTROS OBJECTOS PICTÓRICOS 2009/ 2018

Transcrição

1 PIRES VIEIRA GEOMETRIAS I & II E OUTROS OBJECTOS PICTÓRICOS 2009/ 2018

2 MUSEU DA GUARDA 8 DE FEVEREIRO A 25 DE MAIO DE 2019

3 APRESENTAÇÃO É com enorme satisfação que acolhemos no Museu da Guarda um artista plástico com a qualidade de Pires Vieira. Nome consagrado há cerca de quatro décadas e reconhecido como um dos principais expoentes da pintura portuguesa contemporânea, tendo exposto nos mais conceituados centros de Arte - desde a Gulbenkian a Serralves, passando pelo MNAC-Chiado - num total de cerca de meia centena de mostras individuais, a presença da sua obra entre nós não só nos nobilita e enriquece, como nos dá a confiança necessária para prosseguirmos uma política cultural de aposta na qualidade desafiando uma vez mais as limitações decorrentes da distância dos grandes centros urbanos, que são muitas vezes mais políticas do que geográficas. Com efeito, pelo que me foi dado conhecer da planificação da exposição Geometrias I e II e outros objectos pictóricos, 2009/2018 o resultado não desmerecerá de outras mostras do artista e tem a vantagem de podermos oferecer em registos de proximidade aos nossos concidadãos da região da Guarda - sobretudo ao público escolar um Pires Vieira ao qual só teriam acesso precisamente nos museus fora do seu aro vivencial.

4 Este representa mais um passo para creditarmos a nossa vontade em fazer da cultura um dos nossos esteios de desenvolvimento, numa altura em que nos abalançamos convictamente numa candidatura à capitalidade europeia 2027, sendo que a estruturação do processo com qualidade - de que faz naturalmente parte esta magnífica exposição - já é um triunfo por si só. Felicito, pois, o artista Pires Vieira pelos fantásticos trabalhos com que nos brinda, agradecendo-lhe penhoradamente ter-se juntado a nós, nestes acometimentos em prol da cultura Álvaro dos Santos Amaro Presidente da Câmara Municipal da Guarda A GEOMETRIA COMO LINGUAGEM DA COR De uma ponta à outra enche-se o espaço aplainando tábuas. Rasga-se seda para aprender o ritmo. HERBERTO HÉLDER, Poesia Toda, 1990 Pires Vieira é daqueles nomes do panteão criativo português que todos os gestores de espaços museais desejam acolher; não apenas porque se trata de um consagrado - o arbítrio com que hoje em dia se elegem (e alcançam) os requisitos expositivos desatende não raro à paulatina construção de cada identidade museológica para fautorizar notabilidades tantas vezes falaciosas - mas porque quem teve o privilégio de acompanhar o seu singular itinerário inventivo, sabe que cada manifestação da sua verve criacionista respeita antes de tudo a um profundo e honesto exercício de genuinidade. O trânsito da sua produção por circuitos tão díspares quando heterogéneos, jamais respeita a pretensões promocionais imediatas e muito menos aos ditames daquela venalidade reconhecível em quem porfia em distinguir vivência de vitalidade. A capacidade de

5 Pires Vieira de provocar diálogos permanentes entre as suas obras faz emergir uma e outra vez dialetos novos sempre que habita pictoricamente um lugar, dando-nos as ferramentas para conhecer um léxico surpreendentemente versátil com o qual conseguimos construir depois toda uma metalinguagem a partir dos valores simbólicos que nos remetem simultaneamente tanto para um enquadramento espacial irreal como para uma desintegração conjuntiva. Assim, as suas Geometrias I assumem uma polissemia simbólica que configura sínteses quase alucinantes da própria figuração, garantindo tal verossimilhança à obra, que, onde quer que seja visível, ganha um estatuto de pertença, de domínio locativo, verdadeiramente inesperados. A cor, essa - que nos remete para um imaginário clássico, reconhecível - já assume esse papel ardilosamente subsidiário e complementar mas que acaba por entrar numa dimensão autónoma impercetível. E assim nos vemos forçados a recusar o imediato porque enganoso. Por outro lado, a ingerência do elemento escrito na composição remete-nos para uma dimensionalidade que já é mais do domínio da inteligibilidade do que da intuição. Pires Vieira faz-nos atentar - com algum humor ou talvez ironia - para o paradoxo que pressupõem por vezes as leis rígidas da semiótica: sendo todo o signo linguístico puramente artificial (uma vez que é arbitrária e convencional a relação entre significado e significante) o signo natural ou visual - ao contrário do que seria expectável - também o poderá ser se contraposto ao elemento cromático desfasado de intencionalidade ou desprovido de um propósito reconhecível. A frase ou a palavra reproduzida é vox nihili em arte: apenas têm valimento pela carga visual, sendo perfeitamente dispensável outra dimensão que não essa, de que é exemplo as séries Original painting (2006), Landscape (2005/6) ou Who is afraid of...? (2014). Já a criação de uma indistinção do protagonismo da cor e da intrusão geometrizante, enquanto elemento aglutinador que percorre as telas da série em apreço, que se reveza consoante a própria espacialidade envolvente se vai neutralizando, permite uma metamorfose volumétrica e é já objecto o que antes fora apenas plano. Tal mutação permite-nos uma análise inteiramente nova pois é outro já o jogo plástico, a dimensionalidade e a carga simbólica. É este último estádio que nos permite reavaliar a impressionante unicidade do conjunto e descobrir a valia parcelar que lhe esteve na origem. Eis-nos por conseguinte perante uma exposição de impacto inquestionavelmente avassalador, pela inesgotável capacidade de entabular diálogos multíplices com uma teatralidade espacial seguramente decisiva para que não menorize um criativo maior, autor

6 de uma obra sólida e maturada. Todavia, suponho que esta redefinição comportamental permite que a parte dessa obra que o artista quis trazer ao Museu da Guarda, assume uma originalidade inegável e faz inteiramente jus a essa capacidade regeneradora e redefinidora de que só Pires Vieira é capaz. João Mendes Rosa Director do Museu da Guarda

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8 Reproduzimos aqui o texto de Leonor Nazaré O Passado Nunca nos dá Férias, publicado em Pires Vieira. Série Geometrias, Edição Fundação Portuguesa das Comunicações, A autora acrescenta-lhe, nesta edição, uma página referente à presente exposição, que mostra, para além do trabalho a que se refere o texto de 2017, duas outras séries, uma anterior a essa e outra posterior, recente e inédita: Geometrias II. No início dos anos 90, Pires Vieira abandona as questões da pintura que se procura e refere a si própria em sucessivas experiências formais (e que desenvolvia desde os anos 70), para assumir a presença da memória e da história pessoais nas obras. Nos anos 2000, o artista encontra uma espécie de síntese equilibrada entre a componente analítica e programática inicial e a força da subjectividade artística, de modos variados e extensíveis, por vezes, às três dimensões: realiza uma pintura em campo alargado, com materiais, jogos espaciais e verbais combinados, e na qual a convocação da história da arte, da pintura expressionista aos legados mais teóricos da arte conceptual, passando pela herança da psicanálise (natural ao movimento Supports-Surface com o qual se identifica nos primeiros anos do seu trabalho), coexiste com a medida do corpo na pintura em que se projecta, com obsessão e violência codificadas, com tempo subjectivo e espaço simbólico. O PASSADO NUNCA NOS DÁ FÉRIAS Na verdade, a partir de 2002, o assunto da sua arte volta a ser a própria pintura, mas de um modo renovado: alimentado pela assunção do gosto e das referências autorais, pela reflexão museológica, pelos valores sensoriais do óleo e pelo apelo sensível, tanto quanto pelo design e pela cultura Pop, pela palavra, pela citação elaborada ou pela ironia crítica.

9 Monet, citado nesta exposição, fora já convocado em vários momentos: a sua marcação de uma passagem à modernidade, que prefere o valor háptico da superfície à ilusão da perspectiva ou da figuração, surge associada à exaltação vibrante de uma Natureza generosa na cor, na delicada beleza dos nenúfares, na luz, no preenchimento de um horizonte de visão que é tão próximo e tão alargado à grande escala, que nos inunda, submerge e aquieta, como se ouvíssemos o rumor surdo dos seus matizes e odores à distância de um passo. Essa natureza disciplinada e tranquila opõe-se diametralmente à natureza grandiosa e temível, ou apenas fascinante, das paisagens de August Strindberg. Este autor é chamado à colação pela primeira vez, no trabalho de Pires Vieira; uma exposição no Musée d Orsay em 2002 terá retido a sua atenção: as orlas marítimas e as florestas, o dramatismo dos contrastes e a vastidão inóspita, a riqueza intensa das cores e a figuração da luz, o sentimento da nossa pequenez diante do universo, que muitos associaram ao princípio estético do Sublime. Trazer para dentro da obra e, em particular desta série, estas duas formas distintas de conversar com a Natureza e com a História da Arte 1 permite preencher um campo alargado da sensibilidade e de referências visuais da contemplação tranquila à inquietação, do calor ameno ao frio intempestivo, da proximidade à distância, dos recintos circunscritos aos grandes horizontes, do plano frontal à profundidade perspectivada, da cor festiva às tonalidades densas e contaminadas, da modernidade na pintura à intemporalidade da matriz romântica. Os modos são próximos dos de vários outros trabalhos: vejamse, por exemplo, aqueles que mostrou recentemente na Casa da Cerca 2 : o óleo aplicado a espátula em ocupação total e matérica da superfície; a citação desviada (com alteração de cores e proporções); a composição múltipla e geométrica de conjuntos de pequenas telas que uma barra preta, em polígonos fechados ou abertos ou em simples linha recta interrompe e reúne como uma linha de força estruturante e ao mesmo tempo estranha aos territórios que atravessa e que, de algum modo, violenta: opõe-se à sua liquidez e elasticidade, impõe agregação à sua qualidade informe. O quadrado escuro que remata por vezes uma sequência, no topo ou num dos extremos, e no qual lemos palavras em tom também escurecido atribui, à percepção dos conjuntos, uma ressonância malevitchiana e minimal inevitável. Há, nesta série, outros modos operativos, não propriamente técnicos, mas decorrentes das opções formais, que são transversais a toda a obra de Pires Vieira: a vontade de mobilizar a percepção e desafiar os códigos do olhar e da interpretação por exemplo, 1 Curiosamente, há uma pintura de Strindberg, Wonderland (1894), que se aproxima do tratamento da paisagem de Monet 2 Na exposição Musas inspiradoras, Casa da Cerca, verão de 2016

10 iludir o acesso, prometer uma proximidade que há-de ser perturbada por factores inesperados; a tendência para reificar segmentos emotivos ou ideias-chave cristalizando anotações verbais descontextualizadas, atribuindo tridimensionalidade, exacerbando a plasticidade de modo a sobrepor o peso da forma ao do conteúdo; o recurso à repetição e/ou seriação como insistência da forma na inscrição duradora de impressões tácteis e visuais tendo em conta, simultaneamente, a sedução estética e a disciplina, a vida própria e singular de um trabalho, mas também uma linguagem codificada da pintura. O passado nunca nos dá férias diz algures o artista numa entrevista. O futuro chega a este trabalho escondido num verso de um poema de Björk, que serigrafa sobre tela: One day / When you re ready/ One day, One day / When you re up to it, mas o resto fica elidido: The atmosphere /Will get Lighter /And two suns ready/ to shine just for you // One day / It will happen / One day. One day/ It will all make sense. E é sempre tão difícil conseguir que a vida faça sentido, ou encontrar um sentido. a suspensão no mistério, a descoberta dos detalhes decisivos, o cruzamento de planos pessoais e colectivos, psíquicos e físicos, humanos e não humanos, na síntese poética: Emotional landscapes / they puzzle me / The riddle gets solved / And they push me up to this. A grandeza do mundo fica para lá do que o planeta nos oferece, para lá dos mares e planícies; ela abarca o firmamento, as constelações, a infinitude e a ciclicidade da noite: When your eyes pause on the ball / That hangs on the third branch from the star / You remember why it is dark / And why it gets light again. Strindberg pintou sobretudo paisagens de memória, reteve a iminência do escuro ou da agitação luminosa no horizonte, uma linha de rebentação e a vastidão inóspita. The Lonely One (1892) figura uma árvore deixada sozinha na planície, simbolizando tanto do que pode ser a condição humana. A pintura do dramaturgo, amante de música, também traz à obra de Pires Vieira esse acorde longínquo, mantido em baixo contínuo, num trabalho que precisa de esclarecer a cada passo o âmago da sua própria vitalidade. Tal como em Strindberg (ou Pier Kierkeby, ou Olafur Eliasson) Pires Vieira encontra nos textos das canções de Björk uma mesma relação (nórdica) com a imensidão da Natureza a projecção interior, a leitura emocional sublimada, o fascínio e a rendição, 14 de Novembro de 2016, Leonor Nazaré

11 As séries, no meu trabalho, são como uma galeria de retratos, aos quais poderá ser necessário voltar, para confirmar o que se havia identificado ou para lhe acrescentar o que antes parecia ter sido ignorado afirma Pires Vieira 3 Na nova série aqui exposta, Geometrias II, o formato rectangular e regular da tela única é reencontrado em pinturas que retomam, em boa parte, o vocabulário da série Geometrias, de 2017, apresentado na Fundação para as Comunicações 4. Quatro factores as distinguem: a ausência de texto, o movimento tendencialmente abstracto da matriz paisagística, ainda reconhecível, a abertura sistemática dos polígonos desenhados por uma barra preta e a divisão da superfície em quatro fatias horizontais que quebram a continuidade da representação. Estes dois últimos elementos conjugados adquirem particular importância: a unidade surge dividida (o que faz da natureza, artifício e ecrã) e a divisão interrompe a cintilação, entretanto reconduzida à unidade pela geometria. Os polígonos abertos trazem inquietação e movimento às paisagens que agregam, como ímanes ou atractores estranhos sobre a cor vibrante do mundo, pondo em risco, em arrastamento, em trânsito, em descolagem, as massas informes de água, fogo, vegetação e luz. 3 Pires Vieira em Entrevista por Leonor Nazaré, in Leonor Nazaré, Pires Vieira. A Obra, ed. de autor, Cf. catálogo respectivo: Pires Viera. Série Geometrias, Edição Fundação Portuguesa das Comunicações, 2017; catálogo da exposição realizada de 10 de Janeiro a 4 de Março de 2017, com texto de Leonor Nazaré.

12 E se, como diz, a paisagem de Monet é para si o início de tudo, a sua pintura dos últimos anos é retorno a ela, sob a forma de homenagem e citação, apropriação e fuga, memória e deriva, respeito e liberdade. A referência a Barnett Newman, na origem da série Who s Afraid of Red, Yellow and Blue 5, resulta de uma mesma inclinação reverencial mas subversiva, humorística mas exigente consigo mesma, diante de outro grande expoente da História da pintura no século XX. E a partir dele, de Mondrian, de De Stijl ou do minimalismo americano. As caixas acrílicas escritas com a abertura de cada letra na superfície branca da tinta remontam a 2005 (por exemplo nas séries Landscape ou Between Death and Life). Nesta série, Pires Vieira homenageia a cor e a matéria da pintura, e um dos seus protagonistas, ao mesmo tempo que comenta, sobrepõe e intelectualiza o processo. A festa dos sentidos traz sempre consigo uma culpa, uma obrigação, um ligeiro sarcasmo. A História é uma dádiva e um colete-de-forças; a linguagem também: diz-se o que já foi dito, arquiva-se, repete-se, em reinterpretação contínua. Na mesma entrevista 6, escreve o artista: Penso que o caminho da pintura avança no sentido de não ser praticável a apropriação, sem um percurso inicial de referenciação histórica das práticas. A apropriação a seco não é mais possível, porque a atitude contemplativa foi substituída por um olhar reflexivo, um olhar que convoca outras experiências, outras imagens, outras diferentes maneiras de dizer e de fazer. Juntas, estas três séries de trabalhos permitem apreender as várias facetas de um mesmo movimento, que leva Pires Vieira do encantamento pictórico ao exercício conceptual, passando pelo sincretismo exaltado a que se tem dedicado, em sucessivas translações cromáticas, geométricas e referenciais. 5 Título duma série famosa de quatro pinturas de Barnett Newman, realizadas entre 1966 e Cf. Nota 1

13 PIRES VIEIRA - da pintura à pintura, de Mariana Castro e Sílvio Santana, 2014

14 We here reproduce the text of Leonor Nazaré The Past Never gives us holidays, published in Pires Vieira. Geometries Series, Portuguese Communications Foundation Edition, In this publication the author adds a page referring to this written presentation which shows, in addition to the work to which the text of 2017 refers, two other series, one prior to this and a recent and unpublished one: Geometries II. In the early 1990s, Pires Vieira abandoned the themes he had pursued in a series of formal experiments (which he had worked on since the 1970s) concerned with a painting that investigated and referred to itself, and began to introduce personal memory and stories in his works. THE PAST NEVER GIVES US A DAY OFF In the 2000s, the artist found a kind of balanced synthesis between that initial analytic and programmatic element and the power of artistic subjectivity. His methods varied and would sometimes be applied in three dimensions: he produced painting in an expanded field, combining materials and spatial and verbal games, in which evocation of the history of art, from expressionist painting to the more theoretical repercussions of conceptual art, by way of the legacy of psychoanalysis (integral to the Supports/Surfaces movement with which he identified in the early years of his work), coexists with the dimension of the body in the painting in which it is projected, with codified obsession and violence, with subjective time and symbolic space. In fact, from 2002 onwards, the subject of his art once again became his own painting, but in a new way: supplemented by the introduction of personal taste and references, by museological reflection, by the sensory qualities of oil and by the appeal to the senses, as well as by design and Pop culture, by the word, by elaborate quotations, and by

15 critical irony. Monet, quoted in this exhibition, had already been evoked on various occasions: his marking of a passage to modernity, which favoured the haptic value of the surface over the illusion of perspective or figuration, appears associated with the vibrant exaltation of a Nature generous with colour, with the delicate beauty of water lilies, with light, with the repleteness of a visual horizon that is so close and amplified onto such a scale, that it drowns us, submerges us, and calms us, as if we heard the muffled rumble of its shades and scents from just a step away. This ordered, tranquil nature is the diametric opposite of the grandiose and terrifying, or just enthralling, nature in August Strindberg s landscapes. This is the first reference to this creator in Pires Vieira s work; an exhibition at the Musée d Orsay in 2002 caught his attention: the coastline and forests, the drama of the contrasts and the inhospitable vastness, the intense richness of the colours and the depiction of light, the sense of our smallness within the universe, commonly associated with the aesthetic principle of the sublime. Bringing these two different forms of dialogue with nature and with the history of art 1 into the work makes it possible to fill an expanded field of sensibility and visual references from calm contemplation to unease, from gentle warmth to sudden cold, from closeness to distance, from enclosed spaces to vast horizons, from the frontal plane to perspectival depth, from festive colour to dense and contaminated tones, from modernity in painting to the timelessness of the romantic model. The approaches are similar to those in various other works, such as those recently exhibited at the Casa da Cerca 2 : oil paint applied with a spatula, totally and materially covering the surface; the skewed quotation (altering colours and proportions); the multiple and geometric composition consisting of groups of small canvases interrupted and joined by a strip of black, in closed or open polygons or in simple straight lines, like a line of force that is structuring and at the same time alien to the territories that it crosses and, in a way, violates: it opposes their liquidity and elasticity, it imposes aggregation on their formless quality. The dark square that sometimes marks the end of a sequence, at the top or at one of the edges, with words in an equally darkened tone, confers an inevitable Malevichian and minimalist resonance on our perception of the groups. There are other operational methods in this series that are not strictly technical but the result of formal options, which run throughout Pires Vieira s work: the desire to activate perception and challenge the codes of seeing and interpreting deceptively offering access, promising a 1 Interestingly, there is a painting by Strindberg, Wonderland (1894), that shows similarities to Monet s approach to landscape 2 In the exhibition Musas inspiradoras, Casa da Cerca, summer 2016

16 closeness only to interrupt it with unexpected factors; the tendency to reify emotive segments or key ideas crystallising decontextualised verbal annotations, attributing three-dimensionality, exaggerating visuality in such a way that form outweighs content; the use of repetition and/or series creating an insistence of form in the lasting inscription of tactile and visual impressions while simultaneously taking into account aesthetic seduction and discipline, the work s own and unique life, but also a codified language of painting. The past never gives us a day off the artist once said in an interview. The future comes to this work hidden in the verse of a poem by Björk, which the artist screen-prints onto canvas: One day / When you re ready / One day, One day / When you re up to it, but the rest is omitted: The atmosphere / Will get Lighter / And two suns ready / to shine just for you // One day / It will happen / One day / it will all make sense. Getting life to make sense, or finding a meaning, is always so difficult. they push me up to this. The vastness of the world goes beyond what the planet presents us with, beyond seas and plains; it encompasses the firmament, the constellations, infinity and the cyclical nature of night: When your eyes pause on the ball / That hangs on the third branch from the star / You remember why it is dark / And why it gets light again. Most of Strindberg s landscapes were painted from memory, retaining the imminence of darkness or the luminous tumult of the horizon, a shoreline and the inhospitable vastness. The Lonely One (1892) depicts a tree left standing alone on a plain, symbolising so much of what could be the human condition. The painting by the playwright, a music lover, also brings to Pires Vieira s work this distant chord, sustained in basso continuo, in a work that at every step needs to clarify the core of its own vitality. In Björk s lyrics, Pier Vieira finds the same (Nordic) relationship with the vastness of nature as with Strindberg (or Pier Kierkeby, or Olafur Eliasson): internal projection, sublimated emotional reading, fascination and surrender, the suspense of mystery, the discovery of decisive details, the meeting of personal and collective, psychic and physical, human and non-human planes, in poetic synthesis: Emotional landscapes / they puzzle me / The riddle gets solved / And 14 November 2012, Leonor Nazaré

17 The series, in my work, are like a gallery of portraits to which we may need to return to confirm what was identified or to add what previously seemed to have been ignored - says Pires Vieira 3 In the new series here presented, Geometrias II, the rectangular and regular format of the canvas is rediscovered in paintings which take up, in most cases, the vocabulary of the series Geometrias of 2017, presented in the Foundation for Communications 4. Four aspects distinguish them: the absence of text, the most likely and still recognizable abstract movement of the landscape matrix, the systematic opening of polygons drawn by a black bar and the partition of the surface into four horizontal slices that break the continuity of representation. These last two elements are of particular significance: unity is divided (what makes nature, artifice and screen) and division interrupts the scintillation, for the time being brought back to unity by geometry. Open polygons bring discomfort and movement to the landscapes that they aggregate, just like magnets or strange attractors on the vibrant colors of the world, putting at risk by dragging in transit or in taking off the masses of water, the fire, the vegetation and the light. 3 Pires Vieira in Interview by Leonor Nazaré, in Leonor Nazaré, Pires Vieira. The Work, ed. by the author, As disclosed in the corresponding catalog: Pires Vieira. Geometrias Series, Portuguese Communications Foundation Edition, 2017; catalog of the exhibition held from January 10 to March 4, 2017, with text by Leonor Nazaré.

18 And if, as he says, Monet s landscape is for him the beginning of everything, his painting of the last years is a return to this, in the form of homage and quotation, appropriation and escape, memory and drift, respect and freedom. has been replaced by a reflective look which convenes other experiences, other images and other different ways of saying and doing. The allusion to Barnett Newman, author of the series Who s Afraid of Red, Yellow and Blue 5 comes, before another great exponent of the History of painting in the twentieth century, from the same reverential but subversive predisposition, entertaining but demanding of itself. And from him, Mondrian, De Stijl or from the American minimalism. The acrylic boxes written with the opening of each letter on the white surface of the ink, go back to 2005 (for example in the series Landscape or Between Death and Life). All together, these three series of works allow us to apprehend the numerous aspects of the same movement, which leads Pires Vieira from the pictorial enchantment to the conceptual exercise through the exalted syncretism to which he has dedicated himself, in successive chromatic, geometric and referential translations. Writes the artist in the same interview 6 : I think that the pathway of painting advances in the logic that appropriation is not attainable without an initial lane of historical reference of practices. Arid appropriation is no longer possible, because the thoughtful attitude 5 Title of a famous series of four paintings of Barnett Newman made between 1966 and As disclosed in Note 1.

19 [1] SÉRIE GEOMETRIAS II 2017 / 2018

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23 SÉRIE GEOMETRIAS I 2015 / 2016 [8]

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30 SÉRIE WHO IS AFRAID OF...? 2014 [17]

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34 SÉRIE UNE IMAGE PEUT EN CACHER UNE AUTRE 2011 [27]

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36 [32] [33] [34]

37 [35] SÉRIE POLÍGONOS IRREGULARES SOBRE UM TEMA DE MONET 2009 [36] [37]

38 [39] [40] [38] [41]

39 [42] LIVROS DE ARTISTA 2016 / 2018

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42 LISTA DE OBRAS SÉRIE GEOMETRIAS II 2017 / 2018 [1] Geometrias II, óleo s/ tela, 2018, 152 x 180 cm [2] Geometrias II, óleo s/ tela, 2018, 152 x 180 cm [3] Geometrias II, óleo s/ tela, 2017, 152 x 180 cm [4] Geometrias II, óleo s/ tela, 2018, 152 x 180 cm [5] Geometrias II, óleo s/ tela, 2018, 152 x 180 cm [6] Geometrias II, óleo s/ tela, 2017, 152 x 180 cm [7] Geometrias II, óleo s/ tela, 2018, 152 x 180 cm SÉRIE GEOMETRIAS I 2015 / 2016 [8] Geometrias I I love your eyes, óleo s/ tela, 2015, 105,5 x 102 cm (mav) [9] Geometrias I I m a fountain of blood, óleo s/ tela, 2016, 137 x 181 cm (mav) [10] Geometrias I One day it will happen, óleo s/ tela, 2015, 93 x 75,5 cm (mav) [11] Geometrias I It is slipery, óleo s/ tela, 2016, 175 x 172,5 cm (mav) [12] Geometrias I In a forrest pitch dark, óleo s/ tela, 2016, 226,5 x 95,5 cm (mav) [13] Geometrias I While I crawl, óleo s/ tela, 2016, 181 x 226 cm (mav) [14] Geometrias I He demands, óleo s/ tela, 2015, 93 x 99 cm (mav) [15] Geometrias I When your eyes, óleo s/ tela, 2016, 50 x 303,5 cm (mav) [16] Geometrias I In burning flowers, óleo s/ tela, 2016, 179 x 151,5 cm (mav) SÉRIE WHO IS AFRAID OF...? 2014 [17] Who is afraid of...?, óleo s/ tela, 2014, 70 x 100 cm [18] Who is afraid of...?, óleo s/ tela, 2014, 70 x 100 cm [19] Who is afraid of...?, óleo s/ papel, 2014, 70 x 100 cm [20] Who is afraid of...?, óleo s/ papel, 2014, 70 x 100 cm [21] Who is afraid of...?, óleo s/ papel, 2014, 70 x 100 cm [22] Who is afraid of...?, óleo s/ papel, 2014, 70 x 100 cm [23] Who is afraid of...?, óleo s/ papel, 2014, 70 x 100 cm

43 [24] Who is afraid of...?, óleo s/ papel, 2014, 70 x 100 cm [25] Who is afraid of...?, óleo s/ papel, 2014, 70 x 100 cm [26] Who is afraid of...?, óleo s/ papel, 2014, 70 x 100 cm SÉRIE UNE IMAGE PEUT EN CACHER UNE AUTRE 2011 [27] Une image peut en cacher une autre, óleo s/ papel, 2011, 70 x 100 cm [28] Une image peut en cacher une autre, óleo s/ papel, 2011, 70 x 100 cm [29] Une image peut en cacher une autre, óleo s/ papel, 2011, 70 x 100 cm [30] Une image peut en cacher une autre, óleo s/ papel, 2011, 70 x 100 cm [31] Une image peut en cacher une autre, óleo s/ papel, 2011, 70 x 100 cm [32] Une image peut en cacher une autre, óleo s/ papel, 2011, 70 x 100 cm [33] Une image peut en cacher une autre, óleo s/ papel, 2011, 70 x 100 cm [34] Une image peut en cacher une autre, óleo s/ papel, 2011, 70 x 100 cm SÉRIE POLÍGONOS IRREGULARES SOBRE UM TEMA DE MONET 2009 [35] Polígonos irregulares sobre um tema de Monet, óleo s/ papel, 2009, 50 x 65 cm [36] Polígonos irregulares sobre um tema de Monet, óleo s/ papel, 2009, 50 x 65 cm [37] Polígonos irregulares sobre um tema de Monet, óleo s/ papel, 2009, 50 x 65 cm [38] Polígonos irregulares sobre um tema de Monet, óleo s/ papel, 2009, 50 x 65 cm [39] Polígonos irregulares sobre um tema de Monet, óleo s/ papel, 2009, 50 x 65 cm [40] Polígonos irregulares sobre um tema de Monet, óleo s/ papel, 2009, 50 x 65 cm [41] Polígonos irregulares sobre um tema de Monet, óleo s/ papel, 2009, 50 x 65 cm LIVROS DE ARTISTA 2017 / 2018 [42] Janelas um, borracha e óleo s/ tela (21 páginas / 9 pinturas), 2017 / 2018, 59 x 45 cm [43] Janelas, borracha e óleo s/ tela (33 páginas / 15 pinturas), 2017 / 2018, 52 x 52 cm

44 Portrait of Pires Vieira #1, 2015 Mariana Castro

45 PIRES VIEIRA Nasceu no Porto em Vive e trabalha no Estoril. Estudou Arquitectura e Urbanismo, na Escola Superior de Belas Artes de Paris e na Faculdade de Paris VIII, em França. Exposições Individuais 1971 Galeria Alvarez (Porto) Galeria de Arte Moderna/ SNBA (Lisboa) Galeria Quadrante (Lisboa) 1973 Galeria de Arte Moderna/ SNBA (Lisboa) 1974 Meta-Texturas Galeria de Arte Moderna/ SNBA (Lisboa) Des-Construções, Galeria Quadrante (Lisboa) 1975 Série Matisse, Rothko, Ad Reinhardt Galeria de Arte Moderna/ SNBA (Lisboa) Instalação Galeria Opinião (Lisboa) 1976 Ensaios para a Construção do Espaço da Pintura Galerie L Oeil, 2000 (Paris) Galeria Quadrum (Lisboa) 1984 Galeria Quadrum (Lisboa) Galeria do Jornal de Notícias (Porto) 1985 Série Regresso a Sefard Galeria Quadrum (Lisboa) 1986 Série Varsóvia após Masada SNBA (Lisboa) 1987 Palácio do Egipto/ C.M.O. (Oeiras) 1988 Série Alinhamentos Biblioteca Nacional (Lisboa) 1989 Galeria Roma e Pavia (Porto) Série Alinhamentos sobre um tema de Matisse, Galeria Alda Cortez (Lisboa) 1990 Galeria Alda Cortez (Lisboa) 1992 Galeria Pedro Oliveira (Porto) 1994 Museu Nacional de Arqueologia (Silves) Galeria Pedro Oliveira (Porto) O Sistemas dos Objectos Instalação/ Rua Direita (Cascais) Aproximação a um Inventário dos Desejos Reprimidos / Galeria Graça Fonseca 1995 Mostruários / Galeria J.M.Gomes Alves (Guimarães) Pinturas 76/83 Galeria Pedro Oliveira (Porto) 1996 Vestiário, Galeria Graça Fonseca (Lisboa) 1998 Galeria J.M.Gomes Alves (Guimarães) 1999 Série Talk to me, Centro Arte Moderna, Fundação Calouste Gulbenkian (Lisboa) Camuflagens, Galeria Cesar (Lisboa) 2001 Da Fragmetação do Olhar (Primeiro Arquivo), Galeria Gomes Alves, (Guimarães) Da Fragmentação do Olhar (Segundo Arquivo), Porta 33 (Funchal/ Madeira) As the Book says we can cut with the past but the past cannot cut with us Galeria Cristina Guerra (Lisboa) 2004 Galeria Mário Sequeira (Braga) 2005 Galeria Gomes Alves, Série Mockba, trabalhos em papel, (Guimarães) Círculo de Artes Plásticas de Coimbra Mockba e Between Death and Life 2008 Pavilhão Branco, Museu da Cidade (Lisboa) Galeria 102/100 Grande Arquivo (Castelo Branco) 2009 Appleton Square (Lisboa) 2013 Faites vos Jeux, Rien Va Plus, Museu de História Natural, Sala do Veado (Lisboa) 2014 Loja Alexandra Moura, Lançamento do livro Pires Vieira - A Obra de Leonor Nazaré MNAC/ Chiado e Fundação Carmona e Costa, Pires Vieira - Uma Antologia, da Pintura à Pintura (Lisboa) 2015 Une image peut en cacher une autre, Espaço Bulthaup/ Chiado (Lisboa) Who is Afraid of...?, Museu de História Natural, Sala do Veado (Lisboa) 2017 Geometrias I, Fundação/ Museu das Comunicações, (Lisboa) 2019 Geometrias II, Museu da Guarda, (Guarda) Trash - Lixo de Artista, Museu Berardo - CCB (Lisboa) em preparação Exposições Colectivas: (selecção) 1969 IV Salão Nacional de Arte/ Galeria Nacional de Arte Moderna/ Museu Nacional Soares dos Reis (Lisboa e Porto) XV Salão de Outono/ Junta de Turismo da Costa do Sol, (Estoril) Prémio do Salão

46 1970 VIII Salão de Arte Moderna/ Junta de Turismo da Costa do Sol, (Estoril) Medalha de Prata º Salão de Arte de Lagos / Museu Regional (Lagos) Salão de Verão/ SNBA (Lisboa) III Bienal Internacional dês Deporte En Las Belas Artes (Barcelona, Espanha) 1972 Exposição 72/ SNBA Bienal de Ibiza (Espanha) Exposição Gal. Quadrante, Estremoz e Évora IV Salão de Arte Moderna da Cidade de Luanda (Angola) 1973 Exposição 73/ SNBA (Lisboa) Salão de Março/ SNBA (Lisboa) 1974 Salão Perspectiva 74/ SNBA (Lisboa) Foire aux Arts Plastiques, (Mazamet, França) 1975 Abstração - Hoje/ SNBA (Lisboa) 1976 Pena de Morte, Tortura, Prisão Política, SEC/ SNBA (Lisboa, Évora, Estremoz) Arte Moderna Portuguesa, Museu de Lund (Lund, Suécia) Cultura Portuguesa em Madrid (Madrid) Arte Portuguesa Contemporânea (Brasília, S.Paulo,Rio de Janeiro) VIII Festival International de la Peinture (Cagnes-sur-Mer, France) Exposição de Arte Moderna Portuguesa, Salão de Verão/ SNBA (Lisboa) Alguns Aspectos da Vanguarda Portuguesa, Galeria Quadrum (Lisboa) Pintores Contemporâneos de Portugal, Centro de Arte Euro Americano (Caracas, Venezuela) Arte Portoghese Contemporanea, Galeria Nazionale d Arte Moderna, (Roma, Itália) Art Portuguais Contemporain, Musée d Art Moderne de la Ville de Paris (Paros, França) 1977 I Exposição Nacional de Gravura, FCG (Lisboa) Alternativa Zero, Galeria Nacional de Arte (Lisboa) Arte Fiera 77, Quadrum Galeria de Arte, (Bolonha, Itália) 1978 Gravura Portuguesa Contemporânea (Brasil) Exposição de Arte Moderna/ SNBA (Lisboa) 1982 Aspectos da Arte Abstracta Portuguesa 70/80 / SNBA (Lisboa) Colectiva/82 - Galeria Quadrum (Lisboa) Exposição de Desenho e Gravura/ SNBA (Lisboa) I Exposição Ibérica de Arte Moderna Campo Maior e Cáceres) I Exposição ARUS de Arte Moderna (Porto,Lisboa) II Bienal de Chaves (Chaves) 1983 Perspectivas Actuais da Arte Portuguesa / SNBA - Lisboa 1984 II Mostra de Artes Plásticas (Lagos) Homenagem a Almada Negreiros Ministério da Cultura (Lisboa) 11 Jovens Pintores Portugueses / Instituto Alemão (Lisboa, Porto) A Gaveta do Artista/ SNBA (Lisboa) 1985 II Bienal Nacional de Desenho/ Palácio de Cristal/Cooperativa Árvore (Porto) I Bienal dos Açores (S.Miguel, Açores) ( Menção Honrosa) 1986 Novas Tendências do Desenho/ SNBA (Lisboa) III Mostra de Artes Plásticas/ Fundação Calouste Gulbenkian (Lisboa) V Bienal de Vila Nova de Cerveira Exposição AICA-PHILAE 86/ SNBA (Lisboa) III Bienal de Artes Plásticas (Lagos) Prémio de Aquisição 10 Quadros para o ano 2000 / Casa Varela (Lisboa) 1987 II Bienal dos Açores (1º Prémio) As últimas Décadas/ Museu Luís de Camões (Macau) 70/80 Arte Portuguesa (S. Paulo, Rio de Janeiro, Brasil) I Bienal de Sintra (Sintra) 1988 IV Bienal de Artes Plásticas (Lagos) 70/80 Art in Portugal (Pensilvânea, EUA) Bicentenário do Ministério das Finanças (Lisboa, Porto) Fórum de Arte Contemporânea/ Galeria Quadrum/ Fórum Picoas (Lisboa) Anos da Galeria Quadrum (Lisboa) Obras de Arte de Colecções/ Fórum Maia (Maia) 1992 Arte Portuguesa 1992, Kunsthalle Dominkanerkirche (Osnabruck, RFA) 1994 Exposição África Amiga / Caixa Geral de Depósitos (Lisboa) Quando o Mundo nos Cai em Cima - Arte no Tempo da Sida/ CCB (Lisboa) Galeria J.M.Gomes Alves (Guimarães) 1995 Arte Moderna II /Culturgest - Caixa Geral de Depósitos (Lisboa) 1997 A Arte, o Artista e o Outro, Fundação Cupertino de Miranda, (V.N. Famalicão) Forum Atlântico, Pontevedra, (Corunha, Espanha)

47 Perspectiva: Alternativa Zero, Fundação de Serralves, (Porto) Galeria Cesar, (Lisboa) 1998 Galeria Cesar (Lisboa) Alternativa Zero, (Palermo, Itália) III Bienal AIP, (Vila da Feira) 2000 Aquisições e Doações, Museu do Chiado (Lisboa) /80, Anos de Normalização Artística nas Colecções do Museu do Chiado Museu Francisco Tavares Proença (Castelo Branco) 2004 Meio Século de Arte Portuguesa, Museu do Chiado (Lisboa) Anos de Arte Portuguesa - Fundação Calouste Gulbenkian (Lisboa) Anos 60, momentos transformadores Museu do Chiado (Lisboa) 2009 Anos 70 - Atravessar Fronteiras CAM, Fundação Calouste Gulbenkian (Lisboa) 2010 Um Percurso - Dois Sentidos, Museu do Chiado (Lisboa) Linguagem e Experiência. Obras da Colecção da Caixa Geral de Depósitos, Centro Cultural Palácio do Egipto, (Oeiras), Museu Grão Vasco (Viseu), Museu de Aveiro (Aveiro) 2011 Museu Berardo/ CCB, Exposição Permanente (1969/2010), (Lisboa), Museu do Chiado, Arte Portuguesa do Séc.XX, 1960/2010, (Lisboa) 2012 Nova Apresentação da Exposição Permanente, CAM, Galeria 1, FCG, (Lisboa) 2013 Exposição Permanente da Colecção do MNAC, Museu do Chiado (Lisboa) Relicário 3, Galeria Pedro Oliveira, (Porto) 2014 Histórias: Obras da Colecção de Serralves, Museu Casa de Serralves, (Porto) 2015 Musas Inspiradoras, Casa da Cerca, (Almada) 2016 Portugal em Flagrante, Operação 2, Museu Calouste Gulbenkian, Colecção Moderna (Lisboa) 2018 Colecção de Serralves, Novas Linhas, Imagens, Objectos, Museu de Serralves, Porto Linha, Forma, Côr, Obras da Colecção Berardo- Museu/Colecção Berardo, Lisboa Arte Portuguesa, Razões e Emoções, MNAC/Chiado, Lisboa Contra a Abstracção, Obras da Colecção da Caixa Geral de Depósitos, Centro de Artes e Cultura de Ponte de Sor Colecções Públicas Fundação de Serralves Museu Nacional de Arte Contemporânea (MNAC)/ Chiado Centro de Arte Moderna/ Fundação Calouste Gulbenkian Caixa Geral de Depósitos/ Culturgest Colecção/ Museu Berardo Ministério das Finanças Fundação PMLJ Câmara Municipal do Porto

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