REUNIÃO ORDINÁRIA REALIZADA NO DIA 23 DE AGOSTO DE

Transcrição

1 ATA N.º 16/2012 REUNIÃO ORDINÁRIA REALIZADA NO DIA 23 DE AGOSTO DE 2012 Aos vinte e três dias do mês de agosto do ano de dois mil e doze, nesta vila de Oliveira de Frades, edifício dos Paços do Município e salão nobre, reuniu a Câmara Municipal de Oliveira de Frades reunião ordinária com a presença do senhor presidente: Luís Manuel Martins de Vasconcelos e dos senhores vereadores: Arménio da Silva Florindo, Elisa Margarida Ferraz Ferreira de Oliveira, António Bernardino Tavares Lopes Nunes e Porfírio António Sousa Carvalho Declarada pelo senhor presidente aberta a reunião nove horas e vinte minutos a Câmara deu início aos trabalhos com a análise dos seguintes assuntos, conforme a respetiva ORDEM DO DIA: PERÍODO ANTES DA ORDEM DO DIA Não houve intervenções APROVAÇÃO DA ATA DA REUNIÃO ANTERIOR Como já tinha sido entregue fotocópia da ata da reunião anterior, realizada no dia 09 de agosto, a todos os senhores vereadores foi posta à discussão e votação, tendo sido aprovada, por maioria, com duas abstenções do senhor presidente e do senhor vereador António Bernardino RESUMO DIÁRIO DA TESOURARIA Presente o resumo diário de tesouraria, respeitante ao dia anterior, verificou-se existir em poder do tesoureiro os seguintes valores: ,98 (seiscentos e cinquenta e quatro mil, cento e vinte e sete euros e noventa e oito cêntimos) de operações orçamentais e ,77 (duzentos e um mil, quatrocentos e quarenta e dois euros e setenta e sete cêntimos) de operações não orçamentais PAGAMENTOS Não houve pagamentos superiores ao valor de cento e cinquenta mil euros RATIFICAÇÃO DE PARECER DE COMPROPRIEDADE RELATIVO À INFORMAÇÃO N.º 170/ A Câmara ratificou, por unanimidade, o parecer favorável referente à constituição de compropriedade emitido pelo senhor vice-presidente, na sequência do requerimento apresentado pelo senhor Nuno António Martins Correia, com sede na Rua Dr. Guilherme Coutinho (Praceta), freguesia e concelho de Vouzela, na qualidade de notário, referente aos seguintes prédios: terreno a cultura com 20 videiras, com a área total de 1750,00 m 2, inscrito na matriz sob o artigo n.º 245, denominado Rossadas, sito no lugar de Paredes de Gravo; terreno a mato, com a área total de 150,00 m 2, inscrito na matriz sob o artigo n.º 411, denominado Cantarinhas, sito no lugar de Paredes de Gravo; terreno a pinhal e videiras, com a área total de 90,00 m 2, inscrito na matriz sob o artigo n.º 422, denominado Cantarinhas, sito no lugar de Paredes de Gravo; terreno a pinhal e mato, com a área total de 750,00 m 2, inscrito na matriz sob o artigo n.º 430, denominado Tapado Velho, sito no lugar de Paredes de Gravo; todos da freguesia de Pinheiro de Lafões ALDRABAR: RATIFICAÇÃO DE AUTORIZAÇÃO DE ALARGAMENTO DE HORÁRIO

2 A Câmara ratificou, por unanimidade, o despacho do senhor presidente que autorizou o estabelecimento Aldrabar, propriedade de Oásis, Snack bar, Lda., sito em Oliveira de Frades, a prolongar o horário de funcionamento do respetivo estabelecimento, do dia 18 de agosto, até às 04:00 horas do dia seguinte PEDIDO DE PARECER: VII RALI DE PORTUGAL HISTÓRICO Presente um ofício da Câmara Municipal de Cascais a solicitar a aprovação do percurso da prova: VII Rali de Portugal Histórico, que decorrerá entre os dias 09 e 13 de outubro de 2012, de acordo com o Decreto Regulamentar n.º 2-A/2005, de 24 de março. Para o efeito, anexa o Regulamento da prova Feitos os devidos esclarecimentos pela senhora vereadora Elisa Oliveira e não havendo nada a opor à passagem da referida prova nas estradas sob jurisdição do Município, a Câmara deliberou, por unanimidade, dar parecer favorável INFORMAÇÃO N.º 22/2012 GAS: APOIO PARA EXECUÇÃO DE FOSSA SÉPTICA ESTANQUE Presente a ordem de execução n.º 318/2012 referente à deliberação do órgão executivo de , em que foi manifestada a intenção de construir uma fossa séptica estanque, por administração direta, ao senhor Luís Ferreira Almeida e à D. Angélica Malhado Carvalho Almeida, residentes em Cajadães, Freguesia de S. Vicente de Lafões, após cabimentação da verba envolvida Presente a informação de cabimento correspondente: DESP.: OE 318/2012/ A Câmara deliberou, por maioria com o voto contra do senhor vereador Porfírio Carvalho, construir a fossa séptica estanque em causa EXERCÍCIO DO DIREITO DE PREFERÊNCIA EM PROCESSO DE ALIENAÇÃO DE AÇÕES Presente um ofício do Município da Sertã a informar que detém uma participação de 1% do capital social da Municípia Empresa de Cartografia e Sistemas de Informação, EM, SA. Assim, como pretende proceder à alienação integral da sua participação financeira, questiona do interesse da Autarquia em adquirir a totalidade ou parte das ações A Câmara deliberou, por unanimidade, não adquirir ações, por não estar interessada no aumento da sua posição no capital da empresa PEDIDO DE CORTE DE ESTRADA PARA A REALIZAÇÃO DE DIVERTIMENTO PÚBLICO: EXIBIÇÃO DE CARRINHOS DE ROLAMENTOS Retirado para solicitar parecer ao gabinete jurídico INFORMAÇÃO/PARECER N.º 142:31/07/2012 GJ: CAMINHO EM PAREDES DE GRAVO Presente uma carta do senhor Manuel Dias Pereira e da D. Maria Rosa Augusto Pereira, residentes no Cabêço de Corte, Paredes de Gravo, a dar conhecimento do acórdão do Supremo Tribunal de Justiça que declarou público o caminho no lugar do Cabeço da Corte e que os condenou a repô-lo no seu estado anterior, anexando para o efeito o referido acórdão. Neste seguimento, requerem o seguinte à Câmara Municipal e a Junta de Freguesia de Pinheiro: tomem medidas conjuntas no sentido de informar os peticionantes se e onde (parte do seu prédio e muro) podem e devem movimentar terras e fazer desembocar na variante o caminho antigo e com que medidas, bem como se se propõem a defesa de superiores interesses das populações, que colidam com aqueles que os peticionantes se preparam para satisfazer, sob pena de 151

3 execução (que se supõe de prestação de facto não líquido ou determinado, se V. Exas. não colaborarem na sua determinação, em local e medidas) Presente o ofício da Junta de Freguesia de Pinheiro a informar que atendendo à vontade expressa dos subscritores do abaixo-assinado (anexo) e à vontade dos órgãos executivo e deliberativo é de se manter a utilização do caminho atual, no entanto, existindo uma decisão judicial é dever alertar e prevenir para consequências irremediáveis futuras. Acrescenta que os serviços técnicos do Município já se pronunciaram e, nesse sentido, apela para a solução mais correta e funcional, evitando possíveis acidentes, pois qualquer abertura no cruzamento, ou perto do mesmo, irá originar sérios riscos a toda a circulação. Anexa ofício enviado ao senhor Manuel Dias Pereira e à D. Maria Rosa Augusta Pereira Presente a informação/parecer n.º 127/2012 do chefe de divisão da Unidade Orgânica Flexível de Planeamento, Urbanismo e Ambiente, José Paulo Loureiro, com o assunto: Levantamento topográfico cruzamento entre a EM617 em Paredes de Gravo e o antigo caminho Fiais Seixa, a qual se transcreve: Quando da realização da variante em Paredes de Gravo, parte do caminho Paredes de Gravo Fiais/Seixa, foi absorvido pelo alargamento da plataforma de estrada Podemos concluir que a referida entrada ao caminho foi deslocada cerca de 40.00m para Sul, tendo o Município feito as obras de infraestruturas necessárias, designadamente, a colocação de um aqueduto. Em termos de segurança, esta inserção ficou bastante mais aberta, embora a sua acessibilidade deva ser apenas destinada a veículos de tração animal ou tratores agrícolas. Acresce ainda dizer que, qualquer solução de retorno à situação inicial é impossível, pois a variante ocupa parte de faixa do caminho, e a possível inserção aproxima-se muito da rotunda aí implantada Em anexo, junta-se o levantamento topográfico da situação atual, não havendo vestígios visuais da situação anterior à intervenção. Apresenta-se um traçado no caminho antigo, que foi recolhido nos projetos de execução da estrada variante em Paredes de Gravo, realizadas à época Presente a Informação/Parecer n.º 142 da técnica superior, Teresa Maia, com o assunto: Caminho em Paredes de Gravo/Acórdão do STJ/Pedido de desafetação, a qual se transcreve: Na sequência do requerimento apresentado pelo Senhor Manuel Dias Pereira, dando conhecimento ao Município do acórdão do Supremo Tribunal de Justiça que declarou público o caminho no lugar de Cabeço da Corte e que o condenou a repô-lo no seu estado anterior, solicitando a autorização do Município para a reconstituição do troço final do caminho que irá desembocar na variante ou, então, a desafetação do referido troço, cumpre-me tecer as seguintes considerações: Face ao requerimento apresentado pelo Senhor Manuel Dias Pereira, foram efetuados pela Unidade Orgânica Flexível de Planeamento, Urbanismo e Ambiente o estudo e o levantamento topográfico da situação atual do caminho e da reconstituição do troço final do caminho a partir dos projetos de execução da estrada variante em Paredes de Gravo; Desse estudo, concluiu-se que; a referida entrada ao caminho foi deslocada cerca de 40.00m para Sul, tendo o Município feito as obras de infraestruturas necessárias, designadamente, a colocação de um aqueduto. Em termos de segurança, esta inserção ficou bastante mais aberta, embora a sua acessibilidade deva ser apenas destinada a veículos de tração animal ou tratores agrícolas. Acresce ainda dizer que, qualquer solução de retorno à situação inicial é impossível, pois a variante ocupa parte da faixa do caminho e a possível inserção aproxima-se muito da rotunda aí implantada ; De salientar a posição da Freguesia de Pinheiro que face a um abaixo-assinado decidiu em reunião da junta e em sessão da assembleia de freguesia, manter a utilização do atual caminho e alertar o Município para os riscos inerentes à execução do acórdão do STJ na medida que 152

4 qualquer abertura no cruzamento ou perto do mesmo irá originar sérios riscos a toda a circulação ; Por sua vez, o acórdão do Supremo Tribunal de Justiça condenou os réus a reconhecer a existência do caminho público e a proceder à restituição do trato de terreno do caminho que ocuparam; Nesse acórdão é referido que o caminho sempre foi utilizado a pé, de carros agrícolas e tratores indo ao encontro das características subjacentes aos caminhos públicos vicinais, embora o referido acórdão não tenha, expressamente, identificado esta categoria (de caminhos vicinais); Ora, o Decreto-Lei n.º34593, de , no seu artigo 6.º, definia os caminhos vicinais como sendo aqueles que se destinavam ao trânsito rural, como ligações de interesse secundário e local, tendo este diploma sido revogado pelo Decreto-Lei n.º380/85, de 26 de setembro, que por sua vez, foi revogado pelo Decreto-Lei n.º22/98, de 17 de julho (que redefiniu o plano rodoviário nacional PRN e criou as estradas regionais), deixando-se de fazer referência aos caminhos vicinais; Alguns juristas entendem que não existe domínio público rodoviário da freguesia em virtude da Lei n.º159/99, de 14 de setembro, não prever qualquer atribuição nesta matéria à freguesia e da Lei n.º169/99, de 18 de setembro, alterada pela Lei n.º5-a/2002, de 11 de janeiro, não prever, igualmente, qualquer competência aos respetivos órgãos para a administração do domínio público da freguesia, contrariamente ao que sucede com os municípios; Porém, outros juristas são de opinião que continua a existir a categoria de caminhos vicinais em virtude da vigência dos artigos 46.º, n.º1 e 253.º, n.º10, ambos do Código Administrativo, sendo que este último artigo estipula que uma das atribuições das Juntas de freguesia é a de deliberar sobre a construção, conservação e reparação dos caminhos que não estejam a cargo das Câmaras Municipais; Estes autores defendem que tais normas continuam em vigor e que não são incompatíveis com a Lei n.º 169/99, de 18 de setembro uma vez que o artigo 34.º, n.º1, alínea e) refere que compete à Junta de Freguesia administrar e conservar o património da freguesia. ; Por outro lado, tal como os municípios, foi atribuído às freguesias a gestão do equipamento rural e urbano nos termos da alínea a) do n.º1 do artigo 14.º da Lei n.º159/99, de 14 de setembro, abrangendo as ruas e arruamentos de acordo com a alínea b) do artigo 16.º da citada lei; Porquanto, na opinião destes autores, continuam a existir caminhos vicinais que serão aqueles que não foram classificados como vias municipais (estradas e caminhos) e estão sob a jurisdição das respetivas Freguesias; No caso em epígrafe, o caminho, embora não se encontre no cadastro das vias e caminhos municipais nem tenha sido alvo de atos de gestão ou conservação por parte da Câmara Municipal ou da Junta de Freguesia, foi declarado público pelo Tribunal; Nesta conformidade, perfilhando a tese da existência de caminhos públicos vicinais sob a jurisdição das freguesias, devem os órgãos respetivos da Freguesia de Pinheiro decidir sobre o pedido de desafetação; Todavia, a Câmara Municipal deverá, na minha opinião, emitir o seu parecer de acordo com o estudo e levantamento topográfico efetuados, uma vez que detém, em matéria de disciplina e ordenamento do trânsito, importantes competências que lhe conferem o direito de se pronunciar e de intervir no âmbito destas matérias Conclusão: Pelo exposto, defendendo a tese da existência de caminhos públicos vicinais sob a jurisdição das respetivas Freguesias, deve ser a Freguesia de Pinheiro, através dos seus órgãos, a decidir sobre o pedido de desafetação, pese embora, a Câmara Municipal, dadas as suas competências em matéria de disciplina e ordenamento de trânsito, deva emitir parecer corroborando o estudo efetuado pela Unidade Orgânica Flexível de Planeamento, Urbanismo e Ambiente Este é, salvo melhor, o meu parecer Feitos os devidos esclarecimentos pelo senhor presidente, a Câmara deliberou, por unanimidade, concordar com o parecer jurídico e emitir parecer corroborando o 153

5 estudo efetuado pela Unidade Orgânica Flexível de Planeamento, Urbanismo e Ambiente CONHECIMENTO: OBRAS EM EXECUÇÃO O senhor presidente deu conhecimento das seguintes obras que se encontram em fase de execução: Pavilhão Desportivo Municipal (colocação de caixilharia); Via Estruturante (terá que estar concluída em outubro); Requalificação da Zona Industrial (o previsto para o ano de 2012 está quase concluído); Circular Nascente (início de setembro a zona que irá servir o AEOF estará pavimentada) Informou que, por administração direta, estão em execução as seguintes obras: Pavimentação de acessos a habitações na freguesia de Ribeiradio; A equipa de limpeza efetuou, na semana passada, trabalhos na Freguesia de Arca; esta semana esteve na Freguesia de Oliveira de Frades e na próxima semana irá para a Freguesia de Ribeiradio; Por último, informou que a taxa máxima de cofinanciamento das obras comparticipadas pelo Mais Centro passou para 85%, o que foi benéfico para o Município. A obra da Requalificação da Zona Industrial teve um corte de 10% do montante da despesa apresentada (em fase de candidatura), pois foi considerada uma obra em que o Município terá mais-valia A Câmara deliberou, por unanimidade, que todos pontos da Ordem do Dia, submetidos a deliberação nesta reunião, fossem aprovados em minuta, para produção de efeitos imediatos, tendo a Minuta sido aprovada, por unanimidade E nada mais havendo a tratar o senhor presidente da Câmara, Luís Manuel Martins de Vasconcelos, deu por encerrada a reunião, eram nove horas e trinta e cinco minutos, da qual para constar se lavrou a presente ata, que vai ser assinada pelo senhor presidente e por mim, Sandra Isabel dos Santos Rodrigues Quelhas, técnica superior, que a secretariei e a redigi