UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA JÚLIO DE MESQUITA FILHO

Transcrição

1 0 0 0 ATA DA ª REUNIÃO EXTRAORDINÁRIA DA CONGREGAÇÃO DO INSTITUTO DE BIO- CIÊNCIAS DO CÂMPUS DO LITORAL PAULISTA Aos treze dias do mês de setembro de 0, às 0h00min, no Salão Nobre do Instituto de Biociências do, sob a Presidência do Professor Doutor Marcos Antonio de Oliveira, reuniram-se os membros que assinaram a Lista de Presença. Havendo número legal, foi declarada aberta a reunião. ORDEM DO DIA: BLOCO A: AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL - CPA: A. Interessados: IB-CLP. Assunto: Discussão sobre a Proposta de Planejamento e Avaliação Institucional - CPA. Discussão: Profa. Dra. Renata de Britto Mari: mencionou que houve uma videoconferência sobre o assunto "Proposta de Planejamento e Avaliação Institucional - CPA" e que, com relação a planilha departamental, ainda não ficou claro se também continuará a planilha individual de docente. Explicou que o objetivo desta proposta é dar liberdade e autonomia ao Departamento para traçar seu próprio planejamento, e que na planilha deverá ser pontuado no mínimo 0, e no máximo 00 pontos. Citou que o Departamento poderá atribuir os pesos de seu planejamento. Informou que uma questão que gerou grande discussão foi a futura implantação do SISCPA, que estará vinculado ao SIS- GRAD, puxando algumas informações. Em sua opinião, existem alguns itens supervalorizados, outros pouco contemplados e ainda outros que não foram contemplados. Manifestou ter dúvidas quanto a liberdade e autonomia que o Departamento terá, e que segundo a CPA essa avaliação não terá caráter comparativo. Mencionou que conversou com o Prof. Dr. Fabio Stucchi Vannucchi, e que o mesmo mencionou que a ADUNESP promoverá reunião para a discussão da planilha proposta, por considerarem impositiva. Prof. Dr. Odair José Garcia de Almeida: concordou com o mencionado pela Prof. Dra. Renata de Britto Mari, onde é demonstrado que na planilha de avaliação a dimensão pesquisa ganha destaque. Mencionou que pela proposta o primeiro biênio será um período teste, e que ao final será revisto. Citou que a- pesar da liberdade mencionada, a CPA e o GRAI darão suporte. Profa. Dra. Renata de Britto Mari: citou que a cada biênio o Departamento fará o seu planejamento, e que se ao final não atingir a pontuação, este deverá justificar-se. Prof. Dr. Odair José Garcia de Almeida: citou que teremos que fazer um planejamento mais equilibrado. Prof. Dr. Marcos Antonio de Oliveira: mencionou que temos número de docentes suficientes para a criação de dois departamentos, e questionou como os conselheiros o dividiriam para ficar mais equilibrado. Citou que nesse sentido teremos mais um ou dois Conselhos a cuidar, não tendo suporte técnico de servidores suficientes. Falou que atualmente quem faz as atividades pertinentes ao Departamento é o Conselho de Curso de Graduação. Prof. Dr. Marcos Hikari Toyama: mencionou que - Praça Infante D. Henrique s/nº - CEP São Vicente (SP) - Brasil Tel. () Fax () - - coordenadoria@clp.unesp.br

2 0 0 0 a preocupação da Profa. Dra. Renata de Britto Mari é legítima, e que nova proposta surgiu da dificuldade de avaliar individualmente o docente, pois faltava nivelamento. Citou que a cada gestão inicia-se um novo ciclo, e que em sua visão, em nosso Câmpus, cada docente é uma espécie de Departamento, dadas as diferentes especificidades. Respondeu ao Prof. Dr. Odair José Garcia de Almeida que esse teste da avaliação, em seu modo de pensar, já é pra valer. Profa. Dra. Renata de Britto Mari: mencionou que na videoconferência um docente participante citou que os Chefes de Departamentos serão os feitores da CPA. Prof. Dr. Marcos Hikari Toyama: apesar de falarem que não haverá comparação, citou que a Reitoria faz isso quando aponta a todos que tal Câmpus é o pior da Unesp. Mencionou que somos muito bons, mas que realmente não temos a mesma força de um Departamento, e parte disso deve-se ao fato dos docentes estarem muito comprometidos com a dimensão gestão. Revelou que muitas vezes o Conselho de Departamento conflita com os interesses da Diretoria e do Conselho de Curso. A proposta de planilha de avaliação tem um viés para pesquisa, e apenas quantitativa/numérica, e seria interessante que a dimensão administrativa fosse melhor pontuada. Expressou que nossa missão atual é tentar sobreviver e que alguns Institutos Consolidados irão superar as expectativas. Prof. Dr. Davis Gruber Sansolo: concordou plenamente com o Prof. Dr. Marcos Hikari Toyama. Citou parecer que a Reitoria está nos propondo uma linha de produção, limitando-nos. Com relação à departamentalização, em seu entendimento parece que teremos que realmente fazê-lo. Revelou que no princípio achou que nosso Câmpus seria e- xemplo aos demais de não construir Departamentos, e reforçou a fala do Prof. Dr. Marcos Hikari Toyama de que os docentes são departamentos individuais. Em seu entendimento a criação de Departamentos, ainda que sejamos obrigados, trará prejuízos. Manifestou-se contrário a uma nova estrutura administrativa. Profa. Dra. Ana Julia Fernandes: concordou com o mencionado pelo Prof. Dr. Davis Gruber Sansolo, e é também contrária à criação de Departamentos. Questionou como comparar nossa Unidade, que não tem as mesmas condições que outras Unidades Consolidadas, não recebendo o mínimo necessário da Reitoria para alcançar tais condições. Citou que, além da parte estrutural, temos dificuldades também com relação ao número reduzido de pessoal técnico. Considerou que, embora seja contrária, mais que um Departamento é inviável no IB-CLP. Em sua visão estão tentando amarrar todas as dimensões com a Pós-graduação e com a Pesquisa, que ainda são fontes de recursos. Profa. Dra. Renata de Britto Mari: mencionou que no relatório emitido pelas especialistas do CEE, quando da visita para a Renovação do Reconhecimento do Curso de Bacharelado em Ciências Biológicas, foi apontado a ausência de avanços na dimensão Graduação, e evidencia-se o - Praça Infante D. Henrique s/nº - CEP São Vicente (SP) - Brasil Tel. () Fax () - - diretoria@clp.unesp.br

3 0 0 0 foco na pesquisa. Prof. Dr. Marcos Hikari Toyama: mencionou que ainda existem cinco Unidades Experimentais na Unesp, e questionou o que será feito com elas, se haverá alguma simetria para esse processo de avaliação. Citou ser necessária a avaliação individual do docente. Profa. Dra. Renata de Britto Mari: mencionou que na videoconferência um docente participante questionou como iria avaliar o Departamento se não tinha docentes suficientes. A CPA respondeu a questão orientando para que o planejamento seja modesto. Profa. Dra. Ana Julia Fernandes: questionou com que recurso vão construir prédio em São João da Boa Vista no valor de milhões. Prof. Dr. Marcos Hikari Toyama: esclareceu que os recursos para essa construção são externos à UNESP, vindos do Governo do Estado. Prof. Dr. Marcos Antonio de Oliveira: informou que o assunto passou no Conselho Universitário e nenhum conselheiro votou contrário a construção, tendo em vista que a Unidade não tem nada, nem sala de aula. Discente Bruna da Silva Lopes: manifestou querer saber a opinião dos docentes quanto a a- tual forma de avaliação. Profa. Dra. Renata de Britto Mari: respondeu que atualmente existe uma planilha que contempla diversas atividades realizadas pelos docentes, sendo a pontuação imposta pela Reitoria. A cada triênio o docente deverá realizar a média mínima de 0 pontos. Prof. Dr. Davis Gruber Sansolo: reforçou com relação à pontuação mínima que pode não significar nada, porque o processo pode chegar na CPA e ser invalidado. Prof. Dr. Marcos Hikari Toyama: em sua visão, a diferença é que ao invés de comparar docentes, a nova proposta comparará Departamentos. Prof. Dr. Milton Costa Lima Neto: citou não fazer sentido algum se não for para comparar os Departamentos. Profa. Dra. Ana Julia Fernandes: apoiou o mencionado pelo Prof. Dr. Milton Costa Lima Neto e reforçou dizendo que quando alguma solicitação de contratação de docente segue para a CCD é feita avaliação da produção do Departamento. Em sua visão, premia-se quem não está precisando e pune quem precisa. Profa. Dra. Renata de Britto Mari: em continuidade as explicações, citou que a planilha atual não contempla as especificidades de cada docente, ficando a cargo do Departamento compreender essa demanda. Como dito pelo Prof. Dr. Davis Gruber Sansolo, atualmente não é somente levado em conta a aprovação na Congregação, podendo a CPA reprovar. Na nova proposta o Câmpus teria condições de entender porque tal docente não atingiu sua pontuação. Mencionou que como será feito um cálculo de média no Departamento, poderá haver cobrança de docentes que produzem muito para docentes com baixa produtividade. Prof. Dr. Marcos Antonio de Oliveira: informou que faremos reunião especifica para discutir a criação de Departamento(s) no IB-CLP. Prof. Dr. Marcos Hikari Toyama: mencionou que preservaria a planilha individual para contrapor alguma possível avaliação negativa da CPA. Também citou - Praça Infante D. Henrique s/nº - CEP São Vicente (SP) - Brasil Tel. () Fax () - - diretoria@clp.unesp.br

4 0 0 0 que a extensão deveria ser definida de forma mais clara. Servidor Marcelo Augusto L. de Oliveira: questionou como seria uma rotina Departamental, ainda mais com poucos funcionários. Prof. Dr. Marcos Hikari Toyama: citou que temos docentes e técnicos administrativos a serem repostos pela Reitoria, mas que não está ocorrendo a liberação dessas contratações. Profa. Dra. Ana Julia Fernandes: em sua visão a criação de Departamentos prejudicará o Câmpus imensamente, pois acarretará mais trabalho. Prof. Dr. Marcos Antonio de Oliveira: disse que impactará diretamente na estrutura administrativa. Prof. Dr. Marcos Hikari Toyama: o Departamento é bom quando se tem pares da mesma área, e que para o IB-CLP não concorda com a sua criação. Profa. Dra. Renata de Britto Mari: pontuou que esta reunião seria para discutir a avaliação, e que neste sentido a sua proposta é valorizar melhor a pontuação, trabalhando as especificidades de cada docente, flexibilizar as variáveis eletivas. Além disso, que fosse possível alterar os índices descritores, porque em alguns casos estão discrepantes. Citou que a extensão poderia ser melhor avaliada. Servidor Marcelo Augusto L. de Oliveira: questionou se a nova proposta prevê obrigatoriamente a criação do Departamento ou se poderá ficar a cargo da Coordenadoria de Curso. Profa. Dra. Renata de Britto Mari: nos Campi Experimentais a avaliação estará vinculada à Coordenadoria de Curso. Prof. Dr. Odair José Garcia de Almeida: questionou se teria alguma proposta de equilíbrio das dimensões ensino, pesquisa, extensão e gestão. Profa. Dra. Renata de Britto Mari: respondeu que é o que eles querem que façamos. Prof. Dr. Davis Gruber Sansolo: segundo seu ponto de vista, deixou duas questões importantes: a) a Universidade tem que atender/dar condições aos pilares propostos de Ensino, Pesquisa e Extensão; e b) devemos ser avaliados conforme cada potencial, considerando os perfis de competência e respeitando a área de atuação do docente. Prof. Dr. Milton C. Lima Neto: citou que a avaliação deveria valorizar mais a dimensão gestão. Deliberação: A Congregação do do, em sua ª Reunião Extraordinária, realizada em /0/0, após amplo debate, deliberou da seguinte forma, após votação: oito () conselheiros concordaram com muitas restrições, três () discordaram totalmente e dois () "abstiveram-se" da Proposta de Planejamento e Avaliação Institucional. Inicialmente, em razão de se tratar de ponto extremamente relevante que permeia de forma significativa a carreira dos docentes, a Congregação considerou o prazo fixado para avaliação da proposta extremamente curto, e sugeriu que as discussões pudessem ser mais amplas de forma que os objetivos e indicadores pudessem ser ponderados de forma mais significativa. Adicionalmente, consideraram que a natureza do planejamento sugerido se torna - Praça Infante D. Henrique s/nº - CEP São Vicente (SP) - Brasil Tel. () Fax () - - diretoria@clp.unesp.br

5 0 0 0 extremamente difícil em um momento de profunda crise orçamentária, aliada ao déficit de servidores técnico-administrativos e docentes, que resulta extrema sobrecarga de trabalho. Sobre a proposta, de forma geral, os conselheiros a consideraram INADEQUADA, pelos motivos apresentados a seguir: ) O primeiro item na variável obrigatória da planilha de avaliação e planejamento (itens. e.) propõe transferir os problemas da evasão ou retenção escolar para os docentes e Departamentos, sem considerar que se trata de um assunto extremamente complexo e que deve ser discutido e trabalhado dentro de uma política institucional. Soluções para este fim em nível de Departamento levariam, sem dúvidas, a uma precarização na qualidade do ensino de graduação; ) Considerou-se fundamental que sejam EXCLUÍDAS as VARIÁVEIS OBRIGATÓRIAS na proposta, tendo em vista que o objetivo da nova avaliação é respeitar as especificidades de cada Departamento. De forma geral, grande peso da avaliação obrigatória é alocado no quesito PESQUISA de forma direta ou indireta, deixando em segundo plano o ENSINO, EXTENSÃO e GESTÃO; ) Levando em conta as dificuldades orçamentárias também existentes nas agências de fomento, avaliou-se que é de amplo conhecimento que os docentes em início de carreira são os mais prejudicados para obtenção de projetos e bolsas (o que também inclui o item das VARIÁVEIS OBRIGATÓRIAS), refletindo de forma negativa no desempenho de Campi recém consolidados ou experimentais; ) A Congregação julgou que itens descritivos da planilha, como, por exemplo, a Coordenação de Projetos (VARIÁVEL OBRIGATÓRIA, Item. e.), no qual são contemplados somente os coordenadores de auxílio, exclui a participação de docentes como pesquisadores principais, associados ou colaboradores. Em Campi relativamente novos a obtenção de projetos temáticos pode envolver diversos docentes do mesmo Campi e somente um docente seria beneficiado na planilha proposta. Portanto, a avaliação proposta não é capaz de avaliar o engajamento coletivo em projetos de grande porte, prejudicando a avaliação geral do Departamento, o que vem na contramão do proposto pelos órgãos de fomento. Coube ainda ressaltar que, projetos desta natureza demandam contrapartida institucional, seja de recursos financeiros ou de suporte técnico, que está limitada em virtude da forte crise financeira nas Universidades Públicas; ) Destacou-se que o item Bolsas de Ensino, Pesquisa e Extensão (Item ) contempla de forma majoritária a PESQUISA, uma vez que, comparativamente, bolsas de ENSINO e EXTENSAO são muito reduzidas ou inexistentes, em especial na Pós-graduação; ) Julgou-se que a - Praça Infante D. Henrique s/nº - CEP São Vicente (SP) - Brasil Tel. () Fax () - - diretoria@clp.unesp.br

6 0 0 0 produção intelectual (Item ) também NÃO contempla colaborações transversais de diferentes linhas de pesquisa para um objetivo comum, reduzindo a importância da publicação de artigos de relevância em colaboração com outros docentes da Unidade ou Departamento, levando em conta, portanto, somente o valor numérico e não qualitativo. Novamente são indicados itens relativos a ENSINO, PESQUISA e EXTENSAO, e no entanto é flagrante que apenas a PESQUISA será valorizada; ) Destacou-se que itens relativos à gestão têm pouca importância na avaliação e em Campi recém consolidados e experimentais, existe uma grande demanda para participação não só em colegiados, mas também em comissões temporárias, assessoras ou permanentes. Tais compromissos, em razão de um número reduzido de docentes, consomem grande tempo do profissional. Do mesmo modo, não são devidamente valorizadas atividades que visam a inserção regional da Universidade em comissões e conselhos de poderes públicos ou privados externos, como Secretarias, Prefeituras, Parques, Indústrias, Conselhos Municipais, Conselhos Metropolitanos, Conselhos Estaduais, dentre outros, os quais são fundamentais para integração política e social do Instituto. Em suma, a Congregação do IB-CLP concorda que a avaliação docente e Departamental, efetivamente vinculada a uma política institucional e a um planejamento interno, é uma ferramenta fundamental e necessária para o desenvolvimento e manutenção da UNESP e sua contínua inserção como uma das melhores Universidades do mundo. No entanto, o documento apresentado exclui ou torna de pouca importância o ENSINO, EXTENSÃO e a GESTÃO, e pontua de forma exacerbada a PESQUISA, o que leva a uma assimetria entre os pilares da Universidade. A Congregação considerou também que o instrumento de avaliação desvaloriza colaborações entre pesquisadores dentro e fora da universidade e impacta de forma negativa principalmente os Campi recém consolidados e experimentais. Adicionalmente, o instrumento não contempla de forma satisfatória as potencialidades dos pesquisadores e esforços colaborativos no âmbito do Departamento. Por fim, a Congregação expressou o compromisso em colaborar efetivamente com a construção de um instrumento de planejamento e avaliação da pluralidade de atividades docentes em nossa Universidade. Nada mais havendo a tratar, às h00min encerrou-se a reunião e para constar eu, Denise Martins do Valle, Diretora Técnica Acadêmica,, lavrei a presente ata. São Vicente, treze dias do mês de setembro de Praça Infante D. Henrique s/nº - CEP São Vicente (SP) - Brasil Tel. () Fax () - - diretoria@clp.unesp.br