COMUNICAÇÃO TÉCNICA Nº ABNT NBR 15575:2013: edificações habitacionais, desempenho.
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- Margarida Cordeiro Fraga
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1 COMUNICAÇÃO TÉCNICA Nº ABNT NBR 15575:2013: edificações habitacionais, desempenho. André Azevedo Palestra apresentado na 10.Convenção Nordeste de Cerâmica Vermelha, Teresina, PI, A série Comunicação Técnica compreende trabalhos elaborados por técnicos do IPT, apresentados em eventos, publicados em revistas especializadas ou quando seu conteúdo apresentar relevância pública. Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo S/A - IPT Av. Prof. Almeida Prado, 532 Cidade Universitária ou Caixa Postal 0141 CEP São Paulo SP Brasil CEP Tel /4000 Fax
2 ABNT NBR 15575:2013 Edificações habitacionais Desempenho Eng. Civil André Azevedo - IPT
3 O que é Desempenho
4 O conceito de desempenho Desempenho = comportamento do produto (edifício e suas partes) em utilização
5 Por que uma norma de desempenho
6 A norma de desempenho Cria uma referência; Estímulo ao desenvolvimento tecnológico; Estabelece requisitose critérios mínimos.
7 ESTRUTURA DA NORMA DE DESEMPENHO Exigências do usuário Edifício e suas partes Condições de exposição Requisitos de desempenho Qualitativos Critérios de desempenho Quantitativos/ mensuráveis Métodos de avaliação (ensaios ou analises)
8 Ações normais sobre as edificações Chuva Sol Poeira Crianças Adultos Detergentes Autos Ruídos Fogões Insetos Solo Etc.
9 Abrangência Onde se aplica? Nível Nacional Publicação: 19/02/2013 Exigibilidade: 19/07/2013
10 Abrangência Edificações habitacionais com qualquer número de pavimentos, geminadas ou isoladas, construídas com qualquer tipo de tecnologia
11 Abrangência A norma não se aplica a: Obras já concluídas / construções pré-existentes; Obras em andamento na data da entrada em vigor da norma; Projetos protocolados nos órgãos competentes até a data da entrada em vigor da norma; Obras de Reformas ou retrofit; Edificações provisórias.
12 Partes da NBR :2013 Parte 1 Requisitos Gerais Parte 2 Estrutura Parte 3 Pisos Parte 4 Sistemas de Vedações Verticais Internas e Externas Parte 5 Coberturas Parte 6 Sistemas hidrossanitários
13 Desempenho x Processo de produção do edifício FASE ETAPAS DO PROJETO Concepção Idealizaçãodo produto e definição do programa de necessidades Projeto Execução Uso Desenvolvimento do produto/estudos preliminares Formalização (anteprojeto e préexecutivo) Detalhamento (produto e produção Planejamento para execução de obras Execução e direção de obras Recepçãoda obra (projeto As Builte plano de manutenção) Gerenciamento para funcionamento, inspeção e manutenção Normas técnicas, Códigos municipais, outras exigências e desempenho Seleção da tecnologia Benefícios custo / prazo E desempenho Solicitação de dados de desempenho para os fornecedores Controle da qualidade obra/ conformidade projeto/componente entregue
14 Requisitos de desempenho - vedações verticais e cobertura A) SEGURANÇA 1. Desempenho estrutural 2. Segurança contra incêndio 3. Segurança no uso operação B) HABITABILIDADE 4. Estanqueidade à agua 5. Desempenho térmico 6. Desempenho acústico C) SUSTENTABILIDADE 6. Durabilidade 7. Manutenibilidade
15 SEGURANÇA Desempenho estrutural
16 Desempenho Estrutural QUAIS ESFORÇOS MECÂNICOS CONSIDERAR???? 1) Cargas verticais e horizontais (cargas permanentes, acidentais, devidas ao vento, devidas ao uso) 1. 1) Verificação da estabilidade global (estado limite ultimo) 1.2 ) Verificação dos limites de deslocamentos/ falhas (estado limite de serviço) 2) Resistência a impactos de corpo mole e corpo duro; 3) Resistência a cargas transmitidas por peças suspensas (paredes: pias, armários, redes/ forro: peças suspensas).
17 Desempenho Estrutural 1.1) Estabilidade e resistência estrutural Estado limite último Paredes c/ função estrutural: NBR 15961, 15812, Elementos estruturais: NBR 6118, NBR 7190 ; ABNT NBR 8800; ABNT NBR 9062 Tecnologias c/ comportamento desconhecido fazer ensaios (gráfico: resistência x deslocamento)
18 Ensaio de compressão excêntrica em paredes (flexo-compressão)
19 Desempenho Estrutural 1.2) Estado limite de serviço deslocamentos, fissuras e falhas que comprometam o livre funcionamento de componentes Desempenho Estrutural
20 Desempenho Estrutural Estado limite de serviço Fissuras Deformações Esforços de uso
21 Estado limite de serviço Premissas Desempenho Estrutural Projetar interação laje-parede, verificando tempo de deformação da estrutura, ligações não rígidas, etc. Projetar escoramentos nosvãos de portas e janelas, considerando flechas máximas, evitando comprometimento do funcionamento de portas e janelas Projetar com vergas/contra-vergasevitando surgimento de fissuras nas paredes Limitar deslocamentos/ desvios de prumo
22 Desempenho Estrutural 2) Resistência a impactos de corpo mole Suporte cantoneira L Suporte de face mão francesa
23 Paredes pesadas Paredes com 14cm de espessura e h 3,00m concreto armado, alvenaria de tijolos maciços alvenaria de vedação de blocos cerâmicos de furo vertical (11,5cm; 14cm e 19cm) alvenaria de bloco sílicocalcários Desempenho Estrutural Resistência a impactos de corpo mole - paredes alvenaria de bloco de concreto celular
24 Desempenho Estrutural 3) Resistência a peças suspensas Suporte cantoneira L Suporte de face
25 Desempenho Estrutural Resistência a peças suspensas Premissas de projeto Especificar os tipos de fixação das peças suspensas Especificar carga resistente da parede Adotar coeficientes de segurança p/ calculo das cargas de serviço (2,0 carga aplicada por 24 horas; 3,0 carga continua até ruptura) O que fazer???? Cuidados com a fixação: o parafuso deve entrar na parede do bloco e a bucha garantir boa ancoragem ao bloco Resultado =ƒespessura paredes dos blocos + tipo de fixação
26 DESEMPENHO ESTRUTURAL Solicitação de cargas de peças suspensas Bucha Fischer Universal UX 8 Parede de alvenaria de blocos cerâmicos tem potencial para atender ao critério mínimo de 80kgf/peça com bucha UX 8
27 Desempenho Estrutural Resistência a cargas concentradas solicitações de montagem e manutenção Carga (Kg) Critérios da NBR (2013) Residual após 5 minutos Não devem ocorrer falhas ou ser superados os seguintes limites de deslocamento (Dv) Barras de treliças: Dv L/350 Vigas principais ou terças: Dv L/300 Vigas secundárias: Dv L/180 * carga aplicada sobre os perfis da estrutura
28 Desempenho Estrutural Resistência a impactos de corpo duro Ação de granizo e outras cargas acidentais em telhados Telha cerâmica tem potencial para atender a este critério
29 SEGURANÇA Segurança no uso e operação
30 Segurança no uso e operação Os sistemas não podem apresentar: - rupturas, instabilidades, tombamentos ou quedas que gerem risco a integridade física dos ocupantes ou transeuntes nas imediações do imóvel; - partes expostas cortantes ou perfurantes; deformações e defeitos acima dos limites especificados nas NBR a NBR
31 Segurança no uso e operação Uma das aparas de vidro trava
32 Segurança no uso e operação As aparas de vidro se rompem e caem sobre o usuário
33 Segurança no uso e operação Estilhaços caem sobre o usuário
34 Segurança no uso e operação A estrutura, também, cai sobre o usuário
35 Segurança no uso e operação Segurança no uso e operação - possibilidade de caminhamento de pessoas *Carga concentrada aplicada sobre telhado, posicionada entre os perfis da estrutura (meio do vão)
36 SEGURANÇA Segurança contra incêndio
37 Segurança contra incêndio Reação ao fogo dos materiais de revestimento / acabamento das paredes e forros Resistência ao fogo das paredes / elementos de compartimentação horizontal TRRF= depende da altura Ocupação do edifício
38 Segurança contra incêndio Reação ao fogo -revestimento Revestimento/acabamento da face interna e miolos isolantes (Classe I,II ou IIIA) Revestimentos/face externa das paredes de fachada (Classe I ou IIB) Materiais incombustíveis não precisam ser ensaiados (concreto, argamassa, revestimento de gesso, cerâmica, placa de rocha, etc)
39 Resistência ao fogo Segurança contra incêndio paredes estruturaisp/ edificações habitacionais de até 05 pavimentos (multifamiliares): TRRF >=30 minutos (CF= estabilidade, estanqueidade e isolação térmica); para outras alturas e demais edifícios, considerar ABNT NBR 14432; paredes de geminação de casas térreas e de sobrados, e paredes entre unidades habitacionais são elementos de compartimentação horizontal, portanto, TRRF>= 30 minutos; p/ parede de cozinha e ambiente fechado que abrigue gás, de unidade habitacional unifamiliar, isolada, até 2 pavimentos, TRRF >= 30 min,
40 Resistência ao fogo Segurança contra incêndio
41 Resistência ao fogo Segurança contra incêndio Potencial de atendimento TRRF=3Omin edifícios de até 5 pav paredes pesadas parede de concreto (fck 30MPa); alvenaria de blocos de concreto e blocos cerâmicos com 14cm e revestimento de gesso Paredes de blocos cerâmicos estruturais tem potencial de ter TRRF entre 90 e 120minutos, considerando edificio de 5 pavimentos, por exemplo.
42 Segurança contra incêndio Resistência ao fogo - cobertura
43 HABITABILIDADE Estanqueidade à agua
44 Estanqueidade à agua Água de chuva Água acidental Ascensão capilar Água de uso / lavagem
45 Estanqueidade à agua AUSÊNCIA DE DETALHES CONSTRUTIVOS UMIDADE PROVENIENTE DE INFILTRAÇÕES
46 Estanqueidade à agua FISSURAS QUE PERMITEM INFILTRAÇÕES UMIDADE PROVENIENTE DE INFILTRAÇÕES Fissuras entre elemento estrutural e vedações Fissuras horizontais na parede do último pavimento
47 Estanqueidade à agua FISSURAS QUE PERMITEM INFILTRAÇÕES Fissuras entre elemento estrutural e vedações Fissuras entre elemento estrutural (vigas e pilares) e vedações a) alvenaria
48 Estanqueidade à agua FISSURAS QUE PERMITEM INFILTRAÇÕES UMIDADE PROVENIENTE DE INFILTRAÇÕES Destacamentos no encontro entre paredes: juntas a prumo
49 Estanqueidade à agua FISSURAS QUE PERMITEM INFILTRAÇÕES UMIDADE PROVENIENTE DE INFILTRAÇÕES Fresta na interface entre esquadria e vedação
50 Estanqueidade à agua FISSURAS QUE PERMITEM INFILTRAÇÕES Fissuras no corpo da parede Fissuras no revestimento em argamassa
51 Umidade proveniente de infiltração - fachada Premissas Estanqueidade à agua projetar detalhes construtivos (ressaltos, molduras, pingadeiras) que descolem a lâmina d água das paredes evitar/minimizar lâmina d água escorrendo pela fachada projetar as juntas adequadamente p/ impedir formação de fissuras, ou outra abertura, evitando penetração de água. evitar aberturas que permitam a passagem de água, juntas entre blocos preferencialmente preenchidas
52 Ensaio para avaliar estanqueidade à água de paredes externas Águas de chuva Produtos/ paredes cujo comportamento não é conhecido Parede de alvenaria com revestimento tem potencial de atendimento
53 Estanqueidade à agua Verificação: análise de projetos e, eventualmente, realização de ensaios, p/ aqueles casos onde não se conhecem o comportamento de um dos produtos Criterio: não deverá ocorrer penetração ou infiltração de água pelo telhado que acarrete escorrimento, gotejamento ou manchamento na face interna do telhado, considerando as condições de exposição indicadas na referida norma. Telhado com telhas ceramicasque respeitem inclinação tem potencial de atendimento
54 HABITABILIDADE Desempenho acústico
55 Desempenho acústico A edificação deve apresentar isolamento acústico das vedações externas aos ruídos aéreos provenientes do exterior da edificação entre áreas comuns e privativas e entre áreas privativas de unidades autônomas diferentes
56 Desempenho acústico
57 Desempenho acústico Isolação a ruídos aéreos (externos) paredes de fachada Classe de ruído I II III Localização da habitação Habitação localizada distante de fontes de ruído intenso de quaisquer naturezas Habitação localizada em áreas sujeitas a situações de ruído não enquadráveis nas classes I e III Habitação sujeita a ruído intenso de meios de transporte e de outras naturezas, desde que esteja de acordo com a legislação D 2m,nT,w db R w db* Logo da Empresa do palestrante
58 DESEMPENHO ACÚSTICO Isolação a ruídos aéreos (internos) Elemento Parede entre unidades habitacionais autônomas (parede de geminação), nas situações onde não haja ambiente dormitório Parede entre unidades habitacionais autônomas (parede de geminação), no caso de pelo menos um dos ambientes ser dormitório Conjunto de paredes e portas de unidades distintas separadas pelo hall (D nt,w obtida entre as unidades) D nt,w db 40a 44 45a Nível de desempenho M M S Logo da Empresa do palestrante
59 Isolação a sons aéreos - Premissas tipo de parede: Desempenho acústico parede pesada tende a ter melhor desempenho, parede leve, eventualmente, inclui isolantes tratamento interface parede x esquadria fechamento de frestas considerar desempenho acustico da esquadria verificar necessidade de preenchimento das juntas entre blocos
60 Isolação a sons aéreos - Desempenho acústico Métodos de avaliação Ensaio em laboratorio: caracterização do produto (Rw) Ensaio em campo: medição desempenho da unidade (D nt,w )
61 Isolação em laboratório Desempenho acústico Som Refletido L E = Nível sonoro na câmara de emissão L R = Nível sonoro na câmara de recepção S = Área do corpo de Prova; A = Área equivalente de absorção sonora. É função do tempo de reverberação
62 Desempenho acústico Isolação de fachadas em campo Som Refletido L E = Nível sonoro no exterior da edificação L R = Nível sonoro no ambiente de recepção T = Tempo de reverberação do Ambiente; T 0 = Tempo padrão = 0,5 s
63 Desempenho acústico - Exemplos Alvenaria de vedação Esses dados são exemplos, cada fornecedor deve apresentar seus próprios dados Resultados dependem: -Massa do bloco; - Configuração geométrica
64 HABITABILIDADE Desempenho térmico
65 Desempenho térmico Método simplificado: calculo das caracteristicas térmicas da parede e da cobertura: Transmitancia térmica (U) Capacidade térmica (CT) somente para parede Simulação térmica ( Edificação como um todo) Projeto arquitetura Areas envidraçadas (expostas à radiação solar) Pé-direito Localização e posicionamento no terreno Medição in loco
66 Método simplificado: Característica térmica da parede (W/m².K) (kj/m².k)
67 Método simplificado: atender as características térmicas Parede: Isolamento térmico e capacidade térmica Cobertura: Isolamento térmico Transmitância Térmica parede U W/m 2.K Zonas 1 e 2 Zonas 3, 4, 5, 6, 7 e 8 α a 0,6 α a > 0,6 U 2,5 U 3,7 U 2,5 a α é absortância à radiação solar da superfície externa da Capacidade térmica parede (CT) kj / m 2.K Zona 8 Zonas 1,2, 3, 4, 5, 6 e 7 Sem exigência 130 parede. cobertura
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69 Desempenho térmico CRIT PT 4 Blocos cerâmicos de 6 furos - Espessura 14 cm e argamassa de revestimento 1,8 0 < U < 2,02 W/(m 2.K) 108 < C T < 130kJ/(m 2.K) Blocos cerâmicos de 8 furos - Espessura 19 cm e argamassa de revestimento 1,9< U < 1,80 W/(m 2.K) 130 < C T < 140 kj/(m 2.K) Esses dados são exemplos, cada fornecedor deve apresentar seus próprios dados
70 Desempenho térmico por simulação computacional Nestas zonas o critério não precisa ser verificado Temperatura [ C] Horário Simulação Software Energy Plus Medida Exterior Medida Interior Calculada Interior
71 SUSTENTABILIDADE Durabilidade e Manutenibilidade
72 Vida útil mínima de projeto (VUP) Durabilidade
73 Durabilidade Vida útil mínima de projeto (VUP) Prazo de Responsabilidade Prazo de Garantia Período de tempo em que os requisitos mínimos de desempenho devem ser atendidos Fabricante/fornecedor responde pelo produto durante a VIDA ÚTIL, quando comprovado Prazo irredutível 5 (cinco) anos, pela solidez e segurança do trabalho
74 Durabilidade OBS: Nível de desempenho deve estar consignado nos projetos
75 Durabilidade atendimento aos requisitos de segurança e habitabilidade historico do produto X locais de aplicação (durabilidade x agressividade meio ambiente) componentes metalicos x resistência à corrosão x ambiente aplicação componentes sintéticos x resistência aos raios solares componentes de madeira x resistência a organismos xilofagos (cupins e fungos)
76 Durabilidade - Exemplos Exposição em câmara de névoa salina Ensaio de choque térmico
77 MANUTENIBILIDADE Projetar pensando na manutenção Verificar conhecimento/ informações do material aplicado, para, posteriormente, definir: planos de inspeção periodos de manutenção preventiva métodos de manutenção preventiva e limpeza acessos à fachada métodos de manutenção corretiva Informações precisam constar do projeto e Manual do proprietario
78 André Azevedo
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