Gerenciamento de Resíduos na Construção Civil
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- Flavio Cesar Marchesoni
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1 Gerenciamento de Resíduos na Construção Civil
2 Contexto atual A indústria da Construção Civil ocupa posição de destaque na economia nacional, sendo responsável por uma parcela significativa do Produto Interno Bruto (PIB) do país. Dados recentes indicam que o macrocomplexo Construção Civil responde por 15% do PIB nacional (CONSTRUBUSINESS, 2003)
3 Dimensão do problema Geração de Resíduos de Construção em Cidades do Estado de São Paulo Município Geração (ton/dia) Participação em relação aos resíduos sólidos urbanos São Paulo % Guarulhos % Diadema % Campinas % Piracicaba % São José dos Campos % Ribeirão Preto % Jundiaí % São José do Rio Preto % Santo André % Fonte: PINTO (2005)
4 Execução de coleta de resíduos sólidos de serviços de construção civil (RCD), por agente executor, segundo o porte dos municípios - Brasil, municípios selecionados, 2004 Faixa populacional Prefeitura(%) Empresas contratadas(%) Ambos(%) 1 até habitantes 61,9% 28,6% 9,5% 2 de até habitantes 21,7% 34,8% 43,5% 3 de a habitantes 18,9% 43,2% 37,8% 4 de a habitantes 0,0% 54,3% 45,7% 5 de a habitantes 9,1% 45,5% 45,5% 6 mais de de habitantes 0,0% 0,0% 100,0% OBS: As linhas de corte de e habitantes são de interesse e utilização em várias ações governamentais, em vários Ministérios, particularmente os Ministérios das Cidades, da Saúde e do Meio Ambiente. Fonte SNIS, 2004
5 Massa de RCD coletada pela prefeitura, média municipal e per capita, segundo porte dos municípios - Brasil, municípios selecionados, 2006 Faixa pop. Qtd coletada prefeitura (t/ano) Quantidade de municípios Média municipal (t/mun./ano) População urbana (hab) Média/capita (t/10³hab/ano) , , , , , , , , , , , ,8 Total , ,7 Fonte SNIS, 2006
6 Tipo de unidade de processamento (*) Área de reciclagem RCC (antiga unidade de reciclagem de entulho) Região Norte Nordeste Sudeste Sul Centro-Oeste País Quant. Massa recebida Quant. Massa recebida Quant Massa recebida Quant. Massa recebida Quant. Massa recebida Quant. Massa recebida (unid) (tons) (unid) (tons) (unid) (tons) (unid) (tons) (unid) (tons) (unid) (tons) 1 76, Área de transbordo e triagem de RCC e volumosos (ATT) Aterro controlado Aterro de resíduos construção e demolição (antigo aterro inertes) , Fonte SNIS, 2006
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12 Diretrizes e critérios da 307 Resolução CONAMA - 307/2002 estabelece diretrizes, critérios e procedimentos para a gestão dos Resíduos da Construção Civil. Resolução 348/2004 altera, distinguindo os resíduos em classes e determinando responsabilidades quanto à produção, encaminhamento e destinação final, apontando que o responsável legal pelo resíduo é o gerador. Processos de reincorporação são citados, mas não especificados.
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14 Procedimento legal e as ações práticas Objetivos 307: No artigo 1º: disciplina as ações -> minimizar o impacto ambiental No artigo 4º: Os geradores deverão ter como objetivo prioritário a não geração de resíduos e, secundariamente, a redução, a reutilização, a reciclagem e a destinação final. Deveria ser substituído prioritário pelo bem como Deveria orientar como proceder a reincorporação de forma prática e/ou estabelecer metas de reincorporação
15 Mudanças de paradigmas A legislação aponta para a não geração e deixa em segundo plano a reintrodução do resíduo na cadeia. O conceito de logística reversa foca ações que visam o retorno do resíduo na própria cadeia produtiva: Reincorporação através do reuso de materiais ainda em condições técnicas apropriadas; Beneficiamento do entulho para produção de agregado; Produção de novos elementos construtivos decorrente do material beneficiado.
16 Problemas de implantação do controle de produção Imobilidade do produto: a mão-de-obra é que se desloca ao longo do produto; Mão-de-obra com alta rotatividade e muitas vezes com baixa qualificação; Produção complexa envolvendo um número elevado de itens; Baixa estandardização Alto índice de adaptações; Produto único e não seriado (frequentemente); Tempo elevado de produção e com altos custos; (etc.)
17 Problemas: Não-conformidades presentes na maioria das obras que adotam processos construtivos não racionalizados (85% das ocorrências) Má execução; Vícios operacionais; Desorganização; Falta de planejamento.
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24 Treinamento, reorganização do canteiro de obra, recolhendo materiais espalhados, separando e beneficiando. Ações do Memorial Parque Jardim dos Girassóis.
25 CONSTRUTORA O B R A Reutilização TRIAGEM triagem prévia no local Classe A inertes Classe B recicláveis Beneficiamento MADEIRA PAPEL Reutilização Matéria orgânica Aterro sanitário Classe C indeterminado PLÁSTICO METAL VIDRO Classe D contaminantes
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33 Análise dos dados obtidos Peso líquido/recipiente 2,9 Kg Peso bruto/recipiente 23,9 Kg Peso líquido/material 21,0 Kg. Área de aplicação 2,40 m² Material sem aderência 3,6 Kg Índice/ reutilização 17,15% Área de cobertura/obra m² Total material estimado Kg Reaproveitamento Kg
34 Material processado volta ao ciclo produtivo em forma de material e não mais de resíduo; este processamento pode ocorrer dentro ou fora da obra. Sub-leito do calçamento do Loteamento ATP Adelaide, material retirado do local, incorporado com outros resíduos e processado pela RECICLAX retorna como material selecionado e dentro dos padrões de norma.
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39 Processos Logísticos Materiais novos Suprimento Produção Distribuição Materiais beneficiados
40 Como propor o modelo da Logística Reversa Na LP (abrangência e âmbito do impacto), identifica e avalia impactos ambientais decorrentes da instalação do empreendimento (screaming & scoping); Na LI (tomada de decisões), propõe ações mitigadoras ou compensatórias relacionadas ao total geral de resíduos produzidos, bem como as propostas de monitoramento; Na LO (verificação pelo poder público), confere os dados fornecidos na LP (abrangência e âmbito do impacto), a aplicação das medidas propostas durante a tomada de decisões e verifica os resultados obtidos.
41 Sugestão: (best practices) 1 Responsabilização técnica formal em todos os processos (levantamentos, produção, gestão e prestação de contas - ARTs / RRTs); 2 Gerar parâmetros técnicos de caracterização e de uso dos materiais produzidos através de beneficiamento; 3 Desenvolver testes a serem aplicados nas usinas para determinação de parâmetros mínimos de qualidade do produto; 4 Pelo poder público, estabelecer percentuais de utilização (cotas / metas) de materiais beneficiados ainda na fase de projetos; 5 Formalização de um banco de dados público de melhores práticas, com o intuito de subsidiar os novos processos de tomadas de decisão (folowup);
42 Conclusões A logística reversa participa, junto com outros procedimentos, de uma ação conjunta de boas práticas, que devem ser continuamente aprimoradas e questionas quanto a sua abrangência e grau de acerto, para atender as mais diversas aplicações. Apenas com o envolvimento formal de todos os envolvidos na cadeia (academia, poder público e iniciativa privada) pode-se efetivamente progredir nas ações práticas, necessárias para a efetiva aplicação das normas e dos conceitos. Grato!
43 Grato!
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