O Brasil bateu no piso; mas o setor público pode ficar lá? Carlos Pinkusfeld Bastos IE/UFRJ Grupo de Economia Política

Transcrição

1 O Brasil bateu no piso; mas o setor público pode ficar lá? Carlos Pinkusfeld Bastos IE/UFRJ Grupo de Economia Política

2 Governos Dilma: duas desacelerações e um impeachment. Desaceleração de 2011 Diagnóstico equivocado e quebra de tendência. Políticas fiscais equivocadas e retração do crédito

3 I II III IV PIB Var ano ,6 1,9 1,5-4,0 5,09 5,9 IPCA ,6 2,0 2,5 2,5-0,13 4, ,8 1,5 1,1 1,2 7,53 5, ,1 1,2 0,0 0,3 3,97 6,5

4 Arrocho 2011 Dilma I a) Em 2011, pela primeira vez desde 1994, não houve aumento real no salário mínimo b) Optou-se por cumprir a meta cheia de superávit primário de 3,1%, chegando a 3,74% no acumulado de 12 meses em julho de 2011 c) O BACEN inicia um ciclo de aumento na SELIC entre fevereiro de 2010 e agosto de 2011, trazendo a taxa básica nominal de 8,5% para 12,5%. d) Medidas macroprudenciais entre o final de 2010 e o inicio de 2011 para controlar o crédito ao consumidor e frear um dito superaquecimento da demanda agregada.

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9 I 1997.III 1998.I 1998.III 1999.I 1999.III 2000.I 2000.III 2001.I 2001.III 2002.I 2002.III 2003.I 2003.III 2004.I 2004.III 2005.I 2005.III 2006.I 2006.III 2007.I 2007.III 2008.I 2008.III 2009.I 2009.III 2010.I 2010.III 2011.I 2011.III 2012.I 2012.III 2013.I 2013.III 2014.I 2014.III 2015.I Consumo Investimento

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11 Concessões a PF com Recursos Livres (Acc trimestre - R$ bilhões de 2014

12 Dilma II (?) - Desaceleração Levyniana Pior recessão da histórica contemporânea do Brasil: A tempestade perfeita: Tarifas Câmbio Juros

13 2015 não era 2003 (Bastos e Lara 2015)

14 I II III IV PIB Var ano IPCA ,2-0,7 0,0 0,4 0,5 6, ,1-2,3-1,4-0,9-3,77 10, ,7-0,6-0,5-0,7-3,46 6,29

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16 O Brasil bateu no fundo (Bastos e Aidar 2017) Em 2017 o país para de cair. Todos os indicadores mostram entretanto que a economia anda mais de lado que pra frente

17 4º Tri/2013 1º Tri/2014 2º Tri/2014 3º Tri/2014 4º Tri/2014 1º Tri/2015 2º Tri/2015 3º Tri/2015 4º Tri/2015 1º Tri/2016 2º Tri/2016 3º Tri/2016 4º Tri/2016 1º Tri/2017 2º Tri/2017 3º Tri/2017 4º Tri/2017 1º Tri/ Série Encadeada do PIB (sem aj. sazonal) 4º tri/2013=

18 3.00% Variação (%) Consumo das Famílias e FBCF trimestre/trimestre anterior 2.00% 1.00% 0.00% -1.00% -2.00% -3.00% 1º Tri/2016 2º Tri/2016 3º Tri/2016 4º Tri/2016 1º Tri/2017 2º Tri/2017 3º Tri/2017 4º Tri/2017 1º Tri/2018 Consumo das Famílias FBCF

19 Jan-12 Mar-12 May-12 Jul-12 Sep-12 Nov-12 Jan-13 Mar-13 May-13 Jul-13 Sep-13 Nov-13 Jan-14 Mar-14 May-14 Jul-14 Sep-14 Nov-14 Jan-15 Mar-15 May-15 Jul-15 Sep-15 Nov-15 Jan-16 Mar-16 May-16 Jul-16 Sep-16 Nov-16 Jan-17 Mar-17 May-17 Jul-17 Sep-17 Nov-17 Jan-18 Mar-18 May Atividade - (jan/2012=100) Indústria Geral Indice de volume de Serviços Comércio Varejista IBC-Br

20 Ironia Meirelliana Alguns fatores que seguraram a demanda em 2017: Salário Mínimo Previdência/Gasto Público

21 Salário Mínimo Real x Rendimento médio real (PME antiga) Rendimento médio real efetivo Sal. Mínimo Real

22 Discriminação /2016 R$ Milhões % PIB R$ Milhões % PIB IV. DESPESA TOTAL ,2 20,0% ,8 19,5% 2,37 IV.1 Benefícios Previdenciários ,3 8,1% ,8 8,5% 9,72 IV.2 Pessoal e Encargos Sociais ,8 4,1% ,1 4,3% 10,15 IV.3 Outras Despesas Obrigatórias ,6 3,2% ,4 2,8% -7,38 IV.4 Despesas Discricionárias - Todos os Poderes ,4 4,5% ,4 3,8% -10,98 IV.4.1 Discricionárias Executivo ,3 4,3% ,0 3,7% -11,16 IV PAC ,7 0,7% ,0 0,5% -29,60 d/q MCMV 7.965,3 0,1% 3.617,9 0,1% -54,58 IV Demais ,8 3,6% ,8 3,2% -7,70 Min. da Saúde ,7 1,6% ,3 1,5% -3,36 Min. do Des. Social ,2 0,5% ,7 0,5% 7,67 Min. da Educação ,2 0,6% ,8 0,5% -4,39 Demais ,7 1,0% ,0 0,7% -24,47 IV.4.2 LEJU/MPU ,2 0,2% ,4 0,2% -7,26 Legislativo 1.936,3 0,0% 1.719,0 0,0% -11,22 Judiciário 8.191,8 0,1% 8.016,3 0,1% -2,14 Demais 2.876,2 0,0% 2.325,1 0,0% -19,16

23 Diferença Variação Discriminação Jan-Jun/18 Dif. pp Jan-Jun Jan-Jun Jan-Jun Jan-Jun Jan-Jun/17 IV. DESPESA TOTAL , , ,0 5,4% 18,8% 19,0% 0,2% IV.1 Benefícios Previdenciários , , ,5 5,9% 8,0% 8,1% 0,1% IV.2 Pessoal e Encargos Sociais , , ,8 3,8% 4,2% 4,2% 0,0% IV.3 Outras Despesas Obrigatórias , ,7-315,4-0,3% 3,1% 2,9% -0,1% IV.4 Despesas Discricionárias - Todos os Poderes , , ,2 11,1% 3,5% 3,7% 0,2% IV.4.1 Discricionárias Executivo , , ,1 11,0% 3,3% 3,5% 0,2% IV PAC , , ,3-11,2% 0,3% 0,3% 0,0% d/q MCMV 1.407, ,6-335,1-23,8% 0,0% 0,0% 0,0% IV Demais , , ,6 13,2% 3,0% 3,2% 0,3% Min. da Saúde , , ,6 13,0% 1,5% 1,6% 0,1% Min. do Des. Social , ,9 215,6 1,3% 0,5% 0,5% 0,0% Min. da Educação , ,6-342,7-2,5% 0,4% 0,4% 0,0% Demais , , ,1 36,5% 0,6% 0,7% 0,2% IV.4.2 LEJU/MPU 5.193, ,2 725,0 14,0% 0,2% 0,2% 0,0% Legislativo 808,0 857,1 49,1 6,1% 0,0% 0,0% 0,0% Judiciário 3.447, ,9 653,3 18,9% 0,1% 0,1% 0,0% Demais 937,6 960,3 22,7 2,4% 0,0% 0,0% 0,0%

24 O que vai puxar a recuperação Salários: induzidos Investimento: induzido Crédito: Crescimento do emprego formal Exportações Gasto Público

25 Exportações

26 Jan-14 Mar-14 May-14 Jul-14 Sep-14 Nov-14 Jan-15 Mar-15 May-15 Jul-15 Sep-15 Nov-15 Jan-16 Mar-16 May-16 Jul-16 Sep-16 Nov-16 Jan-17 Mar-17 May-17 Jul-17 Sep-17 Nov-17 Jan-18 Mar-18 May-18 1,500,000 CAGED - Saldo de Admissões e Desligamentos Total Brasil Ac. 12 meses 1,000, , ,000-1,000,000-1,500,000-2,000,000-2,500,000

27 O teto, viabilidade do setor público e a recuperação EC 95 é pra valer? Ou uma forma de forçar a reforma da previdênca?

28 De onde tirar?

29 Simulação do Bradesco

30 Está mal; vai piorar

31 Projeção plurianual mais recente do orçamento (LDO 2019, R$ bi)

32 Possível Solução Mais gasto (certamente não menos!!) e mais imposto progressivo. Lembrar FHC II: 5,72 p.p. elevação da carga tributária em proporção do PIB. Redução da taxa de crescimento do gasto federal mas que ainda assim permanece positiva, com um valor de 1,42%. 1998, 1999, estagnação econômica.