Campeãs da Feira Açores

Transcrição

1 N.º 238 Julho-Agosto de º Ano Director José António Azevedo Edição Bimestral As Grandes Campeãs da Feira Açores Dia do Sócio da AAIT Paulo Jorge Pimentel Ricardo Santos pág 20 reportagem pág 2 entrevista pág 23 terceira: Rua Dr. Alfredo da Silva Sampaio, 38 r/c São Bento Angra do Heroísmo Telef: /9 Fax: terceira: Atalaia, Ribeirinha AH Telef: /3 Fax: São Miguel: Rua Dr. Homem de Gouveia Praceta do Divino Espírito Santo, 5-A Ponta Delgada Telef: /6 Fax:

2 Reportagem Paulo Jorge dinis Pimentel Em todo o mundo há vacas em estábulos Paulo Jorge Dinis Pimentel apostou na criação de um estábulo na ilha Terceira e garante que a sua produção cresceu de 30 a 40 por cento. Aos mais céticos, lembra que há vacas em estábulos por todo o mundo. Porque não nos Açores? Foi há três anos e meio que Paulo Jorge Pimentel decidiu criar uma exploração leiteira diferente na ilha. Fez transitar os seus animais da pastagem para um grande estábulo, na freguesia da Feteira. O que se encontra lá dentro está muito longe de uma lavoura tradicional. Durante todo o dia, as vacas ouvem, pelos altifalantes, as músicas que passam nas estações de rádio locais. Ficam mais calmas, vai explicando Paulo Jorge Pimentel, que faz uma visita guiada ao local. Cada vaca tem o seu espaço no estábulo, que dispõe de uma divisão dedicada à ordenha e de tanques que aproveitam as águas pluviais e também o estrume, que será depois utilizado como adubo. No andar de cima, Paulo Jorge Pimentel montou um escritório. O preto e branco da raça Holstein Frísia também está presente na decoração. O agricultor explica que, após visitas a vários países europeus e também seguindo o exemplo dado por muitas explorações no Continente, avançou para a estabulação dos seus animais, com vista a uma maior eficiência e melhores lucros. Sei que não é uma opção nada comum na Terceira, mas considero que proporciona melhores condições de trabalho. Permite um aumento da produção e um maior encabeçamento, que levam a um melhor rendimento, resume. Outra vantagem é um maior conforto para os animais. As pessoas têm uma ideia de que a pastagem é muito boa para os animais, mas, na verdade, apenas três meses são muito bons: abril, maio e junho. A partir daí, ou é muito calor, ou muito frio. O calor, agora, por exemplo, atrai as moscas. Aqui dentro, as vacas não tomam mosca e estão à sombra. No inverno por vezes chove muito e faz muito frio. O agricultor vai para casa e fica a pensar nos animais que ficam naquelas condições, exemplifica. Além de todas as outras vantagens, 02 jornal da aait Julho-Agosto 2015 Paulo Jorge Pimentel e o empregado Luís Miguel os lucros são hoje inegavelmente melhores, com um aumento de produção de 30 a 40 por cento, devido a uma subida do número de animais (25 a 30 por cento), mas também da produção média por vaca, visto que o clima no interior do estábulo se mantém constante ao longo do ano. Os custos aumentaram, é claro, mas a subida de lucros compensa, até porque os apoios às explorações têm hoje sobretudo em conta o volume de produção. Quando fiz este estábulo, informeime bem sobre quais eram as vantagens e as desvantagens que isto tinha. Não foi um tiro no escuro, porque não é um investimento pequeno, garante Não concorda com os académicos e com os técnicos que são contra a estabulação nos Açores. É certo que temos um clima com muita humidade, mas a vaca, na pastagem, também se deita na humidade. Aqui tem a sua cama, com colchão seco. Tem melhores condições de vida. Em todo o mundo há vacas em estábulos, e dá certo, afirma. Também a alimentação é controlada, para se manter uniforme ao longo do ano e Paulo Jorge Pimentel aposta no melhoramento da pastagem e faz muita silagem de milho. Oitenta por cento do terreno, agora disponível, é dedicado à sementeira de milho. Considera que a cada agricultor cabe escolher qual é o melhor caminho para a sua exploração. Sei apenas que, para mim, isto deu certo. Estou satisfeito, conclui. Lidar com a crise Como todos os agricultores na Região e na ilha, Paulo Jorge Pimentel sente a descida do preço do leite pago ao produtor, mas defende que cabe a cada lavrador arranjar uma solução para obter melhores lucros, mesmo num cenário de crise. Todos temos de encontrar maneira de, se não for possível aumentar os lucros, pelo menos mante-los. Isso faz-se com quantidade e qualidade, considera. Quanto ao fim das quotas leiteiras, pensa que ainda não decorreu o tempo suficiente para se concluir se o desaparecimento deste regime no espaço da União Europeia trará consequência positivas ou negativas. Já a existência de uma única indústria que absorve o leite produzido na ilha é encarada por Paulo Jorge Pimentel como uma limitação. Já sabemos que é um problema, porque a falta de concorrência permite que tomem as decisões unilateralmente. O leite, quando está a aumentar muito, isso sente-se pouco junto do produtor e eles obtêm lucros de milhões. Já quando desce, desce logo também o que se paga ao produtor, lamenta. Gostava de ver avançar uma segunda fábrica, mas é realista. Era bom, claro, mas fácil não é, diz. Por agora, Paulo Jorge Pimentel vai pensando em melhorar as condições para a silagem e em colocar painéis solares. Temos de pensar sempre no futuro e de ir aprendendo. Na agricultura, nunca se pode deixar de aprender, aconselha. Bilhete de identidade Paulo Jorge Pimentel 42 anos, solteiro Natural da Feteira Agricultor desde 1992 Máquinas: Dispõe de todo o equipamento necessário para gerir o estábulo, mas prefere contratar muitos serviços fora, em vez de ter adquirir as máquinas, por considerar uma melhor opção, visto os equipamentos desvalorizarem ao longo dos anos e serem utilizados apenas algumas vezes ao longo do ano. Dimensão da exploração: Cerca de 53 hectares. Animais: 105 vacas leiteiras e mais cerca de 100 até aos dois anos e meio Produção anual de leite: Mais de um milhão de litros. O contraste leiteiro é realizado pela máquina de ordenha e os dados são recolhidos num sistema informático. Pratica inseminação artificial (também os cios das vacas são calculados por um programa informático) Tempos livres: É do Benfica, mas não é de discutir muito futebol. Gosta de ir às touradas, de tomar banho e de fazer férias.

3 Mercado da Vinha Brava abriu ao público no passado dia 5 de julho Editorial José António Azevedo Presidente da AAIT Ficha Técnica Jornal da AAIT Nº 238- Julho-Agosto de 2015 Director: José António Azevedo Director Adjunto: Manuel Jorge Melo Propriedade Associação Agrícola da Ilha Terceira Redacção e Publicidade Avenida Álvaro Martins Homem, 31 Fotocomposição e Impressão Diário Insular Secretariado Elisabete Barcelos, Emanuel Miguel, Hortense Pires, Liliana Fraga, Mónica Mendonça, Paulo Cordeiro, Rui Cardoso, Renata Medeiros e Paulo Fortuna Colaboraram neste número Diário Insular, GACS Depósito Legal n.º 68950/93 ISSN Tiragem Média: 1000 exemplares Caros associados, estamos a viver numa era de grandes dificuldades com todo um cenário que se alterou na Europa em pouco mais de um ano resultante do embargo Russo, falta de poder de compra dentro da Europa, o desacelerar das economias emergentes e o fim das cotas leiteiras. Este cenário desencadeou dificuldades no escoamento de leite e dos seus derivados e mais tarde fez sentir-se no preço e escoamento da carne, causando grandes dificuldades aos produtores, com preços pagos ao produtor abaixo de preço de custo, colocando assim em causa a sustentabilidade das explorações e à economia das regiões delas dependentes. Estamos cientes das flutuações que os mercados estão sujeitos e da pressão imposta pela grande distribuição até mesmo por vezes situações de puro dumping quando o preço ao consumidor final é inferior ao custo de produção, transformação e embalagem. As causas estão identificadas agora há que criar mecanismos alternativos que regulem os mercados e que tragam igualdade da distribuição dos dividendos que advém do que produzimos. Não podem continuar largas centenas de produtores, que dependem inteiramente do sector, a pagar a fatura de todos os espirros dos mercados, enquanto indústria e a distribuição tentam todos os meios para segurarem as suas margens. Na Região, temos assistido todas as semanas a que nas grandes superfícies tenham um leite em promoção de marca diferente ou seja o leite em promoção da semana vende muito a baixo preço, não ganha nada e nas restantes semanas são outros em promoção e o leite em causa fica com vendas residuais. É com este jogo do gato e do rato que os leites produzidos na Região se deparam na atualidade. Assim não vamos lá! Há que criar legislação para alterar esta teia que só serve dois ou três. Nós produtores temos que cumprir com inúmeras normas quer de qualidade do que produzimos, proteção ambiental, bem-estar animal entre outras mais mas por outro lado na comercialização dos nossos produtos estamos entregues a nós próprios. Neste momento o próprio Comissario Europeu para agricultura começou a reconhecer que há uma crise instalada no sector e a Ministra da Agricultura também está a tentar junto dos ministros de outros países encontrar meios para alterar esta situação e o próprio Governo Regional esta apreensivo mas sente-se limitado para alterar este cenário de crise Europeia. Nós, associação agrícola estamos atentos e apreensivos e a tentar desencadear ações que permitam o mais rapidamente possível desbloquear este impasse. Resta-me desejar força e ânimo para ultrapassar este momento delicado. jornal da aait Julho-Agosto

4 Notícias Novos Procedimentos para a Movimentação de Bovinos O IFAP determinou que a partir do dia 3 de Agosto de 2015 a emissão de guias de circulação de bovinos passará a realizar-se na plataforma idigital, na Área Reservada do Portal do IFAP portal/page/portal/ifap_publico; A comunicação do movimento à base de dados feita pelo detentor de origem dos animais, resulta na emissão de uma guia em duplicado que se deve imprimir. A confirmação, na base de dados, do movimento deve ser feita pelo detentor de destino; O original da guia segue com os animais e o duplicado fica na posse do detentor de origem; A comunicação da movimentação de bovinos e emissão da respetiva guia pode ser feita pelo próprio produtor na Área Reservada do site acima referido. A comunicação referida também pode ser realizada nas Associações e Cooperativas Agrícolas ou em qualquer Posto de Atendimento dos Serviços de Desenvolvimento Agrário de Ilha; As guias tem validade de 24 horas após a hora descriminada para o início do transporte dos animais. Caso este tempo seja ultrapassado, sem que o transporte seja iniciado, a guia deverá ser eliminada pelos Serviços de Desenvolvimento Agrário de Ilha e substituída por uma nova guia; O prazo para a confirmação da chegada dos animais pelo produtor de destino são 7 dias úteis Existem 2 tipos de guias para os lavradores imprimirem nomeadamente: a) Guia de Circulação para abate imediato; b) Guia de Circulação para exploração em vida; Para qualquer esclarecimento deve dirigir-se a qualquer Posto de Atendimento dos Serviços de Desenvolvimento Agrário da sua Ilha. Linha de Crédito para Antecipação do Subsídio Prémio aos Produtos Lácteos ASSOCIAÇÃO AGRÍCOLA DA ILHA TERCEIRA 2015 Enquadramento No âmbito do protocolo assinado com a Associação Agrícola da Ilha Terceira (AAIT), em março de 2014, está previsto no anexo III condições do NOVO BANCO DOS AÇORES para a antecipação de subsídios correntes inerentes à atividade agropecuária. A presente linha de crédito cria condições específicas para a antecipação de um dos principais subsídios agrícolas atribuído aos produtores de leite: Prémio aos produtos lácteos A antecipação deste subsídio foi uma reivindicação de alguns anos por parte dos produtores de leite da ilha Terceira. A portaria nº 89/2014 de 31 de Dezembro de 2014 prevê a atribuição deste subsídio, sendo o prémio calculado em função da produção de leite de vaca, no montante de 35e por tonelada. Resultados Agricultores recorreram à linha de crédito e de liquidez concedida através da antecipação do subsídio Resultados Agricultores recorreram à linha de crédito + 11 Agricultores face a 2014 (crescimento +27%) e de liquidez concedida através da antecipação do subsídio e de liquidez face a 2014 (crescimento +22%) 30% do montante de subsidio atribuído aos Agricultores da ilha Terceira foi antecipado através do protocolo 04 jornal da aait Julho-Agosto 2015

5 Discurso do Presidente da AAIT na sessão de abertura da Só com um sector primário forte e pujante vamos conseguir alavancar a economia da Região Estamos aqui presentes para abertura oficial da. Evento que este ano presenteia a ilha Terceira com uma organização tripartida entre a Secretaria Regional da Agricultura e Ambiente, nós, Associação Agrícola da Ilha Terceira e Câmara do Comércio de Angra do Heroísmo, cada qual responsável pelo seu sector ou área de intervenção. Por de pé um evento deste género é uma tarefa árdua e dispendiosa considerando a ausência, na ilha Terceira, de um espaço com infraestruturas adequadas para a organização de concursos e exposições. Esperamos não ter que aguardar pela próxima Feira Açores para concretizar o sonho de longa data de ter um parque de exposições com a dignidade que merecemos. Os nossos principais objetivos são os concursos pecuários. Este ano na sua décima sétima edição do concurso Holstein Frísia Terceirense o qual tem sido um incentivo ao melhoramento genético. Fator fundamental para alavancar a economia das explorações na qualidade e quantidade das produções e na venda de genética. A prioridade do investimento nas explorações deveria ser sempre no efetivo pecuário. E sendo uma Feira Açores temos a presença de animais de outras ilhas que elevam para um patamar superior a qualidade dos concursos tornando-os ainda mais competitivos mas sempre num ambiente saudável no qual não há vencedores nem vencidos. Todos os participantes saem a ganhar com o reconhecimento do bom trabalho feito nas suas explorações e com a certificação em concurso constituindo mais um dado adquirido para juntar à classificação morfológica e ao contraste leiteiro. O momento que se vive no sector agropecuário com descidas do preço do leite pago ao produtor para valores abaixo do custo de produção, dificuldades no escoamento da carne e quedas de preço, resultado de decisões políticas desastrosas tais como o fim das quotas leiteiras, o embargo Russo aos produtos Europeus, a retração das economias emergentes. Não podemos, no entanto, descurar o trabalho que temos feito ao longo dos anos mantendo-nos ativos para quando os mercados começarem a dar sinais positivos estarmos aptos a dar o nosso contributo. Só com um sector primário forte e pujante vamos conseguir alavancar economia da Região. O sector agropecuário é primordial para alimentação da população humana que vai aumentar significativamente nos próximos anos sendo mais uma razão para preservarmos o nosso sector. Temos que reunir produtores, industriais e governo Regional em prol da sustentabilidade do sector. Temos um novo quadro comunitário de apoio, o PRORURAL +, importante para a continuação do desenvolvimento da agricultura da Região mas receio não ter um impacto tão positivo como no passado dadas as circunstancias que o sector atravessa, a falta de capitais próprios das explorações para assumirem parte do investimento e a escassez que se podem prolongar no tempo. Nós produtores ao longo do tempo já demos provas, mais que suficientes que temos grande capacidade para nos adaptar a todas as normas e imposições. Temos na Região produtores e explorações em pé de igualdade com a realidade Europeia mas claro com a nossa limitação de Região ultra periférica com todos os handicaps dai resultantes. Lançava aqui um apelo para que se criem medidas e mecanismos que sirvam para minimizar os impactos negativos que se fazem sentir e que sirvam de suporte para não destruirmos um sector fundamental para a fixação da população em todas as ilhas dos Açores e para que possamos ter a balança comercial entre o que importamos e exportamos minimamente equilibrada. E para aumentarmos o valor do que produzimos nos Açores para exportar para fora da Região não devemos apenas produzir mais, mas sim acrescentar qualidade e valor à nossa produção. Temos leite e carne de excelente qualidade e com textura, ómegas e paladares típicos devido ao nosso modo de produção. Há que introduzir na indústria de transformação dos nossos produtos a inovação e valorização utilizando dominação de origem, marca Açores, utilizando o verde das nossas pastagem como imagem de marca. A produção tem feito o seu trabalho mas nunca está todo feito. Como é evidente continuaremos o nosso percurso no entanto, a indústria na ilha Terceira estagnou no tempo. Há vinte e cinco anos que não se lança um produto novo no mercado e ainda se perderam vários ao longo dos anos. Não bastando o panorama mundial e Europeu ainda temos mais esta pedra no sapato. Entrando mais concretamente no âmbito da feira e para preservar o nosso passado vamos ter a presença e concurso de animais de raça Ramo Grande a qual já foi predominante em algumas ilhas que produziam leite e carne utilizados como meio de tração nas lavoura e trabalho da terra. É uma forma homenagear e relembrar os nossos antepassados. Animais de diversas raças com aptidão para produção de carne também vão ter uma forte presença neste evento que tem a maior abrangência possível dar a conhecer o trabalho desenvolvido com raças puras de forma a otimizar as carcaças e o seu rendimento. Devido à dispersão das ilhas e seus terrenos acidentados, a produção de carne é importante para termos todas as áreas produtivas tratadas e preservadas. Parcelas que são mais propícias para animais mais robustos onde estas mesmas raças se adaptam bem e uma boa parte é comercializada com selo IGP Identificação Geográfica Protegida. Numa vertente mais pedagógica as Feiras são um espaço de interação entre produtores animais e população. É nas Feiras que algumas crianças têm os primeiros contactos com bovinos. As mais audazes e que tem a oportunidade de participar na escola de jovens manejadores preparado para crianças a partir de cinco a seis anos levando a peito as orientações do formador, numa disputa renhida mas saudável pelas melhores classificações tomando o gosto pelos animais e tornando se adeptos ferrenhos das Feiras. Com todos estes ingredientes os dados estão lançados para termos uma boa feira. Queria desde já agradecer todos os participantes em concursos, aos colegas dirigentes associativos e à federação agrícola dos Açores que nos visita, aos nossos patrocinadores, às Camaras Municipais de Angra do Heroísmo e Praia da Vitoria pela cedência do espaço, disponibilização das tendas. Resta apelar a todos que visitem a feira que a vivam com entusiasmo e desejar às empresas bons negócios. jornal da aait Julho-Agosto

6 06 jornal da aait Julho-Agosto 2015 O Pavilhão da AAIT na

7 jornal da aait Julho-Agosto

8 XVII Concurso Terceirense da Raça Holstein Frísia Paulo Fortuna AAIT Inserido na, que decorreu entre 11 e 14 de Junho na cidade da Praia da Vitória, o concurso da raça holstein-frísia assumiu uma vez mais um papel de destaque nesta feira que tem como objetivo mostrar o que de melhor se produz na região. A responsabilidade de organizar este concurso, o da raça Ramo Grande e raças de carne coube à Associação Agrícola da Ilha Terceira (AAIT). Com um total de 212 inscrição, este ano por ser Feira Açores o concurso contou com a presença de bovinos das ilhas de São Miguel, Pico e Faial, enriquecendo deste modo o valor genético da demonstração do trabalho que tem sido desenvolvido a nível do melhoramento animal da raça holstein-frísia na região. O concurso, como vem sendo habitual, foi dividido em dois dias de modo a não ser tão moroso e tornar-se uma experiência cansativa tanto para a assistência como participantes e organização. Deste modo, no sábado dia 13 pelas 18:30 procedeu-se ao julgamento das vitelas e novilhas (gado alfeiro) e no domingo dia 14 pelas 11:00 o julgamento das vacas leiteiras. A difícil mas ao mesmo tempo agradável tarefa de julgar as classes do concurso coube ao juiz canadiano Bloyce Thompson da ilha de Príncipe Edward, que ficou encantado tanto com a qualidade dos animais presentes no certame, dedicação dos criadores, como com a beleza da ilha. Para a realização deste evento a AAIT contou com a colaboração de diversas entidades e pessoas tais como as empresas de comercialização de sémen Semex, World Wide Sires e Genes Diffusion representadas pelo subcentro de inseminação artificial da UNICOL (que também ofereceu o serviço de inseminação artificial aos premiados do concurso), a empresa de comercialização de sémen ABS representada pelo subcentro de inseminação artificial Terceira Farma, a empresa de comercialização de sémen Alta Genetics representada pelo subcentro de inseminação artificial Lilásprado, A empresa de comercialização de sémen Xenética de Fontau, a Associação Portuguesa de Criadores da Raça Frísia (APCRF) que como já vem sendo hábito indicou o juiz do concurso, a empresa de comercialização de rações Terceirense Rações e a Câmara Municipal da Praia da Vitória. Para além da habitual colaboração na entrega de senhas de sémen aos animais premiados os subcentros de inseminação locais (UNICOL, Terceira Farma e Lilás Prado) ofereceram o pequeno-almoço aos produtores e técnicos que nos dias da feira começaram o seu dia bastante cedo. Esta iniciativa para além de ser um ótimo apoio para os produtores e técnicos durante as manhãs de muito trabalho também provou ser muito importante no estreitamento das relações entre técnicos dos subcentros e produtores. Quanto ao júri de admissão dos animais no recinto do concurso, importa destacar a relevante colaboração do Dr. João Fagundes e do Dr. Leandro Pires que, tal como no ano anterior, observaram todos os animais à entrada da feira, rejeitando aqueles que apresentaram sinais de doença infectocontagiosa, feridas expostas ou outro tipo problemas físicos. Este ano, o concurso contou com a presença da revista AFRIGA, importante meio de comunicação da península ibérica no sector agropecuário. Para além da edição mensal de uma revista, a AFRIGA dispõe de vídeos no seu site de diversos concursos em Espanha, Portugal e outros países, bem como reportagens a explorações e empresas. No site da Afriga já é possível ver os vídeos do concurso e na edição da revista que saiu recentemente e próxima edição haverá artigos acerca do concurso, da ilha Terceira e uma entrevista a uma exploração, projetando deste modo para o exterior a qualidade dos nossos animais da raça holstein-frísia. Relativamente às fotografias dos animais premiados, a AAIT este ano decidiu contratar o experiente fotógrafo espanhol de bovinos em concursos e para catálogos o Dr. Maurício dos Santos Garcia e o seu ajudante Noel Balsa Amor, que realizaram um excelente trabalho, tirando fotografias com muita qualidade e que certamente serão importantes recordações para os criadores que obtiveram os primeiros e segundos lugares em cada uma das classes. No que se refere ao número de criadores e animais presentes no concurso, nunca é demais enaltecer o enorme afinco e capacidade de sacrifício que é necessário ter para participar com animais no concurso. Importa salientar que quando um criador leva animais para um concurso existe normalmente um trabalho de seleção, treino e alimentação dos animais que é feito na exploração semanas antes e que é adicionado ao trabalho diário que já existe na exploração. Também nos dias do concurso os afazeres básicos da exploração têm que ser cumpridos (a ordenha, alimentação dos animais entre outros) o que dificulta a dedicação por completo aos animais que se encontram da feira e vão a concurso. Apesar destas dificuldades e outras inerentes à produção de leite na ilha, a elevada participação de explorações no concurso demonstra o gosto que os produtores têm em mostrar e comparar os resultados de um importante e dispendioso trabalho de seleção e melhoramento animal. Como nota final, resta agradecer a todos os que de uma ou outra forma contribuíram para a realização de mais um concurso da raça holstein-frísia na ilha Terceira. 08 jornal da aait Julho-Agosto 2015

9 Lista de Vencedores (5 primeiros lugares) Classes Vitelas de 3 a 6 meses Vitelas de 6 a 8 meses Vitelas de 8 a 10 meses Vitelas de 10 a 12 meses Novilhas de 12 a 14 meses Novilhas de 14 a 17 meses Novilhas de 17 a 20 meses Novilhas de 20 a 23 meses Novilhas de 23 a 27 meses Vencedores Pepsi (PT ) Filha do Atwood CA e neta 1º do AltaBaxter US pertencente a NELSON MARCO BARCELOS 639 (PT ) Filha do Meridian US e neta do 2º AltaBaxter US pertencente a JORGE HENRIQUE TOLEDO ÁVILA 1137 (PT ) Filha do Atwood CA e neta do Blitz 3º US pertencente a MANUEL BRANCO & JOSÉ BRANCO EXP. AGRO-PEC. Hortênsia (PT ) Filha do US e neta do 4º Prospect US pertencente a ZULMIRA MARIA LISBOA ALMEIDA Lavrada (PT ) Filha do Mascalese IT e 5º neta do Mr. Burns CA pertencente a IRMÃOS DINIS EXP. AGRO-PEC. LDA. Mimosa (PT ) Filha de Planet US e neta do 1º Goldwyn CA pertencente a ANTÓNIO JOSÉ BORGES TOSTE 2º 3977 (PT ) Filha do Dempsey US pertencente a JOSÉ ANTÓNIO VIEIRA 930 (PT ) Filha do Man-o-Man 2 US e neta 3º do Dolman US pertencente a FRANCISCO HILDEBERTO TOLEDO ÁVILA 4º Violeta (PT ) Filha do NBA CA pertencente a IRMÃOS SÓZINHO E AZEVEDO AGRO-PEC. LDA (PT ) Filha do AltaHaley US e neta 5º do Exacter US pertencente a ANTÓNIO PEDRO ÁVILA SIMÕES 677 (PT ) Filha do Atwood CA e neta do 1º Buckeye EUA pertencente a JORGE HENRIQUE TOLEDO ÁVILA 2147 (PT ) Filha do Windbrook CA e neta do 2º Dolman US pertencente a PAULO HENRIQUE SERPA COSTA RITA 6992 (PT ) Filha do Destry US e neta do 3º Shottlel UK pertencente a HERDEIROS DE MANUEL ELIAS DE MONIZ Mitra (PT ) Filha do Windbrook CA e neta 4º do Shottel UK pertencente a MÁRIO JORGE PEREIRA OLIVEIRA 5º Francesa (PT ) Filha do Danillo Nl e neta do Roy US pertencente a ANTÓNIO FERREIRA JAQUES 903 (PT ) Filha de Aftershock US e neta do 1º Dolman US pertencente a FRANCISCO HILDEBERTO TOLEDO ÁVILA 1545 (PT ) Filha do Braxton US e neta do 2º Augustine US pertencente a SOCIEDADE MELOSFARM LDA. EAMV WINDBROOK (PT ) Filha do Windbrook CA 3º e neta do Bolton US pertencente a EXP. AGRO-PEC. MENDONÇA & VENTURA EAMV WINDBROOK (PT ) Filha do Windbrook CAN 4º e neta do Bolton US pertencente a EXP. AGRO-PEC. MENDONÇA & VENTURA 4907 (PT ) Filha do Parocas IT e neta do 5º Safety-Red IT pertencente a MANUEL BRANCO & JOSÉ BRANCO EXP. AGRO-PEC. 1º 0340 (PT ) neta do Classic NL pertencente a HUMBERTO ORLANDO COSTA FREITAS 2º Fazenda (PT ) Filha do Trigger US e Lomax CA pertencente a FRANCISCO ROBERTO FERRAZ SALES 3º 670 (PT ) Filha do Sid US e neta do Goldwyn CA pertencente a JORGE HENRIQUE TOLEDO ÁVILA EAMV GABOR 279 (PT ) Filha do Gabor US e 4º neta do AltaWildman US pertencente a EXP. AGRO-PEC. MENDONÇA & VENTURA 5º Altiva Super (PT ) Filha do Super US e neta do Blitz US pertencente a ROSA FÁTIMA SILVA PIRES 1º Vitória (PT ) Filha do Frisado PT pertencente a JOSÉ MANUEL MONIZ OLIVEIRA 879 (PT ) Filha do Aftershock US e neta do 2º Damion US pertencente a FRANCISCO HILDEBERTO TOLEDO ÁVILA 4904 (PT ) Filha do Mascalese IT 3º pertencente a MANUEL BRANCO & JOSÉ BRANCO EXP. AGRO-PEC. Bonita (PT ) Filha de Parocas IT e neta 4º do Roy US pertencente a LUÍS HENRIQUE FURTADO NOGUEIRA Pombinha (PT ) filha do Tee- off CA e neta 5º do Damion US pertencente a IRMÃOS SÓZINHO E AZEVEDO AGRO-PEC. LDA. ORP Fever Genial (PT ) Filha do Fever CAN º e neta do Kingly CA pertencente a ROBERTO MANUEL CORDEIRO PONTE 2º Preciosa (PT ) Filha do Farsano US pertencente a CARLOS ALBERTO REGO SILVA 3º Estrela (PT ) neta do Magna US pertencente à IRMÃOS DINIS EXP. AGRO-PEC. LDA. Cegonha (PT ) Filha do Zelgadis IT º e neta do Baxter US pertencente a JOÃO VALQUIRO ROCHA BARCELOS Bomba Mascalese (PT ) neta do Mascalese IT 5º e neta do Blitz US pertencente a CARLOS MANUEL TOLEDO COSTA 1º 8624 (PT ) filha do Fever CA e neta do Hadlee US pertencente a JOSÉ LUIS TAVARES AMORIM Fininha (PT ) Filha do Toledo Damion PT º e neta AltaMinister US pertencente a CARLOS MANUEL TOLEDO COSTA 849 (PT ) Filha do Goldwyn CA e neta do 3º Sanchez US pertencente a FRANCISCO HILDEBERTO TOLEDO ÁVILA Fazenda (PT ) Filha do Lheros CA e neta do 4º Progress US pertencente a DÉLIO FERNANDO FERRAZ SALES Mulata (PT ) Filha do Mr. Burns CA e neta 5º do Alexander US pertencente a ANTÓNIO FERNANDES GALANTE 5277 (PT ) Filha do Tee-off CA e neta do 1º Bolton US pertencente a MANUEL ANTÓNIO REGO ROCHA 2º Carlota (PT ) Filha do Fever CA pertencente a VITOR BRUNO DE MELO GALVÃO Mariana (PT ) Filha do Dempsey US e neta 3º do Bolton US pertencente a FRANCISCO HELVÍDIO DA ROCHA BARCELOS 4º Francisca (PT ) Filha do Magnetism US pertencente a ZULMIRA MARIA LISBOA ALMEIDA Windbrooka (PT ) Filha do Windbrook CA e 5º neta do AltaInitiative CA pertencente a NELSON MARCO BARCELOS Vacas em lactação de 2 a 3 anos Vacas em lactação de 3 a 4 anos de idade Vacas em lactação de 4 a 5 anos de idade Vacas em lactação c/+ de 5 anos de idade Classes Vitela Vice Campeã Vitela Campeã Novilha Vice Campeã Novilha Campeã Vice Campeã Jovem Grande Campeã Jovem Vaca Vice Campeã Vaca Grande Campeã Melhor Úbere Melhor Manejador Melhor Criador Melhor Conjunto 1º 2º 3º 4º 5º 1º 2º 3º 4º 5º 1º 2º 3º 4º 5º 1º 2º 3º 4º 5º 790 (PT ) Filha do Dempsey US pertencente a FRANCISCO HILDEBERTO TOLEDO ÁVILA Zulmira (PT ) Filha do Parocas IT e neta do Blitz US pertencente a CARLOS MANUEL TOLEDO COSTA 1035 (PT ) Filha do Marion US e neta do Lheros CA pertencente a HUMBERTO ORLANDO COSTA FREITAS Rainha (PT ) neta do Fever CA e neta Integrity US pertencente a IRMÃOS DINIS EXP. AGRO-PEC. LDA (PT ) Filha do Shottle UK e neta do Marion US pertencente a HUMBERTO ORLANDO COSTA FREITAS 577 (PT ) Filha do Sanchez EUA e neta do Jasper US pertencente a JORGE HENRIQUE TOLEDO ÁVILA Serena (PT ) Filha do AltaWildman EUA pertencente a IRMÃOS SÓZINHO E AZEVEDO AGRO-PEC. LDA (PT ) Filha do Blitz US e neta do Beauty View CA pertencente a HUMBERTO ORLANDO COSTA FREITAS 565 (PT ) Filha do Buckeye US e neta do Lheros CA pertencente a JORGE HENRIQUE TOLEDO ÁVILA EAMV WILDMAN 196 (PT ) Filha do Wildman US e neta do Goodtime IT pertencente a EXP. AGRO-PEC. MENDONÇA & VENTURA Corajosa (PT ) Filha do Wildman US e neta do Lheros CA pertencente a FRANCISCO HELVÍDIO DA ROCHA BARCELOS Morcega (PT ) Filha do Roy US pertencente a ANTÓNIO JOSÉ BORGES TOSTE Malhada (PT ) Filha do Sanchez EUA pertencente a DINIS DRUMOND DOS SANTOS Fidalga (PT ) Filha do Sanchez EUA e neta do Lheros CA pertencente a IRMÃOS DINIS EXP. AGRO- PEC. LDA. 663 (PT ) Filha do Dolman US e neta do Allen US pertencente a FRANCISCO HILDEBERTO TOLEDO ÁVILA 635 (PT ) Filha do Sanchez EUA e neta do Mason CA pertencente a FRANCISCO HILDEBERTO TOLEDO ÁVILA Rasgada (PT ) Filha do Shotlle UK pertencente a ISIDRO AZEVEDO LIMA 501 (PT ) Filha do Dolman US e neta do Gibson CA pertencente a JORGE HENRIQUE TOLEDO ÁVILA Mariana (PT ) Filha do AltaMinister US pertencente a CARLOS MANUEL TOLEDO COSTA 641 (PT ) Filha do Dolman US e neta do Lheros CA pertencente a FRANCISCO HILDEBERTO TOLEDO ÁVILA PRÉMIOS ESPECIAIS Vencedores 2147 (PT ) Filha de Windbrook CA e neta do Dolman US pertencente a PAULO HENRIQUE SERPA COSTA RITA 677 (PT ) Filha do Atwood CA e neta do Buckeye US pertencente a JORGE HENRIQUE TOLEDO ÁVILA Vitória (PT ) filha do Frizado PT pertencente a JOSÉ MANUEL MONIZ OLIVEIRA ORP Fever Genial (PT ) Filha do Fever CA e neta do Kingly CA pertencente a ROBERTO MANUEL CORDEIRO PONTE Vitória (PT ) filha do Frizado PT pertencente a JOSÉ MANUEL MONIZ OLIVEIRA ORP Fever Genial (PT ) Filha do Fever CA e neta do Kingly CA pertencente a ROBERTO MANUEL CORDEIRO PONTE 790 (PT ) Filha do Dempsey US pertencente a FRANCISCO HILDEBERTO TOLEDO ÁVILA 635 (PT ) Filha do Sanchez US e neta do Mason CA pertencente a FRANCISCO HILDEBERTO TOLEDO ÁVILA 635 (PT ) Filha do Sanchez US e neta do Mason CA pertencente a FRANCISCO HILDEBERTO TOLEDO ÁVILA Pedro Rocha Jorge Henrique Toledo Ávila Francisco Hildeberto Toledo Ávila O Juíz do Concurso jornal da aait Julho-Agosto

10 1.º Classificado - Vitelas 3 a 6 meses - PT Filha do Atwood CA e neta do AltaBaxter US NELSON MARCO BARCELOS 1.º Classificado - Vitelas 6 a 8 meses - PT Filha de Planet US e neta do Goldwyn CA ANTÓNIO JOSÉ BORGES TOSTE 1.º Classificado - Vitelas 8 a 10 meses - PT Filha do Atwood CA e neta do Buckeye EUA JORGE HENRIQUE TOLEDO ÁVILA 1.º Classificado - Vitelas 10 a 12 meses - PT Filha de Aftershock US e neta do Dolman US FRANCISCO HILDEBERTO TOLEDO ÁVILA 1.º Classificado - Novilhas 12 a 14 meses - PT neta do Classic NL HUMBERTO ORLANDO COSTA FREITAS 1.º Classificado - Novilhas 14 a 17 meses - PT Filha do Frisado PT JOSÉ MANUEL MONIZ OLIVEIRA 1.º Classificado - Novilhas 17 a 20 meses - PT Filha do Fever CAN e neta do Kingly CA ROBERTO MANUEL CORDEIRO PONTE 1.º Classificado - Novilhas 20 a 23 meses - PT filha do Fever CA e neta do Hadlee US JOSÉ LUIS TAVARES AMORIM 10 jornal da aait Julho-Agosto 2015

11 1.º Classificado - Novilhas 23 a 27 meses - PT Filha do Tee-off CA e neta do Bolton US MANUEL ANTÓNIO REGO ROCHA 1.º Classificado - Vacas em lactação 2 a 3 anos - PT Filha do Dempsey US FRANCISCO HILDEBERTO TOLEDO ÁVILA 1.º Classificado - Vacas de 3 a 4 anos - PT Filha do Sanchez EUA e neta do Jasper US JORGE HENRIQUE TOLEDO ÁVILA 1.º Classificado - Vacas em lactação 4 a 5 anos - PT Filha do Wildman US e neta do Lheros CA FRANCISCO HELVÍDIO DA ROCHA BARCELOS 1.º Classificado - Vacas em lactação com mais de 5 anos - PT Filha do Sanchez EUA e neta do Mason CA FRANCISCO HILDEBERTO TOLEDO ÁVILA Melhor úbere - PT Filha do Sanchez US e neta do Mason CA FRANCISCO HILDEBERTO TOLEDO ÁVILA jornal da aait Julho-Agosto

12 Vitela Vice-Campeã Filha de Windbrook CA e neta do Dolman US PAULO HENRIQUE SERPA COSTA RITA Vitela Campeã Filha do Atwood CA e neta do Buckeye US JORGE HENRIQUE TOLEDO ÁVILA Novilha Vice-Campeã filha do Frizado PT JOSÉ MANUEL MONIZ OLIVEIRA Novilha Campeã Filha do Fever CA e neta do Kingly CA ROBERTO MANUEL CORDEIRO PONTE 12 jornal da aait Julho-Agosto 2015 Grande Campeã Jovem Filha do Fever CA e neta do Kingly CA ROBERTO MANUEL CORDEIRO PONTE

13 Melhor Conjunto Francisco Hildeberto Toledo Ávila Melhor Criador Jorge Henrique Toledo Ávila Melhor Manejador Pedro Rocha Vaca Vice-Campeã Filha do Dempsey US FRANCISCO HILDEBERTO TOLEDO ÁVILA Vaca Grande Campeã Filha do Sanchez US e neta do Mason CA FRANCISCO HILDEBERTO TOLEDO ÁVILA jornal da aait Julho-Agosto

14 Concurso de Jovens Manejadores 2015 Lista de Participantes Concurso de Jovens Manejadores 2015 Alana Barcelos Silveira Ana Filipa da Rocha Pires André Filipe Moniz Garcia (Ilha do Faial) Artur Melo Cardoso Catarina Barcelos Neves Daniel Mendes Nogueira Davide Soares André Andrade Ávila Dinis António Batista dos Santos Erica de Fátima Vieira Vaz Francisca Dias da Silva Francisco Alexandre Dinis Meneses Francisco Manuel Barcelos Reis Francisco Raposo Simões Gonçalo André Dinis Simões Gonçalo Gonçalves Domingos João Luís Vargas Ávila (Ilha do Faial) João Miguel Lima Nunes Paulo Fortuna AAIT O concurso de jovens manejadores da raça holstein-frísia 2015 é a prova de que o futuro das explorações leiteiras na ilha Terceira não depende do interesse das gerações futuras, mas sim de fatores económicos. Um total de 34 crianças entre os 4 e 14 anos de idade durante três dias aprendeu ou relembrou a forma correta de apresentar um bovino leiteiro na pista de concurso, mostrando audácia, rigor e um interesse fora do comum, estes jovens conseguiram despertar a atenção até mesmo daqueles visitantes que apesar de não terem qualquer ligação com a agropecuária pararam para ver o seu desempenho em pista. O concurso foi dividido em dois grupos por idades, o grupo de crianças até 10 ano de idade e o grupo de 14 jornal da aait Julho-Agosto 2015 jovens dos 10 aos 14 anos de idade inclusive. Quanto às aulas de preparação dos aspirantes a manejadores, estas ficaram a cargo dos preparadores de animais para concurso Pedro Campos e Celeste Vilarinho que contaram com a colaboração dos técnicos da AAIT Leonardo Silva e Paulo Fortuna. No domingo dia 14 por volta das 19:00 horas o Juiz Bloyce Thompson teve a difícil tarefa de escolher os três melhores manejadores de cada um dos grupos. No grupo de até 10 anos de idade em primeiro lugar ficou a Mariana Figueiredo Ávila, em segundo lugar a Catarina Barcelos Neves e em terceiro lugar o Samuel Azevedo Sales. Quanto ao grupo dos jovens de 10 a 14 anos de idade inclusive, em primeiro lugar ficou o Miguel António Pereira Melo, seguindo-se o Valter Azevedo Sales e em terceiro a Ana Filipa da Rocha Pires. No final, importa salientar a dedicação e enorme esforço que os pais destes jovens demostraram para que os mesmos estivesse presentes nas aulas e concurso dentro dos horários estipulados e preparados. José Miguel Barcelos Ávila Leonardo Mendes Nogueira Letícia Rocha Azevedo Lúcio Rogério Barcelos Neves Mariana Figueiredo Ávila Mariana Raposo Simões Miguel Angelo Vargas Ávila (Ilha do Faial) Miguel António Pereira Melo (Ilha de S. Miguel) Pedro Sales Silveira Rita Abreu Toledo Rodrigo João Brasil Pina Samuel Azevedo Sales Tiago Figueiredo Ávila Tiago Miguel Meneses Leal Tomás Martim Simões Dinis Valter Azevedo Sales Xavier Furtado Botelho (Ilha de S. Miguel)

15 Premiados jornal da aait Julho-Agosto

16 Concurso de raças puras de Carne 1.º Lugar - Raça Angus PT Emanuel da Silva Araújo 2.º Lugar - Raça Angus PT Emanuel da Silva Araújo 1.º Lugar - Limousine PT Maria Manuela Monteiro Baptista 2.º Lugar - Limousine PT Maria Manuela Monteiro Baptista 3.º Lugar - Limousine PT José Ramos Furtado 1.º Lugar - Simmental-Fleckvieh PT Luís Alberto Ferraz Pinheiro 2.º Lugar - Simmental-Fleckvieh PT Luís Alberto Ferraz Pinheiro 16 jornal da aait Julho-Agosto 2015

17 JUIZ DO CONCURSO DE RAÇAS DE CARNE José Pedro Araújo Licenciado em Engenharia Zootécnica pela Universidade dos Açores, em Mestre em Produção Animal pela Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, em Doutorado em Produção Animal, Nutrição e Bromatologia dos Alimentos pela Universidade de Santiago de Compostela, Galiza, Espanha, em É Professor Adjunto com nomeação definitiva na Escola Superior Agrária de Ponte de Lima, do Instituto Politécnico de Viana do Castelo. Tem trabalhos científicos publicados em diversas áreas, como sejam: - Caracterização Etnológica, Genética e Produtiva na Raça Bovina Minhota; - Divergência para características morfológicas na Raça Ovina Bordaleira de Entre Douro e Minho; - Aplicações da Biotecnologia na Produção Animal. Tem desenvolvido vários trabalhos específicos, incluindo a elaboração de manuais de formação, na área do Bem-Estar Animal. Participa em projetos de investigação europeus (Horizonte 2020) e nacionais (Fundação para a Ciência e Tecnologia). Tem participado em júris de concursos de bovinos de carne com destaque para os nacionais da Raça Minhota, regionais da Raça Marinhoa e concursos de bovinos de carne nos Açores, nomeadamente nas ilhas S. Jorge e Faial. CONCURSO DE BOVINOS DE RAÇAS DE CARNE RAÇA LIMOUSINE 6ª SECÇÃO MACHOS DE 12 A 18 MESES Classif. Nº Pista Nome Nº SNIRA Criador Ilha 1 24 JOVIAL PT Maria Manuela Monteiro Baptista Terceira 2 25 JAGUNÇO PT Maria Manuela Monteiro Baptista Terceira 3 26 JEITOSO PT José Ramos Furtado Faial RAÇA SIMMENTAL-FLECKVIEH 8ª SECÇÃO FÊMEAS DE 12 A 18 MESES Classif. Nº Pista Nome Nº SNIRA Criador Ilha 1 29 QUIMÉRA PT Luís Alberto Ferraz Pinheiro Terceira 2 28 QUINTA PT Luís Alberto Ferraz Pinheiro Terceira RAÇA ABERDEEN-ANGUS 9ª SECÇÃO FÊMEAS DE 12 A 18 MESES Classif. Nº Pista Nome Nº SNIRA Criador Ilha 1 31 EA PEAK DOT RUBETA G0448 PT Emanuel da Silva Araújo Faial 2 30 EA PEAK DOT LEZMANA G0447 PT Emanuel da Silva Araújo Faial jornal da aait Julho-Agosto

18 Concurso de raça Ramo Grande 1.º Lugar Novilhas de 12 a 18 meses 1.º Lugar Novilhas de 18 a 30 meses Juiz do Concurso da raça Ramo Grande 1.º Lugar Vacas até 5 anos 1.º Lugar Touros Reprodutores 1.º Lugar Vacas com + 5 anos Ana Luísa Pavão Licenciada em Engenharia Zootécnica, pela Universidade dos Açores, junho de Mestre em Produção Animal, pela mesma Universidade, tendo defendido a tese, Influências Genéticas e Ambientais na Produção Leiteira em Vacas Holstein Frísia nos Açores, maio de Em 1993, ingressa, no quadro da Direção Regional do Desenvolvimento Agrário, como técnica superior. Em 1996 é nomeada Secretária Técnica do Registo Zootécnico da Raça Bovina Ramo Grande. Tem vindo a desenvolver, neste âmbito, diversas ações, de que se destaca: o levantamento demográfico e biométrico da raça; a definição do padrão; a classificação morfológica e inscrição dos animais no Registo Zootécnico e Livro Genealógico; a recolha de sémen para utilização em inseminação artificial; colaboração nos trabalhos que conduziram à caracterização genética por análise demográfica e por análise de ADN, bem como à 1ª Avaliação Genética da raça. Com vista à promoção e divulgação da raça, para além de diversos artigos publicados, tem apresentado comunicações em congressos, nomeadamente em Portugal Continental, Espanha e Canadá. Desde de 1996, tem sido juiz em diversos concursos da raça Ramo Grande realizados sobretudo nas ilhas Terceira, S. Jorge, Pico e Faial. De 1997 a 2005, exerceu o cargo de Chefe de Divisão na Direção Regional do Desenvolvimento Agrário. Atualmente é técnica superior na Direção Regional da Agricultura exercendo a sua atividade nomeadamente na área da experimentação e do melhoramento em produção animal. Fátima Meneses Osório Licenciada em Engenharia Agronómica Ramo Agricultura e Pecuária, pelo Instituto Superior de Agronomia da Universidade Técnica de Lisboa, janeiro de Em 1992, ingressa, no quadro do Serviço de Desenvolvimento Agrário de S. Jorge, como técnica superior, desenvolvendo funções na área das pastagens e forragens e na área das candidaturas ao apoio ao rendimento e investimento. Desde 1996 que procede à identificação e registo de bovinos da raça autóctone Ramo Grande para inscrição no Livro Genealógico, bem como efetua as classificações morfológicas destes bovinos na ilha de S. Jorge. A partir de 2013 integra a equipa de técnicos do Programa de Conservação e Melhoramento Genético desta raça sendo neste âmbito responsável pelo registo de pesagens, recolha de amostras de ADN e colaboração nos trabalhos conducentes à 1ª Avaliação Genética da raça. 18 jornal da aait Julho-Agosto 2015

19 2.º Lugar Novilhas de 12 a 18 meses 2.º Lugar Novilhas de 18 a 30 meses 2.º Lugar Vacas até 5 anos 2.º Lugar Vacas com + 5 anos 2.º Lugar Touros Reprodutores 3.º Lugar Novilhas de 12 a 18 meses 3.º Lugar Vacas até 5 anos 3.º Lugar Vacas com + 5 anos 3.º Lugar Touros Reprodutores CONCURSO DE BOVINOS RAÇA AUTÓCTONE RAMO GRANDE 1ª SECÇÃO NOVILHAS DE 12 A 18 MESES Classif. Nº Pista Nome Nº SNIRA Criador Ilha 1º 5 VERMELHA PT Luís António da Silva Pinheiro Faial 2º 1 MIMOSA PT Isabel de Fátima Rocha Vieira Terceira 3º 4 MIMOSA PT Maria Fernanda Ávila Lima Nunes Terceira 2ª SECÇÃO NOVILHAS DE 18 A 30 MESES Classif. Nº Pista Nome Nº SNIRA Criador Ilha 1º 7 PRINCESA PT Teresa Conceição Medeiros Gomes Terceira 2º 6 NOBREZA PT Francisco José Meneses Vieira Terceira 3ª SECÇÃO VACAS ATÉ 5 ANOS Classif. Nº Pista Nome Nº SNIRA Criador Ilha 1º 11 BONECA PT Paulina Meneses Martins Fagundes Terceira 2º 10 FRANCESA PT Teresa Conceição Medeiros Gomes Terceira 3º 8 BENFEITA PT Maria Fernanda Ávila Lima Nunes Terceira 4ª SECÇÃO VACAS COM MAIS DE 5 ANOS Classif. Nº Pista Nome Nº SNIRA Criador Ilha 1º 15 FORMOSA PT Paulina Meneses Martins Fagundes Terceira 2º 14 FORMOSA PT Francisco José Meneses Vieira Terceira 3º 13 FORMOSA PT Luís António da Silva Pinheiro Faial 5ª SECÇÃO TOUROS REPRODUTORES Classif. Nº Pista Nome Nº SNIRA Criador Ilha 1º 17 DIAMANTE PT Francisco José Meneses Vieira Terceira 2º 20 BRILHANTE PT Paulina Meneses Martins Fagundes Terceira 3º 22 BRIGADEIRO PT Rosa Medeiros Barbosa Sequeira S. Jorge jornal da aait Julho-Agosto

20 Dia do Sócio da AAIT Dia do Sócio da AAIT- Ano de 2015 À semelhança de anos anteriores a Associação Agrícola da Ilha Terceira comemorou o Dia do Sócio da AAIT. A comemoração decorreu no passado dia 18 de Julho, no Espaço do Museu da Agricultura, sito à Queimada, Altares. Este ano o programa foi composto por almoço oferecido aos convidados, animação com insufláveis pela Quinta do Galo, visita ao Museu da Agricultura e entrega de Prémios às Explorações com melhor média de produções e às melhores vacas em Contraste Leiteiro do ano de Foi uma linda festa. 20 jornal da aait Julho-Agosto 2015

21 Premiados do Dia da AAIT Premiados no dia do Sócio da AAIT Melhor Primípara no Ano de 2014 Bovino Nº PT Exploração de JOÃO ELEUTÉRIO BORGES TOSTE Melhor Vaca em Contraste Leiteiro no Ano de 2014 Bovino Nº PT Exploração de JOÃO ELEUTÉRIO BORGES TOSTE Melhor Média de Exploração no Contraste Leiteiro do ano 2014 (Até 30 vacas Apuradas) - zulmira maria lisboa almeida Melhor Média de Exploração no Contraste Leiteiro do ano 2014 (De 30 a 60 vacas Apuradas) - joão eleutério borges toste Melhor Média de Exploração no Contraste Leiteiro do ano 2014 (De 60 a 90 vacas Apuradas) - maria guadalupe fernandes dinis Melhor Média de Exploração no Contraste Leiteiro do ano 2014 (Mais de 90 vacas Apuradas) - humberto orlando da costa freitas jornal da aait Julho-Agosto

22 Apicultura O aproveitamento da cera Receitas MOUSSE DE MEL Pedro leal técnico apícola Com o aparecimento de grandes projectos apícolas em Portugal Continental, notou-se uma grande subida do valor da cera nos mercados, que quase duplicou de preço nos últimos três anos, tornando o aproveitamento da cera cada vez mais importante para a economia do pequeno e grande apicultor. Apesar de por vezes não se dar muita importância aos pequenos pedaços de cera, resultantes da raspagem das pranchetas ou de pequenos favos feitos pelas abelhas, que acabam invariavelmente por ser atirados para o lado e esquecidos no apiário, o certo é que se tiverem o cuidado de guardar todos esses pequenos pedaços ficarão espantados com as quantidades significativas de cera que, ao fim de algum tempo, conseguiram acumular sem qualquer esforço. Outra forma de obter cera é com a troca dos favos velhos. A frequência com que se faz essa substituição é puramente uma opção de maneio, mas é um facto indiscutível que a troca regular da cera envelhecida proporciona ganhos, não só na quantidade de cera obtida, mas principalmente no melhor funcionamento da colónia. Num estudo, já bastante antigo (Svoboda 1951), descobriu-se que os favos do centro do ninho pesavam mais do que os laterais, exactamente devido à criação estar normalmente localizada nos quadros centrais, levando à acumulação de matéria orgânica na cera. Outro estudo, realizado por Rojec (1953), apontava também nesse sentido, concluindo-se que após o primeiro ciclo de criação o favo normalmente aumenta o seu peso em 25%, após o 5º ciclo o peso duplica, no 15º ciclo o peso triplica e após o 30º ciclo o peso quadruplica. Note-se que esse estudo revelou que o aumento de peso não se deveu ao aumento de quantidade de cera mas sim à acumulação de matéria orgânica na cera, em cada ciclo de criação. Com o tempo, os alvéolos utilizados pela rainha para a postura, tornam-se cada vez menores devido à acumulação de substâncias resultantes da criação, o que origina larvas mais pequenas e consequentemente abelhas de também de menores dimensões, com menores capacidades produtivas, uma vez que transportam em cada viagem menores quantidades de pólen ou néctar. Sabe-se que para maximizar a quantidade de cera e conseguir um melhor comportamento de postura da rainha a substituição das ceras deveria ser feita nas imediações do 16º mês de uso do favo para a criação, isso é em média após 23 criações. Na prática não é viável andar a contar o número de criações em cada quadro, o maneio recomendado é mudar até três quadros do ninho por ano, sendo que o procedimento correcto consiste em ir passando os quadros com ceras mais velhas, e por isso mais escuras, gradualmente para as laterais do ninho para poderem depois ser substituídas, procedendo desta forma todos os anos estimulamos a rainha aumentar a postura, devido à presença de ceras novas, potenciando o fortalecimento da colónia. Todas as ceras, resultantes de aproveitamentos ou substituições podem e devem depois ser recicladas utilizando para isso uma caldeira a vapor, transformandoas em bolo para posteriormente serem trocadas gratuitamente nos Serviços de Desenvolvimento Agrário, por ceras previamente esterilizadas e moldadas, isentas de doenças e que têm menor probabilidade de ficarem com traça, desde que bem acondicionadas em sacos plásticos e guardadas em lugar escuro e arejado. A cera é um produto da colmeia de grande valor, tanto para as abelhas como para o homem, e cabe a nós apicultores sabermos geri-la e aproveitá-la da melhor forma, pois as abelhas consomem em média 7 a 8kg de mel para conseguirem produzir apenas 1 kg de cera. Ingredientes: 6 folhas de gelatina 2,5 dl de leite 1 lata de leite condensado 6 gemas 150 g de mel 2 dl de natas biscoitos crocantes de amêndoa Preparação: Ponha as folhas de gelatina de molho em água fria. Leve ao lume o leite e o leite condensado e deixe levantar fervura, mexendo de vez em quando. Bata as gemas com o mel na batedeira até obter um creme esbranquiçado e fofo. Sem parar de bater, adicione, em fio, a mistura de leites. Transfira o creme para um tacho, e leve de novo a ferver sobre lume muito brando, Mexa sempre até engrossar um pouco. Retire do calor e adicione a gelatina escorrida. Deixe arrefecer e, quando estiver quase frio, junte as natas batidas. Deite nos recipientes e polvilhe com os biscoitos grosseiramente esfareladas. Sabia que... o mel é um excelente alimento porque contém minerais essenciais para o organismo humano. para conseguirem produzir um kg de mel, as abelhas visitam flores. a principal função da abelha é a polinização mas também produz mel, pólen, própolis, cera, geleia real e apitoxina. o mel já era utilizado há a.c. pelos sumérios. uma abelha transporta 7 a 15 mg de polen por viagem. 22 jornal da aait Julho-Agosto 2015 Provérbios apícolas Azeite de cima, mel do meio e vinho do fundo, não enganam o mundo.

23 Entrevista Eurodeputado Ricardo Serrão Santos Lavoura e indústria têm de dialogar na Terceira Ricardo Serrão Santos: Encontro (na Terceira) uma falta de competitividade que tem prejudicado o setor do leite O eurodeputado eleito pelo PS/Açores Ricardo Serrão Santos defende que a Terceira enfrenta, além do fim das quotas leiteiras, um problema acrescido que resulta de ter apenas uma fábrica de laticínios. Trouxe às últimas Jornadas Agrícolas da Praia da Vitória as perspetivas para o setor leiteiro, vistas de dentro das instituições europeias. O que se pode esperar para os próximos anos? Temos, já, o fim das quotas leiteiras, que traz uma situação mais complicada para os países e para as regiões mais periféricos, afastados dos grandes centros de produção e onde a mercadoria circula de forma mais próxima. Acabaram as quotas leiteiras e esse é um ponto, de facto, que está assumido. Gostaria de lembrar que Portugal foi o único país que, quando isso foi assumido, votou contra o fim deste sistema. Está-se a ver que havia uma grande maioria de todos os países no sentido de o mercado ser liberalizado desta maneira. No entanto, alguns dos pressupostos que se verificavam quando se decidiu o fim das quotas leiteiras hoje não são uma realidade. Um exemplo é o dos mercados emergentes, como a China, que está a procurar mercados no Pacífico, na Nova Zelândia e na Austrália. Atualmente, até sinto que muitos países que na altura votaram a favor mudariam agora de posição, embora não a maioria. Agora há que encontrar mecanismos de regulação. Aqueles que foram aprovados no Pacote do Leite estão a ser colocados pouco em prática, como, por exemplo, os contratos entre a produção e a indústria. Outro aspeto importante seria uma intervenção pública no preço do leite, que se encontra muito inconstante. Só acontecerá se o leite atingir os 21 cêntimos, o que ainda não sucedeu, mesmo nos países mais fragilizados. No entanto, devo dizer que os Açores têm uma produção modernizada e um leite de alta qualidade. É essencial continuarmo-nos a bater pelo nosso bom nome e pela nossa imagem de marca. Os Açores serão capazes de vencer o desafio do fim das quotas leiteiras apostando mais na qualidade do que na quantidade? Acho que devíamos ir mais pela qualidade e pelos produtos de mais-valia, como os queijos, que têm lugar no mercado da exportação. Já o leite é um produto perecível. No caso da exportação, normalmente o leite é sujeito a secagem e perde valor. Além disso, devo lembrar que os Açores dispõem de instrumentos importantes como o POSEI, que permitirão um maior equilíbrio. Acredita que será uma aterragem suave numa União Europeia sem quotas leiteiras? Essa foi uma das propostas iniciais. A ideia era ir-se aumentando as quotas gradualmente, curiosamente. Existiria um período de adaptação. Porém, devo dizer que não foi tão suave como se pensava e o preço baixou. O produtor, sem dúvida, é o elo mais frágil de toda esta cadeia. Muitas vezes encontra-se quase a vender abaixo do preço que lhe custa produzir. Uma das questões que muitas vezes ficam fora de todo este sistema é a distribuição, isto é, os grandes super e hipermercados. É um dos aspetos que estão a perturbar o mercado e é preciso, de facto, traze-los ao processo. Consegue-se regular esse setor ou é uma utopia? Tem de se avançar, sem dúvida, nesse sentido. É preciso regulação e alguma sensatez na visão liberal para que se obtenha uma sociedade mais equilibrada. As instituições europeias têm uma faceta reguladora e de intervenção pública. A Europa tem demonstrado, ao longo dos anos, que é na verdade uma hiperreguladora. Seria mais um passo. Na Terceira verifica-se a situação acrescida de existir apenas uma indústria de transformação de leite. O que pensa desta questão? Não sou especialista na área da agricultura, mas a questão da Terceira é sui generis. Não é comparável com São Miguel nem com as outras ilhas. Não há concorrência e existe uma debilidade que não está relacionada com o fim do sistema de quotas leiteiras, mas é, isso sim, algo estrutural. No entanto, não conheço os detalhes e não vou por a foice em seara alheia, embora veja a situação como um problema estrutural. Isso resulta num setor mais deprimido. Em termos da valorização dos produtos, a indústria açoriana tem dado passos no sentido de se colocar no mercado de forma mais atrativa? Penso que sim, é um processo que está a decorrer. É preciso também continuar a promover, como dizia, os nossos produtos, nomeadamente os queijos. Considera que os queijos devem ser o produto de eleição? Sim, bem como a manteiga e o nosso leite. Mas o melhor caminho é apostar nos produtos que garantem um maior valor e os queijos serão grande parte dessa resposta. Que principal mensagem gostava de deixar aos agricultores da Terceira? Diria que é muito importante que se organizem inter institucionalmente e que haja um diálogo aprofundado entre a produção e indústria. Isto porque encontro aqui uma falta de competitividade que tem prejudicado o setor do leite. jornal da aait Julho-Agosto

24 Publicidade Armazenamento de produtos fitofarmacêuticos em exploração agrícolas e florestais Face à necessidade de assegurar a proteção do homem, dos animais domésticos e do ambiente, o armazenamento dos produtos fitofarmacêuticos nas expplorações agrícolas e florestais tem de ser efetuado em locais que ofereçam condições adequadas de segurança. A legislação em vigor obriga a que as instalações cumpram com determinados requisitos de segurança, pelo que a Direção-Geral de Agricultura e Desenvolvimento Rural (DGADR), autoridade fitossanitária nacional, propõe um modelo de construção semelhante ao apresentado no Modelo 1. Dada a dimensão da maioria das explorações agrícolas e florestais existentes na Região Autónoma dos Açores, onde, normalmente, não existem grandes quantidades de produtos fitofarmacêuticos armazenados, poderão os agricultores optar pela adaptação de instações já existentes, seguindo o exemplo apresentado no Modelo 2, e desde que se cumpram com os requisitos mínimos previstos na legislação. requisitos q que deverão obedecer as instalações para armazenamento de produtos fitofarmacêuticos em explorações agrícolas e florestais O local do armazém deverá ser convenientemente isolado, situando-se a um mínimo de 10 metros de curso de água, valas e nascentes e 15 metros de captações de água; Nãoestar situado em zonas inundáveis ou ameaçadas pelas cheias; Não estar situado em zona terrestre de proteção de albufeiras, lagoas e lagos públicos; São necessários bons acessos: ter presente a eventualiadde de uma emergência; Na sua construção deverão ser utilizados materiais sólidos e incombustíveis; Situar-se ao nível do solo; A estrutura com compartimentos ou parteleiras reservados ao acondicionamento de embalagens dos produtos deverá possuir superfícies resistentes à corrosão e laváveis: está interdita a utilização de madeira; Estar, pelo menos, à distância de 2 metros de alimentos para pessoas e animais; O acesso à área dos compartimentos de armazenamento ficará reservado, em exclusivo, a pessoas habilitadas. Em sua posse ficarão as chaves que possibilitem esse acesso; É necessária uma tomada de água no exterior da instalação: outra fonte de água, e mesmo um lavatório, poderão instalar-se no interior, próximos do recinto vedado por rede reservado aos produtos; O Equipamento de Proteção Individual (EPI) deverá permanecer no local de forma facilmente acessível; é também importante que se mantenha limpo; O armazém deve estar convenientemente sinalizado e equipado com material e utensílios necessários ao controlo e limpeza de derrames.