Superior Tribunal de Justiça

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1 EMBARGOS DE DIVERGÊNCIA EM RESP Nº RS(2008/ ) RELATOR : MINISTRO HERMAN BENJAMIN EMBARGANTE : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL EMBARGADO : MUNICIPIO DE MATO CASTELHANO PROCURADOR : ZILMAR CAMPOS FERREIRA E OUTRO(S) EMBARGADO : COMPANHIA ESTADUAL DE ENERGIA ELÉTRICA CEEE ADVOGADO : MURILO DA SILVA FONSECA E OUTRO(S) EMBARGADO : FUNDAÇÃO ESTADUAL DE PROTEÇÃO AMBIENTAL HENRIQUE LUIS ROESSLER- FEPAM ADVOGADO : PAULO ROBERTO PASTORE DE LA ROCHA E OUTRO(S) EMENTA PROCESSUAL CIVIL. AÇÃO CIVIL PÚBLICA. ADIANTAMENTO DE HONORÁRIOS PERICIAIS. DESCABIMENTO. INCIDÊNCIA DO ART. 18 DA LEI 7.347/1985. "TERCEIRA TESE". PARCIAL PROVIMENTO AO PLEITO DO MP. 1. Hipótese em que se configurou dissídio entre os arestos confrontados, uma vez que a Primeira Turma, no acórdão recorrido, consignou que"o Ministério Público, nas demandas em que figura como autor, incluídas as ações civis públicas que ajuizar, fica sujeito à exigência do depósito prévio referente aos honorários do perito". Já a Segunda Turma orientou-se em sentido diverso, entendendo que"nas ações civis públicas não há adiantamento de honorários periciais pelo Ministério Público autor." 2. Por expressa determinação legal, nas Ações Civis Públicas inexiste adiantamento de honorários periciais pelo Ministério Público autor(art. 18 da Lei 7.347/1985). 3.Nasessãododia ,aPrimeiraSeçãoconcluiuque,seporumlado nãohácomoexigirdoautordaaçãocivilpúblicaoadiantamentodascustas da perícia judicial, sem declarar a inconstitucionalidade do art. 18 da Lei 7.347/1985, por outro lado não se pode compelir o réu a arcar com o adiantamento desses valores para a produção de prova contra si mesmo, por ausência de previsão legal("terceira tese"). 4. Na linha do entendimento adotado pela Seção, os presentes Embargos de Divergência devem ser parcialmente providos, para dar parcial provimento ao RecursoEspeciale,comisso,reformaroacórdãodoTJnoqueserefereao adiantamento das custas de perícia pelo MP, mas sem impor aos réus, ora embargados, esse ônus. 5. Embargos de Divergência parcialmente providos. ACÓRDÃO "Prosseguindo no julgamento, após retificação de votos dos Srs. Ministros Relator e Teori Albino Zavascki, a Seção, por unanimidade, conheceu dos embargos e lhes deu parcial provimento, nos termos do voto do Sr. Ministro Relator."Os Srs. Ministros Mauro Campbell Marques, Eliana Calmon, Teori Albino Documento: Inteiro Teor do Acórdão- Site certificado- DJe: 15/08/2011 Página 1 de 34

2 Zavascki, Castro Meira e Humberto Martins votaram com o Sr. Ministro Relator. Não participaram do julgamento os Srs. Ministros Benedito Gonçalves e Hamilton Carvalhido(RISTJ, art. 162, º 2º). Ausente, justificadamente, a Sra. Ministra Denise Arruda. Presidiu o julgamento o Sr. Ministro Luiz Fux. Brasília(DF), 24 de fevereiro de 2010(Data do Julgamento) MINISTRO HERMAN BENJAMIN Relator Documento: Inteiro Teor do Acórdão- Site certificado- DJe: 15/08/2011 Página 2 de 34

3 EMBARGOS DE DIVERGÊNCIA EM RESP Nº RS(2008/ ) RELATOR : MINISTRO HERMAN BENJAMIN EMBARGANTE : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL EMBARGADO : MUNICIPIO DE MATO CASTELHANO PROCURADOR : ZILMAR CAMPOS FERREIRA E OUTRO(S) EMBARGADO : COMPANHIA ESTADUAL DE ENERGIA ELÉTRICA CEEE ADVOGADO : MURILO DA SILVA FONSECA E OUTRO(S) EMBARGADO : FUNDAÇÃO ESTADUAL DE PROTEÇÃO AMBIENTAL HENRIQUE LUIS ROESSLER- FEPAM ADVOGADO : PAULO ROBERTO PASTORE DE LA ROCHA E OUTRO(S) RELATÓRIO O EXMO. SR. MINISTRO HERMAN BENJAMIN (Relator): Trata-se de Embargos de Divergência interpostos contra acórdão da Primeira Turma do STJ, relatado pelo e. Ministro José Delgado, com a seguinte ementa: PROCESSUAL CIVIL. RECURSO ESPECIAL. AÇÃO CIVIL PÚBLICA. DEFESA DO MEIO AMBIENTE. ADIANTAMENTO DE HONORÁRIOS PERICIAIS PELO MINISTÉRIO PÚBLICO. ADMISSIBILIDADE. POSICIONAMENTO DA PRIMEIRA TURMA. ART. 18 DA LEI 7.347/85. SÚMULA 232/STJ. 1. A matéria é conhecida desta Corte e encontra divergência de posicionamento no âmbito das Primeira e Segunda Turmas. 2. Na esteira do entendimento firmado pela Primeira Turma, tem-se que "o Ministério Público, nas demandas em que figura como autor, incluídas as ações civis públicas que ajuizar, fica sujeito à exigência do depósitoprévioreferenteaoshonoráriosdoperito,àguisadoqueseaplicaà Fazenda Pública, ante a ratio essendi da Súmula 232/STJ,"A Fazenda Pública, quando parte no processo, fica sujeita à exigência do depósito prévio dos honorários do perito".(resp /SP, Rel. Min. Luiz Fux, Primeira Turma, DJ 22/10/2007). Precedente: REsp /MS, Rel. Min. Teori Albino Zavascki, DJ 07/05/ Precedentes da Segunda Turma em sentido diverso: REsp /RN, Rel. Min. Herman Benjamin, DJ 10/12/2007; REsp /SP, Rel. Min. Castro Meira, DJ 25/09/ Recurso especial não-provido. (REsp /RS, Rel. Ministro JOSÉ DELGADO, PRIMEIRA TURMA, julgado em , DJ , p. 1). O MPF aponta divergência com o entendimento da Segunda Turma, proferido por ocasião do julgamento do REsp /SP, Rel. Min. Castro Meira, e Documento: Inteiro Teor do Acórdão- Site certificado- DJe: 15/08/2011 Página 3 de 34

4 do REsp /RN, de minha relatoria, cujas ementas transcrevo: PROCESSUAL CIVIL. RECURSO ESPECIAL. AÇÃO CIVIL PÚBLICA. MINISTÉRIO PÚBLICO. CONDENAÇÃO EM HONORÁRIOS PERICIAIS. DESCABIMENTO. 1. É descabido o adiantamento de verbas relativas aos honorários periciais em ação civil pública por parte do Ministério Público autor. 2. Recurso especial provido. (REsp /SP, Rel. Ministro CASTRO MEIRA, SEGUNDA TURMA, julgado em , DJ , p. 225). PROCESSUAL CIVIL. AÇÃO CIVIL PÚBLICA. ADIANTAMENTO DE HONORÁRIOS PERICIAIS. DESCABIMENTO. INCIDÊNCIA DO ART. 18, DA LEI 7.347/ Por expressa determinação legal (art. 18, da Lei 7.347/85), nas ações civis públicas não há adiantamento de honorários periciais pelo Ministério Público autor. 2.ALei9.289/96,quedispõesobreascustasdevidasnaJustiça Federal, não revogou o art. 18, da Lei 7.437/85. Nesse caso, a aparente antinomia resolve-se pelo critério da especialidade e do inequívoco objetivo constitucional e legal de facilitar o acesso coletivo à Justiça. 3. Recurso Especial provido.(resp /RN, Rel. Ministro HERMAN BENJAMIN, SEGUNDA TURMA, julgado em , DJ , p. 357). Vale dizer: a matéria, objeto dos presentes Embargos, refere-se à sujeição do Ministério Público ao adiantamento de honorários periciais em Ações Civis Públicas. A Primeira Turma, no acórdão recorrido, consignou que "o Ministério Público, nas demandas em que figura como autor, incluídas as ações civis públicas que ajuizar, fica sujeito à exigência do depósito prévio referente aos honorários do perito". Já a Segunda Turma orienta-se em sentido diverso, pois entende que"nas ações civis públicas não há adiantamento de honorários periciais pelo Ministério Público autor". Verificada, em princípio, a divergência, admiti o processamento dos Embargos. Os embargados apresentaram impugnação, alegando, em síntese, que"o Documento: Inteiro Teor do Acórdão- Site certificado- DJe: 15/08/2011 Página 4 de 34

5 Ministério Público não é consumidor, não se enquadra na hipótese prevista no art. 2º do CDC, tampouco pode ser reconhecido como hipossuficiente, seja em termos técnicos ou financeiros, na relação com a embargada". Éorelatório. Documento: Inteiro Teor do Acórdão- Site certificado- DJe: 15/08/2011 Página 5 de 34

6 EMBARGOS DE DIVERGÊNCIA EM RESP Nº RS(2008/ ) VOTO O EXMO. SR. MINISTRO HERMAN BENJAMIN(Relator): 1.AregrageralprevistanoCódigodeProcessoCivil Debate-se no presente processo a necessidade de adiantamento, pelo Ministério Público, de honorários devidos a perito em Ação Civil Pública. O Código de Processo Civil prevê, de modo geral, a responsabilidade das partes pelo pagamento antecipado de despesas referentes aos atos que realizam ou requerem. A regra visa a garantir a litigância com responsabilidade. Cito o dispositivo em referência(art. 19 CPC): Art. 19. Salvo as disposições concernentes à justiça gratuita, cabe às partes prover as despesas dos atos que realizam ou requerem no processo, antecipando-lhes o pagamento desde o início até sentença final; e bem ainda, na execução, até a plena satisfação do direito declarado pela sentença. Comoexceçãoaessaregra,oCPCdeterminaopagamento,aofinal,pelo vencido, das despesas dos atos efetuados a requerimento do Ministério Público, como expressamente enuncia o art. 27 da Lei Adjetiva Civil, in verbis: Art. 27. As despesas dos atos processuais, efetuados a requerimento do Ministério Público ou da Fazenda Pública, serão pagas a final pelo vencido. Importante salientar que a lei não isenta o Ministério Público de reembolsar a quantia referente à prática dos atos por ele requeridos, mas apenas retira a obrigatoriedade de o ente antecipar o pagamento. Vale dizer: a desnecessidade de o Ministério Público antecipar a retribuição pecuniária pelas despesas que solicitou em juízo, que é exceção no Código Documento: Inteiro Teor do Acórdão- Site certificado- DJe: 15/08/2011 Página 6 de 34

7 deprocessocivil,foiprevistacomoregranaleideaçãocivilpública. Esse o cerne do presente debate. Confira-se. Pública 2. A norma aplicável ao Ministério Público Autor na Ação Civil A Lei 7.347/1985, que disciplina a Ação Civil Pública, adotou como preceito a dispensabilidade do adiantamento de despesas pelo legitimado ativo para a propositura da referida ação. Com efeito, assim dispõe o art. 18 da Lei 7.347/1985: Art. 18. Nas ações de que trata esta lei, não haverá adiantamento de custas, emolumentos, honorários periciais e quaisquer outras despesas, nem condenação da associação autora, salvo comprovada má-fé, em honorários de advogado, custas e despesas processuais.(redação dada pela Lei nº8.078,de1990.grifomeu.) A norma prevista na Lei de Ação Civil Pública tem duas partes. A primeira é categórica em afirmar que "não haverá adiantamento de custas, emolumentos, honorários periciais e quaisquer outras despesas" pelo autor da referida Ação, ou seja, nenhum dos legitimados deverá desembolsar tais valores. Cumpre observar que apenas na segunda parte, no que tange aos honorários advocatícios, há ressalva quanto à sociedade autora. O Superior Tribunal de Justiça, contudo, tem entendido que até mesmo a segunda parte, em que há restrição para a sociedade autora, é extensível aos demais colegitimados para a propositura da demanda. Ora, o magistrado não pode fazer restriçõesqueolegisladornãoquis,e,nocaso,atémesmoquandoofez,estaegrégia Corte tem interpretado extensivamente. Entre esses, o mais recente: REsp /RS, Relatora Ministra Eliana Calmon, Segunda Turma, DJe 21/8/2009. A disposição legal, portanto, é oposta àquela enunciada pelo CPC. Em outraspalavras:oqueéexceçãonocpcéregraparaaaçãocivilpública. Essainversãotemumarazãodeser. Como bem explica Rodolfo de Camargo Mancuso, nas Ações Civis Documento: Inteiro Teor do Acórdão- Site certificado- DJe: 15/08/2011 Página 7 de 34

8 Públicas, como na Ação Popular, ou nas ações que tutelam interesses de consumidores, o legislador parte da premissa de que tais demandas são propostas: 1)emproldeuminteressesocialrelevanteou,aomenos,deum interesse coletivo; e 2) por um legitimado ativo que se apresenta, ope legis, como representante idôneo do interesse objetivado. É por isso que esses dispositivos legais seguem linha diferenciada, em contraste com a regra de sucumbência prevista, genericamente, no CPC(art. 20)- dado o princípio de hermenêutica pelo qual o especial prefere ao geral, aquelas normas especiais, previstas naquelas leis extravagantes, são derrogatórias do direito processual comum. (Rodolfo de Camargo Mancuso, Ação Civil Pública, 2006, págs ). Assim, o fato de o Ministério Público autor bem como dos demais legitimados ativos para a propositura da Ação Civil Pública não ser obrigado a antecipar o pagamento das despesas não fere o princípio da isonomia (entre as partes doprocesso)porqueovalor queanormapretendeasseguraré,emúltimaanálise,o próprio acesso à Justiça, prestigiado constitucionalmente. Nas palavras de Hugo Nigro Mazzilli: Essa diferença de tratamento explica-se porque foi evidente o intuito do legislador facilitar a defesa dos interesses transindividuais em juízo, de forma que tal disposição só atende os legitimados ativos relacionados no art.5ºdalacpounoart.82docdc.édescabidoquepessoasfísicas,como os réus em ação civil pública ou coletiva, queiram beneficiar-se do estímulo queolegislador,pormeiodaaçãocivilpública,quisdaràsociedadecivilpara defesa do patrimônio público e de interesses transindividuais. (Hugo Nigro Mazzilli, A defesa dos interesses difusos em juízo, 2006, pág. 517). Na mesma linha de entendimento, José dos Santos Carvalho Filho(Ação Civil Pública,.7ªed.rev.,atual.eampl.,RiodeJaneiro,Lumen Juris,2009,p.460, grifei): No sistema do Código de Processo Civil, cabe à parte, como regra, antecipar as despesas relativas aos atos que praticar ou requerer no processo,desdeoinícioatéasentençafinal(art.19).quandofordefinidoo litígio, deverá a sentença condenar o vencido a pagar ao vencedor as despesas queantecipou(art.20).(...) O art. 18, em foco, adota sistema diverso ao afirmar que na Documento: Inteiro Teor do Acórdão- Site certificado- DJe: 15/08/2011 Página 8 de 34

9 ações previstas na lei não haverá adiantamento(o mesmo que antecipação) de despesas, tratando como regra geral o sistema que no Código de Processo Civl constitui uma exceção. Como a lei não fez qualquer indicação específica, tem-se entender que a regra do não-adiantamento de despesas aplica-se a todos os legitimados para a propositura das ações. Lembro, mais uma vez, que, na parte em que a Lei faz distinção específica para as associações, o Superior Tribunal de Justiça tem estendido a norma aos demais legitimados. Nesse sentido: PROCESSUAL CIVIL E ADMINISTRATIVO AÇÃO CIVIL PÚBLICA FUNDAMENTO INATACADO SÚMULA 182/STJ APLICAÇÃO POR ANALOGIA HONORÁRIOS SUCUMBENCIAIS E CUSTAS PROCESSUAIS DESCABIMENTO ART. 18 DA LEI 7.347/ Hipótese em que o recorrente não infirma o fundamento utilizado pela instância ordinária, no sentido de que a empresa ora recorrida, bem como outros particulares, não são os proprietários do loteamento objeto da ação civil pública originária, razão pela qual são partes ilegítimas para figurar no pólo passivo da demanda. Incidência, por analogia, da Súmula 182/STJ. 2. É pacífica a jurisprudência de que, nas ações civis públicas, não se impõe ao Ministério Público a condenação em honorários advocatícios ou custas, ressalvados os casos em que o autor for considerado litigante de má-fé. Precedentes. 3. Recurso especial parcialmente conhecido e provido. (REsp /RS, Rel. Ministra ELIANA CALMON, SEGUNDA TURMA, julgado em 06/08/2009, DJe 21/08/2009, grifei) PROCESSUAL CIVIL. FALTA DE PREQUESTIONAMENTO. SÚMULA 211/STJ. AÇÃO CIVIL PÚBLICA. IMPROCEDÊNCIA. HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS. CONDENAÇÃO DO ESTADO. 1. Na origem, trata-se de embargos à execução opostos pela Fazenda Pública do Estado de São Paulo buscando ilidir a pretensão da parte adversa relativa ao pagamento de honorários advocatícios, previamente reconhecidos em sentença transitada em julgado, derivados da improcedência de ação civil pública proposta pelo Parquet Estadual. 2. Passando ao largo da existência ou não de má-fé na propositura da ação civil pública, e salientando que a execução funda-se em sentença transitada em julgado, o acórdão combatido focou-se única e exclusivamente no debate sobre a possibilidade do Fisco Estadual responder pela sucumbência do Ministério Público Estadual no bojo de ação civil pública. 3. Torna-se impositivo reconhecer a falta de prequestionamento da tese veiculada com base no art. 18 da Leinº 7.347/85 - possibilidade de Documento: Inteiro Teor do Acórdão- Site certificado- DJe: 15/08/2011 Página 9 de 34

10 condenação do autor da ação civil pública em honorários advocatícios somente nos casos em que demonstrada má-fé -, o qual, apesar de tangenciado pela Corte de origem ao realizar a descrição do trâmite processual, não recebeu efetiva carga decisória na instância ordinária. Aplicação da Súmula 211/STJ. 4. Dada a especial circunstância em que a sucumbência do Ministério Público Estadual na ação civil pública não pode ser analisada, a eventual condenação ao pagamento de verba honorária à parte adversa deve ser suportadapeloestado- nocaso,oestadodesãopaulo. Doutrina. 5. Recurso especial conhecido em parte e não provido. (REsp /SP, Rel. Ministro CASTRO MEIRA, SEGUNDA TURMA, julgado em 05/05/2009, DJe 15/05/2009) PROCESSUAL CIVIL. AÇÃO CIVIL PÚBLICA. DANO AO MEIO AMBIENTE. DISPOSITIVOS NÃO-PREQUESTIONADOS. SÚMULA 211, DO STJ. ÔNUS DE SUCUMBÊNCIA. CONDENAÇÃO DO MINISTÉRIO PÚBLICO. IMPOSSIBILIDADE. ARESTO RECORRIDO QUE ENTENDEU PELA NÃO-COMPROVAÇÃO DA MÁ-FÉ. ART. 18 DA LEI Nº 7.347/85. SÚMULA 7 DO STJ. INCIDÊNCIA. 1. A recorrente demonstra mero inconformismo em seu agravo regimental, que não se mostra capaz de alterar os fundamentos da decisão agravada. 2. A ausência de debate dos dispositivos legais tidos por afrontados impede a apreciação por parte desta Corte da matéria impugnada. Incidência da Súmula 211 do STJ. 3. Não merece reforma o aresto recorrido que se encontra em consonância com a jurisprudência assente desta Corte no sentido que não se mostra cabível a condenação do Parquet em honorários quando tratar-se de ação civil pública, execução e correlatos embargos, exceto quando houver prova da má-fé do Ministério Público. Precedente: REsp /RS, Rel. Min. Luiz Fux, DJ de No particular, o aresto recorrido entendeu pela inexistência de má-fé na atuação do órgão ministerial. Averiguar tal premissa demandaria adentrar no substrato fático dos autos. Incidência da Súmula 7 do STJ. 5. Agravo regimental não-provido. (AgRg no Ag /SP, Rel. Ministro MAURO CAMPBELL MARQUES, SEGUNDA TURMA, julgado em 18/11/2008, DJe 15/12/2008) PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO ESPECIAL. AÇÃO CIVIL PÚBLICA. IMPROCEDÊNCIA. MINISTÉRIO PÚBLICO. CONDENAÇÃO AO PAGAMENTO DE HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS. IMPOSSIBILIDADE. AUSÊNCIA DE MÁ-FÉ. PRECEDENTES DO STJ. DESPROVIMENTO DO AGRAVO REGIMENTAL. 1. É pacífico o entendimento desta Corte Superior no sentido de Página 10de34

11 que, nos casos em que a ação civil pública proposta pelo Ministério Público for julgada improcedente, somente haverá condenação ao pagamento de honorários advocatícios quando comprovada a má-fé do órgão ministerial, nos termosdoart.18dalei7.347/85.talhipótesenãoficouconfiguradanocaso examinado, o que impõe o afastamento da condenação aos ônus sucumbenciais. 2. Nesse sentido, os seguintes precedentes desta Corte Superior: REsp /SP, 1ª Turma, Rel. Min. Teori Albino Zavascki, DJe de ; REsp /RS, 1ª Turma, Rel. Min. Luiz Fux, DJe de ; REsp /SP, 2ª Turma, Rel. Min. Herman Benjamin, DJ de ; AgRg no Ag /MT, 2ª Turma, Rel. Min. João Otávio de Noronha, DJ de Desprovimento do agravo regimental. (AgRg no REsp /MG, Rel. Ministra DENISE ARRUDA, PRIMEIRA TURMA, julgado em 16/10/2008, DJe 06/11/2008) PROCESSUAL CIVIL. AÇÃO CIVIL PÚBLICA. TERMO DE AJUSTAMENTO DE CONDUTA. EMBARGOS À EXECUÇÃO. ÔNUS DE SUCUMBÊNCIA. CONDENAÇÃO DO MINISTÉRIO PÚBLICO. IMPOSSIBILIDADE, SALVO SE COMPROVADA MÁ-FÉ. ART. 18 DA LEI Nº 7.347/ É incabível a condenação do Ministério Público ao pagamento de honorários advocatícios em sede de Ação Civil Pública, Execução e Embargos a ela correspondentes, salvante na hipótese de comprovada e inequívoca má-fé do Parquet. Precedentes do STJ: REsp /SP, DJ , REsp /SP, DJ e REsp /MG, julgado em A atuação do Ministério Público, pro populo, nas ações difusas, justificam, ao ângulo da lógica jurídica, sua dispensa em suportar os ônus sucumbenciais, acaso inacolhida a ação civil pública. 3. O ônus da sucumbência na Ação Civil Pública subordina-se a umduploregimeasaber:(a)vencidaaparteautora,aplica-sealexspecialis (Lei 7.347/85), especificamente os arts. 17 e 18, cuja ratio essendi é evitar a inibição dos legitimados ativos na defesa dos interesses transindividuais e(b) Vencidaaparteré,aplica-seintotumoart.20doCPC,namedidaemque,à míngua de regra especial, emprega-se a lex generalis, in casu, o Código de Processo Civil. 4. Recurso especial provido para afastar a condenação ao pagamento de honorários advocatícios imposta ao Ministério Público do Estado do Rio Grande do Sul, ora Recorrente. (REsp /RS, Rel. Ministro LUIZ FUX, PRIMEIRA TURMA, julgado em 01/04/2008, DJe 12/05/2008) de Divergência. Estabelecidas essas premissas, passo à análise do mérito dos Embargos Página 11de34

12 a seguinte solução: A Primeira Turma, no acórdão recorrido, tratou do tema, conferindo-lhe PROCESSUAL CIVIL. RECURSO ESPECIAL. AÇÃO CIVIL PÚBLICA. DEFESA DO MEIO AMBIENTE. ADIANTAMENTO DE HONORÁRIOS PERICIAIS PELO MINISTÉRIO PÚBLICO. ADMISSIBILIDADE. POSICIONAMENTO DA PRIMEIRA TURMA. ART. 18 DA LEI 7.347/85. SÚMULA 232/STJ. 1. A matéria é conhecida desta Corte e encontra divergência de posicionamento no âmbito das Primeira e Segunda Turmas. 2. Na esteira do entendimento firmado pela Primeira Turma, tem-se que "o Ministério Público, nas demandas em que figura como autor, incluídas as ações civis públicas que ajuizar, fica sujeito à exigência do depósitoprévioreferenteaoshonoráriosdoperito,àguisadoqueseaplicaà Fazenda Pública, ante a ratio essendi da Súmula 232/STJ,"A Fazenda Pública, quando parte no processo, fica sujeita à exigência do depósito prévio dos honorários do perito".(resp /SP, Rel. Min. Luiz Fux, Primeira Turma, DJ 22/10/2007). Precedente: REsp /MS, Rel. Min. Teori Albino Zavascki, DJ 07/05/ Precedentes da Segunda Turma em sentido diverso: REsp /RN, Rel. Min. Herman Benjamin, DJ 10/12/2007; REsp /SP, Rel. Min. Castro Meira, DJ 25/09/ Recurso especial não-provido. (REsp /RS, Rel. Ministro JOSÉ DELGADO, PRIMEIRA TURMA, julgado em , DJ , p. 1). EssaaorientaçãomaisrecentedeambasasTurmasdaPrimeiraSeçãodo STJ, muito embora não tenha havido pronunciamento da Primeira Seção: PROCESSO CIVIL AÇÃO CIVIL PÚBLICA HONORÁRIOS PERICIAIS MINISTÉRIO PÚBLICO ART. 18 DA LEI 7.347/ Na ação civil pública, a questão do adiantamento dos honorários periciais, como estabelecido nas normas próprias da Lei 7.347/85, comaredaçãodadaaoart.18dalei8.078/90, fogeinteiramentedasregras gerais do CPC. 2. Posiciona-se o STJ no sentido de não impor ao Ministério Público condenação em honorários advocatícios, seguindo a regra de que na ação civil pública somente há condenação em honorários quando o autor for considerado litigante de má-fé. 3. Em relação ao adiantamento das despesas com a prova pericial,aisençãoinicial dompnãoéaceitapelajurisprudênciadeambasas turmas, diante da dificuldade gerada pela adoção da tese. 4. Abandono da interpretação literal para impor ao parquet a Página 12de34

13 obrigação de antecipar honorários de perito, quando figure como autor na ação civil pública. Precedentes. 5. Recurso especial não provido. (REsp /SP, Rel. Ministra ELIANA CALMON, SEGUNDA TURMA, julgado em 13/10/2009, DJe 04/11/2009) PROCESSO CIVIL AÇÃO CIVIL PÚBLICA HONORÁRIOS PERICIAIS MINISTÉRIO PÚBLICO ART. 18 DA LEI N /85 ADIANTAMENTO DAS DESPESAS CABIMENTO PRECEDENTES DE AMBAS AS TURMAS DE DIREITO PÚBLICO DO STJ INCIDÊNCIA DA SÚMULA 232/STJ. 1. O Ministério Público deve se sujeitar à exigência do depósito prévio referente aos honorários do perito nas demandas em que figura como autor, incluídas as ações civis públicas que ajuizar. 2. Precedentes: REsp /SC, Rel. Min. Herman Benjamin, Rel. p/ Acórdão Ministra Eliana Calmon, Segunda Turma, julgado em , DJe ; REsp /RS, Rel. Min. José Delgado, Primeira Turma, julgado em , DJe Agravo regimental improvido. (AgRg no REsp /RJ, Rel. Ministro HUMBERTO MARTINS, SEGUNDA TURMA, julgado em 12/05/2009, DJe 27/05/2009) PROCESSUAL CIVIL. AÇÃO CIVIL PÚBLICA. ADIANTAMENTO DE HONORÁRIOS PERICIAIS. MINISTÉRIO PÚBLICO. ART. 18 DA LEI 7.347/85. SÚMULA 232/STJ. 1. O Ministério Público, nas demandas em que figura como autor, incluídas as ações civis públicas que ajuizar, fica sujeito à exigência do depósitoprévioreferenteaoshonoráriosdoperito,àguisadoqueseaplicaà Fazenda Pública, ante a ratio essendi da Súmula 232/STJ,"A Fazenda Pública, quando parte no processo, fica sujeita à exigência do depósito prévio dos honorários do perito". (...) 3. Recurso especial desprovido. (REsp /SP, Rel. Ministro LUIZ FUX, PRIMEIRA TURMA, julgado em 20/09/2007, DJ 22/10/2007 p. 192) PROCESSUAL CIVIL. RECURSO ESPECIAL. AÇÃO CIVIL PÚBLICA. DEFESA DO MEIO AMBIENTE. ADIANTAMENTO DE HONORÁRIOS PERICIAIS PELO MINISTÉRIO PÚBLICO. ADMISSIBILIDADE. POSICIONAMENTO DA PRIMEIRA TURMA. ART. 18 DA LEI 7.347/85. SÚMULA 232/STJ. 1. A matéria é conhecida desta Corte e encontra divergência de posicionamento no âmbito das Primeira e Segunda Turmas. 2. Na esteira do entendimento firmado pela Primeira Turma, tem-se que "o Ministério Público, nas demandas em que figura como autor, incluídas as ações civis públicas que ajuizar, fica sujeito à exigência do Página 13de34

14 depósitoprévioreferenteaoshonoráriosdoperito,àguisadoqueseaplicaà Fazenda Pública, ante a ratio essendi da Súmula 232/STJ,"A Fazenda Pública, quando parte no processo, fica sujeita à exigência do depósito prévio dos honorários do perito".(resp /SP, Rel. Min. Luiz Fux, Primeira Turma, DJ 22/10/2007). Precedente: REsp /MS, Rel. Min. Teori Albino Zavascki, DJ 07/05/ Precedentes da Segunda Turma em sentido diverso: REsp /RN, Rel. Min. Herman Benjamin, DJ 10/12/2007; REsp /SP, Rel. Min. Castro Meira, DJ 25/09/ Recurso especial não-provido. (REsp /RS, Rel. Ministro JOSÉ DELGADO, PRIMEIRA TURMA, julgado em 08/04/2008, DJe 24/04/2008) Peço vênia para discordar desse entendimento. Explico. É certo que a Súmula 232/STJ, interpretando o disposto no art. 27 do CPC, consignou que a Fazenda Pública sujeita-se ao depósito prévio dos honorários de perito,poisestesnãoseincluementreasdespesasprocessuaisque,deacordocomo estatuto processual, devem ser pagas apenas ao final. Contudo, esse raciocínio já não pode ser estendido às hipóteses de Ação Civil Pública, tendo em vista a existência de norma especial que trata explicitamente da matéria. Comojávisto,aleituradoart.18daLei7.437/1985tornaevidentequeo adiantamento de honorários periciais em Ação Civil Pública é disciplinado, direta e inarredavelmente, por essa norma especial. Não se diga que o dispositivo legal teria sido revogado pela Lei 9.289/1996, que dispõe sobre as custas devidas à União, na Justiça Federal, cujo art. 10 assim determina: Art. 10. A remuneração do perito, do intérprete e do tradutor seráfixadapelojuizemdespachofundamentado,ouvidasasparteseàvistada proposta de honorários apresentada, considerados o local da prestação do serviço, a natureza, a complexidade e o tempo estimado do trabalho a realizar, aplicando-se,noquecouber,odispostonoart.33docódigodeprocessocivil (grifei). Defato,esseartigoapenasremeteàaplicação,no que couber,daregra doart.33docpc,que estabelecequearemuneraçãodoperitoserápagaporaquele que requerer a prova. Página 14de34

15 Desse modo, parece-me evidente que o dispositivo acima transcrito não revogou o art. 18 da Lei 7.437/1985, norma especial que disciplina expressamente a desnecessidade de adiantamento de honorários periciais pelo autor da Ação Civil Pública. Nesse caso, a aparente antinomia resolve-se, sem sombra de dúvida, pelo critério da especialidade e do inequívoco objetivo constitucional e legal de facilitar o acesso coletivo à Justiça. Por sua clareza, transcrevo novamente o artigo: Art. 18. Nas ações de que trata esta lei, não haverá adiantamento de custas, emolumentos, honorários periciais e quaisquer outras despesas, nem condenação da associação autora, salvo comprovada má-fé, em honorários de advogado, custas e despesas processuais.(redação dada pela Lei nº 8.078, de 1990, grifei). Dessa maneira, a condenação do autor da Ação Civil Pública, qualquer que seja ele, constituiria julgamento contra legem. Sobre o tema, confira-se a lição de Carlos Maximiliano(Hermenêutica e Aplicação do Direito, 11ª ed., Rio de Janeiro, Forense, 1991, p. 80, grifei):: Em geral, a função do juiz, quanto aos textos, é dilatar, completar e compreender; porém não alterar, corrigir, substituir. Pode melhorar o dipositivo, graças à interpretação larga e hábil; porém não - negar a lei, decidir o contrário que a mesma estabelece. (...) A norma positiva não é um conjunto de preceitos rijos, cadavéricos e criados pela vontade humana; é uma força viva, operante, suscetível de desenvolvimento; mas o progresso e a adaptação à realidade efetuam-se de acordo, aproximado, ou pelo menos aparente, com o texto, não em contraste com este. Destaque-se, ainda, que, além do fundamento da prevalência da norma especial (art. 18 da Lei 7.437/1985), que entendo suficiente para a solução da lide, deve-se considerar também o objetivo da lei que disciplina a Ação Civil Pública. Nesse sentido, revela-se claro o intuito do legislador de retirar qualquer óbice (econômico, sobretudo) à propositura de ação que vise à defesa de interesses constitucionalmente tutelados (meio ambiente, consumidor, bens e direitos de valor artístico, estético, histórico, turístico e paisagístico). Página 15de34

16 Assim, esta Corte não deve afastar a aplicação do art. 18 da Lei 7.437/1985, emprestando-lhe interpretação inconciliável com a literalidade de seu texto, sob pena de frustrar as finalidades maiores perseguidas pela Constituição e consagradas pelo legislador infraconstitucional. Eventual negativa de vigência à disposição legal expressa deveria implicar julgamento pela Corte Especial, em atenção ao entendimento do Supremo Tribunal Federal, manifestado na Súmula Vinculante 10, segundo a qual: "Viola a cláusula de reserva de plenário (CF, artigo 97) a decisão de órgão fracionário de tribunal que, embora não declare expressamente a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo do poder público, afasta sua incidência, no todo ou em parte." Essa observação levou a Primeira Seção a profundo e longo debate, na sessão do dia , ao julgar os EResp /SP em conjunto com os presentes Embargos de Divergência, decidindo pela chamada "terceira tese", que analisarei no próximo tópico. 3."Terceira tese" fixada no julgamento na sessão do dia Naassentadadodia ,aPrimeiraSeçãofirmouque,seporum lado não haveria como exigir do autor da Ação Civil Pública o adiantamento das custas da perícia judicial, sem declarar a inconstitucionalidade do art. 18 da Lei 7.347/1985, por outro lado é impossível compelir o réu a arcar com o adiantamento desses valores para a produção de prova contra si mesmo, por ausência de previsão legal. Em face de acórdão do Tribunal de origem que impôs ao MP o adiantamento das custas, a Primeira Seção concluiu pela denominada"terceira tese": deu parcial provimento ao pleito do Estado, para dispensar o Parquet do recolhimento dosvalores,masmanteveoacórdãonapartequeafastouesseônusemrelaçãoàparte adversa. Interessante transcrever as claras palavras do Ministro Teori Zavaski, extraídas das notas taquigráficas: Página 16de34

17 O SR. MINISTRO TEORI ALBINO ZAVASCKI: Se quisermos implantar a tese de que o Ministério Público não está obrigado, mas que a outra parte também não está obrigada, teremos que dar provimento parcial para dispensar a obrigação do Ministério Público, mas manter o acórdão que desobriga a parte contrária. Passo a adotar essa solução. No presente caso, de modo muito semelhante àquele dos EResp /SP(debatidos em conjunto com estes Embargos de Divergência), o Tribunal deorigemimpôsaompoônusdaantecipaçãodosrecursosparaaperícia,conformeo seguinte trecho do acórdão recorrido(fl. 171): É o Ministério Público que deve proporcionar meios para comprovar a ocorrência do dano ambiental e a sua extensão, na qualidade de autor e de requerente da realização da perícia. A Primeira Turma, no acórdão embargado, negou provimento ao Recurso Especial do MP e manteve o acórdão da Corte Estadual. Na linha do entendimento adotado pela Seção, os presentes Embargos de Divergência devem ser parcialmente providos, para dar parcial provimento ao Recurso Especiale,comisso,reformaroacórdãodoTJnoqueserefereaoadiantamentodas custasdeperíciapelomp,massemimporaosréus,oraembargados,esseônus. Diante do exposto e nesses termos, dou parcial provimento aos Embargos de Divergência. Écomovoto. Página 17de34

18 ERTIDÃO DE JULGAMENTO PRIMEIRA SEÇÃO Número Registro: 2008/ EREsp / RS Números Origem: PAUTA: 10/09/2008 JULGADO: 10/09/2008 Relator Exmo. Sr. Ministro HERMAN BENJAMIN Presidente da Sessão Exmo. Sr. Ministro LUIZ FUX Subprocurador-Geral da República Exmo. Sr. Dr. FLAVIO GIRON Secretária Bela. Carolina Véras EMBARGANTE EMBARGADO PROCURADOR EMBARGADO ADVOGADO EMBARGADO ADVOGADO AUTUAÇÃO : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL : MUNICIPIO DE MATO CASTELHANO : ZILMAR CAMPOS FERREIRA E OUTRO(S) : COMPANHIA ESTADUAL DE ENERGIA ELÉTRICA CEEE : MURILO DA SILVA FONSECA E OUTRO(S) : FUNDAÇÃO ESTADUAL DE PROTEÇÃO AMBIENTAL HENRIQUE LUIS ROESSLER- FEPAM : PAULO ROBERTO PASTORE DE LA ROCHA E OUTRO(S) ASSUNTO: Ação Civil Pública- Dano ao Meio Ambiente CERTIDÃO Certifico que a egrégia PRIMEIRA SEÇÃO, ao apreciar o processo em epígrafe na sessão realizada nesta data, proferiu a seguinte decisão: Após o voto do Sr. Ministro Herman Benjamin, conhecendo dos embargos e lhes dando provimento, pediu vista antecipada o Sr. Ministro Teori Albino Zavascki. Aguardam os Srs. Ministros Mauro Campbell Marques, Eliana Calmon, Francisco Falcão, Castro Meira, Denise Arruda e Humberto Martins. Brasília, 10 de setembro de 2008 Carolina Véras Secretária Página 18de34

19 EMBARGOS DE DIVERGÊNCIA EM RESP Nº RS(2008/ ) RELATOR : MINISTRO HERMAN BENJAMIN EMBARGANTE : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL EMBARGADO : MUNICIPIO DE MATO CASTELHANO PROCURADOR : ZILMAR CAMPOS FERREIRA E OUTRO(S) EMBARGADO : COMPANHIA ESTADUAL DE ENERGIA ELÉTRICA CEEE ADVOGADO : MURILO DA SILVA FONSECA E OUTRO(S) EMBARGADO : FUNDAÇÃO ESTADUAL DE PROTEÇÃO AMBIENTAL HENRIQUE LUIS ROESSLER- FEPAM ADVOGADO : PAULO ROBERTO PASTORE DE LA ROCHA E OUTRO(S) VOTO-VISTA PROCESSUAL CIVIL. AÇÃO CIVIL PÚBLICA. PROVA PERICIAL REQUERIDA PELO MINISTÉRIO PÚBLICO, AUTOR DA AÇÃO. ADIANTAMENTO DAS DESPESAS DO PERITO. ART. 18 DA LEI Nº 7.347/85. SÚMULA 232/STJ. APLICAÇÃO ANALÓGICA. 1.AteordaSúmula232/STJ,"AFazendaPública,quandoparteno processo, fica sujeita à exigência do depósito prévio dos honorários do perito". O mesmo entendimento deve ser aplicado ao Ministério Público, nas demandas em que figura como autor, inclusive em ações civis públicas. Precedentes das Turmas da 1ª Seção: REsp /MS, 1ª Turma, Min. Teori Albino Zavascki, DJ de ; REsp /SC, 2ª Turma, Relatora para acórdão Min. Eliana Calmon, julgado em , Informativo 344/STJ). 2. Embargos a que se nega provimento. O EXMO. SR. MINISTRO TEORI ALBINO ZAVASCKI: 1. O Ministro Herman Benjamin relatou o ocorrido nos autos, nos seguintes termos: "Trata-se de Embargos de Divergência interpostos contra acórdão da Primeira Turma do STJ, relatado pelo e. Ministro José Delgado, com a seguinte ementa: PROCESSUAL CIVIL. RECURSO ESPECIAL. AÇÃO CIVIL PÚBLICA. DEFESA DO MEIO AMBIENTE. ADIANTAMENTO DE HONORÁRIOS PERICIAIS PELO MINISTÉRIO PÚBLICO. ADMISSIBILIDADE. POSICIONAMENTO DA PRIMEIRA TURMA. ART. 18 DA LEI 7.347/85. SÚMULA 232/STJ. 1. A matéria é conhecida desta Corte e encontra divergência de posicionamento no âmbito das Primeira e Segunda Turmas. 2. Na esteira do entendimento firmado pela Primeira Turma, tem-se que"o Ministério Público, nas demandas em que figura como autor, incluídas as ações civis públicas que ajuizar, fica sujeito à exigência do depósito prévio referente aos honorários do perito, à guisa do que se aplica à Fazenda Pública, ante a ratio essendi da Súmula 232/STJ, "A Fazenda Pública, quando parte no processo, fica sujeita à exigência do depósito prévio dos honorários do perito". (REsp /SP, Rel. Min. Luiz Fux, Primeira Turma, DJ 22/10/2007). Precedente: REsp /MS, Rel. Min. Teori Albino Zavascki, DJ 07/05/2007. Página 19de34

20 3. Precedentes da Segunda Turma em sentido diverso: REsp /RN, Rel. Min. Herman Benjamin, DJ 10/12/2007; REsp /SP, Rel. Min. Castro Meira, DJ 25/09/ Recurso especial não-provido. (REsp /RS, Rel. Ministro JOSÉ DELGADO, PRIMEIRA TURMA, julgado em , DJ , p.1). O MPF aponta divergência com o entendimento da Segunda Turma, proferido por ocasião do julgamento do REsp /SP, Rel. Min. Castro Meira e do REsp /RN, de minha relatoria, cujas ementas transcrevo: PROCESSUAL CIVIL. RECURSO ESPECIAL. AÇÃO CIVIL PÚBLICA. MINISTÉRIO PÚBLICO. CONDENAÇÃO EM HONORÁRIOS PERICIAIS. DESCABIMENTO. 1. É descabido o adiantamento de verbas relativas aos honorários periciais em ação civil pública por parte do Ministério Público autor. 2. Recurso especial provido. (REsp /SP, Rel. Ministro CASTRO MEIRA, SEGUNDA TURMA, julgado em , DJ , p. 225). PROCESSUAL CIVIL. AÇÃO CIVIL PÚBLICA. ADIANTAMENTO DE HONORÁRIOS PERICIAIS. DESCABIMENTO. INCIDÊNCIA DO ART. 18, DA LEI 7.347/ Por expressa determinação legal(art. 18, da Lei 7.347/85), nas ações civis públicas não há adiantamento de honorários periciais pelo Ministério Público autor. 2. A Lei 9.289/96, que dispõe sobre as custas devidas na Justiça Federal, não revogouoart. 18, da Lei 7.437/85. Nesse caso,aaparenteantinomia resolve-se pelo critério da especialidade e do inequívoco objetivo constitucional e legal de facilitar o acesso coletivo à Justiça. 3. Recurso Especial provido.(resp /RN, Rel. Ministro HERMAN BENJAMIN, SEGUNDA TURMA, julgado em , DJ , p.357). Vale dizer: a questão, objeto dos presentes Embargos, refere-se à sujeição do Ministério Público ao adiantamento de honorários periciais em ações civis públicas. A Primeira Turma, no acórdão recorrido, consignou que"o Ministério Público, nas demandas em que figura como autor, incluídas as ações civis públicas que ajuizar, fica sujeito à exigência do depósito prévio referente aos honorários do perito". Já a Segunda Turma orienta-se em sentido diverso, pois entende que"nas ações civis públicas não há adiantamento de honorários periciais pelo Ministério Público autor." Verificada, em princípio, a divergência, admiti o processamento dos Embargos. As Embargadas apresentaram Impugnação alegando, em síntese, que "o Ministério Público não é consumidor, não se enquadra na hipótese prevista no art. 2º do CDC, tampouco pode ser reconhecido como hipossuficiente, seja em termos técnicos ou financeiros, na relação com a embargada." O relator manifestou-se pelo provimento dos embargos de divergência, nos termos da seguinte ementa: "PROCESSUAL CIVIL. AÇÃO CIVIL PÚBLICA. ADIANTAMENTO DE HONORÁRIOS PERICIAIS. DESCABIMENTO. INCIDÊNCIA DO ART. 18 DA Página 20de34

21 LEI 7.347/ Hipótese em que se configurou dissídio entre os arestos confrontados, uma vez que a Primeira Turma, no acórdão recorrido, consignou que "o Ministério Público, nas demandas em que figura como autor, incluídas as ações civis públicas que ajuizar, fica sujeito à exigência do depósito prévio referente aos honorários do perito". Já a Segunda Turma orientou-se em sentido diverso, entendendo que "nas ações civis públicas não há adiantamento de honorários periciais pelo Ministério Público autor." 2. Por expressa determinação legal (art. 18 da Lei 7.347/1985), nas ações civis públicas não há adiantamento de honorários periciais pelo Ministério Público autor. 3. Para afastar a aplicação do art. 18 da Lei 7.347/1985, emprestando-lhe interpretação inconciliável com a literalidade de seu texto, seria necessária a declaração de sua inconstitucionalidade, conforme o disposto na Súmula Vinculante 10/STF:"Violaacláusuladereservadeplenário(CF,artigo97)adecisãodeórgão fracionário de tribunal que, embora não declare expressamente a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo do poder público, afasta sua incidência, notodoouemparte". 4. Embargos de Divergência providos." Pedi vista. 2. Em caso análogo ao dos autos (REsp /MS, 1ª T., minha relatoria, DJ de ), proferi voto com o seguinte teor: "1. Dispondo sobre as despesas decorrentes da prática de atos processuais, o Código de Processo Civil estabelece o seguinte: "Art. 19. Salvo as disposições concernentes à justiça gratuita, cabe às partes prover as despesas dos atos que realizam ou requerem no processo, antecipando-lhes o pagamento desde o início até sentença final; e bem ainda, na execução, até a plena satisfação do direito declarado pela sentença. (...) 2 o Competeaoautoradiantarasdespesasrelativasaatos,cujarealizaçãoo juiz determinar de ofício ou a requerimento do Ministério Público. Art.20.Asentençacondenaráovencidoapagaraovencedorasdespesas que antecipou e os honorários advocatícios. Esta verba honorária será devida, também, nos casos em que o advogado funcionar em causa própria." Essa é, portanto, a sistemática comum:(a) cumpre à que requer o ato processual suportar as despesas necessárias à sua realização (princípio da causalidade); (b) o alcancedessesrecursossedáemformadeadiantamento;(c)oautordademandadeve antecipar o valor decorrente dos atos requeridos pelo Ministério Público ou requisitados pelo juiz; e (d) a parte vencida deverá ressarcir o vencedor ao final (princípio da sucumbência). Não existe, como se percebe, qualquer imposição normativa que obrigue o réu a adiantar as despesas necessárias à realização de ato processual ou à produção de prova pericial requerida pelo autor, ainda que seja ele o Ministério Público. Talobrigaçãotambémnãoconstanoregimedaaçãocivilpública.Há,écerto,o art.18dalei7.347/85: "Art.18.Nasaçõesdequetrataestalei,nãohaveráadiantamentodecustas, emolumentos, honorários periciais e quaisquer outras despesas, nem Página 21de34

22 condenação da associação autora, salvo comprovada má-fé, em honorários de advogado, custas e despesas processuais." Todavia, não se pode, nem longinquamente, extrair desse dispositivo a conclusão de que cabe ao réu adiantar as despesas correspondentes a atos processuais requeridos pelo autor. Ninguém desconhece as dificuldades práticas impostas pela dispensa de adiantamento estabelecida no dispositivo transcrito. Não há razão lógica ou jurídica, todavia, para simplesmente carregar ao réu o encargo de financiar ações civis públicas contra ele movidas. O direito de acesso ao Judiciário, em tais circunstâncias, deverá serasseguradoaoautorporoutromodo.eisoquepensaadoutrinaarespeito: "Ao dispensar o adiantamento de custas nas ações de caráter coletivo, a mens legis consiste em facilitar a tutela jurídica dos interesses transindividuais. Mas, se isso efetivamente inviabilizar a tutela, porque os peritos particulares não são obrigados a custear encargos públicos, então a FazendaPúblicadeveráarcarcomessecusteio.Aressalvaquesefazaoteor do acórdão é a de que, se a ação estiver sendo movida pelo Ministério Público, como este é órgão do Estado, quem deve custear as diligências requeridas por ele não é o próprio Ministério Público, mas sim o respectivo ente público personalizado, ou seja, a União ou o Estado-membro, conforme o caso.(...) Assim, caberá à Fazenda antecipar as custas, se isso for necessário."(mazzilli, Hugo Nigro. A Defesa dos Interesses Difusos em Juízo. Editora Saraiva. 18ª ed. São Paulo, 2005, pp ) "A LACP assume posição diametralmente oposta àquela adotada pelo CPC. Enquanto neste a regra é o adiantamento de custas e despesas processuais pelo autor ou parte que requereu o ato judicial(perícia, p.ex.), exvidoart.19,naaçãocivilpúblicaprevaleceregraemsentidooposto:se não haverá adiantamento de custas e despesas processuais(lacp, art.18). O que se explica pela natureza transindividual indivisível dos interesses difusos e coletivos e pela relevância social dos individuais homogêneos. Idêntico procedimento é adotado em relação à ação popular manejada pelo autor (qualquer cidadão) para anular ato lesivo ao patrimônio público, à moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural(cf, art. 5., LXXllI). Se em relação às custas é tranqüilo o não-adiantamento, por serem parcelas devidas ao Poder Público, o mesmo não se pode dizer dos honorários periciais, quando a perícia deve ser feita por peritos particulares. Não adiantar, neste caso, seria impor a estes a obrigação de financiamento da perícia, por prazo geralmente longo, sem a garantia de recebimento a final. E isso deles não é viável exigir-se (ALMEIDA, João Batista de. Aspectos Controvertidos da Ação Civil Pública. Ed. Revista dos Tribunais, São Paulo, 2001, pp ) No mesmo sentido, já destacou a jurisprudência desta Corte: "AGRAVO REGIMENTAL- HONORÁRIOS PERICIAIS. Firmou-se a jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça de que a Fazenda Pública, suas autarquias e o Ministério Público estão sujeitos ao prévio depósito dos honorários do perito judicial, mesmo quando se tratar de Página 22de34

23 ação civil pública. Agravo improvido" (AgRg no Ag /DF, Min. Garcia Vieira, 1ª T., DJ ). 2. Por outro lado, não se pode confundir inversão do ônus da prova ( = ônus processual de demonstrar a existência de um fato), com inversão do ônus financeiro de adiantar as despesas decorrentes da realização de atos processuais. Quando a lei atribuiaumadaspartesoônusdaprova(oupermiteasuainversão),certamentenão está determinando que, além desse ônus processual próprio, a parte contrário fique obrigada também a suportar as despesas de realização da prova requerida pela parte adversa(que, se a requereu, é porque tinha o ônus processual de produzi-la). Sobre o tema, a 1ª Turma pronunciou-se nos termos da seguinte ementa no julgamento do REsp /RS, DJ : PROCESSUAL CIVIL. DISSÍDIO PRETORIANO NÃO DEMONSTRADO. VIOLAÇÃO AO ART. 535, II, DO CPC. INEXISTÊNCIA. AÇÃO CAUTELAR PREPARATÓRIA. PRODUÇÃO ANTECIPADA DE PROVAS. ÔNUS DA PROVA. ADIANTAMENTO DAS DESPESAS PROCESSUAIS. (...) 5.Nãosepodeconfundirônusdaprovacomobrigaçãopelopagamentoou adiantamento das despesas do processo. A questão do ônus da prova diz respeito ao julgamento da causa quando os fatos alegados não restaram provados. Todavia, independentemente de quem tenha o ônus de provar este ouaquelefato,cabeacadaparteproverasdespesasdosatosquerealizaou requer no processo, antecipando-lhes o pagamento(cpc, art. 19), sendo que compete ao autor adiantar as despesas relativas a atos cuja realização o juiz determinar de ofício ou a requerimento do Ministério Público(CPC, art. 19, 2º). 6. Recursos especiais parcialmente providos. No voto-condutor do aresto, manifestei-me da seguinte forma: 3. A análise dos recursos especiais, dessa forma, limita-se à parte em que se insurgiram contra a atribuição dos custos da perícia aos ora recorrentes. Como se vê do acórdão recorrido, a prova pericial foi requerida pelo autor, que a entendeu urgente e necessária para o ajuizamento de ação civil pública posterior. O certo é que os réus (ora recorrentes) não requereram nem entenderam necessária a realização de perícia. Ora, não se pode confundir ônus da prova com obrigação pelo pagamento ou adiantamento das despesas do processo. A questão do ônus da prova diz respeito ao julgamento da causa quando os fatos não restaram provados. Todavia, independentementedequemtenhaoônusdeprovaresteouaquelefato,alei processual determina, que salvo as disposições concernentes à justiça gratuita, cabe às partes prover as despesas dos atos que realizam ou requerem no processo, antecipando-lhes o pagamento desde o início até a sentença final; e bem ainda na execução, até a plena satisfação do direito declarado na sentença (CPC, art. 19). Determina, outrossim, que compete ao autor adiantar as despesas relativas a atos cuja realização o juiz determinar de ofício ou a requerimento do Ministério Público (CPC, art. 19, 2º).Bemsevê,portanto,queoregimeestabelecidonoCódigoéde Página 23de34

24 que o réu somente está obrigado a adiantar as despesas concernentes a atos queeleprópriorequerer.quantoaosdemais,mesmoquetenhaouvenhaa ter o ônus probatório respectivo, o encargo será do autor. Oartigo18daLei7.347/85,sobcertoaspecto,édeconteúdosemelhanteaodo art.27docpc,queassimdispõe: "Art. 27. As despesas dos atos processuais, efetuados a requerimento do Ministério Público ou da Fazenda Pública, serão pagas a final pelo vencido". Interpretando o dispositivo, esta Corte sedimentou o entendimento no sentido de que os honorários do perito não estão sujeitos ao seu comando. Destaca-se o seguinte precedente: "PROCESSO CIVIL APELAÇÃO APLICAÇÃO DO ARTIGO 557, 1º A, DO CPC DESPESAS COM O PROCESSO INTERESSE DA FAZENDAPÚBLICA.(...) 2.Asdespesascomosatosprocessuaisincumbemaoautor,cabendoacada umadaspartesadiantarasdespesaspelosatosquerequerem.masháuma exceção, porque para o Ministério Público e para a Fazenda Pública o valor das despesas é pago ao final. 3. Para a hipótese de prova pericial, diferentemente, tem a jurisprudência destacado os honorários do perito, sem incluí-los na rubrica despesas com atos processuais. 4. A jurisprudência do STJ pacificou-se no sentido de não incluir os honorários do perito oficial na regra do art. 27 do CPC. 5. Recurso especial conhecido, mas improvido" (REsp /RS, Min. Eliana Calmon, 2ª T., DJ ). Ainda sobre o tema, a Súmula 232 desta Corte assim dispõe que "A Fazenda Pública, quando parte no processo, fica sujeita à exigência do depósito prévio dos honorários do perito". Tudo recomenda que esse mesmo entendimento se aplique ao Ministério Público, nas demandas em que figura como autor, inclusive em ações civil públicas." Cumpredestacar,poroportuno,queadivergênciaqueexistiaentrea1ªea2ªTurmado STJsobreotemaficousuperadacomojulgamentodoREsp /SC(Rel.p/acórdão Min. Eliana Calmon, julgado em ), oportunidade em que a 2ª Turma, por maioria, adotou o posicionamento acima referido(informativo 344/STJ). 3. Com essas considerações, nego provimento aos embargos, divergindo do relator. É o voto. Página 24de34

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