A Construção de Hidrelétricas na Região Amazônica e o Desenvolvimento Sustentável 1

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1 A Construção de Hidrelétricas na Região Amazônica e o Desenvolvimento Sustentável 1 Guilherme de Azevedo Dantas 2 A saída da Senadora Marina Silva do Ministério do Meio Ambiente reacendeu a discussão entre o desenvolvimento e a preservação ambiental. Devido ao seu impacto ambiental, a geração de energia é um dos pilares desta discussão e no momento em que o Brasil começa a explorar o potencial hídrico da Região Amazônica as críticas dos ambientalistas tendem a ser contundentes. Contudo, é necessária que esta discussão ocorra de forma racional sem posições extremistas com a análise do custo benefício de cada empreendimento e do alternativo. Inicialmente, é necessária uma mudança de foco porque o debate deve ocorrer buscando mecanismos de promoção do desenvolvimento sustentável em vez de se tratar desenvolvimento e sustentabilidade ambiental como coisas excludentes. A matriz energética brasileira é ímpar no mundo com uma participação superior a 46% de fontes renováveis de energia. O grande problema ambiental brasileiro refere-se ao desmatamento da Região Amazônica que vem ocorrendo a taxas bastante elevadas. Este desmatamento é de 1 Publicado no site CARBONO BRASIL em 06/06/ Mestre em Economia e Política da Energia e do Ambiente pela Universidade Técnica de Lisboa e Pesquisador do GESEL/UFRJ.

2 grande gravidade porque ocasiona redução de biodiversidade e possui impacto global devido à sua contribuição para as alterações climáticas. O inventário brasileiro de emissões de gases do efeito estufa possui um perfil distinto do padrão típico. Dado o caráter limpo da matriz energética brasileira, o setor energético é responsável por menos de 20% das emissões brasileiras. Em contrapartida, o desmatamento coloca o Brasil na condição de um dos maiores emissores de gases de efeito estufa do mundo. Neste sentido, é fundamental que o Brasil mantenha uma matriz limpa para que as emissões brasileiras não atinjam níveis insustentáveis. O desenvolvimento do Brasil requer uma grande expansão da oferta de energia nos próximos anos e é necessário se discutir a forma mais adequada ambientalmente desta expansão em detrimento a teorias ufanistas da questão energética. Embora o aumento da eficiência energética seja o instrumento mais eficaz na compatibilização entre segurança do suprimento e sustentabilidade ambiental, a promoção de mecanismos de aprimoramento da eficiência energética como mecanismo de atender às necessidades energéticas brasileiras nos próximos anos é uma falácia. O consumo energético per capita brasileiro é de 1,30 tep enquanto o consumo per capita dos países da OECD é de 4,67 tep. Portanto, não pode se atribuir a mesma importância que a eficiência energética possui nos países já desenvolvidos e com elevados consumos energéticos a um país em desenvolvimento e com ainda reduzido consumo energético como o Brasil. A eficiência energética terá um caráter marginal no suprimento do crescimento da demanda energética brasileira, sendo necessário uma significativa expansão da geração de energia.

3 A questão a ser discutida é a forma mais sustentável ambientalmente da expansão da oferta de geração de energia. O caráter limpo da matriz elétrica brasileira se deve a predominância da hidroeletricidade em sua composição. Contudo, o Brasil tem explorado apenas 30% do seu potencial hídrico contrastando com os países desenvolvidos que já exploram todo seu potencial. O parque gerador hídrico brasileiro, com capacidade instalada em torno de 80 mil MW, encontra-se localizado essencialmente na região Centro-Sul do território brasileiro, entretanto, a maior parte do potencial a ser explorado localiza-se na Região Norte e construção de grandes hidrelétricas na Região Amazônica é uma questão controversa. A exploração do potencial hídrico da Região Amazônica com a construção das usinas de Santo Antônio e de Jirau no Rio Madeiro, da usina de Belo Monte no Rio Xingu, entre outras, é fundamental para o suprimento da demanda por energia elétrica nos próximos anos. Porém, mais do que importante para a garantia da segurança da oferta, a construção de hidrelétricas na Região Amazônica é a alternativa mais compatível com o desenvolvimento sustentável. O número de usinas térmicas que necessitariam ser construídas em substituição aos 17 mil MW de potência instalada conjunta das usinas de Santo Antônio, Jirau e Belo Monte seria grande e tais usinas térmicas emitiriam uma grande quantidade de gases do efeito estufa. Neste sentido, o impacto ambiental local da construção das hidrelétricas na Região Norte é muito pequeno quando comparado às emissões de gases do efeito estufa evitadas.

4 Cabe frisar, que devido à topografia da Região Amazônica, as usinas projetadas para o Norte do país não possuem grandes reservatórios. Portanto, o impacto ambiental da construção das hidrelétricas é minimizado por não existir a necessidade de se alagar grandes extensões de terra. A construção de hidrelétricas na Região Amazônica, em um momento onde o desmatamento da mesma é um dos temas centrais da agenda ambiental mundial, gera muitas críticas, assim como qualquer projeto de exploração da Amazônia. Entretanto, a visão da Amazônia como um santuário natural a ser preservado não irá obter êxito no combate ao desmatamento. A preservação da Amazônia necessita da emissão de sinais econômicos que tornem mais lucrativa a preservação da floresta do que sua exploração desordenada. A Economia do Meio Ambiente enuncia que a definição de direitos de propriedade é um dos instrumentos mais eficazes de política ambiental. Desta forma, a definição de direitos de propriedade associada ao estabelecimento de rígidas obrigações ambientais é a forma mais adequada para a promoção do desenvolvimento sustentável e a conseqüente preservação da Amazônia. O número de exigências ambientais a serem cumpridas pelos empreendimentos hidrelétricos na Região Amazônica é tamanho que o impacto ambiental é muito menor daquele que ocorrerá caso não haja a exploração da Região Amazônica. O debate ambiental brasileiro deve buscar mecanismos de promoção do desenvolvimento sustentável e não o conflito entre desenvolvimento e preservação ambiental. A busca por sustentabilidade ambiental requer a emissão de sinais econômicos adequados e a comparação do impacto

5 ambiental das diferentes alternativas. Nesta linha de raciocínio, a exploração do potencial hídrico da Região Amazônica é a forma mais adequada do Brasil expandir sua oferta de energia elétrica em compatibilidade com o desenvolvimento sustentável.

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