A Implementação de Basiléia II no Brasil: O Pilar 2. Carlos Donizeti Macedo Maia Desup 27 de junho de 2008
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- Matheus Amaral
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1 A Implementação de Basiléia II no Brasil: O Pilar 2 Carlos Donizeti Macedo Maia Desup 27 de junho de 2008
2 Fundamentos da Supervisão Alguns fundamentos da supervisão bancária: Supervisão baseada no risco. Supervisão contínua. Supervisão global e consolidada. Utilização de ferramentas on-site e off-site. Responsabilidade primária da IF por: governança corporativa robusta; controle interno robusto; cumprimento de leis, regulamentos e normas (externas e internas).
3 Estrutura de Basiléia II Basiléia II Pilar 1 Requerimentos de capital mínimo Risco de mercado Risco de crédito Risco Operacional Pilar 2 Processo de Revisão da Supervisão Processo de avaliação pelo banco da adequação de seu capital interno Pilar 3 Disciplina de Mercado Transparência Abordagens padronizada e avançada Revisão e avaliação do processo pelo órgão supervisor
4 Estrutura de Basiléia II Processo de Revisão da Supervisão Processo de Avaliação da Adequação do Capital Interno Processo de Revisão e Avaliação pela Supervisão
5 Estrutura de Basiléia II Importância do Processo de Revisão da Supervisão (ou Pilar 2) Encorajar os bancos a utilizarem melhores técnicas de gerenciamento de risco Encorajar o aperfeiçoamento da supervisão interna pelo banco e da supervisão externa pelo órgão supervisor Foco no capital interno e não capital regulamentar Assegurar a manutenção, pelo banco, de capital adequado para suportar todos os riscos que possam afetar os seus negócios Respeitar as diferenças entre os bancos (princípio da proporcionalidade) Encorajar o diálogo entre supervisores e supervisionados
6 Princípios do Pilar 2 Princípio 1: Os bancos devem possuir um processo de avaliação da sua adequação geral de capital em relação ao seu perfil de risco e uma estratégia para manutenção dos seus níveis de capital.
7 Responsabilidade dos bancos Princípio 1 Supervisão interna pela alta administração e diretoria executiva Políticas e procedimentos robustos de forma a garantir a identificação, mensuração, agregação, monitoramento, controle e mitigação de todos os riscos materiais: Riscos do pilar 1 (risco de mercado, de crédito e operacional) Riscos não totalmente capturados no pilar 1 (ex. risco residual, risco operacional) Riscos cobertos pelo Pilar 2 (ex. risco de concentração, risco de taxa de juros no banking book, risco de liquidez, risco reputacional, risco estratégico, etc) Fatores externos (ex. impacto de ciclos econômicos, testes de estresse)
8 Responsabilidade dos bancos Princípio 1 Processo de avaliação que leve em consideração: Avaliação abrangente dos riscos Capital atrelado aos riscos Adequação do capital interno condizente com o planejamento estratégico, planos de negócios, ambiente operacional e de maneira prospectiva (efeitos do ciclo econômico, testes de estresse) Controles internos, revisões, auditoria interna e externa
9 Princípios do Pilar 2 Princípio 2: Os supervisores devem revisar e avaliar as estratégias e avaliações de adequação de capital interno realizadas pelos bancos, bem como sua habilidade em monitorar e em assegurar a aderência aos índices regulamentares de capital. Os supervisores devem adotar ação apropriada, caso não estejam satisfeitos com o resultado desse processo.
10 Princípio 2 Responsabilidade do órgão supervisor Utilização de ferramentas rotineiras de supervisão para avaliação e revisão do capital interno do banco pelo órgão de supervisão: Avaliação do processo do banco de avaliação da adequação de capital e se esse processo cobre todos os riscos materiais Avaliação da qualidade da governança praticada pelo banco (supervisão interna, pela alta administração, dos níveis de capital e de riscos) Avaliação da qualidade dos controles internos Aderência aos requerimentos mínimos de Basiléia II
11 Princípio 3: Responsabilidade do órgão supervisor Os supervisores devem esperar que os bancos operem acima dos índices regulamentares mínimos de capital e devem ter habilidade para requerer que os bancos mantenham níveis de capital acima do mínimo.
12 Responsabilidade do órgão supervisor Princípio 3 Índices de capital acima do mínimo regulamentar: No Brasil o índice mínimo de Basiléia é de 11% Circular 3.360/07: Art. 1º A parcela do Patrimônio de Referência Exigido (PRE) referente às exposições ponderadas por fator de risco (PEPR), de que trata a Resolução nº 3.490, de 29 de agosto de 2007, deve ser, no mínimo, igual ao resultado da seguinte fórmula: PEPR = F x EPR, onde: F = 0,11 (onze centésimos); EPR = somatório dos produtos das exposições pelos respectivos Fatores de Ponderação de Risco (FPR).
13 Princípio 3 Responsabilidade do órgão supervisor A Resolução nº 3.490/07 exige que o Patrimônio de Referência (PR) seja superior ao Patrimônio de Referência Exigido (PRE) e que haja capital para cobrir o risco de taxa de juros no banking book (IRRBB interest rate risk in the banking book): Art. 2º O valor do PR deve ser superior ao valor do Patrimônio de Referência Exigido (PRE), que deve ser calculado considerando, no mínimo, a soma das seguintes parcelas: PRE = PEPR + PCAM + PJUR + PCOM + PACS + POPR, Art. 3º As instituições mencionadas no art. 1º devem manter também PR suficiente para fazer frente ao risco de taxa de juros das operações não incluídas na carteira de negociação, na forma da Resolução nº 3.464, de 2007 Art. 5º O Banco Central do Brasil poderá, a seu critério, determinar à instituição: I - redução do grau de risco das exposições; II - aumento do valor do PRE.
14 Princípio 4: Responsabilidade do órgão supervisor Os supervisores devem procurar intervir antecipadamente, a fim de evitar que o capital caia abaixo dos níveis mínimos requeridos, de forma a suportar as características de risco de um banco específico e devem cobrar rápidas ações corretivas caso o capital não seja mantido ou restabelecido.
15 Responsabilidade do órgão supervisor Princípio 4 Possíveis ações a se tomar pelo supervisor para resguardar os interesses dos depositantes e o sistema financeiro: Melhoria nos sistemas, monitoramento e controles internos Melhoria no processo de avaliação de adequação de capital interno Redução do risco inerente Provisões Plano de capitalização (Termo de Comparecimento) Restrição em atividades e negócios Mudança de controladores e administradores
16 Capital Interno Uma estrutura hipotética de relatório sobre o Capital Interno Informações gerais da instituição. Plano de Capital Interno. Perfil de risco. Metodologia e hipóteses. Riscos cobertos pelo Pilar 1. Riscos não cobertos ou não cobertos integralmente pelo Pilar 1. Agregação de riscos. Testes de estresse e análise de cenários. Capital. (Agregação de riscos, diversificação, Cálculo do Capital Interno, Comparação entre capital calculado nos Pilares 1 e 2) Auto-avaliação do processo de avaliação da adequação do capital interno e plano de ação para refinamentos.
17 Novo cenário Compromisso das próprias IF s para a gestão do capital interno. Supervisão incorpora, em seus procedimentos, a responsabilidade primária da IF pela sua gestão do capital. Supervisão incorpora a idéia de que o capital interno é representativo de (a) uma determinada realidade negocial, (b) um processo interno de gestão de riscos, e (c) um plano de capital definido.
18 A Implementação de Basiléia II no Brasil: O Pilar 2 Carlos Donizeti Macedo Maia Desup 27 de junho de 2008
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