ASSUNTO: REUNIÃO DA CÂMARA TÉCNICA DE MONITORAMENTO DOS NORMATIVOS DA LEI 13

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1 RELATÓRIO 206 ASSUNTO: REUNIÃO DA CÂMARA TÉCNICA DE MONITORAMENTO DOS NORMATIVOS DA LEI /14 E DO GT DE REGULAMENTAÇÃO DO FATOR DE QUALIDADE PARA PRESTADORES DE SERVIÇOS HOSPITALARES E DE SADT DATA: 15/06/2015 LOCAL: FECOMÉRCIO HORÁRIO: 09h às 17h

2 Reunião coordenada pela Dra. Martha de Oliveira, Diretora- Presidente Substituta e Diretora de Desenvolvimento Setorial da ANS, fazendo parte da mesa a Sra. Jaqueline Torres, Gerente-Executiva de Aprimoramento do Relacionamento entre Prestadores e Operadoras e a Sra. Michele Mello, Diretora-Adjunta de Desenvolvimento Setorial. Compareceram, representando a FBH, o Dr. Roberto Vellasco, o Dr. Eduardo de Oliveira e a Sra. Cristina Gama. Martha iniciou a 1ª reunião da Câmara Técnica de Monitoramento dos Normativos da Lei /14, agradeceu a presença de todos e do espaço cedido pela Fecomércio. Em seguida passou a palavra para Jaqueline que iniciou a apresentação de slides. Cabe mencionar que o objetivo desta Câmara Técnica é identificar e debater com os representantes do setor as oportunidades para melhorar o relacionamento entre operadoras e prestadores, a partir do monitoramento da implementação dos normativos de regulamentação da Lei /14. Jaqueline falou sobre a Lei 13003/14 e sobre as Resoluções e a Instrução que a regulamentam (RN 363, 364 e 365 e IN 56) e apresentou o resultado da pesquisa que foi realizada na Audiência Pública. Em média cada prestador presta serviço para 24 operadoras e tem contratos escritos e assinados com 67% dessas operadoras. Esse resultado foi consistente com o informado pelas operadoras que disseram ter mais de 70% de contratos escritos e assinados com a maior parte de seus prestadores. Apresentou o resultado do monitoramento da comunicação das substituições de prestadores no site das operadoras. Num primeiro monitoramento, realizado entre 22 de janeiro e 12 de fevereiro, período logo após a publicação da RN 365 e IN 56, nenhuma operadora estava conforme. Num segundo monitoramento, realizado entre 31 de março e 13 de abril, período de adaptação estabelecido pela referida RN, apenas uma operadora estava conforme e atendia a todos os quesitos. Metade das operadoras monitoradas não tinha espaço no Portal Coorporativo para informações sobre substituição mesmo depois do prazo de 90 dias para adequação às regras previstas na RN 365 e IN 56.

3 As operadoras que tinham espaço no Portal Corporativo apresentaram problemas de incompletude de informações, cuja obrigatoriedade de disponibilização já é prevista desde 2011 na RN 285. Importante ressaltar que a ANS irá oficiar às operadoras monitoradas para adequação e irá criar uma metodologia de monitoramento periódico que permita analisar todas as operadoras. Informou que entre janeiro de 2015 e a primeira semana de junho a ANS recebeu 567 demandas, sendo 46% de prestadores, 52% de operadoras e 2% do judiciário. Além dessas, 50 chegaram por pessoal. Jaqueline pediu aos presentes que utilizem os canais oficiais para o encaminhamento de demandas, para que a Agência tenha melhor controle. Uma questão trazida pelo COPISS Coordenador está relacionada ao que prevê a RN 363 em seu artigo 6º, de que a troca de informações deve ser feita no Padrão TISS vigente, e em seu artigo 9º, de que os serviços contratados devem ser descritos por procedimentos, de acordo com a TUSS vigente. O entendimento da Agência é que a versão vigente é a versão disponível no site da ANS. Outra questão, também derivada do COPISS, é sobre a exigência do papel por parte das operadoras. A Agência se colocou totalmente contra essa exigência e mencionou o artigo 8º da RN 305, que estabelece as normas do Padrão TISS, quando afirma que é vedado solicitar o envio em papel do equivalente ao conteúdo trocado via eletrônica no Padrão TISS, com certificado digital emitido por Autoridade Certificadora credenciada junto à ICP-Brasil. Logo após, Marizélia e Celina falaram sobre algumas questões identificadas no GT de materiais e OPME, como o fato de que o desdobramento dos materiais visam atender ao modelo de remuneração vigente, a descrição do material na ANVISA às vezes é diferente do nome comercial utilizado pelas empresas na comercialização e a descoberta da existência de mais modelos registrados na ANVISA do que os de fato são comercializados. Em seguida a reunião foi aberta para debate, onde os assuntos predominantes foram reajuste e a data de aniversário do contrato, prazo de

4 negociação e fator de qualidade. Também foram abordados os temas partograma e substituição de prestadores. 2ª reunião - Regulamentação do Fator de Qualidade para Prestadores de Serviços Hospitalares e de SADT. Na parte da tarde, a discussão foi sobre o fator de qualidade. A seguir informamos o resumo dos tópicos discutidos. Propostas apresentadas pelo grupo que debateu o fator de qualidade, previsto na Resolução Normativa nº 364/14, para serviços hospitalares: Criar um fundo de investimento para qualificação de serviços hospitalares, com recursos economizados quando o IPCA não for aplicado de modo cheio para que o valor investido seja reaplicado nos prestadores ainda não qualificados. Condicionar a acreditação ao percentual da rede hospitalar acreditada, criando um fator conjugado que considere o universo de prestadores acreditados na rede da operadora. Revisar os critérios em 3 anos. Avaliar indicadores específicos de resultado. Propostas apresentadas pelo grupo que debateu o fator de qualidade, previsto na Resolução Normativa nº 364/14, para serviços de SADT (as propostas foram apresentadas por subgrupo laboratório, serviços de imagem e clínicas que congreguem majoritariamente consultas e terapias com profissionais de saúde): 1. Laboratórios: Criar critério sem faixas intermediárias: acreditados ou não acreditados Revisar os critérios em 2 anos. 2. Serviços de Imagem: Criar faixas em 3 níveis: 0,9 (não tem inscrição em programa de acreditação); 0,95 (para quem se inscreveu no processo de acreditação) e 1 (acreditados)

5 Revisar os critérios em 2 anos. 3. Clínicas que congreguem majoritariamente consultas e terapias com profissionais de saúde: Avaliar qualidade normativa. Optar em seguir os critérios do fator de qualidade para profissionais. Conselhos em parcerias com as entidades científicas de especialidades como uma das referências para a ANS. Criar faixas para as clínicas. Revisar os critérios em 2 anos. Comentários: Pelo que pudemos depreender das reuniões a que comparecemos, apesar das várias propostas apresentadas, o fator de qualidade a ser aplicado irá corresponder a um percentual que complementa o IPCA, devendo girar em torno de 20% para os não acreditados, isto é, quem for acreditado receberá, caso não haja acordo prévio entre as partes, o IPCA integral e aqueles que não o forem, 80% do referido índice. Na nossa opinião a reunião convocada para discutir o assunto não teve outra finalidade que não a de referendar, pelos prestadores, a decisão da ANS. Mantivemos o nosso ponto de vista, já discutido em relatórios anteriores, de que não concordaríamos com esta absurda metodologia que estava sendo praticamente imposta pela Agência, uma vez que, para nós representantes dos hospitais, o fator de qualidade deve ser um plus a ser acrescentado ao índice mínimo, no caso o IPCA, e não o inverso. A FBH, através de memorando dirigido à Presidente em exercício da ANS, está defendendo oficialmente o nosso ponto de vista. São as nossas considerações. Roberto Vellasco