CIRCULAR INFORMATIVA

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1 CIRCULAR INFORMATIVA Nº. 25 Data: 2013/06/21 Para conhecimento de: Pessoal docente, discente e não docente ASSUNTO: - Parecer do Conselho Consultivo da ESTeSL sobre a oferta formativa da ESTeSL. Para conhecimento da comunidade académica, junto se divulga o Parecer do Conselho Consultivo da ESTeSL sobre a oferta formativa da ESTeSL, depois de aprovado na sua reunião do passado dia 23 de abril. O PRESIDENTE DA ESTeSL Prof. Coordenador João Lobato /im

2 Parecer do Conselho Consultivo da ESTeSL sobre a oferta formativa da ESTeSL O Conselho Consultivo da Escola Superior de Tecnologia da Saúde de Lisboa ESTeSL, constituído a 12 de janeiro de 2012, tem centrado a sua discussão, em todas as reuniões, na oferta formativa da ESTeSL e no seu projeto educativo, como matéria prioritária face aos desafios futuros no contexto do ensino das ciências tecnologias da saúde. Nesta 3ª reunião, ocorrida a 23 de abril de 2013, foram apresentadas informações adicionais previamente solicitadas, tendo este Conselho o conhecimento suficiente para se pronunciar sobre esta matéria. Deste modo: 1. Considerando os objetivos estratégicos da tutela de reestruturação da oferta formativa ao nível do ensino superior em Portugal, da sua rede de instituições, com eventual especialização em termos de oferta de cursos e de investigação, e da melhoria da adequação da oferta formativa quanto à diversidade da procura como às necessidades do país em quadros qualificados (Programa do XIX Governo Constitucional); 2. Considerando o forte aumento da oferta formativa pública e privada em Portugal nas últimas décadas na área das ciências e tecnologias de saúde, passando de 374 vagas disponíveis no ano letivo 1995/1996 para 4048 vagas verificada no ano letivo de 2012/2013; 3. Considerando a premência da revisão do quadro e do modelo de oferta formativa no âmbito das ciências e tecnologias da saúde, independentemente do objetivo político, do aumento da oferta formativa instalada e do número de diplomados em Portugal, os quais passaram de 303 diplomados em 1995 para 1587 diplomados em 2011; 4. Considerando a necessidade de adequar a oferta formativa e porventura adequá-la à regulação do exercício das correspondentes profissões no plano internacional, nomeadamente na Europa, com vista à internacionalização das instituições e à melhoria da empregabilidade dos diplomados como objetivo final; 5. Considerando que, de acordo com a Diretiva 2005/36/EC, a adequação da oferta formativa não encontra, em algumas situações, correspondência na regulação do exercício das correspondentes profissões no plano europeu, como são os casos do Técnico de Cardiopneumologia, do Técnico de Neurofisiologia e do Técnico de Radioterapia, e sendo essa correspondência muito reduzida nos casos do Técnico de Anatomia Patológica, Citologia e Tanatológica (em Portugal e em mais um país), do Técnico de Medicina Nuclear (em Portugal e em mais 2 países), e do Técnico de Saúde Ambiental (em Portugal e em mais cinco países); 6. Considerando que desde 1990 tem existido uma contínua reflexão por diversos grupos de trabalho, organizados tanto no seio do Ministério da Saúde como em conjunto deste com a tutela do ensino superior, sobre a necessidade de redefinição dos perfis dos cursos das ciências e tecnologias da saúde, ajustando-os à paridade internacional, à evolução científica e tecnológica e à alteração dos modelos de gestão dos recursos na saúde e dos mercados de trabalho, tendo sido produzidos vários documentos orientadores; (Anexo I) 7. Considerando a importância da ESTeSL em tornar-se mais competitiva, principalmente na capacidade de adaptação à empregabilidade do mercado nacional e, tendo em conta o fenómeno da globalização, também no mercado internacional, incluindo-se aqui os espaços

3 privilegiados da Europa e do conjunto da CPLP- Comunidade de Países de Língua Portuguesa; 8. Considerando que a ESTeSL enquanto instituição de ensino superior deve preocupar-se em adaptar o seu projeto educativo de forma contínua e competitiva na área da saúde, com ênfase em novas competências, necessidades, públicos e novos modelos de gestão; 9. Considerando o Desafio sobre o ambiente que vamos ter nos próximos anos, para o qual todos, individualmente e institucionalmente, teremos que dar resposta e que levou muitas instituições de ensino superior em Portugal a já terem iniciado um período de reflexão profunda sobre a sua oferta formativa; 10. Considerando a necessidade de adaptar os perfis dos cursos de 1º ciclo da ESTeSL com maior capacidade de adequação, quer ao nível das tecnologias disponíveis (de ponta e mesmo de base), quer ao nível das modelos de gestão dos recursos assim como ao nível da sua intervenção em áreas específicas, como por exemplo os cuidados de saúde primários; 11. Considerando que a ESTeSL, enquanto instituição pública de ensino superior, deve preparar profissionais com a polivalência necessária para o Sistema Nacional de Saúde, através da abrangência na formação no 1ºciclo e a especialização na formação no 2º ciclo, o qual pretende técnicos altamente qualificados; 12. Considerando que a capacidade de adaptação dos diplomados poderá encontrar maior fundamento, em alguns casos, em cursos de licenciatura de banda larga, tendo em conta a alteração da natureza dos empregadores que se vem verificando, a qual poderá favorecer a empregabilidade dos diplomados; 13. Considerando a necessidade da harmonização da oferta formativa da ESTeSL entre os seus cursos de 1º ciclo, 2º ciclo; 14. Considerando que a oferta dos cursos de 2º ciclo da ESTeSL deve ser repensada e alinhada com estratégias de especialização, de investigação e de produção científica desenvolvida na Escola, exclusivamente ou em consórcio com outros centros de investigação; 15. Considerando a necessidade de fortalecer e qualificar os recursos de suporte aos cursos de licenciatura e de mestrado ministrados na ESTeSL com vista ao seu enquadramento nos parâmetros da regulação incisiva do Ensino Superior através da Agência de Avaliação e Acreditação cuja independência é indispensável para a sua credibilidade (Programa do XIX Governo Constitucional, 2011). O Conselho Consultivo da ESTeSL em reunião no dia 23 de abril de 2013 delibera expressar o seguinte parecer: 1. De modo a que a ESTeSL adeque a sua oferta formativa, sustentada numa lógica de harmonização entre os ciclos de estudo, em modelos de agregação de massa crítica, na criação de economias de escala na Escola, reforçando a matriz científica da mesma, aproveitando o potencial multidisciplinar da ESTeSL e a permanente predisposição que a Escola detém, como filosofia, na procura de parcerias nacionais e internacionais para os seus projetos, ser de parecer favorável: a) à reconfiguração estratégica da oferta formativa da ESTeSL ao nível dos cursos de 1º ciclo

4 b) à harmonização da oferta formativa da ESTeSL ao nível dos cursos de 2º ciclo e de projetos de formação ao longo da vida (contínua e de aperfeiçoamento), com a formação inicial (1º ciclo); 2. Solicitar ao Presidente da ESTeSL que dê conhecimento do parecer aos órgãos de governo da ESTeSL, à Associação de Estudantes da ESTeSL, à Comunidade Académica da ESTeSL e ao Sr. Presidente do Instituto Politécnico de Lisboa.

5 Anexo 1 1. DRH Ministério da Saúde, Relatório sobre a restruturação dos Planos de estudo dos cursos e dos modelos de ensino das Escolas Técnicas dos Serviços de Saúde de Coimbra, Lisboa e Porto, e Escola de Reabilitação do Alcoitão, Rui Guerra, Lisboa, Junho de Relatório do grupo de Missão para o Ensino da saúde Plano Estratégico para as Tecnologias da Saúde, Coordenação nacional: Alberto Amaral, Relatório Final Implantação do Processo de Bolonha a Nível nacional, por áreas do conhecimento tecnologias da saúde, autor: António Lopes, Novembro de 2004 MCIES, Relatório sobre a Implantação do Processo de Bolonha a Nível nacional, por áreas do conhecimento tecnologias da saúde, António Lopes, 2004; 4. Relatório Implantação do Processo de Bolonha a Nível nacional tecnologias da saúde, Conselho Coordenador dos Institutos Superiores Politécnicos, CCISP, Relatório da Comissão Especializada do CRUP para a Educação e Formação Inicial, Pós-Graduada e Permanente, Ensino Superior Consolidação da Oferta Educativa, Dezembro, Adequação dos Cursos de Tecnologias da Saúde Relatório para o Ministério da Saúde, autores: Pedro Lourtie & Maria Luís Pinto, Junho de Programa do XIX Governo Constitucional, 2011.