ESTATUTOS DA OCPLP ORGANIZAÇÃO COOPERATIVISTA DOS POVOS DE LÍNGUA PORTUGUESA. CAPÍTULO I (Constituição, denominação, sede e objecto)

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1 OCPLP Organização Cooperativista dos Povos de Língua Portuguesa Comissão Instaladora ESTATUTOS DA OCPLP ORGANIZAÇÃO COOPERATIVISTA DOS POVOS DE LÍNGUA PORTUGUESA CAPÍTULO I (Constituição, denominação, sede e objecto) Artigo 1º (Constituição e denominação) Nos termos da lei e dos presentes estatutos é constituída uma associação de âmbito internacional sem fins lucrativos, que adopta a denominação de OCPLP - Organização Cooperativista dos Povos de Língua Portuguesa - Associação Internacional para o Desenvolvimento, a seguir referida por OCPLP. Artigo 2º (Sede e Delegações) 1. A OCPLP tem a sua sede em Lisboa, na Casa António Sérgio, Travessa do Moinho de Vento, número quatro, freguesia da Lapa, podendo ser transferida para qualquer outro lugar por deliberação do seu Conselho Internacional. 2. A OCPLP poderá criar, ou encerrar, delegações ou outras formas locais de representação no território nacional ou no estrangeiro, nomeadamente nos Países de Língua Portuguesa. Artigo 3º (Objecto) 1. A OCPLP tem por objectivos: a) O estreitamento das relações entre os movimentos cooperativos dos países lusófonos; b) O intercâmbio e partilha de experiências; c) Acções de fomento e de desenvolvimento cooperativo. 2. A OCPLP poderá promover projectos económicos e sociais bem como fomentar a criação de joint ventures para o desenvolvimento cooperativo. 3. A OCPLP poderá actuar junto de organismos internacionais e outros, dando assim voz colectiva aos interesses dos seus membros. 4. A OCPLP poderá desenvolver quaisquer outras iniciativas que visem a prossecução dos seus objectivos e consentâneos com a lei. Artigo 4 (Atribuições)

2 Compete, designadamente, à OCPLP: a) Manter um contacto estreito e permanente com os movimentos cooperativos e autoridades dos Países de Língua Portuguesa; b) Divulgar e defender, interna e externamente, junto dos Governos, das entidades públicas e privadas, e da opinião pública, os pontos de vista comuns; c) Acompanhar a nível internacional a evolução dos problemas económicos e sociais com incidência nos movimentos cooperativos dos países membros; d) Cooperar e actuar, junto das instituições da União Europeia, Mercosul, PNUD, OIT, OMS, ACI, CPLP e outras organizações internacionais a que qualquer um dos membros da OCPLP pertencer, na promoção dos interesses comuns; e) Proporcionar aos associados contactos pertinentes ao estabelecimento de relações económicas entre si ou com outros agentes económicos públicos e privados, tendo em vista o desenvolvimento cooperativo; f) Estabelecer e manter contactos, com organizações similares que existam noutros países, tendo em vista a coordenação de iniciativas comuns; g) Facilitar encontros, trocas de experiências e debates de opinião entre os seus associados, procurando para o efeito a colaboração de personalidades de renome; h) Promover acções e projectos concretos no terreno, tendo em vista os interesses específicos dos seus associados e das comunidades onde se inserem. CAPITULO II (Dos associados) Artigo 5º (Aquisição da qualidade de associado) Podem ser associados na OCPLP as cooperativas dos povos de língua portuguesa, suas uniões, federações, confederações, bem como outros organismos afins que prossigam objectivos compatíveis com o ideário cooperativo. Artigo 6º (Tipos de associados) 1. São associados fundadores as organizações que subscreverem a escritura da OCPLP e as demais constantes do artigo 21º do presente estatuto. 2. São associados efectivos para além dos referidos no número anterior as cooperativas dos diferentes graus e organizações que adquiram tal qualidade, nos termos do artigo 5º, e da alínea h) do número 2 do artigo 15º. 3. São associados honorários as pessoas colectivas ou singulares que, pela sua actividade ou pelo desempenho das suas funções, se distinguiram pelos serviços relevantes em prol do cooperativismo, ou pelos serviços prestados à OCPLP e que, como tal, foram admitidos nos termos da alínea h) do número 2 do artigo 15º.

3 Artigo 7º (Direitos dos associados) 1. Constituem direitos dos associados efectivos: a) Tomar parte nos plenários da OCPLP; b) Eleger e ser eleito para cargos associativos; c) Participar na concretização dos objectivos da OCPLP, bem como em todas as acções por esta promovida. 2. Poderão ser conferidos aos associados honorários quaisquer dos direitos acima enunciados, mediante deliberação do Conselho Internacional e aceitação dos interessados. Artigo 8º (Deveres dos associados) Constituem deveres dos associados efectivos: a) Contribuir para a manutenção da OCPLP, mediante o pagamento da jóia de admissão e demais encargos previstos no Regulamento Interno; b) Exercer os cargos sociais para que tenham sido eleitos; c) Participar de forma activa e interessada na concretização dos objectivos da OCPLP. Artigo 9º (Perda de qualidade de associado) 1. Os associados da OCPLP perdem esta qualidade por demissão voluntária, ou por exclusão, fundada no incumprimento dos deveres enunciados no artigo 8º, ou em conduta culposa, lesiva do bom nome e do prestígio da associação. 2. A exclusão dos associados é da competência do Conselho Internacional. São órgãos da OCPLP:. CAPÍTULO III (Administração e funcionamento) Artigo 10º (Órgãos) a) A Assembleia Geral, adiante designada como Plenário; b) O Conselho Internacional, que constitui o orgão de administração. c) O Conselho Fiscal; d) O Secretariado Permanente.

4 Artigo 11º (Designação e duração do mandato) 1. Os titulares do Conselho Internacional e do Conselho Fiscal da OCPLP, são eleitos por 4 anos, mantendo-se em exercício até à sua efectiva substituição. 2. A eleição será feita por escrutínio secreto. Artigo 12º (O Plenário da OCPLP) O Plenário é constituído por todos os associados no pleno uso dos seus direitos e será dirigido por uma mesa composta por um Presidente, um Vice-Presidente e dois Secretários. 1. Compete ao Plenário da OCPLP: Artigo 13º (Competências) a) Eleger para a condução de cada sessão a respectiva mesa; b) Aprovar o balanço, relatório e contas apresentados pelo Conselho Internacional; c) Aprovar, sob proposta do Conselho Internacional o orçamento e o plano de actividades; d) Eleger o Conselho Internacional atento o disposto no número 1 do artigo 15º, e o Conselho Fiscal. e) Deliberar sobre a dissolução da OCPLP e nomear a comissão liquidatária, determinando os procedimentos a tomar; f) Conhecer dos recursos interpostos pelos associados das decisões dos outros orgãos. Artigo 14º (Funcionamento) 1. O Plenário da OCPLP reúne, convocado pelo Conselho Internacional, em sessões ordinárias para o desempenho das suas atribuições estatutárias, e em sessões extraordinárias sempre que existam razões que o justifiquem. 2. O Plenário decorrerá, sempre que possível, rotativamente, nos países onde se encontram sediados os seus membros. 3. No Plenário da OCPLP os associados exercerão o seu direito de voto com respeito pelo número de votos atribuído ao conjunto das organizações de cada país, o qual corresponderá ao número de membros efectivos existentes em cada país, num máximo de dez votos por país. 4. Os membros presentes ao Plenário oriundos de países diferentes daquele no qual a sessão se realiza poderão ser portadores de um voto de representação das respectivas organizações nacionais, atento o disposto no número anterior.

5 5. Nas deliberações sobre alteração de estatutos ou dissolução da OCPLP, são exigidos três quartos dos votos expressos. Artigo 15º (Do Conselho Internacional) 1. O Conselho Internacional é composto de pelo menos um membro de cada um dos países de língua portuguesa, podendo o seu número ser alargado. 2. Compete ao Conselho Internacional: a) Dirigir a OCPLP directamente ou por delegação no Secretariado Permanente; b) Representar a OCPLP em juízo ou fora dele, podendo delegar esta função nos termos legais; c) Dar orientação ao Secretariado Permanente para o bom cumprimento dos planos de actividade; d) Atender e dar execução às recomendações do Plenário; e) Elaborar o balanço e o relatório e contas a apresentar ao Plenário; f) Elaborar e apresentar ao Plenário os planos de actividade e orçamentos; g) Elaborar os Regulamentos Internos; h) Deliberar a admissão de novos associados; i) Convocar o Plenário de acordo com as necessidades da organização; j) Eleger os membros para o Secretariado Permanente. Artigo 16º (Funcionamento) 1. O Conselho Internacional reúne duas vezes por ano. 2. Os membros do Conselho Internacional impossibilitados de estar presentes nas reuniões, poderão delegar os seus poderes noutro membro deste Conselho. 3. As decisões são tomadas por maioria. 4. Na representação perante terceiros são suficientes as assinaturas de dois membros do Conselho Internacional. Artigo 17º (Do Conselho Fiscal) 1. O Conselho Fiscal é constituído por um Presidente e dois Vogais. 2. O Conselho Fiscal é o orgão de controlo e fiscalização da OCPLP competindo-lhe nomeadamente:

6 a) Verificar o cumprimento dos estatutos e regulamentos; b) Examinar, sempre que julgue oportuno, a escrita e toda a documentação da OCPLP; c) Elaborar o relatório sobre a acção exercida e emitir parecer sobre o relatório e contas, bem como sobre o plano de actividades e o orçamento. 3. O Conselho Fiscal reúne ordinariamente para o desempenho das suas atribuições estatutárias e extraordinariamente sempre que o Presidente o convocar. Artigo 18º (Do Secretariado Permanente) 1. O Secretariado Permanente é assegurado por dois membros do Conselho Internacional eleitos para o efeito como Secretário Geral e Secretário Geral Adjunto da OCPLP. 2. Compete ao Secretário Geral convocar e dirigir as sessões do Conselho Internacional, bem como executar as deliberações deste Conselho e dirigir os serviços da OCPLP. 3. Por determinação do Conselho Internacional, o Secretário Geral pode coordenar os grupos de trabalho ou comissões técnicas, de carácter temporário ou não, constituídas por especialistas convidados para o efeito. Constituem receitas da OCPLP: Artigo 19º (Receitas) a) As jóias e quotas pagas pelos associados de acordo com o determinado no Regulamento Interno; b) Os subsídios, doações, heranças, legados e participações que lhe sejam atribuídos; c) Os rendimentos de bens; d) As provenientes de serviços prestados. Artigo 20º (Disposições transitórias) Até à eleição dos órgãos da OCPLP as competências do Conselho Internacional serão exercidas pela Comissão Instaladora. Artigo 21º (Associados Fundadores) São associados fundadores organizações a seguir indicadas que, tendo subscrito a Acta do Rio, adquirem essa qualidade observando o disposto número 1 do artigo 6º do presente estatuto: - UNACA - União Nacional das Associações de Camponeses Angolanos, Angola; CECREST - Central das Cooperativas de Crédito Mútuo do Estado do

7 Espírito Santo, Brasil; SOCERG - Sindicato e Organização das Cooperativas do Estado do Rio de Janeiro, Brasil; Complexo Cooperativo Empresarial - UNIMED, Brasil; FETRABALHO - Federação das Cooperativas de Trabalho do Estado do Rio de Janeiro, Brasil; Federação das Cooperativas de Trabalho do Rio Grande do Sul, Brasil; OCB - Organização das Cooperativas Brasileiras, Brasil; Assocene - Associação de Orientação às Cooperativas do Nordeste, Brasil; FENACOOP - Federação Nacional das Cooperativas de Consumo, Cabo Verde; INC - Instituto Nacional das Cooperativas, Cabo Verde; A TENTATIVA - Cooperativa de Produção Agro - Silvo Pastoril, Cabo Verde; Cooperativa de Costura SIMPLICIDADE, Cabo Verde; Direção dos Serviços de Apoio às Cooperativas do Ministério dos Combatentes da Liberdade da Pátria, Guiné Bissau; ANAG - Associação Nacional dos Agricultores da Guiné Bissau, Guiné Bissau; Ministério da Agricultura - Direção Nacional de Extensão Rural, Moçambique; AGRÁRIUS - Associação de Produtores Agrários de Moçambique, Moçambique; CONFAGRI - Confederação Nacional das Cooperativas Agrícolas, Portugal; CONFECOOP - Confederação Cooperativa Portuguesa, Portugal; FENAFRUTAS - Federação Nacional das Cooperativas Agrícolas de Hortofruticultores, Portugal; FENACAM - Federação Nacional das Caixas de Crédito Agrícola Mútuo, Portugal; FENADEGAS - Federação Nacional das Adegas Cooperativas, Portugal; Adega Cooperativa da Covilhã, Portugal; CCAM - Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Santiago do Cacem, Portugal; Escola Profissional de Economia Social, Portugal; UNINORTE - União Cooperativa Polivalente da Região Norte, Portugal; Instituto Joaquim Oliveira Guedes - Cooperativa de Estudos Superiores de Economia Social, Portugal; AUPIC - Associação de Universitários para a Promoção da Iniciativa Cooperativa, Portugal; NOVA IMAGEM - União das Cooperativas de Habitação, Portugal; COOPLAR - Cooperativa de Habitação Económica, Portugal; FENACERCI - Federação Nacional das Cooperativas de Educação e Reabilitação de Crianças lnadaptadas, Portugal; CABOUCO - Cooperativa de Construção Civil, Portugal; FENACOOP - Federação Nacional das Cooperativas de Consumo, Portugal; INSCOOP - Instituto António Sérgio do Sector Cooperativo, Portugal; Ministério da Agricultura e Pescas, S. Tomé e Príncipe; Associação de Pescadores, S. Tomé e Príncipe.