Prevalência de Doença Mental Numa População com Deficiência Intelectual. Centro de Recuperação de Menores D. Manuel Trindade Salgueiro
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1 Prevalência de Doença Mental Numa População com Deficiência Intelectual Centro de Recuperação de Menores D. Manuel Trindade Salgueiro Outubro / 2012 Lisboa
2 Centro de Recuperação de Menores D. Manuel Trindade Salgueiro Localizado em Assumar, Concelho de Monforte, - É um centro de reabilitação, - Residencial, - Para 120 pessoas do sexo feminino, - Menores, - Com deficiência intelectual, - E outras patologias associadas, - Que integra serviços clínicos, sociais, e ocupacionais / pedagógicos
3 Centro de Recuperação de Menores D. Manuel Trindade Salgueiro
4 Apresentação de Caso Comportamentos que colocam desafios Outubro / 2012
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6 Tem ideias místicas que incluem vampiros e bruxas, Discute-se em equipa se será confabulação ou delírio. Fuga; Auto e heteroagressividade; Discurso alterado; Esconde-se por baixo da cama; Coloca-se sempre no papel de vítima; Não segue as regras (grande parte das vezes). estica os limites, confrontando de forma desafiadora quem a envolve Não aceita a autoridade É temperamental Culpa os outros pelos seus problemas 5
7 - Disciplina inadequada? - Demasiada permissividade? - Falta de tempo passado com ambos os pais? - Aparecimento de outra pessoa Madrasta? - Sentimento de Não Pertença? - Patologia de Base? 6
8 Discussão em equipa dos comportamentos da utente, de forma a definir uniformização de actuação e diálogo. Muitas vezes a utente tenta manipular os membros da equipa, colocando-se no papel de vítima. 7
9 Designação de técnico de referência É um técnico em quem ela confia e fala dos seus problemas, preocupações, expectativas. Tenta-se sempre encaminhá-la para essa pessoa, quando existe algum problema. 8
10 Respostas Rápidas Controle de ambiente quer a nível de fuga, auto/hetero-agressão, quer a nível de situações desencadeadoras de conflito com outras utentes. (embora seja necessário que a utente desenvolva os seus próprios métodos e estratégias de defesa para lidar com a adversidade e frustração) 9
11 Respostas Rápidas Humor sem sarcasmo. 10
12 Plano de intervenção objectivos / intervenção -Promover estabilidade emocional e comportamental, e melhorar comportamento social (Enfermagem) -Controlo do ambiente -Monitorização efeito da medicação -Despiste de sintomas alucinatórios -Directividade nas indicações dadas 11
13 Plano de intervenção objectivos / intervenção -Aumentar a participação nas actividades, mantendo o controlo postural do joelho direito (Fisioterapia) -Treino de actividades lúdicas -Fortalecimento muscular -Correcção postural 12
14 Plano de intervenção objectivos / intervenção -Promover estabilidade emocional e comportamental, e melhorar comportamento social (Psicologia, Assistente Social) -Intervenção cognitivo-comportamental -Manter articulação com o meio escolar, através de reuniões trimestrais. 13
15 -SV, 17 anos, Lisboa -Nascida em família disfuncional, mãe toxicodependente, pai com consumos privilegiados de álcool, agressivo de forma muito violenta. -Pais separados desde a primeira infância, fica a viver com o pai, com negligência e maus-tratos. A principal sequela é osteomielite crónica da tíbia direita, implica múltiplas intervenções cirúrgicas e deformação permanente. 14
16 -Depois de sinalização, institucionalização para apoio social, e problemas sistemáticos em diferentes instituições, é internada no CRM. -Apresenta DI Ligeira, com boa compreensão da linguagem verbal oral e escrita, capacidade de elaboração das situações de vida, e modelo relacional manipulador onde a vitimização e a sedução imperam. 15
17 -Estruturado programa de intervenção onde predominam : o acompanhamento constante por um colaborador, : actividades estruturadas e variadas tentando integrar a sua instabilidade comportamental, : identificação de técnico de referência para acompanhamento regular, discutindo e negociando todas as decisões do plano de intervenção, 16
18 - A intervenção farmacológica é pouco valorizada inicialmente: a doente apresenta capacidade de participar na negociação das medidas terapêuticas, crítica para as situações difíceis, sabe aproveitar os recursos organizados para a apoiar. 17
19 - Acabamos por ser confrontados com situações de agressão grave, auto e hetero dirigida, que ultrapassam todas as medidas organizadas de suporte e contenção, que nos obrigam a reforçar a intervenção farmacológica. - A medicação sofre uma escalada no número de fármacos e doses utilizadas, sendo previsíveis efeitos secundários significativos 18
20 - A equipa é surpreendida por uma estabilização gradual do humor e comportamento da doente, sem efeitos secundários importantes. - A capacidade de gestão adequada de situações que anteriormente se tornavam facilmente disruptivas, a elaboração das suas dificuldades de forma honesta e adequada, levam a negociar redução gradual da medicação. 19
21 - Após algumas semanas, e gradualmente, reiniciam-se episódios de descontrolo emocional e comportamental. - Aumentamos de novo a medicação da doente, assumindo definitivamente o diagnóstico de Perturbação do Humor SOE. 20
22 Obrigado.
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