RESOLUÇÃO Nº 453, de 28 de abril de Conselho Nacional de Educação de Minas Gerais.
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- Alice Stachinski Brandt
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1 SIC 01 /05 - CEE/MG Belo Horizonte, 25 de maio de PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU - ESPECIALIZAÇÃO RESOLUÇÃO Nº 453, de 28 de abril de Conselho Nacional de Educação de Minas Gerais. Estabelece normas para a autorização de curso de Pós-Graduação Lato sensu - Especialização, no âmbito do Sistema Estadual de Educação de Minas Gerais, e dá outras providências. O Presidente do Conselho Estadual de Educação, no uso de suas atribuições legais, e tendo em vista o disposto no artigo 206 da Constituição do Estado, na Lei Delegada Estadual nº 31, de 28 de agosto de 1985, na Lei Federal nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, e no Parecer CEE nº 438, de , Resolve: Art. 1º Os cursos de pós graduação lato sensu - Especialização - visam aprofundar estudos em determinada área do conhecimento. Art. 2º Os cursos de pós-graduação lato sensu - Especialização - podem ser oferecidos por instituições de ensino superior que ministrem, na mesma área, cursos de graduação autorizados ou reconhecidos em regular funcionamento, ficando sujeitos a avaliação deste Conselho, quando do reconhecimento ou renovação do reconhecimento do curso da área correspondente. 1º A proposta pedagógica / projeto do curso deverá conter: a) justificativa, meta, organização e regime de funcionamento do curso, incluindo os critérios adotados pela instituição para seleção e admissão de candidatos; b) organização curricular; c) plano de ensino, incluindo ementário das disciplinas, objetivos, temas, metodologia, processos e formas de avaliação e bibliografia; d) relação do corpo docente da instituição, por disciplina, acompanhada da titulação e declaração de disponibilidade; e) nome, titulação e qualificação do docente responsável pela coordenação do curso, bem como declaração de disponibilidade; d) linhas de pesquisa do respectivo curso, para efeito de produção da monografia, se for o caso; e) condições das instalações, h) equipamentos e recursos necessários ao efetivo funcionamento do curso; Distribuído a assessorados da CONSAE.
2 i) relação dos cursos de pós-graduação lato sensu - Especialização - existentes na Instituição, bem como a sua aprovação pelo órgão competente; 2º O projeto de curso de especialização que se destina à formação de docentes para o magistério superior a ser oferecido por Instituição de Educação Superior não universitária deverá ser protocolado neste Conselho, pelo menos, cento e vinte (120) dias antes da data prevista para o seu início, para fins de análise e manifestação do Conselho Estadual de Educação. 3º Os cursos previstos nesta Resolução poderão ser oferecidos por Instituições especialmente credenciadas para atuarem nesse nível educacional. Art. 3º Os cursos de pós-graduação profissionalizantes independem de autorização deste Conselho. 1º Incluem-se na categoria de curso de pós-graduação - lato sensu - Especialização, os cursos denominados como MBA (Master Business Administration) ou equivalentes. 2º Cabe às Instituições de Educação Superior aprovar, por seu órgão competente, o curso de pósgraduação lato sensu - Especialização. 3º Para fins de conhecimento e registro, a instituição não universitária encaminhará a este Conselho, até 30 (trinta) dias antes do seu início, a relação dos cursos a serem ministrados, previstos no caput deste artigo. Art. 4º O corpo docente de cursos de pós-graduação lato sensu - Especialização deverá ser constituído, necessariamente, por, pelo menos, 50% (cinqüenta por cento) de professores portadores de título de mestre ou doutor, obtido em programa ou curso de pós-graduação stricto sensu ministrado por instituição credenciada. 1º A qualificação mínima exigida para o coordenador do curso é o título de Mestre na área do curso a ser ministrado. 2º Na ausência de profissional qualificado, nos termos do parágrafo anterior, poderá ser coordenador de curso o portador de certificado de especialização na área e com Mestrado ou Doutorado em Educação. 3º Docentes de outras Instituições de Educação Superior, preferencialmente em número inferior à metade dos docentes da instituição proponente, poderão compor, em regime de colaboração interinstitucional, o quadro de docentes do curso. Art. 5º Os cursos de pós-graduação destinados à formação de docentes para o magistério superior abertos a graduados devem conter, necessariamente, as disciplinas, Metodologia e Didática do Ensino Superior. Parágrafo Único - Habilitam também para o exercício da docência no magistério superior os cursos de pósgraduação que incluírem em sua organização curricular as disciplinas de Metodologia e Didática do Ensino Superior. Art. 6º Os cursos de pós-graduação lato sensu - Especialização - têm a duração mínima de 360 (trezentos e sessenta) horas efetivas de aula, nestas não computado o tempo para elaboração de monografia ou outro trabalho científico de conclusão de curso. 1º A carga horária não poderá ultrapassar 08 (oito) horas diárias. 2º Os cursos poderão ser ministrados em uma ou mais etapas, não excedendo o prazo de 02 (dois) anos consecutivos. 3º Será exigido o mínimo de 75% (setenta e cinco por cento) de freqüência e, pelo menos, 70% (setenta por cento) de aproveitamento. Art. 7º Os certificados de conclusão de cursos de pós-graduação lato sensu - Especialização - devem mencionar a sua área de conhecimento e ser acompanhados do respectivo histórico escolar, do qual devem constar, obrigatoriamente: 2
3 I - relação das disciplinas, carga horária, notas ou conceitos obtidos pelo aluno e nome e qualificação dos professores por elas responsáveis; II - período e local em que o curso foi realizado e a sua duração total, em horas. 1º Os certificados ou diplomas de cursos de pós-graduação lato sensu - Especialização - expedidos por Instituições de Educação Superior estrangeiras, para terem validade nacional, devem ser revalidados por universidades que possuam cursos de pós-graduação reconhecidos e/ou avaliados na mesma área de conhecimento e em nível equivalente ou superior. Art. 8º Os cursos de Pós-Graduação lato sensu - Especialização à distância só poderão ser oferecidos por Instituições credenciadas na forma da lei. Art. 9º Ao aluno do programa de Mestrado que cumprir somente os créditos em disciplinas, sem a defesa da dissertação, dentro do prazo regimental, será atribuído, desde que requerido, o Certificado de Especialização na área. Art. 10. Os cursos de pós-graduação lato sensu - Especialização - a serem oferecidos fora de sede por Instituições de Educação Superior não universitárias devem ser autorizados pelo CEE/MG. Art. 11. Os cursos de especialização só podem ser dados a divulgação e publicidade, após atenderem ao previsto nesta resolução. Art. 12. Os projetos realizados nos termos desta Resolução têm seu funcionamento autorizado pelo prazo máximo de 05 (cinco) anos, quando a autorização deverá ser renovada. Art. 13. Os cursos de pós-graduação lato sensu - Especialização - existentes nas Instituições de Educação Superior vinculadas ao Sistema Estadual de Ensino de Minas Gerais deverão adequar-se a esta Resolução, a partir da oferta de novas turmas. Art. 14. Os casos omissos serão dirimidos por este Conselho Estadual de Educação. Art. 15. Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação, revogando-se as disposições em contrário, especialmente a Resolução CEE nº 396/94, de 12 de agosto de Belo Horizonte, 28 de abril de 2005 a) Pe. Lázaro de Assis Pinto - Presidente (MG de 25/05/2005 Diário do Executivo Cad. I) PARECER Nº 438, aprovado em 28 de abril de Conselho Nacional de Educação de Minas Gerais. Manifesta-se sobre Cursos de Pós-Graduação Lato Sensu (especialização) no âmbito do Sistema Estadual de Ensino. 1 - Histórico Este processo teve início, com a nomeação por esta Presidência, nos termos do inciso XV do artigo 66, do Regimento Interno, de Comissão constituída pelos Conselheiros Antônio de Faria, Gérson Brito de Melo Boson, Hermírio Gomes da Silva e Adair Ribeiro, para, sob a Presidência do primeiro, apresentar à referida Câmara, estudos sobre a normatização de Cursos de pós-graduação lato sensu (especialização), nas instituições de Ensino Superior do Sistema Estadual de Ensino. Em , a Câmara de Educação Superior analisou a proposta e se manifestou pela continuidade dos estudos. Com o passamento do Mestre Boson e a não 3
4 recondução do Prof. Antônio de Faria, esta Presidência retomou o processo. Após os trâmites de praxe, me instituí relator da matéria. 2 - Mérito Da análise da matéria, podemos extrair o que segue: Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional - Lei n.º 9394/96 "Art Os Estados incumbir-se-ão de: IV - autorizar, reconhecer, credenciar, supervisionar e avaliar, respectivamente, os cursos das Instituições de Educação Superior e os estabelecimentos do seu Sistema de Ensino; (grifo nosso) V - baixar normas complementares para o seu Sistema de Ensino; Art A Educação Superior abrangerá os seguintes cursos e programas: III - de pós-graduação, compreendendo programas de Mestrado e Doutorado, Cursos de Especialização, Aperfeiçoamento e outros, abertos a candidatos diplomados em cursos de Graduação e que atendam às exigências das Instituições de Ensino." O Conselho Nacional de Educação editou Resolução CNE/CES nº 1, em , que estabelece normas para o funcionamento dos Cursos de Pós-Graduação. Além de disciplinar a matéria no que se refere aos cursos de Mestrado e Doutorado, a referida Resolução, também, estabelece requisitos para os cursos de pós-graduação lato sensu (especialização), revogando, expressamente, ao final, as Resoluções CFE 5/83, CNE/CES 2/96, 1/97 e 3/99, além das disposições em contrário. A Resolução CNE/CES nº 1, de , em seu art. 6º, estabelece que: "Art. 6º Os Cursos de pósgraduação lato sensu (especialização) oferecidos por Instituições de ensino superior ou por Instituições especialmente credenciadas para atuarem nesse nível educacional independem de autorização, reconhecimento e renovação de reconhecimento e devem atender ao disposto nesta Resolução". A mesma resolução deixa claro, no SS 2º do citado art. 6º, que os cursos de pós-graduação lato sensu (especialização) são oferecidos para matrícula de portadores de diploma de curso superior, de graduação, previsto no inciso III, do artigo 44, da LDB. O Relator do Parecer nº 227/2002, de , que responde consulta sobre cursos de pós-graduação lato sensu realizados no exterior, considera importante que isso fique definido na Resolução proposta. Os cursos de Especialização autorizados de acordo com a Resolução proposta por esse parecer devem ser avaliados, quando do reconhecimento ou renovação de reconhecimento do curso relacionado à área em que estão inseridos. Na proposta de resolução, curso de pós-graduação lato sensu (especialização), que se destine ao magistério na Educação Superior, deverá ser autorizado pelo CEE, exceto os ofertados por Universidades ou Centros Universitários, em função de sua autonomia, na forma da legislação vigente. A presente Resolução é um avanço quanto a autonomia das IES, em especial às não Universitárias. Algumas recomendações se fazem necessárias, tais como: Ao se apreciar a qualificação dos docentes não portadores de títulos de Mestre ou Doutor, deve-se levar em conta o seu Curriculum Vitae, sua adequação ao plano geral do curso e ao programa da disciplina pela qual será responsável. 4
5 A coordenação do curso deverá ser exercida por docente portador de Mestrado e/ou Doutorado, mas poderá, em caráter excepcional, ser exercida por docente portador de Pós-Graduação lato sensu - Especialização, na área do curso proposto com Mestrado ou Doutorado em Educação. O corpo docente, indicado pelas IES, poderá ser composto, preferencialmente, por até 50% de docentes de outra Instituição, devendo, para isso, ser estabelecido regime de colaboração interinstitucional, sendo a troca de conhecimentos entre a IES e seus docentes e alunos altamente salutar. Os professores deverão comprovar disponibilidade de tempo, bem como informarão o local de sua residência. O CEE não autoriza aula aos domingos, dias santos e feriados. Embora a resolução não estabeleça isso, cabe aqui o alerta. O artigo 9º da Resolução proposta especifica que aluno de Mestrado, que não tenha, ainda, defendido dissertação poderá ser considerado especialista, a critério da IES que ministrou curso. Há que se considerar para emissão desse título que os conteúdos cursados sejam iguais ou equivalentes aos da especialização solicitada. Cabe às IES estabelecer as normas para a solicitação prevista no referido artigo. É importante ressaltar que curso de pós-graduação lato sensu - Especialização, destinado ao mercado de trabalho, não possui validade para o magistério se, do currículo, não constarem as disciplinas de Metodologia e Didática do Ensino Superior. Caso seja do interesse dos portadores desses títulos, estes poderão complementar o conteúdo cursado, acrescendo-se nele as disciplinas didático-pedagógicas em IES credenciada pelo Sistema de Ensino competente. Isso deverá estar previsto no Estatuto/Regimento da IES ou nos seus Regulamentos de cursos. A Resolução proposta trata, exclusivamente, do Ensino de Pós-Graduação lato sensu (especialização) presencial, uma vez que a autorização de cursos a distância, conforme legislação em vigor, é de competência da União. 3 - Conclusão À vista do exposto, sou por que este Conselho Estadual de Educação de Minas Gerais se manifeste favoravelmente à proposta de Resolução anexa, que normatiza, no âmbito do Sistema Estadual de Ensino, os cursos de Pós-Graduação lato sensu (especialização). É o parecer. Belo Horizonte, 26 de abril de 2005 a) Adair Ribeiro - Relator (MG de 25/05/2005 Diário do Executivo Cad. I) Se você tem alguma dúvida, entre em contato. Saudações, Profª. Abigail França Ribeiro Diretora Geral abigail@consae.com.br 5
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